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COMPORTAMENTO
ORGANIZACIONAL
UNIDADE IV
SOBRE OS AUTORES
Este material foi elaborado especialmente para que você estude e compreenda um
pouco mais sobre o coaching e o comportamento organizacional, sobretudo no que
tange à gestão de pessoas, ao abordar o comportamento dos indivíduos, a cultura
da empresa e das pessoas que a compõem, o desenvolvimento de talentos dentro da
empresa e a fidelização dos funcionários.
A segunda unidade deste material tratará do comportamento e da cultura pessoal,
nesse sentido, analisaremos o comportamento e a cultura sob um olhar mais
específico e direcionado. Analisaremos, então, a empresa e as pessoas e os principais
desafios enfrentados pelas empresas no que se refere ao comportamento
organizacional. Nessa unidade, estudaremos, também, sobre o termo cultura e suas
especificidades voltadas ao campo empresarial.
A terceira unidade contemplará a atração e a retenção de talentos, para isso,
partiremos da compreensão do que são talentos para uma empresa, qual a
importância das pessoas para as organizações empresariais contemporâneas. Será
abordado, também, como atrair, reter e desenvolver talentos na empresa. Por fim,
veremos os principais desafios da empresa frente aos talentos que possui e que
busca.
A partir da leitura e do estudo deste material, objetiva-se que você tenha uma
visão mais ampla e sólida do coaching no que se refere ao comportamento dos
indivíduos que compõem a organização empresarial contemporânea, além disso,
espera-se que compreenda a real importância de reter, motivar e fidelizar os atores
da empresa em prol do crescimento e do desenvolvimento mútuo e contínuo de
todos e que refletira no desenvolvimento da própria empresa e de sua produção.
Boa leitura!
UNIDADE IV
Redução do Turnover e
harmonização dos
stakeholders
Ruth Cássia Schreiner
Para Chiavenato (2008, p.90), “a rotatividade não é uma causa, mas o efeito de algumas
variáveis externas e internas. Dentre as variáveis externas estão a situação de oferta e
procura do mercado de RH, a conjuntura econômica, as oportunidades de emprego no
mercado de trabalho etc.”, isso significa que vários podem ser os fatores que
acarretam o desligamento de um ou mais funcionários em uma determinada
empresa. Quando o autor se refere a variáveis internas e externas, está fazendo
menção ao que provocou esse desligamento, que pode tanto estar relacionado com a
própria empresa como também a fatores externos a ela, seja uma nova
oportunidade de trabalho para o funcionário, sejam aspectos relacionados à
economia ou mesmo ao mercado de trabalho de forma geral.
Cabe às empresas analisar seus índices de rotatividade e desenvolver estratégias
que os reduzam. Primar pela satisfação do funcionário é um dos fatores principais
para a redução do turnover, visto que o funcionário satisfeito e motivado não
buscará a sua saída da empresa.
Para saber se a empresa está com sua rotatividade alta ou baixa, é necessário
calcular o índice de rotatividade, que se dá pelo cálculo do número de funcionários
que saíram da empresa dividido pelo número efetivo de funcionários na
organização, conforme apontamentos de Stadler e Pampolini (2014).
É importante que se busque compreender as causas do desligamento das pessoas, e
isso pode ser feito por meio de entrevistas de desligamento, não que elas tenham o
intuito de retornar o funcionário para a empresa, mas seu foco está direcionado
para a compreensão do que levou a esse desligamento, para que novos
desligamentos não ocorram pelo mesmo motivo e a empresa acabe perdendo
talentos. Embora sejam pouco aplicadas na prática empresarial, as entrevistas de
desligamento oferecerão informações bastante importantes para a empresa,
informações essas que subsidiarão análises e estratégias com foco em mudanças e
melhorias constantes para a empresa. Nesse sentido, a entrevista de desligamento é
uma boa oportunidade para a empresa rever falhas e possíveis problemas e, assim,
ajustá-los.
Para Chiavenato (2014), o desligamento de funcionário ocorre a partir da iniciativa do
próprio funcionário, quando a decisão de sair da empresa é fruto de suas percepções
e insatisfações, outro motivo seriam novas oportunidades percebidas em outras
empresas. A outra forma de desligamento do funcionário se dá a partir de um
processo de demissão, ou seja, por uma iniciativa da empresa, em que os motivos
que ela tem são variados, como inadaptação do funcionário, baixo rendimento,
redução de despesas, redução da produção, problemas financeiros, entre outros.
Vale ressaltar que os custos do desligamento de um funcionário não são baixos,
pois envolvem acertos e pagamentos de direitos trabalhistas, além dos gastos já
direcionados a esse funcionário no que tange aos custos de seleção e de treinamento,
além disso, o cargo ocupado ficará vago até a contratação de outrem, seja ela
interna ou externa.
Percebe-se que o ideal para uma empresa é que ela tenha baixa rotatividade de
pessoal, pois isso significaria uma boa estrutura, administração e equipe de
trabalho, pois os funcionários permanecem em uma empresa por estarem satisfeitos,
motivados e por verem oportunidades, além disso, a empresa passa a contar com
uma equipe que a conhece e que está altamente capacitada. O funcionário
permanece na empresa que investe em seu desenvolvimento e reconhece seu
trabalho, pois isso é bastante importante para a empresa ter baixa rotatividade e
funcionários capacitados e motivados.
Nesse sentido, todos os que participam da empresa, seja de maneira direta, seja de
maneira indireta, são considerados stakeholders e considerá-los em sua abrangência
e importância é essencial para o bom desenvolvimento da empresa, visto que a
relação da empresa com seus envolvidos é de interdependência, pois eles precisam
da empresa da mesma forma como ela precisa deles para manter seu
funcionamento de maneira regular. Consoante Chiavenato (2014, p.8):
Pode-se ainda considerar, de acordo com Chiavenato (2014), que, dentre os stakeholders
de uma organização, têm-se os stakeholders caracterizados pelos acionistas,
investidores e proprietários das organizações empresariais, os quais, por vezes, são
considerados mais importantes, pois o fato é que sem eles possivelmente não
haveria empresa, no entanto sem os demais stakeholders diretos, aqui representados
pelos fornecedores, funcionários (capital humano) e clientes, ela não funcionaria.
Diante de tais características, podemos considerar, segundo contribuições de Jones e
George (2011, p.140), que os stakeholders:
Com base nas definições aqui apresentadas, fica claro que os stakeholders são todos
aqueles que estão envolvidos com a empresa, seja esse envolvimento dado de
maneira mais direta ou não, cada um possui sua importância e relevância para a
organização empresarial e por isso não podem ser desconsiderados por ela e pelos
projetos e processos da empresa. Sob tais aspectos, compreende-se que a empresa
possui influência sobre eles e eles sobre a empresa, e o bom ambiente e
relacionamento entre eles são fundamentais para a harmonia dos processos
envolvidos pela empresa, pois essa reflete nos seus stakeholders.
Administração <http://www.portal-
Reflita
Sobre tais aspectos, é possível considerar que vários são os fatores que motivam
cada grupo e promovem uma boa gestão, pois “com os novos tempos de mudança,
transformação e instabilidade, o padrão burocrático cedeu lugar para a inovação e para
a necessidade de agregar valor à organização, às pessoas e a todos os stakeholders que
dela se servem” (CHIAVENATO, 2014, p. 210).
Para que a gestão dos stakeholders seja efetiva em sua aplicabilidade e
desenvolvimento, é importante considerarmos a avaliação de desempenho sem nos
atermos somente a ela, pois, no que diz respeito à gestão de pessoas, é relevante
avaliarmos o desempenho de cada envolvido como forma de subsidiar análises
holísticas e também individuais para posteriormente partir-se para estratégias
capazes de possibilitar o desenvolvimento e melhorias das possíveis falhas
percebidas.
De acordo com Chiavenato (2014, p.240), “as recompensas oferecidas pela organização
influenciam a satisfação dos seus stakeholders. Cada um deles está disposto a investir
com seus recursos individuais na medida em que obtenham retornos e resultados dos seus
investimentos”, isso significa que a harmonização dos stakeholders depende
diretamente do reconhecimento e valorização do seu desempenho perante a
empresa.
O reconhecimento pode ser atribuído de maneiras diversas, cabe à empresa levar
sempre em conta as individualidades e necessidades de cada grupo, pois assim será
capaz de identificar o que irá motivá-lo e o que realmente significaria um retorno
do seu desempenho. Dessa forma, harmonizar os stakeholders significa reconhecer
suas necessidades, seu esforço e sua dedicação, além de investir no desenvolvimento
desses para melhorias significativas e contínuas deles e da empresa, fato que
representa um grande diferencial para a empresa bem como satisfação de todos os
stakeholders envolvidos.
2016.
Indicação de leitura
Editora: FGV
ISBN: 978-85-225-1511-0
O objetivo deste livro é ser uma referência de cunho didático para pessoas
Vimos, assim, a importância de se compreender o comportamento dos indivíduos e
o impacto desse comportamento na empresa como um todo, aspetos relacionados ao
comportamento e à cultura pessoal, a importância de se adequar aos processos de
atração e retenção de talentos, bem como o cuidado na redução do turnover e a
harmonização dos stakeholders, para que a empresa desenvolva estratégias
competitivas e se fortaleça no mercado.
É importante pensar que este material possibilita a compreensão de tais assuntos,
mas os conteúdos que o compõem não param por aqui,temos muito a aprender e
pesquisar sobre esses assuntos, visto que vivemos na era do conhecimento e em um
mundo globalizado e dinâmico, em que as informações se modificam e novas
descobertas são feitas constantemente. Então, que esse material seja apenas o
começo de uma longa e prazerosa caminhada pelo conhecimento e
desenvolvimento profissional.
Boa caminhada a todos!
Referências
ADAMI, Elisabete (Org.). Gestão de talentos. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2014.
BAUMAN, Zygmunt. Ensaios sobre o conceito de cultura. Rio de Janeiro: Zahar,
2012.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração geral e pública. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso
das organizações. 3 ed. São Paulo: Manole, 2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos
nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CHOWDHURY, Subir. A era do talento: obtendo alto retorno sobre o talento. São
Paulo: Pearson Education do Brasil, 2003.
DI LUCA, Juliano. Manual de sobrevivência para gerentes de projetos. Rio de
Janeiro: Brasport, 2016.
LOTZ, Erika Gisele; BURDA, Jocely Aparecida. Recrutamento e seleção de talentos.
Curitiba: InterSaberes, 2015.
LOTZ, Erika Gisele; GRAMMS, Lorena Carmen. Gestão de talentos. Curitiba:
InterSaberes, 2012.
OSBORN, Richard N.; HUNT, James G.; SCHERMERHORN, John R. Fundamentos
de Comportamento Organizacional. 2. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 1998.
ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2005.
Atividades - Unidade IV
Sendo o turnover caracterizado pela rotatividade de pessoal
em uma empresa durante determinado período de tempo, é
importante estudarmos tal conteúdo, pois:
C) O perfil do profissional atual é mais tranquilo e os níveis de rotatividade são muito baixos, daí a
D) Estudar sobre a rotatividade de pessoal nas empresas na atualidade nos possibilita o acesso a
O desligamento de um funcionário da empresa pode ocorrer
por iniciativa do próprio funcionário ou da empresa. Quando
essa iniciativa parte da empresa, ela poderá ser decorrente de:
E) Expansão da empresa.
A) Uma prática muito difundida e presente nas empresas para identificar os motivos de desligamento
B) A má administração não influencia a rotatividade quando se têm uma boa estrutura física e
funcionários qualificados.
E) Por não ser burocrático nem gerar custos, o alto índice de rotatividade é algo irrelevante para as
empresas.
B) A gestão de stakeholders é muito importante para a empresa e representa, além de uma vantagem
D) É importante conhecer quem são os stakeholders, mas isso não significa que a gestão precisa
adaptar-se a eles.
E) Essa forma de gestão visa somente ao aumento da produção e do lucro.
aumentam a harmonia.
C) Utilizar as mesmas estratégias com todos os stakeholders leva à harmonia mais rapidamente.