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Sobre Glorfindel
Uma análise traduzida do HoME

Nota da Tradutora: O texto abaixo foi traduzido da série HoME


(history of middle earth), publicada e editada por Cristopher Tolkien,
filho do professor Tolkien. Os contos desta série são, na verdade, um
grande apanhado de textos e histórias que Tolkien desenvolveu ao
longo dos anos, mas que nunca teve oportunidade (ou mesmo
vontade) de publicar. Algumas destas informações são arcaicas, e
podem entrar em conflito com as histórias publicadas em suas edições
oficiais.

Nota de Cristopher Tolkien: Existe uma pequena coleção de


manuscritos muito tardios, mantidos juntos, semelhantes em
aparência, e todos escritos nos lados em branco de boletins emitidos
pela Allen & Unwin. Em sua maioria são copias do mesmo boletim,
datado de 19 de janeiro de 1970 (usados por meu pai também em sua
última versão da história de Maeglin, XI. 316), mas um destes escritos
foi desenvolvido de uma resposta a um correspondente enviada em 9 de dezembro de 1972, e
outro é por ele datado em 20 de novembro de 1972. Acredito ser muito provável que toda a
coleção pertença a este período, o último ano de sua vida: ele morreu em 2 de setembro de 1973,
aos 81 anos. Há claras evidências de confusões (como ele dizia sobre o assunto, 'minha memória
não é mais retentiva'); mas há elementos nestes que são de grande interesse e deveriam ser
registrados.

A respeito de Glorfindel

No verão de 1938, quando meu pai estava meditando sobre 'O Conselho de Elrond' em 'O Senhor
dos Anéis', escreveu: 'Glorfindel fala de seus antepassados em Gondolin' (VI. 214). Mais de trinta
anos depois ele levantou a questão se Glorfindel de Gondolin e Glorfindel de Valfenda eram a
mesma pessoa, e esta questão foi debatida em duas discussões, juntamente com outros escritos
breves ou fragmentários intimamente associados a estes. Irei me referir a eles como 'Glorfindel I' e
'Glorfindel II'. A primeira página de Glorfindel I está faltando, e a segunda página começa com as
palavras 'como guardas ou assistentes'. Então segue-se:

Um Elfo que um dia conheceu a Terra-média e que lutou nas longas guerras contra Melkor seria
um companheiro eminentemente apropriado para Gandalf. Podemos então razoavelmente supor
que Glorfindel (possivelmente pertencendo a um pequeno grupo (nota 01), mais provavelmente
como uma companhia solitária) desembarcou com Gandalf-Olórin por volta do ano 1000 da
Terceira Era. Esta suposição pode de fato explicar o ar de poder e santidade especiais que cercam
Glorfindel - note como o Rei dos Bruxos fugiu dele, enquanto todos os outros (como o Rei Eärnur)
embora corajosos, não conseguiram induzir seus cavalos a enfrentá-lo. De acordo com registros
(completamente independentes deste caso) sobre a natureza Élfica, dados em outro local, e suas
relações com os Valar, quando Glorfindel foi morto seu espírito pôde então ir para Mandos e ser
julgado, e então permanecer nos Palácios da Espera até que Manwë lhe concedesse a liberdade.
Os Elfos eram por natureza destinados a serem imortais até os limites desconhecidos da vida na
Terra como um mundo habitável, e seu desencarne era fato grave. Era então dever dos Valar,
restaurá-los, se estivessem mortos para a vida encarnada, se eles assim o desejassem a não ser
por alguma razão grave (e rara): como os feitos de grande mal, ou quaisquer feitos de malícia dos
quais permanecessem obstinadamente sem arrependimento. Quando eram reincorporados podiam
permanecer em Valinor ou retornar a Terra-média se seu lar tivesse sido lá. Podemos então

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razoavelmente supor que Glorfindel, após a purificação ou perdão por seu papel na rebelião dos
Noldor, foi liberto de Mandos e tornou-se ele mesmo novamente, mas permaneceu no Reino
Abençoado - pois Gondolin fora destruída e todos ou a maior parte de seus parentes tinham
perecido. Podemos assim entender porque ele nos parece uma figura tão poderosa e quase
angelical. Tinha retornado à primitiva inocência dos Primogênitos, e tinha então vivido entre
aqueles Elfos que nunca se rebelaram, e na companhia dos Maiar (nota 02) por eras: desde os
últimos anos da Primeira Era, através da Segunda Era, e até o final do primeiro milênio da Terceira
Era: antes de retornar a Terra-média (nota 03). É de fato provável que em Valinor tenha se tornado
amigo e seguidor de Olórin. Mesmo nos breves vislumbres dados sobre ele em ''O Senhor dos
Anéis'' aparece especialmente preocupado com Gandalf, e foi um (o mais poderoso, ao que
parece) dos que foram mandados de Valfenda quando as inquietantes notícias de que Gandalf
nunca reaparecera para guiar ou proteger o Portador do Anel, chegaram a Elrond.

O segundo ensaio, Glorfindel II, é um texto de cinco páginas manuscritas que sem dúvida seguiu o
primeiro a um curto intervalo; mas um pedaço de papel no qual meu pai apressadamente colocou
alguns pensamentos sobre a matéria, presumivelmente veio entre eles, visto que ele disse ali que
enquanto Glorfindel deve ter vindo com Gandalf, 'parece bem mais verossímil que ele tenha sido
mandado na crise da Segunda Era, quando Sauron invadiu Eriador, para auxiliar Elrond, e embora
(ainda) não mencionado nos anais que relatam a derrota de Sauron, ele representou um notável e
heróico papel na guerra.' Ao final desta nota ele escreveu as palavras 'navio Númenoriano',
presumivelmente indicando como Glorfindel poderia ter cruzado o Grande Mar.

Seu nome é de fato derivado do mais antigo trabalho na mitologia de meu pai: A Queda de
Gondolin, composto em 1916-1917, no qual a língua Élfica que finalmente tornou-se o tipo
conhecido como Sindarin estava em uma forma primitiva e desorganizada, e sua relação com o
tipo Alto Élfico (por si mesmo bastante primitivo) era ainda casual. A intenção era que seu nome
significasse 'Tranças Douradas' (nota 04), e foi o nome dado ao heróico Elfo (Noldo), um líder de
Gondolin que na passagem de Cristhorn (abismo das águias) lutou com um Balrog [demônio], o
qual matou a custo de sua própria vida.

Seu uso em ''O Senhor dos Anéis'' é um dos casos de uso um tanto aleatório de nomes
encontrados nas antigas lendas, agora conhecidas como sendo O Silmarillion, e que escapou à
reconsideração na versão final publicada de ''O Senhor dos Anéis''. Isto é lamentável, uma vez que
agora o nome é difícil de se ajustar ao Sindarin, e possivelmente não o pode ser em Quenya. Da
mesma forma, na atual mitologia organizada, as dificuldades estão presentes nos registros sobre
Glorfindel em ''O Senhor dos Anéis'', se Glorfindel de Gondolin é supostamente a mesma pessoa
que Glorfindel de Valfenda.
Quanto ao primeiro Glorfindel: foi morto na Queda de Gondolin ao final da Primeira Era, e se um
líder daquela cidade deveria ser um Noldo, um dos Senhores Élficos da hoste do Rei Turukano
(Turgon); em qualquer caso quando 'A Queda de Gondolin' foi escrita ele certamente foi concebido
como tal. Mas os Noldor em Beleriand foram exilados de Valinor, tendo se rebelado contra a
autoridade de Manwë, supremo dirigente dos Valar, e Turgon foi um dos defensores mais
determinados e impenitentes da rebelião de Fëanor (nota 05). Não há como escapar disso.
Gondolin em 'O Silmarillion' é dita construída e ocupada por um povo de origem quase inteiramente
Noldorin (nota 06). Poderia ser possível, embora fosse inconsistente supor, que Glorfindel era um
príncipe de origem Sindarin que uniu-se à tropa de Turgon, mas isto contradiz inteiramente o que é
dito sobre Glorfindel em Valfenda em ''O Senhor dos Anéis'': particularmente em 'A Sociedade do
Anel', p 235, onde diz-se ser ele um dos (...senhores dos Eldar de além dos mares mais distantes...
que havia morado no Reino Abençoado..). Os Sindar nunca deixaram a Terra-média.

Esta dificuldade, muito mais séria que a de lingüística, deve ser considerada primeiramente. De
qualquer forma a solução que à primeira vista parece ser a mais simples, deveria ser abandonada:
a de que temos meramente uma repetição de nomes, e que Glorfindel de Gondolin e Glorfindel de
Valfenda foram pessoas diferentes. Esta repetição de um nome tão impressionante, embora
possível, não é crível (nota 07). Nenhum outro personagem principal das lendas Élficas como as

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relatadas em 'O Silmarillion' e ''O Senhor dos Anéis'' teve um nome ostentado por outra
personalidade Élfica de importância. Também pode ser percebido que a aceitação da identidade do
Glorfindel de tempos antigos e da Terceira Era verdadeiramente explica o que é dito sobre ele e
aprimora a história.
Quando Glorfindel de Gondolin foi morto seu espírito deveria, de acordo com as leis estabelecidas
pelo Um, ser obrigado a retornar imediatamente a terra dos Valar. Então deveria ir até Mandos e
ser julgado, e poderia assim permanecer nos 'Palácios de Espera' até que Manwë lhe concedesse
liberdade. Os Elfos foram destinados a serem imortais, isto é não morrer dentro dos limites
desconhecidos decretados pelo Um, o que seria no máximo até o fim da vida da Terra como um
reino habitável. Suas mortes - por qualquer ferimento em seus corpos que fosse tão severo que
não pudesse ser curado - e o desencarne de seus espíritos era caso 'anormal' e doloroso. Era
então dever dos Valar, por ordem do Um, restaurá-los à vida encarnada, se assim o desejassem.
Mas esta 'reintegração' poderia ser adiada (nota 08) por Manwë, se a fëa quando viva tivesse
cometido feitos malignos e recusado a se arrepender destes, ou se ainda nutria qualquer malícia
contra qualquer outra pessoa entre os viventes.

Agora Glorfindel de Gondolin era um dos Noldor exilados, rebeldes contra a autoridade de Manwë,
e eles estavam todos sob a proibição imposta por ele: não poderiam retornar em forma corpórea ao
Reino Abençoado. Manwë, contudo, não estava preso a seu próprio regulamento e sendo o
regente supremo do Reino de Arda poderia colocá-lo de lado, quando visse conveniência. Do que
é dito sobre Glorfindel em 'O Silmarillion' e ''O Senhor dos Anéis'' fica evidente que ele era um Elda
de espírito nobre e elevado: e pode-se assumir que, embora tenha deixado Valinor na hoste de
Turgon, e então incorrido na proibição, ele o fez relutantemente devido ao parentesco com Turgon
e lealdade para com ele, e não teve parte no fratricídio de Alqualondë. (nota 09)

Mais importante: Glorfindel sacrificou sua vida na defesa dos fugitivos da destruição de Gondolin
contra um Demônio fora das Thangorodrim (nota 10), assim permitindo que Tuor e Idril filha de
Turgon e seu filho Eärendil escapassem e buscassem refúgio nas Fozes do Sirion. Apesar de não
ter percebido a importância disto (e teria defendido-os mesmo sendo eles fugitivos de qualquer
nível), este feito foi de vital importância para os desígnios dos Valar (nota 11). Está então
inteiramente de acordo com o enredo geral de 'O Silmarillion' a descrição da história subseqüente
de Glorfindel. Após sua purificação de qualquer culpa que tenha incorrido na rebelião, foi liberto de
Mandos, e Manwë o restituiu (nota 12). Tornou-se então novamente uma pessoa encarnada, e foi-
lhe permitido morar no Reino Abençoado; pois tinha recuperado a graça e inocência primitiva dos
Eldar. Por longos anos ele permaneceu em Valinor, em reunião com os Eldar que não se
rebelaram, e em companhia dos Maiar. Para estes ele agora tinha se tornado quase um igual, pois
embora fosse encarnado (para quem uma forma corporal não feita ou escolhida por si mesmo era
necessária) seu poder espiritual foi grandemente intensificado pelo seu auto-sacrifício. Em algum
momento, provavelmente no início de sua permanência provisória em Valinor, tornou-se seguidor,
e amigo de Olórin (Gandalf), que como é dito em 'O Silmarillion' tinha um amor especial e interesse
pelos Filhos de Eru (nota 13). Olórin, como era possível a um dos Maiar, já havia visitado a Terra-
média e tinha se tornado conhecido não apenas dos Elfos Sindar e outros mais ocultos na Terra-
média, mas também dos Homens, provavelmente, mas nada é [foi] dito sobre isto.

Glorfindel permaneceu no Reino Abençoado, sem dúvida a princípio por escolha própria: Gondolin
fora destruída, e todos os seus parentes tinham perecido, e ainda estavam nos Salões de Espera
inacessíveis aos viventes. Mas sua longa permanência temporária durante os últimos anos da
Primeira Era, e pelo menos vários anos na Segunda Era, sem dúvida estavam também de acordo
com os desejos e desígnios de Manwë.

Quanto Glorfindel retornou para a Terra-média? Isto provavelmente deve ter ocorrido antes do final
da Segunda Era, da 'Mudança do Mundo' e do afundamento de Númenor, após o qual nenhuma
criatura encarnada, 'humana' ou de tipos inferiores, poderia retornar ao Reino Abençoado que
havia sido 'removido dos Círculos do Mundo'. De acordo com um decreto geral procedente do
próprio Eru; embora até o final da Terceira Era, quando Eru decretou que o Domínio dos Homens
deveria começar, Manwë poderia ter admitido a permissão de Eru e fazer uma exceção em seu

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caso, e ter legado alguns modos de transporte para Glorfindel até a Terra-média, o que é
improvável e faria com que Glorfindel tivesse poder e importância maiores do que parece adequar-
se.

Podemos então melhor supor que Glorfindel retornou durante a Segunda Era, antes que a sombra
caísse sobre Númenor, e enquanto os Numenorianos eram saudados pelos Eldar como poderosos
aliados. Seu retorno deve ter sido para o propósito de fortalecer Gil-galad e Elrond, quando o
crescente mal das intenções de Sauron foi finalmente percebido por eles. Poderia, então, ter sido
já no ano de 1200 da Segunda Era, quando Sauron veio em pessoa a Lindon e tentou ludibriar Gil-
galad, mas foi rejeitado e repudiado (nota 14). Mas poderia ter sido, talvez mais provavelmente,
ainda em c.1600, o Ano do Terror, quando Barad-dûr foi terminada e o Um Anel forjado, e
Celebrimbor finalmente tomou ciência da armadilha em que caíra. Em 1200, embora cheio de
ansiedade, Gil-galad sentia-se forte e capaz de lidar com Sauron com desprezo (nota 15). Também
nesta época seus aliados Numenorianos tinham começado a fazer fortes portos permanentes para
seus grandes navios, e também muitos deles tinham começado a morar definitivamente na Terra-
média. Em 1600 tornou-se claro a todos os líderes dos Elfos e Homens (e Anões) que a guerra
contra Sauron era inevitável, agora desmascarado como um novo Senhor do Escuro. Eles então
começaram a se preparar para seu ataque; e sem dúvida mensagens urgentes e suplicas por
socorro foram recebidas em Númenor e em Valinor (nota 16).

Escrito ao mesmo tempo que os textos sobre 'Glorfindel' existe uma discussão sobre a questão da
reencarnação Élfica. Há duas versões, uma um rascunho bastante bruto (de fato, parcialmente
escrito no manuscrito de Glorfindel I) em relação ao outro. Este texto não está incluído aqui (nota
17), exceto sua parte derradeira, que se refere à crença dos Anões no renascimento ou reaparição
de seus Pais, mais notavelmente Durin. Eu entrego esta passagem na forma em que está no
rascunho original. Ela foi escrita rapidamente (com pontuação omitida, e formas variantes ou frases
em choque umas com as outras) que na versão impressa que se segue não foram transportadas;
mas é um registro de pensamentos emergentes de um tópico sobre o qual muito pouco é
encontrado nos escritos de meu pai.

É possível que esta falsa noção (nota 18) estivesse de certo modo conectada com várias idéias
estranhas que tanto Elfos quanto Homens tinham em relação aos Anões, as quais eram de fato
basicamente deduzidas por eles dos próprios Anões. Os Anões afirmavam que os espíritos dos
Sete Pais de suas raças de tempos em tempos renasciam entre seus parentes. Foi notável o caso
da raça dos Barbalongas cujo último antepassado era chamado de Durin, um nome que era
tomado de tempos em tempos por um de seus descendentes, mas não por aqueles que não
estivessem em linha direta de descendência de Durin I. Durin I, o mais velho dos Pais, 'despertou'
a muito tempo atrás na Primeira Era (supõe-se que logo após o despertar dos Homens), mas na
Segunda Era vários outros Durins apareceram como Reis dos Barbalongas (Anfagrim). Na Terceira
Era, Durin VI foi morto por um Balrog no ano 1980. Foi profetizado (pelos Anões), quando Daín Pé-
de-Ferro assumiu a realeza em 2941 da Terceira Era (após a Batalha dos Cinco Exércitos), que na
sua linha direta apareceria um dia Durin VII - mas que ele seria o último (nota 19). Sobre estes
Durins os Anões reportaram que eles retinham a memória de suas vidas anteriores como Reis, tão
real, e naturalmente tão incompleta, como se eles tivessem anos consecutivos de vida como uma
pessoa única. (nota 20)

Como isto poderia se passar os Elfos não sabiam; nem os Anões falavam muito mais sobre o
assunto (nota 21). Mas os Elfos de Valinor conheciam um estranho conto sobre a origem dos
Anões, o qual os Noldor trouxeram para a Terra-média, e diziam tê-lo aprendido com o próprio
Aulë. Este poderá ser encontrado entre vários tópicos menores incluídos nas notas dos apêndices
de O Silmarillion, e que não foram aqui relatados completamente. Para o presente propósito é
suficiente recordar que o criador direto da raça dos Anões foi o Vala Aulë. (nota 22)

Aqui está uma breve versão da lenda da Criação dos Anões, a qual eu omiti; meu pai escreveu no
texto: 'Não é o lugar para contar a história de Aulë e os Anões. (nota 23) A conclusão então se
segue:

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Os Anões acrescenta, para os quais naquele tempo Aulë ganhou o privilégio que os distinguia dos
Elfos e dos Homens: que os espíritos de cada um dos Pais (como Durin) poderiam, ao final da
longa extensão da vida distribuída aos Anões, adormecer, e então deitar no túmulo de seus
próprios corpos (nota 24) em descanso, e ali seu cansaço e qualquer dor que lhe tenham ocorrido
seriam curados. Então após longos anos eles deveriam erguer-se e tomar sua realeza novamente.
(nota 25)

A segunda versão é bem mais breve, e sobre a questão do 'renascimento' dos Pais dos Anões diz
apenas: (...a reaparição, a longos intervalos, da pessoa de um dos Pais dos Anões, nas linhagens
de seus reis - especialmente Durin - provavelmente não é, quando examinada, um caso de
renascimento, mas da preservação do corpo do primeiro Rei Durin (diz) para o qual a certos
intervalos seu espírito retorna. Mas as relações dos Anões com os Valar e especialmente com o
Vala Aulë são (ao que parece) bastante diferentes daquelas de Elfos e Homens...).

Outra discussão sumária em forma de cabeçalho (...nota sobre o surgimento dos Cinco Magos e
suas atividades e ações...) originou-se da consideração de meu pai sobre o caso Glorfindel, como
é visto nas palavras introdutórias: 'Glorfindel era de fato um deles?' Ele observou que
'evidentemente nunca se supôs ser quando 'O Senhor dos Anéis' foi escrito', em adição a isto, não
há possibilidade de que alguns deles fossem Eldar 'da mais alta ordem e poder', quiçá um Maiar. O
texto então continua com a passagem dada em 'Contos Inacabados', que começa com 'Temos de
presumir que eles eram todos Maiar...'; mas depois de algumas palavras com as quais a citação
termina (...escolhidos pelos Valar com essa intenção...) situa somente 'Saruman o mais poderoso',
e então a interrompe, inacabada. Ao lado destas últimas palavras há uma nota esboçada:
'Radagast um nome de origem Mannish (vale do anduin) - mas agora não claramente interpretável.

No verso da página existem algumas notas as quais descrevo em 'Contos Inacabados' como não-
interpretáveis, mas que com um exame criterioso sou capaz de decifrar. Uma delas diz o seguinte:

Nomes não foram registrados para os dois magos. Nunca foram vistos ou conhecidos em terras a
oeste de Mordor. Os magos não vieram ao mesmo tempo. Possivelmente Saruman, Gandalf,
Radagast sim, mas mais provavelmente Saruman, o líder (e já inteiramente atento a isto) veio
primeiro e sozinho. Provavelmente Gandalf e Radagast vieram juntos, embora isso não tenha sido
dito (o que é mais provável). Glorfindel também encontrou Gandalf nos Portos. Os outros dois se
sabe que existem (existiram) por comentários de Saruman, Gandalf e Radagast, e Saruman em
sua menção furiosa aos cinco, deixando escapar uma parte da informação secreta.

A referência na última sentença se faz a réplica mordaz e violenta de Saruman a Gandalf as portas
de Orthanc, na qual ele falou sobre 'os cajados dos Cinco Magos' (As Duas Torres). Outra nota é
ainda mais crua e mais difícil:

Os 'outros dois' vieram muito mais cedo, provavelmente ao mesmo tempo que Glorfindel, quando
os problemas se tornaram muito perigosos na Segunda Era. (nota 26) Glorfindel foi enviado para
ajudar Elrond e foi (embora não tenha sido dito) preeminente na guerra em Eriador. (nota 27) mas
os outros dois Istari foram enviados com um propósito diferente. Morinehtar e Rómestámo. (nota
28) Destruidor da Escuridão (Darkness-slayer) e Auxiliador do Leste (East-helper). Seu objetivo era
enganar Sauron: levar ajuda as tribos de Homens que haviam se rebelado a adoração a Melkor,
incitar a rebelião, e após sua primeira queda, descobrir seu esconderijo (no que falharam) e causar
discórdia e confusão no leste negro. Eles devem ter tido grande influência na história da Segunda
Era e Terceira Era, enfraquecendo e confundindo as forças do leste... as quais teriam na Segunda
e Terceira Era, por outro lado, excedido em número o Oeste.

Nas palavras na citação deste texto em 'Contos Inacabados'. Dos outros dois nada é dito no
trabalho publicado, salvo a referência aos Cinco Magos na contenda entre Gandalf e Saruman,
meu pai escreveu: (...uma nota sobre seus nomes e atividades parece agora perdida, mas exceto
pelos nomes sua história geral e repercussão na história da Terceira Era é clara...). É concebível

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que tenha pensado em projetar a narrativa da escolha dos Istari no conselho dos Valar ('Contos
Inacabados', no qual os Dois Magos (ou 'os Magos Azuis', Ithryn Luin) foram denominados Alatar e
Pallando.

Sobre Círdan, o Construtor Naval

Esse breve manuscrito também é associado à discussão sobre Glorfindel: rudimentos deste
encontram-se no verso de uma das páginas do texto Glorfindel II. Círdan é o nome Sindarin para
'Armador' (nota 29), e descreve suas últimas funções na história das primeiras três eras; mas seu
nome próprio, seu nome original entre os Teleri aos quais pertencia, nunca era usado (nota 30). É
dito nos Anais da Terceira Era que ele podia ver mais longe e fundo o futuro do que qualquer um
na Terra-média (nota 31). Isto não inclui os Istari (que vieram de Valinor), mas inclui até mesmo
Elrond, Galadriel, e Celeborn.

Círdan foi um Elfo Teleri, um dos mais elevados entre os que não foram conduzidos para Valinor e
que ficaram conhecidos como Sindar, os Elfos Cinzentos (nota 32); era parente de Olwë, um dos
dois reis dos Teleri, e senhor dos que partiram sobre o Grande mar. Era também parente de Elwë
(nota 33), irmão mais velho de Olwë, reconhecido como alto-rei de todos os Teleri em Beleriand,
mesmo antes de recolher-se no reino protegido de Doriath. Mas Círdan e seu povo permaneceram
em muitos modos, distintos do restante dos Sindar. Retiveram o antigo nome Teleri (em Sindarin
antigo (nota 34) Telir, ou Telerrim) e permaneceram um povo separado, falando até os últimos
dias, uma língua mais arcaica (nota 35). Os Noldor os chamavam Falmari, 'Elfos-do-mar', e os
outros Sindarin, Falathrim 'Elfos-de-falas' (nota 36).

Foi durante a longa espera dos Teleri pelo retorno da ilha flutuante, na qual os Vanyar e Noldor
foram transportados sobre o Grande Mar, que Círdan voltou seus pensamentos e habilidades para
a fabricação de barcos, para si e todos os outros Teleri que se tornaram impacientes. Entretanto é
dito que por amor a sua família e lealdade, Círdan foi líder dos que buscaram mais longe por Elwë
quando este se perdeu e não veio ao litoral para partir da Terra-média. Assim, falhou no
cumprimento de seu maior desejo: ver o Reino Abençoado e lá encontrar novamente Olwë e seus
familiares mais próximos. Infelizmente, não alcançou as praias até que quase todos os Teleri
seguidores de Olwë tivessem partido.

Então, é dito que ele parou desamparado vigiando o mar, e era noite, mas de algum modo ele
pode ver uma mínima luz em Eressëa antes que desaparecesse no Oeste. Então clamou em voz
alta: (...vou seguir esta luz, sozinho se ninguém vier comigo, com o barco que venho construindo e
que está agora quase pronto...). Mas assim que o disse recebeu em seu coração uma mensagem
que entendeu vir dos Valar, não obstante em sua mente ser lembrado como uma voz falando em
sua própria língua. E a voz o alertava a não experimentar tal perigo; apesar de seu vigor e destreza
poderia não ser capaz de construir um navio apto a desafiar os ventos e ondas do Grande Mar por
muitos longos anos. 'Espera agora pelo tempo, e quando ele vier teu trabalho será da maior
importância, e será lembrado em canções por muitas eras.' 'Eu obedeço', respondeu Círdan, e
então, lhe pareceu que avistava (talvez em uma visão) uma forma semelhante a um barco branco,
brilhando sobre ele, que velejava a oeste através do ar, e como se diminuído na distância
parecesse uma estrela de tão grande claridade que lançava a sombra de Círdan sobre a praia
onde este se encontrava.

Como agora observamos, foi uma profecia sobre o barco (nota 37), que após o aprendizado com
Círdan, e até com seu conselho e ajuda, Eärendil construi, e com o qual finalmente alcançou as
costas de Valinor. Na noite seguinte Círdan recebeu uma previsão sobre todos os pontos
importantes, além da capacidade de todos os Elfos da Terra-média.

Esse texto é digno de nota, onde por um lado nada é dito sobre a história e importância de Círdan
como aparece em outras partes, enquanto que por outro quase tudo do que é dito aqui é único.
Nos Anais Cinzentos foi dito (XI.8, §14):

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Ossë então persuadiu muitos a permanecer em Beleriand, e quando o Rei Olwë e seu grupo
embarcaram na ilha e atravessaram o Mar permaneceram ainda na costa; e Ossë retornou a eles,
e continuou sua amizade com eles. E ensinou a eles a arte da construção naval e da navegação; e
eles se tornaram um povo marinheiro, o primeiro na Terra-média.
Mas sobre Ossë não há menção; a construção naval nas costas de Beleriand diz-se ter se iniciado
nos longos anos durante os quais os Teleri esperaram pelo retorno de Ulmo, e de fato comentada-
se (ver nota 29) a ulterior evolução da arte já desenvolvida entre os Teleri durante a Grande
Jornada.

Outros aspectos deste relato que não aparecem em nenhuma outra parte (em adição é claro à
história sobre o desejo de Círdan em cruzar o Mar para Valinor, e sua visão do barco branco
passando a oeste através da noite sobre ele) são que os Teleri demoraram por longo tempo nas
costas do Mar de Rhûn durante a Grande Jornada que Círdan foi líder dos que procuraram por
Elwë Thingol, seu parente; e que Eärendil foi aprendiz de Círdan, que o ajudou na construção de
Vingilot.

Notas da Tradutora:

[1] Pode-se notar que Galdor é outro nome de tipo similar e período de origem, mas que aparece como mensageiro
de Círdan chamado Galdor dos Portos. Galdor também aparece em 'A Queda de Gondolin', mas o nome é de forma
mais simples e usual e pode ser repetido. Mas a menos que aquele citado em 'A Queda de Gondolin' tenha sido
morto, pode-se razoavelmente supor que sejam a mesma pessoa, um dos Noldor que escapou ao cerco e
destruição, mas escapou a oeste para os Portos, e não ao sul para as fozes do Sirion, como fizeram a maioria do
povo de Gondolin, como Tuor, Idril, e Eärendil.

[2] Essa ordem angélica a qual Gandalf originalmente pertencia: inferior em poder e autoridade aos Valar, mas de
mesma natureza: membros da mesma ordem de essência racional, os quais se aparecessem em forma visível
(humana ou de outro tipo) eram auto-encarnados, ou tinham suas formas dadas pelos Valar, e os quais poderiam
se mover/viajar simplesmente por ato de sua vontade quando não trajados de corpos.

[3] Galdor em contraste, mesmo em breves vislumbres que temos do Conselho, é visto claramente como uma
pessoa insignificante e muito menos sábia. Quer apareça em O Silmarillion ou não, deve ser (como seu nome
sugere) ou um Elfo Sindarin que nunca deixou a Terra-média e nunca viu o Reino Abençoado, ou um dos Noldor
exilado pela rebelião, e que também permaneceu na Terra-média, e não teve, ou ainda não teve, o perdão aceito
pelos Valar e não retornou ao lar para eles preparado no Oeste, em recompensa por sua bravura contra Melkor.

[4] Para a etimologia original de Glorfindel, e para as conexões etimológicas dos elementos do nome, ver II.341.]

[5] Nos Anais de Aman é contado que seguindo o juramento dos Fëanorianos 'Fingolfin, e seu filho Turgon, assim
falaram contra Fëanor, e palavras ferozes incitaram'; mais tarde conta-se que mesmo após pronunciada a Profecia
do Norte 'todo o povo de Fingolfin ainda prosseguiu', é dito que 'Fingolfin e Turgon eram valentes e de corações
ardentes e relutantes em abandonar cada tarefa em que tenham colocado as mãos até seu amargo fim, se amargo
fosse preciso.

[6] O conceito origina; de que Gondolin foi habitada inteiramente por Noldor mudou em muitas alterações no texto
dos Anais Cinzentos. Foi de fato declarado que quando Turgon enviou seu povo adiante de Nevrast a Gondolin estes
constituíram 'uma terça parte dos Noldor da casa de Fingolfin, e uma hoste ainda maior dos Sindar'. A declaração
de que Gondolin foi 'ocupada quase que inteiramente por gente de origem Noldorin' obviamente corre em sentido
oposto a esta concepção.

[7] Na margem da página meu pai perguntou subseqüentemente: 'Porque não ?" A questão parece ser respondida,
porém, na seguinte sentença do texto - onde a ênfase é dada é claro na palavra 'Élfico': 'nenhum outro personagem
nas lendas Élficas .... teve seu nome ostentado por outra figura Élfica de importância.' O que deve ter de fato dado
a ele plena liberdade de mudar o nome de Glorfindel de Gondolin, que aparece nos escritos não publicados, mas ele
não mencionou essa possibilidade.

[8] Em casos mais graves (como o de Fëanor) impedido, e submetido ao Um.

[9] Embora Glorfindel não seja citado na parte não revisada de 'O Silmarillion' que trata deste assunto, registra-se

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que muitos dos Noldor seguidores de Turgon ficaram de fato afligidos pela decisão de seu rei, e temeram que o mal
pudesse logo resultar disso. Na Terceira Hoste, a de Finarfin, tantos eram dessa opinião que quando Finarfin ouviu a
condenação final de Mandos e se arrependeu, a maior parte daquela hoste retornou a Valinor.

[10] Na margem, e escrito ao mesmo tempo que o texto, meu pai registrou: 'O duelo de Glorfindel e o Demônio
pode precisar de revisão.'

[11] Esta é uma das principais questões de 'O Silmarillion' e não precisa ser explicada aqui. Mas nesta parte como
até então composta não poderia deixar de figurar que Ulmo, preocupado principalmente com a vinda de Tuor a
Gondolin, em todo caso agiu em contrário a proibição, diante de Manwë ou sem seu conhecimento.

[12] Isto implica que Glorfindel era originariamente um Elda de grande estatura física e espiritual, um caráter
nobre, e que sua culpa tinha sido pequena: que deveu lealdade a Turgon e amou seus próprios parentes, e estas
foram suas únicas razões para permanecer com eles, embora tenha se afligido por sua obstinação, e temido a
condenação de Mandos.

[13] A Valaquenta diz que: Em tempos mais recentes, foi amigo de todos os filhos de Ilúvatar e se compadeceu de
suas tristezas.

[14] Sem dúvida porque Gil-galad tinha então descoberto que Sauron estava ocupado em Eregion, mas tinha
começado secretamente a construção de uma fortaleza em Mordor. Talvez já um nome Élfico para aquela região,
por causa de seu vulcão Orodruin e suas erupções.

[15] Esta passagem diz respeito a Gil-galad e Sauron no ano de 1200 da Segunda Era, com a declaração expressa
de que 'Sauron veio em pessoa a Lindon', que parece divergir do que é dito em Dos Anéis do Poder que 'Somente a
Lindon não ia, pois Gil-galad e Elrond duvidavam dele e de sua bela aparência.

[16] Os Valar eram acessíveis a dar ouvidos as preces daqueles na Terra-média, como até então, salvo somente
que nos dias escuros da proibição ouviriam uma única prece somente dos Noldor: uma prece arrependida
suplicando perdão.

[17] Meu pai discutiu novamente aqui a idéia de que a reencarnação Élfica poderia ser realizada pelo 'renascimento'
como criança, e rejeitou-a tão enfaticamente como o fez na discussão "Reencarnação dos Elfos', aqui como lá as
dificuldades físicas e psicológicas foram tratadas. Ele escreveu aqui que a idéia 'deveria ser abandonada, ou pelo
menos citada como uma noção falsa.

[18] A 'noção falsa' é a do renascimento Élfico como criança: ver nota 17.

[19] Durin VII é mostrado na tabela genealógica no Apêndice A, como descendente de Dáin Pé-de-Ferro. Nada é
dito sobre ele neste Apêndice.

[20] Ainda é dito que suas memórias eram as mais claras e mais integras dos dias distantes.

[21] Os Elfos sempre vieram a saber muito (ainda quando o vigor de ambas as raças estava em declínio) acredita-
se que isto se deve a estranha e única amizade que surgiu entre Gimli e Legolas. De fato a maioria das referências
a história dos Anões em registros Élficos estão marcadas com 'assim disse Legolas'.

[22] Que eram as vezes chamados de Návatar, e os Anões Aulëonnar 'filhos de Aulë'.

[23] Esta breve versão termina com estas palavras dignas de nota: 'Mas Eru não os deu a imortalidade dos Elfos,
mas vidas mais longas do que as dos Homens. "Eles serão os terceiros filhos e mais parecidos com os Homens, os
segundos".

[24] A carne dos Anões dizem que demora mais a decair ou se corromper do que a dos Homens. Corpos Élficos
despojados de seus espíritos rapidamente se desintegravam e desapareciam.

[25] Uma nota ao final do texto sem indicação de 'sua inserção diz: Que conseqüência isto poderia ter na sucessão?
Provavelmente seu 'retorno' ocorreria somente quando por algum acaso ou outro o rei governante não tivesse
filhos. Os Anões eram pouco prolíferos e isto sem dúvida ocorria com freqüência.

[26] Estas notas acompanham o texto Glorfindel II, quando meu pai determinou que Glorfindel veio a Terra-média
na Segunda Era, provavelmente por volta do ano de 1600.

[26] Estas notas acompanham o texto Glorfindel II, quando meu pai determinou que Glorfindel veio a Terra-média
na Segunda Era, provavelmente por volta do ano de 1600.

[27] Com esta referência ao papel de Glorfindel na guerra em Eriador.

[28] Em outra parte desta página o nome é escrito como Róme(n)star.

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[29] Mesmo antes de vir a Beleriand os Teleri tinham desenvolvido a perícia em construção naval; primeiro com
balsas, e logo com barcos luminosos com remos feitos no formato de aves aquáticas em lagos próximos aos seus
antigos lares, e mais tarde na Grande Jornada na travessia de rios, ou especialmente durante sua longa
permanência nas costas do 'Mar de Rhûn', onde seus navios se tornaram maiores e mais resistentes. Mas em todo
este trabalho Círdan sempre foi o primeiro e o mais engenhoso e hábil. [Sobre a importância do Mar de Rhûn no
contexto da Grande Jornada.

[30] Pengolod apenas menciona uma tradição entre os Sindar que era em forma arcaica N. w., o significado original
disto era duvidoso, como era o de Olwë.

[31] Círdan via mais além e mais fundo do que qualquer um na Terra-média (fala no contexto de sua renúncia de
Narya, o Anel de Fogo, a Mithrandir). O que se afirma aqui e que é dito nos 'Anais da Terceira Era é intrincado, mas
está presumivelmente relatado nas palavras da mesma passagem no Apêndice B 'Quando talvez milhares de anos
se passaram ... os Istari ou Magos apareceram na Terra-média.

[32] Um nome Quenya do Noldor exilado, e primeiramente aplicado ao povo de Doriath, povo de Elwë Capa-
cinzenta.

[33] Que Círdan era parente de Elwë é mencionado em Quendi e Eldar.

[34] Isto é usado com um termo geral para o dialeto Telerian de Eldarin conforme sofreu mudanças ao longo dos
anos em Beleriand, embora não fosse inteiramente uniforme em seu desenvolvimento.

[35] Os Eglain se tornaram um povo um tanto isolado dos Elfos do interior, e na ocasião da vinda ao exílio sua
língua era de muitos modos diferente.' (Os Eglain são o povo de Círdan.)

[36] Os Elfos do mar assim se tornaram em Valinor, os Falmari, pois criavam música ao lado das ondas da
arrebentação.

[37] Vingilótë, Flor-de-espuma. Ao lado de 'espuma' meu pai em seguida escreveu 'Mar', e anotou também: 'wingë,
sindarin gwing, é particularmente uma espuma volante ou chuvisco soprado das cristas das ondas

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