Você está na página 1de 28

Sistema Respiratório

Fernanda Gontijo
TOSSE
• Mecanismo de proteção das vias aéreas → eliminação de partículas
estranhas ou secreções

• Sintoma de grande variedade de patologias pulmonares e extrapulmonares

• Produz impacto social negativo, intolerância no trabalho e família, prejuízo


do sono, ausência no trabalho e escola, etc.
TOSSE
Classificação

Aguda: é a presença do sintoma por um período de até três


semanas.

Subaguda: tosse persistente por período entre


três e oito semanas.

Crônica: tosse com duração maior que oito semanas


TOSSE
Classificação
PRODUTIVA ou IMPRODUTIVA ou
ÚMIDA SECA
Secreções Secreções
purulentas Paciente elimina ou Ausência de claras
engole secreções secreções
Mau
cheiro EFETIVA
NÃO EFETIVA
Secreções são
Secreções difíceis de
eliminadas
expelir
facilmente
TOSSE IMPRODUTIVA
TOSSE IMPRODUTIVA
TOSSE
Causas e características

AGUDA

• Infecção viral aguda das vias respiratórias superiores


• Sinusite bacteriana, exacerbação de doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC), rinite alérgica ou fatores ambientais
• Inalação de corpo estranho ou passagem de conteúdo bucal
para as vias aéreas
• Transitória e autolimitada

Até três semanas


TOSSE
Causas e características
SUB-AGUDA

• Sinusite bacteriana, asma ou infecção


• Tosse pós viral pode ser persistente
• Tabaco prolonga casos agudos
• Algumas infecções provocam alterações na atividade das
células ciliadas que podem perdurar por semanas

Entre três e oito semanas


TOSSE
Causas e características

CRÔNICA

• Sensação de muco acumulado na garganta


• Asma, refluxo gastroesofágico (RGE), rinossinusite, síndrome
de tosse das vias aéreas superiores (STVA)
• Normalmente acompanhada de outros sintomas das doenças
crônicas
• Reação adversa a medicamentos

Mais de oito semanas


TOSSE
Neurofisiologia

COMPONENTES DO
REFLEXO DA TOSSE ESTÍMULOS

Receptores da tosse Químicos (gases)


Nervos aferentes Mecânicos (secreções, corpos
Centro da tosse estranhos)
Nervos eferentes Térmicos (ar frio)
Músculos efetores Inflamatórios
Corpo estranho
Poeira
Muco
Manipulação local
ESTÍMULOS Histamina
MECÂNICOS Bradicinina Centro da tosse
QUIÍMICOS Prostaglandina
INFLAMATÓRIOS Ácido cítrico/acético
Nicotina
Agentes osmóticos
Sol. hipoclorídricas
Nervos eferentes

Órgãos efetores
Nervo vago • Glote
• Músculos expiratórios
• Assoalho pélvico
Receptores tosse
Nervos sensoriais Tosse
Tosse
Medidas não farmacológicas para o manejo da tosse

• Uso de umidificadores e vaporizadores;


• Uso de mel em crianças;
• Aumento da ingestão de fluidos;
• Cessação tabágica;
• Evitar poluição e outros fatores desencadeadores da tosse;
• Orientar sobre o uso de pastilhas não medicamentosas.
TOSSE
Para o tratamento farmacológico da tosse, os principais medicamentos
isentos de prescrição são:

• Antitussígenos/sedativos da tosse (dropropizina, dextrometorfano,


clobutinol, cloperastina);

• Expectorantes (guaifenesina);

• Mucolíticos (acetilcisteína, carbocisteína).


TOSSE
Associações em dose fixa para as quais não foram identificadas
informações a respeito da combinação

• Iodeto de potássio + guaifenesina + cloridrato de oxomemazina + benzoato


de sódio
Antitussígenos
• Cloridrato de clobutinol + succinato de doxilamina Expectorantes
Mucolíticos
• Guaifenesina + dextrometorfano

• Cloridrato de difenidramina + cloreto de amônio + citrato de sódio


Tosse
Decisão terapêutica para o manejo de tosse
Caso clínico
Paciente de 29 anos, sexo masculino, advogado.
Queixa Principal: Cefaleia e obstrução nasal.
Há dois dias inicia quadro com obstrução nasal bilateral, rinorreia hialina, cefaleia
intensa e referida para a face, sem febre nem mialgias.
Trabalha em ambiente fechado, com exposição a poeira e colegas tabagistas.
Mucosa nasal pálida, com secreção hialina, cornetos edemaciados, septo centrado.
Resto sem alterações.
a) Qual é o diagnóstico provável?
b) Que exames complementares são necessários?
c) Diagnóstico diferencial a qual patologia?
d) Qual tratamento indicado?
Caso clínico
Paciente do sexo masculino, 12 anos, pardo, estudante, procedente e
residente de Goiânia-GO, procurou o farmacêutico acompanhado da mãe
queixando-se de “dor de garganta e dificuldade para engolir” há 6 dias.
Paciente referiu febre (38,2ºC) há 3 dias, com melhora ao uso de paracetamol
e inapetência. Nega vômito, doenças prévias e alergias.

(a) Quais serão as ações do farmacêutico?


(b) Qual o diagnóstico do caso? Com base em quais critérios foi possível
firmar esse diagnóstico?
(c) Qual o provável tratamento?
Caso clínico
DAG, sexo masculino, 20 anos, natural e procedente de São Paulo Capital. Paciente refere
obstrução nasal importante bilateral há 12 dias, acompanhada de rinorreia inicialmente
hialina que evoluiu para rinorreia purulenta nos últimos 7 dias. Refere febre medida de
38,5° há 3 dias da consulta. Nesse mesmo período, paciente também refere tosse produtiva
e dor intensa em toda a face, pior pela manhã com melhora parcial com uso de anti-
inflamatórios. O paciente também alega que houve uma diminuição progressiva do olfato
nesse período. Nega dispneia ou crises de broncoespasmos nesse período. Por 5 dias, fez
uso de lavagem nasal com soro fisiológico 0,9 %, anti-histamínico com descongestionante
sistêmico, e anti-inflamatórios sem melhoras.

(a) Qual o provável diagnóstico?


(b) Qual o tratamento indicado nesse caso?
(c) O que é tosse produtiva? Qual é o mecanismo fisiopatológico da tosse?
(d) O que é rinorreia?
(e) Qual a desvantagem e vantagem de utilizar descongestionante nasal?
Obrigada!

Você também pode gostar