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Diário da República, 1.

ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 

Presidência do Conselho de Ministros

Decreto Regulamentar n.º 5/2019

de 27 de setembro

Sumário: Procede à fixação dos conceitos técnicos atualizados nos domínios do ordenamento do
território e do urbanismo.

O regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial, aprovado pelo Decreto­‑Lei n.º 80/2015,
de 14 de maio, determina a aprovação de regulamento de fixação dos conceitos técnicos nos
domínios do ordenamento do território e do urbanismo, matéria anteriormente disciplinada pelo
Decreto Regulamentar n.º 9/2009, de 29 de maio, aprovado ao abrigo do Decreto­‑Lei n.º 380/99,
de 22 de setembro.
O presente decreto regulamentar do Governo responde a tal determinação assegurando a
manutenção de um quadro normativo que fixa os referidos conceitos técnicos e harmoniza a sua
aplicação nos instrumentos de gestão territorial, tendo em conta as alterações legais entretanto
ocorridas.
Assim, procede­‑se à atualização dos conceitos técnicos do ordenamento do território e do
urbanismo relativos a indicadores e parâmetros, bem como a simbologia e sistematização gráfica
a utilizar nos programas e nos planos territoriais, visando facilitar interpretações e simplificar os
conteúdos dos instrumentos de gestão territorial.
Considerando que parte significativa dos conceitos técnicos a utilizar nos instrumentos de gestão
territorial devem estar harmonizados com os conceitos constantes de regimes jurídicos específicos
aplicáveis às matérias do ordenamento do território e do urbanismo, adotaram­‑se, sempre que
possível, as definições constantes desses regimes, complementando­‑as com aditamentos ou notas
que balizam a sua aplicação no planeamento territorial, procurando­‑se, assim, contribuir para uma
melhor articulação entre o planeamento e a gestão e para uma melhor compreensão do sistema
legislativo e regulamentar por parte da Administração Pública, das empresas e dos cidadãos.
É revogado o Decreto Regulamentar n.º 9/2009, de 29 de maio, garantindo­‑se a atualização
dos conceitos relativos a indicadores, parâmetros, simbologia e sistematização gráfica a utilizar
nos instrumentos de gestão territorial, acompanhando a evolução de regimes jurídicos específicos
aplicáveis e uma maior sinergia entre regimes jurídicos.
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas e a Associação Nacional
de Municípios Portugueses.
Assim:
Nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, e ao abrigo do disposto no n.º 2 do
artigo 128.º e na alínea d) do n.º 1 do artigo 203.º do Decreto­‑Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, o
Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.º
Âmbito

O presente decreto regulamentar fixa os conceitos técnicos nos domínios do ordenamento do


território e do urbanismo, designadamente os relativos aos indicadores e parâmetros, bem como os
relativos à simbologia e à sistematização gráfica, a utilizar nos instrumentos de gestão territorial.

Artigo 2.º
Objeto e sistematização

1 — Os conceitos técnicos a que se refere o artigo anterior são agrupados em dois anexos,
correspondendo o anexo i ao presente decreto­‑lei e do qual faz parte integrante, aos conceitos rela-
tivos a indicadores e parâmetros, e o anexo ii ao presente decreto­‑lei e do qual faz parte integrante,
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aos conceitos relativos à simbologia e à sistematização gráfica, os quais fazem parte integrante do
presente decreto regulamentar.
2 — A Direção­‑Geral do Território (DGT) assegura a publicitação dos anexos, mencionados
no número anterior, através do sistema nacional de informação territorial.

Artigo 3.º
Definição, monitorização e atualização dos conceitos

À DGT compete:

a) Acompanhar e avaliar regularmente a aplicação dos conceitos técnicos estabelecidos pelo


presente decreto regulamentar;
b) Propor a atualização das definições dos conceitos técnicos, sempre que as mesmas se
mostrem desatualizadas;
c) Propor a inclusão de novos conceitos técnicos e respetivas definições, tendo por fonte o
disposto em diploma legal e, na sua falta, insuficiência ou indeterminação, as definições consen-
sualmente aceites pela comunidade técnica e científica;

Artigo 4.º
Vinculação

1 — A utilização dos conceitos técnicos fixados nos termos do presente decreto regulamentar
dispensa a respetiva definição nos instrumentos de gestão territorial.
2 — Os conceitos técnicos, como tal fixados pelo presente decreto regulamentar, são de uti-
lização obrigatória nos instrumentos de gestão territorial, não sendo admissíveis outros conceitos,
designações, definições ou abreviaturas para o mesmo conteúdo e finalidade.
3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, a efetiva utilização dos conceitos em cada
tipo de instrumento de gestão territorial deve ter em conta o seu objeto e conteúdo material e, no
que se refere ao anexo ii ao presente decreto­‑lei, as suas características regulamentares ou es-
quemáticas e ilustrativas das suas peças gráficas.
4 — Nos casos em que se revele necessário o recurso a conceitos técnicos não abrangidos
pelo presente decreto regulamentar, devem ser utilizados, prioritariamente, conceitos técnicos defi-
nidos na legislação aplicável, quando for o caso, ou conceitos técnicos constantes de documentos
oficiais de natureza normativa produzidos pelas entidades nacionais legalmente competentes em
razão da matéria.

Artigo 5.º
Regiões Autónomas

O presente decreto regulamentar aplica­‑se às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira,


com as devidas adaptações, nos termos da respetiva autonomia político­‑administrativa, cabendo a
sua execução às administrações autónomas regionais, sem prejuízo das atribuições das entidades
de âmbito nacional.

Artigo 6.º
Norma revogatória

É revogado o Decreto Regulamentar n.º 9/2009, de 29 de maio, sem prejuízo da sua aplicação


aos procedimentos já iniciados à data da entrada em vigor do presente decreto regulamentar, com
as adaptações que decorram do quadro legal em vigor.
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Artigo 7.º
Entrada em vigor

O presente decreto regulamentar entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, devendo
ser aplicado aos procedimentos de elaboração e revisão de instrumentos de gestão territorial cuja
decisão de início lhe seja posterior e ainda aos procedimentos de alteração de instrumentos de
gestão territorial que já consagrem os conceitos agora estabelecidos.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 de setembro de 2019. — António Luís


Santos da Costa — Eduardo Arménio do Nascimento Cabrita — Pedro Gramaxo de Carvalho Siza
Vieira — Pedro Nuno de Oliveira Santos — João Pedro Soeiro de Matos Fernandes.

Promulgado em 17 de setembro de 2019.

Publique­‑se.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Referendado em 17 de setembro de 2019.

O Primeiro­‑Ministro, António Luís Santos da Costa.


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ANEXO I

(a que se refere o n.º 1 do artigo 2.º)

CONCEITOS TÉCNICOS RELATIVOS A INDICADORES E PARÂMETROS

1.1 – Elenco dos conceitos técnicos, respetiva abreviatura e unidades de medida normalizadas

FICHA CONCEITO ABREVIATURA UNIDADES

I 1 Afastamento Af [m]

I 2 Alçado ⎯⎯ ⎯⎯

I 3 Alinhamento ⎯⎯ ⎯⎯

I 4 Altitude Máxima de Edificação Alt [m]

I 5 Altura da Edificação H [m]

I 6 Altura da Fachada Hf [m]

I 7 Altura entre Pisos h [m]

I Anexo (ver Edifício Anexo) ⎯⎯ ⎯⎯

I 8 Área de Construção do Edifício Ac [m2]

I 9 Área de Implantação do Edifício Ai [m2]

I 10 Área de Intervenção do Plano Territorial ⎯⎯ ⎯⎯

I 11 Área de Reabilitação Urbana ARU ⎯⎯

I 12 Área de Solo As [m2]; [km2]; [ha]

I 13 Área Total de Construção ™Ac [m2]

I 14 Área Total de Implantação ™Ai [m2]

I 15 Área Urbana Consolidada ⎯⎯ ⎯⎯

I Construção (ver Edificação) ⎯⎯ ⎯⎯

I 16 Cota de Soleira S [m]

[fogos/ha];
I 17 Densidade Habitacional Dhab
[fogos/Km2]
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FICHA CONCEITO ABREVIATURA UNIDADES

[hab/ha];
I 18 Densidade Populacional D
[hab/Km2]

I 19 Edificabilidade ⎯⎯ ⎯⎯

I 20 Edificação ⎯⎯ ⎯⎯

I 21 Edifício ⎯⎯ ⎯⎯

I 22 Edifício Anexo ⎯⎯ ⎯⎯

I 23 Elevação da Soleira Es [m]

I 24 Empena ⎯⎯ ⎯⎯

I 25 Equipamentos de Utilização Coletiva EUC ⎯⎯

I 26 Espaço-Canal ⎯⎯ ⎯⎯

I 27 Espaços Urbanos de Utilização Coletiva ⎯⎯ ⎯⎯

I 28 Espaços Verdes de Utilização Coletiva ⎯⎯ ⎯⎯

I 29 Estrutura Ecológica Municipal ⎯⎯ ⎯⎯

I 30 Fachada ⎯⎯ ⎯⎯

I 31 Fogo F ⎯⎯

I 32 Inclinação da Cobertura ơ [graus]

I 33 Índice de Impermeabilização do Solo Iimp [%]

I 34 Índice de Ocupação do Solo Io [%]

I 35 Índice de Utilização do Solo Iu adimensional

I 36 Índice Volumétrico Iv [m3/m2]

I 37 Infraestruturas Territoriais ⎯⎯ ⎯⎯

I 38 Infraestruturas Urbanas ⎯⎯ ⎯⎯

I 39 Logradouro ⎯⎯ ⎯⎯

I 40 Lote ⎯⎯ ⎯⎯
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FICHA CONCEITO ABREVIATURA UNIDADES

I Loteamento (ver Operações de loteamento) ⎯⎯ ⎯⎯

I 41 Morfotipologia ⎯⎯ ⎯⎯

I 42 Número Médio de Pisos Pm adimensional

I 43 Obras de Urbanização ⎯⎯ ⎯⎯

I 44 Operações de Loteamento ⎯⎯ ⎯⎯

I 45 Operações Urbanísticas ⎯⎯ ⎯⎯

I 46 Operação de Reabilitação Urbana ORU ⎯⎯

I 47 Parâmetros de Edificabilidade ⎯⎯ ⎯⎯

I 48 Parcela ⎯⎯ ⎯⎯

I Pavimento (ver Piso) ⎯⎯ ⎯⎯

I 49 Pé-direito hpd [m]

I 50 Perequação ⎯⎯ ⎯⎯

I 51 Perímetro Urbano ⎯⎯ ⎯⎯

I 52 Piso (de um edifício) P ⎯⎯

I 53 Polígono de Implantação ⎯⎯ ⎯⎯

I 54 Prédio ⎯⎯ ⎯⎯

I 55 Programação da Execução de Plano Territorial ⎯⎯ ⎯⎯

I 56 Reabilitação ⎯⎯ ⎯⎯

I 57 Recuo Re [m]

I 58 Reestruturação da propriedade em solo urbano ⎯⎯ ⎯⎯

I 59 Regeneração ⎯⎯ ⎯⎯

I 60 Regime de Uso do Solo ⎯⎯ ⎯⎯

Reparcelamento (ver Reestruturação da


I ⎯⎯ ⎯⎯
Propriedade em solo urbano)
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FICHA CONCEITO ABREVIATURA UNIDADES

I 61 Solo Rústico ⎯⎯ ⎯⎯

I 62 Solo Rústico Complementar ⎯⎯ ⎯⎯

I 63 Solo Urbano ⎯⎯ ⎯⎯

I 64 Tecido Urbano ⎯⎯ ⎯⎯

I 65 Unidade de Execução UE ⎯⎯

I 66 Unidade Operativa de Planeamento e Gestão UOPG ⎯⎯

I 67 Urbanização ⎯⎯ ⎯⎯

I 68 Usos do Solo ⎯⎯ ⎯⎯

I 69 Utilizações do Edifício ⎯⎯ ⎯⎯

I 70 Volume do Edifício V [m3]

I 71 Volume Total ™V [m3]

I 72 Volumetria ⎯⎯ ⎯⎯

Zona de Proteção e de Salvaguarda dos Recursos


I 73 ZPSRVN ⎯⎯
e Valores Naturais
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1.2 . - Fichas dos conceitos técnicos, respetiva definição e notas complementares

Designação

AFASTAMENTO Ficha n.º I-1

Definição / Conceito

O afastamento é a distância entre a fachada de um edifício e a estrema correspondente do prédio


onde o edifício se encontra implantado.

Notas complementares

Pode distinguir-se entre afastamento lateral e afastamento de tardoz. A distância entre a fachada
principal do edifício e a frente do prédio é normalmente designada por recuo.

O afastamento é expresso em metros.

Ver Figura 1.

Ver também

Alçado; Empena; Fachada; Recuo.


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Designação

ALÇADO Ficha n.º I-2

Definição / Conceito

Um alçado é uma representação gráfica do edifício ou conjunto de edifícios, obtida por projeção
ortogonal num plano vertical orientado segundo uma direção selecionada.

Notas complementares

O alçado deve representar todos os elementos visíveis no plano de projeção, incluindo as fachadas
dos pisos recuados.

Do ponto de vista urbanístico, a orientação do plano de projeção deve ser definida de acordo com
os critérios mais relevantes para a representação da imagem do edifício tal como ele é percecionado
a partir do espaço público ou dos espaços privados de utilização coletiva adjacentes.

Ver Figura 2.

Ver também

Empena; Fachada.
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Designação

ALINHAMENTO Ficha n.º I-3

Definição / Conceito

O alinhamento é a delimitação do domínio público relativamente aos prédios urbanos que o


marginam, nomeadamente nas situações de confrontação com via pública.

Notas complementares

O alinhamento é um parâmetro proto-urbanístico, e a sua adoção destinou-se originalmente a regular


a implantação das edificações urbanas ao longo das ruas, estradas e caminhos públicos.

A implantação das edificações relativamente à frente do prédio urbano é definido pelo parâmetro
urbanístico designado recuo. Ver Figura 1.

Os alinhamentos e o recuo das edificações são representados na planta de implantação do PP, tendo
em conta as disposições do Regulamento Geral das Edificações Urbanas (RGEU), aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 38382, de 7 de agosto de 1951, na sua redação atual, e demais diplomas legais e
regulamentares aplicáveis, bem assim como as necessidades de circulação e estacionamento,
arborização, insolação e as características da morfologia urbana em que se inserem.

Por vezes é utilizada a designação de «alinhamento da edificação» abreviando a de «alinhamento (do


prédio urbano) acrescido do recuo (da edificação)», sendo esta designação utilizada sobretudo
quando o recuo é igual a zero.

Ver também

Afastamento; Recuo.
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Designação

ALTITUDE MÁXIMA DE EDIFICAÇÃO Ficha n.º I-4

Definição / Conceito

A altitude máxima de edificação é a cota altimétrica máxima que pode ser atingida por qualquer
elemento construído, existente ou previsto, independentemente da sua natureza ou função.

Notas complementares

Todos os elementos construídos que fazem parte do edifício, independentemente da sua natureza
ou função, são considerados para efeitos de verificação da conformidade com a altitude máxima de
edificação.

A altitude máxima de edificação é um parâmetro de edificabilidade muito específico, que é utilizado


quando há necessidade de controlo do espaço aéreo e, em alguns casos, para controlo de vistas ou
da paisagem urbana.

A altitude máxima de edificação é sempre expressa por uma cota definida no sistema de referência
altimétrico oficial do país.

Ver também

Altura da fachada; Altura da edificação.


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Designação

ALTURA DA EDIFICAÇÃO Ficha n.º I-5

Definição / Conceito

A altura da edificação é a dimensão vertical medida desde a cota de soleira até ao ponto mais alto do
edifício, incluindo a cobertura e demais volumes edificados nela existentes, mas excluindo chaminés
e elementos acessórios e decorativos, acrescida da elevação da soleira, quando aplicável.

Notas complementares

A noção de altura da edificação está associada à noção de “invólucro da edificação”, isto é, ao volume
total definido pelos paramentos exteriores do edifício, incluindo a cobertura. É este “invólucro da
edificação” que interessa definir nos instrumentos de planeamento territorial, dado que é ele que
estabelece a quantidade de construção que é realizada ou pode ser realizada numa dada porção do
território.

O termo cércea, sinónimo de bitola ou gabarito, é, por isso, apropriado para referir a altura da
edificação. Não deve ser utilizado para designar a altura da fachada.

Na utilização deste conceito como parâmetro urbanístico, especialmente na sua aplicação a terrenos
com declive acentuado, o plano territorial pode estabelecer que a altura da edificação seja medida no
ponto médio da linha de interseção da fachada com o passeio ou terreno adjacente.

Ver Figura 3

Ver também

Altura da fachada; Cota de soleira; Elevação da soleira.


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Designação

ALTURA DA FACHADA Ficha n.º I-6

Definição / Conceito

A altura da fachada é a dimensão vertical da fachada, medida a partir da cota de soleira até à linha
superior da cornija, beirado, platibanda ou guarda de terraço, acrescida da elevação da soleira, quando
aplicável.

Notas complementares

A altura da fachada é um parâmetro urbanístico relevante para controlar o desenvolvimento vertical


da fachada do edifício na confrontação com via pública ou logradouro. Este parâmetro urbanístico
será normalmente definido para as fachadas que se desenvolvem a partir do nível do solo.

No caso dos edifícios que confrontam com duas vias públicas ou logradouros a cotas muito
diferentes, pode ser necessário fixar duas alturas da fachada. A altura da fachada onde se encontra a
entrada principal (Hf1) resulta diretamente da definição. A altura da outra fachada (Hf2) pode ser
fixada arbitrando uma cota de soleira auxiliar (S2), que será a cota do piso mais próximo do passeio
adjacente a essa fachada.

Na utilização deste conceito como parâmetro urbanístico, especialmente na sua aplicação a terrenos
com declive acentuado, o plano territorial pode estabelecer que a altura da edificação seja medida no
ponto médio da linha de interseção da fachada com o passeio ou terreno adjacente.

Ver Figura 3.

Ver também

Altura da Edificação; Cota de soleira; Elevação da soleira; Fachada.


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Designação

ALTURA ENTRE PISOS Ficha n.º I-7

Definição / Conceito

A altura entre pisos é a distância vertical entre as faces superiores dos pavimentos de dois pisos
consecutivos.

Notas complementares

A altura entre pisos corresponde à soma do pé-direito do compartimento inferior com a espessura
do pavimento superior.

Ver também

Pé-direito; Piso ou pavimento.


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Designação

ÁREA DE CONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO Ficha n.º I-8

Definição / Conceito

A área de construção do edifício é o somatório das áreas de todos os pisos, acima e abaixo da cota
de soleira, com exclusão das áreas em sótão e em cave sem pé-direito regulamentar.

A área de construção é, em cada piso, medida pelo perímetro exterior das paredes exteriores e inclui
os espaços de circulação cobertos (átrios, galerias, corredores, caixas de escada e caixas de elevador)
e os espaços exteriores cobertos (alpendres, telheiros, varandas e terraços cobertos).

Notas complementares

A área de construção do edifício pode ser desagregada em função das utilizações do edifício,
distinguindo-se nomeadamente: habitação (Ac hab), comércio (Ac com), serviços (Ac serv),
estacionamento (Ac est), arrecadação (Ac arr), espaços exteriores cobertos (Ac ext), indústria
(Ac ind) e logística e armazéns (Ac log).

Para além desta distinção, podem ser contabilizadas separadamente as áreas de construção dos pisos
acima e abaixo da cota de soleira.

A área de construção do edifício é expressa em metros quadrados.

Ver Figura 4a.

Ver também

Área de implantação do edifício; Cota de soleira; Piso ou pavimento; Utilização do edifício.


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Designação

ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO Ficha n.º I-9

Definição / Conceito

A área de implantação (Ai) de um edifício é a área de solo ocupada pelo edifício. Corresponde à área
do solo contido no interior de um polígono fechado que compreende:

- O perímetro exterior do contacto do edifício com o solo;

- O perímetro exterior das paredes exteriores dos pisos em cave.

Notas complementares

No caso muito particular dos edifícios que se desenvolvem “em ponte” sobre via pública, à área de
implantação, calculada nos termos da definição, é retirada a área de via pública contida no interior
do polígono.

A área de implantação é expressa em metros quadrados.

Ver Figura 4b.

Ver também

Afastamento; Alinhamento; Polígono de implantação; Recuo.


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Designação

ÁREA DE INTERVENÇÃO DE PLANO TERRITORIAL Ficha n.º I-10

Definição/Conceito

A área de intervenção de plano territorial é a porção contínua do território, delimitada por uma linha
poligonal fechada, sobre a qual o plano dispõe.

Notas complementares

A área de intervenção do plano territorial é sempre representada nas plantas que constituem o plano.

Ver também
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Designação ž

ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA Ficha n.º I-11

Definição / Conceito

Área de reabilitação urbana é a área territorialmente delimitada que, em virtude da insuficiência,


degradação ou obsolescência dos edifícios, das infraestruturas, dos equipamentos de utilização
coletiva e dos espaços urbanos e verdes de utilização coletiva, designadamente no que se refere às
suas condições de uso, solidez, segurança, estética ou salubridade, justifique uma intervenção
integrada, através de uma operação de reabilitação urbana aprovada em instrumento próprio ou em
plano de pormenor de reabilitação urbana.

Notas complementares

Definição transcrita do Decreto-Lei n.º 307/2009, de 23 de outubro, na sua redação atual, que aprova
o RJRU.

Ver também

Operação de Reabilitação Urbana.

ž
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Designação

ÁREA DE SOLO Ficha n.º I-12

Definição / Conceito

A área de solo é uma porção de território delimitada em planta por uma linha poligonal fechada.

A área de solo é também a medida da área da representação planimétrica dessa porção de território.

Notas complementares

A área de solo, como medida, pode ser expressa em metros quadrados, quilómetros quadrados ou
hectares.

Ver também

Índice de ocupação do solo; Índice de utilização do solo; Zona.


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Designação

ÁREA TOTAL DE CONSTRUÇÃO Ficha n.º I-13

Definição / Conceito

A área total de construção é o somatório das áreas de construção de todos os edifícios existentes ou
previstos numa porção delimitada de território.

Notas complementares

Tal como foi indicado para a área de construção do edifício, a área total de construção pode ser
desagregada em função das utilizações, distinguindo-se nomeadamente: habitação (Ac hab),
comércio (Ac com), serviços (Ac serv), estacionamento (Ac est), arrecadação (Ac arr), espaços
exteriores cobertos (Ac ext), indústria (Ac ind) e logística e armazéns (Ac log).

Para além desta distinção, podem ser contabilizadas separadamente as áreas totais de construção
acima e abaixo da cota de soleira.

A área total de construção pode ainda ser desagregada em função da finalidade pública ou privada
dos edifícios, distinguindo-se a área total de construção destinada a equipamentos públicos de
utilização coletiva da área total de construção destinada a todos os outros fins.

A área total de construção é expressa em metros quadrados.

A designação área total de construção substitui outras, vulgarmente utilizadas como área bruta, área
coberta e área de pavimento.

Ver também

Área de construção do edifício.


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Designação

ÁREA TOTAL DE IMPLANTAÇÃO Ficha n.º I-14

Definição / Conceito

A área total de implantação é o somatório das áreas de implantação de todos os edifícios existentes
ou previstos numa porção delimitada de território.

Notas complementares

A área total de implantação é expressa em metros quadrados.

A área total de implantação pode ser desagregada em função da finalidade pública ou privada dos
edifícios, distinguindo-se a área total de implantação destinada a equipamentos públicos de utilização
coletiva (Ai EUC) da área total de implantação destinada a todos os outros fins.

Ver também

Área de implantação do edifício.


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Designação

ÁREA URBANA CONSOLIDADA Ficha n.º I-15

Definição / Conceito

Área urbana consolidada é uma área de solo urbano que se encontra estabilizada em termos de
morfologia urbana e de infraestruturação e está edificada em, pelo menos, dois terços da área total
do solo destinado a edificação.

Notas complementares

O conceito de área urbana consolidada não se confunde com o conceito de zona urbana consolidada
definido na alínea o) do artigo 2.º do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE),
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual, que visa identificar
os alinhamentos dos planos marginais definidos por edificações em continuidade para efeitos de
procedimento de controlo prévio. O conceito de zona urbana consolidada pressupõe uma
morfologia urbana assente em edifícios alinhados e em continuidade. Esta não é, contudo, uma
condição necessária e determinante, podendo o conceito de área urbana consolidada aplicar-se a
qualquer tipo de morfologia urbana.

Ver também

Edificação; Infraestruturas urbanas; Solo urbano.


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Designação

COTA DE SOLEIRA Ficha n.º I-16

Definição / Conceito

A cota de soleira é a cota altimétrica da soleira da entrada principal do edifício.

Notas complementares

Quando o edifício é servido por dois arruamentos e tem entrada a partir de ambos, ou quando tem
várias entradas no mesmo arruamento, deve ser claramente indicada aquela que se considera a
entrada principal, para efeitos de definição da cota de soleira.

Nos planos de pormenor e nas operações de loteamento, a cota de soleira é expressa em metros e
será sempre ligada ao sistema de referência altimétrico oficial de precisão do país.

Nos restantes planos territoriais, excecionalmente, a cota de soleira pode ser estabelecida pela
indicação de uma altura acima da cota do passeio adjacente que serve a entrada principal do edifício,
ou seja, pela indicação da elevação da soleira.

Ver também

Altura da fachada; Altura da edificação; Elevação da soleira.


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N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 30

Designação

DENSIDADE HABITACIONAL Ficha n.º I-17

Definição / Conceito

A densidade habitacional (Dhab) é o quociente entre o número de fogos (F) existentes ou previstos
para uma dada porção do território, e a área de solo (As) a que respeita.

Dhab = F / As

Notas complementares

A utilização da densidade habitacional como parâmetro urbanístico deve ser associada à


especificação da área média dos fogos, da moda da distribuição tipológica dos fogos ou da
composição tipológica percentual dos fogos (exemplo: 10% T0 + 40% T1 + 40% T2 + 10% T3).

A densidade habitacional é expressa em fogos por hectare ou fogos por quilómetro quadrado.

Ver também

Densidade populacional.
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Designação

DENSIDADE POPULACIONAL Ficha n.º I-18

Definição / Conceito

A densidade populacional (D) é o quociente entre a população (P), existente ou prevista para uma
dada porção do território, e a área de solo (As) a que respeita.

D = P / As

Notas complementares

A utilidade da densidade populacional como parâmetro urbanístico é muito limitada. A sua utilização
deve ter carácter indicativo e ser sempre completada com parâmetros mais objetivos e suscetíveis de
medição rigorosa escolhidos, dos referidos no presente decreto regulamentar ou na legislação
específica de cada setor..

A densidade populacional é expressa em habitantes por hectare ou em habitantes por quilómetro


quadrado.

Ver também

Densidade habitacional.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 32

Designação

EDIFICABILIDADE Ficha n.º I-19

Definição/Conceito

A edificabilidade é a quantidade de edificação que, nos termos das disposições legais e


regulamentares aplicáveis, pode ser realizada numa dada porção do território.

Notas complementares

A edificabilidade é indicada através dos parâmetros de edificabilidade.

Ver também

Edificação; Parâmetros de edificabilidade; Regime de uso do solo; Uso do solo.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 33

Designação

EDIFICAÇÃO Ficha n.º I-20

Definição / Conceito

A edificação é a atividade ou o resultado da construção, reconstrução, ampliação, alteração ou


conservação de um imóvel destinado a utilização humana, bem como de qualquer outra construção
que se incorpore no solo com carácter de permanência.

Notas complementares

A definição indicada corresponde integralmente à definição de edificação conferida pela alínea a) do


artigo 2.º do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE), aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual..

Ver também

Edifício.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 34

Designação

EDIFÍCIO Ficha n.º I-21

Definição / Conceito

Um edifício é uma construção permanente, dotada de acesso independente, coberta, limitada por
paredes exteriores ou paredes-meeiras que vão das fundações à cobertura, destinada a utilização
humana ou a outros fins.

Notas complementares

A definição indicada foi adaptada da definição de edifício dada pelo Instituto Nacional de Estatística
e aprovada pelo Conselho Superior de Estatística desde 28/11/1997.

Ver também

Edificação.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 35

Designação

EDIFÍCIO ANEXO Ficha n.º I-22

Definição / Conceito

Um edifício anexo ou simplesmente anexo é um edifício destinado a um uso complementar e


funcionalmente dependente do edifício principal.

Notas complementares

Um edifício anexo assegura usos complementares necessários à utilização do edifício principal (por
exemplo, garagem, arrecadação, etc.). O edifício anexo não tem, pois, autonomia desligada do
edifício principal.

O termo anexo é o mais utilizado na linguagem técnica corrente.

Ver também

Edificação; Edifício.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 36

Designação

ELEVAÇÃO DA SOLEIRA Ficha n.º I-23

Definição / Conceito

A elevação da soleira é a diferença altimétrica entre a cota de soleira e a cota do passeio adjacente
que serve a entrada principal do edifício.

Notas complementares

A elevação da soleira deve ser fixada sempre que a entrada principal do edifício possa ser
sobrelevada relativamente à cota do passeio adjacente de um valor superior a 0,20m.

A elevação da soleira é expressa em metros, podendo assumir valores negativos (cota de soleira
abaixo do nível do arruamento adjacente).

Ver também

Cota de soleira.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 37

Designação

EMPENA Ficha n.º I-24

Definição / Conceito

Uma empena é cada uma das fachadas laterais de um edifício, geralmente cega (sem janelas nem
portas), através das quais o edifício pode encostar aos edifícios contíguos.

Notas complementares

Ver também

Alçado; Edifício; Fachada.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 38

Designação

EQUIPAMENTOS DE UTILIZAÇÃO COLETIVA Ficha n.º I-25

Definição / Conceito

Os equipamentos de utilização coletiva são as edificações e os espaços não edificados afetos à


provisão de bens e serviços destinados à satisfação das necessidades coletivas dos cidadãos,
designadamente nos domínios da saúde, da educação, da cultura e do desporto, da justiça, da
segurança social, da segurança pública e da proteção civil.

Notas complementares

No conceito de equipamentos de utilização coletiva não estão incluídas as infraestruturas urbanas e


territoriais.

Os equipamentos de utilização coletiva podem ser de natureza pública ou privada. Quando os


bens ou serviços são assegurados por entidades públicas, direta ou indiretamente através de
concessão ou outra forma prevista na lei, devem designar-se por “equipamento de utilização
coletiva de natureza pública”.

As necessidades coletivas dos cidadãos cuja satisfação é provida através de equipamentos de


utilização coletiva correspondem a um conjunto dinâmico reconhecido em cada momento no
quadro político e normativo.

As edificações e os espaços não edificados referidos na definição são normalmente adaptados às


finalidades prosseguidas pelo equipamento a que respeitam.

O conceito de equipamentos de utilização coletiva corresponde ao conceito de equipamentos


coletivos a que se refere o artigo 21.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial
(RJIGT), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, e ao conceito de equipamentos a
que se refere o artigo 43.º do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE), aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual.

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 39

Designação

ESPAÇO-CANAL Ficha n.º I-26

Definição / Conceito
O espaço-canal é a área de solo afeta a uma infraestrutura territorial ou urbana de desenvolvimento
linear, incluindo as áreas técnicas complementares que lhe são adjacentes e as áreas em torno da
infraestrutura destinadas a assegurar a sua proteção e correto funcionamento ou, caso ainda não
exista a infraestrutura, as áreas necessárias à sua execução

Notas complementares
A definição indicada foi adaptada do conceito de espaço-canal estabelecido no n.º 1 do artigo 14.º
do Decreto Regulamentar n.º 15/2015, de 19 de agosto.

No conceito de espaço-canal inclui-se:

ƒ O corredor necessário à implantação da infraestrutura quer esta se localize à superfície (por


exemplo, um sistema viário), no subsolo (sistema de abastecimento de água) ou no espaço aéreo
(sistema de transporte de energia em alta tensão).

ƒ As áreas de solo necessárias à implantação dos sistemas técnicos complementares diretamente


associados (órgãos de sinalização e de controlo, reservatórios e estações de bombagem, etc.);

ƒ As áreas de solo constituídas em torno da infraestrutura e destinadas a assegurar a sua proteção


e correto funcionamento, bem como a sua eventual ampliação, e como tal sujeitas a servidão de
utilidade pública non aedificandi;

No caso das infraestruturas rodoviárias, apenas as vias que constituem a rede nacional de itinerários
principais e complementares (isto é, as vias classificadas no Plano Rodoviário Nacional) têm um
espaço-canal defendido por servidão de utilidade pública desde a aprovação do seu estudo prévio.

No caso das estradas municipais e arruamentos urbanos, e uma vez que para estas vias não está
prevista a constituição de qualquer servidão de utilidade pública antes da sua efetiva construção, o
espaço-canal para a localização da infraestrutura terá que ser reservado por proposta da câmara
municipal e representado na planta de síntese do plano territorial.

Ver também

Infraestruturas territoriais; Infraestruturas urbanas.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 40

Designação

ESPAÇOS URBANOS DE UTILIZAÇÃO COLETIVA Ficha n.º I-27

Definição / Conceito

Os espaços urbanos de utilização coletiva são áreas de solo urbano, distintas dos espaços verdes de
utilização coletiva, que se destinam a prover, entre outras, necessidades coletivas de estadia, recreio
e lazer ao ar livre.

Notas complementares

Os espaços urbanos de utilização coletiva incluem as praças, largos e terreiros públicos, mas não
incluem os logradouros (ver definição de logradouro).

O conceito de espaços urbanos de utilização coletiva corresponde ao conceito de espaços de


utilização coletiva a que alude o artigo 43.º do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação
(RJUE), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual..

Ver também

Espaços Verdes de Utilização Coletiva; Logradouro.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 41

Designação

ESPAÇOS VERDES DE UTILIZAÇÃO COLETIVA Ficha n.º I-28

Definição / Conceito

Os espaços verdes de utilização coletiva são as áreas de solo urbano enquadradas na estrutura
ecológica municipal que, além das funções de proteção e valorização ambiental e paisagística, se
destinam à utilização pelos cidadãos em atividades de estadia, recreio e lazer ao ar livre.

Notas complementares

Os espaços verdes de utilização coletiva no solo urbano têm tradicionalmente assumido as


características de parque e de jardim público.

Os logradouros não são abrangidos no conceito de espaços verdes de utilização coletiva, embora
possam integrar a estrutura ecológica municipal e desempenhar funções de proteção e valorização
ambiental (ver definição de logradouro).

O conceito de espaços verdes de utilização coletiva corresponde ao conceito de espaços verdes a


que alude o artigo 43.º do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE), aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual.

Ver também

Espaços Urbanos de Utilização Coletiva; Estrutura Ecológica Municipal; Logradouro.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 42

Designação
ESTRUTURA ECOLÓGICA MUNICIPAL Ficha n.º I-29

Definição / Conceito

A estrutura ecológica municipal é conjunto das áreas de solo que, em virtude das suas características
biofísicas, culturais ou paisagísticas, da sua continuidade ecológica e do seu ordenamento, têm por
função principal contribuir para o equilíbrio ecológico e para a proteção, conservação e valorização
ambiental e paisagística dos espaços rústicos e urbanos.

Notas complementares
A definição indicada corresponde integralmente ao conceito de estrutura ecológica municipal
estabelecido no n.º 1 do artigo 13.º do Decreto Regulamentar 15/2015, de 19 de agosto.
A estrutura ecológica municipal existe em continuidade no solo rústico e no solo urbano.
No solo rústico, a estrutura ecológica municipal compreende as áreas de solo afetas à rede
fundamental de conservação da natureza no território do município, as áreas naturais sujeitas a riscos
e vulnerabilidades e ainda outras áreas de solo que sejam selecionadas e delimitadas em função do
interesse municipal, nomeadamente por razões de enquadramento, proteção e valorização ambiental,
paisagística e do património natural e de serviços dos ecossistemas.

No interior dos perímetros urbanos, a estrutura ecológica municipal compreende os espaços verdes
de utilização coletiva e outros espaços, de natureza pública ou privada, que sejam necessários ao
equilíbrio, proteção e valorização ambiental, paisagística e do património natural do espaço urbano,
nomeadamente no que respeita a:
ƒ Regulação do ciclo hidrológico (preservação da permeabilidade do solo e criação de áreas de
retenção, no quadro da prevenção de cheias urbanas);
ƒ Regulação bioclimática da cidade (redução das amplitudes térmicas e manutenção do teor de
humidade do ar);
ƒ Melhoria da qualidade do ar (diminuição da concentração da poluição atmosférica nos centros
urbanos);
ƒ Conservação da biodiversidade (manutenção de habitats);
ƒ Serviços dos ecossistemas

Ver também
Espaços verdes de utilização coletiva.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 43

Designação

FACHADA Ficha n.º I-30

Definição / Conceito

Fachada é cada uma das faces aparentes do edifício, constituída por uma ou mais paredes
exteriores diretamente relacionadas entre si.

Notas complementares.

As fachadas identificam-se usualmente pela sua orientação geográfica (fachada Norte, fachada Sul,
etc.) ou relativamente à entrada principal do edifício, tomando neste caso as designações: fachada
principal (onde se localiza a entrada principal), fachadas laterais (esquerda e direita), e fachada de
tardoz ou fachada posterior.

Um edifício pode ter várias fachadas com a mesma orientação geográfica, em distintos planos. As
fachadas que se desenvolvem em planos mais recuados são vulgarmente designadas por fachadas
recuadas.

Do ponto de vista urbanístico, para efeitos de definição da edificabilidade, têm sobretudo relevância
as fachadas que se desenvolvem a partir do nível do solo e confrontam com a via pública ou com
logradouros. O controlo das fachadas recuadas pode ser efetuado através dos parâmetros de
edificabilidade que regulam a altura da edificação.

Ver Figura 2.

Ver também

Alçado; Altura da edificação; Altura da fachada; Empena.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 44

Designação

FOGO Ficha n.º I-31

Definição / conceito

Um fogo é uma parte ou a totalidade de um edifício, dotada de acesso independente, constituída


por um ou mais compartimentos destinados à habitação e por espaços privativos complementares.

Notas complementares

Conforme a tipologia dos edifícios, o fogo pode tomar a designação de:

⎯ Moradia, quando o fogo ocupa a totalidade do edifício, a qual adota ainda a designação de:

Isolada, quando o edifício está completamente separado de qualquer outro edifício (com
exceção dos seus edifícios anexos);

Geminada, quando os edifícios se agrupam dois a dois, justapondo-se através da empena;

Em banda, quando os edifícios se agrupam em conjunto de três ou mais edifícios contíguos.

⎯ Apartamento quando o fogo é parte de um edifício, ao qual se acede através de espaços comuns,
nomeadamente átrio, corredor, galeria ou patamar de escada.

Nos últimos recenseamentos gerais da população e da habitação, o conceito de fogo tem sido
integrado no conceito estatístico de alojamento. A Ficha Técnica da Habitação utiliza este conceito
com a designação de habitação, a qual integra o fogo e as dependências do fogo (varandas, balcões,
terraços, arrecadações em cave ou em sótão nos edifícios multifamiliares, arrecadações em corpos
anexos, logradouros pavimentados, telheiros e alpendres). Esta noção restringe o conceito de fogo
aos espaços privados nucleares da habitação confinados por uma envolvente que separa o fogo do
ambiente exterior e do resto do edifício (salas, quartos, cozinha, instalações sanitárias, despensa,
arrecadações em cave ou em sótão nos edifícios unifamiliares, corredores e vestíbulos).

Ver também

Densidade habitacional; Edificação; Edifício; Uso do solo; Utilização do edifício.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 45

Designação

INCLINAÇÃO DA COBERTURA Ficha n.º I-32

Definição / conceito

A inclinação da cobertura é o valor do ângulo formado pelos planos da cobertura do edifício com
o plano horizontal.

Notas complementares

Através da fixação deste parâmetro urbanístico, é possível regular a forma da cobertura e a


ocorrência de sótãos.

A inclinação da cobertura pode ser fixada como valor máximo, como valor mínimo ou ambos.

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 46

Designação
ÍNDICE DE IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO Ficha n.º I-33

Definição / Conceito

O índice de impermeabilização do solo (Iimp) é função da ocupação ou revestimento, sendo


calculado pelo quociente entre o somatório das áreas impermeabilizadas equivalentes (™Aimp) e a
área de solo (As) a que o índice diz respeito, expresso em percentagem.
Iimp = (™Aimp / As) x 100
Cada área impermeabilizada equivalente (Aimp) é calculada pelo produto entre a área de solo (As)
a que diz respeito e o coeficiente de impermeabilização (Cimp) que corresponde ao tipo de
ocupação ou revestimento que nela é realizado ou previsto.
Aimp = Cimp x As

Notas complementares
O índice de impermeabilização do solo mede apenas a alteração da permeabilidade que resulta da
ocupação ou do revestimento realizado ou previsto, sendo independente da permeabilidade do
solo original, antes dessa ocupação ou revestimento.
A aplicação deste índice a cada caso concreto exige:
• A prévia identificação e delimitação de subáreas, a que corresponde um tipo de ocupação
ou revestimento específico;
• O estabelecimento dos coeficientes de impermeabilização que correspondem ao tipo de
ocupação ou revestimento de cada subárea.
A área impermeabilizada equivalente exprime o peso relativo de cada subárea na área total de solo a
que o índice de impermeabilização diz respeito.
O valor do coeficiente de impermeabilização varia entre 0 (zero) e 1 (um).
Na falta de melhor informação o valor dos coeficientes de impermeabilização da ocupação ou do
revestimento em presença poderão utilizar-se os seguintes valores de referência:
• Solo ocupado com construções ou com revestimento impermeável Cimp = 1
• Solo com revestimento semipermeável Cimp = 0,5
• Solo plantado ou solo natural sem qualquer revestimento
Cimp = 0

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 47

Designação

ÍNDICE DE OCUPAÇÃO DO SOLO Ficha n.º I-34

Definição / Conceito

O índice de ocupação do solo (Io) é o quociente entre a área total de implantação (™Ai) e a área de
solo (As) a que o índice diz respeito, expresso em percentagem.

Io = (™Ai / As) x 100

Notas complementares

O índice de ocupação do solo exprime a relação entre a área de solo ocupada com edificação e a
área total de solo que estamos a considerar.

Os termos do quociente são sempre expressos na mesma unidade, normalmente em metros


quadrados.

A designação índice de ocupação do solo substitui outras, vulgarmente utilizadas como percentagem
de ocupação, índice de implantação e coeficiente de afetação do solo (CAS).

Ver também

Área total de implantação; Índice de utilização do solo.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 48

Designação

ÍNDICE DE UTILIZAÇÃO DO SOLO Ficha n.º I-35

Definição / Conceito

O índice de utilização do solo (Iu) é o quociente entre a área total de construção (™Ac) e a área de
solo (As) a que o índice diz respeito.

Iu = ™Ac / As

Notas complementares

O índice de utilização do solo exprime a quantidade de edificação por unidade de área de solo. Dito
de outra forma, exprime a intensidade de utilização do solo para edificação.

Os termos do quociente são sempre expressos na mesma unidade, normalmente em metros


quadrados. O índice de utilização do solo é um parâmetro adimensional.

O índice de utilização do solo, enquanto parâmetro urbanístico fixado em plano territorial, pode ser
desagregado, indicando o plano a que desagregações da área de construção o índice se aplica.

A designação índice de utilização do solo substitui outras, vulgarmente utilizadas como índice de
construção e coeficiente de ocupação do solo (COS).

Ver também

Área total de construção; Índice de ocupação do solo.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 49

Designação

ÍNDICE VOLUMÉTRICO Ficha n.º I-36

Definição / Conceito

O índice volumétrico (Iv) é o quociente entre o volume total (™V) e a área de solo (As) a que o
índice diz respeito.

Iv = ™V / As

Notas complementares

O volume de edificação é expresso em metros cúbicos e a área de solo é expressa em metros


quadrados. O índice volumétrico é indicado em metros cúbicos por metro quadrado [m3/m2].

A utilização do índice volumétrico, em vez do índice de utilização do solo, é interessante nos casos
em que o solo é predominantemente ocupado por edifícios de pé direito muito elevado (pavilhões,
naves industriais, etc.).

Ver também

Índice de ocupação do solo; Índice de utilização do solo; Volume do edifício; Volume total.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 50

Designação

INFRAESTRUTURAS TERRITORIAIS Ficha n.º I-37

Definição / Conceito

As infraestruturas territoriais são os sistemas técnicos gerais de suporte ao funcionamento do


território no seu todo.

Notas complementares

As infraestruturas territoriais compreendem:

⎯ Os sistemas gerais de circulação e transporte associados à conectividade internacional, nacional,


regional, municipal e interurbana, incluindo as redes e instalações associadas aos diferentes
modos de transporte;

⎯ Os sistemas gerais de captação, transporte e armazenamento de água para os diferentes usos,


de âmbito supra urbano;

⎯ Os sistemas gerais de transporte, tratamento e rejeição de águas residuais, de âmbito supra


urbano;

⎯ Os sistemas gerais de armazenamento, tratamento e rejeição de resíduos sólidos, de âmbito


supra urbano;

⎯ Os sistemas gerais de produção e distribuição de energia e de telecomunicações fixas e móveis,


de âmbito internacional, nacional, regional, municipal e interurbano

Ver também

Infraestruturas urbanas.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 51

Designação

INFRAESTRUTURAS URBANAS Ficha n.º I-38

Definição / Conceito

As infraestruturas urbanas são os sistemas técnicos de suporte direto ao funcionamento dos


aglomerados urbanos ou da edificação em conjunto.

Notas complementares

As infraestruturas urbanas servem diretamente os espaços urbanos ou as edificações e


compreendem normalmente:

⎯ Os sistemas intraurbanos de circulação, contendo as redes e instalações associadas aos


diferentes modos de transporte, incluindo o pedonal, e as áreas de estacionamento de veículos;

⎯ Os sistemas intraurbanos de abastecimento de água contendo as redes e instalações associadas


ao seu armazenamento local e distribuição;

⎯ Os sistemas intraurbanos de drenagem de águas residuais e pluviais contendo as redes e


instalações associadas à sua recolha e encaminhamento para tratamento ou rejeição;

⎯ Os sistemas intraurbanos de recolha de resíduos sólidos urbanos e seu armazenamento e


encaminhamento para tratamento e rejeição;

⎯ Os sistemas intraurbanos de distribuição de energia e de telecomunicações fixas e móveis.

O conceito de infraestruturas urbanas contém o conceito de infraestruturas viárias a que alude o


artigo 43.º do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE), aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual..

Ver também

Obras de urbanização.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 52

Designação

LOGRADOURO Ficha n.º I-39

Definição / Conceito

Um logradouro é um espaço ao ar livre, destinado a funções de estadia, recreio e lazer, privado, de


utilização coletiva ou de utilização comum, e adjacente ou integrado num edifício ou conjunto de
edifícios.

Notas complementares

O logradouro é indissociável do edifício ou conjunto de edifícios em que se integra ou a que está


adjacente, não devendo ser confundido com os espaços públicos de estadia, recreio e lazer, embora
possa ter utilização coletiva.

Por vezes o logradouro é utilizado para estacionamento ou outras utilizações temporárias ao ar


livre, em particular no caso de edifícios de atividades económicas.

Ver também

Edifício; Espaços urbanos de utilização coletiva.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 53

Designação

LOTE Ficha n.º I-40

Definição / Conceito

O lote é um prédio destinado à edificação, constituído ao abrigo de uma operação de loteamento


ou de um plano de pormenor com efeitos registais.

Notas complementares

O lote é um prédio que recebe esta denominação específica por resultar, regra geral, de uma operação
de loteamento. Essa é a via tradicional de constituição de lotes para construção.

A certidão de plano de pormenor com o conteúdo tipificado no n.º 1 do artigo 108.º do Regime
Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 80/2015,
de 14 de maio, passou também a permitir a individualização no registo predial dos prédios resultantes
da divisão de um ou vários prédios ou do seu reparcelamento previstos no plano, designando-se
também por lotes os novos prédios destinados a edificação assim constituídos.

Ver também

Operações de loteamento; Prédio.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 54

Designação

MORFOTIPOLOGIA Ficha n.º I-41

Definição / Conceito

Morfotipologia é a característica do tecido urbano que resulta da conjugação entre a morfologia


urbana e a tipologia de edificação.

Notas complementares

A morfologia urbana tem a ver com a forma de organização e o desenho dos espaços edificados e
não edificados.

A tipologia da edificação refere-se, essencialmente, à forma de agrupamento e à organização


volumétrica dos edifícios.

Da conjugação das várias morfologias e tipologias conhecidas resultam diferentes padrões de


ocupação do solo urbano. Embora não haja uma correlação direta, os diferentes padrões
morfotipológicos têm também correspondência com os usos dominantes do solo.

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 55

Designação

NÚMERO MÉDIO DE PISOS Ficha n.º I-42

Definição / Conceito

O número médio de pisos (Pm) é o quociente entre a área total de construção (™Ac) e a área total
de implantação (™Ai) dos edifícios existentes ou previstos para a porção de território a que o
parâmetro diz respeito.

Pm = ™Ac / ™Ai

Notas complementares

Este parâmetro de edificabilidade confere flexibilidade à gestão das volumetrias. A sua utilização
deve ser combinada com uma altura máxima da edificação ou uma altura máxima de fachada.

Ver também

Altura da fachada; Área total de construção; Área total de implantação; Altura da edificação; Piso;
Volumetria.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 56

Designação

OBRAS DE URBANIZAÇÃO Ficha n.º I-43

Definição / Conceito

As obras de urbanização são as obras de criação e remodelação de infraestruturas destinadas a servir


diretamente os espaços urbanos ou as edificações, designadamente arruamentos viários e pedonais,
redes de esgotos e de abastecimento de água, eletricidade, gás e telecomunicações, e ainda espaços
verdes e outros espaços de utilização coletiva.

Notas complementares

Este conceito corresponde integralmente ao conceito de obras de urbanização estabelecido no


Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE), conforme a alínea h) do artigo 2.º do
Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual.

Ver também

Espaços urbanos de utilização coletiva; Espaços verdes de utilização coletiva; Infraestruturas


urbanas; Operações de loteamento.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 57

Designação

OPERAÇÕES DE LOTEAMENTO Ficha n.º I-44

Definição /Conceito

As operações de loteamento são as ações que tenham por objeto ou por efeito a constituição de um
ou mais lotes destinados, imediata ou subsequentemente, à edificação urbana e de que resulte a
divisão de um ou vários prédios ou do seu reparcelamento.

Notas complementares

A definição indicada corresponde integralmente à definição de operação de loteamento dada pelo


Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE), constante da alínea i) do artigo 2.º do
Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual..

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 58

Designação

OPERAÇÕES URBANÍSTICAS Ficha n.º I-45

Definição /Conceito

As operações urbanísticas são as operações materiais de urbanização, de edificação, utilização dos


edifícios ou do solo desde que, neste último caso, para fins não exclusivamente agrícolas, pecuários,
florestais, mineiros ou de abastecimento público de água.

Notas complementares

A definição indicada corresponde integralmente à definição de operações urbanísticas conferida pela


alínea j) do artigo 2.º do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE), aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual.

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 59

Designação

OPERAÇÃO DE REABILITAÇÃO URBANA Ficha n.º I-46

Definição / Conceito

A operação de reabilitação urbana consiste no conjunto articulado de intervenções visando, de


forma integrada, a reabilitação urbana de uma determinada área.

Notas complementares

A definição indicada foi transcrita do artigo 2.º do Regime Jurídico da Reabilitação Urbana (RJRU)
aprovado pelo Decreto-lei n.º 307/2009, de 23 de outubro, na sua redação atual.

A operação de reabilitação urbana simples consiste numa intervenção integrada de reabilitação


urbana de uma área, dirigindo-se primacialmente à reabilitação do edificado, num quadro articulado
de coordenação e apoio da respetiva execução.

A operação de reabilitação urbana sistemática consiste numa intervenção integrada de reabilitação


urbana de uma área, dirigida à reabilitação do edificado e à qualificação das infraestruturas, dos
equipamentos e dos espaços verdes e urbanos de utilização coletiva, visando a requalificação e
revitalização do tecido urbano, associada a um programa de investimento público.

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 60

Designação

PARÂMETROS DE EDIFICABILIDADE Ficha n.º I-47

Definição / Conceito

Os parâmetros de edificabilidade são variáveis que servem para estabelecer a quantidade de


edificação que pode ser realizada numa determinada porção do território, nos termos das
disposições regulamentares aplicáveis.

Notas complementares

Os parâmetros de edificabilidade são de três tipos: parâmetros geométricos (recuo, afastamento,


altura, etc.), parâmetros de área (área de construção, área de implantação, etc.) e índices (índice de
ocupação do solo, índice de utilização do solo, etc.).

Os parâmetros de edificabilidade são variáveis quantitativas, expressas por grandezas diretamente


mensuráveis ou por relações aritméticas entre variáveis.

Ver também

Edificabilidade.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 61

Designação

PARCELA Ficha n.º I- 48

Definição / Conceito

Parcela é uma porção de território delimitada física, jurídica ou topologicamente.

Notas complementares

O termo “parcela”, utilizado no contexto do ordenamento do território ou do urbanismo, pode ter


significados muito diversos, devendo o instrumento de gestão territorial que o utiliza definir os
termos da aplicação do conceito:

ƒ conjunto de vários prédios,

ƒ um único prédio,

ƒ parte de um prédio

ƒ conjunto de partes adjacentes de vários prédios

ƒ cada uma das unidades de cultura dentro do mesmo prédio;

ƒ unidade de cultura homogénea abrangendo vários prédios.

O n.º 3 do artigo 7.º da Lei n.º 111/2015, de 27 de agosto, na sua redação atual, que estabelece o
Regime Jurídico da Estruturação Fundiária, define parcela como sendo toda a parte delimitada do
solo sem autonomia física e as construções nele existentes que não tenham autonomia económica.

Ver também

Lote; Prédio; Reestruturação da propriedade em solo urbano; Urbanização.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 62

Designação

PÉ-DIREITO Ficha n.º I-49

Definição / Conceito

O pé-direito é uma altura, medida na vertical, entre o pavimento e o teto de um compartimento.

Notas complementares

A utilização deste conceito como parâmetro urbanístico tem associada a noção de pé-direito livre
para referir a altura entre o pavimento e a face inferior de vigas aparentes do teto ou quaisquer
outros elementos dele salientes, bem como do ponto mais baixo de um teto inclinado.

Ver também

Altura entre pisos; Piso ou pavimento.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 63

Designação

PEREQUAÇÃO Ficha n.º I-50

Definição / Conceito

A perequação consiste na redistribuição equitativa dos benefícios e dos encargos resultantes da


execução de um instrumento de gestão territorial vinculativo dos particulares ou de outro
instrumento de intervenção urbanística a que a lei atribua esse efeito.

Notas complementares

A aplicação de mecanismos de perequação tem em vista os seguintes objetivos:

ƒ Redistribuição das mais-valias atribuídas pelo plano aos proprietários;

ƒ Obtenção pelos municípios de meios financeiros adicionais para a realização das


infraestruturas urbanísticas e para o pagamento de indemnizações por expropriação;

ƒ Disponibilização de terrenos e edifícios ao município para a implementação, instalação ou


renovação de infraestruturas, equipamentos e espaços urbanos de utilização coletiva, bem
como para compensação de particulares nas situações em que tal se revele necessário;

ƒ Estímulo da oferta de terrenos para urbanização e construção, evitando -se a retenção dos
solos com fins especulativos;

ƒ Eliminação das pressões e influências dos proprietários ou grupos para orientar as


soluções do plano na direção das suas intenções.

Ver também

Unidade de execução.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 64

Designação

PERÍMETRO URBANO Ficha n.º I-51

Definição / Conceito

Um perímetro urbano é a linha poligonal fechada que delimita uma porção contínua de território
classificada como solo urbano.

Notas complementares

Ver também

Solo urbano
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 65

Designação

PISO (DE UM EDIFÍCIO) Ficha n.º I-52

Definição / Conceito

O piso ou pavimento de um edifício é cada um dos planos sobrepostos, cobertos e dotados de pé


direito regulamentar em que se divide o edifício e que se destinam a satisfazer exigências
funcionais ligadas à sua utilização.

Notas complementares

Nos regulamentos dos planos territoriais (e nos regulamentos municipais em geral) é útil distinguir
entre os pisos acima da cota de soleira e os pisos abaixo da cota de soleira. Nesse contexto, o piso
correspondente à cota de soleira é contabilizado no número de pisos acima da cota de soleira e
designado Piso 1. O primeiro piso abaixo da cota de soleira é designado Piso -1.

Na linguagem comum, designa-se por andar cada um dos pisos de um edifício acima do piso térreo
(rés do chão). O termo “andar” (tal como o termo “rés-do-chão”) não deve ser utilizado nos
documentos técnicos.

Na linguagem técnica e na linguagem comum, designa-se por piso intermédio, meio-piso ou ainda
mezanino, um piso que não ocupa a totalidade da área de implantação definida pelo perímetro das
paredes exteriores do compartimento ou do edifício.

Ver também

Área de construção; Cota de soleira; Pé direito.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 66

Designação

POLÍGONO DE IMPLANTAÇÃO Ficha n.º I-53

Definição

O polígono de implantação é a linha poligonal fechada que delimita uma área do solo no interior
da qual é possível edificar.

Notas complementares

A área do polígono de implantação será sempre igual ou superior à área de implantação do edifício.

O polígono de implantação será normalmente delimitado em plano de urbanização ou de


pormenor ou por alvará de loteamento, diretamente através do seu desenho em planta ou através
de parâmetros de edificabilidade, nomeadamente pela imposição de recuos e afastamentos.

O polígono de implantação pode ainda resultar, no todo ou em parte, da delimitação de servidões


administrativas ou restrições de utilidade pública.

Ver também

Afastamento; Parâmetros de edificabilidade; Recuo.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 67

Designação

PRÉDIO Ficha n.º I-54

Definição / Conceito

Um prédio é uma parte delimitada do solo juridicamente autónoma, abrangendo as águas,


plantações, edifícios e construções de qualquer natureza nela incorporados ou assentes com
carácter de permanência.

Notas complementares

Prédio é o termo técnico que designa a unidade de propriedade fundiária. Não deve ser
confundido com a noção de parcela.

Os planos de pormenor com efeitos registais conferem a faculdade de constituição de prédios


urbanos (lotes) resultantes da divisão de um ou vários prédios ou do seu reparcelamento,
conforme decorre do artigo 108.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial
(RJIGT), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 80/2015 de 14 de maio

Ver também

Lote; Parcela; Reestruturação da propriedade em solo urbano.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 68

Designação

PROGRAMAÇÃO DA EXECUÇÃO DE PLANO TERRITORIAL Ficha n.º I-55

Definição / Conceito

A programação da execução de plano territorial estabelece as ações tendentes à execução do plano,


define o modo e os prazos em que estas se processam e identifica os responsáveis pela execução e
respetivas responsabilidades.

Notas complementares

A programação da execução de plano territorial está inscrita nos respetivos programa de execução
e plano de financiamento.

As unidades de execução e as operações de reabilitação urbana são instrumentos de programação


da execução de planos territoriais.

A programação da execução dos planos territoriais é inscrita nos planos de atividades e nos
orçamentos municipais, implicando para o município, o dever de garantir os meios técnicos e
financeiros necessários à urbanização ou à reabilitação urbana, quer através de recursos próprios,
quer através da contratualização com eventuais interessados nessa operação.

A execução programada dos planos territoriais determina para os particulares o dever de


adequarem as suas pretensões aos objetivos e às prioridades neles estabelecidas e de participar no
financiamento da execução dos sistemas gerais de infraestruturas e de equipamentos públicos.

Ver também

Operação de Reabilitação Urbana, Unidade de Execução; Urbanização


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 69

Designação

REABILITAÇÃO Ficha n.º I- 56

Definição / Conceito

Por reabilitação entende-se uma forma de intervenção territorial integrada que visa a valorização
do suporte físico de um território, através da realização de obras de reconstrução, recuperação,
beneficiação, renovação e modernização do edificado, das infraestruturas, dos serviços de suporte
e dos sistemas naturais, bem como de correção de passivos ambientais ou de valorização
paisagística.

Notas complementares

A definição indicada foi transcrita da definição de reabilitação expressa no artigo 61.º da Lei n.º
31/2014, de 30 de maio, na sua redação atual, que aprova as Bases Gerais da Política Pública de
Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo.

Para efeitos de aplicação do Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
307/2009, de 23 de outubro, na sua redação atual, este estabelece que Reabilitação urbana é a forma
de intervenção integrada sobre o tecido urbano existente, em que o património urbanístico e
imobiliário é mantido, no todo ou em parte substancial, e modernizado através da realização de
obras de remodelação ou beneficiação dos sistemas de infraestruturas urbanas, dos equipamentos e
dos espaços urbanos ou verdes de utilização coletiva e de obras de construção, reconstrução,
ampliação, alteração, conservação ou demolição dos edifícios.

Ver também

Regeneração.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 70

Designação

RECUO Ficha n.º I-57

Definição / Conceito

O recuo é a distância entre o alinhamento e o plano da fachada do edifício.

Notas complementares

Quando o recuo é igual a zero, a fachada do edifício pode ser erguida no alinhamento.

O recuo é expresso em metros.

Ver Figura 1a.

Ver também

Alçado; Alinhamento; Fachada.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 71

Designação

REESTRUTURAÇÃO DA PROPRIEDADE EM SOLO URBANO Ficha n.º I-58

Definição/Conceito

A reestruturação da propriedade em solo urbano é uma operação de recomposição da estrutura


fundiária que incide sobre o conjunto dos prédios de uma área delimitada de solo urbano e que
tem por finalidade adaptar essa estrutura fundiária a novas necessidades de utilização do solo
previstas em plano territorial ou em alvará de loteamento.

Notas complementares

São operações de reestruturação da propriedade o fracionamento, emparcelamento e


reparcelamento da propriedade

A operação de reparcelamento consiste no agrupamento dos prédios pré-existentes, na posterior


divisão de acordo com o plano municipal ou alvará de loteamento e na subsequente adjudicação
das parcelas de terreno resultantes aos primitivos proprietários e às outras entidades intervenientes
na operação

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 72

Designação

REGENERAÇÃO Ficha n.º I- 59

Definição / Conceito

Por regeneração entende-se uma forma de intervenção territorial integrada que combina ações de
reabilitação com obras de demolição e construção nova e com medidas adequadas de revitalização
económica, social e cultural e de reforço da coesão e do potencial territorial.

Notas complementares

A definição indicada foi transcrita da definição de regeneração expressa no artigo 61.º da Lei n.º
31/2014, de 30 de maio, na sua redação atual, que aprova as Bases Gerais da Política Pública de
Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo.

Ver também

Reabilitação.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 73

Designação

REGIME DE USO DO SOLO Ficha n.º I-60

Definição/Conceito

O regime de uso do solo é o conjunto das regras que regulam a ocupação, uso e transformação de
uma determinada porção do território.

Notas complementares

O regime de uso do solo é estabelecido nos planos territoriais de âmbito intermunicipal e


municipal através da classificação e da qualificação do solo, de acordo com a expressão territorial
da estratégia de desenvolvimento local, o quadro estratégico definido no programa regional e as
leis respeitantes ao ordenamento do território e ao urbanismo.

O regime de uso do solo inclui ainda o estabelecimento, para cada classe de solo, de regras que
regulem a forma de ocupação, os usos do solo e as condições para a sua transformação.

Ver também

Edificabilidade; Uso do solo.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 74

Designação

SOLO RÚSTICO Ficha n.º I-61

Definição / Conceito

O solo rústico é aquele que, pela sua reconhecida aptidão, se destine, nomeadamente, ao
aproveitamento agrícola, pecuário, florestal, à conservação, valorização e exploração de recursos
naturais, de recursos geológicos ou de recursos energéticos, assim como o que se destina a espaços
naturais, culturais, de turismo, recreio e lazer ou à proteção de riscos, ainda que seja ocupado por
infraestruturas, e aquele que não seja classificado como urbano.

Notas complementares

A classificação do solo traduz uma opção de planeamento territorial que determina o destino
básico do solo, assentando na distinção fundamental entre a classe de solo rústico e a classe de
solo urbano. A classificação e a reclassificação do solo são estabelecidas em plano territorial de
âmbito intermunicipal ou municipal, nos termos do regime jurídico dos instrumentos de gestão
territorial.

A classificação do solo como rústico visa proteger o solo como recurso natural escasso e não
renovável, salvaguardar as áreas com reconhecida aptidão para usos agrícolas, pecuários e
florestais, afetas à exploração de recursos geológicos e energéticos ou à conservação da natureza e
da biodiversidade e enquadrar adequadamente outras ocupações e usos incompatíveis com a
integração em espaço urbano ou que não confiram o estatuto de solo urbano.

A classificação, reclassificação e qualificação do solo rústico obedece a critérios estabelecidos no


Decreto Regulamentar n.º 15/2015, de 19 de agosto.

A definição indicada corresponde ao conceito de solo rústico expresso no artigo 10.º da Lei n.º
31/2014, de 30 de maio, na sua redação atual, que aprova as Bases Gerais da Política Pública de
Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo e no artigo 71.º do Regime Jurídico dos
Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de
maio, e as notas complementares ao Decreto Regulamentar nº15/2015, de 19 de agosto.

Ver também

Solo urbano
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 75

Designação

SOLO RÚSTICO COMPLEMENTAR Ficha n.º I-62

Definição / Conceito

Solo rústico complementar é o solo rústico adjacente a um ou mais perímetros urbanos que, no
quadro da elaboração de um plano de urbanização, se revele necessário abranger para estabelecer
uma intervenção integrada de planeamento.

Notas complementares

Ao abranger o solo rústico complementar na disciplina do plano de urbanização pretende-se


prevenir transformações indesejadas dos usos do solo que possam ser induzidas pela adjacência ao
solo urbano e, simultaneamente, valorizar a complementaridade entre o solo urbano e o solo
rústico, nomeadamente do ponto de vista do enquadramento paisagístico e da qualificação
ambiental.

O solo rústico complementar abrangido por plano de urbanização mantém a sua classificação,
devendo ser incluído nas categorias e subcategorias de solo rústico que se revelem mais adequadas
para a prossecução dos objetivos que justificaram a sua inclusão na área de intervenção do plano
de urbanização.

Ver também

Solo urbano; Solo Rústico.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 76

Designação
SOLO URBANO Ficha n.º I-63

Definição / Conceito
Solo urbano é o que está total ou parcialmente urbanizado ou edificado e, como tal, afeto em
plano territorial à urbanização ou à edificação.

Notas complementares
A classificação do solo traduz uma opção de planeamento territorial que determina o destino básico
do solo, assentando na distinção fundamental entre a classe de solo rústico e a classe de solo urbano.
A classificação e a reclassificação do solo são estabelecidas em plano territorial de âmbito
intermunicipal ou municipal, nos termos do regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial.
A classificação como solo urbano visa a sustentabilidade e a valorização das áreas urbanas, no
respeito pelos imperativos de economia do solo e dos demais recursos territoriais, compreendendo
o solo que está total ou parcialmente urbanizado ou edificado e o solo afeto à estrutura ecológica
necessário ao equilíbrio do sistema urbano.
A classificação do solo como urbano observa, cumulativamente, os seguintes critérios:
⎯ Inserção no modelo de organização do sistema urbano municipal ou intermunicipal;
⎯ Existência de aglomerados de edifícios, população e atividades geradoras de fluxos
significativos de população, bens e informação;
⎯ Existência de infraestruturas urbanas e de prestação dos serviços associados,
compreendendo, no mínimo, os sistemas de transportes públicos, de abastecimento de água
e saneamento, de distribuição de energia e de telecomunicações, ou garantia da sua provisão,
no horizonte do plano territorial, mediante inscrição no respetivo programa de execução e
as consequentes inscrições nos planos de atividades e nos orçamentos municipais;
⎯ Garantia de acesso da população residente aos equipamentos de utilização coletiva que
satisfaçam as suas necessidades coletivas fundamentais;
⎯ Necessidade de garantir a coerência dos aglomerados urbanos existentes e a contenção da
fragmentação territorial.
A classificação, reclassificação e qualificação do solo urbano obedece aos demais critérios
estabelecidos no Decreto Regulamentar n.º 15/2015, de 19 de agosto.
A definição indicada corresponde ao conceito de solo urbano expresso no artigo 10.º da Lei nº.
31/2014, de 30 de maio, na sua redação atual, que aprova as Bases Gerais da Política Pública de
Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo, e no artigo 71.º do Regime Jurídico dos
Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio,
e as notas ao expresso nos artigos 5.º e 7.º do Decreto Regulamentar n.º15/2015, de 19 de agosto.

Ver também
Solo rústico
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 77

Designação

TECIDO URBANO Ficha n.º I-64

Definição / Conceito

O tecido urbano é a realidade material e funcional que é criada, num dado lugar, pelo efeito
conjugado dos edifícios, das infraestruturas urbanas e dos espaços não edificados que nele existem.

Notas complementares

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 78

Designação

UNIDADE DE EXECUÇÃO Ficha n.º I-65

Definição/Conceito

Uma unidade de execução é uma porção de território delimitada para efeitos de execução de um
plano territorial.

Notas complementares

A delimitação de unidades de execução consiste na fixação em planta cadastral dos limites físicos
da área a sujeitar a intervenção urbanística acompanhada da identificação e caraterização de todos
os prédios abrangidos.

As unidades de execução deverão ser delimitadas de modo a assegurar um desenvolvimento


urbano harmonioso e a justa repartição de benefícios e encargos pelos proprietários abrangidos,
devendo integrar as áreas destinadas a espaços verdes e de utilização coletiva, infraestruturas ou
equipamentos, previstos nos planos territoriais.

As unidades de execução são delimitadas pela câmara municipal nos termos do Regime Jurídico
dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 89/2015, de 14 de
maio, por iniciativa própria ou a requerimento dos proprietários interessados, podendo
corresponder a uma unidade operativa de planeamento e gestão, à área abrangida por plano de
urbanização ou plano de pormenor ou a parte desta.

Ver também

Unidade operativa de planeamento e gestão.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 79

Designação

UNIDADE OPERATIVA DE PLANEAMENTO E GESTÃO Ficha n.º I-66

Definição/Conceito

Uma unidade operativa de planeamento e gestão é uma porção contínua de território, delimitada
em plano diretor intermunicipal ou municipal, ou plano de urbanização para efeitos de
programação da execução do plano ou da realização de operações urbanísticas.

Notas complementares

A delimitação das unidades operativas de planeamento e gestão deve ser acompanhada do


estabelecimento dos respetivos objetivos bem como dos termos de referência para a elaboração de
planos de urbanização, planos de pormenor ou para a realização de operações urbanísticas,
consoante o caso.

O plano diretor intermunicipal ou municipal deve ainda estabelecer os indicadores e parâmetros de


natureza supletiva, aplicáveis nas áreas a sujeitar a plano de urbanização ou de pormenor durante a
ausência destes.

As unidades operativas de planeamento e gestão são referidas no programa de execução do plano,


com remissão expressa para os objetivos e os termos de referência acima mencionados.

Ver também

Unidade de execução.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 80

Designação

URBANIZAÇÃO Ficha n.º I-67

Definição / Conceito

A urbanização (em sentido material) é o resultado da realização coordenada de obras de


urbanização e de edificação, de eventuais trabalhos de remodelação dos terrenos e das operações
fundiárias associadas.

Notas complementares

Ver também

Edificação; Obras de urbanização.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 81

Designação

USOS DO SOLO Ficha n.º I-68

Definição/Conceito

Os usos do solo são as formas de aproveitamento do solo desenvolvidas ou instaladas num


determinado território.

Notas complementares

A definição das classes e categorias de uso do solo e a respetiva regulamentação são estabelecidos
nos planos territoriais através da classificação e da qualificação do solo.

A classificação do solo determina o destino básico dos terrenos, operando a distinção fundamental
entre solo urbano e solo rústico.

A qualificação do solo regula o respetivo aproveitamento e processa-se através da integração em


categorias estabelecidas com base numa classificação sistemática dos usos.

Ver também

Regime de uso do solo.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 82

Designação

UTILIZAÇÕES DO EDIFÍCIO Ficha n.º I-69

Definição/Conceito

As utilizações do edifício correspondem às tipologias de uso que enquadram as atividades que


são ou podem ser desenvolvidas no edifício.

Notas complementares

Usualmente, o parâmetro urbanístico “utilização dos edifícios” é associado à especificação da


composição percentual por tipologia de uso (exemplo: 20% comércio + 80% habitação).

Ver também

Usos do solo.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 83

Designação

VOLUME DO EDIFÍCIO Ficha n.º I-70

Definição

O volume do edifício é a medida, em unidades de volume, do espaço edificado acima do nível do


solo, definido pelas superfícies que contêm as fachadas, a cobertura e o pavimento a que está
referida a cota de soleira. Nos casos de elevação da soleira positiva, este pavimento é substituído
pelo plano horizontal cujo nível corresponde à cota de soleira deduzida da elevação.

Notas complementares

Este parâmetro de edificabilidade é utilizado nas situações em que se aplica o índice volumétrico
(ocupação do solo com edifícios de pé direito muito elevado, como por exemplo pavilhões, naves
industriais, etc.).

No caso dos edifícios que confrontam com duas vias públicas a cotas muito diferentes, o
pavimento a que está referida a cota de soleira deve ser substituído pelo pavimento a que é referida
a cota de soleira auxiliar (S2), correspondente ao piso mais próximo do passeio de cota mais baixa.

(Ver Figura 3 e ver a noção de cota de soleira auxiliar expressa nas notas complementares do
conceito de altura da fachada).

Ver também

Elevação da soleira; Volume total; Volumetria


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 84

Designação

VOLUME TOTAL Ficha n.º I-71

Definição

O volume total é o somatório dos volumes de todos os edifícios existentes ou previstos numa
porção delimitada de território.

Notas complementares

Ver também

Volume do edifício; Volumetria


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 85

Designação

VOLUMETRIA Ficha n.º I-72

Definição

A volumetria é o espaço contido pelas superfícies que delimitam a edificação e que, não sendo por
ela intersetadas, definem a sua configuração.

Notas complementares

Neste parâmetro de edificabilidade as superfícies são definidas em estudo volumétrico e


normalmente correspondem às fachadas (anterior, de tardoz e laterais) e à cobertura (plana ou com
varias águas) do edifício.

Este parâmetro de edificabilidade define a configuração do edifício e não a medida do seu volume

Ver também

Volume do edifício; Volume total.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 86

Designação

ZONA DE PROTEÇÃO E DE SALVAGUARDA DOS RECURSOS E Ficha n.º I-73


VALORES NATURAIS

Definição / Conceito

Zona de proteção e de salvaguarda dos recursos e valores naturais é a área para a qual foi
estabelecido, em programa especial, um regime de salvaguarda de recursos e valores naturais,
através do estabelecimento de ações permitidas, condicionadas ou interditas, com efeitos na
ocupação, uso e transformação do solo e como tal foi delimitada na planta de ordenamento do
plano diretor municipal ou intermunicipal.

Notas complementares

A definição indicada foi adaptada do estabelecido nos artigos 3.º, 44.º e 97.º do Decreto-Lei n.º
80/2015, de 14 de maio, que aprova o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial
(RJIGT).

No âmbito do Regime Jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, aprovado pelo


Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho, na sua redação atual, e da sua aplicação aos programas
especiais, consideram-se: (i) Recursos naturais – os componentes ambientais naturais com utilidade
para o ser humano e geradores de bens e serviços, incluindo a fauna, a flora, o ar, a água, os
minerais e o solo; (ii) Valores naturais - os elementos da biodiversidade, paisagens, territórios,
habitats ou geossítios.

No âmbito dos programas especiais da orla costeira, albufeiras e estuários (6.º do Decreto-Lei n.º
159/2012, de 15 de julho, na sua redação atual, do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 107/2009, de 15
de maio, na sua redação atual, e do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 129/2008, de 21 de julho), as
zonas designadas por “zona de proteção e de salvaguarda dos recursos e valores naturais” incluem
ainda as áreas para as quais, em programa especial, foram estabelecidos regimes de salvaguarda do
domínio hídrico e regimes para salvaguarda das faixas de risco face aos diversos usos e ocupações.

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 87

1.3.- Figuras exemplificativas de alguns conceitos relativos a indicadores e parâmetros


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Figura 4 a - Área de construção do edifício

Figura 4 b - Área de implantação do edifício

(a cada esquema de edifício corresponde o respetivo esquema em planta)


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ANEXO II

(a que se referem o n.º 1 do artigo 2.º e o n.º 3 do artigo 4.º)

CONCEITOS TÉCNICOS RELATIVOS A SIMBOLOGIA E SISTEMATIZAÇÃO GRÁFICA

2.1 – Lista dos conceitos técnicos

FICHA CONCEITO ABREVIATURA UNIDADES

II 1 Atributo ⎯⎯ ⎯⎯

II 2 Atualização cartográfica ⎯⎯ ⎯⎯

⎯ ⎯ Campo (ver Atributo) ⎯⎯ ⎯⎯

II 3 Carta base ⎯⎯ ⎯⎯

II 4 Catálogo de objetos ⎯⎯ ⎯⎯

II 5 Cartografia de base ⎯⎯ ⎯⎯

Cartografia de imagem (ver cartografia topográfica


⎯ ⎯ ⎯⎯ ⎯⎯
de imagem)

II 6 Cartografia homologada ⎯⎯ ⎯⎯

II 7 Cartografia oficial ⎯⎯ ⎯⎯

II 8 Cartografia temática ⎯⎯ ⎯⎯

II 9 Cartografia topográfica de imagem ⎯⎯ ⎯⎯

II 10 Cartografia topográfica vetorial ⎯⎯ ⎯⎯

II 11 Conjunto de dados geográficos CDG ⎯⎯

II 12 Desdobramento de planta ⎯⎯ ⎯⎯

II 13 Estrutura da base de dados ⎯⎯ ⎯⎯

II 14 Exatidão posicional ⎯⎯ ⎯⎯

II 15 Exatidão temática ⎯⎯ ⎯⎯

II 16 Folha de planta ⎯⎯ ⎯⎯
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FICHA CONCEITO ABREVIATURA UNIDADES

II 17 Interoperabilidade ⎯⎯ ⎯⎯

II 18 Legenda ⎯⎯ ⎯⎯

II 19 Metadados ⎯⎯ ⎯⎯

II 20 Modelo de dados ⎯⎯ ⎯⎯

II 21 Objeto ⎯⎯ ⎯⎯

Ortofotocartografia (ver cartografia topográfica de


⎯ ⎯ ⎯⎯ ⎯⎯
imagem)

II 22 Peças gráficas ⎯⎯ ⎯⎯

II 23 Registo ⎯⎯ ⎯⎯

II 24 RGB ⎯⎯ ⎯⎯

II 25 Serviço de dados geográficos SDG ⎯⎯

II 26 Simbologia ⎯⎯ ⎯⎯

II 27 Sistema de informação geográfica SIG ⎯⎯

II 28 Sistematização gráfica ⎯⎯ ⎯⎯
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2.2 . - Fichas dos conceitos técnicos, respetiva definição e notas complementares

Designação

Atributo Ficha n.º II-1

Definição

Atributo ou campo é a informação relativa a um objeto que especifica determinada propriedade ou


característica da entidade que o objeto representa.

Notas complementares

Nas tabelas da base de dados cada atributo corresponde a uma coluna da tabela.

Ver também

Objeto; Registo.
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Designação

Atualização cartográfica Ficha n.º II-2

Definição

Atualização cartográfica é o conjunto de operações realizadas de acordo com as normas e


especificações técnicas de produção de cartografia aplicáveis, necessárias para promover a
representação de objetos que, fazendo parte do respetivo catálogo, estão ausentes ou diferentes
face ao território, em virtude das alterações nele ocorridas desde a produção dessa cartografia.

Notas complementares

Ver também
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Designação

Carta base Ficha n.º II-3

Definição

Carta base é a carta obtida a partir de cartografia de base, oficial ou homologada, por seleção da
informação relevante para a elaboração das peças gráficas dos instrumentos de gestão territorial.

Notas complementares

A carta base é obtida a partir da cartografia topográfica vetorial ou de imagem, oficial ou


homologada que, tendo em consideração o conteúdo material do plano, a exatidão posicional da
cartografia e a escala para a sua reprodução em formato de imagem, nos termos da legislação
aplicável, foi escolhida para a elaboração do plano.

A preparação da carta base a partir de cartografia oficial ou homologada garante a consistência


geral da informação geográfica que é utilizada.

A cartografia topográfica de imagem utilizada nas peças gráficas de plano territorial é sempre
completada por informação vetorial oro-hidrográfica tridimensional, redes viária e ferroviária e
informação toponímica consistente com a imagem do ponto de vista espacial e temporal.

No caso do PDM ou PDIM, a carta base deve ser o suporte das peças gráficas complementares:
planta de situação existente, planta de compromissos urbanísticos e mapa de ruído.

Ver também

Cartografia homologada; Cartografia oficial; Cartografia topográfica de imagem; Cartografia


topográfica vetorial; Peças gráficas.
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Designação

Catálogo de objetos Ficha n.º II-4

Definição

Catálogo de objetos é a lista organizada dos objetos que, de acordo com o conteúdo material de
cada tipo de instrumento de gestão territorial estabelecido no Regime Jurídico dos Instrumentos de
Gestão Territorial (RJIGT), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, constam das
peças gráficas que o constituem.

Notas complementares

No caso dos planos territoriais o catálogo de objetos responde ao respetivo conteúdo material de
acordo com o estabelecido no Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT),
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, e aos critérios de classificação e
qualificação definidos no Decreto Regulamentar n.º 15/2015, de 19 de agosto, sem prejuízo de se
poder proceder à desagregação das categorias nas subcategorias consideradas mais adequadas à
estratégia de desenvolvimento local e ao modelo de organização espacial do território municipal.

Ver também
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Designação

Cartografia de base Ficha n.º II-5

Definição

Cartografia de base é a designação dada à cartografia topográfica vetorial, à cartografia topográfica


de imagem ou à cartografia hidrográfica, oficial ou homologada.

Notas complementares

A definição indicada corresponde integralmente à de cartografia de base conferida pelo regime


jurídico que enquadra a produção cartográfica.

Ver também
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Designação

Cartografia homologada Ficha n.º II-6

Definição

Cartografia homologada é a cartografia topográfica vetorial, cartografia topográfica de imagem ou


cartografia hidrográfica ou cartografia temática não oficial que tenha sido reconhecida pela
entidade competente em como cumpre as normas e especificações técnicas aplicáveis.

Notas complementares

Ver também

Cartografia oficial
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Designação

Cartografia oficial Ficha n.º II-7

Definição

Cartografia oficial é a cartografia topográfica vetorial, cartografia topográfica de imagem e


cartografia hidrográfica e temática produzida pelos organismos e serviços públicos competentes,
nos seguintes termos:

⎯ São competentes para a elaboração de cartografia topográfica vetorial e de imagem a DGT,


o IGeoE e os serviços responsáveis pelas atividades de cartografia nas Regiões Autónomas,
o Instituto Hidrográfico, para a cartografia hidrográfica e as entidades respetivamente
competentes no caso da cartografia temática;

⎯ Incumbe ao Estado assegurar, através dos organismos e serviços públicos competentes para
a produção de cartografia, a cobertura do território com cartografia topográfica vetorial e de
imagem, nas escalas de 1:10.000 e inferiores e com cartografia hidrográfica nas escalas
recomendadas, assim como as respetivas atualizações.

Notas complementares

Ver também

Cartografia homologada
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Designação

Cartografia temática Ficha n.º II-8

Definição

Cartografia temática é a cartografia específica que representa fenómenos localizáveis de qualquer


natureza, quantitativos ou qualitativos, sobre uma base cartográfica, oficial ou homologada.

Notas complementares

A definição indicada corresponde integralmente à de cartografia temática conferida pelo regime


jurídico que enquadra a produção cartográfica.

Ver também

Cartografia topográfica vetorial; Cartografia topográfica de imagem


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Designação

Cartografia topográfica de imagem Ficha n.º II-9

Definição

Cartografia topográfica de imagem é a cartografia que consiste em imagens digitais do terreno


obtidas a partir da ortorretificação de imagens métricas captadas por sensores colocados em
plataformas aéreas ou espaciais, completadas ou não, com elementos adicionais da cartografia
topográfica vetorial consistentes com a imagem, do ponto de vista espacial e temporal.

Notas complementares

A definição indicada corresponde integralmente à de cartografia topográfica de imagem conferida


pelo regime jurídico que enquadra a produção cartográfica.

Quando a cartografia topográfica de imagem se destina à utilização nas plantas de plano territorial
é sempre completada por informação vetorial oro-hidrográfica tridimensional, redes viária e
ferroviária e informação toponímica.

A cartografia topográfica de imagem também é designada por cartografia de imagem ou por


ortofotocartografia.

Ver também

Cartografia topográfica vetorial.


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Designação

Cartografia topográfica vetorial Ficha n.º II-10

Definição

Cartografia topográfica vetorial é a cartografia de finalidade múltipla representando os acidentes


naturais e artificiais, de acordo com exigências de conteúdo, posicionamento e escalas de
reprodução.

Notas complementares

A definição indicada corresponde integralmente á de cartografia topográfica vetorial conferida pelo


regime jurídico que enquadra a produção cartográfica

Ver também
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Designação

Conjunto de dados geográficos Ficha n.º II-11

Definição

Conjunto de dados geográficos (CDG) é uma coleção identificável de dados geográficos.

Notas complementares

A definição indicada corresponde integralmente à de conjunto de dados geográficos conferida pelo


Decreto-Lei n.º 180/2009, de 7 de agosto, na sua redação atual.

Cada uma das peças gráficas de um instrumento de gestão territorial, as suas folhas ou os seus
desdobramentos constituem um conjunto de dados geográficos, identificado pela designação da
planta.

Ver também

Desdobramento de planta; Folha de planta.


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Designação

Desdobramento de planta Ficha n.º II-12

Definição

Desdobramento de planta é a operação de separação de temas que a integram em plantas


individualizadas, por se considerar que essa individualização é imprescindível à legibilidade da
planta na sua reprodução com formato de imagem.

Notas complementares

As peças gráficas do instrumento de gestão territorial são desdobradas exclusivamente quando tal
se revele imprescindível à sua legibilidade, desde que tal operação não prejudique a visão e a
compreensão das relações de interdependência entre os diversos temas.

As peças gráficas que correspondem a desdobramentos apresentam na legenda o título que a


identifica e um subtítulo identificador dos temas representados neste desdobramento.

Ver também

Peças gráficas; Folha de planta; Legenda.


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Designação

Estrutura da base de dados Ficha n.º II-13

Definição

Estrutura da base de dados para as peças gráficas de um instrumento de gestão territorial é


composta por um conjunto de tabelas com a definição dos respetivos atributos, as relações entre
as tabelas e a definição das chaves necessárias às referidas relações, constituindo os elementos
necessários ao registo de todos os objetos representados nas peças gráficas, sem informação
duplicada ou redundante, nem incorreta.

Notas complementares

O catálogo de objetos do instrumento de gestão territorial é uma das tabelas da estrutura da base
de dados.

Ver também

Catálogo de objetos, Modelo de dados


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Designação

Exatidão posicional Ficha n.º II-14

Definição

Exatidão posicional da cartografia de base é o rigor do posicionamento de um dado objeto


geográfico, determinado por meio do erro médio quadrático dos desvios medidos entre as
coordenadas da representação cartográfica do objeto e as correspondentes coordenadas
determinadas por métodos de posicionamento de rigor superior ao do levantamento cartográfico
em causa.

Notas complementares

Ver também

Exatidão temática
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Designação

Exatidão temática Ficha n.º II-15

Definição

Exatidão temática da cartografia de base é o grau da conformidade entre a classificação dos objetos
representados e o terreno, determinado pela percentagem de erros de omissão e excesso
(comissão) e de erros de classificação verificados face aos objetos que, de acordo com o respetivo
catálogo de objetos, deviam estar representados nessa cartografia.

Notas complementares

Ver também

Exatidão posicional
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Designação

Folha da planta Ficha n.º II-16

Definição

Folha da planta é cada uma das partes em que é necessário seccionar a área de intervenção do
instrumento de gestão territorial para possibilitar a reprodução da peça gráfica em suporte
analógico ou em suporte digital com formato de imagem à escala pretendida.

Notas complementares

Todas as folhas de uma mesma peça gráfica apresentam a mesma legenda rótulo, sem prejuízo de
se evidenciar que são folhas da mesma peça, nomeadamente juntando uma letra diferente para
cada folha na respetiva numeração e apresentando o esquema da visualização de conjunto.

Ver também

Desdobramento de planta; Legenda


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Designação

Interoperabilidade Ficha n.º II-17

Definição

Interoperabilidade é a possibilidade de os conjuntos de dados geográficos serem combinados e de


os serviços interagirem, sem intervenção manual repetitiva, de tal forma que o resultado seja
coerente.

Notas complementares

A definição indicada foi adaptada da definição de interoperabilidade conferida pelo Decreto-Lei n.º
180/2009, de 7 de agosto, na sua redação atual.

Ver também

Conjuntos de dados geográficos; Serviços de dados geográficos


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Designação

Legenda Ficha n.º II-18

Definição

Legenda é o conjunto de indicações necessárias à identificação da peça gráfica e à descodificação


dos símbolos nela representados.

Notas complementares

A legenda das plantas que constituem o plano territorial é formada por duas partes:

• A legenda rótulo com as indicações necessárias à identificação da planta;

• A legenda da simbologia com as indicações de descodificação dos símbolos utilizados na


planta.

Na legenda rótulo consta a seguinte informação:

a) Indicação do tipo de plano e respetiva designação, de acordo com a tipologia dos planos
territoriais estabelecida na lei;

b) Designação da planta, tendo por referência o conteúdo documental estabelecido na lei para a
figura de plano em causa;

c) Data de edição e número de ordem da planta no conjunto das peças que integram o plano;

d) Indicação da escala de representação para a reprodução em suporte analógico, ou em suporte


digital no formato de imagem;

e) Identificação da entidade pública responsável pelo plano;

f) Identificação da versão da Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP) utilizada;

g) Identificação da cartografia topográfica vetorial ou cartografia topográfica de imagem


utilizada na elaboração da carta base, designadamente:

i) Se cartografia oficial: série cartográfica oficial, entidade proprietária e data de edição;

ii) Se cartografia homologada: entidade produtora, data e número de processo de


homologação e entidade responsável pela homologação;

iii) Data e número de processo de homologação de atualização de cartografia topográfica


vetorial e entidade responsável pela homologação, se aplicável;
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iv) Sistema de georreferência aplicável de acordo com o estabelecido na lei;

iv) Exatidão posicional planimétrica e altimétrica e a exatidão temática, se aplicável, de


acordo com as especificações técnicas da cartografia utilizada.

Na legenda da simbologia constam todos os símbolos utilizados na planta, organizados e


designados de acordo com o catálogo de objetos utilizado na elaboração da planta.

Na reprodução da planta em suporte analógico ou em suporte digital com formato de imagem a


legenda é imprescindível para a leitura da planta.

Quando a planta do plano territorial se encontra em formato vetorial e estruturada em Sistema de


Informação geográfica (SIG), a informação relativa à legenda simbologia é registada na tabela de
atributos do SIG e a informação constante da legenda rótulo é sempre registada nos metadados da
planta.

Ver também

Catálogo de objetos; Metadados


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 112

Designação

Metadados Ficha n.º II-19

Definição

Metadados são as informações que descrevem conjuntos e serviços de dados geográficos e que
permitem o seu inventário, pesquisa e utilização.

Notas complementares

A definição indicada foi adaptada da definição de metadados conferida pelo Decreto-Lei n.º
180/2009, de 7 de agosto, na sua redação atual.

Ver também

Conjuntos de dados geográficos; Serviços de dados geográficos


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 113

Designação

Modelo de dados Ficha n.º II-20

Definição

Modelo de dados para um conjunto de dados geográficos é a norma que define a forma como os
dados são organizados numa base de dados, permitindo o acesso aos mesmos por localização
espacial e temática e o estabelecimento de relações topológicas.

Notas complementares

As normas e especificações técnicas para a estruturação da informação das plantas que constituem
os planos territoriais e as cartas de delimitação da reserva ecológica nacional (REN), bem como a
organização dos objetos a representar nessas plantas e a sua sistematização gráfica, constam dos
modelos de dados disponibilizados no sítio na Internet da Direção-Geral do Território, conforme
disposto no n.º 3 do artigo 203.º do Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio.

Neste caso os documentos que integram o respetivo modelo de dados são:

a) Catálogo de objetos, com a organização dos objetos nas peças gráficas;

b) Estrutura da base de dados geográfica;

c) Catálogo de simbologia, com as características gráficas dos objetos a utilizar na elaboração


das peças gráficas com vista à sua reprodução em suporte digital com formato de imagem.

Ver também

Catálogo de objetos; Estrutura da base de dados


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 114

Designação

Objeto Ficha n.º II-21

Definição

Entende-se por objeto a representação de uma entidade, definida por dados (atributos
alfanuméricos, gráficos ou geográficos) relacionados, que especificam e individualizam a entidade
em relação às demais.

Notas complementares

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 115

Designação

Peças gráficas Ficha n.º II-22

Definição

Peças gráficas são os elementos que fazem parte do conteúdo documental do instrumento de
gestão territorial e de cuja publicação em Diário da República depende a sua eficácia.

Notas complementares

De acordo com o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, as peças gráficas que constituem os programas e planos
territoriais são:

No caso de planos:

• Plano diretor municipal: Planta de ordenamento; Planta de condicionantes.

• Plano de urbanização: Planta de zonamento; Planta de condicionantes.

• Plano de pormenor: Planta de implantação; Planta de condicionantes.

No caso de programas:

• Programa Nacional da Politica de Ordenamento do Território: As peças gráficas ilustrativas


do modelo de organização espacial

• Programas setoriais e programas especiais: As peças gráficas necessárias à representação da


respetiva expressão territorial;

• Programas regionais: As peças gráficas ilustrativas das orientações substantivas definidas no


programa;

• Programas intermunicipais: As peças gráficas indicativas das orientações definidas.

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 116

Designação

Registo Ficha n.º II-23

Definição

Registo é a informação relativa a um objeto, sendo constituída pelo conjunto dos atributos desse
objeto.

Notas complementares

Numa base de dados cada registo corresponde a uma linha da tabela.

Ver também

Atributo.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 117

Designação

RGB Ficha n.º II-24

Definição

RGB é o modelo de cores aditivo, utilizado na informação digital, no qual o vermelho (Red), o
verde (Green) e o azul (Blue) são as cores primárias aditivas, que combinadas de várias formas
reproduzem outras cores.

Notas complementares

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 118

Designação

Serviço de dados geográficos Ficha n.º II-25

Definição

Serviço de dados geográficos (SDG) é o conjunto de operações que, utilizando uma aplicação
informática, permite a pesquisa nos metadados bem como a visualização, partilha, acesso e
utilização dos dados geográficos correspondentes.

Notas complementares

Os SDG consistem principalmente nos seguintes:

a) Serviço de pesquisa - os que permitem procurar conjuntos e serviços de dados geográficos


com base no conteúdo dos correspondentes metadados bem como visualizar o conteúdo dos
metadados;

b) Serviços de visualização (ex: WMS) - os que permitem visualizar, navegar, aumentar e reduzir
a escala de visualização, deslocar ou sobrepor conjuntos visualizáveis de dados geográficos bem
como visualizar legendas e metadados;

c) Serviços de transferência (ex: WFS) – os que permitem descarregar cópias integrais ou


parciais de conjuntos de dados geográficos;

d) Serviços de transformação – os que permitem transformar conjuntos de dados geográficos,


tendo em vista garantir a interoperabilidade, como por exemplo a transformação de
coordenadas.

A definição indicada foi adaptada da definição de SDG conferida pelo Decreto-Lei n.º 180/2009,
de 7 de agosto, na sua redação atual.

Ver também

Conjunto de dados geográficos; Metadados.


Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 119

Designação

Simbologia Ficha n.º II-26

Definição

Simbologia é o conjunto de símbolos que permitem a identificação visual dos objetos descritos no
catálogo de objetos do instrumento de gestão territorial.

Notas complementares

Nos termos do artigo 203.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT),
aprovado pelo Decreto-Lei n.º80/2015, de 14 de maio, a simbologia das peças gráficas dos
instrumentos de gestão territorial está sujeita às normas e especificações técnicas constantes do
sítio na Internet da Direção-Geral do Território.

Ver também

Catálogo de objetos.
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 120

Designação

Sistema de Informação geográfica Ficha n.º II-27

Definição

Sistema de Informação geográfica (SIG) pode ser entendido como uma ferramenta de
sistematização, armazenamento, gestão, exploração e disponibilização de conjuntos de dados
geográficos, constituída por bases de dados de informação geográfica e alfanumérica
georreferenciada.

Notas complementares

Ver também
Diário da República, 1.ª série

N.º 186 27  de  setembro  de  2019 Pág. 121

Designação

Sistematização gráfica Ficha n.º II-28

Definição

Sistematização gráfica a utilizar nos instrumentos de gestão territorial corresponde à forma como
se organiza, em sistema, o seguinte conjunto de ações parciais, interdependentes umas das outras:

- A escolha dos objetos a representar nas peças gráficas, tendo em conta o conteúdo material
indicado no RJIGT para cada instrumento de gestão territorial;

- A construção do catálogo de objetos e a consequente organização das legendas das peças


gráficas;

- A estrutura da base de dados;

- A simbologia a utilizar na visualização das peças gráficas em formato de imagem.

Notas complementares

Nos termos dos n.ºs 3 e 5 do artigo 190.º do Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, que aprova
o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), a sistematização gráfica a
utilizar nos instrumentos de gestão territorial está sujeita ao disposto na portaria que define os
requisitos, as condições e as regras de funcionamento e de utilização das plataformas mencionadas
no n.º 2 do artigo 190.º do mesmo diploma.

Ver também

Catálogo de objetos; Modelo de dados; Estrutura da base de dados; Simbologia.

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