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INTRODUÇÃO

Muito já se discutiu a respeito de qual a maneira correta que nós seres


humanos devemos nos alimentar. Até alguns anos atrás se defendia
que o correto seria uma ingestão de alimentos respeitando um
intervalo de três horas, então surgiu a famosa dieta de comer de três
em três horas, pois se acreditava que assim o metalismo teria que ser
mais exigido se tornando mais acelerado com a queima de calorias,
dessa forma o emagrecimento seria mais eficiente.

Essa ideia teve o apoio incondicional da indústria alimentícia que se


dedicou a criar produtos práticos de levar pra qualquer lugar, virou
febre então as barrinhas de cereais, as bolachinhas doces, bolachinhas
salgadas Waffers…

Permitindo assim que essa ideia ficasse como verdade absoluta e fácil
de ser colocada em prática, mesmo sem ter nada ou quase nada de
valor nutricional essas pequenas “refeições” industrializadas se
tornaram parte de uma rotina alimentar nada saudável.

As pessoas fazem dieta desde os tempos mais antigos, mas é preciso


reconhecer que grande parte delas é baseada em “achismos”. No
entanto, diferente de qualquer moda passageira, o maior estudo já
feito sobre o tema, publicado na revista “Cell Metabolism” aponta que
o jejum em pessoas saudáveis pode oferecer inúmeros benefícios.

Para chegar a essa conclusão, 60 participantes foram divididos em dois


grupos, sendo um que os participantes podiam comer a vontade e o
outro realizava o que conhecemos como jejum intermitente, ambos
foram submetidos a um monitoramento contínuo da glicose durante
duas semanas.

O objetivo era monitorar diversos parâmetros, como aspectos


moleculares, além dos fisiológicos.
O resultado é que, as pessoas submetidas ao Jejum Intermitente
(com restrição calórica de 35%) perderam em média de 3,5kg durante
as 2 semanas e o mais surpreendente, no entanto, é que além de
perderem peso, tiveram resposta a outros benefícios à saúde.

O jejum intermitente é, portanto, um padrão alimentar que pode ser


feito com até 60% de abstinência alimentar, desde que seguidos os
parâmetros adequados. Ou seja, existem “regras” e maneiras corretas
de fazê-lo e você deve conhecer todos esses aspectos antes de
começar essa mudança na sua vida.

Nesse e-book, você encontrará todas as informações necessárias


sobre Jejum Intermitente, as maneiras de fazer, dicas alimentares,
recomendações de saúde e orientações de como começá-lo. Todas
as informações aqui contidas respeitam as evidências científicas.
Aproveite o conteúdo e veja a eficácia com seus próprios olhos!
O QUE É JEJUM INTERMITENTE?

É necessário saber que jejum intermitente não é uma dieta e sim um


método alimentar, pois é diferente de uma Dieta em que a pessoa se
abstém de alguns alimentos e prioriza outros. entretanto, no Jejum
Intermitente não precisa se abster de qualquer alimento, apenas se
estabelece um plano alimentar e segue-o, respeitando nas horas que
estará aberto para se alimentar a escolha dos alimentos mais
apropriados para sua saúde e bem estar.

Para tanto vale lembrar que a consciência terá que ir além das horas
que ficará sem alimento, terá principalmente de se dedicar em fazer
boas escolhas de alimentares no período que poderá comer.

Nesse plano alimentar, você come os alimentos necessários para


nutrir seu sistema, durante um período do dia (essa abertura de
tempo é chamada de janela) e deixa de comer durante as horas
seguintes.

Permitindo que seu corpo trabalhe durante o resto do tempo para


processar, eliminar e renovar suas células, permitindo assim que a
própria gordura seja usada como energia, esse é o processo de
cetose que nossas células entram nos longos períodos de abstinência
alimentar, por isso o resultado tão expressivo no emagrecimento. o
corpo vai literalmente queimar a própria gordura para ter energia.
Então fazer jejum é passar fome?

São coisas absolutamente diferentes. Passar fome é a privação total


dos alimentos por tempo indeterminado, enquanto o jejum é uma
escolha consciente e planejada com a intenção de saúde física,
mental ou espiritual, geralmente sendo aproveitada nos três aspectos
juntos, é impossível adotar esse método sem entrar em profundo
autoconhecimento.

O jejum não tem uma duração padrão, você começa e pode ir se


experimentando e se aventurando em espaços cada vez mais longos
sem comer, ao mesmo tempo se sentir qualquer desconforto o qual
não permita prosseguir é só interrompê-lo.

Jejum Intermitente é eficaz para emagrecer?

O emagrecimento acontece por acréscimo, na realidade, é quase


inconcebível imaginar como alguém não emagreceria sem consumir
comida. O jejum intermitente é a prática dietética mais antiga na
humanidade e possivelmente a mais efetiva.
Estudos recentes têm até mesmo comprovado que dietas baseadas
em uma restrição calórica de 30% a 40% estão relacionadas à
longevidade, os blue zones, ou zonas azuis, comunidades onde as
pessoas vivem e com qualidade de vida, por muito mais anos que o
resto da população, muitos ultrapassando os 100 anos, tem como
prática comum o jejum, seja como prática religiosa ou não, fato é que
os resultados são extremamente otimistas.

Contudo, fique alerta para o que comer quando finalizar seu jejum,
do mesmo modo, se optar em fazer jejum muito prolongado, mais
que 24 horas, tenha orientação e acompanhamento do seu médico.
Os resultados dependerão das escolhas que fizer, portanto
responsabilidade e comprometimento são as duas palavras chaves
desse método.
COMO O JEJUM INTERMITENTE FUNCIONA?

O jejum permite que seu corpo queime o excesso de gordura


corporal usando essa gordura como energia para sua sobrevivência,
isso é totalmente natural, caso contrário como teria a espécie humana
evoluído à escassez de alimento tão recorrente por ex. nos homens
pré-históricos.

O mesmo estudo publicado na revista Cell Metabolism, confirmou que


mesmo após seis meses de jejum intermitente, a função imunológica
nos participantes estava estável, além da melhoria em todos os níveis
nos exames laboratoriais, segundo o professor de Biologia
Molecular no Karl - franzens University, Áustria, a resposta pode estar
na biologia evolutiva,” nossa fisiologia está familiarizada com períodos
de fome seguidos por excesso de comida”.

Sempre que comemos, ingerimos mais energia alimentar do que


precisamos usar naquele momento, logo uma parte dessa energia
será armazenada e geralmente é em forma de gordura, para ser
utilizada mais tarde. A insulina é o hormônio responsável no processo
de armazenamento de energia alimentar. veja o ex. abaixo:

Armazenar
Ingerir Aumentar açúcar no fígado
Alimentos Insulina Produzir gordura
no fígado

A insulina aumenta quando comemos, ajudando a armazenar a


energia em excesso de duas formas separadas. Açúcares podem ser
ligados em cadeias longas, chamadas glicogênio, e depois
armazenados no fígado. Contudo, o espaço de armazenamento é
limitado e, quando atingido, o fígado começa a transformar a glicose
excedente em gordura.

Parte dessa nova gordura é armazenada no fígado, mas a maioria é


exportada para outros depósitos de gordura no corpo. Ainda que esse
seja um processo mais complexo que o anterior, aqui não há limite: a
criação de gordura é, literalmente, ilimitada.

Portanto, o corpo realmente só existe em dois estados: Alimentado


(insulina alta) e em Jejum (insulina baixa). Estejamos nós armazenando
ou queimando energia alimentar. É um ou outro. Se a alimentação e o
jejum estiverem equilibrados, não haverá ganho de peso.

Se começarmos a comer assim que pisamos fora da cama e não


pararmos até voltar a dormir, nós gastamos praticamente todo o
tempo no estado alimentar. Com o tempo, ganhamos peso. Nós não
demos tempo ao nosso corpo para que queimasse a energia
alimentar.

Para restaurar o equilíbrio ou perder peso, nós simplesmente


precisamos aumentar o tempo em que queimamos gordura (jejum).
Em essência, o jejum permite que o corpo use sua gordura
armazenada. Afinal, é para isso que a gordura está lá. Seu corpo não
armazena gordura para fins estéticos.

É importante perceber que não há nada de errado nisso. Nossos


corpos são projetados para isso. É isso que gatos, cachorros, leões e
ursos fazem. É isso que humanos fazem.
Se você está comendo o tempo todo, como é comumente
recomendado, então seu corpo simplesmente utilizará a energia
alimentar que está entrando e nunca queimará a gordura corporal.
Você só irá armazená-la. Seu corpo irá guardá-la para quando não tiver
nada para comer. Falta equilíbrio. Falta o jejum.

Portanto, esses são os dois processos naturais do nosso corpo. Um é


acessível, mas com armazenamento limitado (glicogênio); outro é mais
difícil de acessar, mas tem armazenamento ilimitado (gordura
corporal).

Queima gordura
Sem comida Diminui armazenada
Jejum Insulina Queima gordura
corporal

Quando deixamos de comer, revertemos o processo. Os níveis de


insulina diminuem, sinalizando para que o corpo comece a queimar
energia alimentar armazenada já que não tem mais energia chegando
através da ingestão de alimentos. A glicose sanguínea cai, então o
corpo precisa “puxar” a glicose armazenada e queimá-la para obter
energia.
O glicogênio é a fonte mais acessível de energia. Ele é quebrado em
moléculas de glicose para fornecer energia às outras células. Isso pode
providenciar energia suficiente para fortalecer o corpo por 24-36
horas. Depois disso, o corpo começará a queimar gordura para
conseguir energia.
OS BENEFÍCIOS DO JEJUM INTERMITENTE

O benefício mais óbvio é a perda de peso. Entretanto, existe uma


gama de benefícios além deste, muitos dos quais já eram
amplamente conhecidos na antiguidade.

Os períodos de jejum eram normalmente chamados de


“limpeza”, “desintoxicação” ou “purificação”, mas a ideia era a mesma:
deixar de ingerir alimentos por um determinado período de tempo
por motivos de saúde. As pessoas achavam que esse período de
abstinência da comida limparia seus corpos de toxinas e agiria como
um fator rejuvenescedor. Eles estavam mais certos que imaginavam.
Alguns dos supostos benefícios físicos do jejum incluem:

▪ Maior concentração e clareza mental


▪ Perda de peso e gordura corporal
▪ Diminuição da insulina no sangue e níveis de açúcar
▪ Reversão da diabetes tipo 2
▪ Aumento de energia
▪ Melhor queima de gordura
▪ Aumento no crescimento hormonal
▪ Diminuição de colesterol no sangue
▪ Prevenção de Alzheimer (potencial)
▪ Longevidade (potencial)
▪ Ativação da limpeza celular (potencial) através da
estimulação autofágica
▪ Redução de inflamações.
VANTAGENS:

O jejum oferece muitas vantagens únicas que não estão disponíveis


em outras dietas. Quando dietas complicam a vida, o jejum simplifica.
Quando dietas podem ser caras, o jejum é gratuito. Quando dietas
podem levar tempo, o jejum poupa.

Onde dietas são limitadas, o jejum pode ser feito em qualquer


lugar. Onde dietas têm uma eficácia variável, o jejum tem uma eficácia
inquestionável. Não há um método mais poderoso para baixar a
insulina e diminuir o peso corporal.

O jejum é uma das formas mais poderosas e subestimadas de tratar


pessoas, primeiro porque ele serve a uma variedade de tratamentos,
desde pessoas que querem emagrecer até indivíduos em processo de
quimioterapia.

Segundo o artigo científico Alternate Day Fasting Improve


Physiological and Molecular Markers Of Aging in healthy, Non-Obese
Humans, no qual, os voluntários, todos de meia idade, saudáveis e não
obesos, teriam que alternar entre um dia inteiro sem consumir
qualquer caloria e no dia seguinte teriam comida à vontade.

O resultado? Déficit calórico de 37,4%. uma ótima notícia para quem


quer emagrecer. Mas e a taxa Metabólica (TMB)? ela não sofreu
alteração significativa, ou seja, o jejum não causou nenhum dano ao
metabolismo.

Não apenas isso, como após 4 semanas também foi notada a melhoria
do perfil lipídico, da pressão arterial e até mesmo dos batimentos
cardíacos (lembrando que os pacientes já eram saudáveis, o'que é
mais surpreendente ainda, se fossem pacientes doentes seria fácil
detectar qualquer tipo de melhora).
Mas e as pessoas em processos quimioterápicos? o estudo científico
Fasting ana Cancer Treatment in Humans: a Case Series Report,
colocou 10 voluntários que estavam fazendo tratamento
quimioterápico em jejum que variavam de 48-140 horas antes e 5-56
horas Depois das sessões, o resultado?

Redução da fadiga e a redução dos efeitos gastrointestinais! o


jejum faz duas coisas pelos pacientes em quimioterapia: primeiro ele
facilita a absorção dos medicamentos pelo organismo. segundo:
enquanto as células se adaptam ao ambiente de jejum (e também
ficam mais fortes e saudáveis quando feito corretamente) as células
cancerígenas tem grande dificuldade em se adaptar durante o jejum
e ficam mais fracas.

Somando isso à melhor absorção dos medicamentos, fica fácil


entender porque não apenas é mais eficiente como também os
voluntários se sentiram melhor, porque esses dados científicos
COMPROVADOS e relatados pelos próprios participantes de como
se sentiram mais dispostos, energéticos e mais fortes do que quando
não faziam o jejum, é simplesmente inegável pois eles estavam
comparando como eles se sentiam após os tratamentos anteriores.
DIFERENTES FORMAS DE JEJUAR

Existem diversas formas diferentes para fazer o jejum intermitente. É


importante começar lembrando que não existe a “melhor
forma”. Todas elas trabalham diferentes níveis para diferentes
pessoas. Um regime pode ser perfeito para Fulano e péssimo para
Ciclano.

Portanto, o jejum não tem uma “duração padrão”. Pode durar quatro,
doze ou vinte horas. Você pode jejuar uma vez por semana ou uma vez
por dia. Ou mesmo uma vez por mês. Não há certo ou errado, há
formas adequadas e inadequadas de fazer jejum e tudo depende do
seu organismo e das suas necessidades.

Geralmente, jejuns curtos são feitos com uma frequência


maior. Jejuns mais longos são, em geral, feitos duas a três vezes
por semana por 24h a 36h. Jejum prolongado pode ir de uma semana
a um mês.

O jejum oferece flexibilidade infinita. Você pode jejuar por tempos


longos ou curtos, como preferir, mas aqui estão alguns regimes
mais comuns.
JEJUNS CURTOS (<24 HORAS)
16:8

Esse regime envolve jejum diário de 16h. Ele também é chamado de


“janela de alimentação de 8h”. Você faz todas as suas refeições
dentro dessas oito horas e jejua nas outras dezesseis. Em geral, esse
regime é feito diariamente (ou quase).

Por exemplo, você pode comer todas as suas refeições no período


entre 11:00 da manhã e 19:00 da noite. Isso significa que você pula o
café da manhã, mas consegue fazer as demais refeições – duas ou três
refeições principais no período de oito horas. Das 19:00 às 11h00 você
jejua.

20:4

Esse regime envolve uma janela de alimentação de 4 horas e jejum de


20h. Por exemplo, você faz suas refeições no período entre às 14:00 e
18:00 e jejua nas próximas 20h. Via de regra, isso implica que você
comerá uma refeição ou duas refeições menores dentro desse
período.

Esse regime não é uma “nova tendência”: guerreiros romanos e


espartanos já o utilizavam na antiguidade. Daí também ter se
popularizado como o “regime do Guerreiro”.
JEJUNS LONGOS (>24 HORAS)
24h

Esse regime envolve jejuar de jantar a jantar ou de almoço a almoço.


Por exemplo, se você jantou no primeiro dia, você vai pular o café da
manhã e o almoço do dia seguinte e só jantar novamente no
segundo dia. Isso significa que você ainda comerá diariamente, mas
apenas uma vez ao dia. Geralmente, é feito duas a três vezes por
semana.

A maior vantagem desse regime é que ele pode ser facilmente


incorporado no dia a dia. A maioria das pessoas janta com família todo
dia, por exemplo. Ainda que você jante todos os dias, é possível jejuar
rotineiramente por 24h sem que ninguém perceba qualquer
diferença, já que esse regime realmente só envolve pular o café da
manhã e almoço.

Se você trabalha fora, fica ainda mais fácil. Você bebe seu cafezinho
diário e pula o café da manhã. Durante o almoço, você continua
trabalhando e chega em casa a tempo para jantar. Ninguém consegue
perceber que você jejuou por 24h.

5:2

Esse regime envolve cinco dias de refeições regulares e dois dias de


jejum. Contudo, você pode comer 500 calorias em cada dia que está
em jejum. Essas calorias podem ser consumidas a qualquer hora ao
longo do dia – seja dividida em diversas refeições ou concentradas
numa só.
36h

Esse regime envolve jejum de um dia inteiro. Por exemplo, se você


jantou no dia 1, você vai jejuar durante todo o dia 2 e só comerá
novamente no café da manhã do dia 3. Normalmente, isso contabiliza
36h de jejum.
DICAS PRÁTICAS PARA INICIANTES
Para começar o Jejum Intermitente, siga esses passos:

1. Decida o tipo de jejum que quer fazer


2. Decida por quanto tempo quer jejuar
3. Comece a jejuar. Se você não se sentir bem ou estiver
preocupado, então pare e procure ajuda profissional para só
depois voltar a tentar.
4. Continue com suas atividades habituais tirando as refeições.
Mantenha-se ocupado e viva normalmente. Imagine que você
está “comendo” uma refeição completa da sua própria gordura.
5. Quebre o jejum gentilmente.
6. Repita.

Saber as indicações médicas e as evidências científicas antes de


começar qualquer transformação envolvendo seus hábitos, sua saúde
e seu estilo de vida é essencial. Contudo, algumas dicas práticas às
vezes fazem toda a diferença para quem vai começar. Especialmente
quando o assunto é jejum que, como tudo na vida, requer alguma
prática.

No passado, quando o jejum religioso era um hábito mais difundido,


esses tipos de dicas eram passados de gerações a gerações. Se não,
amigos geralmente aconselhavam com dicas práticas para lidar com
o jejum, pois existem algumas questões que sempre são levantadas.

Com o declínio do jejum como prática, entretanto, essas dicas foram


se perdendo e caindo no esquecimento. Elas se tornaram difíceis de
encontrar. Mas aqui estão elas, reunidas para você começar com
vantagem.
O que eu posso consumir nos dias de Jejum?
Existem muitas regras diferentes para jejuar. Durante o Ramadan, que
é uma prática muçulmana, por exemplo, o jejum é feito do nascer ao
pôr do sol e nenhuma comida ou bebida pode ser consumida. Outros
tipos de jejum apenas restringem determinados tipos de comidas –
por exemplo, abstenção de carne por um dia. Então não existem
regras certas ou erradas, tudo depende dos seu objetivo.

Água:
Todas as comidas e bebidas calóricas são postas de lado durante o
jejum. Assegure-se de manter seu corpo hidratado durante o jejum.
Água é sempre uma boa escolha, seja com ou sem gás.

Tente ingerir cerca de dois litros de água por dia. Comece cada dia
bebendo 250ml de água fresca para assegurar uma hidratação
adequada no início do dia. Você pode espremer um pouco de limão
ou lima para dar sabor à água, se preferir. Ou, alternativamente, pode
adicionar algumas rodelas de laranja para fazer uma infusão de sabor
e depois aproveitar essa “água de laranja” ao longo do dia.
Chá:
Todos os tipos de chá estão permitidos, incluindo chá verde, preto e
de ervas. E podem ser consumidos frios ou quentes, de acordo com
sua preferência (e o clima!). Você também pode adicionar temperos
como canela ou noz moscada para adicionar mais sabor ao seu chá.

Açúcar, adoçantes ou sabores artificiais não são permitidos. O chá


verde é especialmente recomendado, pois alguns estudos apontam
que suas propriedades podem suprimir o apetite.

Café:
O cafezinho, com ou sem cafeína, também está liberado. Temperos
também podem ser adicionados, mas adoçantes, açúcares ou sabores
artificiais devem ser evitados. Nos dias mais quentes, o café gelado
pode ser uma boa pedida.

O QUE FAZER SE EU SENTIR FOME DURANTE O


JEJUM?

Essa é, provavelmente, a preocupação número um de todos antes de


começar o jejum. As pessoas assumem que serão esmagados pela
fome e que não conseguirão se controlar. A verdade é que a fome não
persiste. Na verdade, ela vem em ondas. Se você sentir fome, ela vai
passar.
Manter-se ocupado durante o período de jejum geralmente ajuda.
Jejuar durante o dia de trabalho ajuda a manter a mente ocupada e
sem pensar em comida.

Quando o corpo começa a se acostumar com o jejum, ele passa a


queimar a gordura armazenada e sua fome será suprimida. Muitas
pessoas percebem que ao jejuar, o apetite não aumenta, mas sim
diminui.

Outra tática é manter o corpo hidratado com água, chás, café e outros
líquidos mencionados acima. Mas atenção: produtos industrializados
como Gatorade, Powerade e outras bebidas isotônicas não são
permitidas.
Janela de alimentação: o que consumir
e o que evitar
Como já foi dito anteriormente neste livro, o Jejum Intermitente é um
ESTILO DE VIDA, não uma dieta. Contudo, isso é mais um motivo para
não descuidar da alimentação. Especialmente se o objetivo for
emagrecer ou controlar doenças. Ambos devem andar alinhados.

É importante dar preferência a alimentos com mais potencial de


saciedade e grande concentração de nutrientes. Cortar açúcares,
produtos refinados (trigo, açúcar, sal, etc.), congelados e
industrializados é essencial. As refeições feitas durante a janela de
alimentação devem ser, preferencialmente, como aquelas que você
faria normalmente sem estar em jejum. A ideia não é compensar o
tempo do jejum com comida, daí a importância de fazer uma quebra
sutil do jejum.

• Dê preferência: legumes, frutas com casca e bagaço, verduras,


proteínas com baixa gordura, cereais e grãos integrais (como grão-de-
bico e arroz integral) e tubérculos (mandioca, batata-doce, cará,
inhame).

• Evite: doces, produtos congelados e industrializados, cereais


refinados (pão branco, arroz branco, massas).

• Troque: açúcar branco por açúcar mascavo; sal fino/grosso por sal
marinho; tempero completo por mais alho, cebola e cheiro-verde.
Lembre-se de alimentar seus pensamentos e sentimentos com doses
de otimismo, alegria e abundância, nutrir suas células assim fará com
que sua intenção com o jejum seja potencializada.

Quero deixar aqui a ideia de adotarmos junto ao JI a alimentação LOW


CARB, que não quer dizer zero carboidratos e sim escolhas
inteligentes dentro das opções de carboidratos complexos, bem
como dos horários para melhor usar esse macronutriente como fonte
de energia. se sabe que dentro da estratégia low carb é permitido de
até 130g de carboidratos líquido (calcula a quantidade total de
carboidratos menos as fibras presentes no alimento e teremos o
carboidrato líquido) porém para nós mulheres na
menopausa quantidade ideal é de 50 á 70g de carboidratos líquidos.

Os benefícios de aliar o JI e a estratégia low carb se deve


principalmente a diminuição de carboidratos fornecidos na janela de
alimentação permitindo assim o corpo trabalhar suas funções de
acordo com aquilo que é necessário naquele momento, é o
verdadeiro respeito pela sua hora de nutrir o corpo ajudando
principalmente a combater a resistência insulínica e o sobrepeso.
INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES

O Jejum Intermitente tem sido amplamente utilizado para perda de


peso, ganho de massa corporal e contenção de doenças (como a
diabetes tipo 2). Como tudo, porém, ele não é uma “receita de
sucesso” que sirva para todos os casos. Algumas informações devem
ser relevadas.

• Jejum para homens e mulheres: há diferenças?


• Mulheres grávidas, lactantes ou com baixo peso
• Adolescentes e crianças
• Exercícios e Jejum Intermitente: combinam?
• Possíveis efeitos secundários para o Jejum Intermitente
• Como lidar com os efeitos secundários

Jejum para homens e mulheres: há diferenças?

Essa pesquisa ainda é recente e, embora existam dados, ainda não há


resultados suficientes para embasar uma resposta definitiva para a
questão. O que se sabe até agora é que, via de regra, mulheres suportam
períodos de jejum menores que os homens. Isso ocorre porque o corpo
masculino tem mais massa muscular, o que garante uma reserva de
glicogênio maior para o jejum.
Mulheres grávidas, lactantes ou com baixo
peso

Mulheres gestantes, em período de amamentação ou baixo peso


não devem fazer jejum intermitente, tendo em vista que possuem uma
necessidade maior de nutrientes. Praticá-lo pode causar tonturas,
desmaios, hipoglicemia, diminuir o líquido amniótico e comprometer
o desenvolvimento do feto ou provocar baixo-peso no bebê.
Adolescentes e crianças

Seus metabolismos ainda estão em desenvolvimento, em fase


decrescimento e não devem, portanto, ser submetidos a práticas de
jejum. Crianças e adolescentes necessitam de um aporte
significativo de nutrientes para se desenvolverem adequadamente.

Além disso, é importante lembrar que adolescentes estão numa fase


psicológica e emocional muito importante de suas vidas e se sentem
pressionados a atender padrões de beleza e aceitação. Esses fatores
podem causar distúrbios alimentares e psicológicos se aliados à ideia
da necessidade de emagrecimento por uma imposição de beleza,
podendo levar à bulimia, anorexia e outros transtornos alimentares e
psicológicos graves.
MITO OU VERDADE?

EXERCÍCIOS FÍSICOS E JEJUM INTERMITENTE


COMBINAM?

O exercício físico durante o jejum intermitente, pode ser uma


estratégia muito válida, desde que você entenda que a sua última
alimentação deve ser de acordo com a sua proposta de se exercitar
logo pela manhã e em jejum. vamos exemplificar isso pra ficar bem
claro que praticar exercício físico em jejum pode trazer inúmeros
benefícios a sua saúde como:

- REDUÇÃO DA PRODUÇÃO DA INSULINA, (hormônio responsável


pela acumulação de gordura) fortalecendo a eficiência do organismo
em os alimentos ingeridos.
- AUMENTA A PRODUÇÃO DO HORMỖNIO GH (hormônio do
crescimento), que auxilia no ganho de massa magra.

- INTENSIFICA A CAPACIDADE ENZIMÁTICA

- AUXILIA NA PERDA DE PESO, de quem precisa perder gordura e


está com os resultados estagnados (efeito platô), alguns estudos
mostram que temos uma reserva menor de glicogênio (estoque de
energia no músculo) em jejum e isso faz com que o corpo use mais a
gordura como fonte de energia

- ATUA NA SENSIBILIDADE À INSULINA, mantendo os níveis de


açúcar no sangue sob controle.

- ESTABILIZA OS NÍVEIS DE CORTISOL, e isto ocorre porque o


hormônio cortisol mobiliza glicogênio (açúcar guardado no músculo
como fonte de energia) evitando assim o acúmulo de gordura
principalmente na região abdominal.

Agora que já entendemos os benefícios sobre o exercício físico em


jejum, vamos entender o melhor horário e qual seria a alimentação
ideal para praticá-lo.

Sugere-se que seja realizado exercícios físicos em jejum, logo pela


manhã, porque treinar em jejum é fisiológico, então se você fizer sua
última refeição por volta das 19 horas, ao acordar no dia seguinte e for
treinar, provavelmente se passaram em média 12 ou 14 horas, e esse
protocolo de 12 horas é considerado fisiológico, dessa forma você
pode adequar seu treino a seu objetivo.
Primeiro passo é você melhorar a sua alimentação antes de treinar em
jejum. Use TCM ou óleo de coco com chá ou café (ambos sem açúcar
e sem adoçante) para ajudar na produção de corpos cetônicos até à
cetoadaptação, vá se testando depois de 30 dias de treino em jejum,
a retirar o TCM ou óleo de coco e veja se seu corpo já está
respondendo ao treino sem a presença dessas substâncias.

hidrate-se muito bem antes do treino, durante a após, podendo


também como estratégia de adaptação utilizar suco de ½ a 1 limão na
água durante o seu treino.

A sua última refeição deve ser rica em nutrientes e voltada para a sua
estratégia de treinar em jejum no dia seguinte, portanto, caso queira
ganhar massa muscular, utilize fontes de carboidratos complexos, com
proteínas e gorduras.

Por exemplo, batata doce com peito de frango e uma bela salada de
hortaliças verdes cruas regadas com azeite de oliva. Ou frutas com
linhaça e um shake de leite de amêndoas (ou outro leite vegetal) com
proteína vegana ou colágeno com cacau. Outra ótima opção para sua
última refeição são legumes cozidos no vapor uma pequena porção
de arroz integral ou quinoa, com ovos (mexidos, omelete ou cozidos)
junto à salada de hortaliças com abacate e um vinagrete de vinagre de
maçã.

Busque consumir de 1g a 2g/kg de peso de proteína ao longo do dia,


já começando na sua primeira refeição do desjejum, de nada adianta
tentar suprir todo o seu aporte proteico só no almoço, ela deve ser
acrescentado em todas as suas refeições diluídas em pequenas
porções.
Mas como saber qual é meu aporte proteico? A primeira pessoa que
pode te ajudar nisso é o seu(a) nutricionista. Mas podemos nos basear
em alguns estudos que chegaram a conclusão que seria de 1g a 2g/kg
de peso Por Exemplo, uma pessoa de 70kg deve consumir de 70g a
140g de proteína, conforme idade.

No caso aqui falamos da mulher na menopausa, podemos pensar em


1g por quilo de peso. Ressalta-se que 100g de carne não equivalem a
100g de proteína (100g de carne magra de gado equivalem em torno
de 30g de proteína). e que não precisa ser apenas proténa animal,
temos outros alimentos com fonte de proteína vegetal.

Peixes de mar, como sardinha, tainha e pescadinha, bem como peito


de frango, carnes magras de gado e porco, ovos, suplementos de
colágeno e proteínas veganas, feijões, grão de bico, lentilha e ervilha
também são ótimas fontes de proteína.

Quero deixar claro, que mesmo sem fazer atividade física em jejum,
você terá resultados de emagrecimento, porque a simples diminuição
na ingesta de alimentos irá promover isso, mas como vimos acima o
exercício físico aliado ao JI pode potencializar a perda de peso, porém
não é aconselhável praticar exercícios físicos sem acompanhamento
de um profissional nos protocolos ACIMA de 16 horas e no final do
dia, quando provavelmente seu jejum está além do protocolo
considerado fisiológico.

*DICA
Tenha como segurança, umas castanhas ou nozes dentro da bolsa
quando for pra academia cedo, caso sentir necessidade, interrompa o
jejum consumindo-as. essa é uma estratégia que deu muito certo pra
mim no início, o simples fato de ter algo para me apoiar caso fosse
necessário, me deixava segura, e detalhe, eu nunca precisei
interromper meu jejum, apenas sabia que elas estavam bem à mão
caso eu sentisse algum desconforto.

Nosso cérebro precisa se sentir confortável e tenta nos pregar peças,


fiquem atentas e não deixem a mente sabotadora ser maior que a sua
mente divina.

ATENÇÃO
TODO MUNDO DEVE PRATICAR OS MESMOS
PROTOCOLOS?
Saúde é coisa séria e sempre que pensarmos em “dietas milagrosas”
ou "pílulas mágicas” devemos sim ficar atentas quanto a algumas
patologias, e conversar com um profissional da saúde que tenha o
seu histórico de saúde baseados em exames laboratoriais para saber
se é aconselhável a sua prática ou não.
No jejum intermitente apesar de se defender a ideia de sempre
conversar com seu médico, temos um diferencial de aprender a nos
alimentar corretamente na janela de alimentação e isso faz com que
seja ajustada os nutrientes que seu corpo precisa para superar essas
possíveis contra indicações.
Outra coisa muito importante a se entender, é que sob qualquer
desconforto ou mal estar estando no processo de jejum é só
interrompê-lo e abrir sua janela de alimentação, saindo assim do
possível estado de perigo que você poderia estar se colocando.
O Jejum Intermitente é um estilo de vida, onde se adota os
protocolos mais longos(16, 18, 20, e 24 em diante) para tratar algumas
patologias metabólicas e para potencializar emagrecimento, e se
adota o protocolo fisiológico (12, máximo 14 horas) para tratar
melhoras em outros sintomas que não é indicado ficar longos
períodos em jejum, mas quero deixar claro nesse material que o jejum
fisiológico é indicado para a maioria dos seres humanos adultos, pois
foi dessa forma que a espécie humana evoluiu.
Vou listar algumas condições que devem evitar jejuns
PROLONGADOS (acima de 16h diário ou acima de 20 h por 1 a 2 vezes
na semana).
- T3 livre muito baixo.
- T3 reverso alto.
- Pessoas que comem muito carboidrato (primeiro é necessário a
cetoadaptação).
- Idosos com baixo peso e desnutrição.
- Crianças.
- Grávidas e lactantes.
- Transtornos alimentares (anorexia, bulimia).
- Diabéticos tipo 1
- Diabéticos tipos 2 descompensados em uso de insulina e
hipoglucemiantes.
Por contribuir diretamente com a perda de peso, o JI funciona como
um tratamento da resistência insulínica (condição que eleva o risco de
ter Diabetes tipo 2), além disso esse estilo de vida acaba “dando uma
folga pro pâncreas", nas pessoas com diabetes tipo 2 o pâncreas
perde progressivamente sua capacidade de produzir insulina nas
quantidades necessárias para eliminar a glicose absorvidas após as
refeições, fazendo com que as concentrações de açúcar no sangue
subam. com a diminuição de refeições estabelecidas pelo JI, o
pâncreas trabalha menos e contribui nos cuidados contra o diabetes
tipo 2.
Outro fator relevante quanto á isso é que, temos no JI uma realidade
voltada para a alimentação ideal que se aprende na janela de
alimentação, intensificando o consumo de vegetais, legumes, e
hortaliças (principalmente da família das Brássicas) bem como a
retirada de alimentos pró inflamatórios e alergênicos como o glúten,
os lácteos, alimentos refinados e produtos industrializados, dessa
forma na maioria dos casos se teve que baixar o uso de medicamentos
e em seguida se constatou a completa reversão desse quadro.
- Distúrbios mentais ou pessoas que sentem compulsão alimentar no
período alimentado.
- Pessoas que usam medicamento controlado. Nesse caso é preciso
falar com seu médico porque possivelmente haverá necessidade de
adaptar a medicação, não são raros os casos que é necessário baixar
a dose desses medicamentos devido a melhora significativa desses
pacientes em virtude do JI e do aprendizado com as escolhas na janela
de alimentação.

SIMPLIFICANDO
1- Faça seu jantar o mais cedo possível. Tente jantar das 18h às 19h.
2- Inicie com o jejum fisiológico de 12h. Se fizer seu jantar às 19h
espere até às 7h para fazer seu café da manhã.
3- Se preferir busque um nutricionista funcional para adequar os
micronutrientes e macronutrientes necessários para o organismo.
4- Caso tenha alterações tireoidianas, com T3 reverso alto, o jejum
prolongado não é uma boa escolha.
5- Se hidrate bem com água no período de jejum. O ideal é que
bebamos 35 ml por quilo de peso ao dia, mais 30% devido estarmos
na menopausa.
6- Chás, água e café não quebram o jejum e podem ser consumidos
nesse período.
7- Passe a se alimentar melhor antes de começar o jejum. É preciso ter
um controle da carga glicêmica com redução do consumo de
carboidratos e aumento de gorduras boas, visando a cetoadaptação.
8- Se preferir faça exames bioquímicos para avaliar a deficiência de
micronutrientes.
6- O TCM (triglicerídeos de cadeia média) pode lhe ajudar no período
de cetoadaptação. Uma colher de sopa no café ou chá sem adoçar
ainda em jejum pode favorecer a utilização de gordura como energia.
10- Faça jejuns em dias alternados ou em períodos alimentados
variados. Evite fazer a mesma estratégia todos os dias, semanas e
meses. Por exemplo, em uma semana, faça o jejum intermitente de
16h por 2 vezes na semana. Na outra, faça de 18h por 2 vezes na
semana. (sempre com o de 12 horas)
11- Evite o excesso de carboidratos: açúcares, pães, sucos, massas e
até mesmo batata, arroz e excesso de frutas.
12- Troque o substrato energético usando gorduras boas, como
abacate, azeite de oliva, azeitona, nozes, amêndoas, macadâmias e
sementes.
13- Caso seu objetivo seja hipertrofia, o jejum não é a melhor
estratégia, mas é possível ganhar massa muscular, desde que tenha
calorias e proteínas suficientes no período alimentado.
14- Caso queira emagrecer e manter a massa magra, quebre o jejum
com uma refeição de baixa carga glicêmica com proteínas e boas
gorduras. Um exemplo, abacate e ovos ou salada e azeite de oliva com
peixe.
15- Caso queira ganhar massa muscular, utilize fontes de carboidratos
com proteínas e gorduras. Por exemplo, batata-doce com peito de
frango e azeite de oliva ou frutas com linhaça e um shake de proteína
vegana ou colágeno com cacau.
16- Adequar seu treino a seu objetivo. Treinar em jejum é fisiológico,
mas algumas pessoas podem passar mal se não estiverem
cetoadaptadas. Melhore sua alimentação primeiro antes de treinar em
jejum. Use TCM ou suplemente corpos cetônicos exógenos (BHB) até
à cetoadaptação.
17- Cuide do seu sono para diminuir sua fome e permitir que consiga
fazer o jejum sem ficar estressado. Evite a exposição à luz azul uma
hora antes de dormir, use luzes vermelhas no seu quarto, jante 3 horas
antes de deitar e leia um bom livro antes de deitar.
18- Caso tenha pressão baixa, use uma pitada de sal integral em um
copo de água.
19- Alguns suplementos melhoram a eficiência em usar gordura como
energia, evitando sintomas desagradáveis como dores de cabeça,
tonturas ou mal estar no jejum, vou listar alguns aqui para você discutir
com seu nutricionista e adotar se for do seu interesse.
- L-carnitina: favorece a oxidação da gordura.
- Coenzima Q10: componente essencial da beta oxidação e produção
de energia nas mitocôndrias.
- Vitaminas B2, B3 e B5: atuam como cofatores enzimáticos no
processo de utilização de gordura como energia.
- Magnésio: essencial na produção de ATP (energia celular), evita
câimbras e reduz a ansiedade.
- Eletrólitos: durante a cetoadaptação suplementos contendo
potássio, sódio e magnésio podem reduzir tonturas, enjoos e mal
estar.
- Resveratrol, curcumina, extrato de chá verde e quercetina
estimulam a biogênese mitocondrial (aumento do número de
mitocôndrias) e, consequentemente mais oxidação de gordura.
- N-Acetilcisteína: componente da glutationa e de enzimas
mitocondriais, a cisteína melhora a eficiência mitocondrial por reduzir
danos causados por radicais livres.
- Proteína vegana ou colágeno: pode auxiliar na manutenção e
ganho de massa muscular, principalmente em pessoas que não
conseguem consumir a quantidade de proteínas diária. Também
oferece acessibilidade em refeições intermediárias, como lanche da
tarde, onde é mais difícil encontrar fontes protéicas.
- BHB (3-betahidroxibutirato): corpo cetônico exógeno usado no
início da cetoadaptação, otimizando a energia física e mental.
20 - Busque consumir de 1g po /kg de peso de proteína. Por exemplo,
uma pessoa de 70kg deve consumir de 70g a 100g de proteína,
conforme idade, tipo de exercício e objetivo. Ressalta-se que 100g de
carne não equivale a 100g de proteína (100g de carne magra de gado
equivalem em torno de 30g de proteína). Peixes de mar, como
sardinha, tainha e pescadinha, bem como peito de frango, carnes
magras de gado e porco, ovos, suplementos de colágeno e proteínas
veganas, feijões, grão de bico, lentilha e ervilha são ótimas fontes de
proteína.
21- Nunca quebre o jejum com carboidrato isolado. Por exemplo,
apenas uma fruta ou biscoito de polvilho ou sucos. Tenha sempre
fontes protéicas e de gordura associadas para evitar a hipoglicemia de
rebote e aumento da fome.
22- Reduzir a carga glicêmica, incluir fibras e gorduras boas. É
importante aumentar o consumo de saladas e legumes de baixa carga
glicêmica como brócolis, abobrinha, chuchu, couve-flor e quiabo,
além de gorduras boas presentes nos peixes de mar, chia, linhaça,
abacate e azeite de oliva.

TAREFA de CASA
Vamos iniciar a prática de um jejum fisiológico, seguro e viável a todo
ser humano. A tarefa de casa para toda sua vida é fazer um jejum
fisiológico de no mínimo 12h diário. Melhor ainda se esse jejum for
realizado iniciando à noite, adiantando o jantar até no máximo 20h.
Por isso, o desafio para as Divas que aqui estão é fazer o jejum de 12h,
realizando o jantar até às 20h (preferencialmente entre 18h às 19h).
Tire uma foto de você junto a um relógio mostrando o horário da sua
última refeição e nos marque nas redes sociais usando a hashtags:
#descomplicajejum
Possíveis efeitos secundários para o Jejum
Intermitente:

Os efeitos colaterais variam de organismo para organismo,


metabolismo para metabolismo, já que cada pessoa é única em
sua composição física, sua carga genética, seus hábitos alimentares e
de estilo de vida e histórico familiar. Entretanto, alguns os efeitos
mais generalizados são:

• Constipação intestinal é comum. Menos entrada


significa menos saída. Você não precisa de
medicações, a menos que haja desconfortos.
Manter bons níveis de hidratação e consumo de
fibras durante a janela de alimentação é uma boa
solução. Caso precise de uma ajuda a mais,
laxativos naturais estão liberados.

• Dores de cabeça são comuns e tendem a


desaparecer depois das primeiras vezes em jejum.
Consumir um pouco mais de sal geralmente ajuda
a mitigar essas dores de cabeça.

• Água mineral pode ajudar se seu estômago


reclamar.

• Outros efeitos secundários podem envolver


azias, tonturas e cãibras musculares.
Como lidar com os efeitos secundários

Fadiga: jejuar não causa fadiga. Na verdade, grande parte


das pessoas afirmam se sentir mais dispostas – provavelmente por
conta da adrenalina. Se você sentir fadiga constante, deve parar com
o jejum imediatamente e procurar um médico, pois isso não é um
efeito normal.

Tonturas: se você sentir tonturas em jejum, é provável que


esteja desidratado. Para prevenir essas vertigens é necessário
aumentar a ingestão de água e sal. Assegure-se de beber muito
líquido. Adicionar um pouco de sal marinho na água mineral ou caldo
de ossos pode ajudar a aliviar essas sensações durante o jejum.

Dores de cabeça: assim como as tonturas, a resposta mais provável é


desidratação e a solução é aumentar ingestão de líquidos e
sal. Acredita-se que elas sejam causadas pela transição de uma dieta
de alto consumo de sal para um regime de consumo muito baixo
nos dias de jejum. Entretanto, as dores geralmente são temporárias
e tendem a desaparecer quando você se acostuma com o jejum. Mas
ainda é recomendado adicionar um pouco de sal marinho no caldo
e na água.

Constipação intestinal: aumentar o consumo de vegetais, fibras e


legumes durante a janela de alimentação e o consumo de água é
a chave para resolver esse problema. Laxantes naturais
são permitidos. Se o problema persistir e causar incômodo, peça
para seu médico prescrever um laxativo.
Azias: evite fazer refeições muito abastadas. Você pode
perceber uma tendência para comer em excesso quando acaba o
jejum, mas tente comer normalmente. A melhor forma de quebrar o
jejum é fazê-lo vagarosamente. Evite deitar após fazer a refeição e
tente ficar em pé por, pelo menos, meia hora após as refeições.
Erguer a cabeceira da cama, colocando alguns livros abaixo, poderá
ajudar. Se nenhuma dessas opções funcionar, consulte seu treinador
ou médico.

Medicamentos na janela de alimentação / jejum: se você


toma medicamentos com a comida, é preciso ter atenção especial
durante o jejum. Alguns medicamentos não podem ser ingeridos em
jejum, como a Aspirina – que pode causar até mesmo uma
úlcera estomacal. Suplementos de ferro podem causar náusea e
vômitos. Metformina, usada para diabetes, pode causar náusea e
diarreia. Discuta isso previamente com seu médico antes de iniciar o
jejum.

Cãibras musculares: cãibras são causadas por baixos níveis


de magnésio. Você pode optar por um suplemento de magnésio
ou tomar banho com sais de Epsom, que são sais de
magnésio. Adicione uma xícara a um banho morno e mergulhe por
meia-hora. Sua pele irá absorver o magnésio.
O QUE ESPERAR DO JEJUM INTERMITENTE?

Como você viu neste livro, existem diferentes maneiras de jejuar,


além de diferentes objetivos. O primeiro passo é consultar um
profissional para ver qual dieta adequada deve ser
realizada conjuntamente com o jejum intermitente para atingir suas
metas – seja ela emagrecimento ou controle de problemas de saúde.

Mas tenha paciência: o jejum intermitente não é uma pílula mágica


com resultados de um dia para o outro. Lembre-se que mais do
que peso, estamos falando de uma transformação nos seus hábitos
alimentares e sua rotina cotidiana, pelo que é normal que seu corpo
reaja.

Dê tempo ao seu metabolismo para se acostumar com o novo padrão


alimentar. Podem surgir alguns efeitos secundários inicialmente,
consequências da súbita mudança de hábitos. É normal que o corpo
experimente um período de stress por essa mudança. Afinal, foram
anos de hábitos X que repentinamente mudaram para hábitos Y.

Permita uma margem de pelo menos um mês antes de


tirar conclusões. Depois desse período, seu corpo começa
a compreender e se acostumar ao novo padrão programático.
O Jejum Intermitente é isso mesmo: um programa.

Outra coisa importante a ter em mente é SUA EXPERIÊNCIA É ÚNICA.


Cada pessoa vai vivenciar a sua própria maneira, com suas próprias
dificuldades, benefícios e resultados. Nada disso é homogêneo e
linear. Até porque estão em questão a sua carga genética,
absolutamente única, o seu estilo de vida, a sua alimentação, a sua
rotina, fatores psicológicos e emocionais, entre outros detalhes
importantes deste quebra-cabeça.
Algumas mudanças corporais comprovadas por evidências científicas
são:

• Níveis de insulina: os níveis de insulina no sangue


caem significativamente, o que facilita a queima de gordura
corporal.
• Hormônio do crescimento: os níveis de hormônio
do crescimento aumentam na corrente sanguínea,
ajudando a queimar gordura e ganhar massa muscular.
• Reparo das células: o corpo induz processos
importantes de reparo das células, como a remoção de
resíduos.
• Expressão genética: mudanças benéficas em
diversos genes e moléculas relacionadas à longevidade
e fortalecimento do sistema imunológico foram
registradas por estudos científicos.

Essas mudanças não são imediatamente visíveis, pois


acontecem, por vezes, em microescalas dentro do seu corpo
(como a mudança nos genes). Mas são expressas com o tempo
em fatores que vão muito além da mera perda de peso, ganho
de massa ou outras razões estéticas.
ESTRATÉGIA LOW CARB, É VÁLIDO ALIAR AO
JEJUM INTERMITENTE?
Eu afirmo que é mais do que válido, vai proporcionar uma evolução
enorme no emagrecimento, porém deve ser feito apropriadamente
para a mulher na menopausa, alimentos que são liberados na LOW
CARB tradicional, não são bem vindas para a fase da menopausa,
pelo simples motivo de ser imprescindível que a saúde e bem estar
estejam juntos com o processo de emagrecimento.

Além de configurar a saúde metabólica das nossas células,


emagrecer com mais eficiência é possível que se tenha grandes
melhoras hormonais a ponto de melhorar o sono, a libido e ter mais
energia, porque estaremos diminuindo a ingestão de carboidratos e
aprendendo quais e em que hora usar adequadamente, isso será uma
reeducação natural acontecendo numa proposta
se proporcionar para o nosso corpo recuperar o ciclo circadiano tão
importante para regular hormônios como a melatonina(sono) a
Grelina (hormônio da fome) e a Leptina (hormônio da saciedade).

Existe uma tríade da saúde a ser defendida:

JEJUM INTERMITENTE
LOW CARB
HIDRATAÇÃO

Jejum intermitente: porque é uma estratégia milenar, natural e


fisiológica proporcionando a regeneração celular e emagrecimento.

Low carb: porque nos doutrina a fazer as melhores escolhas


alimentares, diminuindo a resistência insulínica interrompendo a
inflamação crônica, subclínica silenciosa a qual colocamos nosso
corpo em exposição a vida toda, e naturalmente potencializando o
processo de emagrecimento.
Hidratação: Porque tomar a quantidade de água necessária ao dia,
vai potencializar todo o processo metabólico sistêmico do nosso
corpo a nível hormonal, acelerando a regeneração celular, e a
modulação hormonal a ponto de ficar muito mais fácil o
emagrecimento da mulher na menopausa.

Estilo de vida nunca vem com um fato isolado, vem com um contexto
capaz de fazer o ser humano adotar bons hábitos para sair do
CÍRCULO VICIOSO e entrar no CICLO VIRTUOSO, essa é aparte mais
encantadora da vida, viver um processo e aprender a amá-lo, para que
ao chegar no objetivo final possamos sentir o doce sabor da vitória
sobre nós mesmas.
IMPORTANTE
Nenhuma parte deste livro digital pode ser reproduzida ou
transmitida por qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico
incluindo fotocópia, gravação ou por qualquer armazenamento de
informações ou sistema de recuperação, sem autorização escrita do
editor, exceto no caso de breves citações em artigos e comentários
mencionando sua fonte de origem.

Todo o conteúdo intelectual, idéias e sugestões contidas neste


material tem o intuito de tornar a vida das pessoas mais saudável.
Sempre comprometido com a verdade trazendo a informação e
educação para todas as pessoas. Informamos que neste material não
está contido nenhum tipo de prescrição médica ou nutricional.
Indicamos sempre a todas as pessoas seguirem orientação e
diagnósticos médicos e profissionais da área. Não existe nenhuma
intenção desse conteúdo ser utilizado como tratamento em qualquer
situação de tratamento de saúde. E é de suma importância antes de
mudar qualquer hábito alimentar significativo procurar um profissional
da saúde para ter sua aprovação e liberação.

Sabemos que todo conteúdo aqui descrito se apresenta de maneira


formal, mas é extremamente necessário cobrir todo aspecto legal
sobre o conteúdo aqui publicado. Qualquer dúvida ou problema que
possa surgir, entre em contato.
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