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ProcedimentosDeRede Módulo 2 Submódulo 2.3 Submódulo 2.3
ProcedimentosDeRede Módulo 2 Submódulo 2.3 Submódulo 2.3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................3
2 OBJETIVO .......................................................................................................................................3
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ..................................................................................................4
4 RESPONSABILIDADES ..................................................................................................................4
4.1 DO OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS ..............................................................4
4.2 DOS AGENTES DE TRANSMISSÃO ...................................................................................................4
4.3 DOS AGENTES DE GERAÇÃO, DE DISTRIBUIÇÃO, DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO E CONSUMIDORES....4
5 PRINCÍPIOS BÁSICOS ...................................................................................................................5
6 NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS ...............................................................................................5
7 SUBESTAÇÃO ................................................................................................................................5
7.1 ARRANJO DE BARRAMENTO E ÁREA DA SUBESTAÇÃO ......................................................................5
7.2 CORRENTE EM REGIME PERMANENTE ............................................................................................7
7.3 ATERRAMENTO.............................................................................................................................8
7.4 CAPACIDADE DE CURTO-CIRCUITO .................................................................................................8
7.5 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO ...................................................................................................8
7.6 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA ........................................................................................................9
8 EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO ..........................................................................................10
8.1 UNIDADES TRANSFORMADORAS DE POTÊNCIA. .............................................................................10
8.2 EQUIPAMENTOS DE COMPENSAÇÃO REATIVA CONVENCIONAL ........................................................14
8.3 COMPENSADOR ESTÁTICO DE POTÊNCIA REATIVA .......................................................................18
8.4 UNIDADES FACTS .....................................................................................................................23
8.5 DISJUNTORES ............................................................................................................................25
8.6 SECCIONADORAS, LÂMINAS DE TERRA E CHAVES DE ATERRAMENTO ..............................................26
8.7 PARA-RAIOS...............................................................................................................................27
8.8 TRANSFORMADORES DE POTENCIAL ............................................................................................27
8.9 TRANSFORMADORES DE CORRENTE ............................................................................................27
8.10 REQUISITOS PARA OS SERVIÇOS AUXILIARES DE CORRENTE CONTÍNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
DAS SUBESTAÇÕES...........................................................................................................................27
1 INTRODUÇÃO
1.1 Para assegurar que as instalações de transmissão tenham o desempenho adequado, faz-se
necessário estabelecer um conjunto de requisitos técnicos para assegurar o desempenho de cada
um dos elementos funcionais de transmissão, quais sejam, linhas de transmissão (LT),
transformadores, compensadores de potência reativa, dentre outros.
1.2 Os requisitos técnicos mínimos descritos neste submódulo aplicam-se às instalações de
transmissão integrantes ou que venham a integrar a Rede Básica ou as instalações de transmissão
de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica.
1.3 Também devem observar o disposto neste submódulo, os agentes de geração, de distribuição,
de exportação/importação e/ou consumidores responsáveis por subestações com conexão às
instalações sob responsabilidade de concessionária de transmissão.
1.4 Este submódulo trata dos requisitos para as subestações, para os equipamentos integrantes
das Funções Transmissão Transformação – FTTR, Controle de Reativo – FTCR e Módulo Geral –
FTMG e para os equipamentos terminais da Função Transmissão Linha de Transmissão – FTLT.
1.5 Os requisitos apresentados neste submódulo referem-se à unidade transformadora de potência,
à unidade de compensação de potência reativa convencional, ao banco de capacitores série fixos,
às unidades FACTS (Flexible AC Transmission Systems) e aos barramentos, bem como aos
seguintes módulos que compõem as Funções Transmissão – FT:
(a) módulo de entrada de LT;
(b) módulo de conexão de unidade transformadora de potência;
(c) módulo de conexão de unidade de compensação reativa convencional;
(d) módulo de conexão de banco de capacitores série fixos;
(e) módulo de conexão de unidades FACTS; e
(f) módulo de interligação de barras.
1.6 O módulo e submódulos aqui mencionados são:
(a) Submódulo 2.4 Requisitos mínimos para linhas de transmissão;
(b) Submódulo 2.6 Requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de registro de
perturbações e de teleproteção;
(c) Submódulo 2.7 Requisitos de supervisão e controle para a operação;
(d) Submódulo 2.8 Gerenciamento dos indicadores de qualidade da energia elétrica da Rede
Básica e de desempenho das funções transmissão;
(e) Submódulo 10.14 Requisitos operacionais para os centros de operação, subestações e
usinas da Rede de Operação;
(f) Módulo 12 Medição para faturamento; e
(g) Submódulo 23.3 Diretrizes e critérios para estudos elétricos.
2 OBJETIVO
2.1 O objetivo deste submódulo é atribuir responsabilidades e estabelecer os requisitos mínimos
para as subestações, para os equipamentos integrantes das FTTR, FTCR e FTMG e para os
equipamentos terminais das FTLT das instalações de transmissão integrantes ou que venham a
integrar a Rede Básica ou as instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a
interligações internacionais conectadas à Rede Básica e os requisitos mínimos aplicáveis aos
agentes de geração, de distribuição, de importação/exportação e consumidores responsáveis por
subestações com conexão às instalações sob responsabilidade de concessionária de transmissão.
4 RESPONSABILIDADES
5 PRINCÍPIOS BÁSICOS
5.1 Os equipamentos e instalações não podem comprometer o desempenho sistêmico da Rede
Básica, limitar a operação da Rede Básica ou das instalações de transmissão de energia elétrica
destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica, nem tampouco impor
restrições às instalações a elas conectadas.
5.2 Deve haver uma coordenação e compatibilização entre as capacidades nominais e de
sobrecargas de todos os equipamentos de uma mesma FT.
7 SUBESTAÇÃO
7.1.2.4 Para os barramentos com tensão igual ou superior a 345 kV, é permitida a adoção inicial de
arranjo de barramento em anel simples, desde que o arranjo físico dos barramentos da subestação
seja projetado conforme estabelecido no item 7.1.1.1 deste submódulo.
7.1.2.5 Para os barramentos de 230 kV, cujas subestações constituam sistemas radiais simples, é
permitida a adoção de arranjo de barramento em barra principal e transferência, desde que o arranjo
físico desse barramento seja projetado de forma a permitir a evolução para o arranjo estabelecido
no item 7.1.1.1 deste submódulo.
7.1.2.6 No caso de acesso à Rede Básica por agente de geração, de distribuição, de
importação/exportação, ou consumidor, os arranjos de barramento devem observar:
(a) Para conexão em uma subestação da Rede Básica ou das instalações de transmissão de
energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica, o
acessante deve seguir o arranjo de barramento da referida subestação. Caso o arranjo da
subestação não atenda aos requisitos do item 7.1.1.1 deste submódulo, o acessante deve
adequar sua conexão quando da adequação da subestação a esses requisitos. Essa
obrigação do acessante deve constar do respectivo Contrato de Conexão às Instalações
de Transmissão – CCT.
(b) Para conexão por meio de seccionamento de LT da Rede Básica ou das instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à
Rede Básica, o arranjo de barramento da subestação a ser integrada deve observar o
disposto no item 7.1.1.1 deste submódulo e a subestação, com isolamento a ar, deve ter
pelo menos a seguinte área mínima, observado o maior nível de tensão da subestação
(Vmax):
(1) Vmax < 88 kV: 8.000 m2;
(2) 88 kV ≤ Vmax ≤ 138 kV: 15.000 m 2;
(3) 138 kV < Vmax ≤ 230 kV: 25.000 m 2;
(4) 230 kV < Vmax ≤ 345 kV: 100.000 m 2;
(5) Vmax ≥ 440 kV: 140.000 m 2.
(c) Para conexão por meio de seccionamento de LT da Rede Básica ou das instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à
Rede Básica em tensão igual ou superior a 345 kV, os vãos de entrada de linha
associados ao seccionamento devem ser instalados no mesmo módulo de infraestrutura
de manobra correspondente ao arranjo final da subestação do acessante. A conexão
pode ter arranjo de barramento inicial em anel simples, até o limite de quatro conexões,
considerando aquelas do seccionamento da LT.
(1) O arranjo físico desse barramento deve ser projetado de forma a permitir a evolução
para o estabelecido no item 7.1.1.1 deste submódulo, e as conexões devem atender
ao disposto no item 5.1 deste submódulo.
(2) No caso de compartilhamento entre agentes de geração, de importação/exportação
e/ou consumidores, os custos do disjuntor central da subestação com arranjo de
barramento disjuntor e meio e demais equipamentos e instrumentos a ele
associados devem ser igualmente divididos entre as partes. A responsabilidade pela
operação do disjuntor central deve ser estabelecida no CCT.
(3) Se o compartilhamento referido no item 7.1.2.6 (c) (2) deste submódulo envolver
uma transmissora, a responsabilidade pelo disjuntor e demais equipamentos e
7.2.3 Os equipamentos de conexão em série com LT devem atender aos requisitos de capacidade
de corrente estabelecidos no Submódulo 2.4, para o período de concessão da instalação.
7.2.4 Os barramentos e demais equipamentos referidos nos itens 7.2.2 e 7.2.3 deste submódulo
devem ser dimensionados considerando a indisponibilidade de elementos na subestação.
7.3 Aterramento
7.3.1 As instalações de transmissão devem ser solidamente aterradas, atendendo às relações
X0/X1 3 e R0/X1 1. Esse requisito deve contemplar a etapa final de evolução da instalação,
conforme previsto pelos estudos de planejamento da expansão da transmissão.
8 EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO
existente, situação na qual o comutador em carga deve ter as mesmas características de derivações
e de locação da unidade transformadora de potência existente.
8.1.4 Condições operativas
8.1.4.1 As unidades transformadoras de potência devem ser capazes de operar com as suas
potências nominais, em regime permanente, para toda a faixa operativa de tensão definida na
Tabela 1 do Submódulo 23.3, tanto no primário quanto no secundário. Caso possuam comutadores
de derivação, sejam eles em carga ou não, a referida faixa operativa deverá ser atendida para todas
as posições desses comutadores.
8.1.4.2 As unidades transformadoras de potência devem ser especificadas e dimensionadas para
vida útil estabelecida em regulamento da ANEEL.
8.1.4.3 A unidade transformadora de potência deve ser dimensionada para três situações distintas:
carregamento em condição normal de operação, carregamento em condição de emergência de curta
duração e carregamento em condição de emergência de longa duração.
8.1.4.4 A transmissora deve garantir que, em condição normal de operação, a unidade
transformadora possa operar continuamente desde sua entrada em operação e ao longo de toda a
vida útil com carregamento de 100% da potência nominal.
8.1.4.5 A transmissora deve garantir que, em condição de emergência de curta duração e de longa
duração, a unidade transformadora possa operar sempre que solicitada pelo ONS desde sua
entrada em operação e ao longo de toda a vida útil nas condições operativas descritas a seguir:
(a) Carregamento de 120% da potência nominal por período de 4 (quatro) horas do seu ciclo
diário de carga para a expectativa de perda de vida útil normal estabelecida nas normas
técnicas de carregamento de transformadores. A referida sobrecarga de 20% deve poder
ser alcançada para qualquer condição prévia de carregamento do transformador no seu
ciclo diário de carga;
(b) Carregamento de 140% da potência nominal por período de 30 (trinta) minutos do seu
ciclo diário de carga para a expectativa de perda de vida útil normal estabelecida nas
normas técnicas de carregamento de transformadores. A referida sobrecarga de 40% deve
poder ser alcançada para qualquer condição prévia de carregamento do transformador no
seu ciclo diário de carga, inclusive para a condição ilustrada na Figura 1; e
(c) Os carregamentos de 120% e 140% podem ocorrer dentro do mesmo ciclo diário.
Carregamento (%)
140
120
100
4h 0,5h
24
Tempo (hora)
Figura 1 – Ciclo de carga diário.
8.1.4.6 É atribuição da transmissora a especificação para fabricação da unidade transformadora, de
forma que sejam atendidos os requisitos funcionais constantes no item 8.1.4 deste submódulo. A
especificação para fabricação deve levar em conta, entre outros, os seguintes aspectos:
(a) temperatura do local de implantação da unidade transformadora, conforme Norma Técnica
ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste submódulo; e
(b) a quantidade total de unidades transformadoras em paralelo no mesmo barramento para
o horizonte de planejamento da subestação.
8.1.4.7 É responsabilidade da transmissora a gestão da unidade transformadora, do ponto de vista
de rotinas de manutenção, de forma a possibilitar o atendimento aos requisitos funcionais
constantes no item 8.1.4 deste submódulo.
8.1.4.8 As unidades transformadoras de potência devem ser adequadas para operação em paralelo
nos terminais a serem conectadas. Caso seja detectada alguma situação sistêmica em que uma
unidade transformadora limite a operação da capacidade de transformação do conjunto em paralelo,
quer seja sob o ponto de vista da confiabilidade ou da flexibilidade operativa, o ONS, por iniciativa
própria ou motivado por solicitação de uma transmissora, deve avaliar e submeter à apreciação da
ANEEL a possibilidade de seu recondicionamento ou recapacitação.
8.1.4.9 Os procedimentos para aplicação de cargas nas unidades transformadoras de potência
devem atender à Norma Técnica ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste submódulo, além
dos requisitos funcionais constantes no item 8.1.4 deste submódulo.
8.1.4.10 Cada unidade transformadora de potência deve ser capaz de suportar o perfil de
sobreexcitação em vazio a 60 Hz apresentado na Tabela 4.
8.1.5 Impedância
8.1.5.1 O valor da impedância entre o enrolamento primário e o secundário de uma unidade
transformadora de potência deve ser no máximo de 14%, referenciado a 75ºC, na base nominal da
unidade transformadora de potência, com todo o sistema de refrigeração em operação. Impedâncias
superiores a essa apenas podem ser aceitas em caso de unidade transformadora defasadora ou
em situações especiais, como por exemplo, em caso de necessidade de limitação das correntes de
curto-circuito. No caso de unidade transformadora defasadora, a impedância deve ser dimensionada
de acordo com as necessidades do conjunto impedância-defasagem angular, de forma a prover o
desempenho previsto nos estudos de sistema.
8.1.5.2 Na definição do valor mínimo da impedância, devem-se considerar os máximos valores
admissíveis de corrente de curto-circuito explicitados no item 7.4.1 deste submódulo.
8.1.5.3 Os valores máximos e mínimos de impedância devem atender às condições de paralelismo
quando a unidade transformadora de potência for instalada em paralelo a outra existente.
8.1.6 Perdas
8.1.6.1 Autotransformadores
(a) O valor das perdas máximas para autotransformadores monofásicos ou trifásicos de
qualquer potência, com tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior a
230 kV, deve ser inferior ou igual a 0,3% da potência nominal, para operação primário-
secundário nas condições nominais de potência, frequência, tensões e tapes.
8.1.6.2 Transformadores
(a) No caso de transformadores trifásicos ou monofásicos de potência trifásica nominal
superior a 5 MVA, com tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior a
230 kV, as perdas máximas entre o primário e o secundário devem atender à Tabela 5,
para operação nas condições nominais de potência, frequência, tensões e tapes.
Tabela 5 – Perdas para transformadores, em percentagem de sua potência trifásica nominal à
tensão e frequência nominais.
Potência Trifásica Nominal (Pn(1)) Perdas Máximas
5 < Pn < 30 MVA 0,70 %
30 Pn < 50 MVA 0,60 %
50 Pn < 100 MVA 0,50 %
100 Pn < 200 MVA 0,40 %
Pn 200 MVA 0,30 %
Nota: (1) Pn: potência trifásica nominal no último estágio de refrigeração.
(b) Os valores de perdas definidos no item 8.1.6 deste submódulo não são aplicáveis para os
transformadores utilizados nos compensadores estáticos.
8.1.7 Nível de ruído
8.1.7.1 O nível máximo de ruído audível emitido pelas unidades transformadoras de potência deve
estar em conformidade com a Norma Técnica ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste
submódulo.
(2) Nas situações em que o reator está instalado nas proximidades de um banco de
capacitores série, atender às solicitações determinadas pelos estudos de fluxo de
potência, que podem levar, no ponto de instalação do reator, a valores de tensão
superiores à tensão máxima operativa do sistema.
(b) O dimensionamento do reator, do ponto de vista das temperaturas máximas possíveis de
serem atingidas, deve ser feito para a tensão máxima operativa, como estabelecido na
Tabela 1 do Submódulo 23.3 , ou para a tensão determinada pelos estudos de fluxo de
potência nas situações em que a tensão nominal seja superior à máxima tensão operativa
do sistema.
(c) Deve atender às características de temperatura conforme as Normas Técnicas ABNT.
(d) A operação na tensão nominal deve ser possível por toda a vida útil do reator.
8.2.2.2 Tolerâncias
(a) São admitidas as seguintes tolerâncias para a reatância: 2,0% por fase em relação ao
valor especificado. Nenhum valor medido de quaisquer das três fases deve afastar-se mais
de 1% do valor médio medido das três fases.
8.2.2.3 Esquemas de aterramento
(a) Os reatores podem considerar os seguintes esquemas de aterramento:
(1) estrela solidamente aterrada;
(2) estrela aterrada através de impedância.
(b) A necessidade de adoção de reator de neutro deverá ser identificada nos estudos de
religamento monopolar, considerando a frequência da rede entre 56 Hz e 66 Hz. Caso seja
necessário o uso de impedância de aterramento, o isolamento do neutro do reator deve
ser dimensionado considerando esse equipamento.
8.2.2.4 Regime de operação
(a) Os reatores em derivação devem ser especificados para operar continuamente na tensão
nominal definida no item 8.2.2.1 durante toda a sua vida útil.
(b) Os reatores manobráveis devem ser especificados para suportar os transitórios devido às
manobras de abertura e fechamento diária de seus disjuntores durante toda a sua vida
útil.
(c) As manobras de abertura e fechamento de reatores em derivação não devem provocar
sobretensões inadmissíveis ou transitórios de frequência elevada que possam colocar em
risco os demais equipamentos da subestação, nem o próprio reator manobrado. Deve ser
também observado o disposto no item 8.5.3 (b) deste submódulo.
(d) Os reatores devem ser capazes de suportar os níveis de sobretensões transitórias e
temporárias definidos pelos estudos de sistema.
(e) O dimensionamento dos reatores deve considerar a possibilidade de sobretensões em
regime normal de operação de forma a não serem limitadores da capacidade de
transmissão da LT.
8.2.2.5 Vida útil
(a) Os reatores em derivação submetidos ao regime de operação definido no item 8.2.2.4 (a)
deste submódulo devem ser especificados para a expectativa de vida útil regulamentada
pela ANEEL.
(b) Deverão ser especificados valores de sobrecarga superiores aos mencionados no item
8.2.3.3 (a) deste submódulo, caso os estudos de planejamento da expansão indiquem
esta necessidade.
8.2.3.4 By-pass do banco de capacitores série
(a) Não é permitida a atuação de dispositivos de proteção dos varistores do banco de
capacitores série para faltas externas à LT na qual o banco está instalado, à exceção dos
seguintes casos específicos:
(1) Faltas externas que sejam eliminadas em tempo superior ao tempo máximo de
eliminação de defeito tm (100 ms para VN 345 kV e 150 ms para VN< 345 kV).
Nesse caso, o dispositivo de proteção dos varistores só pode atuar tm milissegundos
após a detecção da falta. O banco de capacitores série deve ser reinserido em até
300 ms após a eliminação da falta.
(2) Faltas externas trifásicas eliminadas em até tm milissegundos, com religamento mal
sucedido após 500 ms de tempo morto. Nesse caso, o dispositivo de proteção dos
varistores só pode atuar após tm milissegundos da tentativa mal sucedida de
religamento.
8.2.3.5 Dispositivos de proteção dos equipamentos de compensação série que utilizem varistores
devem ser dimensionados considerando os varistores à base de óxido metálico.
8.2.3.6 Os requisitos de energia dos varistores devem ser definidos levando-se em consideração
todos os cenários e intercâmbios previstos no sistema de transmissão, bem como todos os tipos de
falta. Esses cenários devem abranger desde a configuração inicial até a do ano horizonte de
planejamento. Os requisitos devem ser definidos para a condição de falta externa mais crítica,
inclusive para a possibilidade de linha paralela fora de serviço.
8.2.3.7 O dimensionamento dos bancos de capacitores série deverá levar em consideração a
máxima corrente de swing identificada pelos estudos de sistema.
8.2.3.8 Os bancos de capacitores série devem ser dotados de mecanismos que possibilitem a
identificação e a adoção de medidas mitigadoras para as configurações operativas que possam
propiciar o surgimento de ressonâncias subsíncronas.
8.2.3.9 Os equipamentos adjacentes aos bancos de capacitores série e conectados à linha de
transmissão, tais como reatores em derivação, transformadores de corrente, transformadores de
potencial e para-raios, deverão ser especificados para a máxima tensão em regime permanente
associada à elevação de tensão causada pelo fluxo de corrente através do banco de capacitores
série. O valor da corrente a ser considerado é a máxima corrente especificada para o referido banco
de capacitores série.
(m) Deve ser fornecida ao ONS a memória de cálculo com o dimensionamento do circuito
principal do CER.
(n) Deve ser disponibilizado ao ONS os modelos computacionais para simulações de regime
permanente, transitórios eletromecânicos (estudos dinâmicos) e de transitórios
eletromagnéticos. Esses modelos devem ser entregues devidamente aferidos e
documentados.
8.3.2 Ajuste do sistema de controle
8.3.2.1 Deve-se levar em conta a potência de curto-circuito trifásica máxima no barramento de
conexão à Rede Básica ou às instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a
interligações internacionais conectadas à Rede Básica no ano de entrada em operação do CER e a
potência de curto-circuito mínima para o mesmo ano em condição de rede degradada. Essa
informação tem a finalidade de permitir um ajuste inicial adequado do sistema de controle do CER.
8.3.2.2 Os valores de pré-ajustes devem ser informados ao ONS, antes dos estudos pré-
operacionais, de forma a fornecer elementos para a otimização do desempenho dinâmico do
equipamento durante o desenvolvimento desses estudos.
8.3.2.3 Os valores destes pré-ajustes devem estar baseados em estudos de Real Time Digital
Simulator – RTDS, no qual o sistema de transmissão associado esteja representado. Os
equivalentes de curto-circuito devem estar localizados pelo menos a duas barras (segunda
vizinhança) do ponto de acoplamento comum do CER.
8.3.3 Tempos de eliminação de defeito
8.3.3.1 O projeto do CER deve considerar os tempos de eliminação de faltas apresentados na
Tabela 8:
Tabela 8 – Tempo de eliminação de faltas
Tempo de eliminação de faltas
Tensão(kV)
(ms)
Sem falha de Com falha de
disjuntor disjuntor
765 80 200
525 e 500 100 250
440 100 250
345 100 400
230 150 500
138 150 500
138 (*) 450 750
88 (*) 450 750
69 (*) 800 1000
Nota: (*) sem teleproteção.
8.3.4 Frequência
8.3.4.1 O CER deve ser dimensionado para operar nas seguintes condições de frequência:
(a) Faixa de Frequência em Regime Permanente: 60 Hz ± 0,2 Hz
(b) Faixa de Variação Transitória de Frequência
(1) 56 a 59,8 Hz por 20 segundos;
(2) 60,2 a 66 Hz por 20 segundos.
8.3.4.2 A faixa de operação em regime permanente deve ser utilizada para cálculos de desempenho
de equipamentos e as faixas de operação transitória para o cálculo dos valores de capacidade
(rating).
8.3.5 Ciclo de Sobrecarga
8.3.5.1 O CER deve ser capaz de suportar as condições de operação em sobrecarga de acordo com
a envoltória de sobretensões definida pelos estudos de planejamento. Essa envoltória deve
contemplar as sobretensões de manobra de elementos da rede, sejam unidades transformadoras
de potência, LT ou outros, situados eletricamente próximos e que possam submeter o ponto onde o
CER está conectado a sobretensões transitórias significativas. Essas manobras devem considerar
também topologias degradadas da rede.
8.3.5.2 Na indisponibilidade da envoltória de sobretensões definida pelos estudos de planejamento,
o CER deve ser capaz, no mínimo, de suportar as condições de operação em sobrecarga
apresentadas na Tabela 9.
Tabela 9 – Envoltória de sobretensões para operação em sobrecarga
Tensão (pu) Duração mínima da sobrecarga
1,80 50 ms
1,40 200 ms
1,30 1s
1,20 10 s
1,05(1) Continuamente
Nota (1): Para as tensões de operação de 500 ou 525 kV, o
ciclo deve prever a operação contínua para 550 kV (1,10 pu
de 500 kV).
DTHT = DTHI 2
h (em %)
(c) DTHTS95%: o maior valor de DTHT entre os sete valores obtidos, em base diária, ao longo
de 7 (sete) dias consecutivos. O DTHT, em base diária, é obtido com base no DTHT que
foi superado em apenas 5% dos registros obtidos no período de 1 (um) dia (24 horas),
considerando os valores dos indicadores integralizados em intervalos de 10 (dez) minutos.
8.3.8.2 Condições gerais e requisitos:
(a) A determinação do envelope de impedância harmônica da rede CA deve considerar os
diversos cenários de evolução da rede ao longo do período de concessão, nas
configurações relativas aos patamares de carga leve, média e pesada. Cargas podem ser
representadas, devendo-se entretanto demonstrar a adequação do modelo de carga
adotado. A carga deve ser representada onde ela está concentrada, principalmente na
distribuição primária. O envelope total pode ser subdividido em subenvelopes de
harmônicos sucessivos. Além dos harmônicos do grupo, devem ser incluídos em cada
subenvelope o harmônico imediatamente superior e imediatamente inferior as ordens
harmônicas do grupo, com a finalidade de garantir a intersecção entre os conjuntos.
(b) Os envelopes de impedância harmônica devem ser determinados considerando-se a
metodologia do setor circular (anular), ou seja, esses envelopes devem ser definidos pelos
seus raios máximo e mínimo e ângulos máximo e mínimo, conforme Figura 2. Esses
lugares geométricos devem ser submetidos à aprovação do ONS, antes de serem
incluídos no contrato de fornecimento do CER, como forma de garantir que o projeto dos
filtros se baseie em envelopes válidos.
Figura 2 – Setor circular (anular) – Plano de admitâncias, com os vetores representativos da rede
interna (Yih), da rede externa (Ybh) e do resultante Yhmin, visto do ponto de acoplamento comum
(PAC).
(c) Deve ser considerada a necessidade de atendimento ao desempenho harmônico, para as
configurações de rede completa e (n-1) da rede CA.
(d) Os filtros devem ser dimensionados para que não haja necessidade de desligamento por
overrating em condições operativas normais e de contingências simples (n-1) da rede
externa.
(e) Deve-se manter para todas as etapas de implementação do empreendimento do qual o
CER faz parte, o desempenho harmônico estabelecido no submódulo 2.8. Devem ser
consideradas as condições de máxima dessintonia dos filtros e as condições mais severas
de geração de correntes harmônicas pelos TCR.
(f) Deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um desbalanço
máximo de sequência negativa de 2,0%. Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia
automática, devem ser considerados os erros de controle.
(g) As instalações devem ter desempenho harmônico, do ponto de vista de distorção
harmônica no ponto de acoplamento comum (PAC) com a Rede Básica ou com as
instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais
conectadas à Rede Básica, demonstrado por meio de estudos e de medições nos
barramentos CA da Rede Básica ou das instalações de transmissão de energia elétrica
destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica conectados à
subestação onde se localiza o CER, conforme estabelecido no Submódulo 2.8. As
medições devem ser realizadas antes e imediatamente após a entrada em operação do
CER. Esses resultados devem ser encaminhados ao ONS no prazo de 90 (noventa) dias
após a entrada em operação do CER, na forma de relatório e planilha. O agente deve
instalar um equipamento de monitoração contínua, que utilize métodos e equipamentos
de medição conforme estabelecido nos Submódulos 2.8 e 12.2.
(h) As correntes harmônicas nas linhas CA conectadas ao CER não devem produzir
interferências nas linhas telefônicas, que estejam em operação na data de
comissionamento do CER, acima dos limites das normas correspondentes.
V < 69 kV V ≥ 69 kV
DTHI, h ímpar DTHI, h par DTHI, h ímpar DTHI, h par
ORDEM VALOR (%) ORDEM VALOR (%) ORDEM VALOR (%) ORDEM VALOR (%)
3, 5, 7 5% 3, 5, 7 2%
2, 4, 6 2% 2, 4, 6 1%
9, 11, 13 3% 9, 11, 13 1,5%
≥8 1% ≥8 0,5%
15 a 25 2% 15 a 25 1%
≥27 1% ≥27 0,5%
DTHT = 6% DTHT = 3%
8.5 Disjuntores
8.5.1 Os disjuntores devem ter tempos máximos de interrupção de 2 ciclos para as classes de
tensão de 800, 550, 460 e 362 kV e 3 ciclos para as classes de tensão de 242, 145 e 72,5 kV, em
60 Hz.
8.5.2 O ciclo de operação com religamento rápido deve atender aos requisitos da Norma Técnica
ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste submódulo.
8.5.3 Os disjuntores devem ser capazes de efetuar, em função das características específicas de
cada aplicação e dos requisitos sistêmicos, as seguintes operações:
(a) Abertura de linhas em vazio com sobretensão de pré-manobra à frequência de 60 Hz, de
acordo com os valores da Tabela 5 do Submódulo 23.3.
(b) Abertura de pequenas correntes indutivas, tal como na manobra de reatores em derivação,
sem provocar reignições, reacendimentos, sobretensões inadmissíveis ou transitórios de
frequência elevada que possam colocar em risco os equipamentos da subestação.
(c) Abertura em oposição de fases.
(d) Abertura de defeito trifásico não envolvendo terra, no barramento ou na saída de linha.
(e) Abertura de defeito quilométrico.
(f) Abertura da corrente de curto-circuito com a relação X/R do ponto do sistema onde será
aplicado.
8.5.4 Os disjuntores das unidades transformadoras de potência e dos bancos de capacitores em
derivação devem ser dotados de elementos ou sistemas que limitem os transitórios de energização
desses equipamentos, com o intuito de não causar sobretensões, subtensões ou sobrecorrentes
que afetem o desempenho da rede ou causem o funcionamento indevido dos sistemas de proteção
e controle.
8.5.5 Os disjuntores dos bancos de capacitores em derivação e os disjuntores que manobrarem
linhas de transmissão a vazio devem ser do tipo de “baixíssima probabilidade de reacendimento de
arco”, classe C2, conforme a Norma Técnica ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste
submódulo.
8.5.6 Os disjuntores dos bancos de reatores em derivação devem ser monopolares e dotados de
dispositivo de manobra controlada.
8.5.7 Para o dimensionamento dos disjuntores das conexões referidas no item 1.6 deste
submódulo, deve ser considerada qualquer falha ou indisponibilidade de disjuntor pertencente à
subestação que redunde em manobra de outro equipamento ou de LT.
8.5.8 Para o dimensionamento dos disjuntores das conexões referidas no item 1.6 deste submódulo
deve ser considerada qualquer falha ou indisponibilidade de disjuntor pertencente a subestações
adjacentes que redunde em manobra em conjunto com os equipamentos/LT a elas conectadas.
8.5.9 Os disjuntores das conexões dos enrolamentos secundários das unidades transformadoras
de potência devem ser adequados para abertura de defeito trifásico no barramento que não envolva
terra.
8.5.10 Os requisitos mínimos para a corrente nominal de disjuntores são, em função de sua classe
de tensão:
(a) Igual ou superior a 345 kV: 4.000 A; e
(b) 230 kV: 3.150 A.
8.5.11 Os disjuntores devem ter dois circuitos de disparo independentes, lógicas de detecção de
discrepância de polos e acionamento monopolar. Para disjuntores em níveis de tensão superiores
a 138 kV, o ciclo de operação nominal deve ser compatível com a utilização de esquemas de
acionamento e religamento automático tripolar e monopolar. Para disjuntores em níveis de tensão
iguais ou inferiores a 138 kV, o ciclo de operação nominal deve ser compatível com a utilização de
esquemas de acionamento e religamento automático tripolar.
8.5.12 Para determinação da tensão de restabelecimento transitória (TRT) para disjuntor na
manobra de LT a vazio deve-se levar em conta o valor eficaz da tensão fase-fase nas fases sãs,
frente a faltas monofásicas, apresentado na Tabela 3, à frequência de 60 Hz. Valores superiores
aos da Tabela 13 podem ser necessários, caso os estudos assim o determinem.
Tabela 13 – Valor eficaz da tensão fase-fase nas fases sãs, frente a faltas monofásicas, para
determinação do TRT de disjuntor na manobra de LT a vazio
8.5.13 Os disjuntores devem ter capacidade de manobrar outros equipamentos e/ou linhas de
transmissão existentes na subestação onde estão instalados, em caso de faltas nesses
equipamentos seguidas de falha do referido disjuntor, considerando inclusive disjuntor em
manutenção.
8.5.14 Os disjuntores devem ter capacidade de manobrar a linha de transmissão em conjunto com
os equipamentos / linhas de transmissão a elas conectadas em subestações adjacentes, em caso
de falta no equipamento / linha de transmissão da subestação adjacente, seguido de falha do
respectivo disjuntor.
8.5.15 Nos casos em que forem utilizados mecanismos de fechamento ou abertura controlados
devem ser especificados a dispersão máxima dos tempos médios de fechamento ou de abertura,
compatíveis com as necessidades de precisão da manobra controlada. O disjuntor deve ser
especificado em consonância com o procedimento descrito no Technical Report – IEC/TR 62271-
302 – High voltage switchgear and controlgear – Part 302: Alternating current circuit-breakers with
intentionally non-simultaneous pole operation.
8.6.3 Esses equipamentos devem permitir manobras de fechamento e abertura nas condições mais
severas de tensões induzidas de LT em paralelo, incluídas situações de ressonância e de
carregamento máximo.
8.6.4 As LT devem ter lâminas de terra ou chaves de aterramento com intertravamento mecânico.
8.7 Para-raios
8.7.1 Devem ser instalados para-raios nas entradas de LT e nas conexões de unidades
transformadoras de potência, de reatores em derivação e de bancos de capacitores não
autoprotegidos.
8.7.2 Os para-raios devem ser do tipo estação, a óxido metálico, sem centelhador.
8.10 Requisitos para os serviços auxiliares de corrente contínua e de corrente alternada das
subestações
8.10.1 Alimentação em corrente contínua para os sistemas de proteção, supervisão e controle
(a) Os serviços auxiliares de corrente contínua (CC) para alimentação dos sistemas de
proteção, supervisão e controle devem ter dois conjuntos independentes de bancos de
baterias com retificadores, alimentando cargas independentes, e cada conjunto deve ser
dimensionado para suprir toda a carga prevista em regime contínuo.
(b) É permitido o paralelismo entre os bancos de baterias apenas em tempo suficiente para
não necessitar reinicializar os sistemas digitais ou computadorizados dos sistemas de
proteção, supervisão e controle.
(c) Em caso de falta de alimentação de corrente alternada (CA), os bancos de baterias devem
ter autonomia para realizar as manobras de recomposição da subestação. Cada conjunto
bateria-retificador deve atender a toda a carga prevista para regime contínuo pelo período
mínimo de 5 (cinco) horas.
(d) Além disso, os serviços auxiliares CC devem atender aos critérios para alimentação dos
sistemas de proteção estabelecidos no Submódulo 2.6 e suprir os circuitos de iluminação
de emergência das subestações.
8.10.2 Alimentação em corrente contínua para os sistemas de telecomunicações
(a) Os serviços auxiliares CC para alimentação dos sistemas de telecomunicações devem ter
dois conjuntos independentes de bancos de baterias com retificadores, alimentando
cargas independentes, e cada conjunto deve ser dimensionado para suprir a carga total
imposta pelos equipamentos de telecomunicações da subestação.
(b) Em caso de falta de alimentação CA, cada banco de bateria deve ter autonomia de no
mínimo 10 (dez) horas, para atender à carga total dos equipamentos de telecomunicações
da subestação.
(c) Os equipamentos de telecomunicações devem ser alimentados por circuitos
independentes de cada um dos bancos de baterias, para que, na falta de tensão em um
dos circuitos, a alimentação seja transferida automaticamente para o outro circuito, sem
manter o paralelismo dos bancos de baterias. É permitido o paralelismo entre os bancos
de bateria apenas em tempo suficiente para não necessitar reinicializar os sistemas digitais
ou computadorizados dos sistemas de telecomunicações.
(d) Os conjuntos de baterias/retificadores mencionados no item 8.10.1 deste submódulo
devem ser independentes dos conjuntos mencionados no item 8.10.2 deste submódulo.
8.10.3 Alimentação em corrente alternada
(a) Os serviços auxiliares CA devem ter duas fontes de alimentação, sendo uma fonte externa
e outra da própria subestação - do terciário de unidade transformadora de potência da
subestação ou de unidade transformadora exclusiva para essa finalidade. Caso a
subestação não tenha unidade transformadora de potência, as duas fontes de alimentação
devem ser externas e de subestações distintas.
(b) Em caso de falta de tensão em uma fonte de alimentação, deve ser previsto um sistema
para realizar a transferência automática das cargas para a outra fonte de alimentação.
(c) Os serviços auxiliares CA devem ter, para casos de falta de tensão nas duas fontes de
alimentação CA, grupo motor-gerador com partida automática e capacidade para
alimentação das cargas essenciais da subestação. Cargas essenciais são aquelas
necessárias para iniciar o processo de recomposição da subestação, em caso de seu
desligamento total ou parcial.
8.10.4 Testes de manutenção
(a) Na programação de manutenção e testes dos serviços auxiliares, os agentes devem
considerar os requisitos mínimos de testes estabelecidos no Submódulo 10.14.