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O QUE É?
A constipação surge quando esses movimentos não são frequentes, gerando dores ou mal-
estar às pessoas. Não apenas a dificuldade para evacuar caracteriza a prisão de ventre, mas
também a sensação de ter evacuado pouco.
É importante frisar que o que determina se uma pessoa tem ou não prisão de ventre não é a
quantidade de vezes que ela vai ou deixa de ir ao banheiro. Cada organismo funciona de uma
maneira.
Assim, alguém que evacua todos os dias pode ter constipação e alguém que vai a cada dois
ou três dias pode não apresentar tal problema. O que define se o seu intestino é “preguiçoso”
ou não são os sintomas que você tem ou deixa de ter na hora de evacuar.
Outros sintomas podem aparecer, como o inchaço na área do abdômen, dores nessa
região ou até mesmo vômitos.
Para que você possa compreender alguns nomes que usaremos nesse e-book, é preciso que você
conheça um pouco mais sobre o intestino, esse órgão tão importante em nosso corpo.
O nosso aparelho digestivo é formado por sete órgãos: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino
delgado, intestino grosso e ânus. Anexos ao aparelho digestivo, estão ainda as glândulas salivares, o
pâncreas, o fígado, a vesícula biliar, os dentes e a língua.
O alimento entra pela boca e é transportado até o estômago, passando pela faringe e pelo esôfago. No
estômago é feita a digestão do alimento. E assim os alimentos que não foram aproveitados pelo
estômago chegam ao intestino delgado.
Esse órgão se subdivide em três: duodeno, jejuno e íleo.
O duodeno é quem recebe os alimentos que o estômago não aproveitou. Ele é quem prepara esse bolo
alimentar para que os nutrientes possam ser absorvidos.
É no jejuno e no íleo, dois canais ligeiramente compridos por onde o bolo alimentar passa, é que
ocorre a absorção de nutrientes. Em seguida, esse bolo é encaminhado ao intestino grosso. Esse órgão
também é dividido em três: ceco, cólon e reto. O ceco é a primeira parte do intestino grosso. Nele
acontece um novo processo de absorção dos nutrientes que o intestino delgado deixou passar. No cólon,
as toxinas e venenos dos alimentos são eliminados.
O reto é a última parte do intestino grosso. Sua função é acumular as fezes que posteriormente serão
liberadas através do ânus. E assim termina o processo de digestão dos alimentos que consumimos.
Bloqueios
Algumas doenças não causam o bloqueio do cólon e do reto. Elas afetam os nervos dessa parte
do órgão. Quando isso ocorre, o intestino tem a sua ação prejudicada, pois o nervo tem sua
função no processo para a movimentação intestinal. AVC, Esclerose Múltipla e doença de
Parkinson são algumas das doenças que agem dessa maneira.
Algumas doenças podem afetar os músculos da região da pelve. Quando isso acontece, a prisão
de ventre se torna um problema crônico. Problema crônico é aquele que persiste por mais de
seis meses, ou seja, não é algo temporário.
As doenças que afetam os músculos pélvicos podem enfraquecê-los ou impedir a coordenação
dos movimentos que contraem e relaxam a pelve.
É importante mencionar que as mulheres estão muito mais propensas a ter constipação.
Pesquisas provam que, a proporção é de um homem para três mulheres. Isto é, a cada homem
que tem “intestino preso”, três mulheres padecem desse mal.
As fibras auxiliam na formação do bolo fecal e facilitam seu trânsito pelo intestino. Elas
podem ser encontradas em diversos alimentos, como os cereais, os legumes, as verduras e
os alimentos integrais.
Estresse
Além disso, o fato de as fezes ficarem no reto aguardando para serem liberadas pode trazer
sérios problemas à saúde.
A prática de atividade física é benéfica para todo o corpo. Portanto, ela também auxilia na
solução dos problemas intestinais. Isso ocorre porque, ao praticar exercícios, o corpo se
mexe, se movimenta. Assim sendo, o mesmo ocorre com o abdômen, facilitando o trânsito
intestinal.
Viagens
Não apenas as viagens, mas qualquer mudança de ambiente pode provocar a constipação.
Se, por exemplo, a pessoa for a um banheiro público, ela pode ficar preocupada com a higiene
do local ou com a possibilidade de outros ouvirem algum barulho. Isso poderá ocasionar a
prisão de ventre.
Medicamentos
É comum que a constipação apareça devido ao uso de alguns medicamentos que, em sua
composição, possuem substâncias que podem interferir no bom funcionamento do intestino.
Esse é o caso, por exemplo, dos analgésicos-opioides (derivados da morfina, para aliviar
dores muito fortes), anti-histamínicos (remédios usados para tratar reações alérgicas), anti-
inflamatórios, antidepressivos, antipsicóticos, bário (frequentemente utilizado em exames
radiológicos), entre outros.
É importante salientar que as estatísticas mostram que noventa por cento dos casos de
constipação nada tem a ver com doenças e sim com hábitos de vida inadequados. Nesses
casos, o problema pode ser resolvido com a prática de exercícios físicos e a adoção de uma
dieta saudável.
Pessoas que tenham prisão de ventre crônica, podem ter pelo menos duas complicações. A
primeira delas é o desenvolvimento de lesões na região do ânus. Isso se dá pelo grande
esforço que se faz para que as fezes passem pelo local. Essas lesões podem variar em nível
de gravidade, desde hemorroidas até prolapso do reto, que seria a saída completa ou parcial
do reto para fora do ânus.
Como se vê, quem sofre desse problema precisa conhecer quais alimentos evitar e quais
devem ser incluídos em sua dieta. Sobre isso, falaremos a seguir.
Alguns tipos de alimentos devem ser evitados ou ingeridos com moderação por quem
tem o intestino “preguiçoso”. São eles:
- Salgadinhos fritos: Eles costumam ser pobres em fibras, o que não favorece os
movimentos do intestino.
- Algumas frutas: Nem todas as frutas ajudam o intestino a funcionar melhor. Isso ocorre
pois diferentes frutas possuem diferentes tipos de fibras. A banana prata, a goiaba e o
caju, por exemplo, são frutas que devem ser evitadas ou consumidas com moderação.
- Frutas secas: Nesse tipo de fruta, a quantidade de fibras é maior do que na fruta in
natura. Ao longo do processo em que a fruta seca, os nutrientes e as fibras não se
perdem: ao contrário, eles ficam concentrados. Para se ter uma ideia, a quantidade de
fibras encontradas em algumas frutas secas pode ser até sete vezes maior do que as
achadas na mesma fruta in natura.
- Iogurtes: Eles ajudam, desde que sejam consumidos com regularidade e que tenham os
chamados “probióticos”, bactérias que auxiliam no trânsito intestinal.
- Azeite: Ele atua como laxante leve, ajudando a deixar as fezes mais suaves. Mas isso só
ocorre se ele fizer parte da alimentação diariamente.
- Alimentos integrais. Arroz, pão e macarrão integrais, por exemplo, possuem mais fibras.
Portanto, a recomendação é que eles sejam adotados na dieta.
- Oleaginosas: São as frutas que têm uma semente comestível. Essa semente é protegida
por uma casca dura. É o caso do amendoim, das nozes, das castanhas de caju e do Pará,
das amêndoas e das avelãs, por exemplo. Antes elas eram consumidas apenas no final
do ano, mas vêm ganhando cada vez mais espaço devido aos muitos benefícios que
trazem para o corpo humano.
Muito se falou sobre os alimentos que contém ou deixam de conter fibras e sobre como seu
consumo afeta positiva ou negativamente o trabalho do intestino. Desse modo, é importante
conhecer melhor essas substâncias.
Esse nome tem a ver com o comportamento das fibras ao entrarem em contato com a água.
As fibras solúveis, quando em contato com a água, formam um material semelhante a um gel.
Elas se conectam às gorduras com o objetivo de eliminá-las pelas fezes. Fibras solúveis são
encontradas em diversos alimentos, especialmente nos legumes, leguminosas, aveia e frutas,
as cítricas em particular.
As fibras insolúveis não passam por um processo de digestão e nem de absorção. Isso
significa que elas serão eliminadas quase da mesma forma como foram consumidas. É o
caso, por exemplo, das verduras e dos grãos e farelos.
Elas têm muitas utilidades, incluindo redução de níveis de colesterol, por exemplo, mas,
nesse e-book, interessam-nos suas propriedades para o adequado funcionamento do
intestino.
Use cereais. Os cereais, seja em farelos ou não, podem ser adicionados às frutas na hora da
ingestão. As frutas podem estar em sua forma natural, em vitaminas, sucos, etc. Veja que
cereais podem ser utilizados:
- Aveia;
- Linhaça;
- Granola;
- Gérmen de trigo;
- Cevada;
- Etc.
A mudança nos hábitos alimentares é, sem dúvida, uma das formas mais eficazes de
combater a prisão de ventre. Mas existem outras.
- Massagens
É comum que muitos recorram a esse artifício como forma de ajudar o intestino a se
movimentar. Não é necessário contratar um profissional para fazê-lo. A própria pessoa
pode realizar a massagem sentada ou deitada.
- Medicamentos
Muitos são os remédios conhecidos por auxiliar no alívio do problema. Podemos aqui citar
alguns: Guttalax, Dulcolax, Almeida Prado 46, Lacto Purga, etc. Esses são administrados por
via oral. Há ainda os supositórios. É importante alertar que essa medicação não pode e nem
deve fazer parte da rotina das pessoas que sofrem com tal problema. Primeiramente porque
esse tipo de remédio nem sempre promove o que se pode chamar de um impulso natural de
evacuação. Ou seja, em muitos casos, quem faz uso deles sente fortes cólicas e mal estar até
que efetivamente evacue.
O preço a ser pago pelos suplementos costuma variar entre quinze e trinta reais. A
aquisição pode ser feita pela internet, em farmácias de manipulação ou em lojas de produtos
naturais.
- Chás
Os chás podem ser feitos diretamente com erva, por meio de infusão em água quente ou
comprados de forma mais industrializada, em saquinhos. É comum que as infusões sejam
mais fortes do que os saquinhos, devido à erva não ter passado por nenhum processo
químico.
A ervas podem ser compradas em mercados especializados nesse tipo de planta ou em lojas
de produtos naturais, onde é comum que os saquinhos também sejam achados. Os valores
podem variar, mas ambos costumam custar um valor pequeno sendo acessível a todos.
Caso uma pessoa tenha os sintomas, ela deve procurar orientação médica. Deve-se ter em
mente que a prisão de ventre nem sempre é o problema. Ela pode ser um dos sintomas do
problema. Por isso é importante a ida ao médico.
O profissional de saúde pode fazer o toque retal. Se considerar necessário, ele pode pedir
também exames complementares, como a colonoscopia. Esse exame permite a visualização
do cólon e do reto e a checagem da existência de possíveis lesões nessas áreas.