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1 — A constituição e o funcionamento das OIF serão A afectação dos produtos das coimas cobradas em
incentivados nos termos da legislação aplicável. aplicação do artigo anterior faz-se da seguinte forma:
2 — As OIF reconhecidas nos termos da presente lei
poderão beneficiar de ajudas, benefícios fiscais ou sub- a) 15 % para a entidade que levantar o auto;
venções públicas legalmente estabelecidos para o apoio b) 15 % para a entidade que instruir o processo;
ao associativismo, funcionamento e modernização das c) 10 % para a entidade que aplicar as coimas;
associações e para a realização dos objectivos para que d) 60 % para os cofres do Estado.
foram constituídas.
3 — Sempre que estiverem em vigor normas de exten- Artigo 14.o
são de acordos celebrados por OIF, podem estas aplicar
taxas aos agentes económicos do sector do produto res- Audição de entidades
pectivo proporcionais aos custos dos serviços prestados
no âmbito das acções comuns previstas nos acordos O Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento
aprovados objecto de extensão. Rural e das Pescas ouvirá o Conselho Consultivo Flo-
4 — Cabe às OIF estabelecer o regime de quotização restal para efeitos de aprovação dos acordos referidos
a aplicar aos seus associados. no n.o 2 do artigo 7.o
Artigo 15.o
Artigo 9.o Norma regulamentar
Isenções fiscais
Sem prejuízo da entrada em vigor das normas da
1 — As OIF devidamente registadas nos termos do presente lei que possam ser directamente aplicáveis, o
artigo 4.o têm direito às isenções fiscais atribuídas pela Governo procederá à regulamentação necessária à sua
lei às pessoas colectivas de utilidade pública. boa execução no prazo de 90 dias a contar da entrada
2 — As OIF beneficiam das regalias previstas no em vigor do presente diploma.
artigo 10.o do Decreto-Lei n.o 460/77, de 7 de Novembro.
3 — Os pagamentos efectuados pelos agentes econó- Aprovada em 2 de Julho de 1999.
micos às OIF, a título de taxa, são dedutíveis à respectiva
matéria colectável. O Presidente da Assembleia da República, António
de Almeida Santos.
Artigo 10.o
Promulgada em 26 de Agosto de 1999.
Direitos de cooperação e representação
Publique-se.
1 — As OIF e os órgãos da administração pública
competentes devem cooperar na realização de projectos O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
ou acções que visem o desenvolvimento sustentável da
fileira florestal. Referendada em 2 de Setembro de 1999.
2 — As OIF têm direito ao apoio do Estado, nomea-
damente em matéria de acesso à informação pertinente, O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira
e usufruem de procedimentos administrativos gratuitos. Guterres.
3 — As OIF têm direito de antena na rádio e na tele-
visão nos mesmos termos das associações profissionais. Lei n.o 159/99
de 14 de Setembro
Artigo 11.o Estabelece o quadro de transferência de atribuições
Fiscalização e competências para as autarquias locais
Compete ao Estado, através dos organismos legal- A Assembleia da República decreta, nos termos da
mente competentes, a fiscalização da execução das medi- alínea c) do artigo 161.o da Constituição, para valer
como lei geral da República, o seguinte:
das previstas na presente lei.
1 — Por via do instrumento de delegação de com- 1 — É da competência dos órgãos municipais o pla-
petências, mediante protocolo, a celebrar com o muni- neamento, a gestão e a realização de investimentos nos
cípio, a freguesia pode realizar investimentos cometidos seguintes domínios:
àquele ou gerir equipamentos e serviços municipais. a) Rede viária de âmbito municipal;
2 — O instrumento que concretize a colaboração
b) Rede de transportes regulares urbanos;
entre município e freguesia deve conter expressamente,
c) Rede de transportes regulares locais que se
pelo menos:
desenvolvam exclusivamente na área do muni-
a) A matéria objecto da colaboração; cípio;
b) Referência obrigatória nas opções do plano, d) Estruturas de apoio aos transportes rodoviários;
durante os anos de vigência da colaboração, e) Passagens desniveladas em linhas de caminho
quando se trate de matéria que nelas deva de ferro ou em estradas nacionais e regionais;
constar; f) Aeródromos e heliportos municipais.
c) Os direitos e obrigações de ambas as partes;
d) As condições financeiras a conceder pelo muni- 2 — É ainda competência dos órgãos municipais a
cípio, que devem constar obrigatoriamente do fixação dos contingentes e a concessão de alvarás de
orçamento do mesmo durante os anos de vigên- veículos ligeiros de passageiros afectos ao transporte
cia da colaboração; de aluguer.
e) O apoio técnico ou em recursos humanos e os 3 — Os municípios são obrigatoriamente ouvidos na
meios a conceder pelo município. definição da rede rodoviária nacional e regional e sobre
a utilização da via pública.
CAPÍTULO III
Competências dos órgãos municipais Artigo 19.o
Educação
Artigo 16.o
Equipamento rural e urbano 1 — É da competência dos órgãos municipais par-
ticipar no planeamento e na gestão dos equipamentos
É da competência dos órgãos municipais o planea- educativos e realizar investimentos nos seguintes domí-
mento, a gestão e a realização de investimentos nos nios:
seguintes domínios:
a) Construção, apetrechamento e manutenção dos
a) Espaços verdes; estabelecimentos de educação pré-escolar;
b) Ruas e arruamentos; b) Construção, apetrechamento e manutenção dos
c) Cemitérios municipais; estabelecimentos das escolas do ensino básico.
d) Instalações dos serviços públicos dos municí-
pios;
e) Mercados e feiras municipais. 2 — É igualmente da competência dos órgãos muni-
cipais:
Artigo 17.o a) Elaborar a carta escolar a integrar nos planos
Energia directores municipais;
b) Criar os conselhos locais de educação.
1 — É da competência dos órgãos municipais o pla-
neamento, a gestão e a realização de investimentos nos 3 — Compete ainda aos órgãos municipais no que
seguintes domínios: se refere à rede pública:
a) Distribuição de energia eléctrica em baixa tensão; a) Assegurar os transportes escolares;
b) Iluminação pública urbana e rural. b) Assegurar a gestão dos refeitórios dos estabe-
lecimentos de educação pré-escolar e do ensino
2 — É igualmente da competência dos órgãos muni- básico;
cipais: c) Garantir o alojamento aos alunos que frequen-
a) Licenciamento e fiscalização de elevadores; tam o ensino básico, como alternativa ao trans-
b) Licenciamento e fiscalização de instalações de porte escolar, nomeadamente em residências,
armazenamento e abastecimento de combustí- centros de alojamento e colocação familiar;
N.o 215 — 14-9-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 6305