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Curso Online – Bizu de Contabilidade de Custos

AUDITOR FISCAL DO TRABALHO


Prof. Alexandre Lima
Bizu de Contabilidade Gerencial e de Custos

Caro Aluno,

esta apostila foi elaborada especialmente para você que irá concorrer ao cargo
de AUDITOR FISCAL DO TRABALHO. Nele você encontrará um verdadeiro
“bizu” dos principais assuntos que o CESPE poderá cobrar no concurso.

Não é hora para divagações sobre a matéria ... o objetivo aqui é fazer você
lembrar os pontos importantes do programa. Vamos ao nosso BIZU!

1. Introdução à Contabilidade de Custos: a Contabilidade Geral, a


Contabilidade de Custos e a Contabilidade Gerencial; a noção de
Custeio por Absorção; terminologia aplicável à Contabilidade de
Custos; visão geral dos outros métodos de custeio.

Fórmulas importantes para a prova:

⇒ CPV = EI + CPP – EF

em que CPV denota o Custo dos Produtos Vendidos, EI é o Estoque Inicial


de produtos (em elaboração ou acabados), CPP é o Custo da Produção
do Período e EF representa o Estoque Final de produtos (em elaboração
ou acabados).

⇒ EIPE + EIPA + CPP = EFPE + EFPA + CPV

em que EIPE denota o Estoque Inicial de Produtos em Elaboração, EIPA é


o Estoque Inicial de Produtos Acabados, EFPE é o Estoque Final de
Produtos em Elaboração, EFPA é o Estoque Final de Produtos em
Acabados.

⇒ CPA = EIPE + CPP – EFPE

em que CPA denota o Custo da Produção Acabada.

⇒ CPV = EIPA + CPA – EFPA

⇒ No Custeio por Absorção, todos os custos (fixos ou variáveis) são absorvidos


pelos bens produzidos; todos os gastos relativos ao esforço de produção são
distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos. Mas os gastos não fabris
ou despesas são excluídos.

⇒ Tipos de Gastos: Investimentos, Custos, Despesas e Perdas.

⇒ Custos e Despesas são conceitos distintos.

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⇒ Custo: gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens
ou serviços, ou seja, é um gasto relacionado à atividade de produção (ex.:
matéria-prima usada na fabricação de um produto).

⇒ Despesa: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a


obtenção de receitas (ex.: comissão do vendedor).

⇒ As empresas têm Despesas para gerar receitas e têm Custos para produzir
seus bens e serviços.

CPP

EIPE (+) (-) EFPE

CPA

EIPA (+) (-)


EFPA

CPV

⇒ Perda: bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária (ex.:


perda por alagamento da fábrica).

⇒ Custos Diretos: são os custos que podem ser apropriados diretamente aos
produtos fabricados, pois podem ser identificados e diretamente apropriados a
um produto, uma linha de produto, um centro de custo ou um departamento,
no momento de sua ocorrência, pois há uma medida objetiva e precisa de seu
consumo. Ex.: mão de obra direta.

⇒ Custos Indiretos de Fabricação (CIF): são os custos que dependem de


cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados a determinado
produto; são custos apropriados indiretamente ao produto. Necessitam,
portanto, de algum critério de rateio para a sua alocação. Exs.: mão de obra
indireta, materiais indiretos.

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⇒ Custos Fixos: são aqueles cujos valores permanecem inalterados,
independentemente do volume de produção da empresa (ex.: aluguel da
fábrica).

⇒ Custos Variáveis: são aqueles cujos valores são alterados em função do


volume de produção da empresa (ex.: matéria-prima consumida por unidade
de produto).

⇒ Custos de Produção do Período (CPP) = MD + MOD + CIF

em que MD denota os Materiais Diretos (matéria-prima, embalagem etc.),


MOD é a mão de obra direta e CIF representa os Custos Indiretos de
Fabricação.

⇒ Custo Primário (CPrim) = MD + MOD.

⇒ Custo de Transformação (CTransf) = MOD + CIF.

⇒ Custo dos Produtos Vendidos (CPV): total dos gastos incorridos no processo
de produção dos bens que foram sacrificados para que a empresa gerasse
receita de vendas de produtos.

⇒ Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): valor dos gastos incorridos no


processo de aquisição dos bens que foram sacrificados para que a empresa
gerasse receitas de vendas de mercadorias.

⇒ Custo dos Serviços Prestados (CSP): valor dos gastos incorridos no processo
de prestação dos serviços para que a empresa gerasse receita de prestação de
serviços.

⇒ Custeio Variável: método de custeio em que somente os custos variáveis


são apropriados aos bens produzidos ou serviços prestados. Os custos fixos
são contabilizados diretamente à débito de conta de resultado (juntamente
com as despesas) sob a alegação de que estes ocorrerão independentemente
do volume de produção da empresa.

⇒ O Custeio Variável viola o Princípio da Competência porque os custos fixos


são reconhecidos como despesas, ainda que nem todos os produtos fabricados
tenham sido vendidos.

⇒ Custeio Padrão: é o método em que os custos são apropriados à produção


não pelo seu valor efetivo (ou real) mas sim por uma estimativa do que
deveriam ser.

⇒ A grande finalidade do custeio padrão é o planejamento e o controle de


custos.

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⇒ Para se utilizar o método de custeio ABC é necessária a definição das
atividades relevantes dentro dos departamentos, bem como dos direcionadores
de custos que irão alocar os diversos custos incorridos às atividades.

⇒ O principal objetivo do custeio ABC é reduzir as distorções causadas em


virtude da arbitrariedade da alocação, via rateio, de Custos Indiretos de
Fabricação aos produtos.

2. Princípios contábeis aplicáveis à Contabilidade de Custos;


detalhamento do Custeio por Absorção; Custeio Variável; comparação
entre os Custeios Variável e por Absorção e hipóteses de
comportamento.

⇒ o CSP pelas empresas prestadoras de serviços a outras empresas poderá ser


composto pelos mesmos itens que compõem o CPV em uma empresa
industrial, ou seja, materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação.

⇒ O Custeio por Absorção consiste na apropriação de todos os custos de


produção (fixos ou variáveis, diretos ou indiretos) à produção do período. Os
gastos não fabris (despesas) são excluídos.

Fórmulas importantes para a prova:

⇒ CPA = CPP + EIPE – EFPE

⇒ CPV = CPA + EIPA – EFPA.

⇒ LB = V – CPV

⇒ CPP = MD + MOD + CIF

⇒ EIPE + EIPA + CPP = EFPE + EFPA + CPV


(estoques iniciais + CPP = estoques finais + CPV)

⇒ Métodos de avaliação de saídas de matéria-prima para a produção: PEPS,


UEPS e Média Ponderada Móvel ou Custo Médio.

⇒ Encargos financeiros não são custos de produção.

⇒ Os CIF precisam ser rateados ou alocados entre departamentos ou centros


de custo.

⇒ Principais critérios de rateio dos CIF: horas-máquina, consumo de materiais


diretos;, mão-de-obra direta aplicada, receita de vendas e quantidade
produzida.

⇒ A Departamentalização torna o critério de rateio mais preciso (ou justo).

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⇒ O Custeio Direto ou Variável considera que o CPP consiste somente


nos custos variáveis incorridos, excluindo-se os Custos Fixos, que não
são considerados como custos de produção e sim como despesas,
sendo encerrados diretamente contra o resultado do período.

⇒ Custo Variável Unitário = Custo Variável/Quantidade Produzida =


Constante

⇒ Custo Fixo Unitário = Custo Fixo/Quantidade Produzida (decresce


com aumento da Quantidade)

⇒ Custo Total = Custo Variável + Custo Fixo

⇒ Custo Médio = Custo Total/Quantidade Produzida

3. Custos Indiretos de Fabricação (CIF), taxa de aplicação dos CIF e


custo por ordem e custo por processo. Custos conjuntos: perdas de
materiais, subprodutos e sucatas, produção conjunta e coprodutos.

⇒ A predeterminação dos CIF consiste na estimativa ou previsão de qual


será o valor dos custos indiretos num determinado período de produção e na
utilização deste gasto estimado a priori na apuração do custo da produção, em
vez do gasto real.

⇒ O Equivalente de Produção é um artifício para se poder calcular o custo


médio por unidade quando existem Produtos em Elaboração nos finais de cada
período; significa o número de unidades que seriam totalmente iniciadas e
acabadas se todo um certo custo fosse aplicado só a elas, em vez de ter sido
usado para começar e terminar umas e apenas elaborar parcialmente outras.

⇒ Custo Médio do Período = Custo da Produção do


Período/Equivalente de Produção

⇒ A perda normal decorre do processo normal de produção, sendo


contabilizada como custo.

⇒ A perda anormal ocorre de forma involuntária e aleatória. Essas


perdas não integram o custo da produção e são tratadas como Perdas do
Período, sendo apropriadas diretamente ao Resultado, sem se
incorporarem aos produtos.

⇒ Os subprodutos correspondem aos itens que nascem de forma normal


durante a produção e que possuem um mercado de venda
relativamente estável. Representam uma porção não significativa (ínfima)
do faturamento total da empresa. É por isso que não atribuímos custos de

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produção aos subprodutos. Por exemplo, não faz sentido custearmos
limalhas, aparas, serragem etc.

⇒ A receita originada da venda dos subprodutos é contabilizada como


redução do custo de produção da empresa. Portanto, o valor da venda dos
subprodutos não é registrado como receita. Os subprodutos são avaliados pelo
valor líquido de realização.

⇒ Sucatas são itens cuja venda é esporádica, por valor não previsível
na data em que surgem na produção. Não recebem custos e também
não têm sua receita considerada como diminuição dos custos da
produção. Não aparecem como estoques na Contabilidade. Quando ocorrer
sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas
Operacionais.

⇒ A Produção Conjunta consiste no aparecimento de diversos produtos a


partir, normalmente, da mesma matéria-prima. Os produtos conjuntos
podem ser coprodutos ou subprodutos.

⇒ Os Coprodutos são os produtos principais de uma empresa


industrial. São eles que respondem pelo faturamento da empresa. Só são
atribuídos custos aos Coprodutos.

4. Análise das relações custo/volume/lucro. Margem de contribuição e


limitações da capacidade de produção.

Fórmulas importantes para a prova:

⇒ o Ponto de Equilíbrio (Qe) é o ponto em que o Custo Total (CT), dado


por

CT = Custos e Despesas Fixos + Custos e Despesas Variáveis,

iguala a Receita Total (RT), dada por

RT = PVu x Q,

em que PVu é o Preço de Venda Unitário e Q é a quantidade produzida e


vendida.

⇒ Definição do Ponto de Equilíbrio: é o ponto em que CT = RT

⇒ MCu = PVu – CVu – DVu

em que MCu é a Margem de Contribuição Unitária, CVu é o Custo


Variável Unitário e DVu é a Despesa Variável Unitária.

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⇒ CVu = CV/Q

em que CV é o Custo Variável Total e Q denota a quantidade produzida e


vendida.

⇒ DVu = DV/Q

em que DV é a Despesa Variável Total. Obs.: assumimos que toda a


produção do período foi vendida.

⇒ CFu = CF/Q

em que CFu denota o Custo Fixo Unitário.

⇒ Qe = (CF + DF)/MCu

em que Qe denota o Ponto de Equilíbrio em unidades, CF é o Custo Fixo


Total e DF representa as Despesas Fixas Totais.

⇒ LT = (Q – Qe) x MCu

em que LT é o Lucro Total.

CF + CO
⇒ QeE =
MCu

em que QeE é o Ponto de Equilíbrio Econômico e CO denota o Custo de


Oportunidade.

CF − Deprec
⇒ QeF =
MCu

em que QeF denota o Ponto de Equilíbrio Financeiro e Deprec denota os


Encargos com Depreciação.

⇒ QeE ≥ Qe ≥ QeF

Q − Qe
⇒ MS =
Q

em que MS é a Margem de Segurança.

∆LT / LT (LTQ2 − LTQ1 ) / LTQ1


⇒ GAO = =
∆Q/Q (Q 2 − Q1 ) / Q1

em que GAO denota o Grau de Alavancagem Operacional (= variação do


lucro total/variação do volume das vendas)
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Q1 1
⇒ GAO = =
Q1 − Q e MS

⇒ Critério para maximização do lucro quando há Fator Limitativo (FL): ordem


decrescente da razão MCu/FL. Exemplo de FL: horas-máquina.

5. Custeio Baseado por Atividades

⇒ Atividade não é sinônimo de departamento. Atividade é uma ação que utiliza


recursos para produzir bens ou serviços. Um departamento consiste em um
conjunto de atividades homogêneas desempenhadas com a finalidade de
atingir um fim específico (= função).

⇒ Para se utilizar o método de custeio ABC é necessária a definição das


atividades relevantes dentro dos departamentos, bem como dos direcionadores
de custos que irão alocar os diversos custos incorridos às atividades.

⇒ O principal objetivo do custeio ABC é reduzir as distorções causadas em


virtude da arbitrariedade da alocação, via rateio, de Custos Indiretos de
Fabricação aos produtos.

⇒ A atribuição de custos às atividades deve ser feita da forma mais criteriosa


possível, segundo a seguinte ordem de prioridade:

1. alocação direta;
2. rastreamento; e
3. rateio.

⇒ Alguns exemplos de direcionadores:

• número de empregados;
• área ocupada;
• homem-hora (tempo de mão-de-obra);
• quantidade de kWh;
• hora-máquina;
• estimativa do responsável pela área.

⇒ O direcionador de custos é a base utilizada para atribuir os custos das


atividades aos produtos.

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