CONDURSI e WELLINGTON MENDONÇA. INTRODUÇÃO. O Farmacêutico(a) têm em mãos uma enorme responsabilidade, cuidar de medicamentos e de saúde alheia não é uma tarefa fácil, também sendo passível a erros, sendo eles ingenuamente cometidos ou de má fé. O Conselho Federal criou as regras e o código de conduta profissional, os Conselhos Regionais fiscalizam esses profissionais por meio deste código de ética, no qual trataremos neste trabalho do que diz respeito a regras e penalizações que estarão sujeitas os profissionais farmacêuticos(as). Objetivo METODOLOGIA. Pesquisa em sites pertinentes ao assunto, dicionário para interpretação de palavras. Artigo 1º Infringir as normas estabelecidas pelo conselho federal, pelas normativas e legislações pertinentes ao estabelecimento e a profissão farmacêutica, podem ocorrer pena estabelecida pelo código de ética, civil e até criminal. Artigo 2º Infrações éticas e de conduta profissional serão analisadas o tipo e gravidade da infração pelo comissão de ética, podendo ser encaminhada a vara cível. Artigo 3º “Reformatio in pejus”(do Latim reformatio, 'mudar', 'aprimorar', e peius, 'pior‘). O artigo traz essa palavra que quer dizer, que, uma sentença não pode ser maior que a anterior ao recurso. Caso já tenha sido julgado e tenha solicitado recurso. Artigo 4º Reincidência , considerado a quem possui antecedentes de infração de mesmo caráter ou não, quando julgado e condenado pela comissão de ética no período de 5 anos. Artigo 5º Suspensão da atividade ou eliminação da mesma. Será publicada no Conselho Regional após o julgamento. Artigo 6º As sanções aplicadas serão registradas no cadastro individual do profissional Farmacêutico, em caso de suspensão, serão informados o empregador, órgão sanitário e apreensão da carteira de identificação profissional. Artigo 7º infrações leves Infrações éticas e disciplinares leves serão aplicadas apenas advertência por escrito e sem publicidade na primeira vez, na segunda vez multa de 1 a 3 salários mínimo. Caso terceira reincidência o valor da multa é dobrado mais sanções penais. Artigo 7º Infrações leves • Deixar de comunicar irregularidade que infrinja o código de ética ou qualquer normativa. • Desrespeitar o direito de decisão do usuário sobre o tratamento, exceto quando este não pode ser capaz de zelar pela sua saúde e bem estar. • Exercer a profissão sem condições dignas de trabalho e remuneração fora do estipulado em convenção coletiva. • Afastar-se por curto ou longo período sem que haja outro farmacêutico Artigo 7º infrações leves • Desrespeitar empregador e subordinados. • Comprometer o desempenho técnico por interesses pessoais. • Realizar e divulgar pesquisas sem termo de consentimento. • Repassar senhas de uso exclusivo. ( SNGPC ) • Exercer magistério sem qualificação necessária ou obter qualquer vantagem pessoal. Artigo 8º Infrações éticas e disciplinares medianas, devem ser aplicadas a pena de multa no valor de 1 a 3 salários mínimos regionais, que serão elevados ao dobro, ou aplicada a pena de suspensão, no caso de reincidência. Artigo 8º infrações medianas • Exercer simultaneamente medicina • Produzir, fornecer, dispensar ou permitir dispensação qualquer tipo de medicamento fracionado ou não, que não possua informações adequadas sobre o medicamento. • Fazer ou permitir o comércio ou utilização de medicamento contrariando as legislações. Artigo 8º infrações medianas ● Realizar exames e perícias técnico-legais, e emitir laudos técnicos em relação às atividades profissionais, em desacordo à legislação vigente ● Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora ou desacatar as autoridades sanitárias ou profissionais. ● Omitir das autoridades competentes quaisquer formas de agressão ao meio ambiente e riscos inerentes ao trabalho, que sejam prejudiciais à saúde e à vida ● Delegar a outros profissionais atos ou atribuições exclusivos. ● Exercer a profissão e funções relacionadas à Farmácia, sem habilitação legal. Artigo 8º infrações medianas • Não comunicar em 5 (cinco) dias ao Conselho Regional de Farmácia o encerramento de seu vínculo profissional. • Deixar-se explorar por terceiros, com finalidade política ou religiosa • Exercer a profissão em estabelecimento com documentação em desordem. • Assumir responsabilidade por algo que não participou ou fiscalizou. • Aviar receitas com prescrições médicas ou de outras profissões, em desacordo com a técnica farmacêutica e a legislação vigentes. Artigo 8º infrações medianas • Coordenar, supervisionar, assessorar ou exercer a fiscalização sanitária a qualquer empresa no qual deseja se bem. • Permitir interferência nos resultados apresentados como perito ou auditor. • Promover publicidade enganosa. • Não observar as determinações do CFF. • Pleitear, de forma desleal, para si ou para outrem. • Exercer atividade no âmbito da profissão farmacêutica em interação com outras profissões, visando ao interesse econômico. • promover a utilização de substâncias ou a comercialização de produtos que não tenham a indicação terapêutica analisada e aprovada. • Quando atuando no serviço público, utilizar-se do serviço, para benefício de empresa privada. Artigo 9º Infrações graves. Às infrações éticas e disciplinares graves devem ser aplicadas as penas de suspensão de 3 (três) meses na primeira vez; de 6 (seis) meses na segunda vez; e de 12 meses na terceira vez. Artigo 9º Infrações graves. • Violar o sigilo de fatos e informações de que tenha tomado conhecimento no exercício da profissão. • Participar de qualquer tipo de experiência com fins bélicos, raciais ou eugênicos, bem como de pesquisa não aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa,Comissão Nacional de Ética ou Comissão de Ética no Uso de Animais. • Praticar ato que desrespeitar a vida. • Produzir, fabricar, fornecer, em desacordo com a legislação vigente, radiofármacos e conjuntos de reativos ou reagentes. Artigo 9º infrações graves • Fornecer, dispensar ou permitir que sejam dispensados, medicamento no qual não é indicação terapêutica. • Alterar o processo de fabricação de produtos sujeitos a controle sanitário, modificar os seus componentes básicos, nomes e demais elementos objeto do registro. • Praticar ato profissional que cause dano material, físico, moral ou psicológico, que possa ser caracterizado como imperícia. • Fazer uso de documento, atestado, certidão ou declaração falsos ou alterados. • Assinar laudo ou qualquer outro documento farmacêutico em branco, Artigo 9º Infrações graves • utilizar-se de qualquer meio ou forma para difamar, caluniar, injuriar ou divulgar preconceitos e apologia a atos ilícitos. • Receber ou receptar mercadorias sem nota fiscal ou em desacordo com a legislação • Fazer declarações injuriosas, caluniosas, difamatórias ou que depreciem o farmacêutico, a profissão ou instituições e entidades farmacêuticas, sob qualquer forma. Artigo 10º • Àquele que continuar a exercer a profissão, mesmo enquanto estiver sob a sanção disciplinar de suspensão, será aplicada idêntica pena pelo prazo em dobro ao originariamente determinado. Artigo 11º • A pena de suspensão de 3 (três) a 12 (doze) meses será diretamente aplicada por motivo de pronúncia criminal ou de prisão em virtude de sentença. Artigo 12º • A pena de eliminação será imposta aos que porventura tiverem perdido algum dos requisitos dos artigos 15 e 16 da Lei nº 3.820/60 para fazer parte do Conselho Regional de Farmácia, inclusive aos que, por faltas graves, já tenham sido três vezes condenados definitivamente à pena de suspensão, ainda que em Conselhos Regionais de Farmácia diversos Artigo 13º • Na hipótese de diversas condutas praticadas pelo indiciado, oriundas do mesmo fato ou processo ético-disciplinar, as punições serão aplicadas de forma cumulativa e sequencial, delineando-se a pena por cada infração apurada. Artigo 14º • Os casos omissos serão resolvidos pelo Plenário do Conselho Federal de Farmácia Artigo 15 e16 Lei nº 3.820/60 Art. 15. - Para inscrição no quadro de farmacêuticos dos Conselhos Regionais é necessário, além dos requisitos legais de capacidade civil: 1) ser diplomado ou graduado em Farmácia por Instituto de Ensino Oficial ou a êste equiparado; 2) estar com seu diploma registrado na repartição sanitária competente; 3) não ser nem estar proibido de exercer a profissão farmacêutica; 4) gozar de boa reputação por sua conduta pública, atestada por 3 (três) farmacêuticos inscritos. Art. 16. Para inscrição nos quadros a que se refere o parágrafo único do art. 14, além de preencher os requisitos legais de capacidade civil, o interessado deverá: 1) ter diploma, certificado, atestado ou documento comprobatório da atividade profissional, quando se trate de responsáveis ou auxiliares técnicos não farmacêuticos, devidamente autorizados por lei; 2) ter licença, certificado ou título, passado por autoridade competente, quando se trate de práticos ou oficiais de Farmácia licenciados; 3) não ser nem estar proibido de exercer sua atividade profissional; 4) gozar de boa reputação por sua conduta pública, atestada por 3 (três) farmacêuticos devidamente inscritos. Conclusão. O artigo no qual tratamos neste trabalho é de suma importância que o Farmacêutico(a) tenha conhecimento de boa parte dele, pois somente assim evitar de cometer atos e ações que possa leva-lo a algum tipo de penalização, pois um mínimo de descuido pode acarretar em risco á saúde pública. Bibliografia. Conselho Federal de Farmácia. www.cff.org.br/userfiles/resolucoes/596.pdf Consulta realizada entre os dias 12 á 25 de março de 2017. Dicionário eletrônico. https://pt.wikipedia.org/wiki/Reformatio_in_pei us. Opinião de profissionais. Foi perguntado a alguns profissionais se tinham conhecimento e se haviam sofrido algum tipo de penalização. A farmacêutica N.P.C afirmou que já fora advertida por não estar presente em seu local de trabalho e que não tem conhecimento suficiente sobre a Resolução em questão. A farmacêutica P.Y.K afirmou que sofrera multa e processo, pois foi verificado que um funcionário sem habilitação comprovada realizava aplicação de injetáveis, e que também não conhecia a fundo a Resolução, mas que passou a observar após a infração. ( Infração Opinião de profissionais O farmacêutico M. A. C, informou que respondeu processo na vara cívil por vender medicamento no qual se confundiu ao entregar. O caso não foi levado ao CRF ou CFF. Informou que não tem conhecimento suficiente da Resolução. O farmacêutico J.P.S.S, informou que foi convidado a comparecer ao Conselho de Ética pois havia uma denuncia de assédio, o mesmo conseguiu provar por meio de imagens de vídeo que a reclamante agia de má fé ao ir tomar injeção de vestido todos os meses. Informou que conhece um pouco da Resolução. Opinião de profissionais. Todos assumiram que precisam ler mais sobre a resolução e que é de suma importância o cumprimento da mesma, também acham que todos os profissionais necessitam de reciclagem quando se trata de legislação e que por falta de tempo e interesse acabam não fazendo, mesmo quando gratuito oferecido pelo CRF.