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Teorias de Motivação

Definição

Draft define Motivação como sendo as forças internas (necessidades e motivos da própria
pessoa, factores psicológicos, como por exemplo a satisfação que a pessoa sente ao atingir um
bom resultado) ou externas (geradas por meios de reforço e punições, por exemplo as
recompensas dadas por outra pessoa, como aumentos e promoções) que fazem uma pessoa se
entusiasmar e persistir na busca de um objecto.

Relação entre motivação e desempenho

Não basta estar motivado para atingir um bom desempenho. O desempenho depende não só
depende da motivação, mas também das habilidades das pessoas e da oportunidade que elas têm
de poder utilizar essas habilidades na prática.

Teorias de Processo e Teorias de Conteúdo

As teorias de motivação podem ser divididas entre teorias de conteúdo e teorias de processo.
Essas teorias de conteúdos se concentram nas razões que levam uma pessoa a ficar motivada.

1. Teorias de processo: teoria da equidade – adams; teoria da expectativa; teoria de reforço


– Skinner; teoria de estabelecimento de objectivos; teoria de avaliação cognitiva.

Teoria da Equidade

É a crença de que as recompensas devem ser proporcionais ao esforço e iguais para todos,
demonstrando harmonia e equilíbrio. Geralmente atribuída a J. Stacy Adams, há cinto tipos
principais de referências que as pessoas sempre comparam seus esforços e recompensas, sendo:

a) Própria pessoa que pode estar em uma situação melhor ou pior que a situação atual dentro
da mesma empresa.
b) Própria pessoa que pode estar em uma situação melhor ou pior que a situação atual dentro
de uma empresa diferente.
c) Outro grupo ou uma pessoa na mesma organização.
d) Outro grupo ou pessoa em outra organização.
e) Percepção da falta de equidade, levando a uma combinação de comportamentos
(alteração nos esforços e resultados produzidos, distorção da percepção de outros,
abandono da situação presente, escolha de outra referência).

A teoria da expectativa de Vroom

Vroom assume que o comportamento resulta de escolhas conscientes entre alternativas. Ele usa
as variáveis Expectativa, Instrumentação e Valência para explicar isso:

a) A expectativa: é a crença de que o aumento do esforço levará a um aumento do


desempenho, ou seja, se eu trabalhar mais, então isso será melhor. É a crença de que o
esforço de alguém resultará na obtenção de metas de desempenho desejado.
b) Instrumentalidade: é a crença de que uma pessoa receberá uma recompensa se a
expectativa de desempenho for cumprida. Ou seja, se eu faço um bom trabalho, há algo
nele para mim. Esta recompensa pode apresentar-se na forma de um aumento salarial,
promoção, reconhecimento ou senso de realização. A instrumentalidade é baixa quando a
recompensa é a mesma seja qual for o desempenho.
c) Valência: é a importância que o indivíduo atribui às recompensas. Os desejos ou
objetivos individuais, podem ser classificados por sua importância (valência),
representando o quanto aquele desejo pode ou não influir na motivação, de acordo com a
importância que tem para a pessoa. Por exemplo, se alguém é motivado principalmente
pelo dinheiro, pode não valorizar ofertas de tempo livre.

Teoria de estabelecimento de objetivos de Edwin Locke

Segundo Locke, a motivação do indivíduo para atingir as metas estabelecidas será determinada
pelas próprias metas ou pelo simples facto de tê-las proposto.

a) Estabelecimento de metas e objetivos: Edwin Locke define um objetivo como o que


uma pessoa se esforça para alcançar. Os objetivos são importantes para o ser humano,
pois motivam e orientam suas ações . Assim, segundo a teoria de Locke, a intenção de
atingir objetivos é uma fonte básica de motivação para o ser humano.
Os objetivos também nos incentivam a fazer o melhor possível, ter uma ilusão ou aspiração e
melhorar nosso desempenho. De acordo com a teoria de definição de objetivos de Edwin Locke,
as pessoas buscam e criam seus próprios objetivos por meio de decisões prévias apropriadas .
Uma vez que os objetivos são estabelecidos, as pessoas se comprometem a alcançá-los.

b) Autoeficácia: segundo E. Locke, autoeficácia é a crença da pessoa de que ela é capaz de


desenvolver uma determinada tarefa ou, portanto, alcançar um determinado objetivo.
Quanto maior a auto-eficácia, maior a confiança nas habilidades que atingirão esse
objetivo.

Teorias de Conteúdo

2. Teorias de Conteúdo: teoria dos dois factores – Herzberg; teoria ERC; Hierarquia das
necessidades – Maslow; Necessidades adquiridas – McClelland; Teoria X e Y.

Teoria dos Dois Factores

Segundo Frederick Herzberg, existem factores que influenciam no desempenho dos funcionários,
nomeadamente: factores motivacionais e factores de higiene ou higiénicos.

a) Factores higiénicos: os factores higiénicos são relacionados ao ambiente em que o


funcionários trabalha, envolve a política e a administração da empresa, a supervisão, as
condições de trabalho, as relações interpessoais, o dinheiro, o status e a segurança.
b) Factores motivacionais: os fatores motivacionais envolvem o sentimento de realização,
de crescimento profissional e de reconhecimento no trabalho. Herzberg usou este termo,
porque esses fatores pareciam ser capazes de ter um efeito positivo sobre a satisfação no
trabalho.

Teoria ERC de Clayton Alderfer

Segundo a teoria ERC, a motivação do trabalhador pode ser medida seguindo uma hierarquia de
necessidades, pois, segundo Clayton Alderfer, os indivíduos podem descer ou subir na hierarquia
das necessidades, que, segundo ele, só tem três níveis (para Maslow, existem cinco níveis).

 O primeiro nível (existência) é formado pelos mesmos itens do primeiro e segundo nível
da piramide de Maslow ─ fisiológico (Água, comida e abrigo) e segurança (segurança e
proteção contra danos emocionais e físicos).
 O segundo nível (relacionamento) engloba o nível social (o anseio de pertencer a um
grupo e de fazer amizade) e alguns aspectos do estima (a sociabilidade e a estima de
terceiros) da pirâmide de Maslow.
 O terceiro nível da teria ERC (crescimento) contém elementos internos de estima (como a
autoestima) e o nível de auto realização (o desejo de crescimento pessoal e a realização
da máxima potencialidade subjetiva) de Maslow.

Teoria X e Y de McGregor

As teorias X e Y de McGregor são dois extremos inversos. São duas premissas chamadas de
teoria X (concepção negativa da humanidade) e teoria Y (que possui uma concepção positiva do
homem).

a) Teoria X (Visão negativa):


 O homem odeia o trabalho e, quando pode, o evita;
 Os funcionários precisam ser coagidos e controlados o tempo todo;
 Os funcionários não têm ambição na empresa;
 O buscam somente a segurança que o emprego oferece.

b) Teoria Y (Visão positiva):


 A maioria dos indivíduos gosta de trabalhar;
 Pessoas gostam de desafios;
 Os colaboradores gostam de responsabilidades e são comprometidas;
 As maioria das pessoas têm ambições de crescer na vida.

Teoria das Necessidades Adquiridas – McClelland

Segundo McClelland três tipos de necessidade merecem atenção: as necessidades de


Realização, as necessidades de Afiliação e as necessidades de Poder. Essas necessidades são
desenvolvidas pelo indivíduo a partir da sua experiência de vida e de suas interações com
outros indivíduos e com o ambiente.

a) Necessidade de Realização: é o desejo da pessoa de atingir objetivos que lhe desafiem,


em buscar fazer sempre melhor e mais eficientemente, em perseguir a excelência e o
sucesso e em obter reconhecimento por suas conquistas.
b) Necessidade de Afiliação: é o desejo que o indivíduo tem de estabelecer, manter ou
restabelecer relações afetivas positivas com outros indivíduos. Esta necessidade está
intimamente ligada ao desejo de se sentir querido ou aceito.
c) Necessidade de Poder: é o desejo que o indivíduo tem de possuir o controle dos meios
de influenciar outros indivíduos. São pessoas persuasivas, e que possuem uma alta
necessidade de poder, tentam se destacar ou causar impacto de alguma forma diante de
outros, em detrimento de trabalhar com algo em que possam ter bom desempenho.

Hierarquia das Necessidades de Maslow

Segundo Maslow existem 5 tipos importantes de necessidades:

a) Fisiológicas: são necessidades básicas de oxigénio, comida, água, sexo etc. Quando não
são satisfeitas, o indivíduo sente-se mal, irritado, doente etc. Tem que aliviar o
sofrimento o mais rapidamente possível e só depois irá fazer outras coisas.
b) De segurança: são as necessidades de protecção face aos perigos e face à privação das
necessidades fisiológicas.
c) Sociais: os seres humanos precisam de amor, carinho e aceitação num grupo. Precisam de
pertencer e sentir-se aceites pelos outros.
d) Auto-estima: são as necessidades de ter uma sólida, estável e elevada consideração por
nós próprios e de ser respeitado pelos outros (prestígio). Estas necessidades podem ser
divididas em 2 categorias:
 Necessidade de competência ou dominação de uma actividade ou área. Devem
sentir que são competentes em alguma área profissional ou da vida pessoal;
 A necessidade de reputação ou status, definido como respeito ou confiança dada
pelas outras pessoas e manifestado através do reconhecimento, atenção,
importância ou apreciação.
e) Auto-actualização: necessidade de desenvolver competências e habilidades para realizar
o seu potencial. As pessoas que se encontram a este nível, podem maximizar o seu
potencial, podem perseguir conhecimento, tranquilidade, realização etc.

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