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RELATÓRIO GERAL - SEMINÁRIO II

ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Relatora Geral: Paola Bergara

GRUPOS:

I – Guilherme Barnabé
Natália de Cássia
Marília Silveira Nascimento
Rodolfo Ferreira Ribeiro
Gabriela Coelho
Caroline Ribeiro Abreu

II – Samuel Azevedo Silva


Luiz Queiroz Carlos
Karoline Rodrigues Ribeiro
Letícia
Gustavo H. Shiguematsu

III – Luís Gustavo Bittencourt


Carlos Henrique Lage Gomes
Luciano Conceição
Gabriela Siqueira Hares
Natália Roberto de Andrade
Heloisa Barros
Lucas Ebran

IV – Fernanda Ortega Vasconcelos


Amanda Queiroz de Oliveira
Luis Cabral de Souza
Renata Aparecida Gonçalves Silveira
Dayane Gomes de Aguiar
Fernando da Costa Lima

V – Kennyti Daijó

O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodução, por pessoas estranhas e
desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
Francisco Netto Ferreira Junior
Mariane Targa de Moraes Tenório
Pedro Henrique Silvestrin
Paola Bergara
Giovana Brunetta
Felipe Maciel

São Paulo, 17 de março de 2014

O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodução, por pessoas estranhas e
desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
Questões

1) Quais são as espécies tributárias? A destinação do produto da


arrecadação tributária é relevante para a classificação jurídica dos
tributos e consequente definição das espécies tributárias? Considerar,
na análise da pergunta, o art. 167, inciso IV, da CF/88, e o art. 4º do
CTN?

A sala se dividiu em relação as teorias sobre as espécies


tributárias: tripartite e pentapartite.

Quem adotou a teoria tripartite considerou como espécies


tributárias: imposto, taxa e contribuição de melhoria.

Já aqueles que adotaram a teoria pentapartite consideraram:


imposto, taxa, contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e
contribuições em geral.

Para aqueles que adotaram a teoria tripartite, a destinação


específica não é relevante para a classificação jurídica dos tributos e
consequente definição das espécies tributárias, por entendimento literal do art.
4º, inciso II, do Código Tributário Nacional.

Por outro lado, quem adotou a teoria pentapartite entende que a


destinação específica é relevante para a classificação jurídica dos tributos e
consequente definição das espécies tributárias, todavia essa relevância está
destinada somente para o empréstimo compulsório e contribuições. Para os
adeptos dessa teoria o artigo 4º, do CTN, não tem eficácia jurídica, bem como o
artigo 167, inciso IV, da Constituição Federal evidencia a necessidade de
distinção dos tributos pela sua destinação.

2) Diferençar taxa de preço público. Os serviços públicos de energia


elétrica, telefone, água e esgoto, quando prestados diretamente pelas
pessoas jurídicas de direito público, são remuneráveis por taxa? E no
caso de concessão desses serviços?

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desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
Para distinguir taxa de preço público a sala usou como critérios os
seguintes requisitos: compulsoriedade (ser obrigado a pagar ou não), natureza
(contratual e tributária) e o critério da essencialidade, quanto à este houve
bastante divergência na turma.

Ficou consignado que quando o serviço é essencial é taxa e


quando o serviço é não essencial é preço público.

Para aqueles que adotaram esse critério não importa quem é o


prestador do serviço (se concessionário ou ente estatal), sempre vai ser taxa.

Entre as discussões, houve uma minoria que observou que todo


serviço público é essencial, cabendo, portanto, ao Poder Público definir se é
taxa ou preço público.

E, ainda, houve quem argumentasse que a taxa não é


proporcional ao uso e que o preço público o é.

Quanto aos questionamentos de os serviços prestados pelas


pessoas jurídicas de direito público serem remuneráveis por taxa houve
consenso que o serviço de telefonia é remunerado por preço público (e aqui
teve divergência quanto à justificativa, isso porque parte da sala alegou não ser
essencial e parte discorreu que é remunerado por preço público em virtude da
liberdade de escolha de contratar do consumidor).

Quando aos serviços de telefonia, insta salientar que uma minoria


defendeu que o serviço é preço público, em razão de excluir o sujeito ativo dos
critérios utilizados para definição. Mencionou que esse serviço não foi definido
como essencial quando do pacto federativo e assim permanece até os dias
atuais.

Quanto aos serviços de água, esgoto e energia elétrica restou


consignado que são remunerados por taxa devido ao critério da essencialidade.

Já em relação a concessão desses serviços também houve


divergência. Parte da sala alegou que não importa quem presta o serviço e sim
a observâncias aos critérios da compulsoriedade, natureza e essencialidade,

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enquanto que outra parte discorreu que a concessão em nada altera se o
serviço vai ser remunerado por taxa ou preço público.

3) O art. 79 do ADTC (introduzido pela EC 31/00) outorgou à União


competência para criação de “adicional para financiamento do FCEP” à
alíquota do IPI de 5 pontos percentuais, incidente sobre produtos
supérfluos. Em qual espécie tributária se enquadra este adicional? Pode
o “adicional” de imposto ter destinação específica? E ser de natureza
tributária diversa do tributo adicionado?

Em relação a qual espécie tributária se enquadra o adicional a


sala divergiu, sendo que parte enquadrou o adicional como imposto em sentido
amplo e outra parte como contribuição por ter destinação específica e ter
vinculação da receita com a atividade estatal.

Para os alunos que enquadraram o adicional como imposto foi


dito eu o adicional consiste em majoração do imposto – IPI – e que a
destinação é toda para um só lugar, já que o pagamento vai ser realizado
juntamente com o IPI e, ainda, que efetivamente não tem destinação, sendo a
destinação apenas legal. Por sem imposto não pode ter destinação específica.
Neste caso o adicional não pode ter natureza diversa.

Já para aqueles que enquadraram o adicional como contribuição


restou definido que o adicional de imposto tem destinação específica e, neste
caso, pode ter natureza diversa.

Cabe mencionar que uma minoria alegou ser um imposto com


defeito e uma outra parte defendeu que o adicional trata-se de imposto – no
caso, IPI – apesar da destinação e, ainda, eu essa destinação não é
inconstitucional por não ser total, sendo apenas parte da receita que possui
destinação.

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