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PREVALÊNCIA DE LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS, SÍNDROME DE


BURNOUT E ESTRESSE RELACIONADOS COM O TRABALHO DE BOMBEIROS
MILITARES DA CIDADE DE OURINHOS-SP

Beatriz Lopes Cardoso1, Jaqueline Contim2, Theda Manetta da Cunha Suter3

RESUMO
Introdução: Os bombeiros militares em suas atribuições são comumente submetidos a cargas horárias excessivas,
frequente levantamento de peso e serviços repetitivos, além disso, enfrentam constante pressão emocional,
exigência de preparo físico o que os expõem a riscos para sua saúde. O objetivo desse estudo é verificar a
prevalência de estresse, síndrome de Burnout e de lesões músculo-esqueléticas entre os bombeiros militares da
cidade de Ourinhos-SP. Métodos: Esta pesquisa é do tipo descritiva, quantitativa e transversal, a amostra foi
constituída por 15 militares integrantes do Corpo de Bombeiros de Ourinhos-SP. Foram aplicados: Escala de
Estresse no Trabalho, Inventario de esgotamento profissional de Maslach e Questionário Nórdico Musculo-
esquelético. Resultados: Foram analisados questionários de 15(quinze) participantes sobre questões como
características pessoais, atividade profissional, prevalência de lesões musculo-esqueléticas, exaustão ocupacional
e estresse no trabalho. Foi possível observar um baixo nível de estresse nessa população e um alto nível de
satisfação com o seu trabalho, todavia um alto nível de lesão e/ou dores lombares e cervicais. Conclusão: Conclui-
se que os profissionais Bombeiros da cidade de Ourinhos-SP apresentam baixo índice de estresse no trabalho e
não são acometidos pela síndrome de Burnout, porém foi observado um alto índice de dores e lesões na região
cervical e lombar, pensando nisso se faz necessário maior atenção à saúde física do profissional bombeiro, com
foco na melhora da estrutura e equipamentos de trabalho, torna-se também de extrema importância uma
conscientização dos profissionais e realização de exercícios laborais com o objetivo de analgesia das regiões
citadas e fortalecimento das mesmas.

Palavras Chave: Transtornos Traumáticos Cumulativos. Estresse Ocupacional. Esgotamento psicológico.

ABSTRACT
Introduction: Military firefighters in their duties are commonly subjected to excessive workloads, frequent weight
lifting and repetitive services, and also face constant emotional pressure, physical fitness requirements which
expose them to risks to their health. The aim of this study is to verify the prevalence of stress, burnout syndrome
and musculoskeletal injuries among military firefighters in the city of Ourinhos-SP. Methods: This research is
descriptive, quantitative and cross-sectional. The sample consisted of 15 military members of the Fire Department
of Ourinhos-SP. The following were applied: Stress at Work Scale, Maslach Professional Exhaustion Inventory
and Nordic Musculoskeletal Questionnaire. Results: Questionnaires from 15 (fifteen) participants were analyzed
on questions such as personal characteristics, professional activity, prevalence of musculoskeletal injuries,
occupational exhaustion and stress at work. It was observed a low level of stress in this population and a high level
of satisfaction with their work, but a high level of injury and / or lower back and neck pain. Conclusion: It is
concluded that the firefighters of the city of Ourinhos-SP have a low rate of stress at work and are not affected by
Burnout syndrome, but it was observed a high rate of pain and injuries in the cervical and lumbar region, wondering
if It is necessary to pay more attention to the physical health of the firefighter, focusing on improving the structure
and work equipment. It is also extremely important to raise awareness of the professionals and perform work
exercises with the objective of analgesia of the mentioned regions and strengthening of them.

Keyword: Cumulative Traumatic Disorders. Occupational stress. Psychological exhaustion.

¹ Acadêmica do curso de Fisioterapia da Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos-SP. E-mail:


beatrizlopescardoso@hotmail.com
2
Acadêmica do curso de Fisioterapia da Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos-SP. E-mail:
jaquelinecontim@hotmail.com
3
Mestre e docente do curso de Fisioterapia da Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos-SP - FAESO: E-mail:
thedasuter@hotmail.com
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INTRODUÇÃO

O trabalho exercido pela operação de Bombeiro Militar é essencial para a


sociedade, suas demandas provêm de acidentes de origem humana, de desastres naturais e
tecnológicos que ocorrem de formas inesperadas. Tais situações oferecem risco de morte a este
trabalhador e exigem especificidade e planejamento para sua execução (GOIÁS, 2017).
Suas ações são caracterizadas por combate a incêndios, atendimento a traumas,
atendimentos pré-hospitalares, salvamentos aquáticos e terrestres, ações preventivas, regastes
em geral, perícias de incêndios, prestação de socorros em casos de inundação, desabamento ou
catástrofes, acidentes de trânsito, queimaduras, quedas de alturas, problemas cardiovasculares,
neurológicos, respiratórios, entre outros. Levando em consideração a quantidade e a
particularidade das demanda de atividades, alterações gerais de saúde podem acontecer, sendo
ela de ordem física ou psíquica (SILVA, 2017; RIO DE JANEIRO, 2008), além da grande
exigência física e pressão psíquica exercida sobre profissional do Bombeiro Militar, no qual
envolve um grande controle emocional perante as situações, principalmente aqueles
profissionais que lidam com vidas e situações que expõe riscos físicos (SOUZA et al. 2012).
O trabalho dos Bombeiros Militares no atendimento pré-hospitalar, tem como
objetivo diminuir o tempo de espera da vítima para seu atendimento médico e agilizar sua
chegada até as unidades hospitalares, possibilitando a redução de riscos óbitos e possíveis
sequelas (CAMPOS, 2015).
O frequente levantamento de peso, que muitas vezes pode ser superior a
capacidade do indivíduo, para transporte de equipamentos e até mesmo de pessoas, posturas
não naturais e movimentos inadequados e de longa permanência, intervenções em espaços
físicos pequenos, trabalhos repetitivos, muitas horas de trabalho, visto que a carga horaria de
trabalho desses profissionais chegam a 24 horas, são fatores de riscos ergonômicos que
influenciam no aparecimentos de lesões musculoesqueléticas (SILVA, 2012; SILVA et al.
2011).
As lesões musculoesqueléticas que estão relacionadas ao trabalho e são
consideradas as mais comuns na União Europeia segundo a Organização Internacional do
Trabalho (OIT), apresentando cerca de 24% em lombalgias e 22% em outras regiões do corpo,
além de haver 15% de incapacidade para o trabalho devido as lesões (Lavinha et al. 2013). No
Brasil, entre as doenças crônicas existentes, as dores da coluna são a segunda condição mais
prevalente sendo de 13,5%, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD) (IBGE, 2010).
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Em virtude a todas essas situações enfrentadas, emergências, fragilidade em


enfrentar eventos traumáticos, fatores de risco que podem ultrapassar sua formação técnica,
acidentes envolvendo colegas de trabalho, os profissionais se encontram mais vulneráveis ao
desenvolvimento de doenças psicológicas no trabalho (SILVA; LIMA; CAIXETA, 2010;
MINAYO; ASSIS; OLIVEIRA, 2011). Assim como nas suas atividades laborais repetitivas
associadas a constante pressão emocional, a exigência em estar preparado para as emergências
a todo momento, o contato constante com outros indivíduos, gerando esgotamento emocional,
e ao atendimento pré-hospitalar, os bombeiros militares podem ser acometidos pela Síndrome
de Burnout (SERRALHEIRO et al. 2011; FRANÇA et al. 2012), e também estão suscetíveis
ao desenvolvimento de estresse (LOUREL et. al. 2008).
A síndrome de Burnout é considerada um fenômeno psicossocial que tem gerado
agravos ocupacionais significativos na sociedade (SALANOVA; LLORENS, 2008), e segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS) é um grave problema devido suas negatividades físicas
e mentais, que são geradas pelo desgaste e esgotamento perante o trabalho (LEKA; JAIN 2010).
Existe também fatores pessoais e fatores relacionados ao trabalho que
contribuem para a ocorrência de Burnout (SEIDLER et al. 2014). No que se diz respeito a
atividade profissional, podemos dividir em três dimensões: exaustão emocional,
despersonalização e realização pessoal reduzida (MASLACH; LEITER, 2008). A exaustão
emocional é quando o indivíduo se sente incapacitado psicologicamente para se relacionar com
outras pessoas, por estar sobrecarregado e sem recursos emocionais para a interação. A
despersonalização é quando há uma resposta insensível e indiferente em consequência de
atitudes e sentimentos negativos em relação a prestação de serviço e as pessoas ao seu redor. A
realização pessoal reduzida está relacionada ao sentimento de incompetência e de realização do
trabalho, sentindo-se infeliz e insatisfeito, avaliando-se negativamente.
De acordo com o estudo realizado por Silva (2010) o que poderia contribuir para
o aparecimento da síndrome de Burnout, é a falta de suporte psicológico frequente para esses
trabalhadores. Uma das justificativas para esse fato convém da baixa remuneração pelos seus
serviços prestados, que de acordo com um estudo realizado em Florianópolis, foi possível
observar a insatisfação com o salário pelos bombeiros militares, além disso, sugerem suporte
profissional e apoio psicológico para que possam contestar sobre as ocorrências, a fim de que
isso não venha interferir na sua vida e em circunstâncias em geral (NATIVIDADE, 2009).
Em consequência a Síndrome de Burnout, o trabalhador pode ficar mais
vulnerável a ocorrência de acidentes devido a diminuição da qualidade de vida, ocorrendo
também a baixa produtividade, faltas ou atrasos, rotatividade, podendo levar até o abandono.
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No ambiente social, a síndrome pode levar a isolamento da sociedade, interferência no ambiente


familiar e até o rompimento de relações (SILVA; LIMA; CAIXETA, 2010).
Já o estresse é uma reação do organismo que acontece de acordo com a
necessidade de adaptação a situações que podem ser tanto positivas quanto negativas desde que
seja de grande relevância para o sujeito (FRIEDMAN, 2009). Quando há a falta de controle
sobre um determinado acontecimento e suas aptidões e recursos pessoais não são suficientes
para lidar com o mesmo, o estresse acaba fazendo parte da vida daquele ser.
Contudo, o estresse se trata de determinada situação que o indivíduo está
enfrentando ou após aquele acontecimento. Em que se diz respeito ao momento do
enfretamento, o estresse pode ser compreendido em reações biológicas e psicológicas do
indivíduo, no qual consequentemente terá ações para lidar com o estressor, podendo ser
percebida, socialmente construída, sendo uma ameaça real (MARRAS; VELOSO, 2012).
O estresse pode ser dividido em duas classes, sendo, estresse físico e estresse
psíquico. O estresse físico está relacionado ao esforço físico realizado no trabalho, sem que haja
o devido descanso para o trabalhador (ALMEIDA; GUTIERREZ; MARQUES, 2012), visto
que o ciclo de trabalho dos bombeiros militares são longos e a privação do sono também está
presente na rotina desses profissionais por conta de escalas noturnas (BATISTA;
MAGALHÃES; LEITE, 2016). O estresse psíquico é a relação em que o indivíduo é submetido
a responsabilidades durante determinado tempo. Podemos levar em consideração que cada
pessoa reage de uma maneira as pressões do trabalho, mas ainda não se sabe a causa.
Além de todos os aspectos citados, a preocupação, riscos físicos, químicos e
biológicos, hostilidade, sobrecarga, chefia autoritária, são fatores que interferem no aumento
do estresse (ALMEIDA; GUTIERREZ; MARQUES, 2012; BATISTA; MAGALHÃES;
LEITE, 2016).
Diante da importância de que as tarefas executadas pelos bombeiros sejam, no
mínimo, perfeitas para a população, é necessária uma boa saúde física e mental para
desenvolverem o seu trabalho de maneira eficaz. Além disso, são escassos estudos com estes
trabalhadores, desta forma se torna imperioso analisar a prevalência de lesões músculo-
esqueléticas, síndrome de Burnout e estresse relacionadas com o trabalho de bombeiros
militares (SILVA; COSTA; SARAIVA, 2011).
Ante o exposto, o objetivo desse estudo é verificar a prevalência de estresse,
síndrome de Burnout e de lesões músculo-esqueléticas entre os bombeiros militares da cidade
de Ourinhos-SP.
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MÉTODO
Esta pesquisa é do tipo descritiva transversal quantitativa. A pesquisa descritiva
tem como objetivo segundo (GIL, 2002) descrever as características de determinada população,
quantitativa que usa da estatística para análise e transversal “é o estudo epidemiológico no qual
fator e efeito são observados num mesmo momento histórico.“ (BORDALO, 2006, p. 5).
Inicialmente foi realizado um contato com o comando do 2º. Subgrupamento de
Bombeiros (SGB) da cidade de Ourinhos-SP. As pesquisadoras entraram em contato com o
responsável pelo Batalhão para assinatura do Termo de Autorização da Instituição
(APÊNDICE-1).
Foi realizado o contato com um dos bombeiros de forma que este ficasse
voluntariamente responsável pela entrega dos questionários aos colegas, pois o horário de turno
de cada bombeiro não permite estarem todos juntos no mesmo horário, é necessário sempre
estarem atentos a ocorrências. Após todos os questionários estarem respondidos, foram
coletados pelas pesquisadoras.
Os participantes assinaram espontaneamente o Termo De Consentimento Livre
e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE 2). Após assinarem o TCLE, foram aplicados os
questionários citados abaixo.
A amostra foi constituída por militares integrantes do 2° SGB do Corpo de
Bombeiros de Ourinhos-SP. Foram delimitados como critério de inclusão: a) Profissionais que
aceitaram participar do estudo; b) Possuir registro ativo no batalhão de bombeiro militar da
cidade de Ourinhos-SP; c) Possuir mais de um ano de exercício da função bombeiro militar.
Foram delimitados como critérios de exclusão da pesquisa: a) Bombeiros militares cumprindo
período de férias e/ou afastamento da função; b) Os que apresentaram os questionários com
insuficiência de dados. Foram excluídos da pesquisa três participantes, dois participantes por
insuficiência de dados nas respostas dos questionários e um participante por estar afastado do
trabalho por motivo de férias.
O estudo foi realizado no período de agosto a outubro de 2019, no 2° SGB Posto
De Bombeiros/Ourinhos-SP onde os bombeiros realizam suas atividades. Fazem parte desse
estudo um total de 15 participantes do corpo de bombeiros da cidade de Ourinhos-SP.
A coleta de dados foi realizada através da utilização de um questionário de
anamnese (APÊNDICE 3) juntamente com o Questionário Nórdico Músculo-esquelético
(QNM) (ANEXO 1). Para avaliar o estresse no trabalho foi utilizada a Escala de Estresse no
Trabalho (EET) (ANEXO 2); e Inventario de Esgotamento Profissional de Maslach (MBI)
(ANEXO 3) para avaliar a Síndrome de Burnout.
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O questionário de anamnese é divido em características pessoais, data de


nascimento, sexo, peso, altura e prática ou não de atividade física e em características da
atividade profissional que é composto por perguntas sobre quanto tempo de profissão, quantas
horas trabalhadas semanalmente, quantas ocorrências por dia e adequação do local de trabalho.
O QNM, adaptado e validado para a língua portuguesa por Mesquita et al.
(2010), é utilizado para avaliar se o participante apresentou dores, desconforto ou dormência
nos últimos 12 meses e se por algum desses precisou ausentar-se ou afastar-se do trabalho,
também avalia se apresentou dores nos últimos 7 dias. As regiões são mostradas anteriormente
ao questionário, mas como os profissionais participantes têm conhecimento sobre as
determinadas regiões não foi necessário. As regiões avaliadas foram: pescoço, ombros, região
torácica, região lombar, cotovelos, punho/mão, coxas/ancas, joelhos e tornozelos/pés; no final
de cada resposta era apresentada uma escala visual analógica (EVA) onde 0 seria sem dor
alguma e 10 seria dor máxima, considerando os últimos 7 dias (MESQUITA, 2010). Para o uso
do questionário nórdico musculo esquelético foi enviado um e-mail para autorização de uso
(APÊNDICE 4).
A EET foi validada por Paschoal e Tamayo (2004), ela é composta de 23 itens
com perguntas fechadas do tipo Likert sobre situações estressantes do trabalho, a escala pontua
de 1 a 5 (1-discordo totalmente, 2- discordo, 3-concordo em parte, 4-concordo e 5-concordo
totalmente). O escore varia de 23 a 115 pontos, sendo que quanto maior o escore maior o nível
de estresse ocupacional.
O MBI também conhecido como “Maslach Burnout Inventory” foi criado com
o intuito de avaliar a incidência da síndrome de Burnout, elaborado por Christina Maslach e
Susan Jackson (1981) e traduzido e validado para a língua portuguesa por Carlotto e Câmara
(2007) tem sido um instrumento muito utilizado nas diversas profissões para avaliar a vivência
dos profissionais em seu trabalho. A versão atual do MBI é composta por 22 perguntas fechadas
do tipo Likert, variando de 1 a 5 (1-nunca, 2- algumas vezes no ano, 3- algumas vezes no mês,
4- algumas vezes na semana e 5-diariamente). As perguntas de 1 a 8 são caracterizadas pela
realização pessoal e as perguntas de 9 a 22 são caracterizadas pela exaustão emocional e
despersonalização.
Os dados obtidos foram organizados e tabulados através do programa IBM SPSS
(Statistical Package of Social Scienc), versão 22.
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RESULTADOS

Quanto as variáveis sociodemográficas no 2° SGB Corpo de Bombeiro de


Ourinhos-SP estão registados 18 (dezoito) bombeiros militares, porém 1 (um) deles estava
afastado do trabalho por motivo de férias. Foram convidados a participar do estudo de início 17
(dezessete) participantes, porém 2 (dois) participantes foram excluídos da pesquisa por
insuficiência de dados nas respostas dos questionários. Foram então analisados os questionários
de 15 (quinze) participantes sobre questões como características pessoais, atividade
profissional, prevalência de lesões músculo-esqueléticas, exaustão ocupacional e estresse no
trabalho.
A faixa etária dos participantes da pesquisa variou de 26 - 47 anos sendo a média
de idade dos militares de 37,70 anos, o tempo de trabalho na profissão variou de 7 -27 anos de
serviço com a média de 15,6 anos e 100% dos participantes são do sexo masculino. O peso
variou entre 68kg – 116kg com a média de 83,53kg e a altura variou de 1,68cm – de 1,95cm
com a média de 1,77cm.
Foi possível analisar por meio do Índice de massa corporal (IMC) calculados
pelo peso divido pela altura² apresentados na tabela 1, que 60% dos participantes estão acima
do peso segundo a tabela apresentada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)(2004), 13,3%
estão em obesidade grau I e 6,6% ou seja, 1(um) dos participantes está em obesidade grau II
(GUEDES; BISCUOLA; LIMA, 2015).

Tabela 1 – Apresentação das características dos participantes quanto ao sexo, faixa etária,
tempo de trabalho e IMC.
Variáveis N %
Sexo
Masculino 15 100
Feminino 0 0,0
Idade(anos)
25-30 3 20,0
31-35 3 20,0
36-40 2 13,3
41-45 4 26,6
46-50 3 20,0
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Tempo de serviço (anos)


5-10 4 26,6
11-15 4 26,6
16-20 4 26,6
20-25 2 13,3
25-30 1 6,6
IMC
18,5 a 24,9/Normal 3 20,0
25,0 a 29,9/Acima do peso 9 60,0
30,0 a 34,9/Obesidade I 2 13,3
35,0 a 39,9/Obesidade II 1 6,6
≥ 40,0/Obesidade III 0 0,0
Fonte: Elaboração própria, IMC baseado nos dados obtidos pela OMS, segundo Guedes;
Biscuola; Lima, (2015).

No questionário de anamnese sobre as características profissionais nas questões


“em média, há quantas ocorrências por dia?” a média geral de ocorrências em um dia de serviço
na cidade de Ourinhos-SP foi de 9,6 chamados e na questão “em média, quantas horas trabalha
por semana?” 93% responderam que trabalham em média 60 horas semanais e 7% responderam
que trabalham em média 72 horas semanais.
Os bombeiros em sua maioria (80%) realizam atividade física fora do horário de
trabalho. Nos últimos 12 meses 93% relatam ter sentido algum tipo de dor, desconforto e
formigamento e para diminuição dos sintomas procuraram intervenção fisioterapêutica. Sobre
as dores, desconfortos e formigamentos 100% dos bombeiros militares alegam ter relação com
execução de tarefas de serviço, e relatam que pode estar relacionado com manutenção de
posturas (em pé, ajoelhado..) por longos períodos (86,67%), realização de força (86,67%),
esforços repetitivos (93%) e movimentos bruscos imprevistos (73,34%).
Sobre o local de trabalho ser adequado (ou não) pensando na integridade física
e na realização de suas atividades (espaço disponível, altura ajustável das marquesas, aparelhos
móveis, entre outros) 20% dos bombeiros não consideram adequado.
O estresse ocupacional verificado por meio do questionário EET, de acordo com
a tabela 2, foi possível observar na questão: “A forma como as tarefas são distribuídas em minha
área tem me deixado nervoso” obteve a maior média (3,07) comparada as outras questões e
apresentou nível alto de estresse percebido.
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Respectivamente encontra-se a questão: “O tipo de controle existente no meu


trabalho me irrita” (2,67) apresentou médio nível de estresse percebido e a questão: “A falta de
autonomia na execução do meu trabalho tem sido desgastante” (2,47), apresentou baixo nível
de estresse ocupacional. A média restante das questões encontram-se abaixo de dois (1,93). A
média geral do nível de estresse percebido foi de 1,50 significando baixo nível de estresse nos
profissionais.

Tabela 2 – Dados da avaliação pela Escala de Estresse no Trabalho (EET) apresentados por
dimensões. Resultados em média e classificação do nível de estresse percebido.

Dimensão Média Nível de estresse percebido


Autonomia e Controle 2,09 baixo
Papéis e Ambiente de Trabalho 1,61 baixo
Relacionamento com o chefe 1,41 baixo
Relacionamentos Interpessoais 1,35 baixo
Crescimento e Valorização 1,28 baixo
Legenda: Valores abaixo de 2,5 o nível de estresse percebido é baixo. Paschoal e Tamayo
(2004) Fonte: Elaboração própria.

Os escores dos participantes não foram indicativos para a síndrome de Burnout,


como pode-se observar na tabela 3 os itens que avaliaram a realização pessoal se mantiveram
dentro do padrão normal, onde a média foi de 37,13 e estão relacionadas as questões de 1-8,
que tem a pontuação máxima de 40 pontos. De acordo com Grunfeld et al, (2000) quanto maior
a pontuação, menor o indicativo da síndrome de Burnout. As questões de 9-22 estão
relacionadas com a despersonalização e exaustão emocional, onde obteve-se a média de 24,2
com indicativo negativo para a síndrome de Burnout, esses itens têm a pontuação máxima de
70 pontos, sendo que quanto maior a pontuação o indicativo da Síndrome de Burnout é positivo.

Tabela 3- Dados obtidos por meio do MBI para analisar o índice da Síndrome de Burnout.
Escore
Inventário de esgotamento profissional de Maslach (MBI)
geral
Realização pessoal (questões de 1 a 8)
37,13
Despersonalização e exaustão emocional (questões de 9 a 22)
24,20
Fonte: Elaboração própria.
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As regiões anatômicas pescoço, lombar, coxas/ancas e joelhos, apresentaram os


maiores níveis de prevalência nas lesões musculoesqueléticas dos Bombeiros da cidade de
Ourinhos-SP como pode ser observado abaixo na figura 1.
A região com maior incidência de lesão e dor foi a lombar, dos participantes que
relataram dor a EVA variou de 1 a 10, com a média de 4,71. A região cervical ou pescoço como
é citado no questionário apresentou um alto índice de lesão e dor, a EVA variou de 1 a 4, com
a média de 2,5. Respectivamente, as regiões coxas/ancas e joelhos que apresentaram índices de
lesões musculoesqueléticas intermediários, a EVA variou de 1 a 7, com as médias 3,2 para
coxas/ancas e 3,66 para joelhos.

Figura 1- Dados obtidos por meio do Questionário Nórdico Musculo-esquelético, analisando as


Prevalências de Lesões Músculo-esqueléticas.

Prevalência de lesões músculo-esqueléticas


100%
80%
60%
40%
20%
0%
PESCOÇO LOMBAR COXAS JOELHOS

Ultimos 12 meses (dor, desconforto ou dormência)


Ultimos 12 meses (evitar atividades no serviço ou passatempos)
Ultimos 7 dias (algum problema)
Escala visual analógica (0 a 10)

Fonte: Elaboração própria.

DISCUSSÃO
De acordo com os resultados, foi possível observar a maior média de estressores
dos bombeiros militares da cidade de Ourinhos-SP, e respectivamente suas reações.
Almeida et al. (2015) em seu estudo comparando o estresse sofrido por
bombeiros militares na cidade de Santa Maria-RS, dentre as maiores médias obtidas no
questionário EET, encontra-se a questão “a forma como as tarefas são distribuídas em minha
área tem me deixado nervoso”. Também é possível observar o mesmo resultado referente a
questão acima no estudo de Marques (2012) que compara o estresse e enfrentamento sofrido
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pelo grupamento de Bombeiros localizado em uma cidade da Grande São Paulo, assim, é
possível observar que em outros estudos os resultados corroboram com a presente pesquisa, que
apresenta nível intermediário de estresse, o que significa um baixo indicativo de estresse
ocupacional.
Ainda no estudo de Marques (2012) é possível observar resultados semelhantes
à presente pesquisa nas seguintes questões: “O tipo de controle existente em meu trabalho me
irrita” e “A falta de autonomia na execução do meu trabalho tem sido desgastante”, que
resultaram a maior média entre os estressores respectivamente, assim como no presente estudo,
que obteve baixo indicativo de estresse ocupacional.
Prado (2011) demonstra no resultado de sua pesquisa que os bombeiros militares
de um quartel da cidade de Ponta Porã-MS não apontaram estresse, mesmo com os serviços
prestados serem propícios para o aparecimento do mesmo, sendo assim, os bombeiros
demonstraram adaptação e habilidade ao lidar com as sobrecargas e os demais fatores inerentes
ao serviço. Comparado ao presente estudo, a média de idade e tempo de serviço são
semelhantes, sendo a média de idade de 41 anos e o tempo de serviço 12 anos, ou seja, quanto
maior o tempo de serviço maior o domínio e conhecimento com as tarefas a serem realizadas,
assim como demonstra nos resultados da presente pesquisa, sendo assim, trabalhadores no
início de carreira são os mais suscetíveis para o surgimento de estresse.
No presente estudo as questões que apresentaram médias altas no questionário
EET, é possível identificar quais fatores estão desencadeando o estresse nos participantes,
mesmo o valor se encontrando em nível baixo. Podendo assim, os gestores desta corporação
darem mais atenção na forma em que as tarefas são distribuídas, o tipo de controle existente e
o aumento na autonomia na execução do trabalho dos bombeiros militares. De acordo com
Limongi-França e Rodrigues (2012), as reações do estresse são necessárias para a
sobrevivência, mas podem se tornar prejudiciais aos indivíduos, podendo gerar queda da
eficiência, ausências repetidas, insegurança, frustação, entre outros. Pensando nisso, uma
provável solução para diminuir essa causa seria promover maior autonomia aos profissionais
bombeiros para atribuição de suas tarefas.
No que se diz respeito a síndrome de Burnout, pode-se observar que os
resultados do que indicam alto nível de satisfação na realização pessoal e níveis reduzidos de
despersonalização e exaustão emocional, o que significa um baixo nível da síndrome de
Burnout nos bombeiros militares, assim como no estudo realizado por Vara e Queirós (2009)
no qual diz respeito a bombeiros voluntários e revelaram baixo índice de Burnout, corroborando
com a presente pesquisa.
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Miguel, Vara e Queiróz (2014) em sua pesquisa com bombeiros assalariados de


Portugal, foi encontrado o baixo nível de Burnout, e na análise da satisfação com o trabalho, os
mesmos encontram-se satisfeitos. O que sugere que esse seja um dos motivos pelo qual o nível
de Burnout se encontra baixo, pois, foi verificado em outras áreas profissionais que se o
profissional encontra-se satisfeito com o trabalho, as chances de desenvolver a síndrome é baixa
(GRIFFIN et al. 2010).
É possível observar também no estudo de Silva, Lima e Caixeta (2010) com
profissionais que trabalham no Corpo de Bombeiros de uma cidade do Alto do Paranaíba-MG,
que quando comparadas as três dimensões: realização pessoal, despersonalização e exaustão
emocional, 64,71% dos participantes não apresentaram a síndrome de Burnout e 35,29% dos
participantes apresentaram duas das três dimensões, o que significa que os bombeiros militares
estão em situação de risco para o desenvolvimento da síndrome.
A caracterização sociodemográfica pode ser uma das razões de não haver
apresentado a síndrome de Burnout no presente estudo, pois ela é mais prevalente em homens
mais jovens e com pouco tempo de atividade como bombeiro, e que muitas das vezes o mesmo
se sente inseguro em sua carreira por conta da exigência e responsabilidade que são submetidos
logo de início (GONÇALVES, 2014), sendo possível observar nas características dos
participantes do presente estudo que todos são homens e que a média de idade se encontra em
37,70 anos e a média de tempo de trabalho na profissão é de 15,6 anos.
Mesmo com todos os fatores de risco que esses profissionais estão expostos, e a
vulnerabilidade em desenvolver tanto o estresse quanto a síndrome de Burnout, existem vários
fatores que podem preservar os bombeiros, como por exemplo, a satisfação com o trabalho
(GASPAR; NEVES, 2013). Também pode-se levar em consideração a valorização que os
bombeiros militares recebem perante a sociedade, o que contribui com a satisfação dos mesmo
em relação ao trabalho a ser prestado, junto ao sentimento de importância, reconhecimento e
autoestima (WAGNER; O’NEILL, 2012).
Em relação as lesões músculo-esquelética, é possível observar que a maior
prevalência de lesões está relacionada com as execuções de tarefas no serviço, posturas em pé
ou ajoelhado por longos períodos, realização de força e esforços repetitivos e movimentos
bruscos de imprevisto. Fato esse que pode ser referenciado de acordo com Gonçalves (2004),
onde relata que as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Ocupacionais
Relacionados ao Trabalho (DORT), são as causas dos danos aos trabalhadores, levando ao
aumento do absenteísmos, maior rotatividade, redução da produção, e a procura por
intervenções médicas e fisioterapêuticas, e segundo Fraga (2006) o trabalho dos bombeiros é
13

caracterizada pela execução de atividades repetitivas, muitas vezes em posições inadequadas,


com grande sobrecarga e muita concentração, fatos que corroboram com os resultados da
presente pesquisa.
A porcentagem de bombeiros militares que deixaram de realizar atividades
normais do seu dia a dia em razão das lesões músculo-esqueléticas nos últimos doze meses no
presente estudo, pode ser justificada pelas dores crônicas e problemas músculo-esqueléticas que
também estão presentes nos pesquisados referente aos últimos doze meses. As dores crônicas
podem estar acompanhadas ou não de outras alterações como perda de força, dor local, edema,
rubor e alterações de temperatura, e são localizadas principalmente na região de pescoço, coluna
vertebral, e até mesmo problemas neurológicos (GARCIA, 2004).
Em seu estudo sobre bombeiros militares na região de Florianópolis-SC, Martins
(2012) verificou que as causas das dores lombares seriam consequentes às cargas de
equipamentos utilizados nos procedimentos, havendo a ligação entre o trabalho realizado pelos
bombeiros militares e a dor lombar, assim como contatado na presente pesquisa, as região mais
afetada pela dor é a região lombar e todos os participantes citam ter relação com os serviços
realizados, como esforços, posturas inadequadas e movimentos bruscos e repetitivos.
De 60 bombeiros militares entrevistados para a pesquisa de Marques et al. (2014)
que atuam no atendimento pré-hospitalar na cidade de Olinda-PE, nos últimos dozes meses,
70% deles apresentaram sintomas músculo-esqueléticos no geral e as regiões anatômicas mais
afetadas foram a região da coluna lombar e torácica. E nos últimos sete dias, a região corporal
que encontra a maior porcentagem de sintomas foram a região de coluna lombar e pescoço,
resultados que corroboram com a presente pesquisa. É possível observar que as regiões como
coxas e joelhos também são pontuadas com dores, porém, a porcentagem em ambos os trabalhos
se encontram baixas, sendo assim, a região que se encontra predominante a dor é a coluna
lombar e torácica e pescoço.
Já no estudo de Silva (2012), de 235 bombeiros voluntários pesquisados da
região de Douro-Portugal, 159 (67,7%) já haviam sentido dores no corpo relacionadas com a
atividade de bombeiro. Nos últimos doze meses a prevalência foi de 66% e nos últimos sete
dias foi de 36,2%. Do total de bombeiros que relataram ter sentidos dores, apenas 26,8%
procuraram meios de intervenção para sua melhorar, e 23% realizaram algum tipo de tratamento
sendo a fisioterapia 21 dos casos. Em relação as regiões anatômicas mais afetadas tanto nos
últimos doze meses, quanto nos últimos sete dias foram a região da coluna lombar
respectivamente a região da coluna cervical (pescoço).
14

As lesões músculo-esqueléticas também podem estar relacionadas ao tempo de


atividade nos serviços prestados pelos bombeiros militares, que incluem o trabalho noturno,
havendo a privação do sono junto à desordem do andamento biológico, afetando assim a saúde
do trabalhador (JUNIOR; SILVEIRA; ARAUJO, 2010), visto que no presente estudo a carga
horária semanal é em média de 60 à 72 horas, e por ser horário padrão dos bombeiros militares
podendo chegar a 24 horas de trabalho sem descanso.
A prevenção e redução as dores e lesões músculo-esqueléticas é de extrema
importância para os bombeiros militares, utilizando técnicas corretas quando necessária a
remoção e transferência de pacientes e utilização de equipamentos pesados, podendo assim
diminuir os esforços aplicados, além de atividades como a cinesioterapia laboral com exercícios
de alongamento e relaxamento, que atua na prevenção de fadiga muscular e vícios posturais.
(PERFEITO et al., 2012; MARTINS, 2012).

CONCLUSÃO
É possível concluir que mesmo com a carga horária excessiva dos profissionais
e com a disposição realizada em estar em alerta a todo o tempo para prováveis ocorrências, o
nível de estresse percebido foi baixo e não houve indicativo para Síndrome de Burnout, além
disso, apresentaram alto nível de satisfação com seu trabalho. Perante os métodos utilizados
para avaliar a prevalência de lesões músculo-esqueléticas pode-se concluir que o maior índice
de lesão foram as regiões lombar e pescoço, motivo pelo qual levou o absento de suas atividades
de serviço, tal explicação pode se ter pelo esforço repetitivo, manutenção de posturas e
carregamento excessivo de cargas. Os bombeiros em sua totalidade referem que as dores,
desconfortos e formigamentos tem relação com execuções de tarefas de serviço. Logo, se faz
necessário estudos que interviram nessa população que é tão importante para nossa sociedade
e realizam serviços de grandes riscos ergonômicos.

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19

APÊNDICE 1- TERMO DE AUTORIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO


20

APÊNDICE 2- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


Consentimento para sua participação na pesquisa “Prevalência de lesões
musculoesqueléticas, síndrome de Burnout e estresse relacionadas com o
trabalho de militares da cidade de Ourinhos”

Essas informações estão sendo fornecidas para sua participação voluntária


neste estudo, que visa analisar a Prevalência de lesões musculoesqueléticas,
síndrome de Burnout e estresse relacionadas com o trabalho de militares da cidade
de Ourinhos.
Os resultados do estudo poderão ser publicados em revistas, livros, ou eventos
científicos, o qual será mantido em sigilo sobre sua identidade, os dados coletados
serão utilizados somente para fins didáticos e de pesquisa.
Todo o procedimento será baseado na literatura sobre o tema, além de
respeitar sua individualidade, este estudo será importante para ampliar os
conhecimentos a respeito dos resultados obtidos.
Você não é obrigada(o) a participar deste estudo e pode desistir durante a
realização do mesmo a qualquer momento, sem qualquer prejuízo. Com isso, não há
despesas pessoais de sua parte para a participação neste estudo. Assim como não
há compensação financeira. Caso concorde voluntariamente em participar deste
estudo, você deve assinar este documento na presença de uma testemunha.
Este é um documento que serve para sua proteção e do pesquisador no âmbito
geral e moral. Deste modo as alunas pesquisadoras responsáveis Beatriz Lopes
Cardoso e Jaqueline Contim do curso de Fisioterapia da Faculdade Estácio de Sá de
Ourinhos poderão ser contatadas, estando disponível através dos telefones (14)
99643-8533 e (14) 99663-1220 e e-mails beatrizlopescardoso@hotmail.com e
jaquelinecontim@hotmail.com

_____________________ ________________ Data:__/__/____


Assinatura do voluntário (a) Telefone

Declaro que obtive de forma apropriada o Consentimento Livre e Esclarecido deste


voluntário para a participação neste estudo.

______________________ ______________________ Data:__/__/____


Assinatura da pesquisadora Assinatura da pesquisadora
21

APÊNDICE 3- QUESTIONÁRIO DE ANAMNESE


1 Características pessoais
1.1 Data de nascimento:___/___/___
1.2 Sexo: ( )F ( )M 1.3 Qual seu peso? ________kg 1.4 Qual sua altura? ______cm
1.5 Prática alguma atividade física atualmente, além de suas atividades de trabalho?
Não ( ) Sim ( )
2. Características da Atividade Profissional:
2.1 Há quanto tempo exerce a sua atividade profissional, como bombeiro? __________
2.2 Qual a sua área de intervenção predominante? (setor em que trabalha) ________________
2.3 Em média, quantas horas trabalha por semana? _______________
2.4 Em média, há quantas ocorrências, por dia? ___________________
2.5 Considera o local onde trabalha adequado para uma correta intervenção e benéfico para
manter a sua integridade física (espaço disponível, altura ajustável das marquesas, aparelhos
móveis, entre outros)?
Não ( ) Sim ( )
3. Nos últimos 12 meses, se teve algum problema (tal como dor, desconforto ou dormência)
identificado anteriormente, procurou alguma intervenção fisioterapêutica para o solucionar?
(caso não tenha tido nenhum problema nos últimos 12 meses, não responda as seguintes
perguntas)
Não ( ) Sim ( )
3.1 O problema identificado anteriormente considera estar relacionado com: (assinale a que se
diz respeito)
-Manutenção de posturas (por ex. de pé, ajoelhado) por longos períodos de tempo ( )
-Execução de tarefas de serviço ( )
- Realização de força ( )
- Movimentos bruscos imprevistos ( )
- Realização esforços repetidos ( )
Outros______________________________________________________________________
22

APÊNDICE 4 – AUTORIZAÇÃO PARA USO DE QUESTIONÁRIO NÓRDICO


MÚSCULO-ESQUELÉTICO
23

ANEXO 1-QUESTIONÁRIO NÓRDICO MÚSCULO-ESQUELÉTICO (QNM)

Instruções para o preenchimento

• Por favor, responda a cada questão assinalando um “X” na caixa apropriada:


• Marque apenas um “X” por cada questão.
• Não deixe nenhuma questão em branco, mesmo se não tiver nenhum problema em qualquer
parte do corpo.
• Para responder, considere as regiões do corpo conforme ilustra a figura abaixo.

Versão portuguesa: Cristina Carvalho Mesquita // Contacto para autorização de utilização: ccm@estsp.ipp.pt
24

Questionário Nórdico Músculo-esquelético Código:

Idade_____Data de nascimento____/___/___Sexo_________Data de hoje____/____/_____

Posto de trabalho_________________________________Estado civil__________________


Nome_______________________________________________________________________

Responda, apenas, se tiver algum problema


Considerando os últimos Durante os últimos 12
12 meses, teve algum meses teve que evitar as Teve algum
problema (tal como dor, suas actividades normais problema nos últimos 7
desconforto ou (trabalho, serviço dias, nas seguintes
dormência) nas doméstico ou regiões:
seguintes regiões: passatempos) por causa
de problemas nas
seguintes regiões:
1. Pescoço? 2. Pescoço? 3. Pescoço? 4.
Não Sim
1 2
Não Sim Não Sim
1 2 1 2
5. Ombros? 6. Ombros? 7. Ombros? 8.

Não Sim Não Sim Não Sim


1 2 , no ombro direito 1 2 , no ombro direito 1 2 , no ombro direito
3 , no ombro 3 , no ombro 3 , no ombro
esquerdo 4 , em esquerdo 4 , em esquerdo 4 , em
ambos ambos ambos
9. Cotovelo? 10. Cotovelo? 11. Cotovelo? 12.

Não Sim Não Sim Não Sim


1 2 , no cotovelo 1 2 , no cotovelo 1 2 , no cotovelo direito
direito direito 3 , no cotovelo esquerdo
3 , no cotovelo esquerdo 3 , no cotovelo esquerdo 4 , em ambos
4 , em ambos 4 , em ambos
13. Punho/Mãos? 14. Punho/Mãos? 15. Punho/Mãos? 16.

Não Sim Não Sim Não Sim


1 2 , no punho/mãos 1 2 , no punho/mãos 1 2 , no punho/mãos
direitos direitos direitos
3 , no 3 , no 3 , no
punho/mãos punho/mãos punho/mãos
esquerdos esquerdos esquerdos
4 , em ambos 4 , em ambos 4 , em ambos
17. Região Torácica? 18. Região Torácica? 19. Região Torácica? 20.

Não Sim Não Sim Não Sim


1 2 1 2 1 2
21. Região Lombar? 22. Região Lombar? 23. Região Lombar? 24.

Não Sim Não Sim Não Sim


1 2 1 2 1 2
25. Ancas/Coxas? 26. Ancas/Coxas? 27. Ancas/Coxas? 28.

Não Sim Não Sim Não Sim


1 2 1 2 1 2
29. Joelhos? 30. Joelhos? 31. Joelhos? 32.

Não Sim Não Sim Não Sim


1 2 1 2 1 2
33. Tornozelo/Pés? 34. Tornozelo/Pés? 35. Tornozelo/Pés? 36.

Não Sim Não Sim Não Sim


1 2 1 2 1 2
Versão portuguesa: Cristina Carvalho Mesquita Contacto para autorização de utilização: ccm@estsp.ipp.pt
25

ANEXO 2- ESCALA DE ESTRESSE NO TRABALHO (EET)

Versão apresentada por Carlotto e Câmara (2007)


26
27
28

ANEXO 3 – INVENTÁRIO DE ESGOTAMENTO PROFISSIONAL (MBI)


29
30

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