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SEMINÁRIO TEOLÓGICO PENTECOSTAL DO NORDESTE

Josenildo Galdino – Introdução à Filosofia manhã.


Uma breve análise sobre Epistemologia
A EPISTEMOLOGIA

A epistemologia se ocupa do saber. O epistem, do grego conhecimento demonstra e


denota essa busca pelo início das coisas e origem delas. As questões epistemológicas colocam
o homem nessa busca pelo saber. A filosofia, por sua vez, parte sempre dessas questões. Se é
possível conhecer o “saber das coisas”, e qual o método que pode ser usado? A ciência ocupa-
se com aquilo que chama de “conhecimento científico”, seria o conjunto de saberes que está
justificado e provado através de testes que podem ser realizados em qualquer circunstância,
tempo e lugar, que darão o mesmo resultado.

No entanto, o que vem à tona são aquelas coisas das quais não se pode provar ou
experimentar, como as leis morais, por exemplo. A ordem do universo, a origem última das
coisas; onde tudo começa e termina? São essas as questões que se levantam e que o
conhecimento científico não é capaz de solucionar. As questões dos sentidos e do intelecto.
Alguns dirão que não é possível conhecer aquilo que está além dos sentidos, são os
empiristas. Outros dirão que não se pode conhecer nada, e nenhum conhecimento obtido é, de
fato, absoluto, são os agnósticos. Outros tentaram responder com o próprio conhecimento,
alegando que o conhecimento é que sustenta o universo.

O que é evidente é que os filósofos, e o ser humano de um modo geral, sempre


buscaram o “arqué” das coisas. Como Heráclito, com a ideia do logos, como uma razão
impessoal que sustentava todo o cosmos e o conhecimento, e que dava ordem às coisas. Essa
busca pelo conhecimento ganha força na Idade Moderna quando as ideias do Humanismo,
Renascimento, Iluminismo foram ganhando espaço na sociedade. Assim, um dos objetivos
dos estudiosos foi diferenciar o senso comum da ciência.

A teologia também tem seus óculos (as lentes corretas) pelos quais olhamos para a
epistemologia das coisas e de tudo. A origem de tudo não pode ser outro senão O Deus que
conhecemos. A ciência tenta dar nomes, a filosofia “secular” tenta confundir com termos
difíceis de compreenderem, mas a verdade é que a epistemologia deve estar “abraçada” a uma
origem Eterna, Atemporal, Perfeita, Pessoal e Inteligente. É isso que vemos quando olhamos
para a criação, para o homem (termo genérico para ser humano), para a moral, a ética, a
estética, e tudo o que se acha no universo. A teologia cristã, por sua vez, nos apresenta uma
epistemologia ainda mais bela, pois demonstra que esse Criador Eterno, Atemporal, Perfeito,
Pessoal e Inteligente, preparou uma redenção para todas as coisas que foram deturpadas na
sua beleza e objetivo, pelo pecado: a redenção em Jesus Cristo, como bem coloca David K.
Naugle citando Alexander Schmemann:

“Cristo veio”, escreve Schmemann, “não para substituir a matéria


‘natural’ por alguma matéria sagrada ou ‘sobrenatural’, mas para
restaurá-la e completa-la como meio da comunhão com Deus. Isso tem
implicações teológicas tremendas, pois, se a graça restaura a natureza, ou
a salvação renova a cultura, e a filosofia é parte da cultura ou da natureza,
então salvação e graça restauram a filosofia. Em outras palavras, Cristo
restaura a filosofia. A fé salvífica capacita os filósofos cristãos a procurar
compreensão filosófica nele”.

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