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SERMÃO

A FÉ CRISTÃ É OBJETIVA E DOUTRINÁRIA


Texto Base: 1Tm 6:12,13
Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste
chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas.

Exorto-te, perante Deus, que preserva a vida de todas as coisas, e perante Cristo Jesus,
que, diante de Pôncio Pilatos, fez a boa confissão,

1 Timóteo 6:12,13

Antes de entendermos o texto lido, quero fazer algumas pontuações.


1. A FÉ CRISTÃ É OBJETIVA
Uma das principais diferenças da fé cristã em relação às outras religiões, é que a fé cristã
não anula a emoção em detrimento da razão nem a razão em detrimento da emoção.
A fé cristã possui seu lado “místico”, emocional, que racionalmente talvez nós não
conseguíssemos explicar muito menos o mundo compreenderia (a ceia, o batismo, as
experiências pessoais, a Trindade por exemplo).
No entanto, a fé cristã não é, sob nenhum aspecto, uma fé apenas mística, subjetiva;
emocional. A fé cristã não está baseada no “sentir”, no “arrepio”, ou em “jargões
evangeliquês” do tipo: benção, “paz do Senhor”, “amém varão”, “misericórdia”. Muito
menos em textos decorados das Escrituras, e muitas vezes tirados do seu contexto: Salmo
23:1, Fl 4:13; Rm 8:31; etc.
A fé cristã, embora simples na sua abordagem, enquanto revelação de Deus aos homens,
não é simplória, ingênua, quanto à sua teologia, seus aspectos doutrinários. A Fé cristã é
densa, profunda em suas afirmações, verdades e doutrinas.
A Fé cristã afirma coisas que mexe com a lógica humana, com a filosofia, com a biologia,
com a física e todas as ciências já desenvolvidas.
Evidentemente, há um aspecto da Fé cristã que não pode ser ignorado, que é a própria Fé,
no sentido de acreditar, aquela certeza que temos que tudo o que nos foi apresentado a
respeito de Deus, a partir das Escrituras, é a mais pura e infalível verdade.
No entanto, se afirmamos que cremos e não apresentamos argumentos plausíveis,
concretos, daquilo que cremos, já não é fé é fideísmo, ou seja, crer por crer. Precisamos
ter respostas sobre o que cremos (IPe 3:15) “antes, santificai a Cristo, como Senhor,
em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que
vos pedir razão da esperança que há em vós,”

A palavra que Pedro usa para o verbo “responder” é a palavra grega “apologia”, que é
um discurso em defesa de alguma coisa. Essa palavra também era usada para alguém
que se defendia diante de um tribunal. Ou seja, a comunidade cristã, de todas as épocas,
precisou e precisa, defender verbalmente aquilo que creem.
Não podemos dar respostas vazias, superficiais, rasas da nossa fé. Não podemos
responder como crianças que quando não sabem de algo respondem “porque sim”.

2. A FÉ CRISTÃ É FUNDAMENTADA ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE NAS


ESCRITURAS.
Nossa fé não está fundamentada em experiências subjetivas, em emocionalismo, por
mais verdadeiros que sejam, também não está baseada em mitos do passado, ou lendas
e tal.
A fé cristã está fundamentada em dogmas, doutrinas e princípios teológicos sólidos e
históricos. E esses documentos que foram preservados têm por sua vez suas bases nas
Escrituras Sagradas. E um desses documentos que resume a fé cristã e aquilo que nós
cremos é o CREDO APOSTÓLICO.
Como já foram ditas algumas vezes, o credo e nenhuma confissão de fé tem a intensão
de substituir as Escrituras, antes a intensão é resumir didaticamente aquilo que cristãos
em todas as épocas creram e creem.
Vamos recitar o Credo mais uma vez:
Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso,
Criador do céu e da terra;
Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
Nasceu da virgem Maria;
Padeceu sob Pôncio Pilatos,
Foi crucificado, morto e sepultado;
Desceu à mansão dos mortos;
Ressuscitou ao terceiro dia;
Subiu aos céus;
Está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso;
De onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo;
a santa igreja católica; na comunhão dos santos;
a remissão dos pecados;
a ressurreição da carne;
a vida eterna. Amém.

Precisamos lembrar que cada sentença do credo é bíblica, em outras palavras, não são
doutrinas inventadas por teólogos ou pastores da igreja primitiva, mas as palavras do
credo estão em acordo com aquilo que foi escrito através dos séculos e revelado por Deus.

Vamos analisar o texto lido.


Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste
chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas.

Exorto-te, perante Deus, que preserva a vida de todas as coisas, e perante Cristo Jesus,
que, diante de Pôncio Pilatos, fez a boa confissão,

1 Timóteo 6:12,13

Um dos últimos conselhos do apóstolo Paulo a Timóteo era para ele não desanimasse
como líder da igreja e cristão.

Se nós voltarmos um pouco no texto, mais precisamente dos versos 3-10, do capítulo 6,
Paulo denuncia os falsos mestres.

Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso
Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade,
é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras,
de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas,
altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade,
supondo que a piedade é fonte de lucro.
1 Timóteo 6:3-5

O que isso nos mostra?

1º: A FÉ NÃO É SIMPLESMENTE ACREDITAR, MAS É UM CONJUNTO DE


DOUTRINAS PARA SE CONFESSAR E APRENDER. (V. 12)

Como sabemos disso no texto?

Que quando Paulo diz a Timóteo para “combater o bom combate da fé” (V.12), a
palavra “fé” não está ligada a um simples acreditar ou aquele sentimento ou
emocionalismo que muitas vezes confundimos com fé. “eu ceio”!

Não! A palavra “Fé” aí é esse conjunto de doutrinas e dogmas que o cristianismo guarda
e defende por todos esses séculos. Aliás, todas as cartas pastorais (1,2 Tm e Tito), a
palavra “fé” tem essa conotação. O próprio Paulo se referiu a esse conjunto de doutrinas
quando disse: “combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (IITm
4:7)

O que Paulo tem em mente é a doutrina da fé cristã. O objetivo era que essas
doutrinas se mantivessem intactas, fortes, pois são elas que alicerçam a nossa fé!

Isso nos mostra, mais uma vez, que a fé cristã não é baseada em experiencias pessoais,
mas em doutrinas. E nós precisamos nos manter firmes nelas E CONHECÊ-LAS.
Então, primeiro: A FÉ NÃO É APENAS CRER, MAS É UM CONJUNTO DE
DOUTRINAS PARA CONFESSAR E CRER.
2º: ESSAS DOUTRINAS NÃO SERÃO PRESERVADAS SEM LUTA (V.12)
Os falsos mestres não davam descanso a Timóteo. Eram falsos ensinos por cima de falsos
ensinos. A palavra que Paulo usa para “outra doutrina” no verso 3 é a palavra grega
“hetero didascalei”, ou seja, ensino totalmente diferente, contrário.
Outro detalhe do verso 3, é que Paulo diz esses ensinos diferentes desses falsos mestres
não estava só em desacordo com os ensinos dos apóstolos, mas com os ensinos do próprio
SENHOR Jesus. “Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs
palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade,

Os apóstolos não criaram doutrinas novas, nem falaram nada que fosse em contradição
àquilo que Cristo havia ensinado, mas as doutrinas da Fé cristã estão baseadas nas
palavras do próprio Cristo.
E isso nos ensina que não batalhamos por doutrinas de homens, mas por aquilo que foi
revelado pelo próprio Deus; por isso lutamos. Por isso Pedro na sua 2ª carta 1:21:
“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os
homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”
2 Pedro 1:21
Por que eu devo batalhar por essas doutrinas?
Porque são ensinos da parte do próprio Deus! Deixar de observar essas doutrinas, seja
diretamente nas Escrituras, seja de forma esquematizada em uma confissão ou credo,
como no credo apostólico, é negligenciar as verdades Eternas de Deus.
Note que o objetivo de Paulo era preparar Timóteo e a igreja para a maré de perseguição
e oposição que estava para se levantar nos séculos que se seguiriam.
Irmãos, a resposta que damos diante das oposições e perseguições à fé cristã não é um
combate humano, não é um combate político, não é um combate filosófico, mas um
combate da Fé! Nós respondemos ao mundo com a confissão da nossa fé. Nós
respondemos ao mundo reafirmando a nossa fé, o nosso credo!
Wiersbe comentando diz:
“Esse "combate", porém, não é entre os
cristãos, mas sim entre uma pessoa de Deus
e os inimigos a seu redor. A luta é para defender
a fé, o conjunto de verdades confiadas
a igreja.”
Por isso, meus irmãos, é diante de muitas lutas que devemos preservar esses
conjuntos de verdades que nos foram legadas.

Mas ainda no verso 12, há uma ordem de Paulo a Timóteo interessante.


Nessas duas ordens que Paulo dá a Timóteo: 1ª combate o bom combate da fé, da crença.
A 2ª é “Toma posse (agarra-te) da vida eterna”
Meus irmãos, Tomar posse da vida eterna está ligado ao que Paulo disse antes, ou seja,
ninguém que não entre nesse combate da fé, da crença; do crer, pode tomar posse dessa
vida eterna.
(Um parêntesis aqui.) nos primeiros séculos da igreja cristã, todos sabem que os cristãos
eram perseguidos, o que poucos sabem é que muitos cristãos negaram a Cristo por
pressão de Roma, e o problema era que muitos presbíteros e cristãos dessas
comunidades, não queriam aceitar esses “traidores da fé”, era assim que os chamavam.
Simplesmente por não “guardarem a fé” (a crença, o credo, etc).
Agora, Paulo vai fazer duas afirmações maravilhosas no texto do verso 12.
1) essa vida eterna não é tomada por força humana nem por obras. Paulo diz: ...” para a
qual também foste chamado...”
O conjunto de crenças e o chamado vem de Deus. Ele dá a fé e nos chama!
Mas agora vem a outra parte do texto: “e de que fizeste a boa (a adequada, a bonita, a
valiosa) confissão perante muitas testemunhas...”
Se por um lado a Fé, o conjunto de crenças e revelações e o chamado vem do próprio
Deus, por outro lado Ele exige de nós a confissão.
Deixe-me mostrar pra você algo que lendo no português não conseguimos enxergar.
Quando Paulo usa o verbo “fostes chamado”, esse verbo está no modo passivo, ou seja,
é quando o sujeito sofre a ação. Em outras palavras, não foi Timóteo que auto convocou
para a vida eterna, mas Deus o convocou.
Agora, quando Paulo usa o verbo “fizeste a boa confissão” o verbo muda pra voz ativa,
ou seja, é quando o sujeito executa a ação. Quer dizer, a confissão é pessoal, individual e
pública. “perante muitas testemunhas”
Perceba que a Fé cristã tem seu aspecto espiritual, sobrenatural, pois é Deus que dá
a revelação. É Deus quem dá a fé, e é Deus quem chama o homem à salvação. Mas a
fé cristã tem seu aspecto natural, racional, doutrinário, pois é o homem quem
confessa sua fé.
A Bíblia diz que O Espírito intercede por nós, que Cristo intercede por nós, mas
NÃO diz que Cristo, nem o Espírito confessa por nós. Essa resposta é nossa.
E essa resposta não é vazia, sem argumentos; mas é baseada nesse conjunto de doutrinas
elementares que O Credo apostólico resume brilhantemente.
A palavra que Paulo usa pra “confissão” é um verbo tirado da palavra grega
“homologeó”, de onde vem a palavra em português “homologar”. É uma sentença ou
um decreto reconhecido oficialmente. No texto bíblico é um “concordo”, “eu prometo”,
“eu declaro publicamente”.
Por isso, a confissão era levada muito a sério na igreja primitiva. A confissão pública era
uma espécie de documento que atestava a conversão e a entrada da pessoa na comunidade
cristã.
Por isso era pública. Timóteo fez essa confissão “perante muitas testemunhas”.
Aplicação - Ninguém que, de fato confessa a Cristo, pode ter vergonha de fazer isso
publicamente. (Falar sobre o fato de que jovens na universidade, ou no trabalho, etc, não
pode ter vergonha de confessar as verdades do credo).
Olhe o que Cristo diz em Mateus 10:32,33
Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o
confessarei diante de meu Pai, que está nos céus;
mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu
Pai, que está nos céus.
Mateus 10:32,33
Jesus usa a mesma palavra que Paulo usa pra confessar: Homologéo.
Negar a Cristo, portanto, é contradizer suas palavras. É não concordar com essas
verdades reveladas nas Escrituras. É negar o Credo, por exemplo.
A confissão é algo muito sério. Não é uma bricadeira.
Agora, João Calvino, em seu comentário sobre essa parte, diz algo interessante. Pra
Calvino, a confissão deve exceder as palavras e ser esboçada na vida prática.
Calvino diz:
“Entendo confissão, aqui, no sentido não de algo expresso verbalmente, mas, antes,
de algo realizado de forma concreta, e não numa única ocasião, mas ao longo de todo
o seu ministério. Significando, pois: “Tu contas com muitas testemunhas de tua
pública confissão, tanto em Éfeso como em outros países, a saber: que elas têm
assistido a tua viva fidelidade e seriedade em teu testemunho do evangelho; e tendo
transmitido um exemplo tão positivo, agora outra coisa não podes ser senão um bom
soldado de Cristo, caso não queiras incorrer em maiores vexames e infortúnios.” À
luz desse fato aprendemos a seguinte lição geral: quanto mais eminentes nos
tornamos, menos justificativa temos em fracassar e mais obrigados somos a nos
manter em nossa firme trajetória.”
Em outras palavras, quanto mais conhecemos nossa fé e esse conjunto de credos e
doutrinas, mais fortes e maduros ficamos para prosseguirmos na fé. Amadurecimento
cristão nada tem a ver com tempo de conversão, mas o quanto conhecemos da fé, e o
quanto vivemos a fé.
3) Do verso 13 ao 16, Paulo faz claras confissões que são abordadas em todo o Credo
apostólico.
v.13: Exorto-te, perante Deus, que preserva a vida de todas as coisas, e perante
Cristo Jesus, que, diante de Pôncio Pilatos, fez a boa confissão,
1 Timóteo 6:13
“...que preserva a vida de todas as coisas...”: Para o comentarista Calvino: O que ele
afirma acerca de Cristo e de Deus é relevante para o presente tema. Ao atribuir a
Deus a ação de vivifícar todas as coisas, sua intenção era refutar o escândalo da cruz,
a qual nada nos oferece senão a aparência de morte. 0 que ele quer transmitir,
portanto, é que devemos fechar nossos olhos quando os ímpios nos ameaçam de
morte; ou, mais ainda, que devemos fixar nosso olhar exclusivamente no Deus que
restaura os mortos à vida.
Ou seja, aqui há, pelo menos, 2 pontos do credo apostólico:
1 – Creio em Deus Pai, Criador dos céus e da terra.
Deus não só criou, como preserva todas as coisas.
2 – Na ressurreição do corpo.
Se Deus preserva todas as coisas, Ele trará vida aos mortos para serem julgados por
Cristo.
Mas ainda no verso 13 há outro ponto Do Credo.
3 – Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos.
Isso é o marco histórico do credo. Um ponto na linha do relato histórico. Isso situa na
história a época em que O Senhor morreu. A morte de Cristo não é um mito, é um fato
registrado na história com personagens históricos reais.
Interessante que nosso SENHOR morreu proferindo sua confissão diante de Pilatos. A
“boa confissão de Cristo” nos serve de exemplo de nossa confissão daquilo que cremos
pode e certamente nos levará à morte, quando não, no mínimo afastará pessoas de nós.
E qual a boa confissão de Cristo?
Para alguns comentaristas, dentre eles Hernandes Dias Lopes, a boa confissão refere-
se ao texto de João 18: 36-37: “Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua
nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?
Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste
mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas
agora o meu reino não é daqui.”
João 18:35,36
V.14: que guardes o mandato imaculado, irrepreensível, até à manifestação de
nosso Senhor Jesus Cristo;

Mais uma vez Timóteo é exortado a guardar o “mandato imaculado”, uma referência a
tudo que Paulo já havia dito a ele acerca da doutrina. Mas no final do versículo há outro
ponto que é exposto no credo apostólico:
4 – Está assentado á direita de Deus Pai, Todo-Poderoso, de onde há de vir para
julgar os vivos e os mortos.
Esta verdade das Escrituras e que foi colocada no credo como base da nossa fé, é a
esperança que mantém acesa a chama em nossos corações, em meio às dores, às
perseguições, aos dias ruins, aos dias de angústias pela situação política das nações, pelo
rumo que está tomando o mundo, as famílias.
Esse Dia não sabemos quando será, por isso o verso 15 diz: “a qual, em suas épocas
determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e
SENHOR dos senhores”
Com esse texto Paulo nos mostra outro ponto que o Credo apostólico expõe:
5 – Creio em Jesus, Nosso Senhor (kiriós) = dono.
O “senhor” que Roma conhecia era o imperador, e por isso, chamar outro de Senhor era
assinar a sua sentença de morte.
V.16 - o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem
algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!
Nesse verso há mais dois pontos do credo.
1º Na vida eterna
A vida eterna nos foi, por que quem nos deu vive eternamente.
2º - Amém.
É a concordância, a assinatura de que aceitamos esses termos. É o “assim seja”. É como
se dissemos: “estou pronto a morrer por tudo isso que acabei de confessar”.

CONCLUSÃO
Quero concluir dizendo que:
1º o credo não é só uma confissão, mas um sermão de encorajamento, de esperança.
Ler o credo, estudar, entender e viver o credo apostólico não é só adquirir conhecimento
intelectual da fé, mas um viver prático da fé, pois muitos cristãos morreram por confessá-
lo.
2º: Por falta de entendimento do credo e do que ele representa, muitas igrejas tem
se perdido no crê e no que ensinar.
Hoje há uma igreja em praticamente cada esquina, mas que 70% delas não fazem a
mínima ideia do que creem. Encaram a fé como um amuleto da sorte, ou tentam esconder
seus pecados, ou barganham com Deus, etc, mas não compreendem suas bases, seus
princípios, sua história; suas doutrinas.
3º: Nos primeiros séculos, o credo funcionou como uma espécie de peneira, de teste
para os verdadeiros cristãos, e do mesmo modo que foi no passado, está sendo no
presente, e será no futuro: somente passarão aqueles que crerem, viverem e
morrerem por cada ponto dessa fé.
QUE DEUS, EM CRISTO NOS AJUDE A MANTERMOS NOSSA FÉ SEM
VACILAR, SEM APOSTATAR, ATÉ, SE PRECISO FOR, MORRERMOS POR
ELA.

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