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PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE MEDICINA VETERINARIA
ANÁLISES CLÍNICAS
Canoas
2013
LETÍCIA DA SILVA
ANÁLISES CLÍNICAS
Canoas
2013
RELATÓRIO DO ESTÁGIO PRÁTICO SUPERVISIONADO EM ANÁLISES
CLÍNICAS
LETÍCIA DA SILVA
Aprovado por:
..................................................................
Professor supervisor
..................................................................
Professor membro da Banca
..................................................................
Professor membro da Banca
Canoas
Dezembro 2013
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, por poder estar aqui realizando a etapa final
do curso de Medicina Veterinária, um grande sonho que vem se concretizando neste
último período.
Agradeço a minha família e em especial minha avó e minha mãe, que sempre
estiveram presentes em todos os momentos, compartilhando as alegrias e desafios
da minha vida.
Agradeço aos professores que a cada aula contribuíram para que esse
trabalho de conclusão fosse realizado. Em especial a professora Mariangela
Allgayer, minha orientadora, que com muita dedicação esteve sempre presente,
minha orientadora local e aos médicos veterinários residentes do LacVet, que com
muito carinho me receberam e ao longo dos 3 meses de estágio auxiliaram e
agregaram muito para que eu chegasse até aqui.
Agradeço também as minhas colegas, que assim como eu, envolvidas nas
suas atividades acadêmicas, nunca deixaram a amizade e companheirismo de lado,
fazendo que nos momentos descontraídos eu encontrasse a motivação para a
conclusão desta etapa.
E a tantas outras pessoas que com muito carinho me ajudaram a concluir esta
etapa.
Muito obrigada!
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
INTRODUÇÃO....................................................................................................... 09
1 LOCAL DE ESTÁGIO......................................................................................... 10
2 ROTINA LABORATORIAL................................................................................. 15
4 ANEMIA ARREGENERATIVA……………………………………………………… 44
4.1 ANEMIA DA DOENÇA CRÔNICA (ANEMIA DA DOENÇA INFLAMATÓRIA) 46
4.2 ANEMIA SECUNDÁRIA A DOENÇA RENAL.................................................. 47
4.3 ANEMIA SECUNDÁRIA A DISTÚRBIOS METABÓLICOS............................. 47
4.4 ANEMIA SECUNDÁRIA A DISTÚRBIOS DA MEDULA ÓSSEA..................... 47
4.5 ANEMIAS APLÁSICAS ADQUIRIDAS 48
CONCLUSÃO........................................................................................................ 55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 57
ANEXOS................................................................................................................ 60
INTRODUÇÃO
sangue (Figura 2b), tais como tubos Vacutainer® contendo: EDTA, acelerador de
coágulo, citrato de sódio, heparina e fluoreto de sódio. Disponibilizado também gaze,
algodão, álcool, água oxigenada e uma maleta com este mesmo material, que é
utilizado para coleta de animais internados, realizada no setor dos tratamentos do
HCV.
a b
Figura 2: (a) Sala para coleta.
(b) Bancada com os materiais para coleta de sangue.
automático ABC Vet Animal Blood Connter® para obtenção de valores de eritrócitos,
hemoglobina, plaquetas e índice de anisocitose (RDW), entre outros equipamentos
destinados à realização de exames tanto da rotina hospitalar como de pesquisa,
realizadas pelos pós-graduandos do setor.
Atividades realizadas
Bioquímicos solicitados
50
LacVet
Externos
5.880
3.2 Hematologia
que o soluto desvia a luz que passa pelo fluido em grau proporcional à concentração
dele (LASSEN e WEISER, 2006).
O baixo valor da proteína plasmática total pode ser reflexo de uma das
seguintes anormalidades: nefropatia com perda proteica (caracterizada por
proteinúria), enteropatia com perda proteica (usualmente associada com perda
crônica de peso e diarreia), perda de linfa (avaliar a presença de efusão pericárdica
ou pleural), perda crônica ou grave de sangue (avaliar hematócrito), diminuição da
produção hepática da proteína. Valores elevados de proteína plasmática total
refletem a hemoconcentração ou o aumento da produção de globulinas. A
hemoconcentração pode causar elevações nos parâmetros da série vermelha,
aumento da densidade urinária e da concentração sérica de eletrólitos. O aumento
23
Nº de eritrócitos x 10
Hematócrito (%)
imaturas com o corante de Wright. Quando essas células imaturas são coradas com
o novo azul de metileno ou azul cresil brilhante, as organelas são visualizadas como
grânulos sendo referidos como retículo. Esses retículos podem ser visualizados
como agregados ou cadeias de grânulos azuis (THRALL, 2005).
Caso não haja aglutinação, deve-se transferir uma pequena amostra para
uma lâmina de vidro e, em seguida, examiná-la ao microscópio em pequeno
aumento, reduzindo o condensador para aumentar o contraste. Não havendo
aglutinação, os eritrócitos estarão distribuídos de maneira uniforme. Se houver
aglutinação se assemelha aos agregados de eritrócitos (Figura 11), na forma de
uvas (BROWN e VAP, 2006).
29
3.4 Bioquímica
Os níveis de ureia são usados para avaliar a função renal com base na
capacidade dos rins de remover resíduo nitrogenado (ureia) a partir do sangue. Esse
teste de função renal não é muito sensível; em torno 75% do tecido renal devem
estar não funcionais antes de serem detectados valores elevados. Em animais
saudáveis, a ureia é passivamente filtrada do plasma pelos glomérulos renais. Uma
parte da ureia retorna ao sangue através dos túbulos renais, porém a maior parte é
excretada pela urina. Se o rim não estiver funcionando apropriadamente, não se
remove ureia suficiente a partir do plasma, acarretando aumento dos níveis de ureia
sanguínea (COLVILLE, 2005).
de creatinina plasmática refletem a taxa de filtração renal, de forma que níveis altos
de creatinina indicam uma deficiência na funcionalidade renal (GONZÁLES e SILVA,
2006). Os valores de creatinina também encontram-se aumentados em casos de
desidratação acentuada.
A análise química é feita através do uso de uma tira reagente para urinálise
Siemens®, onde mergulhamos a fita no tubo cônico contendo a urina e em seguida
é colocada no leitor automático Clinitek Bayer® (Figura 4), obtendo-se dados da
35
O Snap Test tem como proposta obter um rápido diagnóstico, onde este pode
ser feito no próprio consultório durante o período da consulta, podendo ser realizado,
nessa situação com sangue total, os resultados dos testes são lidos após 8 minutos
após o início de deste, dando assim uma margem de tempo para que o Médico
Veterinário já possa instruir o proprietário quanto a prevenção e ou prognóstico do
paciente.
Segundo fabricante o Snap Test 4DX utiliza uma tecnologia com base em
peptídeos de ensaio PNA que permite a avaliação de anticorpos altamente
específicos apenas para Anaplasma spp., Doença de Lyme e Ehrlichia spp., que
ajuda a eliminar falsos positivos. Assim, o teste nos fornece 94.1% de sensibilidade
e 96.2% de especificidade para B. burgdorferi, causadora da Doença de Lyme,
97.1% de sensibilidade e 95.3% de especificidade para Ehrlichia spp, 90.3% de
sensibilidade e 94.3% de especificidade para Anaplasma spp e 99.0% de
sensibilidade e 99.3% de especificidade para Dirofilaria spp. Sendo assim,
considerado um teste rápido e confiável (IDEXX, 2013a).
41
A Snap test CPL é o único teste pet-side desenvolvido para medir os níveis de
lipase caninos específicos para o pâncreas. O médico veterinário pode diagnosticar
ou ajudar a excluir pancreatite com o Snap Test CPL, sendo o teste mais específico
no diagnóstico da lipase no soro (IDEXX, 2013b).
Esta mesma análise realizada no teste específico para cães, pode ser
utilizada com os mesmo princípios para os gatos, com a Snap Test FPL que é um
simples exame de sangue que detecta o nível de lipase específica do pâncreas. A
sensibilidade do ensaio FPL para o diagnóstico da pancreatite encontrado foi de
79% e a especificidade para a exclusão de pancreatite foi de 80% (IDEXX, 2013b).
O cálculo, após seco, passa por um exame físico, onde são analisados
características, como cor, consistência e superfície, após registrar essas
informações no laudo, o cálculo é partido ao meio, onde uma parte é guardada em
frasco de vidro, para uma nova análise, caso necessário; a outra parte do cálculo é
macerada até transformar-se em pó (Figura 14). Conforme as instruções presentes
no kit Conjunto Cálculo Renal Bioclin® utilizado para análise, separa-se 40g do
macerado em tudo de ensaio de vidro juntamente com o reagente alcalino e água
destilada, ocorre incubação por 5 minutos em temperatura de 56ºC, centrifugação e
separação do sobrenadante e do sedimento, sendo ambos submetidos a vários
testes que permite a identificação rápida de carbonato, oxalato, cálcio e magnésio
do sedimento e amônio, fosfato, urato e cistina do sobrenadante.
4 ANEMIA ARREGENERATIVA
Se a causa da anemia ainda não for evidente, uma importante definição será
então se a anemia é regenerativa ou arregenerativa. A contagem de reticulócitos
fornece evidência objetiva em relação à resposta medular apropriada. Admitindo-se
45
A anemia arregenerativa pode ser causada por fatores exógenos que afetam
a medula ou por insuficiência medular primária. Para produzir eritrócitos normais, a
medula óssea deve ter um número adequado de células tronco pluripotentes,
apropriados fatores de crescimento hematopoiético aos quais as células tronco e os
progenitores marcados são capazes de responder, microambiente favorável e
nutrição adequada. Se qualquer desses fatores estiver ausente ou se fatores tóxicos
ou supressores estiverem presentes, como fármacos, auto-anticorpos acometendo
os progenitores ou substâncias desconhecidas, como aquelas secretadas pelas
células leucêmicas, não poderá ser produzido um número adequado de eritrócitos
funcionais (COTTER, 2004).
do cão cair de 40 % para 30% e cerca de 50 dias para cair de 40% para 20%
(STOCKHAM e SCOTT, 2011).
A maior parte dos animais com anemia arregenerativa ficou anêmico por
várias semanas antes que sinais clínicos fossem detectados. Como a anemia é
crônica, a doença ou o distúrbio que está causando a anemia é de caráter crônico. A
gravidade de uma anemia arregenerativa dependerá da duração da doença, do grau
de diminuição da eritropoiese e da presença de outros processos que encurtam o
tempo de vida dos eritrócitos (STOCKHAM e SCOTT, 2011).
Anemia por insuficiência renal crônica, segunda Thrall (2006a) costuma ser
de moderada a grave, tendo como causa primária a deficiência na síntese renal de
eritropoietina, desta forma, como não há lesão direta na medula, quando tratada
com eritopoietina canina recombinante, pode haver reversão do quadro, aumento
efetivamente o hematócrito.
outras possíveis causas nenhuma das opções enquadram-se como as que a aplasia
eritróide pura cursa. Segundo COTTER (2004), muitos casos de aplasia eritróide
pura são idiopáticos e a causa mais comum nos cães provavelmente é
imunomediada. Porém, o diagnóstico definitivo pode apenas ser estabelecido frente
á uma análise de medula, e sendo assim, aplasia eritróide pura é uma sugestão para
o diagnóstico da severa anemia apresentada pelo animal.
CONCLUSÃO
Desta forma, mesmo que a clínica médica seja soberana, ressalvo com este
trabalho de conclusão final de curso o quão importante são os exames
complementares para auxílio diagnóstico, podendo levar diretamente a este ou
auxiliar de forma determinante na conduta clínica do médico veterinário solicitante e/
ou prognóstico do animal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALLISON, R.W. Laboratory Evaluation of the Liver. In: THRALL, M.A. et al.
Veterinary Hematology and Clinical Chemistry. Oxford: John Wiley & Sons, 2012.
BROWN, D.; VAP, L. Princípios Sobre Transfusão Sanguínea e Reação Cruzada. In:
THRALL, M. A. Hematologia e Bioquímica Clínica Veterinária. São Paulo: Roca,
2006.
REBAR, A. H.; THOMPSON, C. A. Abody Cavity Fluíds. In: RASKIN, R. E.; MEYER,
D. J. Canine and Feline Cytology a color atlas and interpretation guide. 2 ed.
Saunders, 2009.
ANEXOS