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ACORDO ORTOGRÁFICO DA

LÍNGUA PORTUGUESA

Ani Carla Marchesan (UFSC/UFFS)


Patrícia Graciela da Rocha (UFSC/UFMS)
Rodrigo Acosta Pereira (UFSC/UFRN)
Salete Valer (UFSC/UFSC)
1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO

 1911
Primeira grande reforma ortográfica em
Portugal, mas não extensiva ao Brasil;

 1915
Brasil faz a sua reforma;
Capa de partitura de samba Pelo
telephone, sucesso do carnaval de
1917. Além do uso de ph,
chama atenção a grafia da
palavra successo.

(GUIA..., p.6, 2008)


1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO

 1919
Brasil (por ordem de Osório Duque
Estrada) volta ao que era antes de 1915;

 1931
Primeiro acordo entre Brasil e Portugal.
Esse acordo, porém, não produziu a
unificação dos dois sistemas ortográficos;
1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO

 1934
Com a nova Constituição, volta-se à
ortografia de 1891(pharmácia, orthographia);

 1938
Volta ao acordo de 1931.
1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO

 1943
Novo acordo Brasil e Portugal – vigente até
hoje.

 1945
Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de
1945 (adotado em Portugal, não no
Brasil).
Anúncio da década de 1950
do sabonete “estrêlas”.

(GUIA..., p.7, 2008)


Em 1960, as palavras
“côr” e “côres” eram
grafadas com acento
circunflexo.

(GUIA..., p.7, 2008)


1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO

 1971
Reforma no Brasil. Alteração de algumas
regras da ortografia de 1943:
- Supressão de acento: êle, cafèzinho, sómente, almôço;
- Abolição do trema em hiatos átonos: saüdade, vaïdade.

Essa reforma infelizmente não eliminou


ainda as sérias divergências ortográficas
entre os dois países;
1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO

 1986
Durante o governo Sarney, no Rio, foi feita
uma reunião com representantes dos países
de Língua Portuguesa para a uniformização
da ortografia. Participaram como delegados:
Celso Cunha, Antônio Houaiss, Gama Cury,
entre outros, mas o Acordo ortográfico de
1986, ficou inviabilizado pela reação
polêmica contra ele movida sobretudo por
Portugal;
1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO

 1990
O acordo foi assinado em Lisboa por Brasil,
Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique, São Tomé e Príncipe;

 2004
Timor Leste assinou o acordo;

 1995
Brasil e Portugal aprovam oficialmente o acordo de
1990, que passa a ser reconhecido como Acordo
Ortográfico de 1995;
1.1 ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1995:

COSIDERAÇÕES
1.1 ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1995

 Trata-se de um tratado internacional que


uniformiza a ortografia, não a língua;

 O Brasil já participou de outros acordos com


Portugal, como o de 1931 e 1943;

 Todos os países terão mudanças na língua


escrita. Estima-se que somente 0,5% das palavras
do português brasileiro sofrerão mudanças. Em
Portugal, esse número chega a 1,6%.
1.2 ACORDO ORTOGRÁFICO: Por que mudar?

Motivos de ordem cultural


 O português é a terceira língua mais falada
do Ocidente, depois do inglês e do espanhol
(± 200 milhões);

 É falada em 4 continentes e 8 países;

 A variedade de grafias desprestigia a língua


internacionalmente;
1.2 ACORDO ORTOGRÁFICO: Por que mudar?

 A existência de duas ortografias oficiais da


língua portuguesa, a lusitana e a brasileira, é
prejudicial para a unidade intercontinental do
português e para o seu prestígio no mundo;

 Formação de professores de português:


educação à distância, vocabulário técnico-
científico na Internet, proficiência de língua.
1.2 ACORDO ORTOGRÁFICO: Por que mudar?

Motivos de ordem econômica e política

 Publicação de livros;

 Relacionamento comercial;

 Interesse político do Brasil, que vem se


projetando política e economicamente no
mundo.(O Brasil tem 85% dos falantes de
português de todo o mundo);
1.2 ACORDO ORTOGRÁFICO: Por que mudar?

 Galiza (2 línguas oficiais: castelhano e o


galego-português, que passaria a
português).
1.3 Principais mudanças
do acordo
(ORLANDELI, 9 jan. 2009)
(ORLANDELI, 9 jan. 2009)
1.3.1 TREMA (base XIV)

(ORLANDELI, 9 jan. 2009)


 O trema foi suprimido, exceto nas palavras derivadas de
nomes próprios estrangeiros.

Ex.: hübneriano (de Hübner), mülleriano (de Müller), etc.


1.3.1 TREMA (base XIV)

(ORLANDELI, 9 jan. 2009)

aguentar, aquífero, arguir, bilíngue, cinquenta,


consequência, delinquente, enxágue, frequência,
linguística, liquidação, sagui, sequela, sequência,
sequestrador, tranquilidade, tranquilo, etc.
1.3.2 ALFABETO (base I)

(ORLANDELI, 9 jan. 2009)

 As letras K, W e Y foram incorporadas ao alfabeto, que passa


a ter 26 letras.
A,
A,B,
B,C,
C,D,
D,E,
E,F,
F,G, H,I,I,J,J,K
G,H, K,,L,L,M,
M,N,N,O,
O,P,
P,Q,
Q,R,
R,S,S,
T,
T,U, V,W
U,V, W,,X,X, Y Y,,ZZ
1.3.2 ALFABETO (base I)

 As letras K, W e Y são usadas em casos especiais:

 Em nomes de pessoas de origem estrangeira e seus derivados:


Ex.: Franklin, frankliniano; Kant, kantiano; Darwin, darwinismo; Taylor,
taylorista.

Em nomes geográficos próprios de língua estrangeira e seus


derivados.
Ex.: Kuwait, kuwaitiano.

Em siglas, símbolos e palavras adotadas como unidade de medida


de curso internacional:
Ex.: K (potássio, de Kalium); W (oeste, de West); kg (quilograma); km
(quilômetro); Kw (Kilowatt); etc.
(GUIA..., p.9, 2008)
1.3.2 ALFABETO (base I)

 Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph e th


podem conservar-se (Baruch; Loth; Moloch; Ziph) ou então,
simplificar-se (Baruc, Lot, Moloc, Zif)

 Se o dígrafo for mudo, ele pode ser eliminado:


Ex.: José, em vez de Joseph; Nazaré, em vez de Nazareth.

 Se algum deles, por força do uso, permite


adaptação, substitui-se, recebendo uma adição vocálica:
Ex.: Judite, em vez de Judith.

(ACORDO..., p.2, 2009)


1.3.2 ALFABETO (base I)

 As consoantes finais b, c, d, g e h mantêm-se, quer sejam


mudas, quer proferidas, nas formas que o uso da tradição bíblica as
consagrou:
Ex.: Jacob, Job, Moab, Isaac, David, Magog.

Obs.: Nada impede, entretanto, que essas palavras sejam usadas


sem a consoante final.
Ex.: Jó, Davi e Jacó.

 Recomenda-se que os topônimos de línguas estrangeiras se


substituam, tanto quanto possível, por formas vernáculas.
Ex.: Genèbre, por Genebra; Milano, por Milão; Torino, por Turim, etc.

(ACORDO..., p.2, 2009)


1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA – palavras paroxítonas (base IX)

(ORLANDELI, 9 jan. 2009)

 Os ditongos abertos tônicos éi e ói não são mais


acentuados graficamente.
Ex.: assembleia, ideia, heroico, jiboia, diarreia, epopeia, geleia,
ureia, apoio (verbo apoiar), boia, jiboia, esteroide, paranoia, etc.
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA – palavras paroxítonas (base IX)

(ORLANDELI, 9 jan. 2009)

Alcateia, apneia, apoio (v.), azaleia, boia, cefaleia,


centopeia, colmeia, Coreia do Norte, diarreia,
epopeia, estreia, europeia, geleia, gonorreia, odisseia,
ureia, boia fria, corticoide, espermatozoide, esteroide,
heroico, joia, paranoia, porta-joias, tabloide, tiroide,
tramoia, etc.
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA – palavras paroxítonas (base IX)

 As formas verbais que contêm eem não são mais


assinaladas com acento circunflexo.
Ex.: creem, deem (v. dar), descreem, desdeem, leem,
preveem, redeem, releem, reveem, tresleem, veem, etc.
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA – palavras paroxítonas (base IX)

(ORLANDELI, 9 jan. 2009)

 O penúltimo o do hiato oo(s) perde o acento circunflexo.


Ex.: magoo (verbo magoar),
povoo (flexão do verbo povoar),
perdoo (verbo perdoar).
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras paroxítonas (base IX)

 Deixam de ser acentuadas as seguintes palavras:

 para (verbo parar)  para (preposição);


pela(s) (subst., verbo pelar)  pela(s) (per + la(s));
pelo (verbo pelar)  pelo(s) (subst. ou per+lo(s));
polo(s) (subst.)  polo(s) (por+lo(s));
pera (subst.)  pera (preposição);
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras paroxítonas (base IX)

ATENÇÃO:
 Permanecem os seguintes acentos diferenciais:

 pôde/pode  Ontem João não pôde sair, mas hoje ele


pode.
 pôr/por  Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

(SOUZA, s/d, p.20)


1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras paroxítonas (base IX)

ATENÇÃO:

 É facultativo o uso do acento circunflexo em:


 fôrma ou forma (substantivo/verbo)
Ex.: Qual é a forma da forma do bolo.
Qual é a forma da fôrma do bolo.
1.3.3.1 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras oxítonas

ATENÇÃO:
Permanecem os acentos que diferenciam o singular e plural dos
verbos ter e vir e seus derivados:

 tem/têm  Ele tem / Eles têm.


 vem/vêm  Ele vem de FLN /Elas vêm de FLN.
 mantém/mantêm Ele mantém a palavra/Eles mantêm [...]
detém/detêm  Ele detém o poder / Eles detêm o poder.

intervém/intervêm  Ele intervém em todas as aulas/Eles


intervêm [...]
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras paroxítonas (base IX)

(ORLANDELI, 9 jan. 2009)


 Deixam de ser acentuadas as vogais tônicas i e u das palavras
paroxítonas precedidas de ditongo.
Ex.: baiuca, feiura, etc.

Obs.: Permanecem acentuadas as vogais tônicas i e u precedidas de


ditongo de palavras oxítonas.
Ex.: Piauí, teiú, teiús, tuiuiú, tuiuiús.
1.3.4 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras oxítonas e paroxítonas
(base X)

 O u tônico dos verbos arguir e redarguir não é mais assinalado


com acento agudo nas formas rizotônicas (quando o acento agudo
cai em sílaba do radical) antes de e ou i.
Ex.: tu arguis (2ª p. do sg. do Pres. do Ind.),
ele argui (3ª p. do sg. do Pres. do Ind. e 2ª p..do sg. do Imp.),
eles arguem (3ª p. pl. do
Pres. do Ind.).
1.3.4 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras oxítonas e paroxítonas
(base X)

 As formas verbais do tipo de aguar, apaniguar,


apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar,
obliquar, delinquir e afins admitem duas pronúncias
diferentes, portanto duas grafias distintas:

 Se o u dessas formas verbais for tônico, ele deixa


de ser acentuado graficamente.
Ex.: averiguo, enxaguo, delinquo.

 Porém, se o a e o i passarem a tônicos, eles devem


ser acentuados graficamente.
Ex.: averíguo, enxáguo, delínquo.
(ORLANDELI, 9 jan. 2009)
1.3.5 HÍFEN (base XV)

 O hífen continua a ser empregado nas palavras


compostas por justaposição que não contêm formas de ligação
e cujos elementos constituem uma unidade sintagmática e
semântica.
Ex.: arco-íris, decreto-lei, médico-cirurgião, tenente-coronel, tio-avô, guarda-
noturno, mato-grossense, norte-americano, afro-asiático, afro-luso-brasileiro,
azul-escuro, primeiro-ministro, conta-gotas, guarda-chuva, etc.

Atenção: Palavras compostas que perderam, em certa


medida, a noção de composição são grafadas aglutinadamente.
Ex.: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista,
pontapé, etc.
1.3.5 HÍFEN (base XV)

 Usa-se o hífen em topônimos compostos iniciados


pelos adjetivos grã, grão ou por forma verbal ou ainda se
houver artigo entre seus elementos constituintes.
Ex.: Grã-Bretanha, Grão-Para, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, etc.

Atenção: Os demais topônimos compostos são escritos


com os elementos separados, sem hífen.
Exemplos: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, etc.

Exceção: Guine-Bissau, consagrada pelo uso.


1.3.5 HÍFEN (base XV)

 Usa-se o hífen em palavras compostas que designam


espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por
preposição ou qualquer outro elemento.

Ex.: abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde; bênção-de-deus,


erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio; bem-me-quer
(também conhecida como margarida ou malmequer); andorinha-
grande, cobra-capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d´água,
lesma-de-conchinha; bem-te-vi (pássaro)..
1.3.5 HÍFEN (base XV)
 Usa-se hífen nos compostos formados pelos advérbios
bem ou mal (1º elemento) e por qualquer palavra iniciada por
vogal ou H (2ºelemento):
Ex.: bem-aventurado, bem-humorado, bem-estar, mal-estar, mal-humorado.

Atenção: o advérbio bem, pode não se aglutinar com o


segundo elemento, ainda que esse seja iniciado por consoante,
quando se mantém a noção de composição.
Ex.: bem-criado (malcriado)
bem-nascido (malnascido)
bem-visto (malvisto)
Ex.: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença, etc.
1.3.5 HÍFEN (base XV)

 Usa-se o hífen nos compostos além, aquém, recém


e sem:
Ex.: além-mar, sem-vergonha, além-fronteiras, sem-teto, recém-casado,
aquém-fiar, etc.

 Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que


ocasionalmente se combinam, formando encadeamentos
vocabulares.
Ex.: a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade; a ponte Rio-
Niterói; o percurso Lisboa-Coimbra-Porto; a ligação Angola-
Moçambique.
1.3.5 HÍFEN (base XV)
aero-, agro-, ante-, anti-, arqui-, auto-, bio-, circum-, co-,
contra-, eletro-, entre-, extra-, geo-, hidro-, hiper-, infra-, inter-,
intra-, macro-, maxi-, micro-, mini, multi-, neo-, pan-, pluri-,
pós-, pré-, pró-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, sobre-, sub-,
super-, supra-, tele-, ultra-, etc.

USA-SE HÍFEN:

 Se o segundo elemento é iniciado por h.


Ex.: anti-higiênico, co-herdeiro, extra-humano, pré-historia, mini-hotel,
sobre-humano, super-homem, ultra-humano, etc.

Atenção: Não se usa o hífen em formações que contêm em


geral os prefixos des-, in- e sub- e nas quais o segundo elemento
perdeu o h inicial. Ex.: desumano, desumidificar, inábil, inumano,
subumano, etc.
1.3.5 HÍFEN (base XV)

 Se o primeiro elemento termina com a mesma


vogal com que se inicia o segundo.
Ex.: anti-ibérico, contra-almirante, auto-observação, eletro-ótica,
micro-ondas, semi-interno, auto-observação, contra-ataque, etc.

Atenção: O prefixo co- geralmente aglutina-se com o


segundo elemento, ainda que iniciado pela vogal O:
Ex.: cooperar, coobrigação, coocupante, cooperação, coordenar,
etc.
1.3.5 HÍFEN (base XV)

 Nas formações com os prefixos circum- e pan-,


quando o segundo elemento começa por vogal, m ou
n (além de h, como já visto).
Ex.: circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan-
africano, pan-mágico, pan-negritude, pan-americano.

 Se o primeiro elemento termina na mesma


consoante em que se inicia o segundo elemento.
Ex.: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista, super-
racista, super-romântico, sub-bibliotecário
1.3.5 HÍFEN (base XV)

 Depois dos prefixos ex- (com o sentido de


estado anterior ou cessamento), soto-, sota-, vice-,
vizo-. Ou então, com os prefixos pós-, pré-, pró-
(tônicos e graficamente acentuados):
Ex.: ex-almirante, vice-presidente, ex-aluno, ex-diretor, ex-
hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, Pós-graduação, pré-
história, Pré-vestibular, pró-europeu, pré-escolar, pró-africano,
etc.

Atenção: Não se usa hífen nas formas átonas (pos-,


pre- e pro-).
Ex.: pospor, prever, promover.
1.3.5 HÍFEN (base XVI)

NÃO SE USA HÍFEN:

 Nas formações em que o primeiro elemento termina


em vogal e o segundo elemento começa por r ou s.
Nesse caso, essas consoantes são duplicadas.

Ex.: antirreligioso, contrarregra, cosseno, extrarregular,


infrassom, antirrugas, contrarregra, contrassenso, cosseno,
microssistema, minissaia, etc.
1.3.5 HÍFEN (base XVI)

 Prefixo termina em vogal e o segundo elemento


começa por consoante diferente de r ou s.
Ex.: anteprojeto, autopeça, coprodução, semicírculo,
microcomputador, seminovo, autoproteção, geopolítica, etc.

 Quando o prefixo termina por consoante e o


segundo elemento começar por vogal.
Ex.: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual.
Superamigo, superinteressante, superaquecimento, etc.
1.3.5 HÍFEN (base XVI)

 Quando o primeiro elemento termina em vogal e o


segundo elemento começa por vogal diferente.

Ex.: agroindustrial, anteontem, infraestrutura, antiaéreo,


coeducação, coedição, coautoria, extraescolar, aeroespacial,
autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico,
plurianual, semiaberto, semianalfabeto, etc.
1.3.5 HÍFEN (base XVI)

 Quando o prefixo termina em consoante


diferente da consoante que inicia o segundo
elemento:
Ex.: intermunicipal, supersônico, etc.

Atenção: Com o prefixo sub, usa-se o hífen


também diante de palavra iniciada por r:
Ex.: sub-região, sub-raça, etc.
1.3.6 DIVISÃO SILÁBICA (base XX)

 Se a palavra for composta ou for uma forma verbal


seguida de pronome átono e se a partição no final da
linha coincidir com o final de um dos elementos ou
membros, deve-se, por clareza gráfica, repetir o hífen no
início da linha imediata.
Ex.: xxxxxxxxxxx xx xxxxx xxxxxx xxxxx xxxxxxx ex-
-presidente xx xx xxxxx xxxxx xxxx xxxx xx xx xvende-
-se.
Exercícios
Dicas - <http://fmu.br/game/home.asp>
<http://fmu.br/guia/pdf/Gu
iaOrtografico.pdf>
2 Referências
ACORDO ortográfico da língua portuguesa. Diario do congresso nacional, Brasília, 21 abr.
1995. Disponível em: <wnado.gov.br/sf/publicacoes/diarios>. Acesso em: 8 jul. 2008.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Horlanda. Míni Aurélio: Dicionário da língua


portuguesa. 7.ed. Curitiba: Ed. Positivo, 2008.

GUIA do acordo ortográfico. São Paulo: Moderna, 2008. Disponível em:


<www.moderna.com.br>. Acesso em: 22 ago. 2010.

ORLANDELI, Walmir Americo. Grump e o acordo ortográfico. 9 jan. 2009. il.


Disponível em: < http://blogdoorlandeli.zip.net/arch2009-01-04_2009-01-10.html>.
Acesso em: 1 maio 2010.

SOUZA, Adalto Moraes. Guia da Reforma Ortográfica. São Paulo: FMU, s/d.

TUFANO, Douglas. Guia prático da nova ortografia: saiba o que mudou na


ortografia brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 2008.
ACORDO ORTOGRÁFICO DA
LÍNGUA PORTUGUESA

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