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Submódulo 2.

1
Definição das redes do Sistema
Interligado Nacional

Definição

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2022.08 Despacho ANEEL nº 1.772/2022 10/08/2022


Procedimentos de Rede - Módulo 2 – Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Definição das redes do Sistema Interligado
2.1 Definição 2022.08 16/08/2022
Nacional

ÍNDICE

1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 3

2. RESPONSABILIDADES .................................................................................................................... 3

2.1. Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS .............................................................................. 3

2.2. Agentes de transmissão, geração, distribuição, importação/exportação e consumidores .......... 3

3. DEFINIÇÃO DAS REDES DO SIN ...................................................................................................... 3

3.1. Rede Complementar ...................................................................................................................... 3

3.2. Rede de Operação ......................................................................................................................... 4

3.3. Rede de Supervisão ....................................................................................................................... 4

3.4. Rede de Simulação......................................................................................................................... 5

4. PRAZOS ........................................................................................................................................ 5

5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 5

6. ANEXOS........................................................................................................................................ 6

ANEXO A................................................................................................................................................ 7

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 – Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Definição das redes do Sistema Interligado
2.1 Definição 2022.08 16/08/2022
Nacional

1. OBJETIVO

1.1. Estabelecer os critérios para definição das seguintes redes que compõem o Sistema Interligado Nacional
(SIN), conforme ANEXO A:
(a) Rede Complementar;
(b) Rede de Operação;
(c) Rede de Supervisão; e
(d) Rede de Simulação.

2. RESPONSABILIDADES

2.1. Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS

(a) Atualizar a composição das redes do SIN, com a participação dos agentes.
(b) Disponibilizar aos agentes a atualização das informações das instalações, a cada revisão das redes do
SIN.

2.2. Agentes de transmissão, geração, distribuição, importação/exportação e consumidores

(a) Indicar representante para a atualização da composição das redes do SIN.


(b) Participar da revisão das redes do SIN.

3. DEFINIÇÃO DAS REDES DO SIN

3.1. Rede Complementar

3.1.1. A Rede Complementar se localiza fora dos limites da Rede Básica, definida na regulamentação
[1][2][3].
3.1.2. A Rede Complementar é composta por instalações cujos desligamentos afetam a otimização
energética do SIN e/ou afetam os parâmetros de avaliação do desempenho elétrico das instalações e dos
equipamentos da Rede Básica que levem a condições operativas fora dos critérios estabelecidos nos
Procedimentos de Rede.
3.1.3. A Rede Complementar é composta pelas seguintes instalações e equipamentos:
(a) instalações de conexão das usinas despachadas centralizadamente;
(b) barramentos e equipamentos de compensação reativa conectados a eles, localizados no secundário
e terciário dos transformadores de potência integrantes da Rede Básica; e
(c) outras instalações ou parte delas, tais como:
(1) conversores de frequência e suas instalações de conexão à Rede Básica, com tensão igual ou
superior a 230 kV;
(2) barramentos secundários de transformadores de fronteira, com instalações de conexão às usinas
despachadas centralizadamente;

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Definição das redes do Sistema Interligado
2.1 Definição 2022.08 16/08/2022
Nacional

(3) transformadores defasadores;


(4) transformadores sob responsabilidade do agente de distribuição, com tensão primária igual ou
superior a 230 kV; e
(5) instalações de transmissão de interesse exclusivo de Centrais de Geração para conexão
compartilhada (ICG).
3.1.4. As instalações que não compõem de forma permanente a Rede Complementar podem ser
identificadas na Rede Complementar em determinados cenários operativos que exigem a coordenação dos
seus desligamentos e o controle da operação de geração e transmissão, junto ao ONS.
3.1.4.1. Nestes cenários, essas instalações podem afetar a otimização energética do SIN e/ou ocasionar
impactos nos carregamentos e nas tensões das instalações e dos equipamentos da Rede Básica, ocasionando
condições operativas fora dos critérios estabelecidos nos Procedimentos de Rede.
3.1.5. A relação das instalações pertencentes à Rede Complementar, de forma permanente ou não, é
apresentada no cadastro de instalações operacionais no Submódulo 5.11 – Cadastro de Informações
Operacionais.

3.2. Rede de Operação

3.2.1. A Rede de Operação é composta pelas seguintes redes e instalações:


(a) Rede Básica [1][2][3];
(b) instalações de transmissão destinadas às interligações internacionais, conectadas à Rede Básica;
(c) Rede Complementar; e
(d) usinas despachadas centralizadamente.

3.3. Rede de Supervisão

3.3.1. A Rede de Supervisão é composta pela Rede de Operação e outras instalações, cuja monitoração por
meio do sistema de supervisão é necessária para que o ONS cumpra as suas responsabilidades de
coordenação e controle do SIN.
3.3.2. A Rede de Supervisão do SIN é composta pelas seguintes redes e instalações:
(a) Rede de Operação;
(b) instalações e equipamentos que garantem que o sistema supervisionado construa, em condições
normais de operação, um sistema elétrico observável, viabilizando a modelagem da rede elétrica para
o ONS processar funções avançadas de tempo real e realizar simulações de desempenho do SIN;
(c) instalações em que a ausência de supervisão pode levar a resultados incorretos nas simulações em
tempo real para verificação da segurança do SIN, tais como:
(1) instalações de transmissão destinadas às interligações internacionais, fora da Rede de Operação;
(2) ICG, fora da Rede de Operação;
(3) Demais Instalações de Transmissão (DIT), fora da Rede de Operação;
(4) instalações de distribuição, fora da Rede de Operação;

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Definição das redes do Sistema Interligado
2.1 Definição 2022.08 16/08/2022
Nacional

(5) instalações de conexão, que interligam as usinas despachadas centralizadamente à Rede de


Operação; e
(6) instalações que não compõem de forma permanente a Rede Complementar.
(d) outras instalações consideradas fundamentais para o modelo da rede elétrica conseguir representar
o funcionamento adequado das ferramentas de apoio à tomada de decisão em tempo real.
3.3.3. O modelo da rede elétrica, obtido a partir da Rede de Supervisão, deve permitir simulações de
contingências na Rede de Operação com desvio relativo de carregamento máximo de 10%, quando
comparados com os resultados da simulação dessas mesmas contingências na Rede de Simulação.

3.4. Rede de Simulação

3.4.1. A Rede de Simulação é composta pela Rede de Supervisão e outras instalações que necessitam ser
representadas nos programas de simulação para garantir que os estudos elétricos desenvolvidos pelo ONS,
apresentem resultados que reproduzam com precisão adequada os fenômenos que ocorrem no SIN.
3.4.2. As instalações que não forem consideradas necessárias para os estudos elétricos, segundo avaliação
do ONS com participação dos agentes, não serão agregadas à Rede de Simulação.
3.4.3. A Rede de Simulação do SIN é composta pelas seguintes redes e instalações:
(a) Rede de Supervisão;
(b) instalações com tensão superior ou igual a 138 kV, por meio das quais sejam fechados anéis entre
duas ou mais instalações da Rede Básica;
(c) instalações com tensão inferior a 138 kV, por meio das quais sejam fechados anéis, somente em
operação normal, entre duas ou mais instalações da Rede Básica; e
(d) outras instalações, cuja representação seja necessária para reproduzir com precisão os fenômenos
que ocorrem no SIN.

4. PRAZOS
Quadro 1 – Prazo para revisão das redes do SIN

Atividade Responsável Periodicidade

A cada 2 anos ou prazo inferior, caso


Revisão da Rede Complementar,
identificada alteração significativa na
1 Rede de Supervisão e Rede de ONS
configuração do SIN em função da sua
Simulação
expansão, conforme avaliação do ONS

5. REFERÊNCIAS

[1] ANEEL. Resolução Normativa nº 905, de 8 de dezembro de 2020. Regras dos Serviços de Transmissão de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional. Módulo 2 - Classificação das Instalações.

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Definição das redes do Sistema Interligado
2.1 Definição 2022.08 16/08/2022
Nacional

[2] ANEEL. Resolução Normativa nº 905, de 8 de dezembro de 2020. Regras dos Serviços de Transmissão de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional. Módulo 3 - Instalações e equipamentos de transmissão.

[3] ANEEL. Resolução Normativa nº 905, de 8 de dezembro de 2020. Regras dos Serviços de Transmissão de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional. Módulo 5 - Acesso ao Sistema e Módulo 6 Coordenação e
Controle da Operação..

6. ANEXOS

ANEXO A - Redes do Sistema Interligado Nacional

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 – Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Definição das redes do Sistema Interligado
2.1 Definição 2022.08 16/08/2022
Nacional

ANEXO A

REDES DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL

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Submódulo 2.2
Definição das instalações estratégicas

Definição

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2021.08 Despacho ANEEL nº 2.596/2021 31/08/2021


Procedimentos de Rede - Módulo 2 – Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Definição das instalações estratégicas 2.2 Definição 2021.08 17/09/2021

ÍNDICE

1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 3

2. RESPONSABILIDADES .................................................................................................................... 3

2.1. Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS .............................................................................. 3

2.2. Agentes de Operação .................................................................................................................... 3

3. IDENTIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES ESTRATÉGICAS ........................................................................ 3

3.1. Diretrizes gerais ............................................................................................................................. 3

3.2. Subestações ................................................................................................................................... 4

3.3. Linhas de transmissão.................................................................................................................... 4

3.4. Usinas ............................................................................................................................................. 5

4. PRAZOS ........................................................................................................................................ 5

5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 5

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 – Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Definição das instalações estratégicas 2.2 Definição 2021.08 17/09/2021

1. OBJETIVO

1.1. Estabelecer os critérios para identificação das instalações estratégicas do Sistema Interligado Nacional
(SIN).

2. RESPONSABILIDADES

2.1. Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS

(a) Manter atualizada a relação das instalações estratégicas.


(b) Disponibilizar a relação das instalações estratégicas ao Ministério de Minas e Energia – MME, à
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL e aos agentes de operação.
(c) Convocar os agentes de operação envolvidos para participarem das revisões da relação de instalações
estratégicas.

2.2. Agentes de Operação

(a) Fornecer as informações necessárias às análises para caracterização das instalações estratégicas.
(b) Participar das análises para revisão da relação de instalações estratégicas.

3. IDENTIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES ESTRATÉGICAS

3.1. Diretrizes gerais

3.1.1. Em função das características do SIN, em especial aquelas relacionadas com a topologia da rede, o
desligamento intempestivo das instalações de transmissão ou de geração da Rede de Operação apresenta
diferentes graus de risco para segurança operativa do SIN.
3.1.2. O ONS identifica o conjunto de instalações que serão consideradas estratégicas, cuja interrupção total
de seus serviços pode levar à perda de grandes blocos de carga e até mesmo blecautes, que podem causar
impactos social, econômico, político e afetar a segurança do Estado e da sociedade.
3.1.3. O ONS classifica as instalações estratégicas com base nos critérios para estudos elétricos estabelecidos
no Submódulo 2.3 – Premissas, critérios e metodologia para estudos elétricos.
3.1.4. O ONS realiza análises para determinar o grau de segurança intrínseca às instalações estratégicas,
considerando aspectos técnicos como o arranjo físico das instalações, as condições das proteções, os
Sistemas Especiais de Proteção (SEP), a disponibilidade dos equipamentos de reserva, entre outros, conforme
detalhado nos submódulos específicos.
3.1.4.1. As adequações dos aspectos técnicos identificados pelo ONS nas instalações estratégicas existentes
são incluídas no Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL) ou no Plano de Modernização
de Instalações (PMI), conforme Submódulo 3.1 – Planejamento da operação elétrica de médio prazo e
Submódulo 3.2 – Modernização de instalações.
3.1.5. A relação das instalações estratégicas está apresentada no cadastro específico do Submódulo 5.11 –
Cadastro de Informações Operacionais.

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 – Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Definição das instalações estratégicas 2.2 Definição 2021.08 17/09/2021

3.1.6. As novas usinas e instalações de transmissão a serem licitadas, que atendam aos critérios de
instalações estratégicas do SIN, podem ser classificadas como tais nos respectivos editais de licitação, com
base nas análises e estudos realizados pelo ONS.

3.2. Subestações

3.2.1 As subestações são classificas como instalações estratégicas do SIN, conforme as seguintes condições:
(a) Tipo E1: subestações, cuja perda intempestiva afete o suprimento de energia a, no mínimo, 3 estados
da federação e com corte de carga superior a 30% do total das cargas dos estados afetados.
(b) Tipo E2:
(1) subestações, cuja perda intempestiva afete o suprimento de energia a 2 estados da federação e
com corte de carga superior a 30% do total das cargas dos estados afetados; e
(2) subestações, cuja perda intempestiva afete o suprimento de energia a 1 estado da federação, com
corte de carga superior a 50% do total das cargas do estado afetado.
(c) Tipo E3:
(1) subestações, cuja perda intempestiva afete o suprimento de energia a 1 estado da federação e
com corte de carga superior a 30% do total das cargas do estado afetado;
(2) subestações, cuja perda intempestiva afete o suprimento de energia a 1 região metropolitana e
com corte de carga superior a 30% do total das cargas da região afetada; e
(3) subestações, cuja perda intempestiva provoque a interrupção local de cargas supridas a partir de
uma mesma subestação, em montantes superiores a 750 MW.
(d) Tipo E4: subestações que participam dos corredores fluentes de recomposição, cuja indisponibilidade
inviabiliza o processo de recomposição fluente do corredor associado.
3.2.2 Uma subestação classificada como Tipo E1, E2 ou E3 também pode ser classificada como Tipo E4.
3.2.3 O ONS classifica as subestações como Tipo E1, E2 ou E3 a partir de estudos em regime permanente e
de estudos de estabilidade eletromecânica, considerando o horizonte do PAR/PEL conforme Submódulo 3.1,
os diferentes cenários energéticos e os períodos de carga pesada, média e leve.

3.3. Linhas de transmissão

3.3.1 As linhas de transmissão são classificadas como instalações estratégicas do SIN, quando a perda
intempestiva provocar as seguintes consequências:
(a) Tipo L1: impacto significativo em, no mínimo, 3 estados da federação e com corte de carga superior a
30% do total das cargas dos estados afetados.
(b) Tipo L2:
(1) impacto significativo em 2 estados da federação e com corte de carga superior a 30% do total das
cargas dos estados afetados; ou
(2) impacto significativo em 1 estado da federação e com corte de carga superior a 50% do total das
cargas do estado afetado.

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 – Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Definição das instalações estratégicas 2.2 Definição 2021.08 17/09/2021

(c) Tipo L3: impacto significativo na otimização energética, ocasionando remanejamento/restrições de


geração entre usinas/bacias acima de 1.000 MW.

3.4. Usinas

3.4.1 As usinas são classificadas como instalações estratégicas do SIN, conforme as seguintes condições:
(a) Tipo U1: usinas com maior influência no controle das oscilações eletromecânicas sistêmicas, conforme
resultados de estudos de estabilidade a pequenas perturbações;
(b) Tipo U2: usinas com maior influência no controle do perfil de tensão de uma área geoelétrica,
conforme estudos de regime permanente;
(c) Tipo U3: usinas que participam do processo de recomposição fluente do SIN, cuja indisponibilidade
inviabilize esse processo de recomposição.

4. PRAZOS

Quadro 1 – Prazo para revisão da relação das instalações estratégicas

Atividade Responsável Periodicidade

Anualmente, em função da expansão do SIN com base


Revisão da relação das
1 ONS no horizonte do Plano da Operação Elétrica de Médio
instalações estratégicas
Prazo do SIN (PAR/PEL).

5. REFERÊNCIAS

5.1. Não há referências neste documento.

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Submódulo 2.3
Premissas, critérios e metodologia para
estudos elétricos

Critérios

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2022.10 Despacho ANEEL nº 2.852/2022 03/10/2022


Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Critérios 2022.10 03/10/2022
elétricos

ÍNDICE

1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 4

2. PREMISSAS E CRITÉRIOS COMUNS A TODOS OS PROCESSOS .......................................................... 4

2.1. Aspectos gerais .............................................................................................................................. 4

2.2. Estudos de fluxo de potência ........................................................................................................ 5

2.3. Estudos de curto-circuito............................................................................................................. 10

2.4. Estudos de estabilidade eletromecânica ..................................................................................... 11

2.5. Diretrizes para estudos de transitórios eletromagnéticos sob condições de manobra ............. 27

2.6. Critérios para estudos de transitórios eletromagnéticos sob condições de manobra ............... 43

3. PREMISSAS E CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DA OPERAÇÃO DE MÉDIO


PRAZO DO SIN (PAR/PEL) ............................................................................................................ 49

3.1. Aspectos gerais ............................................................................................................................ 49

3.2. Critério de perda dupla ou múltipla ............................................................................................ 49

3.3. Critério de máxima variação de tensão ....................................................................................... 50

3.4. Critério para indicação e dimensionamento de compensação de potência reativa................... 50

3.5. Premissas para estudos de estabilidade eletromecânica ........................................................... 52

3.6. Premissas para os estudos de energização ................................................................................. 52

3.7. Critérios para análise de superação de equipamentos ............................................................... 53

4. PREMISSAS E CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA PROGRAMAÇÃO DA OPERAÇÃO ELÉTRICA ................ 54

4.1. Premissas para programação de intervenções ........................................................................... 54

4.2. Critérios para programação de intervenções .............................................................................. 55

5. PREMISSAS E CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA ANÁLISE DE PROJETO BÁSICO ................................... 57

5.1. Estudos de fluxo de potência em sistemas CA em regime permanente ..................................... 57

5.2. Estudos para dimensionamento das instalações em sistemas CC .............................................. 57

5.3. Estudos de transitórios eletromagnéticos ................................................................................... 65

6. PREMISSAS E CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA ESTUDOS PRÉ-OPERACIONAIS .................................. 65

6.1. Premissas para sistemas CA......................................................................................................... 65

6.2. Premissas para sistemas CC ......................................................................................................... 65

6.3. Critérios para sistemas CA ........................................................................................................... 65

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Critérios 2022.10 03/10/2022
elétricos

6.4. Estudos de transitórios eletromagnéticos ................................................................................... 65

7. PREMISSAS E CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DE SEGURANÇA OPERACIONAL ....................................... 65

7.1. Estudos de reserva de potência operativa .................................................................................. 66

7.2. Estudos de controle carga-frequência......................................................................................... 68

7.3. Estudos de recomposição do sistema ......................................................................................... 72

8. PREMISSAS E CRITÉRIOS PARA ESTUDOS DE SEGURANÇA DE TENSÃO .......................................... 78

8.1. Considerações Gerais .................................................................................................................. 78

8.2. Premissas ..................................................................................................................................... 78

8.3. Critérios........................................................................................................................................ 79

9. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 79

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Critérios 2022.10 03/10/2022
elétricos

1. OBJETIVO

1.1. Descrever as premissas e os critérios gerais e específicos a serem adotados nos estudos elétricos
referentes à Rede de Simulação que subsidiam os seguintes processos:
(a) avaliação de solicitação de acesso, conforme Submódulo 7.1 - Acesso às instalações de transmissão;
(b) elaboração do Plano de Operação de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL), conforme Submódulo 3.1 –
Planejamento da operação elétrica de médio prazo;
(c) planejamento e programação da operação elétrica, conforme Submódulo 3.1 – Planejamento da
operação elétrica de médio prazo, Submódulo 3.4 – Planejamento da operação elétrica com
horizonte quadrimestral e Submódulo 4.1 – Programação mensal da operação elétrica;
(d) análise de projeto básico, conforme Submódulo 7.3 – Verificação da conformidade das instalações
de transmissão aos requisitos;
(e) estudos pré-operacionais e de proteção, conforme Submódulo 7.4 – Estudos pré-operacionais de
integração de instalações da Rede de Operação e Submódulo 6.13 – Diagnóstico dos sistemas de
proteção e controle; e
(f) análise de segurança operacional, conforme Submódulos 3.10 – Estudos para segurança operacional
elétrica.
1.2. As premissas e os critérios descritos neste submódulo referem-se aos seguintes estudos elétricos:
(a) fluxo de potência;
(b) curto-circuito;
(c) estabilidade eletromecânica;
(d) transitórios eletromagnéticos;
(g) reserva de potência operativa;
(h) controle carga-frequência;
(i) recomposição do sistema; e
(j) segurança de tensão.
1.3. A metodologia a ser seguida na elaboração dos estudos elétricos descritos neste submódulo consta no
documento de metodologia deste submódulo.

2. PREMISSAS E CRITÉRIOS COMUNS A TODOS OS PROCESSOS

2.1. Aspectos gerais

2.1.1. As premissas e os critérios descritos neste submódulo resultam da experiência nos estudos elétricos
realizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS e são constantemente revistos, ampliados e
modificados com base na evolução das técnicas de planejamento, projeto e operação dos sistemas e na
evolução topológica do Sistema Interligado Nacional (SIN).
2.1.2. As premissas e os critérios para estudos elétricos são compatíveis com os padrões de desempenho e
os requisitos definidos no Módulo 2 – Critérios e Requisitos

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Critérios 2022.10 03/10/2022
elétricos

2.1.3. Para as instalações estratégicas, identificadas com base nos critérios do Submódulo 2.2 – Definição
das instalações estratégicas, são considerados tratamentos específicos descritos nos respectivos processos
ou submódulos.
2.1.4. As premissas e critérios comuns a todos os processos são apresentadas neste item 2, enquanto que
as premissas e critérios específicos e adicionais para cada processo são detalhadas nos itens de 3 a 9 deste
submódulo.

2.2. Estudos de fluxo de potência

Premissas gerais

2.2.1.1. Em regime permanente, as cargas devem ser representadas com 100% de potência constante para
as partes ativa e reativa. Entretanto, podem ser representadas com percentuais variáveis de potência (P),
impedância (Z) e corrente (I) constantes, para se adequarem aos objetivos específicos de cada estudo.
2.2.1.2. Cargas com características especiais, como as cargas da indústria de alumínio e de motores de
indução, podem ser modeladas de forma mais elaborada nos estudos de fluxo de potência, de modo a
facilitar sua representação nos estudos de estabilidade eletromecânica.
2.2.1.3. Os limites de carregamento das linhas de transmissão, transformadores e autotransformadores
existentes são os estabelecidos nos Contratos de Prestação de Serviços de Transmissão (CPST), a não ser que
haja fatores limitantes ou restrições em equipamentos terminais, quando são adotados os limites constantes
nos Cadastros de Limites Operacionais de Linhas de Transmissão e Transformadores (CD-CT) do Submódulo
5.11 – Cadastro de Informações Operacionais.
2.2.1.4. A ferramenta computacional utilizada nesses estudos – Modelo para análise de redes em regime
permanente – está apresentada no documento de metodologia deste submódulo.

Premissas para estudos de sistemas de corrente alternada (CA)

2.2.2.1. Os estudos de fluxo de potência devem abranger, além da condição operativa normal, a análise de
contingências de linhas de transmissão, transformadores e outros equipamentos do sistema elétrico, com o
objetivo de definir as ações necessárias para o SIN operar sem violar os limites de tensão e carregamento.
2.2.2.2. O desempenho elétrico deve ser verificado em análise de contingências nas seguintes situações:
imediatamente após o desligamento de elementos do sistema, considerando a atuação da regulação
de tensão em barras controladas por unidades geradoras, compensadores síncronos e estáticos, e dos
Sistemas Especiais de Proteção (SEP) associados;
(1) Nas análises do PAR/PEL, os SEP são considerados apenas nos dois primeiros anos do horizonte, à
exceção dos SEP sistêmicos para perdas duplas ou múltiplas. Para os demais anos são propostas
soluções estruturais para os problemas identificados.
após a atuação dos tapes dos transformadores com comutação sob carga que operem no modo
automático; e
(1) Nas análises do PAR/PEL, quando a situação antes da atuação dos tapes de transformadores com
comutação sob carga que operem em modo automático implicar corte de carga, essa situação
deverá ser considerada na análise.

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Critérios 2022.10 03/10/2022
elétricos

após execução de medidas operativas que dependem da ação humana, tais como as listadas a
seguir. No caso das análises do Plano de Operação de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL), tais medidas
operativas são empregadas apenas até que a solução estrutural esteja disponível.
(1) chaveamento de capacitores e/ou reatores;
(2) alteração da tensão de referência das unidades geradoras, compensadores síncronos e estáticos;
(3) redespacho da potência ativa em usinas, parques eólicos e fotovoltaicos;
(4) remanejamento de carga;
(5) desligamento de circuitos;
(6) alteração da potência transferida através de elos em corrente contínua (elos CC);
(7) separação ou interligação de barramentos;
(8) alteração de tapes de transformadores com comutação sob carga que operem no modo manual;
(9) alteração do ângulo nos transformadores defasadores;
(10) redespacho de potência reativa em usinas, parques eólicos e fotovoltaicos.
2.2.2.3. As contingências simples são simuladas com a perda de um único elemento do sistema, seja uma
linha de transmissão, transformador, banco de transformadores, unidade geradora, elo de corrente contínua
ou equipamento de controle de tensão, como um reator, capacitor ou compensador síncrono ou estático.
2.2.2.4. A análise de contingências para estudos em corrente alternada deve considerar:
perdas duplas de circuitos de transmissão da Rede de Operação que compartilhem estruturas ou a
mesma faixa de passagem; e
perdas duplas de circuitos que atravessem regiões onde haja ocorrência de fenômenos naturais e/ou
queimadas que possam atingi-los.

Premissas para estudos de sistemas de corrente contínua (CC)

2.2.3.1. Aspectos gerais

2.2.3.1.1. Os parâmetros elétricos e do sistema de controle dos elos CC em conexões back-to-back ou ponto-
a-ponto considerados nos estudos são os constantes no banco de dados do ONS, ratificados e
complementados pelos agentes quando necessário, conforme Submódulo 7.3.
2.2.3.1.2. As faixas de operação de todas as grandezas controladas pelo elo CC em função da estratégia de
controle implementada são informadas ao ONS pelo agente responsável, como tensão CA, tensão CC, ângulo
de disparo, ângulo de extinção, intercâmbio de potência reativa etc.
2.2.3.1.3. As características de manobra dos elementos de compensação reativa e filtros dos elos CC
consideradas nos estudos são aquelas informadas ao ONS pelo agente responsável.
2.2.3.1.4. Os estudos elétricos referentes aos elos CC devem considerar:
(a) situações de contingência simples em qualquer ponto da rede CA, conectada às subestações
retificadora e inversora em qualquer terminal do elo CC, considerando os diversos modos de
operação disponíveis ao elo CC; e
(b) perda de elementos CC, incluindo conversores, polo e o próprio bipolo.
2.2.3.1.5. A margem de corrente pode ser considerada igual a 10% da corrente nominal, devendo ser
utilizado, preferencialmente, o valor de projeto informado pelo agente responsável.

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elétricos

2.2.3.1.6. Os estudos devem considerar todos os níveis de carga da rede CA associada para determinar a
máxima potência possível a ser transmitida em cada estágio de implementação/operação dos elos CC.
2.2.3.1.7. Caso o elo CC seja especificado para sobrecargas temporárias, de 30 minutos, ou de longa
duração, durante horas, devem ser investigadas as consequências de sua utilização no controle de tensão CA
da região em análise.

2.2.3.2. Modos de operação dos elos CC

2.2.3.2.1. Todos os modos disponíveis de operação dos elos CC devem ser avaliados de acordo com o seu
projeto, incluindo, por exemplo, as formas possíveis de paralelismo.
2.2.3.2.2. Algumas das condições a serem estudadas para obtenção da máxima potência de transmissão,
considerando as limitações dos equipamentos, são as seguintes:
(a) operação monopolar com retorno pela terra, respeitada a corrente máxima para esse tipo de
operação, definida no projeto da instalação, se aplicável;
(b) operação monopolar com retorno metálico, caso disponível; e
(c) operação degradada, caracterizada por condições que impossibilitem a plena utilização da capacidade
ou desempenho do sistema de corrente contínua.

Critérios para estudos de sistemas de corrente alternada (CA)

2.2.4.1. Critério de contingências simples, duplas e múltiplas

2.2.4.1.1. O desempenho do sistema deve ser tal que não haja violação dos critérios estabelecidos neste
submódulo e não haja necessidade de corte de carga provocado pela ocorrência de contingências simples
(critério n-1).
2.2.4.1.2. O ONS estabelece o conjunto de contingências duplas que é utilizado nos estudos elétricos, de
acordo com o respectivo horizonte de análise.
2.2.4.1.3. No caso de contingências duplas, conforme descrito nos itens 2.2.2.4 e 2.2.3.1.4, é aceitável o
corte controlado de carga, automático ou não, para evitar o risco de instabilidade de potência, frequência ou
tensão em uma região, estado ou capital, com consequente corte descontrolado de carga, à exceção das
análises desenvolvidas nos estudos do PAR/PEL, conforme item 3.1.
2.2.4.1.4. Para atendimento aos itens 2.2.4.1.1 e 2.2.4.1.3 devem ser utilizados recursos como geração
térmica, restrição de intercâmbios, alteração de topologia da rede ou utilização de SEP, à exceção das análises
desenvolvidas nos estudos do PAR/PEL, conforme item 3.1.
2.2.4.1.5. Adicionalmente, para atendimento ao item 2.2.4.1.3 podem ser adotados SEP de corte de carga,
tais como os Esquemas Regionais de Alívio de Carga (ERAC). No caso de haver separação em ilhas, os
subsistemas que resultem dessas aberturas devem se manter estáveis.
2.2.4.1.6. Podem ser adotados critérios mais restritivos que procurem preservar a continuidade do
atendimento à carga para contingências duplas e, eventualmente, múltiplas nas seguintes situações
excepcionais, devidamente fundamentadas em análise técnica e previamente submetidas ao Comitê de
Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE:
(a) período de comissionamento e inicial de operação de novas instalações e equipamentos;

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elétricos

(b) após a ocorrência de perturbações de grande porte, ou desligamentos intempestivos reincidentes


que tenham levado a corte de carga, até que sejam identificadas e solucionadas as causas das
perturbações; e
(c) durante a realização de eventos especiais de grande relevância, acontecimentos ou datas
comemorativas de grande repercussão pública, de abrangência nacional, regional ou local, conforme
[1].
2.2.4.1.7. Nas situações que caracterizem riscos iminentes para a segurança da operação do SIN, como as
citadas no item 2.2.4.1.6, o ONS adota as ações necessárias e comunica à Agência Nacional de Energia Elétrica
– ANEEL e ao CMSE.
2.2.4.1.8. Após esgotados todos os recursos disponíveis, podem ser utilizados critérios de desempenho e
segurança menos restritivos, devidamente fundamentados em análise técnica ou técnico-econômica e
previamente submetidos ao CMSE e à ANEEL nas seguintes situações excepcionais:
(a) cenários energéticos desfavoráveis, conforme avaliações eletroenergéticas conduzidas pelo ONS no
âmbito do planejamento da operação energética;
(b) restrições do sistema de transmissão, como aqueles decorrentes de topologia incompleta, em
especial relacionadas à integração de sistemas elétricos isolados ao SIN;
(c) atendimento a cargas por meio de sistemas de transmissão radiais singelos ou de um único
transformador; e
(d) situações conjunturais decorrentes de indisponibilidades de grandes troncos de transmissão.

2.2.4.2. Níveis de tensão

2.2.4.2.1. A tensão admissível a ser observada nos estudos elétricos para as condições operativas normal e
sob contingências encontra-se na Tabela 1.
Tabela 1 – Tensão admissível entre fases a 60 Hz

Tensão nominal Condição operativa Condição operativa sob


de operação (1) normal contingências
(kV) (kV) (pu) (2) (kV) (pu) (2)
< 230 ─ 0,95 a 1,05 ─ 0,90 a 1,05
230 218 a 242 0,95 a 1,05 207 a 242 0,90 a 1,05
345 328 a 362 0,95 a 1,05 311 a 362 0,90 a 1,05
440 418 a 460 0,95 a 1,046 396 a 460 0,90 a 1,046
500 500 a 550 1,00 a 1,10 475 a 550 0,95 a 1,10
525 500 a 550 0,95 a 1,048 475 a 550 0,90 a 1,048
765 690 a 800 0,90 a 1,046 690 a 800 0,90 a 1,046
(1) Valor eficaz de tensão pelo qual o sistema é designado.
(2) Valores em pu tendo como base a tensão nominal de operação.
2.2.4.2.2. Os limites de tensão em barras da Rede Básica associadas ao acesso dos agentes de distribuição
ou dos consumidores podem ser ajustados para atender às suas necessidades, desde que:
não seja afetado o desempenho do SIN;

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elétricos

sejam respeitadas as limitações específicas dos equipamentos, principalmente com relação à


ultrapassagem dos limites superiores das faixas admissíveis; e
haja anuência do agente de transmissão envolvido.

2.2.4.3. Limites para controle de potência reativa

2.2.4.3.1. Os limites de geração e absorção de potência reativa e de tensão terminal considerados nos
estudos são definidos pelas curvas de capacidade das unidades geradoras e dos compensadores síncronos.
Na ausência dessas informações, devem ser utilizados os limites de tensão terminal e de geração e absorção
de potência reativa estabelecidos no Submódulo 2.10 – Requisitos técnicos mínimos para a conexão às
instalações de transmissão.
2.2.4.3.2. O número de unidades geradoras consideradas em operação deve ser compatível com as
restrições operativas de cada unidade.
2.2.4.3.3. Os limites dos compensadores estáticos considerados nos estudos devem ser definidos por suas
curvas características.
2.2.4.3.4. Para unidades geradoras eólicas e fotovoltaicas, devem ser observadas as faixas de fator de
potência estabelecidas conforme Submódulo 2.10.

2.2.4.4. Limites de carregamento de capacitores série

2.2.4.4.1. Capacitores série fixos ou variáveis só podem ser submetidos a sobrecargas no máximo iguais
àquelas garantidas pelos fabricantes e informadas pelos agentes.
2.2.4.4.2. Na falta dessas informações, devem ser utilizados os valores indicativos constantes na Tabela 7
do Submódulo 2.6 – Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos.

2.2.4.5. Limites de carregamento de novos equipamentos (linhas de transmissão, transformadores e


autotransformadores)

2.2.4.5.1. Para novas linhas de transmissão, transformadores e autotransformadores a serem incorporados


ao SIN, devem ser utilizadas as capacidades operativas de longa e de curta duração definidas no processo de
outorga.
2.2.4.5.2. No processo de elaboração do PAR/PEL, quando são consideradas obras ainda sem outorgas
definidas, as capacidades operativas consideradas devem ser as provenientes dos estudos de planejamento
da expansão e/ou dos editais de licitação. Na falta dessas informações, devem ser utilizados valores definidos
a partir da metodologia estabelecida na regulamentação [2].
2.2.4.5.3. Os critérios relacionados aos limites de carregamento de linhas de transmissão, transformadores
e autotransformadores estão estabelecidos conforme [3].

Critérios para estudos de sistemas de corrente contínua (CC)

2.2.5.1. Aspectos gerais

2.2.5.1.1. Os estudos referentes aos elos CC devem verificar se o chaveamento dos bancos de filtros e/ou
capacitores ou reatores não ocasiona, nas barras retificadora e inversora, variações de tensão CA superiores
a 3% da tensão nominal de operação na frequência fundamental.

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elétricos

2.2.5.1.2. Esse limite da variação da tensão CA deve ser observado inclusive na operação com a menor
relação de curto-circuito (SCR), como por exemplo, nas condições de carga leve ou mínima do SIN com
potência nominal no elo CC e carga local baixa, com a rede externa em contingência simples.

2.2.5.2. Modos de operação dos elos CC

2.2.5.2.1. As perdas resultantes de cada um dos modos de operação dos elos CC devem ser avaliadas.
2.2.5.2.2. A tensão CA nas subestações inversora e retificadora e na região sob análise deve se manter
dentro dos limites estabelecidos na Tabela 1.
2.2.5.2.3. Na análise dos modos de operação dos elos CC, devem ser respeitadas as diretrizes, decorrentes
do desempenho harmônico mínimo exigido do elo, ou seja, chaveamento dos bancos de filtros e de
compensação reativa, de acordo com a configuração de operação e potência transmitida.

2.2.5.3. Tensão CC de operação

2.2.5.3.1. A operação do sistema CC com tensões de operação nominal e reduzida, esta última se permitida
pelo projeto da instalação, devem ser avaliadas com o objetivo de verificar se o desempenho do sistema
CA/CC/CA é satisfatório com a compensação reativa disponível.

2.2.5.4. Transformadores conversores

2.2.5.4.1. O desempenho do sistema CA/CC/CA e de sua compensação reativa deve ser avaliado em toda a
faixa disponível de variação dos tapes dos transformadores conversores dos terminais retificador e inversor
e em todas as condições de operação do sistema CC.

2.2.5.5. Compensação e balanço de potência reativa

2.2.5.5.1. A absorção e geração de potência reativa do sistema CC deve ser analisada em diversas condições
de operação, como por exemplo, operação bipolar, monopolar, com tensão normal e com tensão reduzida.

2.2.5.6. Controle do sistema CC

2.2.5.6.1. A operação do elo CC em controle de potência e/ou corrente deve ser analisada para as condições
possíveis de operação, de acordo com o projeto do elo, tanto para tensão CC nominal como para tensão
reduzida, caso disponível. Nesta análise deve também ser consideradas as faixas de operação informadas ao
ONS para o ângulo de disparo do terminal retificador e para o ângulo de extinção do terminal inversor.

2.3. Estudos de curto-circuito

Considerações gerais

2.3.1.1. Os estudos de curto-circuito dão subsídios para:


(a) o cálculo de equivalentes da rede;
(b) o dimensionamento elétrico e mecânico de disjuntores, chaves seccionadoras, barramentos, linhas
de transmissão, transformadores, aterramento de instalações e outros equipamentos;
(c) a especificação de transformadores de corrente, bobinas de bloqueio e sistemas de proteção; e
(d) os estudos relativos ao ajuste e coordenação da proteção.

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2.3.1.2. Os dados de rede para os estudos de curto-circuito são os constantes no banco de dados do ONS e
complementados pelas informações dos agentes, obtidos conforme estabelecido no Submódulo 3.12 –
Estudos de curto-circuito.
2.3.1.3. A ferramenta computacional utilizada nesses estudos – Modelo para análise de curto-circuito – está
apresentada no documento de metodologia deste submódulo.

Premissas

2.3.2.1. A fim de que sejam obtidas as correntes máximas de curto-circuito, considera-se o sistema em
regime subtransitório (X"d) na configuração estabelecida para o horizonte de estudo e com todos os
componentes em operação.
2.3.2.2. As reatâncias de sequência positiva e zero das unidades geradoras e dos compensadores síncronos
devem ser representadas pelos seus valores subtransitórios saturados.
2.3.2.3. As usinas eólicas devem ser representadas nos estudos de curto-circuito, tendo como referência a
tecnologia empregada nos aerogeradores e nos valores de corrente de contribuição para curtos-circuitos
correspondentes.
2.3.2.4. A contribuição dos elos CC e dos conversores estáticos para corrente de curto-circuito não deve ser
considerada.
2.3.2.5. Os estudos para verificar a superação de capacidade dos disjuntores devem ser realizados para a
corrente de interrupção simétrica.

Critérios

2.3.3.1. Os estudos para verificação da variação dos níveis de curto-circuito (monofásico, trifásico ou
bifásico-terra) devem comparar quantitativamente a configuração do sistema atual com aquela um ano à
frente.
2.3.3.1.1. Dessa comparação, obtém-se a indicação:
(a) de barras com variação dos níveis de curto-circuito (monofásico, trifásico ou bifásico-terra) igual ou
superior a +30% ou, igual ou inferior a -30%; e
(b) de barras com variação dos níveis de curto-circuito (monofásico, trifásico ou bifásico-terra) igual ou
superior a +10% ou, igual ou inferior a -10%, a fim de indicar as eventuais alterações nos ajustes de
proteção, destacando quais são as barras de fronteira, visando à elaboração pelos agentes do Plano
Anual de Reajustes das Proteções de Fronteira, conforme Submódulo 6.13.
2.3.3.2. O nível de curto-circuito na barra deve ser comparado com o menor valor da capacidade de
interrupção simétrica dos disjuntores do barramento, para curto monofásico, trifásico e bifásico-terra.
2.3.3.3. Nas situações em que essa comparação atinge no mínimo 100%, deve ser efetuado um estudo mais
detalhado, definido como estudo de corrente passante, com o objetivo de identificar a efetiva corrente que
passa pelo disjuntor.
2.3.3.3.1. Caso a relação entre a corrente passante e a capacidade de interrupção simétrica do respectivo
disjuntor atinja um valor igual ou superior a 100%, o disjuntor deve ser considerado em estado “superado”.
Se essa relação atingir um valor igual ou superior a 90% e inferior a 100%, o disjuntor é considerado em
estado de “alerta”.

2.4. Estudos de estabilidade eletromecânica

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Premissas para estudos de sistemas de corrente alternada (CA)

2.4.1.1. As condições de carga, geração e configuração do sistema a serem utilizadas como condições iniciais
nos casos de análise de estabilidade eletromecânica devem ser aquelas que caracterizem condições normais
e de Rede Incompleta em regime permanente para carga pesada, média, leve e mínima.
2.4.1.2. Simulações para abertura intempestiva de elementos do sistema sem curto-circuito prévio e/ou com
a aplicação de curto-circuito monofásico devem ser realizadas.
2.4.1.3. Em função da contingência analisada, deve ser considerada a atuação dos sistemas de proteção e
SEP relevantes para o desempenho do sistema elétrico.
2.4.1.4. Para definição de SEP, os estudos de estabilidade eletromecânica devem ser realizados para os
eventos estabelecidos na etapa de definição do escopo do estudo, considerando como referência as
seguintes situações:
(a) falta na barra com atuação correta da proteção;
(b) falta na barra com falha de disjuntor;
(c) falta em linhas de transmissão que compartilhem a mesma torre ou a mesma faixa de passagem,
seguida da abertura de ambos os circuitos;
(d) falta em circuitos, duplos ou não, com falha de disjuntor;
(e) perda de todas as seções de barra de um mesmo nível de tensão; e
(f) perda de uma interligação elétrica que provoque a abertura de outras interligações.
2.4.1.5. Em estudos de estabilidade eletromecânica, deve-se verificar a necessidade do emprego e/ou do
ajuste das proteções para perda de sincronismo, no intuito de promover o bloqueio ou a permissão de
atuação seletiva dos equipamentos de manobra. Assim, é possível minimizar os reflexos de distúrbios sobre
o sistema que provoquem colapso de tensão ou instabilidade entre as áreas decorrentes da perda parcial ou
total de interligações elétricas.
2.4.1.6. A modelagem do sistema deve atender aos seguintes aspectos:
geradores termoelétricos: devem ser representados pelo modelo de máquina de polos lisos, com
saturação e enrolamentos amortecedores;
geradores hidroelétricos: devem ser representados pelo modelo de máquina de polos salientes, com
saturação e enrolamentos amortecedores;
usinas de pequeno porte, com potência nominal inferior a 100 MW: podem ser representadas pelo
modelo clássico ou simplesmente não ser representadas. Exceções podem ocorrer quando se estiver
analisando o desempenho dinâmico de áreas ou subsistemas de proporções menores, quando pode
ser necessária a modelagem de usinas de porte inferior ao valor aqui referenciado;
novas usinas sem dados suficientes para a devida modelagem nos estudos: devem ser utilizados
valores típicos e modelos de máquinas similares;
reguladores de tensão e de velocidade e sinais adicionais estabilizantes: devem ser modelados em
todas as máquinas representadas, com exceção do regulador de velocidade das máquinas térmicas
com constantes de tempo superiores ao tempo de simulação do estudo;
limitadores de reguladores com constantes de tempo inferiores ao tempo de simulação e dispositivos
que ativam e desativam os sinais estabilizadores adicionais devem ser sempre modelados;

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elétricos

sistemas de excitação: devem ser representados com suas limitações relevantes;


cargas: devem ser representadas da maneira mais realista possível, por modelos estático ou dinâmico,
lineares ou não lineares, a depender dos dados disponíveis;
sistemas CC: devem ser representados com base nas premissas para estudos de sistemas de corrente
contínua (CC);
equipamentos Flexible AC Transmission System (FACTS): devem ser representados com seus controles
principais; e
usinas eólicas e fotovoltaicas: devem ser representadas as usinas cujas as malhas de controle atuam
com constantes de tempo compatíveis com as dinâmicas associadas aos fenômenos eletromecânicos.
proteções de distância, de sobretensão, de perda de sincronismo e SEP, como Esquemas Regionais de
Alívio de Carga (ERAC) e Esquemas de Corte de Geração (ECG) devem ser considerados quando
pertinentes à análise.
2.4.1.7. Caso existam, na base de dados do ONS, valores de temporização para início da atuação do limitador
de sobre-excitação das unidades geradoras e dos compensadores síncronos superiores ao tempo de
simulação usualmente utilizado, da ordem de 15 segundos, pode-se fazer uma avaliação do desempenho do
sistema, considerando a atuação do limitador depois de 5 segundos e deve-se informar a temporização
utilizada na determinação das restrições elétricas.
2.4.1.8. Se não houver informações para representação da carga em função da tensão, deve-se representá-
la como 50% de potência constante, 50% de impedância constante para parte ativa e 100% de impedância
constante para parte reativa.
2.4.1.9. Na ausência de valores de amortecimento da carga com a frequência, utiliza-se uma constante de
1,0 pu/pu na modelagem dos reguladores de velocidade e turbinas.
2.4.1.10. Os tempos de isolamento do defeito devem ser obtidos com base nos tempos de manobra dos
elementos que dependem do arranjo físico da subestação e do tempo de atuação da própria proteção.
2.4.1.11. Os tempos indicativos de eliminação do defeito são apresentados na Tabela 2 e devem ser
utilizados apenas quando não houver informação disponível no banco de dados do ONS.
2.4.1.12. Caso haja necessidade de elaborar estudos específicos, o ONS solicita aos agentes os dados de
tempo de eliminação de defeitos.

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elétricos

Tabela 2 – Tempos indicativos de eliminação de defeitos

Tensão nominal de Tempo de eliminação (ms)


operação (1) (operação dos relés + abertura do disjuntor)
(kV) Sem falha do disjuntor Com falha do disjuntor
765 80 200
525 100 250
500 100 250
440 100 250
345 100 400
230 150 500
138 150 500
138 (2) 450 750
88 (2) 450 750
69 (2) 800 1000
(1) Valor eficaz de tensão pelo qual o sistema é designado.
(2) Sem teleproteção.

2.4.1.13. Os dispositivos de proteção do banco de capacitores série não devem atuar para faltas externas,
exceto para faltas que sejam eliminadas em tempo superior ao tempo máximo de eliminação da falta sem
falha do disjuntor.
2.4.1.14. Para representação adequada da ocorrência de by-pass do banco de capacitores série, devem ser
consideradas as características específicas e a atuação da proteção de cada banco, informadas pelo agente
de transmissão.
2.4.1.15. O capacitor série deve ser representado conforme descrito a seguir e detalhado em [4]:
reatância nula: quando há by-pass monofásico com curto-circuito monofásico ou by-pass trifásico; ou
2/3 da reatância nominal: quando há by-pass monofásico sem curto-circuito monofásico próximo.

Premissas para estudos de sistemas de corrente contínua (CC)

2.4.2.1. Os estudos de estabilidade eletromecânica do sistema CC devem:


otimizar os parâmetros de controle sistêmico do elo CC;
verificar o comportamento do elo CC durante faltas e transitórios do sistema CA e CC;
verificar os tempos de recuperação pós-defeito no sistema CC e CA;
verificar a necessidade de controle para amortecimento das oscilações sistêmicas;
verificar a necessidade de controle de tensão;
ajustar a rampa da sobrecarga de corrente ou da potência CC para limitar as variações de tensão e de
frequência dos sistemas CA nos lados retificador e inversor; e
ajustar a redução automática da potência ou corrente CC em situações de contingência, simples ou
múltipla, caso necessário.
2.4.2.2. As simulações devem permitir a representação dos elos CC em conexões back-to-back ou ponto a
ponto.

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2.4.2.3. A simulação da influência do comportamento de um elo CC em um sistema CA e vice-versa deve ser


realizada. Os controles do elo CC e da rede CA associada devem ser devidamente representados, pois
influenciam os resultados dos estudos.
2.4.2.4. A representação do controle do sistema CC deve considerar:
o modelo de controle deve apresentar duas opções de funcionamento, potência constante ou
corrente constante, e deve ter a possibilidade de aplicação de sinal externo para modulação da
potência transmitida pelo elo CC;
os valores de limitação de potência ou de corrente devem ser representados de acordo com o projeto
do elo CC;
o bloco estabilizador ou de modulação deve ser representado por uma função de transferência
ajustada para permitir a modulação do sinal da corrente ou potência na rede CA. Qualquer variável
ou combinação de variáveis do sistema CA ou CC pode ser utilizada como sinal de entrada para esse
bloco;
em relação à dependência entre a corrente de referência e a tensão do lado CC, Voltage Dependent
Current Order Limit (VDCOL):
(1) A função do VDCOL é reduzir a ordem da corrente quando a tensão CC é reduzida a menos de um
valor preestabelecido, de forma que o sistema CA possa se recuperar da falta.
(2) Os valores Icc x Vcc podem ser alterados dependendo da conveniência do sistema CA, mas devem
respeitar as limitações do fabricante, informadas pelo agente.
(3) No caso de conversoras back-to-back, pode ser utilizada uma função AC-VDCL que reduz a ordem
da corrente dependendo da tensão CA no lado mais afetado. A curva de dependência deve ser
fornecida pelo agente.
2.4.2.5. A modelagem dos elos CC deve ser aquela fornecida pelo agente responsável pelos equipamentos
e, na falta desse modelo, deve ser utilizado um modelo similar que considere os seguintes aspectos:
em curto-circuito monofásico em elementos CA eletricamente próximos às barras conversoras:
(1) Para curto-circuito próximo à barra inversora, inclusive nesta, deve ser assumida potência zero na
linha CC durante o período da falta.
(2) Para curto-circuito próximo à barra retificadora, inclusive nesta, deve ser considerada, durante a
falta, uma redução de 80% na potência da linha CC em relação ao seu valor pré-falta.
em curto-circuito monofásico em elementos da rede CA eletricamente distantes das barras
conversoras (falta remota):
(1) Para faltas remotas no sistema receptor (lado do inversor):
(i) se a tensão CA de sequência positiva na barra inversora atingir valores na faixa de 70% a 80%
durante a falta, pode-se assumir para fins de simulação que o inversor tem um período de
potência zero de, cerca de, 16 a 32 ms durante a falta;
(ii) após esse período de potência zero, a potência CC deve ser rampeada ao seu valor original; e
(iii) o comportamento para falta remota deve, caso disponível, ser balizado no modelo fornecido
pelo agente responsável pelo elo CC.

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Premissas, critérios e metodologia para estudos
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elétricos

(2) Para faltas remotas no sistema gerador (lado do retificador): a redução da potência CC pode ser
considerada proporcional à redução da tensão na barra retificadora.
em relação à recuperação da potência CC:
(1) Após a eliminação da falta, a recuperação da potência CC pode ser representada,
simplificadamente para efeito de estudo, por meio de uma rampa.
(2) O tempo de recuperação (restart), medido desde o instante da eliminação da falta até a potência
CC atingir 90% do seu valor de referência pré-falta e estabelecido pelos estudos, deve estar na
faixa de 150 a 400 ms.
(3) Sempre que disponíveis, devem ser utilizados os valores de projeto.
em relação às faltas e contingências no elo CC:
(1) Para faltas monopolares temporárias na linha CC, os curtos-circuitos são eliminados em poucos
milissegundos pela atuação do controle.
(i) as tentativas de religamento, com ou sem sucesso, devem ser simuladas considerando as
informações de projeto do elo/linha CC; e
(ii) na falta das informações de projeto, podem ser considerados os valores típicos para os tempos
mortos da ordem de 200 ms (1ª tentativa).
(2) Para falta monopolar permanente na linha CC com o bloqueio de um polo:
(i) deve ser avaliada a possibilidade de outros polos assumirem a potência perdida até o valor
limite da sobrecarga de corrente de curta duração, a fim de se obter um desempenho estável
para o sistema de potência; e
(ii) deve ser avaliada a necessidade de desligamentos automáticos da compensação reativa/filtros
CA nos lados retificador e inversor, de forma a evitar sobretensões ou riscos de autoexcitação
dos compensadores síncronos ou geradores próximos ao sistema CC.
em relação ao tempo de eliminação das faltas monofásicas no sistema CA: na falta de valores
informados pelos agentes, devem ser considerados os valores indicativos da Tabela 2;
em relação à perda intempestiva dos módulos ou conjunto de módulos (ilhas), constituídos por
elementos de compensação reativa/filtros do elo CC, deve ser investigada a possibilidade de
ocorrência de falha de comutação.
(1) Sugere-se considerar as condições de mínima potência de curto-circuito do sistema em análise.
2.4.2.6. A linha de transmissão CC, nos casos de sistemas CC ponto a ponto, é expressa pela sua própria
constante de tempo τ = L/R, onde L e R são a indutância e a resistência total da linha, respectivamente, para
determinada temperatura de operação.
2.4.2.7. As limitações dos ângulos de disparo e extinção do conversor CA/CC devem ser representadas nos
estudos de estabilidade eletromecânica.
2.4.2.8. O controle de disparo é, em geral, simplificado nos estudos de estabilidade eletromecânica, uma vez
que são baixas as constantes de tempo envolvidas e a representação da rede CA é fasorial e de sequência
positiva. Entretanto, dependendo do SCR do lado inversor, pode ser necessária uma representação mais
elaborada, a ser fornecida pelo agente responsável.

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2.4.2.9. O controle de corrente CC visa manter a corrente no valor desejado (I0) e cada estação conversora,
retificadora e inversora, tem o seu próprio controle de corrente.
2.4.2.10. Durante os transitórios, o controle da corrente pode passar para o inversor e para que isso seja
possível, a corrente (Iordem) para o retificador deve ser maior que a corrente (Iordem) para o inversor. Essa
diferença, denominada “margem de corrente”, pode ser normalmente considerada como 10% da corrente
nominal.

Critérios para estudos de estabilidade eletromecânica

2.4.3.1. O sistema de potência deve ser transitória e dinamicamente estável.


2.4.3.2. Em qualquer condição de carga, o sistema deve permanecer estável para aberturas intempestivas
com ou sem aplicação de curtos-circuitos monofásicos (maior probabilidade de ocorrência) sem religamento,
ainda que haja perda de algum dos elementos do sistema de transmissão, inclusive transformadores.
2.4.3.3. Nos casos das contingências simples e duplas, caracterizadas nos itens 2.2.2.3 e 2.2.2.4, que
provocam aberturas de parte ou da totalidade das interligações elétricas entre as áreas do SIN, os
subsistemas que resultam dessas aberturas devem se manter estáveis. Adicionalmente, o sistema deve ser
dinamicamente estável nas pequenas variações de intercâmbio após a abertura parcial do conjunto de linhas
que compõem uma interligação.
2.4.3.4. Além de estável, o sistema não deve estar sujeito a riscos de sobrecargas inadmissíveis em
equipamentos, violação de faixas de tensão ou desligamentos indesejáveis dos elementos da rede ou da
carga.
2.4.3.5. O carregamento dos equipamentos principais de transmissão deve ser avaliado em função das suas
características e dos seus equipamentos terminais. Com relação aos limites de carregamento, aplicam-se os
itens 2.2.4.4 e 2.2.4.5.
2.4.3.6. Em períodos de simulação que se caracterizem como de regime permanente, devem ser aplicados
os critérios descritos no item 2.2.4.
2.4.3.7. Para avaliação da estabilidade eletromecânica, devem ser considerados os seguintes critérios:
a tensão mínima na primeira oscilação pós-distúrbio não pode ser inferior a 60% da tensão nominal
de operação ou 63% para 500 kV;
a tensão mínima nas demais oscilações pós-distúrbio não pode ser inferior a 80% da tensão nominal
de operação ou 84% para 500 kV;
a máxima variação de tensão entre o instante inicial e final da simulação dinâmica deve ser inferior a
10% da tensão nominal de operação, ou seja, Vfinal ≥ [Vinicial – 10% Vnop]; e
a amplitude máxima das oscilações de tensão eficaz pico a pico deve ser de 2% em valor absoluto,
após 10 segundos da eliminação do distúrbio.
2.4.3.7.1. No cálculo dos limites de intercâmbio elétrico entre as áreas do SIN, deve-se utilizar a metodologia
baseada nos critérios para avaliação da estabilidade eletromecânica, que já incluem a margem de segurança
com relação ao limite de estabilidade adequada à operação do sistema.
2.4.3.7.2. A ferramenta computacional utilizada nesses estudos – Modelo para análise de estabilidade
eletromecânica – está apresentada no documento de metodologia deste submódulo.

Estudos de estabilidade eletromecânica após fechamento de paralelo

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2.4.4.1. Premissas

2.4.4.1.1. O controle de tensão deve atuar de forma que as sobretensões sustentadas fiquem reduzidas aos
níveis admissíveis informados pelos agentes. Na falta dos valores admissíveis, devem ser utilizados os limites
máximos indicados na Tabela 1 (em carga) ou Tabela 3 e na Tabela 4.

Tabela 3 – Sobretensões dinâmicas e sustentadas admissíveis a 60Hz

Tensão Máxima tensão dinâmica Máxima tensão dinâmica Máxima tensão


nominal de sem elementos com elementos sustentada
operação (1) saturáveis saturáveis em vazio (3)
(kV) (kV) (pu) (2) (kV) (pu) (2) (kV) (pu) (2)
138 203 1,47 193 1,40 152 1,10
230 339 1,47 322 1,40 253 1,10
345 507 1,47 483 1,40 398 1,15
440 645 1,47 616 1,40 506 1,15
500 770 1,54 735 1,47 600 1,20
525 770 1,47 735 1,40 600 1,15
765 1120 1,47 1070 1,40 800 (4) 1,046 (4)
(1) Valor eficaz de tensão do sistema.
(2) Base: tensão nominal de operação.
(3) Em terminal aberto de linha de transmissão durante 1 hora.
(4) Restrição imposta por limitação de equipamentos.

Tabela 4 – Valores admissíveis de tensão, entre fases, para condição de pré-abertura das linhas em vazio

Tensão
Tensão máxima Tensão máxima Tensão máxima Tensão máxima
nominal de
a 60 Hz (3) a 62 Hz (4) a 64 Hz (4) a 66 Hz (4)
operação (1)
(kV) (kV) (pu) (2) (kV) (pu) (2) (kV) (pu) (2) (kV) (pu) (2)
138 203 1,47 196 1,42 189 1,37 184 1,33
230 339 1,47 327 1,42 315 1,37 306 1,33
345 507 1,47 490 1,42 474 1,37 460 1,33
440 645 1,47 625 1,42 603 1,37 585 1,33
500 770 1,54 745 1,49 720 1,44 700 1,40
525 770 1,47 745 1,42 720 1,37 700 1,33
765 1120 1,47 1085 1,42 1050 1,37 1015 1,33
(1) Valor eficaz de tensão do sistema.
(2) Base: tensão nominal de operação.
(3) Valores normalizados de acordo com norma ABNT [5].

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elétricos

(4) Valores obtidos a partir da referência normalizada, definida para 60 Hz.


O critério adotado para a tensão máxima a 62Hz, 64Hz e 66Hz é a manutenção da taxa de crescimento da
envoltória da tensão de restabelecimento na abertura de linhas a vazio. A taxa de crescimento é mantida
igual à respectiva taxa para 60Hz. Como consequência, quanto maior a frequência da rede na condição de
pré-manobra, menor será a tensão máxima admitida.

2.4.4.2. Critérios

2.4.4.2.1. Os estudos eletromecânicos de fechamento de paralelo devem determinar os valores máximos


permitidos para diferença de tensão, ângulo e frequência entre as barras envolvidas no fechamento de
paralelo, de modo a limitar as variações instantâneas de potência acelerante e evitar esforços superiores aos
permitidos nas unidades geradoras.
2.4.4.2.2. Os valores de referência para as máximas diferenças de tensão, ângulo e frequência são:
máxima diferença da tensão: 10% da tensão nominal de operação;
máxima diferença da frequência: 0,2 Hz; e
máxima defasagem angular: 10 graus.

Estudos de estabilidade eletromecânica após fechamento de anel

2.4.5.1. Premissas

2.4.5.1.1. Os estudos eletromecânicos de fechamento de anel devem avaliar os efeitos de fechamentos de


anel elétrico na rede de transmissão sobre as unidades geradoras para evitar esforços mecânicos excessivos
em seus eixos.
2.4.5.1.2. Os estudos eletromecânicos determinam os valores máximos permitidos para diferença de tensão
e ângulo entre as barras envolvidas no fechamento de anel entre áreas, de forma a evitar esforços superiores
aos permitidos nas unidades geradoras.

2.4.5.2. Critérios

2.4.5.2.1. Para as unidades termelétricas, o fator relevante é a fadiga cíclica, decorrente dos esforços
torcionais a que o material do eixo do turbo-gerador é submetido.
2.4.5.2.2. Para as unidades hidroelétricas, a perda de vida útil causada pela fadiga cíclica a que o eixo é
submetido é considerada, normalmente, irrelevante e outras restrições informadas pelos agentes podem ser
relevantes.
2.4.5.2.3. A avaliação da solicitação a que o gerador é submetido quando da manobra de fechamento de
anel é realizada com base na variação percentual instantânea da potência ativa gerada pela unidade,
conforme Equação (1):

(1) P = Pele(t=0-) - Pele(t=0+)

sendo,
P: percentual instantâneo da potência ativa gerada pela unidade geradora no fechamento do anel;
Pele(t=0-): potência ativa gerada imediatamente antes do fechamento do anel; e
Pele(t=0+): potência ativa gerada imediatamente após o fechamento do anel.
2.4.5.2.4. A avaliação dos efeitos de fechamento de anel deve considerar os seguintes critérios:

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se P ≤ 50% da potência nominal aparente da unidade geradora: o fechamento de anel é permitido


para unidades hidroelétricas e termoelétricas; e
se P > 50% da potência nominal aparente da unidade geradora: o agente deve ser consultado sobre
a possibilidade de haver danos nos componentes da unidade, decorrentes do impacto mecânico a
que esses componentes são submetidos.
(1) Para máquinas hidráulicas, o valor de P pode ser superior a 50%, caso não haja outras restrições
por parte do agente.
(2) Para máquinas térmicas, o fechamento do anel só é permitido se a perda de vida útil for inferior a
0,01% ou a outro limite informado pelo agente ao ONS com base em estudos específicos.

Estudos de estabilidade eletromecânica de sobretensões dinâmicas

2.4.6.1. Premissas

2.4.6.1.1. Nos estudos de sobretensões dinâmicas, a modelagem deve incluir:


a representação da variação dos parâmetros da rede (reatâncias da rede e da máquina) com a
frequência;
o modelo de máquina síncrona abrangendo os enrolamentos amortecedores, a saturação e os
reguladores de tensão, conforme descrito nos itens 2.4.1.6.(a) e 2.4.1.6.(b); e
os compensadores estáticos controláveis com as características detalhadas de controle de
sobretensão.
2.4.6.1.2. Nos casos em que uma análise simplificada identificar riscos potenciais de ocorrência de
autoexcitação em máquinas síncronas que possam causar sobretensões severas, deve ser efetuada uma
análise detalhada da possibilidade de ocorrência desse fenômeno.
2.4.6.1.3. A autoexcitação pode ocorrer nos seguintes casos:
energização de linhas longas;
rejeição de carga envolvendo linhas longas;
perda de interligação em subestações nas quais existam bancos de capacitores e compensadores
síncronos; e
perdas de interligação CA, junto às subestações conversoras CC, com filtros de harmônicas, bancos
de capacitores e compensadores síncronos.
2.4.6.1.4. As simulações devem ser estendidas por um período mínimo de 8 segundos, no qual o
crescimento das tensões é observado em função das sobrevelocidades dos geradores. Assim, os reguladores
de velocidade devem ser representados e ajustados para obter a velocidade máxima das turbinas.
2.4.6.1.5. Nos estudos de rejeição de carga, são consideradas as configurações resultantes de contingências
que sejam visualizadas como as mais severas para o sistema em estudo, simulando um tempo da ordem de
0,5 segundo.
2.4.6.1.6. Não deve ser considerada a suportabilidade dos para-raios, que deve ser objeto de estudos
específicos, conforme descrito no item 2.5.

2.4.6.2. Critérios

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elétricos

2.4.6.2.1. Para contornar os riscos de autoexcitação, pode-se optar por:


implantar reforço na compensação indutiva;
alterar parte dos bancos de capacitores previstos por compensação estática controlável; ou
dotar o sistema de excitação da máquina com capacidade de corrente de campo negativa, a ser
acordado entre o ONS e os agentes envolvidos.
2.4.6.2.2. Nos estudos de rejeição de carga, a compensação reativa global, capacitiva e indutiva, deve ser
dimensionada para que o sistema suporte, sem violação dos critérios, a ocorrência dos seguintes eventos:
rejeição de carga simples, direta e inversa, esta última consistindo na abertura de um único terminal
de linha;
rejeição múltipla, caracterizada pela abertura dos terminais de circuitos distintos na mesma
extremidade simultaneamente por causa comum, tal como um curto-circuito no barramento seguido
de abertura dos disjuntores da linha;
curto-circuito fase-terra seguido de rejeição de carga, exceto nos casos em que as máquinas
diretamente envolvidas são do tipo regulador estático e ceiling variável com tensão terminal (bus fed),
onde deve ser considerada somente a rejeição de carga; e
perda não simultânea do compensador síncrono, estático, reator, transformador ou consumidor de
grande porte.
2.4.6.2.3. Os valores máximos admissíveis para as sobretensões dinâmicas são determinados a partir da
curva de suportabilidade de sobretensão, a 60Hz, dos equipamentos e da tensão admissível para abertura
de linhas em vazio.
2.4.6.2.4. Os valores máximos admissíveis devem ser fornecidos pelos agentes e na ausência desses valores,
devem ser utilizados os limites máximos de tensão indicados na Tabela 3 e Tabela 4.
2.4.6.2.5. Os valores máximos de tensão admissíveis nos estudos de energização a 60Hz de linhas de
transmissão devem ser fornecidos pelos agentes e na ausência desses valores devem ser considerados os
seguintes aspectos:
os níveis de tensão em regime permanente no terminal emissor antes e depois da energização não
devem exceder os valores máximos apresentados na Tabela 1;
os níveis de tensão depois da manobra no terminal aberto da linha de transmissão não devem exceder
os valores de máxima tensão sustentada em vazio durante 1 hora, conforme apresentado na Tabela
3 e Tabela 4.

Estudos de estabilidade eletromecânica após religamento automático de linhas de transmissão

2.4.7.1. Premissas

2.4.7.1.1. Os estudos de religamento automático de linhas de transmissão no SIN tem os seguintes


objetivos:
garantir a manutenção da estabilidade eletromecânica das máquinas síncronas presentes no sistema;
permitir a automação do retorno da linha de transmissão ao serviço em tempo inferior ao do
religamento manual; e

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elétricos

avaliar, por meio de simulações dinâmicas:


(1) se os valores das sobretensões, resultantes da manobra, estão de acordo com os critérios adotados
para garantir a integridade dos equipamentos.
(2) os efeitos dos religamentos sobre as unidades geradoras, no sentido de evitar esforços mecânicos
excessivos em seus eixos, considerando as condições de operação e as diferentes topologias de
rede.
(3) as perspectivas de sucesso do religamento, considerando o tempo morto necessário para a
extinção do arco secundário definido nos estudos de transitórios eletromagnéticos.

2.4.7.1.2. Os religamentos podem ser tripolares e/ou monopolares, dependendo dos equipamentos
disponíveis e do esquema utilizado.
2.4.7.1.3. O religamento monopolar é o menos severo sob o ponto de vista dinâmico e em relação aos
esforços nas unidades geradoras e sobretensões dinâmicas associadas.
2.4.7.1.4. A potência acelerante das usinas eletricamente próximas às subestações onde são feitas as
manobras e a diferença angular da tensão no terminal seguidor, no caso do religamento automático tripolar,
devem ser investigadas nos estudos de estabilidade eletromecânica.
2.4.7.1.5. A possibilidade de atuação da proteção de sobretensão a 60 Hz, em função dos valores
observados na simulação e do ajuste dos relés, deve ser considerada.
2.4.7.1.6. Em linhas de transmissão equipadas com bancos de capacitores série, a ação de by-pass
automático dos bancos e a sua reinserção automática após religamento com sucesso da linha deve ser
representada, caso essa estratégia seja adotada.
2.4.7.1.7. A simulação de religamentos automáticos considera os seguintes tempos:
tempo de abertura do disjuntor na 1ª extremidade da linha a ser aberta pela atuação da proteção;
tempo de abertura do disjuntor na 2ª extremidade da linha a ser aberta pela atuação da proteção;
(1) No caso de comando de abertura por transferência de disparo, deve ser adicionado o tempo de
transmissão do comando a esse tempo de abertura.
(2) O tempo de transferência de disparo pode ser adotado como 20 ms.
tempo morto necessário para extinção do arco secundário;
(1) Como referência, devem ser considerados os estudos de transitórios eletromagnéticos
(religamento monopolar) e de estabilidade eletromecânica (religamento tripolar).
tempo de religamento do terminal líder; e
tempo de religamento do terminal seguidor:
(1) Caso se utilize controle de fechamento por relé de verificação de sincronismo, deve ser adicionada
uma previsão de tempo para sua permissão de fechamento a esse tempo de religamento.
(2) O tempo de verificação de sincronismo poder ser adotado como 300 ms.
2.4.7.1.8. Para os tempos de abertura dos disjuntores, devem ser considerados os valores informados pelos
agentes e na ausência desses valores, devem ser utilizados os valores indicativos da Tabela 2.

2.4.7.2. Critérios

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elétricos

2.4.7.2.1. Nos estudos de religamento automático, o fator relevante para unidades termoelétricas é a fadiga
cíclica, decorrente dos esforços torcionais a que o material do eixo do turbo-gerador é submetido.
2.4.7.2.2. Para as unidades hidroelétricas, a perda de vida útil causada pela fadiga cíclica a que o eixo é
submetido é considerada normalmente irrelevante. No entanto, outras restrições informadas pelos agentes
podem ser relevantes.
2.4.7.2.3. A avaliação do esforço a que o gerador é submetido quando do religamento automático é
realizada com base na variação percentual instantânea da potência ativa gerada pela unidade, conforme
Equação (2):

(2) P = Pele(t=0-) - Pele(t=0+)


sendo,
P: percentual instantâneo da potência ativa gerada pela unidade geradora no religamento automático;
Pele(t=0-): potência ativa gerada imediatamente antes do religamento automático; e
Pele(t=0+): potência ativa gerada imediatamente após o religamento automático.
2.4.7.2.4. A avaliação dos efeitos do religamento automático deve considerar os seguintes critérios:
(a) se P ≤ 50% da potência nominal aparente da unidade geradora: o religamento automático é
permitido para unidades hidroelétricas e termoelétricas; e
(b) se P > 50% da potência nominal aparente da unidade geradora: o agente deve ser consultado sobre
a possibilidade de haver danos nos componentes da máquina, decorrentes do impacto mecânico a
que esses componentes são submetidos.
(1) Para máquinas hidráulicas, o valor de P pode ser superior a 50%, caso não haja outras restrições
por parte do agente.
(2) Para máquinas térmicas, o fechamento do anel só é permitido se a perda de vida útil for inferior
a 0,01% ou a outro limite informado pelo agente ao ONS com base em estudos específicos.
2.4.7.2.5. As contingências devem ser estudadas nos estudos de religamento automático de linhas de
transmissão para verificar a condição mais crítica para o religamento, considerando os seguintes aspectos:
as contingências relacionadas à perda de carga total ou parcial, à perda de geração ou ao
desligamento de circuitos;
o desligamento de circuitos com reflexos na redução da potência de curto-circuito no barramento
onde se realiza a manobra e na distribuição dos impactos de potência, ao passo que a perda de carga
total ou parcial se relaciona com a redução dos amortecimentos; e
o ajuste máximo do ângulo da proteção de verificação de sincronismo que deve ser compatível com
o valor limite de estabilidade relativo ao defeito mais severo selecionado pelo religamento.

Estudos de estabilidade eletromecânica de alívio de carga por subfrequência

2.4.8.1. Premissas

2.4.8.1.1. Os estudos de alívio de carga por subfrequência devem incluir:


análise de contingências, considerando todas as condições de carga e de potência sincronizada nas
condições de intercâmbios e de cargas estudadas;

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elétricos

análise de contingências com perdas de grandes blocos de geração ou de interligações elétricas,


considerando a operação das interligações nas condições de intercâmbios máximos, para se obter:
(1) taxa média da variação de frequência em intervalos de frequência preestabelecidos;
(2) tempos de permanência da frequência abaixo dos patamares de referência preestabelecidos;
(3) maior taxa de variação da frequência em que o sistema se recupera sem atingir o valor da
frequência mínima e sem necessidade de corte de carga; e
(4) valor da frequência do sistema após a estabilização.
análise de contingências, simples e duplas, com formação de ilhas, em que não haja recuperação da
frequência ou em que o valor da frequência mínima tenha sido ultrapassado, ou em ambas as
condições;
(1) essa análise determina os montantes de corte de carga necessários para atingir as metas
desejadas; e
(2) os cortes de carga devem ser coordenados com as ações de controle de tensão, de modo a evitar
a recuperação da carga remanescente com a elevação das tensões provocadas pela redução no
carregamento do sistema, o que implicaria maior afundamento da frequência, com cortes de carga
adicionais desnecessários.
estudos para definição do número de estágios a serem utilizados e determinação dos valores
preliminares de ajuste dos relés e dos montantes de corte de carga por estágios;
(1) o critério de proporcionalidade no valor de corte de carga entre os agentes deve ser atendido e os
valores de ajuste dos relés devem ser escolhidos de modo a garantir a atuação dos estágios na
sequência desejada.
análise de contingências, simples e duplas, em outras condições de operação, para se obter:
(1) avaliação dos ajustes preliminares dos relés, com definição de novos valores, caso necessário;
(2) avaliação dos montantes de corte de carga alocados preliminarmente por estágio e realização dos
remanejamentos dos montantes que se fizerem necessários;
(3) determinação da necessidade de ajustes de retaguarda para os relés, com definição desses novos
ajustes; e
(4) verificação da possibilidade de ocorrerem atuações desnecessárias.
análises para determinar a inércia mínima na área, de forma a garantir as condições de frequência
mínima e a recuperação da frequência às possíveis condições de ilhamento em contingências no SIN,
após atuação de todos os estágios do esquema de alívio de carga por subfrequência;
análises da influência da indisponibilidade de reatores ou equipamentos variáveis de suporte de
reativos, em valores de potência mínima sincronizada, influenciados pela recuperação da carga
remanescente com a tensão; e
análise do sistema sob o ponto de vista de estabilidade de tensão, pois durante o processo para
dimensionamento do esquema de alívio de carga por subfrequência podem ocorrer colapsos de
tensão.
(1) esse problema de colapso de tensão pode não ser observado, uma vez que os recursos do
programa de estabilidade utilizado, com o objetivo de facilitar a convergência dos fluxos de

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potência transitórios, modela as cargas do sistema apenas como impedâncias constantes a partir
de um determinado patamar de tensão, normalmente de 50%.
2.4.8.1.2. Os esquemas de reversão síncrono-gerador não devem ser considerados.
2.4.8.1.3. Durante o processo para quantificação do corte de carga por subfrequência, a possibilidade de
ocorrerem problemas de estabilidade, provenientes da interação com controladores que não estejam
completamente modelados, deve ser considerado para situações em que se verifiquem grandes variações
nas grandezas elétricas do sistema.

2.4.8.2. Critérios

2.4.8.2.1. O esquema de alívio de carga por subfrequência (ERAC) deve ser dimensionado para garantir que,
após sua atuação, a frequência se estabilize em 59,5 Hz em 20 segundos para o SIN e para as ilhas elétricas
que possam ser formadas.
2.4.8.2.2. O esquema de alívio de carga por subfrequência deve ser dimensionado para sobrecargas no SIN
com base na pesquisa da contingência mais crítica que leve a frequência a valores abaixo do nominal, sem
perda de sincronismo entre as regiões.
2.4.8.2.3. O esquema deve atender também às situações de emergência regionais que determinem
sobrecargas superiores àquelas previstas para o SIN.
2.4.8.2.4. A frequência mínima adotada como referência para o dimensionamento dos esquemas de alívio
de carga por subfrequência (ERAC) é 57,0 Hz.
2.4.8.2.5. Nos casos de ilhamento de carga e geração em uma área com predominância de geração
hidráulica, pode-se admitir a excursão da frequência até 56,0 Hz, desde que se obtenha um menor corte de
carga.

Estudos de estabilidade eletromecânica de alívio de geração por sobrefrequência

2.4.9.1. Premissas

2.4.9.1.1. Os estudos de alívio de geração por sobrefrequência devem incluir:


análise de contingências com perdas de grandes blocos de carga ou abertura de paralelo entre
regiões:
(1) todas as condições de carga e de potência sincronizada nas condições de intercâmbios e nos
períodos estudados devem ser consideradas;
(2) a operação nas condições limites de intercâmbio deve ser considerada, para se obter:
(i) taxa média de variação da frequência em intervalos de frequência preestabelecidos;
(ii) tempos de permanência da frequência acima dos patamares de referência preestabelecidos;
(iii) maior taxa de variação da frequência em que o sistema se recupera sem atingir o valor da
frequência máxima e sem necessidade de corte de geração; e
(iv) valor da frequência do sistema após a estabilização.
análise das contingências, simples e duplas, com formação de ilhas, sem restabelecimento da
frequência ou com o valor da frequência máxima ultrapassado, ou em ambas as condições.

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(1) essa análise determina os montantes de corte de geração necessários para atingir as metas
desejadas.
(2) os cortes de geração devem ser coordenados com as ações de controle de tensão para evitar
problemas de atendimento dentro da ilha.
estudos para definição do número dos estágios e dos montantes de corte de geração a serem
realizados e determinação dos valores preliminares de ajuste dos relés.
(1) o critério de proporcionalidade no valor de corte de geração deve ser atendido entre os agentes e
os valores de ajuste dos relés adequados à atuação dos estágios devem ser escolhidos na
sequência desejada.
(2) o estágio é considerado como o corte de geração relacionado a cada nível de desbalanço geração-
carga.
análise de contingências, simples e duplas, em outras condições de operação, para se obter:
(1) avaliação dos ajustes preliminares dos relés, com a definição de novos valores, caso necessário.
(2) avaliação dos montantes de corte de geração alocados preliminarmente por estágio e realização
dos remanejamentos necessários.
(3) determinação da necessidade de ajustes de retaguarda para os relés, com definição desses novos
ajustes.
(4) verificação da possibilidade de ocorrerem atuações desnecessárias.
análises para determinação das potências sincronizadas mínimas nas usinas ou conjuntos de usinas,
que devem ser realizadas caso se tenha atingido a condição limite de geração indicativa da
necessidade de desligamento.
(1) o limite do desbalanço geração-carga adequado às condições de frequência máxima e ao
restabelecimento da frequência devem ser determinados, a fim de atender as possíveis condições
de ilhamento em contingências no SIN, após atuação de todos os estágios definidos pelos estudos
de alívio de geração por sobrefrequência.
durante o processo para dimensionamento do esquema de alívio de geração por sobrefrequência,
deve ser considerada a possibilidade de ocorrerem problemas de estabilidade, provenientes da
redução do nível de amortecimento do sistema remanescente ou da interação com controladores que
não estejam completamente modelados para situações com grandes variações nas grandezas
elétricas do sistema.
2.4.9.1.2. O esquema de alívio de geração por sobrefrequência deve ser dimensionado para situações de
excesso de geração no SIN, com base na contingência mais crítica que leve a frequência a valores superiores
ao nominal, sem perda de sincronismo entre as regiões.
2.4.9.1.3. O esquema de alívio de geração por sobrefrequência deve atender também às situações de
emergência regionais que determinem sobrecargas superiores àquelas previstas para o SIN.

2.4.9.2. Critérios

2.4.9.2.1. A frequência máxima a ser observada, após os distúrbios, deve ser compatível com as
características da carga e dos equipamentos do sistema envolvido.
2.4.9.2.2. Nas situações de difícil contorno, devem ser analisados esquemas alternativos que considerem
também o ilhamento ou o bloqueio de unidades térmicas.

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2.4.9.2.3. O esquema de alívio de geração por sobrefrequência deve ser dimensionado para garantir que,
após sua atuação, a frequência se estabilize em 60,5Hz em 20 segundos para o SIN e para as ilhas elétricas
que possam ser formadas.

2.5. Diretrizes para estudos de transitórios eletromagnéticos sob condições de manobra

Processos relacionados

2.5.1.1. Neste item estão definidas as diretrizes para os estudos de transitórios eletromagnéticos requeridos
nos estudos pré-operacionais e de recomposição no Submódulo 7.4 e Submódulo 3.10, nos estudos de acesso
no Submódulo 7.1, de superação de equipamentos no Submódulo 3.12 e nos estudos que definem o projeto
básico de instalações de transmissão no Submódulo 7.3.
2.5.1.2. Os dados para os estudos de transitórios eletromagnéticos com horizonte até os estudos do PAR/PEL
são os disponíveis no banco de dados do ONS, complementados pelas informações solicitadas aos agentes
responsáveis pelas instalações. Caso disponíveis, devem ser utilizadas as características "como efetivamente
implantadas” descritas no Submódulo 7.3.
2.5.1.2.1. Para estudos além do horizonte do PAR/PEL, a base de dados utilizada é a do órgão responsável
pelo planejamento da expansão (longo prazo).
2.5.1.3. Os estudos de projeto básico, referentes à fase de engenharia de sistemas, são de responsabilidade
dos agentes de transmissão envolvidos e têm por finalidade definir as características para especificação das
instalações e dos equipamentos que serão integrados às instalações de transmissão por meio dos processos
de leilão ou de autorização.
2.5.1.4. Os estudos pré-operacionais, necessários à inclusão de novas instalações nos procedimentos
operacionais da Rede Básica, são de responsabilidade do ONS e têm o objetivo de quantificar em detalhe
todos os impactos da nova instalação sobre a Rede Básica existente.
2.5.1.4.1. Em relação aos estudos de projeto básico, os estudos pré-operacionais tratam de uma avaliação
complementar das solicitações transitórias e temporárias decorrentes de manobras ou de defeitos, na qual
devem ser considerados a representação detalhada dos equipamentos do sistema envolvido e os parâmetros
reais dos equipamentos correspondentes às novas instalações.
2.5.1.5. Os estudos de acesso, referentes à fase de engenharia de sistemas, são de responsabilidade do
acessante e têm por finalidade definir as características para especificação das instalações e dos
equipamentos do próprio acessante, bem como avaliar os impactos causados pela inserção do
empreendimento na operação da Rede Básica.
2.5.1.5.1. Enquadram-se nos estudos de acesso aqueles relacionados aos empreendimentos que ocasionem
seccionamento de linhas de transmissão da Rede Básica ou inserção de novas unidades geradoras.
2.5.1.5.2. Os estudos de acesso devem ter o mesmo nível de detalhamento que os estudos de projeto básico
ou pré-operacionais, dependendo do tempo para entrada em operação da instalação.
2.5.1.6. Os estudos de recomposição definem os procedimentos operacionais para o restabelecimento do
sistema após perturbação geral ou parcial e são de responsabilidade do ONS, com anuência dos agentes
envolvidos.
2.5.1.6.1. Os estudos de recomposição estabelecem, para os corredores preferenciais do SIN, os
procedimentos a serem observados pela operação das usinas e subestações quando do restabelecimento da
rede de forma fluente ou coordenada com os centros de operação do sistema.

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2.5.1.6.2. Nos estudos de recomposição do sistema, devem ser investigados os corredores preferenciais
indicados pelos estudos de fluxo de potência e de estabilidade eletromecânica, responsáveis, inicialmente,
pela definição dos montantes máximos de tomada de carga, da configuração mínima de reatores e das
tensões máximas pré-energização de regime permanente e dinâmico.
2.5.1.6.3. Nos estudos de recomposição, os estudos de transitórios eletromagnéticos devem verificar se as
condições estabelecidas pelos estudos de regime permanente e estabilidade eletromecânica não violam as
máximas capacidades dos equipamentos durante as manobras de energização das linhas de transmissão,
transformadores e nas rejeições de cargas.
2.5.1.7. Os estudos de superação de equipamentos são de caráter cíclico e visam avaliar a suportabilidade
dos equipamentos existentes em relação às solicitações impostas pela evolução da rede. Tais estudos são de
responsabilidade dos agentes envolvidos e se prestam a indicar a necessidade da substituição de
equipamentos de manobra, superados ou tecnologicamente obsoletos, por outros adequados às condições
atuais de operação do sistema.

Documentos de referência

2.5.2.1. Na execução dos estudos de transitórios eletromagnéticos, devem ser observadas as disposições
dos documentos de referência.
2.5.2.2. No caso dos estudos de projeto básico, deve-se referir ao edital de licitação do empreendimento ou,
no caso de autorização, aos requisitos mínimos estabelecidos nos Procedimentos de Rede e documentos
específicos das instalações já existentes, quando for o caso. Ressalta-se que a lista de estudos necessários,
apresentados nos editais, se referem aos estudos mínimos a serem executados e, portanto, estudos
adicionais poderão ser solicitados pelo ONS, a depender das particularidades da instalação.
2.5.2.3. No caso dos estudos pré-operacionais, o termo de referência do estudo deve ser considerado.

Modelagem dos componentes e equipamentos

2.5.3.1. Nos estudos de transitórios eletromagnéticos, a modelagem dos componentes e equipamentos


deve ser adequada à representação dos fenômenos a serem analisados.
2.5.3.2. Nos estudos pré-operacionais e de recomposição, devem-se utilizar, preferencialmente, dados
obtidos dos ensaios ou do “como efetivamente implantados”, descritos no Submódulo 7.3. Na falta desses,
dados do projeto básico do empreendimento podem ser utilizados. Se mesmo esses não estiverem
disponíveis, dados típicos podem ser utilizados após a sua ratificação pelos agentes responsáveis.
2.5.3.3. Nos estudos de projeto básico, algumas vezes os parâmetros referentes à modelagem de alguns
equipamentos não estão disponíveis, pois a modelagem final somente será obtida a partir dos testes de
fábrica. Exemplo típico desse caso é a característica de magnetização de transformadores. Nessas situações,
dados típicos e/ou preliminares do fornecimento podem ser utilizados e cabe ao agente envolvido a
responsabilidade pela comprovação da sua aplicabilidade.
2.5.3.3.1. Para os estudos de projeto básico, a tensão de pré-manobra nos estudos de chaveamento deve
ser igual à máxima tensão operativa referente à classe de tensão da rede. Caso as condições de fluxo de
potência não permitam que a tensão do barramento onde a manobra será realizada atinja a máxima tensão
operativa, valor inferior a este pode ser utilizado, contanto que seja respeitado um valor mínimo igual à
tensão nominal da rede.
2.5.3.4. Nos estudos pré-operacionais e de recomposição, a tensão pré-manobra deve respeitar os valores
convergidos para o caso base de regime permanente ou aqueles definidos pelos estudos de estabilidade

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eletromecânica. Caso possível, podem ser utilizados os limites máximos permissíveis na barra de manobra,
contanto que esses limites não sejam violados nos demais barramentos do sistema.
2.5.3.4.1. Para os estudos pré-operacionais e de recomposição, as simulações poderão representar os para-
raios dos reatores shunt e dos reatores de neutro, casos existentes, em adição aos para-raios da própria linha
de transmissão, visando evitar que restrições operativas sejam impostas ao sistema. Nessas condições,
recomenda-se que não seja excedida 80% da capacidade de absorção desses para-raios.
2.5.3.4.2. A ferramenta computacional utilizada nesses estudos – Modelo para análise de transitórios
eletromagnéticos – está apresentada no documento de metodologia deste submódulo.

Estudos de manobras em equipamentos

2.5.4.1. Estudos estatísticos

2.5.4.1.1. Os estudos estatísticos devem ser realizados para as situações em que seja necessário quantificar
as solicitações transitórias, considerando a simulação dos parâmetros e as características probabilísticas dos
equipamentos de manobra.
2.5.4.1.2. Em função da influência da aleatoriedade nos instantes de operação dos disjuntores, os estudos
estatísticos devem ser efetuados por análise probabilística com a execução de, pelo menos, duzentos casos,
de forma a assegurar a representatividade estatística dos estudos.
2.5.4.1.3. O disjuntor manobrado deve ser modelado como chave estatística. Os tempos de operação
individuais de cada uma das três fases devem seguir uma distribuição gaussiana de probabilidades associada
à dispersão do instante de fechamento entre os contatos principais (ou contatos auxiliares). Os tempos
médios de operação do conjunto das três fases, em cada manobra, devem ser distribuídos uniformemente
ao longo de um ciclo da frequência fundamental.
2.5.4.1.4. Na modelagem de disjuntores dotados de resistores de pré-inserção, tanto os contatos principais
quanto os auxiliares devem ser modelados como chaves estatísticas. A operação dos contatos principais deve
ocorrer de forma dependente daquela associada aos contatos auxiliares, após o tempo de inserção dos
resistores das três fases, levando-se em conta sua dispersão e tempo médio.
2.5.4.1.5. Na modelagem de disjuntores dotados de dispositivos sincronizadores (dispositivos de manobra
controlada), é necessário definir-se previamente, com auxílio de simulação determinística, o instante ideal
de fechamento de cada polo do disjuntor.
2.5.4.1.6. O instante ideal de fechamento de cada polo do disjuntor é adotado como o tempo médio de
operação de cada polo, que deve ser representado por chave estatística com distribuição gaussiana. As
dispersões em torno dos tempos médios de cada polo são representadas pelo desvio padrão do tempo de
fechamento do conjunto disjuntor-sincronizador. Essas dispersões são função da precisão mecânica do
disjuntor, da precisão do sincronizador, bem como da variação da taxa de decremento da rigidez dielétrica
do gap entre os contatos durante o fechamento do disjuntor.
2.5.4.1.7. A modelagem de disjuntores com sincronizadores deve seguir as diretrizes do CIGRE, conforme
[6][7], que apresentam detalhes relevantes sobre as condições de manobra às quais usualmente se aplica o
chaveamento controlado, considerando as informações garantidas pelo fabricante e fornecidas pelo agente.
2.5.4.1.8. Nos estudos pré-operacionais e de recomposição, adotam-se os parâmetros informados pelos
agentes, conforme item 2.5.1.2.
2.5.4.1.9. Energização de linhas de transmissão:

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para condição de fechamento mais crítica, determinada pelas simulações probabilísticas, devem ser
simuladas manobras com e sem aplicação de curto-circuito fase-terra no terminal remoto da linha e
com e sem reatores para circuitos com compensação em derivação (compensação shunt):
(1) as indisponibilidades dos reatores deverão ser restritas somente aos reatores manobráveis;
(2) no caso dos estudos de projeto básico, a aplicação do defeito também deve ser simulada em
ambos os terminais e no meio da linha;
no caso de estudos de surtos de manobra, as linhas de transmissão devem ser modeladas
considerando seus parâmetros distribuídos:
(1) no caso particular de linhas curtas, por exemplo, naquelas em que o tempo de tráfego das ondas
eletromagnéticas é inferior ao passo de integração, a modelagem pode ser realizada por seções
Pi ();
(2) nos casos em que o amortecimento das sobretensões for crítico para a análise do fenômeno, a
dependência dos parâmetros da linha de transmissão com a frequência deve ser representada.
2.5.4.1.10. Energização de transformadores:
a modelagem do equipamento a ser energizado deve ser suficientemente detalhada para reproduzir
a característica de saturação e os parâmetros de sequência;
nos estudos pré-operacionais, os transformadores trifásicos devem ser simulados por representação
matricial dos acoplamentos entre fases, com o fenômeno da saturação do núcleo ferro-magnético
representado por um elemento não-linear conectado a um dos terminais;
nos estudos pré-operacionais e de recomposição, para os autotransformadores deve ser utilizado o
modelo com representação dos enrolamentos série e comum com o fenômeno da saturação do
núcleo ferro-magnético, representado por um elemento não-linear conectado a um dos terminais;
nos estudos pré-operacionais, deve ser utilizado na modelagem da saturação o laço de histerese
baseado, preferencialmente, na característica de magnetização proveniente de ensaios no
equipamento ou dos dados de projeto do equipamento:
(1) na falta dessas informações, deve-se obter do agente a ratificação dos dados típicos a serem
adotados;
(2) nesse último caso, deve ser realizada uma análise de sensibilidade de forma a avaliar a influência
da curva de saturação ou laço de histerese nas solicitações transitórias de tensão e corrente de
inrush produzidas pela manobra.
as simulações estatísticas devem apontar pelo menos os casos mais severos com relação as tensões,
correntes de inrush de fase e de neutro e energias dissipadas nos para-raios.
a manobra de energização deve considerar o fluxo magnético residual em seu valor máximo em uma
das fases, conforme as seguintes diretrizes:
(1) a definição do valor de fluxo residual máximo deve basear-se nas informações contidas em
relatórios de ensaios do fabricante – característica normal de saturação, característica de perda
total em vazio e razão entre perda por histerese e perda total – e deve ser informado pelo agente
responsável;
(2) na ausência dessas informações, devem ser adotados os valores típicos de literatura para
estimativa do fluxo residual;

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(3) caso a energização do transformador seja feita através de um sincronizador padrão, isto é, com
estratégia de fechamento no pico da tensão de energização, o pico escolhido deverá ser aquele de
polaridade oposta ao fluxo residual representado na primeira fase a fechar;
(4) a modelagem do disjuntor, quando equipado com um sincronizador padrão, deverá ser realizada
conforme item 2.5.4.1.7.
nos estudos do projeto básico, devem ser utilizados os dados referentes ao projeto do transformador
em processo de aquisição, mesmo que ainda preliminares, sendo admitidos apenas na ausência de
melhores informações, valores típicos para os parâmetros dos demais transformadores da rede retida
de simulação;
nos estudos de energização de transformadores em subestações com mais de um transformador,
deve ser analisada a manobra do transformador com pelo menos um dos demais transformadores
em vazio nos estudos de projeto básico; e
(1) Para os estudos pré-operacionais, não será considerada a energização de transformador com
outras unidades energizadas em vazio no mesmo barramento.
não se aplicam à manobra de energização de transformadores, os requisitos de desempenho
harmônico definidos no Submódulo 2.9 – Requisitos mínimos de qualidade de energia elétrica para
acesso ou integração à Rede Básica, por serem as correntes de inrush um fenômeno
transitório/temporário.
2.5.4.1.11. Energização de banco de capacitores em derivação:
na existência de banco de capacitores eletricamente próximos ao banco a ser energizado, devem ser
analisadas as hipóteses de energização na configuração back-to-back de todos os bancos de um
mesmo barramento, a fim de quantificar o nível das suas sobretensões e os níveis das sobretensões
e sobrecorrentes nos barramentos dos demais bancos que possam ser amplificados em função das
condições ressonantes do sistema;
devem ser quantificadas as sobretensões nos terminais remotos das linhas de transmissão com baixo
carregamento, conectadas radialmente ao barramento do banco ou terminadas por transformadores
levemente carregados;
para cada manobra estatística, devem ser realizadas duas simulações determinísticas para:
(1) detalhar no tempo a máxima tensão; e
(2) detalhar no tempo a máxima corrente de energização do banco de capacitores.
2.5.4.1.12. Religamento tripolar:
os estudos de religamento tripolar avaliam as sobretensões transitórias e as energias dissipadas nos
para-raios causadas pelo religamento de linhas de transmissão;
esses estudos têm o objetivo de estabelecer as condições para a viabilização (por meio do estudo do
projeto básico) e ativação (por meio do estudo pré-operacional) desses religamentos, de acordo com
os critérios estabelecidos para os estudos de transitórios eletromagnéticos;
o sistema sob estudo deve ser modelado da seguinte forma:
(1) na modelagem das máquinas síncronas existentes na região em análise, devem ser considerados
os efeitos subtransitórios e, se houver dados disponíveis, os efeitos de saturação magnética;

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(2) caso o trecho em questão seja suficientemente longo e existam linhas em paralelo na mesma faixa
de passagem, devem ser considerados os acoplamentos capacitivos mútuos, por meio da
representação adequada dos parâmetros das linhas de transmissão no trecho em análise, bem
como as transposições existentes; e
(3) os defeitos devem ser representados por curtos-circuitos francos fase-terra.
devem ser analisadas somente as indisponibilidades dos reatores manobráveis;
devem ser simulados religamentos com e sem sucesso;
devem ser realizadas simulações determinísticas para a condição mais crítica de religamento com os
para-raios representados;
nos estudos de religamento tripolar, deve ser observada a seguinte sistemática:
(1) aplicar defeito monofásico franco em um dos terminais da linha;
(2) se houver compensação série na linha a ser religada, e utilizar as informações detalhadas do
equipamento, obtidas do “como efetivamente implantados” conforme Submódulo 7.3, ou na falta
destes dados, informadas pelo agente responsável;
(3) caso as informações que permitam identificar o tempo necessário para o bypass do banco, após a
aplicação de defeito, não estejam disponíveis, realizar by-pass do capacitor série no terminal da
linha do defeito considerando os seguintes tempos:
(i) bancos de capacitores com gap de disparo forçado: 10 ms após a aplicação do defeito próximo
ao capacitor ou 40 ms após a aplicação do defeito remoto ao capacitor;
(ii) bancos de capacitores desprovidos de gap: acrescer aos tempos anteriores o tempo de
fechamento do disjuntor de by-pass.
(4) realizar a abertura tripolar do terminal mais próximo do defeito, conforme o tempo previsto pela
proteção de linha;
(i) na falta dessa informação do sistema de proteção, utilizar o valor indicado na Tabela 2.
(5) realizar a abertura tripolar do terminal oposto ao defeito no tempo de transferência de disparo
previsto pela proteção de linha;
(i) na falta dessa informação, utilizar o tempo de 20 ms após a abertura do terminal mais próximo
da falta.
(6) nos casos de religamento com sucesso, para representar a carga residual da linha aberta, manter
o curto-circuito aplicado na linha após sua total abertura, eliminá-lo em um tempo da ordem de
três ciclos após a abertura da última fase e considerar um tempo morto de até 500 ms;
(7) se houver compensação série na linha, reinserir os bancos de capacitores série antes do
religamento da linha, caso a proteção do equipamento permita;
(8) religar a linha por um dos terminais após o tempo morto e seguir os mesmos procedimentos
utilizados para energização de linha de transmissão, descritos no item 2.5.4.1.9;
(9) nos estudos de projeto básico, adotar o tempo morto de 500 ms; e
(10) nos estudos pré-operacionais, definir o tempo morto em função dos resultados obtidos nos
estudos de estabilidade eletromecânica.
2.5.4.1.13. Religamento monopolar:

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na etapa de projeto básico, os estudos de religamento monopolar têm por finalidade:


(1) verificar a viabilidade da implementação do religamento monopolar na linha em análise,
determinando o tempo morto mínimo para tal;
(2) identificar a possibilidade da ocorrência de situações de ressonância, que podem ocorrer inclusive
em função do grau de compensação da linha; e
(3) identificar a necessidade de utilização de reatores de neutro e/ou outros dispositivos de mitigação
de correntes de arco secundário e subsidiar a sua especificação.
nos estudos de projeto básico, as avaliações de religamento monopolar devem considerar:
(1) avaliações de regime permanente, visando definir as correntes de arco secundário e a tensão na
fase aberta em todas as condições operativas (faixa de frequência de 56 a 66 Hz), com o objetivo
de identificar possíveis condições de ressonância na fase aberta e confirmar o atendimento dos
critérios relativos à magnitude da corrente de arco secundário;
(2) avaliações de transitórios eletromagnéticos envolvendo manobras de extinção do arco secundário
(obtenção das curvas de Tensão de Restabelecimento Transitória (TRT)); e
(i) os resultados desta parte do estudo permitirão complementar a análise da probabilidade de
extinção do arco secundário nas linhas de transmissão em estudo.
(3) estudos de transitórios eletromagnéticos envolvendo manobras de religamento monopolar com
sucesso, para determinar os níveis das sobretensões em ambos os terminais das linhas de
transmissão analisadas e os níveis de absorção de energia dos para-raios instalados.
as alíneas (a) a (f) do item 2.5.4.1.12 aplicam-se também aos estudos de religamento monopolar,
quando se fecha o terminal remoto, independentemente de existirem circuitos paralelos;
nos estudos pré-operacionais, os estudos de religamento monopolar devem quantificar os valores de
correntes de neutro nas transformações eletricamente próximas à manobra durante a operação
desequilibrada, conforme a seguinte sistemática:
(1) aplicar defeito monofásico franco em um dos terminais da linha;
(2) se houver compensação série na linha a ser religada, utilizar as informações fornecidas pelo agente
responsável, ou na ausência destas, utilizar os dados do “como efetivamente implantados” e do
projeto básico, conforme Submódulo 7.3;
(3) caso as informações que permitam identificar o tempo necessário para o bypass do banco, após a
aplicação de defeito, não estejam disponíveis, realizar bypass do capacitor série no terminal da
linha do defeito considerando os seguintes tempos:
(i) bancos de capacitores com gap de disparo forçado: 10 ms após aplicação do defeito próximo
ao capacitor ou 40 ms após aplicação do defeito remoto ao capacitor; e
(ii) bancos de capacitores desprovidos de gap: acrescer aos tempos anteriores o tempo de
fechamento do disjuntor de by-pass.
(4) realizar a abertura monopolar do terminal mais próximo do defeito, conforme o tempo previsto
pela proteção de linha;
(i) na ausência dessa informação do sistema de proteção, utilizar o valor indicado na Tabela 2.
(5) realizar a abertura monopolar do terminal oposto ao defeito no tempo de transferência de disparo
previsto pela proteção de linha;

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(i) na ausência dessa informação, utilizar o tempo de 20 ms após a abertura do terminal mais
próximo da falta.
(6) nos casos de religamento com sucesso, para representar a carga residual da linha aberta, manter
o curto-circuito aplicado na linha após sua total abertura, eliminá-lo em um tempo da ordem de
três ciclos após a abertura da última fase e considerar um tempo morto de até 500 ms;
(7) se houver compensação série na linha, reinserir os bancos de capacitores série antes do
religamento da linha, caso a proteção do equipamento permita;
(8) religar a linha por um dos terminais após o tempo morto e seguir a mesma sistemática utilizada
para energização de linha de transmissão, descrita no item 2.5.4.1.9;
(9) adotar o tempo morto conforme item 2.5.4.2.3.
2.5.4.1.14. Oscilação subsíncrona e estimação da perda de vida do eixo de geradores causada por fadiga
torcional:
considerações gerais:
(1) a terminologia empregada nos estudos de oscilação subsíncrona e de estimação da perda de vida
do eixo de geradores causada por fadiga torcional é definida em [8];
(2) as oscilações subsíncronas englobam basicamente dois fenômenos:
(i) ressonância subsíncrona, que tem origem nos sistemas compensados por capacitores série; e
(ii) oscilações subsíncronas dependentes de controladores de ação rápida (Device dependent
subsynchronous oscillation).
(3) a fadiga torcional é o resultado da perda cumulativa de vida do eixo mecânico turbina-gerador,
que tem sua origem nos elevados torques transitórios aos quais o eixo turbina-gerador fica sujeito
durante sua vida útil.
(i) as causas dos elevados torques transitórios estão relacionadas às faltas e manobras no sistema
elétrico, notadamente, aos religamentos de linha; e
(ii) a presença de capacitores série eletricamente próximos aos geradores térmicos, mesmo sem
demandar medidas mitigadoras, tende a elevar os níveis dos torques transitórios no eixo dos
geradores.
diretrizes:
(1) os estudos de ressonância subsíncrona devem ser efetuados sempre que os bancos de capacitores
série, existentes ou planejados, impõem riscos à integridade dos eixos turbina-gerador das
máquinas térmicas eletricamente próximas, existentes ou planejadas;
(2) os estudos devem investigar os seguintes fenômenos de autoexcitação dos geradores térmicos:
(i) efeito gerador de indução; e
(ii) interação torcional.
(3) devem também avaliar os impactos torcionais sobre o eixo turbina-gerador causados pelo
fenômeno de torque transitório, isto é, pela amplificação de torque, e quantificar a perda de vida
útil dos eixos envolvidos e o risco de dano por fadiga mecânica desses eixos;
(4) os estudos de oscilações subsíncronas dependentes de controladores de ação rápida devem ser
realizados sempre que os sistemas de corrente contínua em alta tensão (CCAT), controladores

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Flexible AC Transmission Systems (FACTS), excitatrizes estáticas etc. possam interagir de forma a
excitar os modos torcionais dos eixos turbina-gerador de máquinas térmicas eletricamente
próximas, existentes ou planejadas;
(i) normalmente, nesses casos, a mitigação dos possíveis impactos sobre o eixo turbina-gerador
pode ser feita por meio do reajuste dos sistemas de controle dos equipamentos envolvidos.
(5) os estudos de efeito gerador de indução e interação torcional devem ser desenvolvidos no domínio
da frequência com a utilização das seguintes técnicas: análise de resposta em frequência ou,
alternativamente, análise de autovalores:
(i) eventuais simulações no domínio do tempo devem incorporar o acoplamento bilateral do eixo
turbina-gerador/sistema de potência;
(ii) para efeitos de análise do fenômeno de interação torcional, devem ser considerados os
amortecimentos modais do eixo turbina-gerador na condição sem carga, na qual os
amortecimentos no eixo turbina-gerador são mínimos, e os riscos de desestabilização torcional,
maiores;
(iii) as configurações radiais entre a linha de transmissão compensada e o gerador térmico sempre
merecem atenção especial por conduzirem usualmente a casos severos; e
(iv) os riscos dessas configurações degradadas, que conduzem a casos severos, devem ser
explicitados.
(6) o resultado das análises apresentadas nos itens 2.4.5 e 2.4.7 pode exigir um estudo mais detalhado
com a utilização de modelo computacional “massa-mola” da máquina, obtido junto ao fabricante,
a ser realizado pelo agente responsável para análise dos transitórios eletromagnéticos, com a
quantificação dos torques transitórios máximos e a obtenção de uma estimativa de perda de vida
do eixo em decorrência da fadiga torcional;
(7) os estudos de torques transitórios devem ser realizados no domínio do tempo, considerando a
modelagem do eixo turbina-gerador e o seu acoplamento bilateral com o sistema de potência;
(8) na realização dos estudos de oscilação subsíncrona e de estimação da perda de vida do eixo
turbina-gerador das máquinas térmicas, deve ser empregada metodologia correspondente à etapa
de cálculos e simulações computacionais, considerando os seguintes aspectos:
(i) redução do sistema turbina-gerador a um sistema equivalente multimassas de ordem reduzida,
representado pelas inércias, pela constante de rigidez entre seções do eixo (shaft stiffness) e
pelos coeficientes de amortecimento obtidos por cálculo, estimativa ou medição;
(ii) cálculo dos modos de oscilação do conjunto turbina-gerador, frequências naturais torcionais,
fatores de interação modal (mode shapes), inércias modais e coeficientes de amortecimento
modal obtidos por cálculo, estimativa ou medição;
(iii) verificação de possíveis condições de autoexcitação elétrica, que podem originar-se do efeito
gerador de indução e da interação torcional, por comparação da resposta em frequência vista
do neutro do gerador, isto é, a partir do rotor em direção ao resto do sistema elétrico.
Alternativamente, a técnica de análises por autovalores pode também ser utilizada para esse
propósito;

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(iv) determinação dos impactos torcionais, ou seja, dos torques transitórios máximos causados por
aplicação de diferentes tipos de defeitos, condições degradadas do sistema elétrico, diferentes
tempos de abertura de linhas de transmissão após a ocorrência de defeito, religamento
monopolar e tripolar com e sem sucesso, fechamento fora de sincronismo;
(v) os estudos descritos no item anterior 2.5.4.1.14.(b)(8)(iv) devem ser realizados com e sem a
representação de eventuais bancos de capacitores série, existentes ou planejados, que
aumentem os torques transitórios nos eixos dos geradores. Para cada evento simulado devem
ser pesquisadas as piores condições em termos do ponto da ocorrência de defeito, instante de
fechamento dos polos dos disjuntores e de manutenção ou reacendimento de arco (para os
casos de religamento sem sucesso). Outros fatores, tais como saturação de equipamentos,
disjuntores equipados com resistores de pré-inserção ou sincronizadores, varistores de óxido
metálico etc. devem ser representados;
(vi) estimação da perda de vida das seções de eixo em função da fadiga torcional por meio do
método de rainflow cycles.
(9) na estimação da perda de vida das seções de eixo em função da fadiga torcional, devem ser
considerados os seguintes parâmetros, além de outros que o agente responsável julgar necessário:
(i) rigidez estática do material do eixo;
(ii) diâmetros interno e externo de cada seção;
(iii) fatores de redução da rigidez decorrentes da rugosidade do eixo;
(iv) fatores de redução da rigidez por conta dos pontos de concentração de stress; e
(v) fatores de redução da rigidez por conta da dimensão das várias seções retas do eixo.
(10) para os diversos eventos simulados, devem ser apresentados os seguintes resultados sob forma
de tabelas comparativas e registros gráficos:
(i) valores estatísticos do torque eletromagnético e do torque mecânico nas várias seções de eixo
(torques máximo, médio e desvio padrão);
(ii) percentuais de perda de vida das seções de eixo decorrentes da fadiga torcional;
(iii) curvas torque versus tempo, relativas aos piores casos simulados; e
(iv) histogramas comparativos das distribuições de probabilidade dos valores de torque mecânico
máximo.

2.5.4.2. Estudos determinísticos

2.5.4.2.1. Os estudos determinísticos devem ser realizados naquelas situações em que se procede à
quantificação das solicitações transitórias com base na simulação de parâmetros e nas características
previamente definidas dos equipamentos, notadamente, na operação de abertura de disjuntores ou
reprodução dos piores casos de um estudo estatístico.
2.5.4.2.2. Rejeição de carga:
os estudos de rejeição de carga visam identificar as piores situações de sobretensão para esse tipo de
manobra, sendo essas sobretensões individualizadas em duas fases distintas:

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(1) transitórias, que ocorrem nos primeiros ciclos após a rejeição; e


(2) temporárias, que se desenvolvem nos ciclos subsequentes;
a rede deve ser representada de forma a reproduzir a situação de fluxo máximo de potências ativa e
reativa na linha de transmissão ou transformador, com fluxo injetado pelas fontes ou equivalentes de
rede alimentando as cargas rejeitadas;
nos estudos de projeto básico, a rejeição deve levar em conta os fluxos da ordem da capacidade da
linha de transmissão, mesmo que esse fluxo seja superior ao praticado pela operação do sistema e
que tenha de ser artificialmente aumentado; nesses estudos devem ser simuladas a rejeição sem
aplicação de defeito e a rejeição com a aplicação de defeito monofásico posterior à rejeição, no
instante de máxima tensão;
para determinar as sobretensões transitórias e energias absorvidas pelos para-raios, devem ser
simuladas rejeições de carga com e sem a aplicação de curtos-circuitos monofásicos nos pontos onde
ocorrer a rejeição;
a indisponibilidade dos reatores dever ser restrita somente às unidades manobráveis;
nos estudos pré-operacionais, nos eventos de aplicação de curto-circuito, devem ser simulados casos
em que se considerem as hipóteses da ocorrência do curto-circuito antes e após a rejeição; para tais
situações, o instante de tempo de ocorrência da falta corresponde, respectivamente, ao do valor
máximo (pico) da senóide na frequência fundamental e ao do valor máximo da sobretensão transitória
após abertura;
nos estudos de recomposição, a rejeição de carga tem como objetivo definir os montantes máximos
da tomada fluente de carga e a configuração mínima dos reatores do sistema;
deve ser considerada a hipótese de ocorrerem rejeições de carga totais (ou parciais, em casos
específicos), simultâneas ou não, quando o sistema estiver operando com sua configuração completa,
em contingência, ou ainda, quando estiver em processo de recomposição, após perturbação geral ou
parcial;
devem ser consideradas, de acordo com o arranjo da subestação, as hipóteses de abertura simples e
dupla de linhas de transmissão;
para efeitos das simulações computacionais, são consideradas como aberturas simples:
(1) abertura dos disjuntores conectados a um dos terminais de uma linha;
(2) abertura dos disjuntores conectados a um dos terminais de uma linha pertencente a um conjunto
de linhas paralelas situadas em torres distintas;
(3) abertura simultânea, na mesma subestação (no mesmo nível de tensão), dos disjuntores
conectados aos terminais de duas linhas situadas na mesma torre, que leve à ocorrência de
circuitos radiais em vazio, alimentados a partir de uma única subestação (no mesmo nível de
tensão); e
(4) abertura simultânea, na mesma subestação (no mesmo nível de tensão), dos disjuntores
conectados aos terminais de duas linhas paralelas na mesma torre (circuito duplo), cujo arranjo da
subestação possibilite a sua abertura a partir de um único evento que leve à ocorrência de circuitos
radiais em vazio, alimentados a partir de uma única subestação (no mesmo nível de tensão).
para efeitos das simulações computacionais, são consideradas como aberturas duplas:

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(1) abertura simultânea, na mesma subestação (no mesmo nível de tensão), dos disjuntores
conectados aos terminais de duas ou mais linhas paralelas situadas em torres distintas, que leva à
ocorrência de circuitos radiais em vazio alimentados a partir de uma única subestação (no mesmo
nível de tensão); e
(2) abertura simultânea, em duas subestações adjacentes, dos disjuntores conectados aos terminais
de duas linhas quaisquer, que leva à ocorrência de circuitos (ou trechos) radiais em vazio
alimentados a partir de uma única subestação (no mesmo nível de tensão).
na definição dos intervalos de tempo utilizados na simulação, para a abertura dos disjuntores com o
objetivo de eliminar o curto, deve-se considerar o tempo total de atuação da proteção e o próprio
tempo de abertura do disjuntor;
(1) deve ser também considerar a abertura do terminal remoto da linha por transferência de disparo
da proteção.
nos estudos pré-operacionais, devem ser pesquisadas as sequências de abertura das fases do
disjuntor e escolhidas as que produzirem as maiores sobretensões transitórias;
nos casos de rejeição decorrente de curto-circuito fase-terra, pode-se admitir a atuação da proteção
de sobretensão; e
não deve ser admitida a superação dos limites estabelecidos pelo fabricante e informados pelo agente
responsável para os níveis de corrente drenada e de energia absorvida pelos para-raios de óxido
metálico expostos à manobra.
2.5.4.2.3. Extinção de arco secundário no religamento monopolar:
soluções técnicas devem ser priorizadas, no sentido de garantir uma probabilidade adequada de
sucesso na extinção do arco secundário em tempos inferiores a 500 ms, conforme critério
estabelecido no item 2.6.10.1;
nos casos em que for demonstrada por meio de estudos a inviabilidade técnica de atender a diretriz
do item anterior 2.5.4.2.3.(a), pode-se optar pela utilização do critério do item 2.6.10.2 para tempos
de extinção superiores a 500 ms;
nos casos em que somente a solução técnica para tempo morto acima de 500 ms é possível, devem
ser avaliadas as implicações de natureza dinâmica para Rede Básica, advindas da necessidade de
operar com tempo morto mais elevado;
devem ser evitadas soluções que possam colocar em risco a segurança do sistema elétrico, como a
utilização de chaves de aterramento rápido em terminais de linha adjacentes a unidades geradoras,
onde a ocorrência de curtos-circuitos devido ao mau funcionamento dos equipamentos e dos
sistemas de proteção e controle possa causar severos impactos à rede;
devem ser utilizadas preferencialmente soluções de engenharia que não demandem equipamentos
com fabricação especial, tais como reatores de neutro que resultem em isolamento superior a 72,5 kV
para o neutro de reatores em derivação; e
nos estudos pré-operacionais, a definição do tempo morto do religamento deve ser realizada com
base nos estudos dinâmicos, nos ajustes de proteção, na existência de circuitos paralelos e na
existência de outros condicionantes operacionais.
2.5.4.2.4. Tensão de Restabelecimento Transitória (TRT):

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considerações gerais:
(1) a condição de falta em regime permanente deve ser calculada pelo programa de cálculo de curto-
circuito para a condição de linha desconectada (line-out);
(2) para definição do caso base, os equivalentes do sistema (impedâncias equivalentes) devem ser
calculados conforme item 2.5.5; e
(3) a condição de polo preso de disjuntor não deve ser considerada.
questões aplicáveis à abertura de faltas:
(1) linhas de transmissão: devem ser representadas por um modelo de parâmetros distribuídos sem
correção no domínio da frequência;
(2) transformadores e reatores: pode-se desconsiderar na modelagem o efeito da saturação, as
perdas no ferro, a correção da impedância de curto-circuito com a frequência e as capacitâncias
internas;
(3) para abertura de disjuntores que manobram transformadores, as capacitâncias para terra e entre.
enrolamentos, quando disponíveis, devem ser consideradas para transformadores trifásicos e.
monofásicos, em conjunto com a impedância de curto-circuito, de forma a representar,
aproximadamente, as frequências naturais de oscilação do transformador;
(4) reatores: uma capacitância equivalente em paralelo à reatância indutiva pode ser adotada, de
forma a reproduzir a frequência natural de oscilação do reator;
(5) as cargas não necessitam ser representadas;
(6) as capacitâncias concentradas dos elementos conectados aos barramentos de ambos os terminais
do disjuntor, como por exemplo, transformadores de instrumento e filtros, devem ser
consideradas; e
(7) o arco elétrico no disjuntor não deve ser representado.
curto-circuito nos terminais do disjuntor (lado linha e lado barra):
(1) a falta terminal trifásica não aterrada, com observação da abertura do primeiro polo do disjuntor,
deve ser considerada; e
(2) nos estudos de projeto básico, devem também considerar adicionalmente, no mínimo, os defeitos
trifásico aterrado e monofásico.
defeito quilométrico:
(1) as faltas quilométricas, com foco no último polo a interromper, devem ser consideradas [9][10];
(2) a falta deve ser aplicada a uma distância do terminal da linha, de forma a se obter uma corrente
de aproximadamente 90% da falta terminal correspondente; e
(3) caso o disjuntor analisado seja de tecnologia a ar-comprimido, o valor da corrente de falta a ser
pesquisado é de aproximadamente 75% da falta terminal correspondente e para disjuntores a
óleo, esse valor é de 60%.
abertura de linha em vazio:
(1) atenção especial deve ser dada à modelagem de componentes nos terminais da linha que possam
contribuir para o escoamento de sua carga residual, quando a linha é desconectada da rede;
(i) exemplo típico é a existência de transformador de potencial (TP) indutivo ou reator em
derivação conectado diretamente na linha.

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elétricos

(2) a linha deve ser manobrada nas diferentes condições de compensação reativa previstas;
(3) nos estudos de projeto básico, essa situação deve ser simulada com as fontes ajustadas na
frequência fundamental (60 Hz) e com tensão de pré-manobra igual à máxima tensão operativa
da rede, com aplicação de falta monofásica e abertura das fases sãs:
(i) caso a região do sistema onde o disjuntor será instalado esteja sujeita a sobrefrequências em
regime dinâmico, a simulação de abertura de linha a vazio deve considerar a máxima
sobrefrequência identificada nos estudos.
(ii) devem ser identificados a máxima corrente capacitiva a ser interrompida e os valores de TRT
aos quais o disjuntor fica sujeito, comparando-os com a sua especificação.
abertura de banco de capacitores em derivação:
(1) a condição de potência de curto-circuito reduzida na subestação onde o banco está instalado deve
ser analisada, no intuito de maximizar sua influência na crista da TRT capacitiva.
manobra em discordância de fases:
(1) o objetivo dos estudos de manobra em discordância de fases é verificar a solicitação máxima de
tensão através do polo do disjuntor nesta condição de manobra;
(2) o limite máximo da tensão através do disjuntor manobrado, estabelecido no projeto básico e
refletido na especificação do disjuntor, deve ser observado;
(i) na falta dessa informação, os valores normalizados para a classe de tensão do disjuntor devem
ser adotados como limite.
(3) nos estudos de projeto básico, deve ser identificada a condição mais crítica de tensão através dos
polos do disjuntor, imposta pela rede para abertura em discordância de fases.
(i) a abertura durante defasagens angulares “sistêmicas” inferiores a 180º pode, eventualmente,
ocasionar solicitações de TRT superiores àquelas definidas em norma, por classe de tensão e
com o fator de 1º polo normalizado, para a abertura em oposição de fases dos disjuntores;
(ii) nesses casos, pode ser necessário maior refinamento da modelagem e, em algumas situações,
investigações de caráter eletromecânico (tensão e ângulo) do contexto no qual se dará a efetiva
abertura do disjuntor.
2.5.4.2.5. Estudo de interrupção de corrente de curto-circuito com elevado grau de assimetria:
estudos para determinação da corrente de curto-circuito são necessários em situações de disjuntores
localizados próximos a usinas, nas vizinhanças das quais a ocorrência de falta geralmente ocasiona
uma corrente de curto-circuito com elevado grau de assimetria;
é necessária a investigação do grau de assimetria da corrente de curto-circuito (X/R), que deve ser
considerada na especificação do equipamento;
a componente simétrica e a assimetria da corrente de curto-circuito (X/R) devem ser determinadas
para as condições de curto trifásico simultâneo nas três fases e curto monofásico para inclusão como
requisitos para disjuntores e equipamentos associados;
em situações específicas de operação de máquinas síncronas, aliadas a ocorrência de faltas trifásicas
evolutivas, podem ocorrer elevadas assimetrias que acarretam retardo da primeira passagem pelo
zero da corrente de curto-circuito;

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(1) este fenômeno, de baixíssima probabilidade de ocorrência, pode eventualmente se manifestar em


situações de suprimento a cargas puramente capacitivas, devendo ser investigado para os casos
de compensadores síncronos e de unidades geradoras que operem como síncronos.
2.5.4.2.6. Estudo de correntes induzidas por linhas de transmissão em chaves seccionadoras com lâminas
de terra:
considerações gerais:
(1) o estudo de de correntes/tensões induzidas por linhas de transmissão em chaves de aterramento
com lâminas de terra é necessário em situações de circuitos paralelos de linhas de transmissão
situados na mesma faixa de passagem ou em caso de torre com circuito duplo;
(2) quando uma das linhas está fora de serviço e aterrada por lâminas de terra de secionadores, a
abertura da linha para sua recolocação em serviço submete a chave de terra a uma operação de
interrupção da corrente induzida;
(3) a chave, além de ser solicitada a interromper a corrente induzida, deve suportar a TRT advinda da
interrupção dessa corrente.
diretrizes:
(1) as linhas de transmissão envolvidas devem ser modeladas por parâmetros distribuídos;
(2) os acoplamentos entre fases de todas as linhas envolvidas devem ser considerados;
(3) a condição de carregamento da linha paralela deve ser a mais desfavorável possível em termos da
indução de corrente, ou seja, a operação com máximo carregamento limitada à capacidade da
linha;
(4) não deve ser considerada a hipótese de curto-circuito na linha paralela no instante de abertura da
chave de terra.

Representação equivalente da rede elétrica

2.5.5.1. Considerações gerais

2.5.5.1.1. O equivalente de um sistema elétrico é a representação ou modelagem matemática de um


sistema ou de partes desse sistema, por meio de suas impedâncias de curto-circuito ou, alternativamente,
por meio de impedâncias que reproduzam o comportamento da rede em função da frequência, de sequência
zero e de sequência positiva, vistas a partir das barras de fronteira.

2.5.5.2. Diretrizes

2.5.5.2.1. Para a definição das barras de fronteira, devem-se escolher pontos da rede nos quais o circuito
equivalente, representado pelas impedâncias de curto-circuito próprias e de transferência, tenha uma
influência mínima sobre o comportamento transitório do restante do sistema, representado em detalhes no
estudo.
2.5.5.2.2. Entre a(s) barra(s) focalizada(s) no estudo e as barras de fronteira devem existir, pelo menos, 2
outras barras.
2.5.5.2.3. Nos casos em que for utilizado equivalentes calculados em uma única frequência (frequência
fundamental), os equivalentes devem ser representados por circuitos RL mutuamente acoplados, que podem
ser obtidos a partir das impedâncias de curto-circuito de sequência zero e de sequência positiva.

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elétricos

2.5.5.2.4. Um componente físico ou parte do sistema elétrico deve ser modelado, considerando a
dependência da impedância do equipamento ou da rede em relação à frequência nas situações em que o
fenômeno estudado ou particularidades do sistema a ser representado impuserem tal necessidade.
2.5.5.2.5. Nas simulações que incluem, por exemplo, a análise de ressonância, deve-se representar a
impedância da rede elétrica por sua resposta em frequência, Z (j), ou por uma síntese da rede, de tal forma
que a resposta em frequência do circuito equivalente seja similar à da rede elétrica original.
2.5.5.2.6. A validação dos equivalentes e da própria rede representada, com base na frequência
fundamental, deve ser realizada por comparação dos valores de correntes de curtos-circuitos monofásico e
trifásico, obtidos no programa de transitórios, com os resultados do programa de cálculo de curto-circuito.
2.5.5.2.7. Os pontos de aplicação dos defeitos devem ser escolhidos de forma a abranger os barramentos
de manobra e outros julgados relevantes.

Diretrizes para estudos em sistemas CC

2.5.6.1. As diretrizes para os estudos relativos ao dimensionamento de elos CC, bem como aqueles que
dizem respeito à interação CA/CC e afetam o seu dimensionamento, estão apresentados no Submódulo 2.8
– Requisitos mínimos para elo em corrente contínua.
2.5.6.2. Os estudos de oscilações subsíncronas dependentes de equipamentos devem avaliar se o sistema
CC excitará oscilações de ordem mecânica, eletromecânica ou de frequência natural dos geradores e
turbinas, individualmente ou em conjunto, e devem identificar possíveis soluções para o problema.
2.5.6.3. Os estudos de sobretensões temporárias e sobretensões por ferrorressonância devem determinar
o nível máximo de sobretensão na frequência fundamental e estabelecer a característica e a faixa para o
controle dessa sobretensão, de forma a evitar que a sobretensão atinja o limite dos equipamentos CA e CC
e/ou provoque autoexcitação de geradores.
2.5.6.4. Os estudos de proteção de sobretensões e coordenação de isolamento devem determinar os níveis
das sobretensões e as condições de coordenação de isolamento para todos os equipamentos CA e CC
envolvidos.

Conteúdo dos relatórios técnicos do estudo

2.5.7.1. O relatório técnico deve conter:


objetivo do estudo: justificativa sob a ótica do acesso, projeto básico e da operação, da necessidade
de realização do estudo com vistas a quantificar as solicitações transitórias decorrentes de manobras;
descrição da rede elétrica representada no detalhe e dos equivalentes em 60Hz (ou em frequência):
(1) identificação da modelagem utilizada por tipo de equipamento;
(2) identificação dos barramentos de fronteira e equivalentes associados;
(3) apresentação do diagrama unifilar da rede modelada para estudos de transitórios
eletromagnéticos com a indicação dos pontos de conexão dos equivalentes; e
(4) Tabela de validação da rede modelada, conforme item 2.5.5.2.6.
diretrizes de simulação e critérios para análise dos resultados:
(1) descrição do procedimento empregado na simulação de cada tipo de manobra;
(2) identificação dos critérios utilizados para análise dos resultados, conforme descrito no item 2.6;
(3) explicitação das simplificações efetuadas e das premissas adotadas no estudo.

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elétricos

descrição das manobras simuladas:


(1) identificação das condições do sistema (carregamento, indisponibilidades, tensões pré-manobra)
em cada uma das manobras simuladas;
(2) apresentação dos registros gráficos e das tabelas dos resultados.
tabelamento de resultados estatísticos: apresentação das tabelas estatísticas que contenham os
valores máximo, médio, desvio padrão, bem como a probabilidade de os valores de cada grandeza a
ser monitorada serem excedidos em 2%;
tabelamento de resultados determinísticos: apresentação das tabelas determinísticas que contenham
os valores necessários à realização de análises específicas, como por exemplo, valor eficaz, valor
máximo, intervalos de tempo, derivada no tempo etc;
quantificação das correntes de neutro durante o período de operação desequilibrada causados pelo
religamento monopolar (curvas corrente instantânea e eficaz versus tempo) para as transformações
na área de influência da manobra.
análise dos resultados:
(1) identificação das condições mais críticas referentes aos valores máximos das solicitações
transitórias, de acordo com o tipo de manobra;
(2) valores limite das tensões pré-manobra que não acarretem a violação dos critérios;
(3) configurações topológicas mais críticas, considerando a indisponibilidade simples de
equipamento.
conclusões e providências para os estudos pré-operacionais:
(1) informação se foram ou não superadas as características de suportabilidade dos equipamentos
analisados no estudo e sob quais condições;
(2) estabelecimento das condições operativas limite para execução das manobras sem risco aos
equipamentos.
conclusões e providências para os estudos de projeto básico:
(1) identificação das solicitações de rede sobre os equipamentos das instalações novas e existentes;
(2) explicitação dos níveis de isolamento e das características básicas dos equipamentos que decorram
de solicitações transitórias, tais como, tensão suportável a impulso de manobra, sobretensão
sustentada e energia de para-raios.
referências: como por exemplo, estudos e relatórios de ensaio ou de dados dos equipamentos
fornecidos pelo agente responsável, documentação com dados dos equipamentos fornecida pelo
agente etc;
anexos: apresentação dos dados da rede elétrica estudada, do registro gráfico das formas de onda e
das demais figuras empregadas no estudo.
2.5.7.2. Todos os arquivos de simulação utilizados nos estudos, aptos para pronta execução, devem ser
disponibilizados ao ONS, em formato compatível com as ferramentas computacionais utilizadas pelo ONS,
conforme descrito no documento de metodologia deste submódulo.

2.6. Critérios para estudos de transitórios eletromagnéticos sob condições de manobra

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elétricos

Considerações gerais

2.6.1.1. Nos estudos de projeto básico deve ser verificado se as características básicas dos equipamentos e
instalações atendem às normas específicas, aos requisitos mínimos do Submódulo 2.6 – Requisitos mínimos
para subestações e seus equipamentos e às exigências dos editais de licitação de serviço público de
transmissão da ANEEL.
2.6.1.2. Nos estudos pré-operacionais, deve ser verificada a observância às suportabilidades dos
equipamentos, garantidas pelos fabricantes e fornecidas pelos agentes.
2.6.1.3. A ferramenta computacional utilizada nesses estudos – Modelo para análise de transitórios
eletromagnéticos – está apresentada no documento de metodologia deste submódulo.

Critérios relativos aos para-raios

2.6.2.1. A energia dissipada, a corrente drenada pelos para-raios e as sobretensões temporárias, Temporary
overvoltage (TOV), durante as manobras não podem ser superiores àquelas garantidas pelo fabricante e
fornecidas pelo agente.
2.6.2.2. Com relação aos para-raios convencionais, devem ser observados os seguintes aspectos:
para-raios há muito tempo em operação: considerar um fator de envelhecimento (0,95) referente a
uma possível redução na tensão de disparo do gap, sendo a tensão de disparo definida conforme
Equação (3).

(3) 𝑉𝑑 = (1,20 𝑎 1,35) × √2 × 𝑉 × 0,95 𝑓𝑎𝑠𝑒 − 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎(𝑝𝑖𝑐𝑜),

sendo V é a tensão nominal (eficaz) do para-raios.

as manobras que provocam operação de para-raios sem gap ativo são permitidas nos casos em que
não há outra alternativa de manobra e as tensões, após o disparo, permitem a atuação dos para-raios
sem que a energia dissipada por eles ultrapasse os valores garantidos pelos fabricantes e fornecidos
pelos agentes;
as manobras que provocam operação de para-raios com gap ativo são permitidas nos casos em que
as energias dissipadas por eles não ultrapassam os valores garantidos pelos fabricantes e fornecidos
pelos agentes.
2.6.2.3. Com relação aos para-raios de óxido metálico, devem ser observador os seguintes aspectos:
nos estudos de projeto básico, a característica típica de para-raios “tensão versus corrente” (V x I),
para o nível de tensão da instalação, deve ser obtida preferencialmente dos catálogos de fabricantes;
nos estudos pré-operacionais, para maximização da energia dissipada pelos para-raios durante uma
manobra, deve ser utilizada a curva característica V x I mínima, obtida das curvas características V x I
garantidas pelo fabricante e fornecidas pelo agente.

Critérios para os transformadores e autotransformadores

2.6.3.1. Suportabilidade a sobretensões de manobra

2.6.3.1.1. Durante as manobras, os transformadores e autotransformadores podem ser submetidos a


sobretensões no máximo iguais àquelas garantidas pelos fabricantes e fornecidas pelos agentes.
2.6.3.1.2. Na falta dessa informação, devem ser utilizados os valores indicativos apresentados na Tabela 5.

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Tabela 5 – Valores indicativos de sobretensões de manobra admissíveis para transformadores e


autotransformadores em vazio

Tensão (pu) (1) Tempo (s)

2,0 0,1667 (10 ciclos)

1,82 0,3333 (20 ciclos)

1,50 1,667 (100 ciclos)

1,40 3,6

1,35 10

1,25 20

1,20 60

1,15 480

1,10 Regime

(1) Valores em pu tendo por base a tensão da derivação (valor eficaz de tensão pelo qual o tape é
designado na tabela de derivação do transformador).

2.6.3.1.3. Para tempos inferiores a 10 ciclos da frequência fundamental, o valor das tensões transitórias não
deve ser superior ao nível de isolamento dos equipamentos, com uma margem de segurança de 15%.

Critérios para os reatores em derivação

2.6.4.1. Suportabilidade a sobretensões de manobra

2.6.4.1.1. Durante as manobras, os reatores em derivação podem ser submetidos a sobretensões no


máximo iguais àquelas garantidas pelos fabricantes e fornecidas pelos agentes.
2.6.4.1.2. Na falta dessa informação, devem ser utilizados os valores indicativos apresentados na Tabela 6.

Tabela 6 – Valores indicativos de sobretensões de manobra admissíveis para reatores em derivação

Tensão (pu) (1) Tensão (pu) (2) Tempo (s)

2,0 2,10 0,1667

1,82 1,91 0,3333

1,50 1,57 1,667

1,40 1,47 3,6

1,05 1,10 Regime

(1) Valores em pu para tensão base de 230, 345, 440 e 525kV.


(2) Valores em pu para tensão base de 500kV.

2.6.4.1.3. Para tempos inferiores a 10 ciclos da frequência fundamental, o valor das tensões transitórias não
deve ser superior ao nível de isolamento dos equipamentos, com uma margem de segurança de 15%.

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Critérios para os bancos de capacitores em derivação

2.6.5.1. Os transitórios de energização de capacitores em derivação não devem afetar o desempenho da


rede.
2.6.5.2. A manobra de energização não deve provocar operação indevida das proteções de sobrecorrente
ou sobretensão.
2.6.5.3. O valor máximo da corrente de inrush não deve ultrapassar a suportabilidade dos capacitores do
banco e deve estar entre os valores admissíveis para a capacidade de energização de corrente capacitiva dos
disjuntores do banco.
2.6.5.4. A operação de para-raios convencionais decorrente da manobra do banco não deve ser admitida.

Critérios para os bancos de capacitores série fixos e controlados

2.6.6.1. Nenhuma manobra pode resultar na superação da energia dissipada máxima, garantida pelo
fabricante e fornecida pelo agente, para os capacitores série protegidos por varistores de óxido metálico,
Metal oxide varistor (MOV).

Critérios para os disjuntores

2.6.7.1. Nas manobras com aberturas de disjuntores, devem ser respeitados os valores garantidos pelo
fabricante e fornecidos pelo agente para as tensões de restabelecimento transitórias, as capacidades de
interrupção referentes a cada tipo de manobra associada e o grau de assimetria da corrente de curto-circuito.
2.6.7.2. Para as manobras de abertura de linhas de transmissão em vazio, os valores de tensão pré-abertura
da linha devem ser previamente determinados para a condição de operação considerada, considerando a
ocorrência de curtos-circuitos fase-terra, rejeição de carga com falta na linha, sobrefrequências ou outras
condições de sistema relevantes.
2.6.7.3. Os valores da tensão fase-fase pré-manobra não devem ultrapassar os limites máximos admissíveis
fornecidos pelos agentes, e na ausência desses dados, devem ser considerados como limites máximos
admissíveis os valores indicados na Tabela 4.

Critérios para as máquinas síncronas

2.6.8.1. As máquinas síncronas encontram-se protegidas das sobretensões ocasionadas por manobras na
rede devido às limitações impostas pelos equipamentos mais restritivos, como por exemplo, para-raios e
transformadores.
2.6.8.2. Para máquinas síncronas eletricamente próximas ao ponto no qual é realizada a manobra, são
necessárias averiguações de solicitações eletromagnéticas e mecânicas internas às máquinas.
2.6.8.3. As correntes da armadura e a tensão de campo devem ser inferiores aos valores garantidos pelos
fabricantes e fornecidos pelos agentes para as sobrecargas admissíveis no tempo.
2.6.8.3.1. Na falta desses valores, para geradores de polos lisos ou rotor cilíndrico, utiliza-se o gráfico da
Figura 1 para avaliar as suportabilidades para curta duração dos enrolamentos de armadura e campo.

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240
% do valor nominal
200

160 Corrente no
estator
120
Tensão de
80 campo
40

0
0 20 40 60 80 100 120

Duração máxima (s)

Figura 1 – Suportabilidade de curta-duração para geradores de polo liso [11]

2.6.8.4. A perda de vida no eixo mecânico de turbo-geradores deve ser inferior à fornecida pelo agente e na
ausência dessa informação, deve ser inferior a 0,01%.

Critérios para as linhas de transmissão

2.6.9.1. Em nenhum ponto da linha, o pico da tensão transitória pode ser superior ao valor utilizado no
projeto da linha de transmissão para a definição do seu nível básico de isolamento.
2.6.9.1.1. O projeto deve estabelecer espaçamentos e cadeias de isoladores, entre outros parâmetros.

Extinção do arco secundário

2.6.10.1. Tempo morto até 500 ms

2.6.10.1.1. O sucesso da extinção do arco secundário no religamento monopolar é caracterizado pelo valor
eficaz do último pico da corrente do arco secundário (Ia) e pelo valor do primeiro pico da tensão de
restabelecimento transitória (Vp) através do canal do extinto arco.
2.6.10.1.2. Caso o par de valores (Vp, Ia) esteja localizado no interior de uma curva que caracterize a zona
de alta probabilidade de extinção do arco secundário, conforme Figura 2, considera-se que o religamento
monopolar obteve sucesso.

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Primeiro Pico da TRV (kV)

200

150

100 Zona de Provável


Extinção do Arco

50

0
0 10 20 30 40 50 60
Iarc(rms)

Figura 2 – Curva indicativa para análise da extinção da corrente de arco secundário [12]

2.6.10.2. Tempo morto superior a 500 ms

2.6.10.2.1. Para avaliação do sucesso da extinção do arco secundário no religamento monopolar ou tripolar
– este último no caso de circuitos paralelos que induzam tensões no circuito sob estudo – deve ser
considerada uma curva de referência, obtida experimentalmente, que relaciona o tempo morto necessário
para a extinção do arco secundário com o valor do último pico da corrente de arco, conforme Figura 3.

Figura 3 – Curva indicativa de tempo morto para extinção do arco secundário versus valor eficaz da corrente de arco
secundário, para tensões até 765 kV [13]

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2.6.10.2.2. Na utilização da curva da Figura 3, as seguintes ações devem ser adotadas:


por meio das medidas de mitigação, os estudos transitórios devem viabilizar o menor tempo morto
possível, limitado ao máximo de 1,25s, que correspondente a uma corrente de arco secundário de até
50A; e
caso não seja possível obter correntes inferiores a 50A, no tempo morto de até 1,25s, deve ser
proposto como tempo morto o tempo relacionado ao valor eficaz da corrente obtida.
(1) Esse critério não se aplica a correntes de arco secundário que excedam 80A, para as quais a
consequência prática é concluir pela impossibilidade de garantir a extinção do arco após o
religamento.

3. PREMISSAS E CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DA OPERAÇÃO DE MÉDIO


PRAZO DO SIN (PAR/PEL)

3.1. Aspectos gerais

3.1.1. A avaliação do desempenho do SIN é realizada por meio de estudos de fluxo de potência – efetuada
para verificar o comportamento do sistema em regime permanente, tanto em condição normal, quanto
durante contingências – e visa avaliar se os níveis de tensão nos barramentos do sistema e os fluxos de
potência nas linhas de transmissão e transformadores atendem aos critérios estabelecidos neste documento.
A partir dos vários cenários e pontos de operação possíveis, são também avaliados o comportamento
dinâmico do SIN, frentes às possíveis contingências que podem ocorrer, sejam essas simples ou múltiplas.
3.1.2. Para os dois primeiros anos do PAR/PEL, as análises tem o foco operativo e consistem em apontar
soluções e/ou medidas operativas, tais como: a necessidade de instalação de Sistemas Especiais de Proteção
(SEP), alterações na configuração da rede ou o despacho de geração térmica por restrições elétricas, caso a
solução estrutural definida pelo planejamento da expansão ainda não esteja disponível plano de operação
de médio prazo do SIN.
3.1.3. No que se refere aos três últimos anos do PAR/PEL, a análise é voltada à adequação do cronograma
de obras, ou seja, identificar quais empreendimentos que, já determinados pelo planejamento da expansão,
devem sofrer alteração da data de necessidade ou até mesmo uma recomendação para a EPE definir uma
nova solução estrutural.
3.1.4. Os critérios e premissas relacionados a seguir diferenciam o PAR/PEL dos demais processos de mais
curto prazo do ONS por seu viés maior à busca e análise de soluções estruturais.
3.1.5. Para as instalações estratégicas, é dado ênfase à análise da disponibilidade adequada de
equipamentos de reserva de forma a garantir a segurança do SIN.

3.2. Critério de perda dupla ou múltipla

3.2.1. Além do atendimento ao critério (N-1), na análise de contingências, devem ser consideradas:
perdas duplas de circuitos de transmissão da rede de operação que compartilhem estruturas ou faixa
de passagem;
perdas duplas de circuitos de transmissão da rede de operação que atravessem regiões onde haja
ocorrência de fenômenos naturais e/ou queimadas que possam atingi-las; e
perda de bipolo de corrente contínua.

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3.2.2. Caso as perdas duplas, citadas no item anterior 3.2.1, acarretem corte de carga, em situações como
de instabilidade de potência, frequência ou tensão em uma região, e a atuação de SEP não evite a perda de
carga, o PAR/PEL deve indicar a necessidade ou propor solução estrutural que elimine o problema que,
conforme descrito, é de grande impacto para a segurança do SIN.
3.2.3. Caso as perdas duplas, citadas no item 3.2.1, acarretem corte de carga e a atuação de SEP evite a
perda de carga, o ONS deve indicar a instalação do referido SEP. Nesse caso, os estudos do PAR/PEL devem
proceder análise envolvendo custos, benefícios, segurança, riscos e cenários eletroenergéticos, podendo
resultar em indicação de necessidade ou proposição de solução estrutural para eliminar o SEP e o problema.
3.2.4. Caso as consequências das perdas duplas, citadas no item 3.2.1, se restrinjam a sobrecargas em linhas
de transmissão, equipamentos e/ou violações nos níveis de tensão, sem provocar corte de carga por atuação
automática de proteção, devem ser adotadas medidas operativas ou adoção dos SEP, de modo a minimizar
as consequências dessas contingências.

3.3. Critério de máxima variação de tensão

3.3.1. A ocorrência de contingências não pode provocar variações de tensão superiores a 10% da tensão
nominal de operação nas barras de Rede Básica em que haja acesso de agentes de distribuição ou de
consumidores.

3.4. Critério para indicação e dimensionamento de compensação de potência reativa

Aspectos gerais

3.4.1.1. Nos pontos de conexão dos agentes de distribuição e dos consumidores às instalações dos agentes
de transmissão, conforme descrito no Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (CUST), devem ser
atendidas as faixas de fator de potência estabelecidas no Submódulo 2.10.
3.4.1.2. O montante de potência reativa necessário ao sistema de transmissão deve ser calculado
assumindo-se a tensão nas barras de fronteira, conforme as variações máximas de tensão estabelecidas na
Tabela 1.
3.4.1.3. O nível de compensação de potência reativa no sistema de transmissão necessário para um
desempenho satisfatório em regime permanente nas condições de cargas mínima, leve, média e pesada deve
dar suporte à saída não simultânea e permanente de qualquer dos elementos do sistema.
3.4.1.4. A proposta de instalação de reatores manobráveis de barra para fornecer recursos para o controle
de tensão deve ser compatibilizada com a necessidade de implantação de reatores para agilizar a
recomposição do sistema.
3.4.1.5. Os estudos de carga pesada avaliam se os reatores definidos pelos estudos de carga leve e mínima
devem ser do tipo fixo ou manobrável.
3.4.1.6. Como o sistema de transmissão pode gerar ou absorver potência reativa, em função do ponto de
operação, e como as cargas podem não atender aos requisitos de fator de potência, o dimensionamento da
compensação de potência reativa deve prever uma reserva de potência reativa, em regime permanente e
dinâmico, que permita manter a qualidade do suprimento em diferentes situações.

Critério para indicação e dimensionamento de compensação de potência reativa indutiva

3.4.2.1. A compensação de potência reativa indutiva, relacionada com o dimensionamento dos requisitos
de compensação indutiva para o controle da tensão em regime permanente, deve atender aos níveis
máximos de tensão apresentados na Tabela 1.

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3.4.2.2. A compensação de potência reativa indutiva, relacionada a novas linhas de transmissão, tem como
finalidade controlar as sobretensões no sistema, provenientes das manobras de energização ou decorrentes
da rejeição de carga envolvendo essas linhas. Para avaliar os requisitos de compensação relacionados devem
ser considerados os aspectos descritos nos itens a seguir.
3.4.2.2.1. A necessidade de compensação de potência reativa deve ser avaliada a partir da simulação de
energização de uma linha de transmissão com redes completa e incompleta.
3.4.2.2.2. Para energização com rede completa, devem ser considerados os três patamares de carga:
pesada, intermediária e leve.
3.4.2.2.3. Após o chaveamento de uma linha de transmissão, a variação de tensão no terminal emissor deve
ser inferior ou igual a 5% da tensão no mesmo terminal antes da manobra.
3.4.2.2.4. Os níveis de tensão no terminal emissor antes da energização devem ser iguais ou inferiores aos
valores apresentados na Tabela 1. Os níveis de tensão no terminal aberto, após manobra, devem ser iguais
ou inferiores aos valores apresentados na Tabela 4 e devem considerar as limitações dos equipamentos
existentes, informados pelos agentes.
3.4.2.2.5. A energização de uma linha de transmissão com tensão pré-manobra no terminal emissor inferior
aos valores de tensão máximos apresentados na Tabela 1 deve resultar em níveis de tensão no terminal
aberto, após manobra, iguais ou inferiores aos valores de tensão máximos estabelecidos na Tabela 1.
3.4.2.2.6. Os limites de absorção de potência reativa nas unidades geradoras e compensadores síncronos
não devem ser ultrapassados por ocasião da energização.
3.4.2.2.7. A tensão nos terminais das máquinas, antes da energização, deve ser superior à mínima permitida
para o funcionamento automático do regulador de tensão.
3.4.2.2.8. Na rejeição de carga envolvendo uma nova linha de transmissão, devem ser considerados os
limites de tensão em regime permanente e as sobretensões em frequência fundamental.
3.4.2.2.9. Em regime permanente, devem ser considerados os níveis máximos de tensão apresentados na
energização com rede completa.
3.4.2.2.10. A sobretensão à frequência fundamental deve ser igual ou inferior a 140% da tensão nominal
do sistema para um tempo máximo de 3,6s em pontos em que existam equipamentos com elementos
saturáveis e a 150% da tensão nominal do sistema para um tempo máximo de 1,7s nos demais pontos. Tais
valores estão referenciados nas Tabela 5 e Tabela 6.

Critério para indicação e dimensionamento de compensação de potência reativa capacitiva em


derivação

3.4.3.1. A compensação de potência reativa capacitiva em derivação, implementada usualmente por


capacitores fixos ou manobráveis, tem como finalidade controlar o nível de tensão operativa, no nível de
sistema, em regime permanente e promover a compensação do fator de potência das cargas, no nível de
subsistema.
3.4.3.2. No dimensionamento dos requisitos de compensação capacitiva em derivação, deve-se atender aos
níveis de tensão especificados na Tabela 1 e os valores de fator de potência por nível de tensão nos pontos
de conexão devem atender aos requisitos descritos no Submódulo 2.10.
3.4.3.3. A modulação dos bancos de capacitores é definida em função da máxima flutuação de tensão
causada pelo chaveamento de cada estágio.

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3.4.3.4. Admite-se como limite uma variação de tensão de 5% na energização e no desligamento dos
estágios.

Critério para indicação e dimensionamento da compensação de potência reativa capacitiva série

3.4.4.1. O grau de compensação de potência reativa capacitiva série deve ser estabelecido de tal modo que
o sistema apresente desempenho adequado em regimes permanente e transitório, durante condição normal
de operação e sob contingências.
3.4.4.2. A corrente nominal dos capacitores série deve ser determinada considerando a contingência que
provoque o maior carregamento na linha de transmissão compensada e a tensão mínima de operação do
sistema.
3.4.4.2.1. De forma a reduzir o custo dos capacitores, pode-se considerar como critério alternativo para o
estabelecimento dessa corrente a seguinte capacidade de sobrecarga:
50% durante 10 minutos em um período de 2 horas;
35% durante 30 minutos em um período de 6 horas; e
10% durante 8 horas em um período de 12 horas.
3.4.4.3. O risco de ressonância subsíncrona no sistema de transmissão deve ser avaliado para o grau de
compensação de potência reativa capacitiva série determinado, e caso se verifique tal possibilidade, deve-se
tomar medidas para eliminar o problema.

3.5. Premissas para estudos de estabilidade eletromecânica

3.5.1. Os estudos de estabilidade eletromecânica, em regime dinâmico e em frequência industrial, visam


verificar se o sistema de transmissão atinge um ponto de operação satisfatório e se as máquinas síncronas
se mantêm em sincronismo durante a transição de uma condição operativa para outra, causada por alguma
perturbação.
3.5.2. A estabilidade transitória é analisada para pequenas perturbações como variações de carga, e para
grandes perturbações como contingências de elementos da rede (carga, gerador, linha de transmissão ou
transformador).
3.5.3. A estabilidade dinâmica analisa o amortecimento das oscilações do sistema.
3.5.4. Em função da contingência analisada, a atuação e aplicação dos sistemas de proteção e SEP relevantes
para o desempenho do sistema elétrico deve ser definida no escopo do estudo.
3.5.5. Nas análises de sensibilidades específicas para determinação dos limites de intercâmbio, as
simulações de perda dupla dos circuitos e de perdas múltiplas em troncos de transmissão, descritas nos itens
2.2.2.4 e 2.2.3.1.4, devem considerar:
faltas fase-terra em linhas de transmissão próximas à barra, com atuação correta da proteção após
os tempos de eliminação dos defeitos (tempo de atuação do relé mais tempo de abertura do
disjuntor) indicados na Tabela 2; e
abertura simultânea dos circuitos envolvidos.

3.6. Premissas para os estudos de energização

3.6.1. Nos estudos de energização de linhas em regime permanente, são consideradas as configurações que
resultem nas solicitações mais severas para o sistema, considerando sempre, para verificação da capacidade

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de absorção de potência reativa nos geradores e compensadores síncronos, o menor número possível de
unidades geradoras em cada situação.
3.6.2. Para verificar a viabilidade de implementação da compensação de potência reativa em derivação
convencional, predefinida nas análises de fluxo de potência em carga leve e pesada como tipo fixo, devem
ser simuladas manobras de energização de linha de transmissão em regime permanente, a partir da
subestação onde se propõe o reforço de compensação.
3.6.3. Para o dimensionamento da compensação de potência reativa indutiva, deve ser adotada a máxima
tensão possível em regime contínuo no barramento de partida da linha a ser energizada.
3.6.4. A energização de uma linha de transmissão é efetuada em ambos os sentidos, de modo a se
determinar o disjuntor que deve ser fechado em primeiro lugar.

3.7. Critérios para análise de superação de equipamentos

3.7.1. Os critérios acordados entre os agentes e ONS para as análises de superação de disjuntores, chaves
secionadoras, transformadores de corrente, bobinas de bloqueio e barramentos estão descritos em detalhes
na referência [14].
3.7.2. A aplicabilidade dos critérios adotados para cada tipo de equipamento sob análise é definida na
Tabela 7.
Tabela 7 – Critérios para análise de superação de equipamentos de alta tensão

Critério Disjuntor Secionador TC Bob. de Bloqueio Barramento


1 Corrente de curto-circuito X X X X X
nominal
Crista da corrente de curto-
2 X X X X
circuito
3 Corrente nominal X X X X X
4 Constante de tempo (X/R) X X
5 TRT X

3.7.3. A análise de superação de equipamentos de alta tensão é iniciada por meio da comparação das
características nominais dos equipamentos com as solicitações de rede a elas relacionadas, conforme
descrito a seguir:
corrente de curto-circuito nominal versus corrente de curto-circuito passante no equipamento, obtida
pelo programa de cálculo de curto-circuito;
valor de crista da corrente suportável versus máxima crista da corrente de curto-circuito passante
pelo equipamento;
corrente nominal do equipamento versus carregamento máximo que o equipamento é submetido na
rede;
para os disjuntores são aplicáveis os seguintes critérios adicionais:
(1) constante de tempo (X/R) especificada para o disjuntor versus constante de tempo determinada
para a barra da rede à qual o disjuntor está conectado.
(2) em casos específicos onde há evidências operacionais de superação por TRT, a envoltória
especificada para o disjuntor deve ser comparada com a TRT obtida por simulação para condição
de falta terminal trifásica para o disjuntor analisado.

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elétricos

para transformadores de corrente (TC), o critério aplicável é a análise da saturação de núcleos de TC


de proteção na condição de corrente de falta passante de máxima assimetria; e
para os barramentos das subestações:
(1) as correntes de carga máximas através dos mesmos deverão ser obtidas através de estudos de
fluxos de potência em barramentos e comparadas com a capacidade nominal de projeto, em
condição normal e sob contingência;
(2) a superação por curto-circuito de barramentos deve ser verificada, comparando-se a corrente
máxima de curto-circuito calculada com a capacidade nominal de curto-circuito do barramento.
3.7.4. As premissas e critérios para realização dos estudos de transitórios eletromagnéticos para análise de
superação de equipamentos se encontram nos itens 2.5 e 2.6 deste submódulo.

4. PREMISSAS E CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA PROGRAMAÇÃO DA OPERAÇÃO ELÉTRICA

4.1. Premissas para programação de intervenções

4.1.1. O Os estudos para a programação de intervenções devem adotar os critérios gerais constantes do
item 2 a menos que se apliquem os critérios específicos tratados neste item.
4.1.2. No caso de intervenções em equipamentos ou linhas de transmissão nas quais, em função do próprio
serviço a ser executado, se caracterizem riscos elevados de desligamentos acidentais, a análise deve
considerar essa possibilidade.
4.1.3. No caso de intervenções com desligamento, deve-se verificar se, em função de fatores ambientais ou
sazonais, tais como, chuva, frio, período de queimadas ou incêndios, poluição salina, existem riscos
excepcionalmente elevados de desligamento intempestivo de outros elementos de transmissão, com
repercussões mais severas em função da indisponibilidade do equipamento.
4.1.4. Na análise de intervenções, devem ser consideradas as seguintes contingências:
perdas simples e duplas de equipamentos (linha de transmissão, transformador ou outro
equipamento), conforme item 2.2.4.1.2;
perda de seção de barra nas subestações envolvidas na intervenção, perda simples de linha de
transmissão, transformador ou outro equipamento principal, seguida de falha de disjuntor, quando a
contingência ocasionar, pelo menos, uma das consequências apontadas a seguir:
(1) Instabilidade de potência, frequência ou tensão numa região geográfica (Norte, Nordeste, Sul,
Sudeste e Centro-Oeste).
(2) Interrupção de carga superior a 300 MW ou 30% da carga de áreas metropolitanas de capitais ou
25% da carga de um estado da federação.
(3) atuação do ERAC.
4.1.5. Durante a realização de eventos de grande relevância, acontecimentos ou datas comemorativas de
grande repercussão pública, de abrangência nacional, regional ou local, conforme [1], deverão ser adotados
critérios diferenciados para a análise de intervenções que possam ter reflexo no atendimento dos estados
ou municípios envolvidos.
4.1.6. De modo a minimizar o risco de perturbações afetando os locais dos eventos, deverão ser
consideradas, no mínimo, as seguintes contingências:

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elétricos

perda de um único elemento do sistema elétrico (linha de transmissão, transformador ou outro


equipamento);
perda simultânea dos dois circuitos das linhas de transmissão que compartilham as mesmas torres
(circuito duplo);
perda de seções de barras; e
perdas múltiplas de linhas de transmissão ou de equipamentos principais, quando for identificado o
risco de desligamento simultâneo dessas linhas ou equipamentos; por exemplo, devido à perda
simples de linha de transmissão, transformador ou outro equipamento principal, seguida de falha de
disjuntor.
4.1.6.1. Sendo identificado risco de interrupção de carga nessas contingências, a intervenção só poderá ser
aprovada se for caracterizado risco de acidente com pessoas, de danificação de equipamentos ou instalações
ou ainda risco iminente de desligamento intempestivo do equipamento.
4.1.7. Quando da ocorrência recente de perturbações de grande porte envolvendo determinada área,
capital ou centro de carga, intervenções envolvendo linhas de transmissão ou subestações que atendam a
mesma área programadas para os dias subsequentes deverão ser reprogramadas, devendo-se aguardar a
conclusão da análise da ocorrência.
4.1.8. No caso de intervenções programadas que implicam corte de carga, risco de corte de carga ou
transferência de carga, não havendo – em função da antecedência da solicitação – tempo hábil para informar
essas implicações ao agente de distribuição ou consumidor livre, de acordo com os prazos constantes no
Submódulo 4.2 – Programação de intervenções em instalações da Rede de Operação, o ONS deve
reprogramar a intervenção.
4.1.9. As intervenções são consideradas não compatíveis quando a análise indica que sua realização
simultânea, em qualquer período de carga, leva à violação de qualquer dos critérios apresentados no item
5.3.1.1, violação essa que pode ser eliminada ou minimizada se as intervenções forem não coincidentes.
4.1.10. São consideradas incompatíveis, as intervenções cuja simultaneidade implicar:
aumento das restrições de intercâmbio entre submercados de energia; e
restrições de despacho mais severas do que seriam se as intervenções fossem não coincidentes,
quando se tratar de usinas despachadas centralizadamente.

4.2. Critérios para programação de intervenções

Critérios para aprovação de solicitações de intervenções

4.2.1.1. Uma solicitação de intervenção deve ser aprovada quando atender aos seguintes requisitos:
a intervenção não deve acarretar a interrupção das cargas em regime normal de operação;
o sistema deve suportar dinamicamente contingências definidas no item 4.1.4., mesmo sendo
necessária a atuação dos SEP existentes ou de esquemas que possam ser implantados
temporariamente durante a intervenção, com exceção do ERAC e de outros esquemas que impliquem
corte de carga;
o sistema deve suportar qualquer contingência, de acordo com os critérios do item 4.1.4., sem perda
de carga, considerando os Esquemas de Controle de Emergência (ECE) existentes ou esquemas que
possam ser implantados temporariamente durante a intervenção;

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não podem ocorrer violações, em regime, de limites operativos definidos para condição normal de
operação em qualquer elemento na Rede de Operação; e
na perda de um único elemento do sistema elétrico (linha de transmissão, transformador ou outro
equipamento), não podem ocorrer violações dos limites operativos definidos para condição de
emergência em qualquer elemento na Rede de Operação.
4.2.1.2. As intervenções que levem a violações dos requisitos definidos no item anterior 5.2.1.1, devem ser
programadas de modo a incluir o maior número de horas possível de períodos de carga leve e mínima ou
finais de semana ou feriados, minimizando a perda de carga e o tempo de exposição do sistema ao risco.
4.2.1.3. A realização de uma intervenção não poderá inviabilizar a recomposição do sistema, na
eventualidade de uma perturbação.
4.2.1.3.1. As intervenções de caráter inadiável, quando for caracterizado o risco de acidente com pessoas,
de danificação de equipamentos ou instalações ou ainda risco iminente de desligamento intempestivo do
equipamento, poderão ser autorizadas ainda que inviabilizem a recomposição do sistema. Neste caso, o ONS
deverá definir, na maior brevidade possível, procedimentos alternativos que permitirão a recomposição do
sistema de forma coordenada, já considerando a indisponibilidade do equipamento objeto da intervenção.
4.2.1.3.2. Quando, em função das características da rede, a indisponibilidade de um único elemento
inviabilizar a recomposição de uma área, não havendo alternativas para recomposição, intervenções
envolvendo essa indisponibilidade devem ser programadas, de modo a incluir o maior número de horas
possível de períodos de carga leve e mínima.
4.2.1.4. As intervenções de urgência podem ser realizadas em qualquer período de carga, mas deve-se
buscar realizar essas intervenções no período mais favorável para o sistema.
4.2.1.5. As intervenções que impliquem restrições de despacho de usinas em relação à programação sem
restrições elétricas devem ser programadas para dias e horários em que seja minimizado o afastamento em
relação às metas energéticas. Caso essa condição não seja atendida na solicitação original, cabe ao ONS
propor ao agente períodos alternativos para realização do serviço.
4.2.1.6. Deve ser considerado o despacho de usinas térmicas quando o despacho for justificado por um dos
seguintes critérios:
evitar ou minimizar sobrecarga em equipamento da Rede de Operação, em regime normal de
operação;
evitar ou minimizar corte de carga em regime normal de operação;
evitar ou minimizar níveis de tensão inadmissíveis em regime normal de operação;
evitar o risco de sobrecarga inadmissível em equipamentos da Rede de Operação, em contingência,
que possam levar a sua danificação antes que haja tempo hábil para a adoção de medidas operativas;
ou
evitar interrupção de carga nas contingências definidas no item 4.1.4. deste submódulo.

Critérios para aprovação de solicitações de intervenções em instalações estratégicas

4.2.2.1. Em relação às instalações estratégicas classificadas como Tipos E1, E2 e E3, conforme Submódulo
2.2, deve-se limitar o número de vãos incompletos, para atender intervenções com desligamento em
instalações com arranjo de disjuntor e meio, aos seguintes valores:
instalação com até 5 vãos, com máximo de 1 vão incompleto;

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instalação com mais de 5 e até 10 vãos, com máximo de 2 vãos incompletos; e


instalação com mais de 10 vãos, com máximo de 3 vãos incompletos.
(1) Podem ser aprovadas intervenções que impliquem, forçosamente, operação em configurações
que violem o critério acima, se a intervenção for imprescindível para o serviço a ser executado e
não for possível a programação de intervenções distintas em períodos não coincidentes.
(2) Os critérios acima poderão ser flexibilizados, por indicação do ONS, quando a análise para
liberação da intervenção indicar a abertura de outro disjuntor para minimizar as consequências
para o SIN nas contingências consideradas.

5. PREMISSAS E CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA ANÁLISE DE PROJETO BÁSICO

5.1. Estudos de fluxo de potência em sistemas CA em regime permanente

5.1.1. Em estudos para dimensionamento de equipamentos de compensação reativa, o chaveamento de


reatores ou capacitores não deve provocar variações de tensão superiores a 5% da tensão nominal de
operação.

5.2. Estudos para dimensionamento das instalações em sistemas CC

Estudos de definição dos parâmetros do circuito principal

5.2.1.1. Esses estudos tem por finalidade demonstrar que é possível, em regime permanente, transmitir os
valores de potência determinados pela especificação técnica, desde a potência mínima até a potência
máxima, para as condições de frequência e de tensão CA nas extremidades retificadora e inversora, dentro
das faixas operativas da Rede Básica, com a potência de curto-circuito nas estações terminais dentro da faixa
especificada e a tensão nominal CC dentro da tolerância prevista. Essa demonstração compreende a
operação em todos os modos operativos descritos no Submódulo 2.8.
5.2.1.2. Os estudos, ao considerar as variações possíveis dos parâmetros e dos dados de entrada,
determinam a faixa de tapes necessária para os transformadores conversores e definem as tensões e
correntes máximas as quais ficam submetidas as válvulas e os demais equipamentos.
5.2.1.3. Considera-se como dados de entrada: a resistência total máxima da linha de transmissão CC
especificada, corrigida pela transmissora para a temperatura de operação do elo CC e as resistências das
linhas do eletrodo e do eletrodo em cada uma das estações terminais, retificadora ou inversora.
5.2.1.4. Os seguintes parâmetros de controle devem ser considerados: os valores de ângulo de disparo
(nominal, máximo e mínimo), os valores de ângulo de extinção (nominal, máximo e mínimo) e o valor
percentual permitido para variação da tensão CC polo-terra no inversor, para cada tape do transformador da
conversora.
5.2.1.5. Devem ser consideradas as tolerâncias de projeto/fabricação dos transformadores conversores, On
Load Tap Changers (OLTC), que se refletem no valor da reatância de comutação (∆dx em %), a tolerância de
medição de tensão (∆Ud em % de Ud medido), o erro de medição do ângulo de disparo (graus elétricos), o
erro de medição do ângulo de extinção (graus elétricos) e o erro de medição no transformador de potencial
da barra CA (% de UdioN).
5.2.1.6. Deve ser considerada a eventual necessidade de utilização de filtros Power Line Carrier (PLC), que
pode afetar o valor a ser especificado para a reatância de comutação (dxn).

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5.2.1.7. Devem ser apresentadas tabelas para variações de potência no retificador (Pd), em degraus de 10%,
com as seguintes informações:
corrente CC (Id -A);
tensão CC no retificador (UdR-kV);
tensão CC no inversor (UdI-kV);
tensão em vazio ideal no retificador por ponte de seis pulsos (Udi0R-kV);
tensão em vazio ideal no inversor por ponte de seis pulsos (Udi0I-kV);
potência CC no retificador (PdR-MW);
consumo de reativos no retificador (QR-Mvar);
ângulo de disparo (α-grau);
ângulo de extinção (ɣ-grau);
ângulo de comutação no retificador (µR-grau);
ângulo de comutação no inversor (µI-grau);
potência CC no inversor (Pdl-MW);
consumo de reativos no inversor (Ql-Mvar); e
consumo dos tapes dos transformadores conversores no retificador e inversor.
5.2.1.8. Caso utilizado tecnologias não convencionais, deve ser disponibilizado ao ONS, em conjunto com o
relatório de circuito principal, uma ferramenta computacional (programa ou planilha) que possa ser utilizada
para verificação do cálculo dos parâmetros do circuito principal.

Estudo de balanço de potência reativa

5.2.2.1. Esse estudo tem por finalidade demonstrar o atendimento aos requisitos estabelecido
Submódulo 2.8.
5.2.2.2. Os resultados do estudo devem indicar a estratégia e a modularização dos bancos e sub-bancos dos
filtros, capacitores e reatores a serem utilizadas para controlar o intercâmbio de reativos com o sistema CA,
considerando o consumo de reativos pela estação conversora e o esquema de chaveamento dos
equipamentos de compensação reativa, durante o ciclo diário de carga, para toda a faixa de potência
operativa, incluindo sobrecarga de qualquer natureza, e para todos os modos de operação estabelecidos no
Submódulo 2.8.
5.2.2.3. Deve ser demonstrado que não ocorrem variações de tensão no sistema CA superiores a 3,0% como
consequência de chaveamentos, considerando as configurações da rede completa ou incompleta, atuais ou
futuras, para todos os níveis de carga e todos os cenários de fluxo de potência, e que a perda intempestiva
do maior banco não causa falha de comutação, em especial no lado inversor.
5.2.2.4. Devem ser atendidos critérios adicionais aos dispostos nos Procedimentos de Rede, caso estejam
definidos na especificação técnica, como por exemplo, limites de intercâmbio de potência reativa e
envoltórias de sobretensões temporárias máximas.
5.2.2.5. Os dados de entrada considerados são os resultados do cálculo do circuito principal conforme
descrito no item 6.2.1.

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5.2.2.6. Os resultados deste estudo devem ser considerados no projeto dos filtros e na definição do controle
básico do elo CC.
5.2.2.7. O relatório com os resultados do estudo deve apresentar as informações sob a forma de tabelas P
(potência transmitida) e Q (consumo da conversora, potência reativa fornecida pelos filtros e intercâmbio
com o sistema CA), em função das tensões CA máxima, mínima e nominal, consumo de reativos máximo,
mínimo e nominal pela conversora (função de alfa, dx etc.), de forma a permitir a análise da conformidade
dos resultados em relação aos requisitos.
5.2.2.8. Deve ser fornecida uma tabela contendo a sequência de chaveamento dos elementos de
compensação reativa em função da potência transmitida e também da necessidade de chaveamento em
função do desempenho harmônico.

Estudo de sobretensões à frequência fundamental

5.2.3.1. Esse estudo tem por finalidade identificar as sobretensões de manobra dos bancos de capacitores e
filtros, rejeição de carga, bloqueio dos conversores, oscilações dinâmicas da rede CA e os meios para limitar
estas sobretensões aos valores requeridos.
5.2.3.2. Os estudos devem demonstrar que o desligamento dos filtros e capacitores, após bloqueio da
conversora, será possível e suficiente para redução das sobretensões no sistema CA em níveis aceitáveis.
5.2.3.3. Devem ser avaliadas configurações do sistema CA com diferentes níveis de curto-circuito e de carga
nos horizontes do planejamento e da operação.
5.2.3.4. Devem ser consideradas as variações do número de máquinas na área do sistema coletor e as
diferentes situações de staging do empreendimento.
5.2.3.5. Devem ser investigados os aspectos relativos à possível autoexcitação das unidades geradoras.
5.2.3.6. Os estudos também contribuem para demonstrar que a modularização adotada para os filtros e
bancos de capacitores atende aos requisitos estabelecidos no Submódulo 2.8, no que diz respeito ao impacto
no sistema CA (variação de tensão, intercâmbio de reativos e fator de potência nas estações conversoras).

Estudo de desempenho dinâmico (Dynamic Performance)

5.2.4.1. Esse estudo tem por finalidade demonstrar que o controle projetado, mesmo com ajustes
preliminares, é estável para as condições operativas previstas, incluindo as mudanças entre os modos de
operação disponíveis.
5.2.4.2. O estudo deve também demonstrar que os requisitos relacionados ao tempo de recuperação do elo
CC, após a aplicação de defeito e aqueles relacionados à minimização da ocorrência de falhas de comutação,
foram atendidos.
5.2.4.3. O estudo tem por finalidade secundária identificar as ressonâncias, em frequências de baixa ordem,
que possam demandar a utilização de filtros adicionais para atender aos padrões de desempenho harmônico
definidos no Submódulo 2.8.
5.2.4.4. As avaliações devem compreender bloqueios de bipolo, perdas de geração, faltas na linha de
transmissão CC e início/eliminação de faltas na linha de transmissão CA. Os resultados permitem avaliar o
envelope de sobretensões temporárias às quais ficam sujeitas as estações conversoras.
5.2.4.5. Considera-se como dados de entrada: os resultados do estudo que definiu o circuito principal, a
modularização de filtros e a compensação reativa definida nos estudos de balanço de potência reativa, os

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lugares geométricos de impedância harmônica, que representam a rede CA e que resultam no equivalente
em frequência, e o nível de curto-circuito mínimo operativo compatível com a faixa de potência transmitida.
5.2.4.6. A rede CA na etapa de concepção do projeto básico pode ser representada por um equivalente em
frequência, localizado na barra terminal da conversora, representando corretamente os níveis de curto-
circuito e as ressonâncias harmônicas. As simulações devem ser realizadas por uma ferramenta
computacional, do tipo PSCAD ou similar, considerando um sistema de controle com ajustes preliminares.
5.2.4.7. Em caso de utilização de bancos de capacitores e/ou de filtros, o estudo deve demonstrar que a
abertura intempestiva do maior banco, mesmo para as condições mais degradadas da rede CA, não deve
causar falhas de comutação no elo CC.
5.2.4.8. Deve ser realizado o detalhamento do estudo de desempenho dinâmico, conforme descrito no item
6.2.9.1.

Estudos de sobrecorrentes transitórias em válvulas e outros equipamentos

5.2.5.1. Esse estudo tem por finalidade demonstrar que as válvulas tiristoras e os demais equipamentos em
série estão adequadamente dimensionados para suportar as solicitações transitórias advindas dos curtos-
circuitos, aplicados em qualquer localização, pelo tempo máximo necessário a sua eliminação, como por
exemplo, pela abertura do disjuntor dos transformadores conversores.
5.2.5.2. No caso de abertura do disjuntor dos transformadores conversores, deve ser avaliado o impacto da
falha da abertura do disjuntor pela proteção principal, considerando a abertura pela proteção de retaguarda.
5.2.5.3. O estudo deve abranger solicitações impostas aos equipamentos conectados à barra CA, aos
transformadores conversores, às válvulas de tiristores, aos equipamentos conectados à barra CC e aos
equipamentos conectados à barra de neutro.
5.2.5.4. Devem ser avaliadas as solicitações impostas às conversoras, advindas de faltas aplicadas nos
equipamentos localizados na casa de válvulas, incluindo as buchas de parede.
5.2.5.5. Considera-se como dados de entrada: o valor da potência de curto-circuito, definida para a aquisição
dos disjuntores do pátio CA das subestações terminais, e os parâmetros definidos pelo cálculo do circuito
principal, principalmente a reatância dos transformadores conversores.
5.2.5.6. Devem ser apresentadas a avaliação dos seguintes tipos de falta:
curto-circuito na válvula;
curto-circuito através da ponte de 6 pulsos;
curto-circuito através da ponte de 12 pulsos;
curto-circuito polo-neutro após o reator de alisamento;
curto-circuito polo-terra antes do reator de alisamento;
curto-circuito bifásico, em local entre o transformador conversor e a válvula;
curto-circuito trifásico, em local entre o transformador conversor e a válvula;
curto-circuito para a terra:
(1) no lado CA da válvula na ponte ∆;
(2) no lado CA da válvula na ponte Y;
(3) na barra entre as pontes de 6 pulsos;
(4) no neutro do transformador Y; e

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(5) na conexão ao polo.

Estudo de coordenação de isolamento

5.2.6.1. Esse estudo tem por finalidade estabelecer as bases para definição dos níveis de isolamento das
conversoras e equipamentos exteriores e a aplicação de para-raios para os pátios CA e CC, atendendo aos
requisitos estabelecidos Submódulo 2.8.
5.2.6.2. As sobretensões nas estações conversoras são causadas por fontes consideradas externas e
internas. As fontes externas são as operações de manobra, faltas a terra, eliminação de defeitos, descargas
atmosféricas, oscilações dinâmicas da rede CA e rejeição de carga, e as fontes internas são as faltas a terra,
curto-circuitos e falhas de controle, dentro do escopo de suprimento próprio do elo CC.
5.2.6.3. O estudo de coordenação de isolamento deve considerar as máximas sobretensões de manobra,
bem como as máximas sobretensões produzidas por descargas atmosféricas que possam se propagar até os
equipamentos.
5.2.6.4. Devem ser consideradas as configurações do elo CC e topologias das redes CA advindas de todos os
modos de operação definidos Submódulo 2.8, bem como definir os níveis de isolamento para os pátios CA e
CC, a quantidade e a localização de todos os para-raios, e as respectivas correntes de coordenação e
capacidade de dissipação de energia.
5.2.6.5. Considera-se como dados de entrada: os valores de tensão máxima de operação CC e CA, o valor da
tensão ideal CC em vazio por conversor de 6 pulsos (Udio nominal e Udio máxima possível considerando os
limitadores e os erros de medida), a relação de transformação dos transformadores conversores, a faixa de
tapes dos transformadores conversores, os degraus de cada tape, a reatância de comutação (dx) e as
correntes CC (nominal e máxima incluindo sobrecarga se houver) definidas no cálculo do circuito principal.
5.2.6.6. O relatório com os resultados do estudo deve apresentar as seguintes informações:
dados de todos os para-raios, incluindo as curvas de descarga máxima e mínima (8x20 µs, 30x60 µs,
frente íngreme etc.);
número de colunas e a capacidade de dissipação de energia;
níveis de proteção e a respectiva corrente para frente íngreme (STIPL-kV, ISTIPL-kA);
impulso de manobra (SIPL-kV, ISIPL-kA);
impulso atmosférico (LIPL-kV, ILIPL-kA); e
nível adotado para o disparo protetivo (PF).
5.2.6.7. O relatório deve ainda explicitar em uma tabela, a margem de proteção utilizada para cada para-
raio, apresentando os valores de SIPL, LIPL e os valores de suportabilidade a impulso atmosférico (LIWL) e
suportabilidade a impulso de manobra (SIWL).
5.2.6.8. Os para-raios dos filtros devem ser objeto de dimensionamento, podendo ser apresentado em
relatório a parte.

Estudos de desempenho dos filtros CA

5.2.7.1. O estudo deve observar o atendimento aos requisitos apresentados no Submódulo 2.8, com o
objetivo de garantir o desempenho harmônico adequado do projeto de filtros, respeitando os limites de
distorção harmônica individual e total, estabelecidos no Submódulo 2.9.

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5.2.7.2. Considera-se como dados de entrada: a modularização dos filtros e bancos de capacitores definidos
pelo estudo de balanço de reativos e os resultados dos estudos de dimensionamento do circuito principal.
5.2.7.3. O relatório comos resultados do estudo deve apresentar os valores máximos das correntes
harmônicas geradas pelas conversoras, para toda a faixa possível de sua operação, e todos os envelopes de
impedâncias harmônicas utilizados para o dimensionamento dos filtros.
5.2.7.4. Todas as premissas e a forma de tratamento, determinístico ou estatístico, utilizadas no estudo
devem ser apresentadas no relatório, tais como as modelagens de carga, os ângulos de disparo das válvulas,
a faixa operativa de tensões CA, os níveis de corrente CC, as tolerâncias de fabricação dos transformadores
conversores, a atensão de sequência negativa, faixa de tapes dos transformadores conversores, as
tolerâncias de qualquer tipo, os erros de medição, dentre outras.

Estudos de definição de rating dos filtros CA e da compensação reativa

5.2.8.1. Considerações gerais

5.2.8.1.1. Esse estudo tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento do rating dos filtros CA, em
regime permanente e transitório, está adequado, considerando o rating de regime permanente disposto no
Submódulo 2.8.
5.2.8.1.2. Neste estudo devem ser atendidos todos os requisitos, condições operativas e configurações de
rede externa relacionados no Submódulo 2.8.
5.2.8.1.3. Os relatórios com os resultados do estudo devem apresentar, para o rating de regime permanente
e transitório, as margens adotadas e os valores nominais do projeto para cada elemento que compõe o
equipamento (ratings de corrente e tensão).

5.2.8.2. Regime permanente

5.2.8.2.1. O estudo deve demonstrar que os elementos dos filtros (reatores, resistores e capacitores) e da
compensação reativa manobrável foram dimensionados para suportar as máximas correntes e tensões
harmônicas possíveis.
5.2.8.2.2. Deve ser demonstrado que os filtros não são desligados pelas proteções de overrating
(sobrecarga), durante condições operativas normais e de contingências simples da rede externa na primeira
vizinhança das conversoras, com um filtro de cada tipo fora de operação.
5.2.8.2.3. Nas avaliações das impedâncias dos filtros devem ser consideradas as dessintonias possíveis,
incluindo tolerâncias de fabricação, variação de capacitância por temperatura, variações de frequência da
rede, erros de ajuste de sintonia por discretização de elementos de ajuste, perda de elementos capacitivos,
etc.
5.2.8.2.4. Para avaliar as ressonâncias entre filtros, devem ser consideradas dessintonias opostas entre eles.

5.2.8.3. Regime transitório

5.2.8.3.1. O estudo deve demonstrar que os filtros e a compensação reativa devem suportar as
sobretensões e sobrecorrentes advindas de condições transitórias, incluindo entre outras:
início e eliminação de curtos-circuitos na conversora, com bloqueio das válvulas durante o curto-
circuito; e
energização dos transformadores conversores com fluxo residual, e de outros transformadores
próximos.

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5.2.8.4. Estudos de desempenho dos filtros CC

5.2.8.4.1. Esse estudo tem por finalidade demonstrar que o desempenho dos filtros CC atende ao disposto
no Submódulo 2.8.

5.2.8.5. Estudos de definição de rating dos filtros CC

5.2.8.5.1. Esse estudo tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento do rating dos filtros CC
atende ao disposto Submódulo 2.8.
5.2.8.5.2. Deve ser apresentado o estudo de dimensionamento, em regime permanente e transitório, as
margens adotadas e os valores nominais do projeto (ratings de corrente e tensão) para cada elemento
(reatores, resistores e capacitores).
5.2.8.5.3. O estudo deve também demonstrar que os filtros CC estão dimensionados para suportar as
sobretensões e sobrecorrentes transitórias mais severas às quais possam vir a ser submetidos.

Otimização do circuito principal, das interações CA/CC e testes

5.2.9.1. Estudos de desempenho em regime permanente, transitório e dinâmico do elo CC

5.2.9.1.1. Este estudo trata do detalhamento do estudo de desempenho dinâmico, executado durante a
etapa de concepção. Tem a finalidade de identificar todos os parâmetros necessários à otimização do sistema
de controle, de forma a atender os requisitos estabelecidos para desempenho em regime permanente e após
aplicação e eliminação dos defeitos CA e CC, no sentido de minimizar possíveis instabilidades, falhas de
comutação e interações indesejáveis com o sistema CA.
5.2.9.1.2. Considera-se como dados de entrada: os resultados dos estudos que definiram o circuito principal,
a modularização de filtros, a compensação reativa definida nos estudos de balanço de potência reativa, os
lugares geométricos de impedância harmônica que representam a rede CA e o nível de curto-circuito mínimo
operativo compatível com a faixa de potência transmitida.
5.2.9.1.3. Os estudos devem demonstrar que o controle projetado é adequado para todas as condições
operativas previstas, incluindo as mudanças entre os modos de operação disponíveis e que os requisitos
estabelecidos no Submódulo 2.8 foram atendidos, principalmente aqueles relacionados ao tempo de
recuperação do elo CC e à minimização da ocorrência de falhas de comutação.
5.2.9.1.4. Deve também ser demonstrado que, em regime permanente, não ocorre redução da potência
transmitida na troca do modo de operação de potência constante para corrente constante, desde que o
sistema CA esteja operando acima do limite de potência de curto-circuito mínima previamente estabelecido.
5.2.9.1.5. A rede CA deve ser representada de forma detalhada, de modo que qualquer equivalente
utilizado, mesmo o equivalente em frequência, fique eletricamente afastado das subestações conversoras e
represente corretamente os níveis de curto-circuito e as ressonâncias harmônicas. O controle deve ser
representado de forma detalhada e deve corresponder ao sistema de controle a ser implementado.
5.2.9.1.6. O estudo deve contemplar as diversas situações que podem ocorrer no sistema, incluindo
instabilidade transitória, instabilidade dinâmica, instabilidade de tensão e instabilidade harmônica.
5.2.9.1.7. Deve também avaliar a modulação de potência ativa e reativa do elo CC para estabilizar o sistema
CA para o controle de frequência, variações rápidas de potência, etc.
5.2.9.1.8. Deve também identificar as medidas necessárias para evitar interações indevidas entre os
controles do elo CC e os controles dos equipamentos eletricamente próximos, tais como, outros elos CC,
back-to-back convencionais ou CCC, CER ou Statcom e entre elos CC e conversoras VSC.

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5.2.9.1.9. Os estudos devem ser realizados com os programas usualmente utilizados no SIN: ANAREDE (fluxo
de potência), ANATEM (estabilidade eletromecânica), PSCAD e/ou ATP (transitórios eletromagnéticos).
5.2.9.1.10. Caso os estudos tenham sido realizados por meio do PSCAD, a transmissora deve ainda entregar
ao ONS também para o programa ATP, até o início dos estudos pré-operacionais, um modelo detalhado do
elo CC, incluindo todos os controles. Este modelo deve ser acompanhado pelo manual correspondente e
pelos testes de validação executados confrontados com os resultados obtidos pelo Simulador CC.

5.2.9.2. Estudo de oscilações sub-síncronas

5.2.9.2.1. Esse estudo tem por finalidade determinar eventuais requisitos de controle que devam ser
incorporados ao controle dos sistemas HVDC, para evitar que a interação entre as conversoras e os
equipamentos do sistema CA sujeitem unidades geradoras conectadas a barras CA próximas a esforços
torcionais elevados.
5.2.9.2.2. Esses fenômenos devem ser investigados por meio de ferramentas de simulação de transitórios
eletromagnéticos (ATP ou PSCAD), considerando a representação completa da máquina, com o eixo do
conjunto turbina-gerador representado por um sistema multi-massa-mola.
5.2.9.2.3. Deve também ser considerada, quando necessária, a análise no domínio da frequência (modelo
linearizado ou não do eixo turbina-gerador).
5.2.9.2.4. Os modelos utilizados, devidamente aferidos e documentados, devem ser disponibilizados ao
ONS.

5.2.9.3. Estudos para definição das características dos equipamentos do lado CA

5.2.9.3.1. Esse estudo tem por finalidade definir as características dos equipamentos do pátio CA da
subestação conversora, incluindo disjuntores e transformadores conversores.
5.2.9.3.2. Esse estudo compreende todos os estudos de manobra dos equipamentos do pátio CA, incluindo
energização dos transformadores conversores e TRT de disjuntores de linhas e de equipamentos do pátio CA,
e envolvem também os estudos de energização das linhas do pátio CA e os religamentos monopolares e
tripolares.
5.2.9.3.3. As simulações devem ser realizadas na ferramenta ATP.

5.2.9.4. Estudos das proteções das conversoras e da linha de transmissão CC

5.2.9.4.1. Esse estudo tem por finalidade definir a coordenação das proteções CC e CA e identificar as
interações com os controles das conversoras.

5.2.9.5. Estudos para definição das malhas de terra das subestações conversoras e dos eletrodos de
terra

5.2.9.5.1. Esse estudo tem por finalidade demonstrar que não existirão problemas de gradientes de
potencial, de tensões de passo e de toque, corrosão de estruturas metálicas, de oleodutos ou ferrovias, etc.
5.2.9.5.2. Os estudos devem identificar a possibilidade de existência de corrente contínua circulando pelo
neutro dos transformadores conversores ou de outros transformadores e indicar, se for o caso, as soluções
necessárias para mitigar este problema, como por exemplo, a necessidade de utilização de isolamento
galvânico no neutro do transformador ou a alteração da execução do eletrodo.
5.2.9.5.3. Considera-se como dados de entrada: os resultados das medições efetuadas.

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5.2.9.6. Estudos complementares e testes de comprovação

5.2.9.6.1. Os seguintes estudos complementares e os correspondentes testes de comprovação devem ser


realizados pelo agente de transmissão:
estudos de interferência em sistemas de comunicação por onda portadora (PLC);
estudo de rádio-interferência (RI) e de ruído audível;
estudos de interferências TVI, microondas, VHF e UHF, incluindo sistemas de navegação aérea na
proximidade de aeroportos;
estudos de confiabilidade e disponibilidade;
estudos de perdas e eficiência; e
estudos de coordenação das proteções.

5.3. Estudos de transitórios eletromagnéticos

5.3.1. As premissas e os critérios para realização destes estudos se encontram nos itens 2.5 e 2.6.

6. PREMISSAS E CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA ESTUDOS PRÉ-OPERACIONAIS

6.1. Premissas para sistemas CA

6.1.1. Para estudos pré-operacionais, as eventuais limitações decorrentes de características dos


equipamentos devem ser informadas pelos agentes. Esses estudos devem levar em conta os ajustes de
proteção dos equipamentos informados pelos agentes. Pode-se, assim, avaliar a necessidade da definição de
restrições operativas ou de SEP.

6.2. Premissas para sistemas CC

6.2.1. Os estudos pré-operacionais associados à entrada em operação de novos elos CC devem ser realizados
com uma base de dados devidamente atualizada e consolidada.
6.2.2. Esses estudos devem determinar a máxima potência passível de ser transmitida nas diversas etapas
de implementação do projeto CC, considerando as eventuais configurações intermediárias do sistema CA no
qual ele será inserido, até que atinja a sua configuração final.

6.3. Critérios para sistemas CA

6.3.1. As faixas operativas mais adequadas de tensão (diretrizes operativas) devem observar os limites da
Tabela 1 e respeitar as limitações específicas informadas pelos agentes.
6.3.2. Os estudos devem registrar eventuais violações das faixas operativas mais adequadas de tensão e, nos
casos em que a violação levar a um desempenho inadequado da rede, devem ser definidas medidas
operativas visando melhorar esse desempenho.

6.4. Estudos de transitórios eletromagnéticos

6.4.1. As premissas e os critérios para realização destes estudos se encontram nos itens 2.5 e 2.6.

7. PREMISSAS E CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DE SEGURANÇA OPERACIONAL

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7.1. Estudos de reserva de potência operativa

Premissas

7.1.1.1. Tratamento da carga

7.1.1.1.1. As cargas globais de cada área são consideradas com uma distribuição normal, com um desvio
padrão igual a 1/3 do erro de previsão de carga, admitido como igual a 5%. Está englobada nesse total a
ponta instantânea dentro da demanda horária integralizada, considerando-se a ponta com uma duração de
2 horas.

7.1.1.2. Risco de não atendimento à carga

7.1.1.2.1. Considera-se como risco de não atendimento a carga a probabilidade de o sistema apresentar, no
período de ponta, uma disponibilidade de geração sincronizada inferior à carga verificada nesse mesmo
período.

7.1.1.3. Taxas de desligamento forçado das unidades geradoras

7.1.1.3.1. Para efeito de determinação da reserva de potência operativa, o cálculo das taxas de
desligamento forçado das unidades geradoras deve ser efetuado de acordo com a formulação definida no
Submódulo 9.2 – Indicadores de desempenho de equipamentos e linhas de transmissão e das funções
transmissão e geração. A consistência e classificação dos dados deverá ser realizada conforme a rotina
operacional no Submódulo 5.13 – Rotinas Operacionais.
7.1.1.3.2. As unidades geradoras eólicas são consideradas com taxa de desligamento forçado nulo, face ao
seu porte extremamente reduzido.

7.1.1.4. Repartição, alocação e utilização da reserva de potência operativa

7.1.1.4.1. A reserva de potência operativa do sistema (RPO sistema), calculada probabilisticamente, é


repartida entre as áreas de controle do sistema, de tal modo que caiba a cada uma delas um montante de
reserva calculado pela Equação (4):
(4) 𝑅𝑃𝑂𝑖 = 𝑅1𝑖 + 𝑅2𝑖 + 𝑅3𝑖

sendo,

(5) 𝑅1𝑖 = 1% 𝑅𝐺𝐴𝑖

(6) 𝑅2𝑖 = 4% 𝐶𝑖 + 𝑅𝑒𝑜𝑙𝑖

(7) 𝑅2𝑒𝑖 = 4% 𝐶𝑖 + 𝑅𝑒𝑜𝑙𝑖

(8) 𝑅2𝑟𝑖 = 2,5% 𝐶𝑖 + 𝑅𝑒𝑜𝑙𝑖


𝑀𝑀𝑖 × 𝑅𝐺𝐴𝑖
(9) 𝑅3𝑖 = ∑ 𝑀𝑀𝑖 × 𝑅𝐺𝐴𝑖
× 𝑀𝑀𝑝𝑟𝑜𝑏

(10) 𝑅𝐺𝐴𝑖 = 𝐶𝑖 + 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐â𝑚𝑏𝑖𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒 𝑖

(11) 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐â𝑚𝑏𝑖𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = ∑ 𝐼𝑃𝑟𝑜𝑔.𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 − ∑ 𝐼𝑃𝑟𝑜𝑔.𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

(12) 𝑀𝑀𝑝𝑟𝑜𝑏 = 𝑅𝑃𝑂𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 − 5% 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎

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(13) 𝑅𝑒𝑜𝑙𝑁𝐸 = 6% 𝑑𝑎 𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑒ó𝑙𝑖𝑐𝑎 𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑎 𝑛𝑎 á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑔𝑖ã𝑜 𝑁𝑜𝑟𝑑𝑒𝑠𝑡𝑒

(14) 𝑅𝑒𝑜𝑙𝑆𝑢𝑙 = 15% 𝑑𝑎 𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑒ó𝑙𝑖𝑐𝑎 𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑎 𝑛𝑎 á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑔𝑖ã𝑜 𝑆𝑢𝑙

sendo,

R1: reserva de potência para controle primário


R2: reserva de potência para controle secundário
R3: reserva de potência terciária
RGAi: responsabilidade própria de geração da área de controle i;
Ci:
carga da área de controle i, incluindo os consumidores livres que mantenham contrato de conexão com
os agentes da área i;
MMi: maior máquina da área de controle i;
Reoli: parcela para fazer face à variabilidade da geração eólica (para as áreas de controle i das regiões
Nordeste e Sul)
R2ei: reserva secundária para elevação da geração de responsabilidade da área de controle i
R2ri: reserva secundária para redução da geração de responsabilidade da área de controle i

7.1.1.4.2. A reserva R1 deve ser necessariamente alocada na própria área de controle, entre o limite máximo
de geração das unidades geradoras e a geração efetivamente realizada. Em cada área de controle do SIN,
essa reserva deve ser distribuída por todas as unidades geradoras com regulador de velocidade
desbloqueado e que não estejam com geração maximizada.
7.1.1.4.3. A utilização da reserva R1 é feita automaticamente pelos reguladores de velocidade das unidades
geradoras, não sendo, portanto, necessário estabelecer critérios para a sua utilização.
7.1.1.4.4. No caso de Itaipu Binacional, a reserva R1 será alocada conforme Equação (15) e (16):

𝑁(50𝐻𝑧)
(15) 𝑅1(50𝐻𝑧 ) = 𝑅1(𝐼𝑡𝑎𝑖𝑝𝑢) × 𝑁(50𝐻𝑧)+𝑁(60𝐻𝑧)

𝑁(60𝐻𝑧)
(16) 𝑅1(60𝐻𝑧) = 𝑅1(𝐼𝑡𝑎𝑖𝑝𝑢) × 𝑁(50𝐻𝑧)+𝑁(60𝐻𝑧)

sendo,

N(50 Hz): número de unidades geradoras sincronizadas de 50 Hz

N(60 Hz): número de unidades geradoras sincronizadas de 60 Hz

7.1.1.4.5. A reserva secundária para elevação da geração (R2e) deve ser constituída de reserva girante,
sendo obrigatoriamente alocada em unidades sob o controle do Controle Automátigo de Geração (CAG),
entre o limite máximo de geração das unidades geradoras e a geração efetivamente realizada.
7.1.1.4.6. A reserva secundária para redução da geração (R2r) deve ser constituída de reserva girante, sendo
obrigatoriamente alocada em unidades sob o controle do CAG, entre a geração efetivamente realizada e o
limite inferior de geração definido pela zona proibitiva de operação por problemas de cavitação.

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7.1.1.4.7. Em cada área de controle, devem ser alocados os valores correspondentes às R2e e R2r da
respectiva área de controle.
7.1.1.4.8. Na Itaipu Binacional, a R2e ficará alocada no setor de 60Hz, enquanto essa usina estiver sob o
controle do CAG do Centro de Operação Sudeste – COSR-SE, conforme a seguir:
(a) R2e (Setor 60Hz) = R2e (ITAIPU) - 2,5% INTERCÂMBIO ITAIPU/ANDE; e
(b) R2e (Setor 50Hz) = 2,5% INTERCÂMBIO ITAIPU/ANDE + R2e (ANDE).

7.1.1.4.9. Por necessidade do sistema, o Centro Nacional de Operação do Sistema (CNOS) poderá alocar a
reserva R2e (Setor 60 Hz - total ou em parte) nas unidades sob controle do Centro Regional de Operação do
Sistema do Sudeste (COSR-SE). Na situação em que ITAIPU - 60Hz estiver fora do CAG do COSR-SE, a reserva
R2e (Setor 60Hz) deve ser alocada nas usinas da área de controle do COSR-SE sob CAG.
7.1.1.4.10. A utilização da reserva R2 é feita automaticamente pelos CAG, não sendo, portanto, necessário
estabelecer critérios para sua utilização.
7.1.1.4.11. A reserva R3 deve ser girante, preferencialmente alocada em unidades sob o controle do CAG
da área de controle correspondente, entre o limite máximo de geração das unidades geradoras e a geração
efetivamente realizada. Pode ser alocada em unidades não ligadas a um CAG no caso de restrições operativas,
faixas de operação de máquinas, limites de transmissão etc.
7.1.1.4.12. No caso de Itaipu Binacional, sua reserva R3 será alocada de acordo com o estabelecido no
Programa Mensal de Operação Energética (PMO).
7.1.1.4.13. A reserva R3 é utilizada para complementar a reserva de potência, calculada
deterministicamente, de modo a cobrir variações de carga e saídas não programadas de unidades geradoras,
provocadas por defeitos em quaisquer dos equipamentos que a compõem (caldeira, turbina, serviços
auxiliares, gerador, sistema de excitação, sistema de adução etc.), inclusive no elevador. Devem ser também
consideradas as reduções de disponibilidade por defeito nesses equipamentos.
7.1.2. Critério
7.1.2.1. Se a reserva de potência global do sistema, calculada probabilisticamente, for inferior ou igual a 5%
da carga do sistema, ela será considerada igual a 5% da carga do sistema (MMprob = 0) e, consequentemente,
a reserva terciária (R3) será igual a zero, conforme Equação (9).
7.1.2.2. A ferramenta computacional utilizada nesses estudos – Modelo para cálculo da reserva de potência
girante probabilística – está apresentada no documento de metodologia deste submódulo.

7.2. Estudos de controle carga-frequência

Premissas

7.2.1.1. As seguintes situações devem ser simuladas nos estudos de controle carga-frequência:
(a) as perdas das unidades geradoras e os impactos naturais de carga em cada área de controle,
ocorrendo simultaneamente; e
(b) a perda das maiores máquinas de cada subsistema geoelétrico com seus despachos maximizados

7.2.1.2. A estratégia de controle adotada deve ser tal que não introduza no sistema qualquer tendência de
instabilidade.
7.2.1.3. As áreas de regulação devem dispor de reserva de potência suficiente e adequadamente locada para
que possam absorver suas próprias variações de carga e de geração.

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elétricos

7.2.1.4. A ferramenta computacional utilizada nesses estudos – Modelo para análise de estabilidade
eletromecânica – está apresentada no documento de metodologia deste submódulo.

Critérios

7.2.2.1. Os erros de controle devem ser minimizados para serem evitados acúmulos indevidos de
intercâmbios involuntários e erros de tempo. Para tanto, os erros de controle das áreas de regulação devem
cortar o zero em até 10 minutos.
7.2.2.2. O desempenho do sistema de CAG de uma área de regulação não deve trazer prejuízo ao
desempenho de outras áreas.
7.2.2.3. Os desvios de frequência devem ser anulados o mais rapidamente possível a fim de garantir a
inexistência de desequilíbrios prolongados entre geração e carga.
7.2.2.4. Os desvios dos intercâmbios entre as áreas de regulação devem também ser anulados de tal forma
que cada área de regulação termine por absorver integralmente suas próprias variações de carga e de
geração.

Critérios de desempenho

7.2.3.1. Aspectos gerais

7.2.3.1.1. A fim de possibilitar a análise comparativa do comportamento do sistema sob as diversas


modalidades de estratégia de controle, são levantados os índices de desempenho (ID) descritos a seguir,
calculados para um período de 15 minutos. Tais critérios não devem ser analisados isoladamente, de modo
a se evitar falsas conclusões.

7.2.3.2. Índice de desempenho 1 (ID1):

(a) conceituação: integral no tempo do erro de controle de área (ECA), conforme Equação (17).

(17) 𝐼𝐷1 = ∫ 𝐸𝐶𝐴 𝑑𝑡

(b) objetivo: verificar o adequado desempenho dos controles secundários por meio da análise das
tendências de subgeração ou sobregeração de cada área de controle.
(1) Valores elevados desse índice são indesejáveis, pois indicam um mau desempenho do controle
secundário, o que gera uma tendência de acúmulo de intercâmbios involuntários.
(2) A análise desse índice não deve ocorrer isoladamente, para não haver a situação indesejável de
uma oscilação sustentada do ECA, cuja integral é nula, como apresentado na Figura 4.

ECA

Figura 4 - Oscilação sustentada do ECA

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7.2.3.3. Índice de desempenho 2 (ID2):

(a) conceituação: integral no tempo do produto do módulo do desvio de frequência pelo tempo,
conforme Equação (18).

(18) 𝐼𝐷2 = ∫ 𝑡 . |𝛥𝑓| 𝑑𝑡

(b) objetivo: fornecer uma medida da efetividade do controle no desempenho dinâmico do sistema
uma vez que pondera o erro em função do instante de sua ocorrência.
(1) O ID2 relaciona-se aos requisitos de estabilidade de funcionamento a longo termo.

7.2.3.4. Índice de desempenho 3 (ID3):

(a) conceituação: desvio máximo de frequência, em módulo, para cada área de controle e para cada
impacto selecionado, conforme Equação (19).

(19) 𝐼𝐷3 = |𝛥𝑓|𝑚𝑎𝑥

(b) objetivo: refletir as tendências de afastamentos máximos absolutos das diferentes áreas de controle
em que se subdivida o sistema.

7.2.3.5. Índice de desempenho 4 (ID4):

(a) conceituação: taxa de recuperação da frequência de cada área de controle em que se subdivida o
sistema, conforme Equação (20).

𝛥𝑓
(20) 𝐼𝐷4 = 𝛥𝑡

(b) objetivo: mostrar a velocidade de recuperação da frequência para os diversos tipos de impactos
selecionados.
(1) O ID4 pode ser avaliado pelo coeficiente angular da reta ab mostrada na Figura 5.

t
b

Figura 5 – Taxa de recuperação da frequência

7.2.3.6. Índice de desempenho 5 (ID5):

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(a) conceituação: integral no tempo do produto do módulo do erro absoluto de controle de área pelo
tempo, conforme Equação (21).

(21) 𝐼𝐷5 = ∫ 𝑡 . |𝐸𝐶𝐴| 𝑑𝑡

(b) objetivo: fornecer uma medida da efetividade do controle no desempenho dinâmico do sistema por
meio da penalização de forma crescente dos erros persistentes.
(1) Do mesmo modo que o ID2, o ID5 relaciona-se aos requisitos de estabilidade de funcionamento a
longo termo.

7.2.3.7. Índice de desempenho 6 (ID6):

(a) conceituação: número de vezes em que o ECA de cada área de controle passa por zero, conforme
Figura 6.

ECA

Figura 6 – Apuração do ID6

(b) objetivo: aferir a eficácia do controle suplementar através do número de tentativas efetuadas pelo
controle secundário no sentido de anular os desvios de frequência e/ou intercâmbio.

7.2.3.8. Índice de desempenho 7 (ID7):

(a) conceituação: desvio de frequência em regime permanente que se verifica em impactos do tipo
perturbação, quando existe a possibilidade de formação de áreas carentes de reserva de potência,
conforme Equação (22) e Figura 7.

(22) 𝐼𝐷7 = 𝛥𝑓𝑟𝑝

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t
Δfrp

Figura 7 – Apuração do ID7

(b) objetivo: fornecer uma medida das deficiências de reserva de potência das áreas de controle quando
submetidas a impactos do tipo perturbação.

7.2.3.9. Índice de desempenho 8 (ID8):

(a) conceituação: integral no tempo do produto do ECA pelo tempo, conforme Equação (23).

(23) 𝐼𝐷8 = ∫ 𝑡 . 𝐸𝐶𝐴 𝑑𝑡

(b) objetivo: fornecer uma medida da efetividade do controle no desempenho dinâmico do sistema por
meio da penalização de forma crescente dos erros persistentes.
(1) Semelhantemente ao índice ID5, o ID8 pondera o erro no tempo, porém o faz sem tomar o ECA em
valor absoluto.

7.2.3.10. Índice de desempenho 9 (ID9):

(a) conceituação: integral no tempo do erro quadrático da frequência, conforme Equação (24).

(24) 𝐼𝐷9 = ∫ 𝛥𝑓 2 𝑑𝑡

(b) objetivo: penalizar o erro de frequência independentemente de seu sinal, de modo a impedir o
cancelamento de erros de controle da frequência de sinais contrários ao longo do tempo.

7.2.3.11. Índice de desempenho 10 (ID10):

(a) conceituação: integral no tempo do ECA quadrático, conforme Equação (25).

(25) 𝐼𝐷10 = ∫ 𝐸𝐶𝐴2 𝑑𝑡

(b) objetivo: penalizar o erro independentemente de seu sinal, de modo a impedir o cancelamento de
ECA de sinais contrários ao longo do tempo.

7.3. Estudos de recomposição do sistema

Premissas gerais

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2.3 Critérios 2022.10 03/10/2022
elétricos

7.3.1.1. Os estudos de recomposição definem os procedimentos operacionais para o restabelecimento do


sistema após perturbação geral ou parcial e são de responsabilidade do ONS, com anuência dos agentes
envolvidos.
7.3.1.2. Os estudos de recomposição estabelecem, para os corredores preferenciais do SIN, os
procedimentos a serem observados pela operação das usinas e subestações quando do restabelecimento da
rede de forma fluente ou coordenada com os centros de operação do sistema.
7.3.1.3. A recomposição da malha principal do SIN deve se processar em duas fases: fluente e coordenada.
7.3.1.4. Na fase fluente, as seguintes condições devem ser consideradas:
as áreas geoelétricas de recomposição devem estar totalmente desenergizadas;
deve-se iniciar a recomposição por meio das usinas de autorrestabelecimento (usinas com black
start);
os procedimentos operacionais previamente definidos devem permitir a recomposição de áreas
geoeletricamente definidas, com o balanço adequado entre carga e geração em uma configuração
mínima de rede, para evitar desvios de tensão e frequência e atuações indevidas das proteções;
as usinas térmicas não são consideradas como fontes de restabelecimento do SIN; porém, sempre
que tecnicamente viável, devem possuir esquemas de ilhamento que preservem uma parcela do
sistema estável após grandes distúrbios;
deve ser atendida a maior parcela possível do montante máximo de carga prioritária pré-definido;
deve-se levar em consideração a condição de carga pesada para garantir a viabilidade da
recomposição em qualquer horário, obedecendo as condições especificadas no item 8.3.2.
7.3.1.5. Concluída a fase fluente da recomposição, novas medidas devem ser tomadas no sentido de
restabelecer os montantes adicionais de carga para trazer o SIN à sua configuração pré-distúrbio, sem colocar
em risco a estabilidade do sistema.
7.3.1.6. A recomposição coordenada só deve ter início após a verificação dos seguintes requisitos:
ausência de sobrecargas em equipamentos da área considerada;
estabilização da frequência;
níveis de tensão compatíveis com a configuração da área geoelétrica, associados aos montantes de
tomada de carga prioritária pré-estabelecidos; e
o processo de recomposição volta a ser coordenado no caso de um impedimento no processo fluente
preferencial.
7.3.1.7. Os estudos de recomposição são elaborados e atualizados levando em conta os seguintes aspectos:
deve haver sempre um equilíbrio entre carga e geração das áreas das usinas de
autorrestabelecimento que fazem parte da malha principal do SIN;
devem-se definir os limites de tensão e disponibilizar blocos de carga em patamares seguros;
devem-se, sempre que possível, além do procedimento prioritário de recomposição, prever
alternativas para situações de indisponibilidade de equipamentos que comprometam os
procedimentos das áreas de recomposição; e

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Critérios 2022.10 03/10/2022
elétricos

devem-se reavaliar os procedimentos operacionais em função da entrada em operação de novos


equipamentos ou de alterações na topologia da rede.
7.3.1.8. Os dados para realização dos estudos de recomposição do sistema devem ser obtidos a partir do
banco de dados do ONS e das informações complementares dos agentes para os estudos de fluxo de
potência, estabilidade eletromecânica e transitórios eletromagnéticos.
7.3.1.9. As ferramentas computacionais utilizadas nesses estudos – Modelo para análise de redes em regime
permanente, Modelo para análise de estabilidade eletromecânica e Modelo para análise de transitórios
eletromagnéticos – estão apresentadas no documento de metodologia deste submódulo.

Estudos em regime permanente

7.3.2.1. Os estudos de regime permanente são feitos para analisar as condições do sistema nas diversas
etapas e configurações da recomposição, verificando os perfis de tensão, os carregamentos em
equipamentos e a capacidade das unidades geradoras do sistema nas situações pré-manobra e pós manobra,
de acordo com os seguintes critérios:
as cargas devem ser representadas conforme item 2.2.1.1;
disponibilidade inicial de geração:
o montante de carga tomado fluentemente não pode exceder a referida disponibilidade inicial de
potência ativa em cada área geoelétrica.
como critério geral, a disponibilidade inicial de geração deve considerar para cada usina de
autorrestabelecimento que uma das unidades geradoras esteja em manutenção (n-1, onde n é o
número de unidades geradoras da usina), ou que haja um número mínimo de unidades geradoras
sincronizadas (nmín).
o número mínimo de unidades geradoras (nmín) é definido a partir de estudos elétricos, com o intuito
de evitar a ocorrência de autoexcitação quando de rejeição de carga para determinadas condições
críticas de rede, ou em função da sensibilidade dos ajustes da proteção;
para (n-1) unidades geradoras ou para o número mínimo de unidades geradoras (n mín) disponíveis nas
usinas de autorrestabelecimento, o valor da potência inicialmente disponível é obtido a partir da
Equação (26) ou (27):

(26) Pdisp = 0,8 x (n-1) x Pn

(27) Pdisp = 0,8 x nmin x Pn


sendo,
Pn: potência nominal ou efetivamente disponível por unidade geradora (MW); e
Pdisp: potência total inicialmente disponibilizada pela usina (MW).
para áreas geoelétricas com mais de uma usina de autorrestabelecimento que participe da
recomposição na fase fluente, a potência total inicialmente disponibilizada na referida área é a soma
das potências disponibilizadas em cada uma das usinas participantes do processo de recomposição;
controle de tensão nas áreas geoelétricas durante a fase fluente da recomposição:

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Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Critérios 2022.10 03/10/2022
elétricos

(1) Para serem obtidos os níveis de tensão adequados nos barramentos do sistema, devem ser
utilizados os recursos disponíveis para fornecimento de potência reativa pelas usinas, reatores
shunt e tomadas de cargas necessárias.
(i) os recursos de capacitores shunt e/ou compensadores síncronos ou estáticos não são
considerados para o controle de tensão durante o processo de recomposição fluente, exceto
nos casos definidos nas instruções operativas.
(2) A disponibilidade de fornecimento de potência reativa pelas usinas para controle de tensão na fase
fluente é obtida a partir da curva de capacidade das unidades geradoras;
(i) o número de unidades geradoras a ser considerado é o que fornece a potência ativa
inicialmente disponibilizada, conforme item 8.3.2.1(a).
(ii) a disponibilidade de fornecimento de potência reativa pelas usinas, juntamente com as
características de impedância da configuração mínima da área geoelétrica considerada,
permite determinar o limite de carga prioritária a ser atendido, em função do controle de
tensão na fase fluente.
(3) a disponibilidade de fornecimento de potência reativa, associada ao fator de potência das cargas
a serem restabelecidas, e a configuração mínima dessa área geoelétrica podem definir o valor
máximo de carga a ser atendido na fase fluente.
(4) para cada procedimento prioritário de recomposição fluente de uma área geoelétrica e de forma
a garantir o controle da tensão e disponibilidade do fornecimento de potência reativa de toda
área, devem ser estabelecidas a tensão de partida e o número mínimo de unidades geradoras da
usina de autorrestabelecimento.
(5) Deve-se considerar a faixa entre 0,85 e 0,95 para o fator de potência das cargas restabelecidas a
partir das áreas geoelétricas, em função da existência ou não de compensação local dessa carga
através de banco de capacitores.
(6) A tensão deve obedecer, para as fases fluente e coordenada, às restrições específicas de
equipamentos informadas pelos agentes.
(i) Na ausência dessas informações, devem ser considerados os valores limite para níveis de
tensão em regime permanente apresentados na Tabela 8.

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Premissas, critérios e metodologia para estudos
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elétricos

Tabela 8 – Níveis de tensão aceitáveis em regime permanente para estudos de recomposição

Tensão nominal de FASES FLUENTE/COORDENADA (2)


operação (1) Mínimo Máximo

(kV) (kV) (pu) (kV) (pu)

< 230 ─ 0,90 ─ 1,10

230 207 0,90 253 1,10

345 311 0,90 380 1,10

440 396 0,90 484 1,10

500 450 0,90 550 1,10

525 475 0,90 550 1,05

765 690 0,90 800 1,046

(1) Valor eficaz de tensão pelo qual o sistema é designado.

(2) Caso haja limitações em equipamentos ou nos recursos de controle de tensão


disponíveis nas subestações pertencentes a cada etapa de energização dos corredores
de recomposição, cabe a cada empresa adotar, com o conhecimento do ONS, limites
diferentes dos definidos na Tabela 8 para os níveis máximo e mínimo da tensão.

Estudos de estabilidade eletromecânica

7.3.3.1. Os estudos de estabilidade eletromecânica na recomposição são feitos para analisar o


comportamento das oscilações de frequência e de tensão durante as tomadas de carga e/ou rejeição de
carga, conforme os limites estabelecidos na Tabela 9 e Tabela 10, e quando há fechamentos de paralelo e de
anel, conforme itens 2.4.4 e 2.4.5.
7.3.3.2. As cargas devem ser representadas conforme item 2.4.1.1.
7.3.3.3. Nas simulações, devem ser considerados os reguladores de tensão e de velocidade das unidades
geradoras nas usinas, à exceção de máquinas de pequeno porte.
7.3.3.4. Não deve ser considerada a atuação de sinais adicionais estabilizadores (PSS) nas simulações da fase
fluente.
7.3.3.5. As sobretensões dinâmicas decorrentes de rejeição de carga devem ficar limitadas aos valores
máximos da Tabela 10, pois o valor de sobretensão decorrente de uma possível rejeição de carga pode limitar
o montante máximo de tomada de carga e evitar uma nova sequência de desligamentos após a rejeição,
quando as áreas de autorrestabelecimento ainda estão eletricamente separadas e com baixo nível de curto-
circuito.

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Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Critérios 2022.10 03/10/2022
elétricos

Tabela 9 – Níveis aceitáveis para oscilações de frequência em regime dinâmico


FREQUÊNCIA (Hz)
UNIDADE
FASE FLUENTE FASE COORDENADA
GERADORA
Mínimo (1) Máximo (1) Mínimo (1) Máximo (1)

Hidroelétrica 56 66
57 63
Termoelétrica Não se aplica

(1) Os limites máximo e mínimo de frequência podem ser ampliados ou reduzidos em


função de informações dos agentes envolvidos.

Tabela 10 – Níveis aceitáveis para oscilações de tensão em regime dinâmico

Tensão nominal TENSÃO DINÂMICA


de operação (1) Mínimo Máximo

(kV) (kV) (pu) (kV) (pu)

< 138 ─ 0,85 ─ 1,25

138 117 0,85 173 1,25

230 195 0,85 288 1,25 ou 5% abaixo do


ajuste da proteção
345 293 0,85 430 1,25
de sobretensão
440 374 0,85 550 1,25 temporizada

500 450 0,90 655 1,30

525 450 0,85 655 1,25

765 650 0,85 956 1,25

(1) Valor eficaz de tensão pelo qual o sistema é designado.

7.3.3.6. No fechamento de paralelos ou de anéis, conforme itens 2.4.4 e 2.4.5, devem ser investigadas as
sobretensões dinâmicas e verificado o atendimento ao critério da máxima variação instantânea da potência
acelerante das máquinas e a manutenção da estabilidade eletromecânica do sistema.
7.3.3.7. Em áreas geoelétricas definidas com mais de uma usina de autorrestabelecimento na fase fluente,
o controle de frequência deve ser feito por apenas uma delas. As demais usinas ficam com a responsabilidade
de assumir carga, de forma a garantir uma folga de geração na usina que controla a frequência para
possibilitar a continuação do processo de tomada de carga e controle da frequência.
7.3.3.8. Para avaliação da possibilidade de autoexcitação das unidades geradoras, deve ser verificado a
tendência de crescimento descontrolado da tensão terminal das máquinas síncronas após a ocorrência de
rejeição de carga, observando os ajustes de proteção de sobretensão das máquinas.

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Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Critérios 2022.10 03/10/2022
elétricos

7.3.3.8.1. Esse fenômeno pode ocorrer em função dos parâmetros elétricos da máquina, de seus
reguladores de tensão e de velocidade, das características da rede à qual a máquina está conectada e dos
montantes de rejeição de carga impostos à máquina.
7.3.3.9. A tomada do montante máximo de carga prioritária estabelecido para fase fluente deve ser realizado
em degraus. Cada degrau de tomada fluente da carga deve ter variação de tensão igual ou inferior a 5% da
tensão nominal de operação e sem variação de frequência além das faixas estabelecidas na Tabela 9, em
função das características da área em recomposição.
7.3.3.10. A situação ideal é a tomada fluente da carga em degraus com valores máximos de 20 a 50% da
potência inicialmente disponibilizada.
7.3.3.11. O intervalo de tempo entre tomadas fluentes de carga consecutivas, em uma mesma área de
autorrestabelecimento, é um parâmetro importante à segurança do processo de recomposição e do
restabelecimento das cargas prioritárias na fase fluente.
7.3.3.11.1. As tomadas fluentes de carga consecutivas não devem ser feitas em intervalo de tempo inferior
a 1 minuto, para possibilitar a estabilização das oscilações de tensão e de frequência decorrentes da tomada
do último degrau de carga pelos reguladores automáticos de tensão e de velocidade das unidades geradoras
nas usinas de autorrestabelecimento.
7.3.3.12. De acordo com a configuração do sistema em recomposição, pode ser necessário definir valores
limite de transmissão com a rede ainda reduzida.
7.3.3.12.1. Esses valores limites são importantes para evitar situações de tomada de carga que podem
resultar em situações de colapso de tensão no sistema. Deve ser determinado o valor máximo de carga que
não pode ser ultrapassado para uma configuração específica, durante o processo de recomposição.

Estudos de transitórios eletromagnéticos

7.3.4.1. As premissas e os critérios para realização destes estudos se encontram nos itens 2.5 e 2.6.

8. PREMISSAS E CRITÉRIOS PARA ESTUDOS DE SEGURANÇA DE TENSÃO

8.1. Considerações Gerais

8.1.1. As premissas e os critérios apresentados nos itens 2.2.2 e 2.2.4 e complementados neste item para os
estudos de segurança de tensão são aplicados a estudos específicos descritos no Submódulo 3.1, Submódulo
3.2 – Modernização de instalações, Submódulo 3.4, Submódulo 4.1, Submódulo 3.10 e Submódulo 3.11 –
Análise técnica dos serviços ancilares de suporte de reativos, controle secundário de frequência e
autorrestabelecimento integral.
8.1.2. As ferramentas computacionais utilizadas nesses estudos – Modelo para análise de redes em regime
permanente, Modelo de fluxo de potência ótimo e Modelo para análise de estabilidade eletromecânica –
estão apresentadas no documento de metodologia deste submódulo.

8.2. Premissas

8.2.1. As modelagens de carga nas análises estática e dinâmica devem estar em conformidade com as
definidas nos itens 2.2 e 2.4.
8.2.2. O fator de potência deve ser mantido constante durante o processo de incremento de carga de uma
determinada área em estudo. O redespacho necessário é escolhido, para fazer frente ao incremento de
carga, em grupos de geradores que provoquem carregamento mais crítico no sistema .

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Premissas, critérios e metodologia para estudos
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elétricos

8.2.3. A carga do tipo motor de indução deve ser representada nas análises estática e dinâmica de segurança
de tensão. Na impossibilidade dessa modelagem, o percentual da barra de carga, estimado como motor de
indução, deve ter suas parcelas de carga ativa e reativa representadas, respectivamente, com corrente e
impedância constantes.
8.2.4. Os estudos de planejamento da operação devem definir limites operativos e avaliar a necessidade de
SEP, a fim de garantir a segurança de tensão.
8.2.5. A avaliação de segurança de tensão em tempo real deve cobrir situações não previstas na fase de
planejamento da operação e evitar a operação na região onde esquemas de controle de emergência
precisem ser ativados.
8.2.6. No âmbito do planejamento da operação, os estudos de segurança de tensão, quando pertinentes,
devem determinar margens de segurança considerando rede completa e Rede Incompleta, seja pelas
incertezas presentes nesses horizontes, seja pela necessidade de previsão de manutenção de elementos ou
recursos importantes da rede. Em tempo real, uma vez que o estado e a topologia do sistema são conhecidos,
pode ser necessário um número menor de cenários e menor margem de segurança de tensão (MST).
8.2.6.1. A margem de segurança de tensão (MST) é definida como a distância mínima para um ponto de
operação do sistema onde há risco de instabilidade de tensão.
8.2.7. Na impossibilidade de avaliação da segurança de tensão em tempo real, as margens de segurança e
as recomendações dos estudos de planejamento da operação devem ser adotadas, por meio de instruções
de operação, a fim de possibilitar uma segura monitoração por parte dos operadores do sistema.

8.3. Critérios

8.3.1. Um sistema elétrico é considerado seguro em relação à tensão quando, para uma dada condição
operativa, a MST e os níveis de tensão pré-contingência e pós-contingência encontram-se em conformidade
com os critérios estabelecidos.
8.3.2. A consistência entre critérios e métodos da avaliação de segurança de tensão, nas áreas de
planejamento da operação e de tempo real deve ser observada. Enquanto as duas áreas podem examinar
diferentes cenários e requerer diferentes margens de segurança, é importante que os procedimentos e
modelos estejam consolidados para que os resultados obtidos possam ser comparados.
8.3.3. As diferentes características de suprimento, de modelagem e de recursos entre as áreas do SIN podem
implicar necessidades que justifiquem a adoção de critério particular para a definição de margens mais
seguras nos estudos de segurança de tensão.
8.3.4. As margens de segurança de tensão para os estudos de planejamento da operação são de 7% e 4%,
nas análises com rede completa e incompleta, respectivamente. Em tempo real, uma margem de 4% deve
ser considerada.
8.3.5. Os critérios para níveis e variações de tensão em pré-contingência e pós-contingência são os mesmos
estabelecidos nos itens 2.2. e 2.4.

9. REFERÊNCIAS

[1] Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE, Resolução nº 01, de 25 de janeiro de 2005.

[2] ANEEL. Resolução Normativa nº 905, de 8 de dezembro de 2020. Regras dos Serviços de Transmissão de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional. Módulo 3 - Instalações e Equipamentos de Transmissão.

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2.3 Critérios 2022.10 03/10/2022
elétricos

[3] ANEEL. Resolução Normativa nº 905, de 8 de dezembro de 2020. Regras dos Serviços de Transmissão de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional. Módulo 4 - Prestação dos Serviços.

[4] Nota Técnica DSE.T.033.84. Simulação de capacitores série em estudos de estabilidade. Rio de Janeiro:
Furnas Centrais Elétricas, dez. 1984.

[5] ABNT, Equipamentos de Alta Tensão – Parte 100: Disjuntores de Alta Tensão de Corrente Alternada, NBR
IEC 62271-100, 04/01/2007.

[6] CIGRE Working Group. Controlled switching of HVAC circuit breakers: guide for application: lines,
reactors, capacitors and transformers – 1st Part, CIGRE Working Group 13.07, ELECTRA no. 183,
April/1999.

[7] CIGRE Working Group. Controlled switching of HVAC circuit breakers: guide for application: lines,
reactors, capacitors and transformers – 2nd Part, CIGRE Working Group 13.07, ELECTRA no. 185,
August/1999.

[8] IEEE. Subsynchronous Resonance Working Group of the System Dynamic Performance Subcommittee.
Terms, definitions and symbols for subsyncronous oscillations. IEEE Transactions on Power Apparatus
and Systems, Vol. PAS-104, No. 6, June 1985.

[9] Internacional Electrotechnical Commission. IEC 62271-100 – High-voltage switchgear and controlgear.

[10]Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS. “Diretrizes para a Elaboração de Projetos Básicos para
Empreendimentos de Transmissão”, disponibilizado no site do ONS.

[11]IEEE. Standard C50.12-1989 – Requirement for salient-pole synchronous generators and generator
motors for hydraulic-turbine applications.

[12]Balossi, A., Malaguti, M., Ostano, P., Laboratory full-scale tests for determination of the secondary arc
extinction time in high-speed reclosing, IEEE Summer Power Meeting, New Orleans, July 10-15, 1966.

[13]Haubrich, H.-J., Hosemann, G., Thomas, R., Single-phase auto-reclosing in EHV Systems, CIGRE 1974,
paper 31-09, Paris, 1974.

[14]Operador Nacional do Sistema Elétrico. Nota Técnica ONS nº 48/2014 e suas revisões – Critérios para
Análise de Superação de Equipamentos e Instalações de Alta Tensão, disponibilizado no site do ONS.

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Submódulo 2.3
Premissas, critérios e metodologia para
estudos elétricos

Metodologia

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2021.08 Despacho ANEEL nº 2.596/2021 31/08/2021


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Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Metodologia 2021.08 17/09/2021
elétricos

ÍNDICE

1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 3

2. ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA ................................................................................................. 3

3. ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA ÓTIMO ..................................................................................... 3

4. ESTUDOS DE ESTABILIDADE ELETROMECÂNICA ............................................................................. 4

5. ESTUDOS DE CONFIABILIDADE ...................................................................................................... 6

5.1. Premissas gerais............................................................................................................................. 6

5.2. Diretrizes de modelagem............................................................................................................. 11

5.3. Diretrizes para tratamento de dados determinísticos e estocásticos......................................... 18

5.4. Diretrizes para simulação computacional ................................................................................... 19

5.5. Diretrizes para registro de resultados ......................................................................................... 26

5.6. Critérios para diagnose dos níveis de risco probabilístico .......................................................... 26

6. ESTUDOS DE QUALIDADE DE ENERGIA......................................................................................... 28

6.1. Aspectos gerais ............................................................................................................................ 28

6.2. Estudos de comportamento harmônico ...................................................................................... 28

6.3. Estudos de flutuação de tensão .................................................................................................. 32

6.4. Estudos de variações de tensão de curta duração (VTCD) .......................................................... 33

7. ESTUDOS DE SEGURANÇA DE TENSÃO ......................................................................................... 33

8. ESTUDOS DE RESERVA DE POTÊNCIA OPERATIVA......................................................................... 34

9. ESTUDOS DE CONTROLE CARGA-FREQUÊNCIA ............................................................................. 34

10. FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS PARA ESTUDOS ELÉTRICOS .................................................... 35

11. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 37

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Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Metodologia 2021.08 17/09/2021
elétricos

1. OBJETIVO

1.1. Este submódulo descreve a metodologia a ser seguida na elaboração dos seguintes estudos elétricos:
(a) fluxo de potência;
(b) fluxo de potência ótimo;
(c) estabilidade eletromecânica;
(d) confiabilidade;
(e) qualidade de energia elétrica;
(f) segurança de tensão;
(g) reserva de potência operativa; e
(h) controle carga-frequência.

2. ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA

2.1 Os estudos de fluxo de potência são efetuados para verificar o comportamento da rede elétrica em
regime permanente. De forma geral, avalia-se se os níveis de tensão nos barramentos e os carregamentos
nas linhas, transformadores e demais componentes da rede de transmissão, para uma determinada
configuração da rede elétrica e uma dada condição de carga e de geração, atendem ao estabelecido no
documento de critérios deste submódulo.
2.2 O sistema deve ser analisado para as condições de carga e de geração pertinentes ao objetivo da
avaliação, entre carga pesada, média, leve e mínima.
2.2.1 Caso necessário, podem ser analisadas outras condições de carga para horários e/ou dias específicos.
2.3 O nível de detalhamento da representação do sistema de transmissão deve ser compatível com o escopo
dos estudos.
2.4 Os dados necessários aos estudos de fluxo de potência estão disponíveis no banco de dados do ONS ou
são informados pelos agentes e consolidados pelo ONS.
2.5 A ferramenta computacional utilizada nesses estudos – Modelo para análise de redes em regime
permanente – está apresentada no item 10.

3. ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA ÓTIMO

3.1 Os estudos de fluxo de potência ótimo (FPO) consideram restrições em suas variáveis e seu cálculo é
realizado aplicando-se alguma técnica de otimização. Caracterizam-se como um refinamento dos estudos do
de fluxo de potência descritos no documento de Critérios deste submódulo e aplicam-se aos estudos
específicos descritos no Submódulo 3.1 – Planejamento da operação elétrica de médio prazo, Submódulo 3.4
– Planejamento da operação elétrica com horizonte quadrimestral, Submódulo 4.1 – Programação mensal
da operação elétrica e Submódulo 4.2 – Programação de intervenções em instalações da Rede de Operação.

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Metodologia 2021.08 17/09/2021
elétricos

3.2 O ponto de operação a ser pesquisado por meio dos estudos de FPO deve ter viabilidade operativa, ou
seja, os controles como nível de tensão e geração de potência ativa e reativa dos geradores, tape dos On load
tap changer (LTC) e ângulo dos defasadores devem operar dentro dos limites aceitáveis e restrições em
tensões nodais.
3.3 Os carregamentos das linhas de transmissão e transformadores devem ser respeitados.
3.4 Os estudos de FPO podem ser elaborados para uma diversidade de funções objetivo a serem otimizadas,
como, por exemplo, mínimo corte de carga, mínimo custo de geração de potência ativa, mínima injeção de
potência reativa, máxima transferência de potência ativa entre áreas e máximo carregamento em um
conjunto de barras.
3.5 Os estudos de FPO podem abranger restrições de segurança, na busca de um ponto de operação que
atenda também ao regime de emergência.
3.6 Podem ser definidas manobras, tais como entrada e/ou saída de circuitos, geradores, equipamentos
tipo shunt e de alteração de carga, associadas a determinadas emergências.
3.7 Os estudos de FPO requerem a definição precisa de áreas de monitoração e de controle, ou seja, a
definição que melhor traduz a realidade operativa dessas áreas.
3.7.1 Nas áreas de monitoração, são monitoradas as variáveis elétricas, tais como tensões nodais e
carregamentos em linhas de transmissão e transformadores.
3.7.2 Nas áreas de controle, são ajustados de forma ótima os controles que promovem o redespacho de
potência ativa e reativa, de modo a trazer as variáveis elétricas monitoradas para os limites aceitáveis.
3.7.3 A depender da definição das áreas de controle e do ponto de operação inicial fornecido aos estudos
de FPO, os controles devem explorar toda a faixa de operação.
3.8 O principal subproduto dos estudos de FPO consiste nas análises de sensibilidade baseadas nos
Multiplicadores de Lagrange.
3.8.1 Esses multiplicadores, quando associados, por exemplo, à função objetivo mínimo corte de carga,
devem apontar a necessidade de ampliações ou reforços no sistema elétrico, de modo a minimizar eventuais
cortes de carga.
3.9 Os dados de rede para os estudos de FPO devem constar no banco de dados do ONS, obtidos conforme
o estabelecido no Submódulo 3.12 – Estudos de curto-circuito.
3.10 Para os estudos de FPO com determinadas funções objetivo, pode ser necessário o fornecimento de
dados complementares aos contidos no bancos de dados do ONS.
3.11 A ferramenta computacional utilizada nesses estudos – Modelo de fluxo de potência ótimo – está
apresentada no item 10.

4. ESTUDOS DE ESTABILIDADE ELETROMECÂNICA

4.1 Os estudos de estabilidade eletromecânica dos sistemas elétricos de potência estão relacionados à
análise do comportamento desses sistemas após distúrbios.
4.2 O tipo de distúrbio e a natureza dos fenômenos a serem analisados definem o grau de detalhamento e
as características da modelagem que se deve usar na representação do sistema elétrico.

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4.3 Como resultado dos distúrbios, que usualmente são decorrentes de súbitas mudanças estruturais na
rede elétrica, o sistema sai do ponto de operação estável que se encontrava e tende a se acomodar em outro
ponto de operação. As unidades geradoras são submetidas a acelerações e desacelerações de tal intensidade
que certas unidades ou grupos de unidades podem perder sincronismo entre si ou com o sistema.
4.4 A depender da natureza e da duração do distúrbio, o comportamento eletromecânico das unidades
geradoras pode ser amortecido ou não amortecido, resultando em um novo ponto de operação estável ou
no colapso do sistema.
4.5 Os dados e modelos de máquinas, reguladores de tensão, seus limitadores e compensadores, sinais
adicionais estabilizantes, reguladores de velocidade, geradores eólicos, compensadores estáticos, Thyristor
controlled series capacitor (TCSC), sistemas de corrente contínua (CC), modelos de carga, proteções e demais
equipamentos de controle são os constantes no banco de dados do ONS e complementados por informações
dos agentes.
4.6 Os estudos de estabilidade eletromecânica são aplicados aos estudos específicos descritos no
Submódulo 3.1, Submódulo 3.2 – Modernização de instalações, Submódulo 3.3, Submódulo 4.1, Submódulo
4.2, Submódulo 3.9 – Validação de dados e de modelos de componentes para estudos elétricos, Submódulo
3.10 – Estudos para segurança operacional elétrica, Submódulo 3.11 – Análise técnica dos serviços ancilares
de suporte de reativos, controle secundário de frequência e autorrestabelecimento integral, Submódulo 6.2
– Análise da operação, ocorrências e perturbações e acompanhamento das providências, Submódulo 6.3 –
Análise de perturbação, Submódulo 6.4 – Análise de falha em equipamentos e linhas de transmissão e
Submódulo 7.4 – Estudos pré-operacionais de integração de instalações da Rede de Operação e relacionam-
se aos seguintes assuntos:
(a) análise de estabilidade entre as áreas, para proposição de ampliações e reforços ou para
planejamento e programação da operação elétrica;
(b) avaliação dos limites de transferência de potência entre áreas e subsistemas, com definição dos
limites de intercâmbio;
(c) análise dos impactos relativos a energização, desenergização, fechamento de anéis, fechamento de
paralelos, religamento automático, análise/definição de SEP e, ainda, ajuste de proteções e
otimização de controladores;
(d) análise de sobretensões dinâmicas referentes a perturbações que provoquem rejeições de grandes
blocos de carga para o ajuste de proteções de sobretensão e o dimensionamento de compensação
reativa; e
(e) análise de ocorrências de grande porte no SIN, para determinação de suas causas e definição das
providências necessárias para evitá-las ou para reduzir seus impactos.
4.7 A ferramenta computacional utilizada nesses estudos – Modelo para análise de estabilidade
eletromecânica – está apresentada no item 10 deste submódulo.

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5. ESTUDOS DE CONFIABILIDADE

5.1. Premissas gerais

Caracterização das tipologias das análises

5.1.1.1 Os estudos de confiabilidade são realizados rotineiramente ou para atender a demandas especiais e
abrangem um vasto universo de possibilidades, o que exige que sejam caracterizados em função de sua
natureza para melhor compreensão dos resultados obtidos.
5.1.1.2 As atividades relacionadas à monitoração da confiabilidade do SIN, sob o ponto de vista preditivo
probabilístico, são classificadas nas seguintes categorias:
(a) análise de confiabilidade composta;
(b) análise de confiabilidade multiárea, conforme Submódulo 3.3 – Planejamento da operação energética
de médio prazo e Submódulo 2.4 – Critérios para estudos energéticos e hidrológicos; e
(c) análise de confiabilidade da reserva girante, conforme documento de critérios deste submódulo.
5.1.1.3 Os estudos de confiabilidade descritos neste item tratam com minúcias apenas a análise composta e
fornece subsídios gerais conceituais para as análise dos itens 5.1.1.2(b) e (c).
5.1.1.4 A ferramenta computacional utilizada nesses estudos – Modelo para análise de confiabilidade
preditiva de geração e transmissão – está apresentada no item 10.

Estudos regulares relacionados à confiabilidade composta

5.1.2.1. Avaliações referenciais

5.1.2.1.1 Os estudos para avaliações referenciais concernem à aferição dos níveis de confiabilidade preditiva
probabilística sob contingências simples para o sistema de transmissão representativo da Rede Básica,
incluindo linhas de transmissão, transformadores de malha e transformadores de fronteira.
5.1.2.1.2 Todos esses componentes estão sujeitos às incertezas usuais inerentes aos sistemas de transmissão
para os regimes de carga pesada, previstos para um conjunto sequencial de topologias estabelecidas no Plano
da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL);
5.1.2.1.3 Esses estudos são denominados avaliações referenciais, casos de referência ou estudos de
referência.
5.1.2.1.4 O objetivo é a análise da evolução temporal dos riscos estáticos globais da Rede Básica e os
resultados obtidos caracterizam os riscos de referência ou avaliações referenciais.

5.1.2.2. Avaliações regionais por tensão

5.1.2.2.1 Os estudos para avaliações regionais por tensão referem-se à aferição, em separado, dos níveis de
confiabilidade preditiva probabilística sob contingências simples para os subsistemas de transmissão das
regiões Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul, representativos das tensões nominais de operação de
230, 345, 440, 500, 525 e 765 kV, incluindo linhas de transmissão, transformadores de malha e de fronteira
desses subsistemas;

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5.1.2.2.2 Todos esses componentes estão sujeitos às incertezas usuais inerentes aos sistemas de transmissão
para os regimes de carga pesada, previstos para um conjunto sequencial no tempo de topologias
estabelecidas no PAR;
5.1.2.2.3 Esses estudos são denominados avaliações regionais e são discriminadas por níveis de tensão;
5.1.2.2.4 O objetivo é a análise da evolução temporal dos riscos estáticos regionais, por subsistemas da Rede
Básica e por nível de tensão.

5.1.2.3. Avaliações por classes de elementos

5.1.2.3.1 Os estudos para avaliações por classe de elementos são análogos às avaliações referenciais.
5.1.2.3.2 A discriminação e o processamento são realizados separando conjuntos de elementos sob as
seguintes circunstâncias:
(a) somente sob contingências simples em linhas de transmissão;
(b) somente sob contingências simples em transformadores de malha; e
(c) somente sob contingências simples em transformadores de fronteira.
5.1.2.3.3 O objetivo é a identificação das parcelas de responsabilidades das diferentes classes de elementos
no montante de risco estático global.

Estudos especiais

5.1.3.1 A qualquer tempo, por motivos de conveniência, os estudos especiais podem ter um caráter regular.
Cada estudo identificado como especial tem suas especificidades que, quando executados, devem ser
citadas.
5.1.3.2 Os estudos classificados como especiais são os seguintes:
(a) estudos idênticos às avaliações referenciais para carga pesada, descrito no item 5.1.2.1, porém
enfocando patamares distintos da carga pesada (carga média, leve ou mínima).
(1) O tratamento agregado dos patamares de carga via ponderação probabilística também é
considerado um estudo especial.
(b) estudos para avaliações referenciais por estado da federação:
(1) Concernem ao cálculo dos níveis de confiabilidade preditiva probabilística, sob contingências
simples, selecionadas para os subsistemas de transmissão da Rede Básica representativos das
malhas estaduais, incluindo linhas de transmissão, transformadores de malha e transformadores
de fronteira.
(2) Todos esses componentes estão sujeitos às incertezas usuais inerentes aos sistemas de
transmissão para os regimes de carga pesada, previstos para conjuntos selecionados de topologias
estabelecidas no PAR.
(3) A lista de contingências abrange todos os ramos que tenham pelo menos um terminal em cada
estado tratado, ou seja, as contingências de todos os elementos interestaduais e intraestaduais
são simuladas.

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(4) O objetivo é a análise dos riscos estáticos regionais relacionados com a parcela da Rede Básica
sobreposta a cada estado da federação.
(c) estudo de confiabilidade composta operacional para avaliar os riscos operacionais do SIN em diversos
perfis de intercâmbios nas interligações elétricas.
(d) estudo de identificação das influências de subsistemas para avaliar, em relação aos casos de
referência, a responsabilidade de subsistemas especiais sobre a confiabilidade do sistema global.
(1) Entre os subsistemas de interesse, situam-se os subsistemas radiais, em derivação ("tapes" ou
"pingos") e de uso exclusivo.
(e) estudos de sensibilidade que refletem a influência de pequenas variações da carga nos níveis de risco
do sistema.
(f) estudo de identificação da influência de instalações fora da Rede Básica sobre Rede Básica para avaliar
a responsabilidade de contingências em instalações fora da Rede Básica sobre a confiabilidade de um
espaço probabilístico aumentado, no qual se considera a Rede Básica com incertezas, porém sem
contingências.
(1) Essa análise demanda avaliação inicial de um novo caso de referência representativo de um espaço
probabilístico aumentado, no qual as incertezas da Rede Básica e das instalações fora da Rede
Básica são contabilizadas.
(g) estudo de confiabilidade estrita do parque gerador para avaliar a confiabilidade, considerando apenas
as incertezas do parque gerador.
(1) Esse estudo modela as restrições de transmissão e intercâmbios.
(2) Essa é uma forma de análise de confiabilidade composta, na qual a modelagem das fontes
primárias de energia é realizada indiretamente pela especificação das capacidades de geração
máxima de cada uma das máquinas do sistema.
(3) Esse tipo de análise deve apresentar interfaces com a análise de confiabilidade multiárea,
conforme Submódulo 3.3 e Submódulo 2.4.
(h) estudo de confiabilidade composta tradicional para avaliar a confiabilidade composta clássica,
envolvendo o tratamento conjunto de incertezas e contingências no parque gerador e na malha de
transmissão.
(i) estudo da influência das margens de reserva para avaliar os riscos, considerando vários tipos de
modelagem das reservas estáticas e girantes do sistema de potência, como por exemplo, capacidade
de carregamento em regime normal versus emergência, influência da reserva de transformação etc.
(1) Um desses tipos de análise deve apresentar interfaces com a análise de confiabilidade da reserva
girante, conforme descrito no documento de critérios deste submódulo.
5.1.3.3 Diversos outros tipos de estudos especiais podem ser realizados e podem adquirir o status de estudos
regulares.

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Abrangências espaciais

5.1.4.1 As abrangências espaciais englobam duas categorias, quais sejam, tratamento global do SIN e
tratamentos regionais.
5.1.4.2 O tratamento global do SIN inclui:
(a) todo o sistema de geração-transmissão relacionado à Rede Básica, associada às tensões nominais de
operação de 765, 525, 500, 440, 345 e 230 kV; e
(b) algumas partes e elementos do sistema que operam em níveis de tensão não integrantes daqueles
anteriormente citados, tais como alguns segmentos do subsistema de Itaipu.
(1) As avaliações referenciais, citadas no item 5.1.2.1, enquadram-se nessa categoria.
5.1.4.3 Os tratamentos regionais enfocam parcelas do sistema elétrico, tais como estados da Federação,
áreas elétricas predefinidas e subestações.

Abrangências temporais

5.1.5.1 Para um período de tempo predefinido, a perspectiva temporal da análise de confiabilidade via
adequação, ou seja, focada unicamente no regime permanente, é apreendida através de variações
topológicas, variações na carga e variações nas fontes primárias de energia ocorridas no período de interesse,
de forma separada ou conjunta.
5.1.5.2 Os fenômenos de solicitação ambiental atuantes sobre um dado sistema podem ser considerados,
como por exemplo, a evolução de tormentas ou ventanias.
5.1.5.3 As variações temporais topológicas representam as alterações no sistema ao longo do tempo,
decorrentes de ampliações, reforços ou expansões, ou de mudanças de estratégias operativas, como por
exemplo, manutenções, reconfigurações, etc.
5.1.5.4 As variações temporais da curva de carga tratada na análise de adequação podem ser relacionadas a
horizontes de tempo distintos, tais como a curva de carga diária, a curva mensal, a curva anual, etc.
5.1.5.4.1 A representação de um único patamar de carga, constante durante todo o horizonte temporal da
análise, constitui uma situação limite aproximada, usualmente de caráter pessimista.
5.1.5.4.2 Na análise de confiabilidade de curtíssimo prazo, voltada para as aplicações da operação, o
horizonte temporal de interesse pode situar-se nas 24 horas de cada dia.
5.1.5.4.3 Na análise de confiabilidade voltada para os aspectos energéticos, um horizonte temporal usual é
o ano, com discriminação mensal.
5.1.5.5 As variações temporais relacionadas às fontes primárias de energia refletem, ao longo do tempo, as
diferentes hidrologias do sistema, a sazonalidade do regime eólico, a variabilidade de preços dos
combustíveis fósseis, entre outras variações. Tais variações são relevantes na análise de confiabilidade em
função dos impactos nas políticas de despacho de geração e na política de manutenção.
5.1.5.5.1 Nos casos dos estudos multiárea, a abrangência temporal de interesse situa-se geralmente nas 52
semanas do ano ou no cenário mensal.
5.1.5.6 As avaliações referenciais, citadas no item 5.1.2.1, adotam a evolução temporal topológica do SIN
ano a ano, descrita nos casos elaborados no PAR/PEL para o regime de carga pesada e para o cenário de
despacho utilizado na obtenção de cada um dos casos de referência do PAR.

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5.1.5.6.1 A caracterização de um dado cenário de despacho é feita pela descrição dos fluxos nas interligações
previamente definidas. O aperfeiçoamento futuro desse tipo de análise deve trazer representações mais
apuradas das curvas de carga anuais, combinadas com múltiplos cenários de despacho.

Modos de falha

5.1.6.1 Os modos de falha relevantes para o estabelecido neste submódulo são os seguintes:
(a) modo de falha de continuidade (ou modo de falha de integridade ou conectividade); e
(1) Associado à existência ou inexistência de tensão em pontos de medição, à continuidade de
suprimento, à ocorrência de ilhamentos, à presença de déficits de geração etc.
(2) Mensurado por indicadores eminentemente topológicos e estacionários.
(b) modo de falha de adequação (ou modo de falha de qualidade ou conformidade).
(1) Indica a ocorrência e subsequente tentativa de eliminação de sobrecargas em ramos da rede,
violações de limites inferiores ou superiores de tensão em barramentos, distorções senoidais,
violações térmicas, violações de geração de potência reativa nas barras de geração, violações de
potência ativa nas barras de referência, violações de intercâmbios entre áreas, violações de limites
de excursão permitida para derivações de transformadores etc.
(2) Mensurado por indicadores que refletem o regime estático do sistema, tanto do ponto de vista
físico, quanto do ponto de vista da evolução temporal das incertezas.
5.1.6.2 As avaliações referenciais, citadas no item 5.1.2.1, restringem-se aos modos de falha de continuidade
e de adequação, em regime permanente.
5.1.6.3 O modo de falha de segurança foge ao escopo das análises abordadas neste submódulo e está
relacionado a:
(a) ocorrências de perdas de sincronismos, baixos níveis de amortecimentos, posicionamento de polos
no semiplano da direita, violações de faixas de frequência, oscilações subsíncronas etc; e
(b) expectâncias das “folgas”, “distâncias” ou “margens” de um ponto de operação em relação à fronteira
operacional, a partir da qual ocorre a perda de estabilidade angular, frequencial ou de tensão.
5.1.6.4 O modo de falha de segurança é mensurado por indicadores que, embora considerem as incertezas
de forma estacionária, refletem eminentemente o regime dinâmico do sistema físico.
5.1.6.5 O modo de falha de segurança é mencionado unicamente para fins de caracterização de inteireza
conceitual e não é tratado nas avaliações referenciais, porém poderá ser futuramente incorporado.
5.1.6.6 Os modos de falha tradicionalmente relacionados à qualidade do sistema fogem ao escopo deste
submódulo.

Índices de confiabilidade selecionados

5.1.7.1 A mensuração de referência dos níveis de risco do sistema eletroenergético é realizada por meio dos
indicadores convenientes para cada tipo de análise.

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5.1.7.2 Para monitoração preditiva da confiabilidade da Rede Básica, a mensuração de referência dos níveis
de risco do sistema eletroenergético é realizada, pelo menos, por meio do indicador de severidade expresso
em minutos.
5.1.7.2.1 O indicador de severidade pode ser avaliado para diversas agregações espaciais e temporais, que
devem ser necessariamente explicitadas.
5.1.7.3 Registros adicionais de outros indicadores tradicionais da análise de confiabilidade também podem
ser apresentados em caráter complementar ou quando a natureza específica da análise indicar essa
conveniência.

5.2. Diretrizes de modelagem

Modelagem das fontes primárias de energia

5.2.1.1 A modelagem das fontes primárias de energia nos estudos de confiabilidade composta é considerada
pela atribuição de probabilidades convenientes aos diferentes cenários de despacho possíveis.
5.2.1.2 Nos estudos de referência, permite-se a livre variabilidade de despacho de certas unidades
geradoras, nos limites inferiores e superiores de placa permitidos a cada uma delas, para fins de eliminação
de violações dos casos base de confiabilidade.
5.2.1.3 O despacho do caso base de confiabilidade é, em princípio, tratado com probabilidade unitária, ou
seja, o panorama energético que origina esse despacho também tem probabilidade unitária.
5.2.1.4 As fontes primárias não contribuem para o espaço probabilístico de estados usados nos estudos de
referência.
5.2.1.5 O tratamento das incertezas das fontes primárias de energia, representadas por distintos perfis de
despachos das unidades geradoras e suas respectivas probabilidades de ocorrências, obtidas de séries
históricas ou sintéticas, poderão futuramente ser incorporados aos estudos de referência.

Modelagem dos fenômenos de solicitação ambiental

5.2.2.1 Nos estudos de referência, não são modeladas solicitações ambientais de qualquer natureza e, por
conseguinte, esses fenômenos não contribuem para a composição do espaço de estados.

Modelagem do parque gerador

5.2.3.1 No estudo de referência, as unidades geradoras são representadas deterministicamente e de forma


individualizada, ou seja, não são consideradas falhas nas unidades geradoras.
5.2.3.2 O tratamento das incertezas das unidades geradoras individualizadas poderá ser futuramente
incorporado nos estudos de referência.
5.2.3.3 O parque gerador, embora representado em sua plenitude, não contribui para a formação do espaço
probabilístico de estados.
5.2.3.4 Os compensadores estáticos são convertidos em síncronos equivalentes e também tratados de forma
determinística.

Modelagem da transmissão

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5.2.4.1 A modelagem estocástica da topologia compreende a representação de nós e ramos:


(a) a modelagem dos nós visa refletir os riscos oriundos das falhas em subestações; e
(b) a modelagem dos ramos permite representar o impacto das falhas nos elementos longitudinais e
transversais da rede.
5.2.4.2 Na avaliação de referência, são representadas todas as linhas e transformadores incluídos nos casos
base de fluxo de potência de referência do PAR, porém são atribuídas incertezas apenas aos elementos da
Rede Básica.
5.2.4.3 O tratamento das incertezas baseia-se na modelagem clássica de cadeias de Markov com dois
estados, com todos os condicionantes tradicionais, tais como intensidades de transições constantes, ausência
de fenômenos de envelhecimento, regeneração, tendências e correlações.
5.2.4.4 Os elementos da transmissão são classificados em três categorias e discriminadas por níveis de
tensão: linhas de transmissão (LT), transformadores de malha (TM) e transformadores de fronteira (TF).
5.2.4.5 A classe dos TF engloba os transformadores com a maior tensão igual ou superior a 230 kV, e a
segunda menor tensão inferior a 230kV.
5.2.4.6 A toda malha de 765 kV são atribuídas incertezas, dado o impacto resultante das falhas nesse nível
de tensão.
5.2.4.7 A modelagem estocástica dos ramos longitudinais no que concerne às linhas de corrente alternada,
capacitores série, capacitores série controlados a tiristores ou Thyristor controled series capacitor (TCSC),
reatores série, elos de corrente contínua e transformadores é, quando necessário, viabilizada por cadeias de
Markov com múltiplos estados.
5.2.4.7.1 Essa modelagem viabiliza a representação de contingências simples, duplas ou de ordem superior
e também de quedas de torres com vários circuitos ou, ainda, de acidentes com circuitos distintos na mesma
faixa de passagem.
5.2.4.8 No estudo de referência, as linhas de corrente alternada são tratadas por meio de modelos
Markovianos, com dois estados representando as situações de sucesso e de falha da linha, relacionados a
parâmetros numéricos indicadores das taxas de falha, em ocorrências por ano, e de tempos médios de
reparo, em horas.
5.2.4.8.1 Nesse contexto, todas as linhas da Rede Básica contribuem para formação do espaço de estados e
todas as demais linhas são tratadas de forma determinística.
5.2.4.9 No estudo de referência, os elos de corrente contínua do SIN são representados de forma
determinística por injeções de potência equivalentes associadas a gerações fictícias.
5.2.4.9.1 Nenhum componente ou fenômeno associado aos elos contribui na composição do espaço de
estados ou na composição dos recursos de controle do sistema.
5.2.4.9.2 A carga da Alumar também é modelada como elo de corrente contínua.
5.2.4.10 A modelagem estocástica de transformadores de dois enrolamentos não apresenta
particularidades, mas a modelagem de transformadores de três enrolamentos exige, em princípio, um
tratamento adequado dos dados de desempenho do equipamento já que há necessidade da representação
de barramento e ramos fictícios.
5.2.4.10.1 Eventos relacionados a defeitos que ocorram no terciário podem ou não, dependendo dos
objetivos do estudo, demandar a representação de seus efeitos no espaço de estados.

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5.2.4.11 No estudo de referência, os transformadores de dois enrolamentos de malha e de fronteira


também são tratados por meio de modelos Markovianos com dois estados representando as situações de
sucesso e falha do equipamento, relacionadas a parâmetros numéricos indicadores das taxas de falha, em
ocorrências por ano, e de tempos médios de reparo, em horas.
5.2.4.11.1 Embora as unidades geradoras sejam individualizadas, os transformadores elevadores, quando
presentes, não são submetidos ao mesmo tratamento que os demais transformadores.
5.2.4.11.2 Os transformadores elevadores e os transformadores fora da Rede Básica são tratados
deterministicamente. No caso dos transformadores elevadores, a atribuição de incertezas ocorre somente
nas raras situações nas quais tais transformadores são enquadrados como sendo de fronteira.
5.2.4.11.3 Os transformadores defasadores são convertidos em elementos série fictícios, aos quais são
atribuídos os parâmetros estocásticos convenientes.
5.2.4.12 Os transformadores de três enrolamentos de malha e de fronteira também são tratados por meio
de modelos Markovianos com dois estados, representando as situações de sucesso e falha do equipamento,
relacionadas a parâmetros numéricos indicadores das taxas de falha, em ocorrências por ano, e de tempos
médios de reparo, em horas.
5.2.4.12.1 A incerteza é atribuída somente ao ramo conectado à maior tensão do equipamento.
5.2.4.12.2 No contexto do estudo de referência, todos os transformadores de malha e de fronteira do SIN
contribuem na formação do espaço de estados probabilísticos.
5.2.4.13 A modelagem de interligações é um caso particular da modelagem de ramos longitudinais e admite
níveis variados de detalhamento, em função dos objetivos da análise, que devem ser descritos em cada
situação.
5.2.4.13.1 No caso particular dos estudos multiárea, é usual atribuir incertezas apenas aos elementos, linhas
e transformadores, que definem as interligações.
5.2.4.13.2 Nos estudos de referência, as interligações são tratadas com incertezas e o tratamento é o mesmo
dado às demais linhas e transformadores. Nesses estudos, os intercâmbios não são tratados como variáveis
de controle.
5.2.4.14 Para avaliação de referência, devem ser especificados todos os limites de carregamento para
operação normal de todas as linhas em sistemas de corrente alternada (CA) e transformadores componentes
da Rede Básica que são monitorados para detecção de violações, no caso base de confiabilidade.
5.2.4.14.1 Em regime de contingências, a monitoração também é realizada com os limites normais de
carregamento e a monitoração dos limites de emergência, quando tais limites são informados, enquadra-se
na categoria de estudo especial.
5.2.4.15 Os demais elementos longitudinais da topologia, tais como, capacitores série, TCSC e reatores série
fictícios, são tratados de forma determinística. Em particular, o TCSC é convertido num capacitor fictício
equivalente.
5.2.4.16 A modelagem estocástica dos ramos transversais, capacitores e reatores, é relevante para os
estudos de confiabilidade. Porém nos estudos de referência, nenhum desses elementos contribui na
composição do espaço probabilístico de estados.
5.2.4.16.1 Caso necessário, a influência das falhas desses elementos no nível de risco do sistema também
pode ser avaliada indiretamente por manipulações adequadas de vinculações e uma sequência de
procedimentos especialmente estruturada.

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Metodologia 2021.08 17/09/2021
elétricos

5.2.4.17 Nos estudos de referência, a topologia nodal (modelagem dos arranjos de subestações) não é
explicitamente tratada. Entretanto, a influência das falhas das subestações é parcialmente refletida nos
parâmetros das linhas de transmissão, em virtude da própria metodologia de coleta desses parâmetros.
5.2.4.18 Para as avaliações de referência, os limites superiores e inferiores permissíveis para as excursões
dos níveis de tensão dos barramentos devem ser especificados, em regime normal e sob emergência.
5.2.4.18.1 Os valores em regime normal são monitorados para detecção de violações para fins de ajustes do
caso base de confiabilidade.
5.2.4.18.2 Os valores em regime de emergência são monitorados para fim de detecção de violações sob
regime de contingências.
5.2.4.19 No estudo de referência, não são consideradas: as falhas de modo comum da transmissão, as falhas
simultâneas dependentes da transmissão e as vinculações oriundas dos esquemas de controle de
emergência, proteção e instruções de operação, tais como, transferências de cargas, desligamento de cargas,
reconfiguração da rede com desligamentos de linhas, de reatores, de capacitores, desligamento ou
acionamento de geradores, seccionamento de barras etc.

Modelagem do sistema de distribuição

5.2.5.1 Nos estudos de referência, a parcela do sistema de distribuição, quando representada, é tratada de
forma determinística.
5.2.5.2 Sob demanda especial, as Demais Instalações de Transmissão (DIT) podem ser tratadas de forma
estocástica.

Modelagem da carga

5.2.6.1. Tratamento conceitual

5.2.6.1.1 A carga admite três formas de representação:


(a) composição de componentes de potência ativa (MW) e reativa (Mvar);
(b) representação por meio de valor de potência aparente e fator de potência; e
(c) modelagem por meio de um montante de energia associada (MWh).
5.2.6.1.2 Nos estudos de referência, a carga é tratada pelo par de valores de potência ativa e reativa.

5.2.6.2. Correlações espaciais

5.2.6.2.1 A correlações estatísticas entre cargas são reconhecidas e envolvem conjuntos de barramentos,
áreas e submercados.
5.2.6.2.2 Nas avaliações de referência, o fenômeno da diversidade não é considerado, ou seja, todas as
cargas têm comportamentos conformes.

5.2.6.3. Correlações climáticas, ambientais e temporais

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elétricos

5.2.6.3.1 A previsão do valor da carga é viabilizada por meio do tratamento conveniente de medidas
barométricas, eólicas, pluviométricas, térmicas, ceráunicas, de umidade, de luminosidade, considerando
aspectos sazonais de curto, médio e longo prazos, indicados, respectivamente em horas e/ou dias, semanas
e/ou, meses e anos.
5.2.6.3.2 Nos estudos de referência, as influências ambientais não são modeladas e o horizonte de previsão
é o ano.
5.2.6.3.3 Sob demanda especial, outros horizontes de previsão podem ser tratados.

5.2.6.4. Evolução temporal

5.2.6.4.1 A evolução da carga ao longo do tempo é afetada por fatores de natureza socioeconômica, como
tarifação, jogos, greves, eventos, pagamento de salário, hábitos sociais de dias úteis e fins de semana,
fraudes, perturbações, blecautes, e também pelo crescimento vegetativo ou retração.
5.2.6.4.2 A previsão da carga pode ser realizada por meio de diversas técnicas, cujas metodologias são
baseadas em séries temporais, redes neurais, modelos híbrido-heurísticos, processos estocásticos etc.
5.2.6.4.3 As perdas de natureza técnica (perdas ôhmicas) podem ser estimadas diretamente a partir da
análise convencional de fluxos na malha.
5.2.6.4.4 O conhecimento ou previsão do histórico cronológico da evolução da carga é essencial para realizar
estimativas dos custos de interrupção de energia.
5.2.6.4.5 A curva de evolução temporal da carga também pode ser discretizada em intervalos horários,
diários, semanais, mensais, anuais etc.
5.2.6.4.6 As discretizações podem ser agregadas em patamares, tais como, regimes de carga pesada, média,
leve, mínima, ordenados cronologicamente para viabilizar a contagem das frequências e durações de
residência em cada patamar. Esse tratamento permite a adaptação de modelos Markovianos ao
comportamento temporal da carga.
5.2.6.4.7 Nas avaliações de referência, não são modelados aspectos particulares de cunho socioeconômico
e a carga prevista é considerada estacionária, ou seja, de tendência nula, modelada por um único patamar
global.
5.2.6.4.8 Modelagens mais apuradas, com vários patamares, podem ser futuramente incorporadas.

5.2.6.5. Agregação

5.2.6.5.1 Para fins de análise de desempenho estático ou dinâmico, a carga pode ser agregada com pontos
de consumo que abrangem vários barramentos em diferentes níveis de tensão, relacionados às malhas de
subtransmissão e distribuição.
5.2.6.5.2 O valor global da carga pode ser partilhado por estados, empresas e regiões.

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5.2.6.5.3 Nos estudos de referência, a agregação da carga é a mesma usada nos estudos convencionais de
fluxo de potência, usualmente em barramentos de 13.8, 34.5, 69 e 138 kV, e a partir dessa informação, pode-
se contabilizar os montantes de carga por estado, empresa ou região.
5.2.6.5.4 Em casos raros, outros níveis de tensão mais elevados podem comportar a conexão de cargas,
geralmente representativas de grandes consumidores, ou de cargas especiais.

5.2.6.6. Segmentos de consumo

5.2.6.6.1 A classificação tradicional reconhece a presença de consumidores residenciais, comerciais,


industriais, iluminação pública, agronegócio, tração elétrica etc.
5.2.6.6.2 O tratamento desses segmentos é fundamental quando há necessidade da avaliação das
estimativas de custos de interrupção intempestiva de fornecimento de energia elétrica.
5.2.6.6.3 Nas avaliações de referência, não é realizada uma discriminação entre os diversos segmentos.

5.2.6.7. Administração de cargas

5.2.6.7.1 Em várias situações, é conveniente tratar a carga como variável de controle induzido, por meio da
caracterização de parcelas contratualmente interruptíveis, através de incentivo público via apelo pela mídia
de redução controlada de tensão, de modulação tarifária ou de cortes regulatórios.
5.2.6.7.2 Nos estudos de referência, a administração da carga não é modelada.

5.2.6.8. Modelagem do fenômeno físico

5.2.6.8.1 As categorias de interesse que auxiliam na caracterização do fenômeno físico são as seguintes:
(a) elementos ativos: fontes, células combustíveis, baterias, cargas negativas, etc.
(b) elementos passivos.
5.2.6.8.2 Os elementos ativos eventualmente podem injetar potência na rede e os elementos passivos
representam o consumo propriamente dito.
5.2.6.8.3 A evolução dinâmica do fenômeno físico pode ser tratada via equações diferenciais, como por
exemplo, quando se trata de motores de indução representados como cargas.
5.2.6.8.4 O regime estático admite o tratamento algébrico via ajustes polinomiais, como por exemplo,
quando há combinações de parcelas de potências, correntes e impedâncias constantes.
5.2.6.8.5 Nas avaliações de referência, o fenômeno físico é modelado na perspectiva estática e caso
necessário, o uso de cargas modeladas como funcionais da tensão.
5.2.6.8.6 A grande maioria das cargas é modelada como potência constante.
5.2.6.8.7 No sistema Norte/Nordeste, algumas cargas são modeladas funcionalmente e suas dependências
são representadas com relação às variações de tensão.
5.2.6.8.8 No estudo de referência, todas as cargas modeladas funcionalmente devem ser identificadas.

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5.2.6.9. Modelagem de incertezas

5.2.6.9.1 As cargas podem ser tratadas com ou sem consideração das incertezas.
5.2.6.9.2 Nos estudos de referência, a carga é modelada deterministicamente e de modo idêntico àquele
utilizado nos casos de fluxo de potência do PAR/PEL para todas as configurações que são estudadas.
5.2.6.9.3 Os regimes de carga pesada, média e leve, oriundos do PAR, quando processados, são realizados
de forma independente.
5.2.6.9.4 Todos os três regimes são tratados de forma determinística, ou seja, sem incertezas no patamar.
5.2.6.9.5 Em nenhum dos estudos de referência, a carga contribui para formação do espaço probabilístico
de estados.
5.2.6.9.6 Quando necessário, a composição de indicadores de risco pode ser estimada com base nos
intervalos horários dos patamares de carga, descrito no Submódulo 4.4 – Consolidação da previsão de carga
para programação eletroenergética, considerando a importância relativa de todos os patamares de forma
proporcional.
5.2.6.9.7 Nos estudos especiais, os quais consideram as incertezas nos patamares de carga, é recomendado
o processamento com valores de incertezas, representadas por variâncias estatísticas, no intervalo entre
0,3% até 2,0%.

Modelagem de práticas operativas

5.2.7.1. Considerações gerais

5.2.7.1.1 Diversas práticas operativas ou estratégicas são passíveis de interesse para análise de
confiabilidade e estão listadas a seguir, sob a perspectiva dos estudos de referência.

5.2.7.2. Modelagem da manutenção

5.2.7.2.1 Nos estudos de referência, os efeitos da manutenção preventiva não são considerados.
5.2.7.2.2 Na análise de confiabilidade convencional, tanto o parque gerador quanto a malha de transmissão
podem ser modelados considerando o efeito da manutenção preventiva; essa prática pode ser incorporada
futuramente nos estudos de referência.

5.2.7.3. Modelagem da estratégia de reserva estática

5.2.7.3.1 A classificação de reserva estática engloba:


(a) a reserva de transformação: relacionada à disponibilidade de bancos de transformação monofásica
ou trifásica, em reserva, nas subestações do sistema; e
(b) a reserva de ampacidade: associada à definição de carregamentos de linhas e transformadores para
um regime de operação em emergência, contraposto a um regime de operação classificado como
normal.

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5.2.7.3.2 A operação em regime de emergência, usualmente, é considerada permitida durante curtos


períodos de tempo;
5.2.7.3.3 Nos estudos de referência, a reserva de transformação e de ampacidade não são modeladas, porém
essas modelagens podem ser futuramente incorporadas.

5.2.7.4. Modelagem da estratégia de reserva girante

5.2.7.4.1 Nos estudos de referência, os efeitos oriundos da modelagem da estratégia de reserva girante não
são tratados.

5.2.7.5. Modelagem de esquemas especiais de proteção e vinculações

5.2.7.5.1 Nos estudos de referência, os esquemas especiais de proteção e vinculações não são modelados.

5.2.7.6. Modelagem de reconfigurações topológicas

5.2.7.6.1 A modelagem de reconfigurações topológicas não é realizada nos estudos de referência.

5.3. Diretrizes para tratamento de dados determinísticos e estocásticos

Diretrizes para representação das incertezas

5.3.1.1. Hierarquia de precisão dos dados estocásticos para linhas de transmissão

5.3.1.1.1 A ordem crescente de precisão dos dados estatísticos associados ao desempenho das linhas é a
seguinte:
(a) estimação dos parâmetros de desempenho estocástico a partir de um único par de valores típicos de
indisponibilidade e frequência de falhas;
(b) estimação dos dados estocásticos a partir da estimação dos comprimentos das linhas, realizada com
um valor típico de reatância média das linhas;
(c) estimação dos dados estocásticos a partir da estimação dos comprimentos das linhas, realizada com
base nos valores de reatâncias e susceptâncias;
(d) estimação dos dados estocásticos a partir dos comprimentos reais de cada linha de transmissão; e
(e) uso dos valores de taxas de falha e tempos médios de reparo representativos de cada linha de
transmissão individualizada.

5.3.1.2. Hierarquia de precisão dos dados estocásticos para transformadores

5.3.1.2.1 A ordem crescente de precisão dos dados estatísticos associados ao desempenho dos
transformadores é a seguinte:
(a) estimação dos parâmetros de desempenho estocástico a partir de um único par de valores típicos de
indisponibilidade e frequência de falhas;

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(b) discriminação dos parâmetros estatísticos por faixa da tensão mais elevada do equipamento e com
enfoque na função transformação;
(c) discriminação dos parâmetros estatísticos por faixa de potência do equipamento e com enfoque na
função transformação; e
(d) uso dos parâmetros reais do equipamento individualizado.

5.3.1.3. Hierarquia de precisão dos dados estocásticos para geradores

5.3.1.3.1 A ordem crescente de precisão dos dados estatísticos associados ao desempenho dos geradores é
a seguinte:
(a) estimação dos parâmetros de desempenho estocástico a partir de um único par de valores típicos de
indisponibilidade e frequência de falhas;
(b) discriminação dos parâmetros estocásticos por faixa de potência ativa das unidades geradoras; e
(c) uso dos parâmetros reais de cada unidade geradora individualizada.

Combinação de hierarquias paramétricas

5.3.2.1 Ressalta-se a possibilidade de uso de uma hierarquia híbrida, na qual são empregados os melhores
dados disponíveis para cada equipamento em particular, combinando diferentes enfoques.
5.3.2.2 Caso necessário, essa estratégia deve ser explicitada de forma inequívoca nos registros dos
resultados oriundos dos estudos de confiabilidade.

Estratégia utilizada nos estudos de referência

5.3.3.1 Nos estudos de referência, a técnica adotada para linhas é a estimação dos dados estocásticos a
partir da estimação dos comprimentos das linhas, realizada com base nos valores de reatâncias e
susceptâncias.
5.3.3.2 Nos estudos de referência, a técnica adotada para transformadores é a discriminação dos parâmetros
estatísticos por faixa da tensão mais elevada do equipamento e com enfoque na função transformação.
5.3.3.3 Nos estudos de referência, as incertezas para os geradores não são consideradas. Entretanto, quando
o forem, devem ser utilizados os parâmetros estatísticos reais de cada unidade geradora individualizada.
5.3.3.4 A qualquer tempo, o tratamento de qualquer parâmetro representativo de incertezas pode ser
aperfeiçoado.

5.4. Diretrizes para simulação computacional

Considerações gerais

5.4.1.1 A simulação computacional compreende duas etapas consecutivas, quais sejam:


(a) pré-processamento para obtenção do denominado caso base de confiabilidade; e
(b) cálculo numérico da confiabilidade propriamente dita.

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Pré-processamento para obtenção do caso base de confiabilidade

5.4.2.1. Considerações gerais

5.4.2.1.1 O objetivo da etapa de pré-processamento é a criação de um registro num arquivo histórico de


confiabilidade, que contenha o caso base de confiabilidade.
5.4.2.1.2 O arquivo apresenta um caso de fluxo de potência convergido e sem violações e que agrega, ainda,
dados adicionais específicos para o processamento posterior da etapa de confiabilidade.
5.4.2.1.3 A seguir estão descritas as diretrizes para obtenção do caso base de confiabilidade.

5.4.2.2. Ajustes de dados determinísticos adicionais

5.4.2.2.1 Os ajustes de dados determinísticos adicionais compreendem, por exemplo, a introdução de


informações sobre os limites normais e de emergência de tensão e carregamento, eliminação dos eventuais
subsistemas isolados resultantes do tratamento dos elos CC, ajustes no parque gerador e eventuais
relaxamentos preestabelecidos de limites de tensão e de carregamento.

5.4.2.3. Diretrizes para obtenção do caso base de confiabilidade

5.4.2.3.1 Conformidade topológica:


(a) a obtenção do caso base de confiabilidade deve ser realizada individualmente para cada cenário, isto
é, para cada patamar de carga;
(b) o chaveamento adequado dos equipamentos de controle é uma condição fundamental para
consistência dos índices a serem obtidos:
(1) Para os estudos de referência em carga pesada, essa exigência é, em geral, inócua.
(2) Nos estudos que envolvem os regimes de cargas média e leve, a observação das corretas conexões
de reatores e capacitores é relevante.
5.4.2.3.2 Modos de falha:
(a) para obtenção do caso base de confiabilidade dos estudos de referência, o único modo de falha
relevante é o modo de falha de adequação, que compreende violações dos limites normais permitidos
para as tensões, violações dos limites normais permitidos para os carregamentos de linhas e
transformadores, sendo ambos sob o enfoque da corrente;
(b) o modo de falha de continuidade não é relevante, porque no caso base não há contingências de
qualquer espécie.
5.4.2.3.3 Elenco das medidas operacionais corretivas permitidas:
(a) para obtenção do caso base de confiabilidade dos estudos de referência, é permitido o redespacho
de potência ativa e reativa, exceto para usinas térmicas que têm seu despacho fixo e idêntico àquele
do caso de fluxo de potência;
(1) Com essa diretriz, o risco de referência está associado a um ponto de operação distinto do ponto
de operação do caso de fluxo de potência original.

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elétricos

(b) o redespacho de potência ativa é inibido, a fim de manter inalterado o fluxo nas interligações na
situação em que se deseja avaliar o risco operacional;
(c) é permitido a variação das derivações dos transformadores, respeitados seus limites e, em última
instância, o corte de carga mínimo, calculado via algoritmo ótimo de pontos interiores.
5.4.2.3.4 Definição dos recursos manobráveis do parque gerador:
(a) a modelagem das usinas é realizada de forma individualizada por unidade geradora, com um
despacho compatível com aquele especificado no caso base de fluxo de potência;
(b) nos estudos de referência, atenção especial deve ser dada aos despachos realizados nas usinas
nucleares do sistema, os quais devem ser compatíveis com os despachos dos casos base de fluxo de
potência utilizados;
(c) todas as usinas térmicas e as pequenas centrais hidroelétricas não despachadas centralizadamente
têm as suas gerações de potência ativa fixas;
(d) o limite inferior de geração da potência ativa das unidades geradoras é respeitado, ou caso não haja
dado específico, é considerado como nulo;
(e) a capacidade superior da geração de cada barra é determinada com base no critério da inércia
mínima, prioritariamente, para um dado montante de geração ativa, seguido do montante de geração
reativa;
(f) as usinas julgadas como não despacháveis por razões operativas devem ser claramente explicitadas
nas premissas do estudo em questão;
(g) nas situações nas quais os limites de geração de potência reativa não são especificados nos casos de
fluxo de potência, devem ser adotados os limites associados aos valores correspondentes aos fatores
de potência 0,9 (sobre-excitação) e 0,95 (subexcitação).
5.4.2.3.5 Definição da região de controle ou influência:
(a) por região de controle ou influência entende-se o conjunto de regiões ou áreas do sistema cujos
recursos disponíveis são utilizados quando da eliminação de violações operativas;
(b) os recursos possivelmente disponíveis incluem redespacho de potência ativa, alterações nas
derivações dos transformadores com comutação sob carga e alterações em tensões de barras
controladas;
(c) nenhum desses controles localizados fora da região de controle especificada é utilizado, ou seja, os
despachos das unidades geradoras, as derivações dos transformadores e as tensões em barras
controladas são mantidas conforme o caso de fluxo de potência original;
(d) o corte de carga também é considerado um controle de última instância para eliminação de violações
e somente é realizado nos barramentos pertencentes à região de controle.
(1) No estudo de referência, todas as áreas elétricas do sistema são tratadas como região de controle.

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5.4.2.3.6 Definição da região de monitoração ou de interesse:


(a) por região de monitoração ou de interesse entende-se o conjunto de regiões ou áreas do sistema
cujas grandezas especificadas são monitoradas, incluindo fluxos em circuitos de transmissão, tensões
em barramentos e geração de potência ativa e reativa:
(1) Grandezas fora dessa região não são contabilizadas.
(2) As grandezas podem apresentar violações que não são identificadas e, consequentemente, não
serão eliminadas.
(b) os índices de confiabilidade são contabilizados apenas para os cortes de carga em barramentos
pertencentes à região de monitoração:
(1) É usual que essa região de monitoração seja sempre um subconjunto da região de controle.
(2) Caso a região de monitoração seja menor que a região de controle, podem ocorrer cortes de carga
em barramentos externos à região de monitoração, que não serão contabilizados no cálculo dos
índices de confiabilidade.
(c) no estudo de referência, todas as áreas elétricas do sistema são tratadas como região de monitoração.
5.4.2.3.7 Metodologia de cálculo numérico do ponto de operação do caso base de confiabilidade:
(a) na avaliação de referência, o sistema sob análise deve ser inicialmente submetido a um
processamento do algoritmo de Newton Raphson completo, com todos os controles tradicionais
ativados;
(b) na hipótese de obtenção de uma solução sem violações, essa será tomada como caso base de
confiabilidade;
(c) se houver violação de tensão, de carregamento ou de limites de geração, o procedimento adotado
deve ser o apresentado a seguir, em ordem decrescente de preferência:
(1) Ajustes no caso base de fluxo de potência devem ser realizados com o objetivo de eliminar
manualmente todas as violações.
(2) Caso a ação anterior não seja factível, as violações devem ser tentativamente eliminadas de forma
automática, por meio de um processamento de algoritmo de fluxo de potência ótimo com função
objetivo que visa ao mínimo corte de carga.
(i) a solução eventualmente obtida será submetida a um critério de validação, como descrito a
seguir.
(ii) o resultado, se aceito, será tomado como caso base de confiabilidade.
(3) em situações extremas, quando a ação anterior se revela incapaz de fornecer uma solução
adequada, permite-se o relaxamento progressivo das restrições de carregamento e de tensão do
sistema.

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5.4.2.3.8 Validação da solução obtida via fluxo ótimo de potência:


(a) para os estudos de referência, na etapa de obtenção do caso base de confiabilidade, a solução oriunda
do processamento do algoritmo de fluxo ótimo é considerada válida se o montante de corte de carga
em MW não exceder, em princípio, 0,5% do montante da carga total do sistema.
5.4.2.3.9 Fixação dos fluxos nas interligações:
(a) Nos estudos de referência, a fixação dos valores dos fluxos nas interligações não é modelada.
5.4.2.3.10 Grandezas monitoradas:
(a) em consonância com os modos de falha selecionados, a monitoração é realizada sobre os valores dos
limites normais dos carregamentos sob enfoque de corrente de linhas e transformadores, limites
normais de tensão em barramentos de carga com carga, limites de geração de potência reativa das
unidades geradoras e limites de geração ativa e reativa das barras de referência do sistema.
5.4.2.4 Diretrizes para composição do espaço probabilístico de estados:
5.4.2.4.1 A composição do espaço probabilístico de estados tem extrema influência nos valores numéricos
dos índices de confiabilidade.
5.4.2.4.2 Por isso, não é relevante o simples fornecimento de índices de confiabilidade sem a prévia descrição
rigorosa da composição do espaço probabilístico de estados sobre o qual os mesmos índices são gerados.
5.4.2.4.3 Nos estudos de referência, o espaço probabilístico de estados é composto pelo conjunto de todas
as linhas de transmissão integrantes da Rede Básica, as linhas de transmissão em 765kV do subsistema de
Itaipu, todos os transformadores de malha e todos os transformadores de fronteira.
5.4.2.4.4 Os estudos especiais podem considerar espaços probabilísticos mais abrangentes.

Diretrizes para cálculo numérico da confiabilidade

5.4.3.1 A etapa de cálculo numérico da confiabilidade pressupõe a existência de um arquivo com um caso
base de fluxo de potência, convergido e sem violações e o caso base de confiabilidade, usualmente obtido
na etapa de pré-processamento, descrita anteriormente.
5.4.3.2 Conceitualmente, o cálculo da confiabilidade compreende três etapas, cujas diretrizes são
apresentados a seguir.
5.4.3.3 Diretrizes de seleção de estados operativos do sistema:
(a) a seleção de um conjunto de estados operativos do sistema, primeira etapa do cálculo numérico da
confiabilidade, pode ser realizada por enumeração explícita ou via técnica de Monte Carlo;
(b) nos estudos de referência, essa seleção é feita por enumeração de uma lista de contingências de
linhas de transmissão, transformadores de malha e transformadores de fronteira, exatamente
coincidente com o espaço probabilístico de estados, anteriormente definido;
(c) nas avaliações especiais, quando a seleção dos estados for realizada via técnica de Monte Carlo, as
seguintes diretrizes devem ser observadas:
(1) Número especificado de sorteios: 100.000 (um único lote).

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(2) Tolerância (coeficiente de variação) associada à Probabilidade de Perda de Carga (PPC) e


Expectância de Potência Não Suprida (EPNS): 3%.
(3) Semente: 1513.
5.4.3.4 Diretrizes de análise dos estados operativos selecionados:
(a) em linhas gerais, após cada seleção do estado, deve ser verificado se o estado selecionado constitui
um estado de sucesso, caso em que ele não apresenta nenhum modo de falha, ou estado de falha;
(b) quando ocorre algum tipo de modo de falha, tenta-se eliminá-la com as medidas corretivas que
representam os recursos operacionais do sistema;
(c) as diretrizes adotadas para a etapa de análise dos estados operativos selecionados são mencionados
a seguir:
(1) Conformidade topológica:
(i) devem ser previamente registradas as diferenças topológicas relacionadas aos diferentes
patamares de carga: pesada, média e leve;
(ii) para os estudos de referência, essa exigência é inócua.
(2) Modos de falha:
(i) para avaliação de referência da confiabilidade, os modos de falha relevantes são o de
continuidade, sob enfoque de ocorrência de ilhamentos e déficits de potência, e o de
adequação, que compreende violações dos limites de emergência permitidos para as tensões
e violações dos limites normais permitidos para os carregamentos de linhas e transformadores,
ambos sob o enfoque de corrente;
(ii) a monitoração dos limites normais de carregamento, em situação de contingência, justifica-se
por razões de natureza jurídico-legal consoante os Contratos de Prestação dos Serviços de
Transmissão (CPST).
(3) Elenco de medidas operacionais corretivas permitidas:
(i) para avaliação de referência da confiabilidade, permite-se apenas o redespacho de potência
reativa, ou seja, o redespacho de potência ativa é inibido;
(ii) as unidades térmicas mantêm seus despachos fixos;
(iii) são permitidos a variação das derivações dos transformadores, respeitados seus limites, as
alterações em tensões de barras controladas e, em última instância, o corte de carga mínimo,
calculado via algoritmo ótimo de pontos interiores.
(4) Definição dos recursos manobráveis do parque gerador:
(i) a modelagem das usinas é realizada de forma individualizada por unidade geradora, com um
despacho compatível com aquele especificado no caso base de fluxo de potência;

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(ii) nos estudos de referência, atenção especial deve ser dada aos despachos realizados nas usinas
nucleares do sistema, os quais devem ser compatíveis com os despachos dos casos base de
fluxo de potência utilizados;
(iii) todas as usinas térmicas e as pequenas centrais hidroelétricas não despachadas
centralizadamente têm as suas gerações de potência ativa fixas;
(iv) o limite inferior de geração de potência ativa das unidades geradoras é respeitado, ou caso não
haja dado específico, é considerado como nulo;
(v) a capacidade superior da geração de cada barra é determinada com base no critério da inércia
mínima, prioritariamente, para um dado montante de geração ativa, seguido do montante de
geração reativa;
(vi) as usinas julgadas como não despacháveis por razões operativas devem ser claramente
explicitadas nas premissas do estudo em questão;
(vii) nas situações nas quais os limites de geração de potência reativa não são especificados nos
casos de fluxo de potência, devem ser adotados os limites associados aos valores
correspondentes aos fatores de potência 0,9 (sobre-excitação) e 0,95 (subexcitação).
(5) Definição da região de controle ou influência:
(i) no estudo de referência, todas as áreas elétricas do sistema são tratadas como região de
controle ou influência.
(6) Definição da região de monitoração ou de interesse:
(i) no estudo de referência, todas as áreas elétricas do sistema são tratadas como região de
monitoração ou interesse.
(7) Metodologia de cálculo numérico do ponto de operação sob contingências:
(i) no estudo de referência, o sistema em presença de contingências é avaliado por meio do
processamento de um algoritmo de fluxo ótimo de potência com função objetivo que visa ao
mínimo corte de carga, no qual se empregam todos os recursos liberados, incluindo, em última
instância, o corte de carga;
(ii) o fluxo nas interligações não é tratado como variável de controle.
(8) Validação da análise do espaço de estados:
(i) no estudo de referência, a avaliação do espaço de estados é considerada significativa se, em
princípio, um máximo de até 3% de todas as contingências da lista predefinida não forem
passíveis de processamento, com sucesso, pelo algoritmo de pontos interiores.
(9) Grandezas monitoradas:
(i) em consonância com os modos de falha selecionados, a monitoração é realizada sobre os
valores dos limites normais dos carregamentos sob enfoque de corrente de linhas e
transformadores, dos limites em emergência de tensão em barramentos de carga com carga,

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dos limites de geração de potência reativa das unidades geradoras e dos limites de geração
ativa e reativa das barras de referência do sistema;
(ii) a monitoração do carregamento é realizada sobre o limite normal porque se deseja que o
sistema planejado apresente uma margem de manobra para a operação; entretanto, se
desejado, a monitoração do valor de emergência do carregamento pode ser realizada sob a
égide de estudo especial, conforme item 5.1.3.3.
5.4.3.5 Diretrizes de cálculo numérico dos índices de confiabilidade:
(a) no cálculo numérico dos índices de confiabilidade, contabilizam-se todos os estados nos quais foi
necessário o uso de medidas operativas com o objetivo de eliminar os modos de falha detectados;
(b) os valores dos índices de confiabilidade desejados resultam dessa análise cujas diretrizes de interesse
estão apresentados a seguir:
(1) Premissas e técnicas de cálculo numérico:
(i) considera-se que o sistema de potência tem comportamento coerente, sob o ponto de vista de
confiabilidade, o que permite o cálculo dos índices primários – probabilidade de perda de carga
(PPC), expectância de potência não suprida (EPNS) e frequência de perda de carga (FPC) – por
meio de funções-teste convenientes, previamente definidas;
(ii) os indicadores expectância da energia não suprida (EENS), número de horas de déficit de
potência (NHD), duração de perda de carga (DPC), severidade (Sev) resultam da manipulação
adequada dos indicadores primários;
(iii) o indicador probabilidade de problema no sistema (PPS) resulta de uma contabilização direta
das incertezas relacionadas aos estados com modos de falha, antes da aplicação de medidas
corretivas.
(2) Tolerância de cálculo:
(i) nos estudos de referência, a tolerância é representada na forma de um valor de probabilidade;
(ii) o valor adotado para o processo de enumeração situa-se em 1,0 E-30 pu.

5.5. Diretrizes para registro de resultados

5.5.1 Todos os indicadores de confiabilidade são apresentados com pelo menos dois algarismos
significativos nas casas decimais, submetidos ao processo de arredondamento convencional.

5.6. Critérios para diagnose dos níveis de risco probabilístico

Critério de severidade

5.6.1.1 O balizador de referência para diagnose do risco preditivo probabilístico do Sistema Interligado
Nacional (SIN) é dado pelo indicador de severidade.
5.6.1.2 A severidade é um índice normalizado, dado pelo quociente da energia não suprida (MWh) pela
ponta (MW) do sistema analisado e com o resultado convertido em minutos.

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5.6.1.3 Esse índice exprime um tempo fictício de uma perturbação imaginária que seria necessária para
acumular uma energia não suprida exatamente equivalente àquela calculada, se toda a carga do sistema
fosse afetada.
5.6.1.4 O índice captura não apenas a habitualidade das falhas do sistema, mas também a gravidade e
consequências das mesmas.
5.6.1.5 Trata-se de um indicador relativo e que permite a comparação de sistemas de portes e naturezas
distintas, advindo daí a sua origem e importância.
5.6.1.6 A severidade é um dos poucos indicadores probabilísticos de curso internacional e que já dispõe de
uma escala de valoração classificatória, com base logarítmica.
5.6.1.7 O conceito que o embasa é o da classificação dos eventos de tal forma que cada escala é diferenciada
da antecedente por uma ordem de grandeza.
5.6.1.8 Outra vantagem da severidade como indicador de risco, advém da possibilidade de calculá-lo tanto
para eventos pretéritos, como de forma preditiva.
5.6.1.9 A
5.6.1.10Tabela 1 mostra a hierarquia usada na classificação da confiabilidade do sistema via severidade. Cabe
ressaltar que entre dois sistemas, o mais confiável é o que apresenta menor valor numérico de severidade.
Tabela 1 – Classificação do risco pela severidade

Severidade S
Classificação Interpretação Comentário
(sistema-minuto)
condição operativa de baixíssimo risco
Grau 0 S<1 favorável
(azul)

condição operativa de baixo risco


Grau 1 1  S < 10 satisfatório
(amarelo)

condição operativa de risco médio


Grau 2 10  S < 100 limítrofe
(alaranjado)

sério impacto para vários


agentes/consumidores
Grau 3 100  S < 1000 grave
(vermelho)

grande impacto para muitos


Grau 4 1000  S muito grave
agentes/consumidores, colapso do sistema

5.6.1.11 O sistema de transmissão planejado da Rede Básica deve, em ordem de preferência, situar-se nos
graus 0 ou 1 de severidade, admitindo-se, porém, riscos de graus 2, inferiores a 21 minutos de severidade.
5.6.1.12 Este critério é definido em caráter probatório, podendo sofrer ajustes e correções advindas do
acúmulo de experiência, evolução do sistema e considerações de conveniência técnica-econômica.

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Critério de aderência estatística ao critério N-1 de planejamento

5.6.2.1 O grau de aderência estatística, representativo do atendimento ao critério N-1 é dado pela
Equação (1):
casos com corte de carga+casos retirados da estatística
(1) Aderência =1−( )
casos propostos

5.6.2.2 O patamar mínimo de aderência a ser verificado nas análises de confiabilidade do SIN deve ser igual
ou superior a 80%. A plena aderência ao critério N-1 fica caracterizada quando o patamar de 100 % é
alcançado.
5.6.2.3 Este critério é definido em caráter probatório, podendo sofrer ajustes e correções advindas do
acúmulo de experiência, evolução do sistema e considerações de conveniência técnica-econômica.

Critério de confiabilidade operacional

5.6.3.1 Qualquer degradação topológica de ramos da Rede Básica, da condição de topologia completa para
a condição de topologia N-1, não deve provocar uma variação de severidade maior do que 1,0 % da
severidade da Rede Básica na condição normal de operação e topologia completa.
5.6.3.2 Este critério é definido em caráter probatório, podendo sofrer ajustes e correções advindas do
acúmulo de experiência, evolução do sistema e considerações de conveniência técnica-econômica.

6. ESTUDOS DE QUALIDADE DE ENERGIA

6.1. Aspectos gerais

6.1.1 O Submódulo 2.9 – Requisitos mínimos de qualidade de energia elétrica para acesso ou integração à
Rede Básica apresenta os requisitos para acesso ou integração à Rede Básica de instalações com elementos
não lineares, o Submódulo 7.8 – Avaliação do impacto do acesso ou integração à Rede Básica de instalações
que contenham elementos não lineares ou especiais descreve as responsabilidades e o processo de acesso
ou integração à Rede Básica de instalações com elementos não-lineares, o Submódulo 6.15 – Gerenciamento
da qualidade da energia elétrica da Rede Básica descreve as responsabilidades e detalha as atividades
relacionadas ao processo de gestão da qualidade da Rede Básica e o Submódulo 9.7 – Indicadores de
qualidade de energia elétrica da Rede Básica descreve os indicadores de qualidade da energia elétrica da
Rede Básica.
6.1.2 Nos casos de estudos de eólicas e solares fotovoltaicas, o ONS repassa ao agente dados referentes aos
estudos de QEE, detalhados no documento [3].

6.2. Estudos de comportamento harmônico

Aspectos gerais

6.2.1.1 O estudo de comportamento harmônico tem o objetivo de determinar os valores de distorção


harmônica individual no Ponto de Acoplamento Comum (PAC), resultante da operação de uma instalação
que contenha elemento não linear.
6.2.1.2 As instalações que contém elementos não lineares podem ser do tipo carga (por exemplo, forno a
arco), geração (por exemplo, centrais de geração eólica, solar fotovoltaica) ou mesmo componentes da rede

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de transmissão (por exemplo, compensadores estáticos, conversores CCAT, entre outros), além de
consumidores livres e agentes de distribuição.
6.2.1.3 As análises de desempenho harmônico devem ser realizadas no domínio da frequência.
6.2.1.4 A rede elétrica deve ser representada a partir de configurações de referência utilizadas nos estudos
de fluxo de potência do PAR/PEL e da Empresa de Pesquisa Energética – EPE.

Metodologia para avaliação de desempenho quanto à distorção harmônica de instalação que


contenha elemento não linear

6.2.2.1. Modelo

6.2.2.1.1 O método recomendado para a avaliação de desempenho da instalação quanto à distorção


harmônica é o método do lugar geométrico (LG), cujo objetivo é maximizar, para cada harmônica de ordens
h = 2 até 50, o valor da distorção de tensão no PAC.
6.2.2.1.2 A Figura 1 ilustra o circuito básico do método, em que a rede interna é representada por meio de
um equivalente Norton visto do PAC, composto por uma fonte de corrente harmônica (I h), uma admitância
harmônica (Ỳih), e uma rede externa representada no plano complexo R versus X por um LG que engloba o
conjunto de impedâncias harmônicas (Żbh) equivalentes da rede elétrica vista do PAC.

PAC
Rede interna Rede externa

← →

↑ Żih
X
Ih LG
Ỳih Żbh
R

Figura 1 – Circuito básico para estudo de desempenho harmônico.

6.2.2.1.3 O valor da distorção harmônica máxima (Vhmax) no PAC é determinado pela divisão do valor da
corrente do equivalente Norton (Ih) pelo módulo mínimo da soma das admitâncias representativas da rede
interna (Ỳih) e rede externa (Ỳbh), conforme Equação (2):

𝐼ℎ
(2) 𝑉ℎ𝑚𝑎𝑥 = |𝑌̇𝑖ℎ + 𝑌̇𝑏ℎ |𝑚𝑖𝑛

6.2.2.2. Representação da rede interna – fonte de corrente harmônica (Ih)

6.2.2.2.1 As correntes harmônicas (Ih) são determinadas a partir dos valores de correntes harmônicas
geradas por cada um dos equipamentos não lineares presentes na instalação.

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6.2.2.2.2 Os valores das correntes harmônicas de cada ordem (h) geradas por equipamento do tipo conversor
devem corresponder aos máximos valores individuais teoricamente possíveis e independentes do ponto de
operação, considerando tanto sua faixa de potência como seus modos de operação.
6.2.2.2.3 O cálculo das correntes harmônicas deve considerar as condições fora do ponto de operação
teórico, como por exemplo:
(a) diferenças, entre as fases dos transformadores conversores, dos valores de impedâncias e de relação
de transformação; e
(b) faixa de operação normal e erros relacionados aos ângulos de disparo e/ou extinção do processo de
conversão.
6.2.2.2.4 A avaliação do desempenho harmônico de elementos não lineares do tipo aerogeradores e
geradores fotovoltaicos, fornos a arco e dispositivos utilizados em instalações industriais baseados em
eletrônica de potência pode ser feita a partir de valores de correntes harmônicas informados pelos
fabricantes, baseados em medição, com as seguintes ressalvas:
(a) para equipamentos do tipo aerogeradores e geradores fotovoltáicos, os valores devem ter sido
certificados e obtidos por meio de procedimento estabelecido em norma [1];
(b) nos demais equipamentos, do tipo fornos a arco e dispositivos utilizados em instalações industriais
baseados em eletrônica de potência, não é necessária certificação; e
(c) em todos os casos, o ONS poderá solicitar a confirmação dos valores utilizados por meio de medição
em campo.
6.2.2.2.5 De cada fonte de corrente harmônica da instalação resulta uma contribuição à corrente do
equivalente Norton (Ih). A combinação dessas contribuições, quando oriundas de fontes independentemente
controladas, deve ser obtida por meio da formulação proposta em norma [2].

6.2.2.3. Representação da rede interna – admitância harmônica do equivalente Norton (Ỳ ih)

6.2.2.3.1 Na determinação de Ỳih, devem ser considerados todos os elementos lineares que compõem a
instalação, tais como linhas de transmissão, cabos, transformadores, reatores, bancos de capacitores etc.
6.2.2.3.2 Para os filtros, deve-se maximizar o efeito de dessintonia, de acordo com a variação de suas
capacitâncias com a temperatura, falha de elementos internos de unidades capacitivas até o nível de
“alarme”, desajustes por passo de tapes de reatores para ajuste de sintonia, desvio de frequência, tolerâncias
de fabricação dos componentes do filtro etc.

6.2.2.4. Representação da rede externa – LG (Żbh)

6.2.2.4.1 Para determinação do LG representativo da rede elétrica, deve-se calcular, primeiramente, as


impedâncias harmônicas vistas do PAC para cada harmônica, considerando desconectada a instalação sob
análise.
6.2.2.4.2 O conjunto de impedâncias que deve compor o LG é determinado considerando diferentes
configurações da Rede Básica, incluindo, pelo menos, os cenários do PAR/PEL e da EPE para compensadores
estáticos e Corrente Contínua de Alta Tensão (CCAT), para diferentes patamares de carga, na rede completa
e sob contingência (critério N-1) de todos os elementos da rede elétrica, conectados aos barramentos
localizados pelo menos até a terceira vizinhança do PAC.

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6.2.2.4.3 O cálculo da impedância da rede externa deve considerar o máximo valor do componente de tensão
de sequência negativa.
6.2.2.4.4 A rede externa para avaliação do desempenho de cargas não lineares do tipo compensadores
estáticos e conversores CCAT deve ser representada por um setor anular circular, caracterizado por raio
máximo, raio mínimo, ângulo máximo e ângulo mínimo para cada ordem harmônica (h) e conjuntos de
ordens harmônicas vizinhas (no mínimo h-1 e h+1).
6.2.2.4.5 A rede externa para avaliação do desempenho de cargas não lineares do tipo geração eólica, solar
fotovoltaica e instalações industriais baseados em eletrônica de potência deve ser representada por um setor
circular ou polígono de n lados para cada ordem harmônica (h) e conjuntos de ordens harmônicas vizinhas
(no mínimo h-0,5 e h+0,5h com passo de ± 0,1h ou h ± 6 Hz).
6.2.2.4.6 Bancos de capacitores e filtros de correntes harmônicas presentes na rede externa, até a 3ª
vizinhança, devem ser representados pelos seus componentes R, L e C, na frequência fundamental, e
conforme detalhado em [3].
6.2.2.4.7 Preferencialmente, o cálculo de Żbh para cargas não lineares do tipo compensadores estáticos e
conversores CCAT não deve incluir o efeito das cargas. Eventuais casos especiais devem atender ao
estabelecido no instrumento técnico dos documentos de outorga, particularmente no que se refere ao
seguinte:
(a) o agente deve submeter à aprovação do ONS um ou mais modelos para representação da carga em
seus estudos;
(b) de maneira geral, a carga deve ser representada onde está concentrada, ou seja, principalmente na
distribuição primária; e
(c) os modelos dos ramais de distribuição também devem incluir os bancos de capacitores utilizados para
correção do fator de potência.
6.2.2.4.8 Para os cálculos da determinação de Żbh de outros tipos de cargas não lineares como geração eólica,
fotovoltaica, consumidores livres e distribuidoras, há duas alternativas para considerar o efeito das cargas
representadas nos casos do PAR, conforme descrito a seguir:
(a) não representar a carga; ou
(b) representar a carga, de forma razoavelmente segura com um nível de detalhamento do sistema
elétrico (linhas de transmissão, transformadores, equipamentos de compensação de reativos) até a
3ª vizinhança do PAC, representando, pelo menos, até a primeira barra de 13,8 kV, conforme [3].

6.2.2.5. Apresentação dos resultados do estudo

6.2.2.5.1 O agente responsável deve apresentar em relatório as seguintes informações:


(a) dados da rede interna da instalação, incluindo sua topologia e parâmetros elétricos dos cabos,
transformadores, filtros, banco de capacitores etc;
(b) valores das impedâncias/admitâncias harmônicas da rede interna (Zih/Yih) consideradas na simulação;
(c) valores das correntes harmônicas consideradas para cada fonte de corrente harmônica da instalação,
medidos ou calculados;

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(d) valores das correntes harmônicas (Ih) consideradas na simulação do circuito equivalente Norton;
(e) valores das impedâncias “vistas” do PAC para cada condição de Rede Básica considerada (rede
completa e condição n-1), indicando ano de estudo e patamar de carga;
(f) valores dos parâmetros dos lugares geométricos considerados para cada harmônico ou grupo de
harmônicos considerados no estudo;
(1) Ressalta-se que, a informação de valores dos parâmetros do lugar geométrico para geração eólica,
solar fotovoltaica, consumidores livres e distribuidoras é para cada ordem harmônica.
(g) caso tenha sido identificada a necessidade de instalação de mais de um filtro harmônico, os resultados
de desempenho quando da perda de cada um deles (critério n-1).
(1) Para aplicações envolvendo compensadores estáticos e conversores CCAT, deve-se analisar a
suportabilidade (rating) dos filtros remanescentes.

6.3. Estudos de flutuação de tensão

Considerações gerais

6.3.1.1 Os estudos de flutuação de tenção têm o objetivo de:


(a) determinar os valores de flutuação de tensão representativos do nível de severidade de cintilação
(flicker) no PAC; e
(b) determinar as medidas mitigadoras dos efeitos de flutuação de tensão provocados pela instalação,
quando necessário.

Metodologia para avaliação do desempenho da instalação quanto a flutuação de tensão

6.3.2.1 Os estudos de flutuação de tensão devem caracterizar as fontes responsáveis pelo efeito de cintilação
e avaliar os níveis de severidade de cintilação para o menor nível de curto, correspondente ao critério n-1 da
Rede Básica, considerando o horizonte de estudo disponível no PAR.
6.3.2.2 Nas avaliações relacionadas a fornos a arco, deve ser utilizada a metodologia de cálculo baseada no
fator de severidade.
6.3.2.3 Nas avaliações relacionadas a parques eólicos, deve ser utilizada a metodologia de cálculo
estabelecida em norma [1].
6.3.2.4 Caso necessário, devem ser indicadas medidas mitigadoras necessárias para correção de eventuais
violações dos limites individuais, estabelecidos no Submódulo 2.9 para os indicadores Pst e Plt.
6.3.2.5 Esclarecimentos adicionais sobre a aplicação da metodologia podem ser obtidos por meio de
consulta ao ONS.

Apresentação dos resultados do estudo

6.3.3.1 O agente responsável deve apresentar em relatório as seguintes informações:

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(a) valores de potência de curto-circuito “vista” do PAC, indicando o ano correspondente ao horizonte
do estudo, patamar de carga (leve ou pesada) e condição n-1 considerada;
(b) valores dos parâmetros associados à instalação (fornos a arco, centrais de geração eólicas etc.) que
influenciem o cálculo da flutuação de tensão;
(c) valores de Pst/Plt determinados para cada configuração de sistema considerada no estudo; e
(d) caso necessário, as medidas mitigadoras necessárias para compensar eventuais violações dos critérios
estabelecidos.

6.4. Estudos de variações de tensão de curta duração (VTCD)

Considerações gerais

6.4.1.1 Os estudos de VTCD permitem subsidiar, no que se refere ao atendimento dos padrões de
desempenho da Rede Básica, os usuários conectados ou que desejem se conectar às instalações de
transmissão.
6.4.1.2 Em conjunto com resultados de medições efetuadas em alguns pontos do sistema, é possível estimar
os afundamentos experimentados pelos demais barramentos, permitindo o acompanhamento dos impactos
resultantes na rede de transmissão e nos usuários conectados.

Metodologia para avaliação do desempenho da instalação quanto a VTCD

6.4.2.1 Os estudos de VTCD devem determinar as variações de tensão nos barramentos do sistema quando
da ocorrência de curtos-circuitos.
6.4.2.2 A ferramenta computacional básica para a realização desses estudos são programas para cálculo de
curto-circuito e das tensões resultantes.
6.4.2.3 Na determinação de tais variações devem ser agregados atributos estatísticos, de forma a qualificar
a probabilidade de ocorrência de determinado nível de afundamento de tensão em um barramento.
6.4.2.4 É necessário incorporar na metodologia de cálculo informações estatísticas relacionadas à taxa de
ocorrência de curto-circuito nas linhas de transmissão e equipamentos do sistema.
6.4.2.5 Essas informações estatísticas devem ser fornecidas pelos agentes, de acordo com os procedimentos
estabelecidos no Submódulo 6.12 – Análise estatística de desligamentos forçados e de desempenho dos
sistemas de proteção.

7. ESTUDOS DE SEGURANÇA DE TENSÃO

7.1 De forma geral, as técnicas estáticas são utilizadas na definição das margens de segurança de tensão
(MST), na seleção de contingências críticas e na identificação de áreas e controles críticos em termos de
segurança de tensão. As simulações no domínio do tempo servem para confirmar as margens de segurança
apontadas pela análise estática e estudar a interação entre os controles.
7.2 A segurança de tensão é tradicionalmente avaliada por meio de métodos determinísticos. Contudo,
métodos de avaliação probabilísticos podem ser necessários em função do grau de incertezas.
7.3 Os dados para os estudos de segurança de tensão são os constantes no banco de dados do ONS.

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7.4 As ferramentas computacionais utilizadas nesses estudos – Modelo para análise de redes em regime
permanente, Modelo de fluxo de potência ótimo e Modelo para análise de estabilidade eletromecânica –
estão apresentadas no item 10.

8. ESTUDOS DE RESERVA DE POTÊNCIA OPERATIVA

8.1. O cálculo da reserva de potência operativa (RPO) é feito por método probabilístico com o objetivo de
racionalizar o dimensionamento da reserva girante, admitindo-se um risco aceitável de não atendimento à
carga.
8.2. Para o cálculo da reserva de potência operativa por método probabilístico, é necessário o conhecimento
da carga, do risco considerado aceitável de não atendimento à carga e das taxas de falha das unidades
geradoras do sistema.
8.3. A reserva de potência operativa é constituída pelos seguintes tipos:
(a) Reserva primária (R1): destinada à regulação da frequência do sistema interligado pela atuação dos
reguladores de velocidade das unidades geradoras;
(b) Reserva secundária (R2): destinada a recuperação da frequência do sistema para os valores nominais
por atuação do Controle Automático de Geração (CAG), quando ocorrem variações da carga ou de geração
eólica. Para garantir a correta atuação do CAG, independentemente do sentido das variações de carga, é
necessário dispor simultaneamente de:
(1) reserva secundária para elevação de geração (R2e); e
(2) reserva secundária para redução de geração (R2r).
(c) Reserva terciária (R3): destinada a complementar a Reserva de Potência Operativa do Sistema para
Elevação de Geração (R1 + R2e), sendo calculada probabilisticamente, quando esta ultrapassar o
valor de 5% da carga do sistema.
(1) É considerada igual a zero se a reserva calculada probabilisticamente for igual ou inferior a 5% da
carga do sistema.
8.4. Uma vez calculada, a reserva de potência operativa é repartida entre as áreas de controle do SIN,
conforme o estabelecido no documento de critérios deste submódulo.
8.5. A ferramenta computacional utilizada nesses estudos – Modelo para cálculo da reserva de potência
girante probabilística – está apresentada no item 10.

9. ESTUDOS DE CONTROLE CARGA-FREQUÊNCIA

9.1. Os estudos de controle carga-frequência devem analisar os impactos naturais de carga e os impactos de
perturbação no sistema, conforme as seguintes definições:
(a) impactos naturais de carga: são aqueles aplicados de modo a retratar os aumentos naturais de carga,
verificados em função da evolução da curva de carga diária do sistema.
(1) Embora as variações naturais de carga tenham um comportamento em rampa, devem ser
consideradas conservadoramente como degraus.

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(2) Para isso, aplica-se em cada área de controle estudada um degrau positivo de variação de carga
correspondente à sua parcela de ponta instantânea dentro da demanda horária integralizada
(2,5% da responsabilidade própria de geração da área), coincidentemente com um aumento
imprevisto de carga (1,5% da carga da área).
(b) impactos de perturbação no sistema: correspondem à perda de unidades geradoras de porte.
9.2. Nas investigações para a definição das melhores estratégias de controle, deve ser analisado o
desempenho dinâmico do sistema para diferentes estruturas de áreas de controle e combinações de modos
de controle, a saber:
(a) todas as áreas operando em Tie-line bias (TLB);
(b) áreas operando em TLB com uma das áreas operando em frequência constante, Flat-frequency (FF);
e
(c) áreas operando em TLB com áreas operando em intercâmbio constante, Flat tie line (FTL).
9.3. Após definidas as estratégias de controle mais adequadas, devem ser realizadas as análises de
sensibilidade, com o objetivo de:
(a) investigar a influência da reserva de potência girante sob controle no desempenho dinâmico;
(b) investigar as unidades geradoras mais adequadas à participação no CAG sob o aspecto da resposta
dinâmica e de fatores de natureza locacional; e
(c) investigar o desempenho do sistema em condições de contingências no CAG, em que seja necessário
incorporar áreas de controle.
9.4. A ferramenta computacional utilizada nestes estudos – Modelo para análise de estabilidade
eletromecânica – está apresentada no item 10.

10. FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS PARA ESTUDOS ELÉTRICOS

10.1. Os sistemas e modelos computacionais – as ferramentas computacionais – listados a seguir dão


suporte às atividades descritas no Submódulo 2.3 – Premissas, critérios e metodologia para estudos elétricos
e estão contidas também no site do ONS e, na íntegra, na documentação referente a cada uma delas.
(a) ANAREDE:
(1) Denominação de referência: Modelo para análise de redes em regime permanente.
(2) Propriedade: CEPEL.
(b) ANATEM:
(1) Denominação de referência: Modelo para análise de estabilidade eletromecânica.
(2) Propriedade: CEPEL.
(c) PACDYN:
(1) Denominação de referência: Modelo para análise de estabilidade dinâmica.
(2) Propriedade: CEPEL.
(d) ATP:

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Metodologia 2021.08 17/09/2021
elétricos

(1) Denominação de referência: Modelo para análise de transitórios eletromagnéticos.


(2) Propriedade: uso livre.
(e) FLUPOT:
(1) Denominação de referência: Modelo para fluxo de potência ótimo.
(2) Propriedade: CEPEL.
(f) HARM:
(1) Denominação de referência: Modelo para análise de tensões e correntes harmônicas.
(2) Propriedade: CEPEL.
(g) ANAFAS:
(1) Denominação de referência: Modelo para análise de curto-circuito.
(2) Propriedade: CEPEL.
(h) SINAPE:
(1) Denominação de referência: Sistema integrado de apoio à análise de perturbações.
(2) Propriedade: CEPEL.
(i) SIAP:
(1) Denominação de referência: Sistema de análise e coleta de dados do desempenho da proteção.
(2) Propriedade: ONS.
(j) SIPER:
(1) Denominação de referência: Sistema integrado de cadastramento de perturbações.
(2) Propriedade: ONS.
(k) NH2:
(1) Denominação de referência: Modelo para análise de confiabilidade preditiva de geração e
transmissão.
(2) Propriedade: CEPEL.
(l) RESPROB:
(1) Denominação de referência: Modelo para cálculo de reserva de potência girante probabilística.
(2) Propriedade: ELETROBRAS Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
(m) ORGANON:
(1) Denominação de referência: Sistema para análise estática, dinâmica e avaliação de segurança de
sistemas elétricos de potência.
(2) Propriedade: HPPA Consultoria e Desenvolvimento em Engenharia LTDA.

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Premissas, critérios e metodologia para estudos
2.3 Metodologia 2021.08 17/09/2021
elétricos

11. REFERÊNCIAS

[1] Internacional Electrotechnical Commission. IEC 61400-21.

[2] Internacional Electrotechnical Commission. IEC 61000-3-6.

[3] ONS, “Instruções para realização de estudos e medições de QEE relacionados aos acessos à Rede Básica
ou nos barramentos de fronteira com a Rede Básica para parques eólicos, solares fotovoltaicos,
consumidores livres e distribuidoras”. Nota Técnica ONS nº 009/2016-Rev. 02 de março de 2018 ou
edições mais recentes.

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Submódulo 2.4
Critérios para estudos energéticos e
hidrológicos

Critérios

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2022.06 Despacho ANEEL nº 1.693/2022 24/06/2022


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Critérios para estudos energéticos e
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hidrológicos

ÍNDICE

1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 3

2. CRITÉRIOS PARA ESTUDOS ENERGÉTICOS ...................................................................................... 3

2.1. Premissas ................................................................................................................................................. 3

2.2. Critérios gerais ......................................................................................................................................... 4

2.3. Critérios para Planejamento da Operação Energética de Médio Prazo (PEN) ........................................ 5

2.4. Critérios para Programação Mensal da Operação Energética (PMO) ..................................................... 6

2.5. Critérios para Programação Diária da Operação (PDO) ........................................................................... 7

3. CRITÉRIOS PARA ESTUDOS HIDROLÓGICOS.................................................................................. 10

3.1. Premissas ............................................................................................................................................... 10

3.2. Critérios para acompanhamento, análise e tratamento dos dados hidroenergéticos ......................... 10

3.3. Critérios para Planejamento Anual de Prevenção de Cheias (PAPC)..................................................... 15

3.4. Critérios para previsão de vazões e geração dos cenários de afluências .............................................. 17

4. CRITÉRIOS PARA CÁLCULO DA CURVA DE PRODUTIVIDADE EÓLICA .............................................. 18

4.1. Usinas Eólicas ......................................................................................................................................... 18

5. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 25

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hidrológicos

1. OBJETIVO

1.1. Estabelecer os critérios e diretrizes para realização dos estudos energéticos e hidrológicos do Sistema
Interligado Nacional (SIN), conforme as etapas dos processos descritas no Submódulo 3.3 – Planejamento da
operação energética de médio prazo, Submódulo 3.7 – Planejamento anual de prevenção de cheias,
Submódulo 4.3 – Programação Mensal da Operação Energética e Submódulo 4.6 – Análise e tratamento dos
dados hidroenergéticos e previsão e geração de cenários de vazões.

2. CRITÉRIOS PARA ESTUDOS ENERGÉTICOS

2.1. Premissas

Dados considerados

2.1.1.1 A oferta considerada nos estudos energéticos é composta pelo parque gerador existente e por suas
previsões de expansão.
2.1.1.2 A expansão da oferta é considerada de acordo com o Poder Concedente e Agência Nacional de
Energia Elétrica – ANEEL.
2.1.1.3 O parque gerador considerado nos modelos energéticos é composto pelas usinas simuladas
individualmente e usinas não simuladas individualmente. As usinas devem estar aptas a operar em algum
intervalo de tempo dentro do horizonte abrangido pelo estudo.
2.1.1.4 Os valores de geração mínima por razões de confiabilidade elétrica das usinas simuladas
individualmente e os limites elétricos de intercâmbio entre subsistemas para todos os patamares de carga
são obtidas a partir dos estudos de planejamento da operação elétrica, conforme Submódulo 3.1 –
Planejamento da operação elétrica de médio prazo e Submódulo 4.1 – Planejamento da operação elétrica
com horizonte mensal.
2.1.1.4.1 Os limites elétricos de transmissão também incluem os desligamentos que impõem limites na
transmissão entre subsistemas e os desligamentos previstos para a primeira semana operativa.
2.1.1.5 Os parâmetros associados à metodologia CVaR de aversão a risco (percentual de cenários a ponderar
e peso dado aos cenários de custo mais elevados - α e λ, respectivamente), a função de custo de déficit e a
taxa de desconto são estabelecidos pela Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas
Computacionais do Setor Elétrico – CPAMP, instituída pelo Ministério de Minas e Energia – MME, conforme
determinação do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE.

Representação de novos aproveitamentos

2.1.2.1 Nos modelos energéticos, a entrada de uma nova unidade geradora ou uma expansão da capacidade
de transmissão entre subsistemas é representada no início do estágio subsequente à data prevista para
entrada em operação.
2.1.2.1.1 Caso a data prevista para entrada em operação for o primeiro dia do mês, os estudos elaborados
em estágios mensais consideram a entrada no estágio correspondente a essa data.
2.1.2.2 Nos estudos de médio prazo, novos reservatórios são representados no início do mês subsequente
ao mês de finalização do enchimento do seu volume morto.
2.1.2.3 Nos estudos de curto prazo, os reservatórios são representados a partir do início de enchimento do
volume morto.

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hidrológicos

2.1.3 Representação de aproveitamento com vínculo hidráulico em diferentes subsistemas

2.1.3.1 No caso de haver limitações nos modelos computacionais e/ou restrições regulatórias que impeçam
a representação adequada dos aproveitamentos com vínculo hidráulico, pertencentes a subsistemas
diferentes, deve-se adotar uma representação específica para esses aproveitamentos, conforme descrito a
seguir.
(a) um primeiro aproveitamento, com reservatório e unidades geradoras, alocado no subsistema ao qual
o aproveitamento está conectado à rede de transmissão. A água desse reservatório é valorizada tanto
pela produtibilidade da própria usina, quanto pela produtibilidade das usinas a jusante no mesmo
subsistema.
(b) um segundo aproveitamento, com reservatório e sem unidades geradoras, é alocado em um
subsistema diferente daquele ao qual o aproveitamento está conectado eletricamente, o que faz com
que apenas seu volume útil seja considerado nesse subsistema.
(1) Caso o armazenamento do reservatório não possa ser completamente aproveitado no subsistema
ao qual foi alocado, torna-se necessária a limitação de seu volume útil para o cálculo da energia
armazenada nos estudos que empregam sistema equivalente.

2.1.4 Representação dos limites de transmissão entre subsistemas

2.1.4.1 Os limites de intercâmbio são obtidos com base em estudos elétricos de médio e curto prazo, que
são adequados à forma de representação requerida pelos modelos computacionais em que serão
empregados.
2.1.4.2 A representação dos limites de transmissão entre os subsistemas equivalentes é afetada pela forma
de consideração da UHE Itaipu.
2.1.4.2.1 Caso o subsistema de Itaipu seja representado separadamente, é adotada uma topologia de rede
interligando os subsistemas Itaipu, Sul e Sudeste.
2.1.4.3 A geração das usinas conectadas aos sistemas de interligação dos subsistemas limita a capacidade de
transmissão entre os subsistemas adjacentes, sendo abatida uma estimativa dessa geração do limite de
transmissão na modelagem.
2.1.4.4 A metodologia de transformação dos limites de intercâmbio em limitação energética e o
detalhamento dos intercâmbios e usinas relacionados são apresentados no Plano da Operação Energética
(PEN).

2.2. Critérios gerais

Usinas e aproveitamentos simulados ou não simuladas individualmente

2.2.1.1 As usinas termoelétricas e os aproveitamentos hidroelétricos simulados individualmente nos


modelos energéticos e representados de acordo com as características específicas de cada modelo são
aquelas classificadas nas seguintes modalidades de operação, conforme Submódulo 7.2 – Classificação da
modalidade de operação de usinas:
(a) usinas termoelétricas Tipo I ou Tipo II-A com Custo Variável Unitário (CVU) declarado;
(b) usinas hidroelétricas Tipo I ou Tipo II-A;
(c) reservatórios de usinas hidroelétricas Tipo II-B ou Tipo III, cuja operação hidráulica afete ou seja
afetada pela operação das usinas simuladas nos modelos energéticos; e

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(d) excepcionalmente, usinas não enquadradas nos critérios anteriores, desde que respaldadas por
justificativa técnica aprovada pelo ONS ou regulamentação específica.
2.2.1.2 As usinas simuladas individualmente são representadas de forma integral e não são abatidas as
eventuais parcelas de cargas atendidas, como autoprodução, cargas conectadas aos produtores
independentes ou consumos próprios.
2.2.1.3 As usinas não simuladas individualmente nos modelos energéticos, além da contribuição própria das
usinas hidroelétricas Tipo II-B e Tipo III cujos reservatórios são simulados, são representadas por blocos de
energia a serem abatidos da carga global, de acordo com as características específicas de cada modelo e
conforme as disponibilidades de energia definidas na regulamentação.

2.2.2 Simulações com histórico de vazões naturais e com séries sintéticas

2.2.2.1 As simulações com o histórico de vazões naturais e com séries sintéticas são utilizadas nos estudos
de planejamento da operação energética de médio prazo.
2.2.2.2 As séries históricas de vazões naturais médias mensais, definida no Submódulo 4.6, são empregadas
nos aproveitamentos hidroelétricos.
2.2.2.3 As séries históricas de energias naturais afluentes, utilizadas na representação a sistema equivalente,
são calculadas a partir do histórico de vazões naturais médias mensais e da configuração dos
aproveitamentos hidroelétricos representados.
2.2.2.4 As séries sintéticas de energias ou de vazões naturais em base mensal são empregadas para ampliar
o significado estatístico dos resultados das simulações.

2.3. Critérios para Planejamento da Operação Energética de Médio Prazo (PEN)

Representação da Usina Hidroelétrica Itaipu

2.3.1.1 A UHE Itaipu é considerada como um subsistema separado, vinculado hidraulicamente ao subsistema
Sudeste/Centro-Oeste, com carga correspondente ao seu consumo interno e ao suprimento para
Administración Nacional de Electricidad – ANDE em 50 Hz.
2.3.1.2 Caso haja impedimentos de natureza computacional e/ou regulatória para a representação da UHE
Itaipu como um subsistema separado, adota-se a representação de Itaipu no subsistema Sudeste/Centro-
Oeste. Nesse caso, a carga do Sudeste/Centro-Oeste é acrescida do consumo interno da UHE Itaipu e do
suprimento de Itaipu à ANDE em 50 Hz.

Disponibilidade dos aproveitamentos

2.3.2.1 Na determinação das disponibilidades máximas dos aproveitamentos, são consideradas as reduções
decorrentes das taxas equivalentes de indisponibilidade forçada e programada da usina, definidas pelo ONS
conforme Módulo 9.
2.3.2.2 No cálculo das disponibilidades máximas dos aproveitamentos, é considerada também a capacidade
de transmissão da instalação de conexão ao SIN.
2.3.2.3 Nos estudos para usinas simuladas individualmente, são consideradas reduções por manutenções
programadas no primeiro ano civil do horizonte de estudo, definidas com base nos cronogramas informados
pelos agentes de geração.

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2.3.2.4 Para os demais anos do horizonte de estudo, as reduções por manutenções programadas são obtidas
a partir das taxas equivalentes de indisponibilidade programada da usina.
2.3.2.4.1 Especificamente para o segundo ano do horizonte de estudo, os cronogramas de manutenção
informados pelos agentes de geração são considerados preferencialmente, caso ocasionem impactos
significativos ao SIN e à operação energética.
2.3.2.5 Caso o modelo computacional não esteja apto a representar as reduções por manutenções
programadas com base nos cronogramas informados pelos agentes para as usinas hidroelétricas simuladas
individualmente, as reduções por manutenções programadas são obtidas a partir das taxas equivalentes de
indisponibilidade programada da usina.
2.3.2.5.1 Na ausência de informações para determinação das taxas equivalentes de indisponibilidade
programada, são utilizados os valores de referência oriundos do cálculo da garantia física, as informações
oficiais dos agentes de geração ou as informações do Bracier, nessa ordem.

Análises das condições de atendimento

2.3.3.1. As condições de atendimento à carga de energia são avaliadas por meio de parâmetros obtidos das
simulações com modelos a usinas individualizadas e a sistemas equivalentes, utilizando séries históricas e
séries sintéticas.
2.3.3.2 As condições de atendimento à carga de demanda sistêmica do SIN são analisadas por meio de
balanços de potência, nos quais os requisitos de demanda são confrontados com a disponibilidades de
potência das diversas fontes de energia, e resultam em estimativas das sobras ou déficits.
2.3.3.3 Os resultados das análises de condições de atendimento citadas anteriormente deverão ser
confrontados com os critérios de garantia de suprimento vigentes.

2.4. Critérios para Programação Mensal da Operação Energética (PMO)

Disponibilidade dos aproveitamentos

2.4.1.1 Para determinação da disponibilidade máxima dos aproveitamentos, a disponibilidade das usinas
geradoras hidráulicas e térmicas é calculada a partir das informações dos agentes de geração e é
determinística para o mês do PMO.
2.4.1.2 Para determinação da disponibilidade máxima dos aproveitamentos das usinas hidroelétricas
simuladas individualmente, são consideradas as reduções por manutenções programadas de acordo com
cronograma informado pelo agente de geração, consolidada na reunião de coordenação de manutenção que
ocorre no âmbito do PMO.

2.4.2 Atualização das funções de custo futuro

2.4.2.1 A atualização das funções de custo futuro (FCF) para o PMO utiliza diversos parâmetros do modelo
para otimização hidrotérmica para subsistemas equivalentes interligados, definidos pela CPAMP, instituída
pelo MME, conforme determinação do CNPE [1].

2.4.3 Cálculo dos custos marginais de operação semanal

2.4.3.1 Os custos marginais de operação semanais são calculados diretamente pelo modelo para otimização
da operação de curto prazo com base em usinas individualizadas para cada semana operativa do PMO,

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considerando todas as restrições operativas nas usinas hidráulicas e térmicas, bem como no sistema elétrico
de interconexão entre os diversos subsistemas.

2.5. Critérios para Programação Diária da Operação (PDO)

2.5.1 Descrição geral

2.5.1.1 O modelo de despacho hidrotérmico de curtíssimo prazo no processo de programação diária


eletroenergética recebe a função de custo futuro do modelo de curto prazo, inclui como dados de entrada a
previsão de vazões, a previsão de carga, a previsão da geração eólica e a rede elétrica e, resulta no valor do
custo marginal de operação (CMO) semi-horário, conforme processo descrito no Submódulo 4.5 –
Programação Diária da Operação.
2.5.1.2 O modelo de despacho hidrotérmico de curtíssimo prazo é executado diariamente em D-1, com
horizonte de D até o final da semana operativa, em que é feita a consulta à função de custo futuro do modelo
de curto prazo, conforme mostrado na Figura 1.

Figura 1 - Acoplamento com o modelo de curto prazo

2.5.1.3 O primeiro dia (D) é detalhado em 48 intervalos semi-horários, considerando a Rede de Transmissão.
Os demais dias da semana operativa (D+1 até D+6) são divididos em patamares de carga.

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2.5.2 Diretrizes para a montagem de casos diários no modelo de despacho hidrotérmico de curtíssimo
prazo

2.5.2.1. Previsão da vazão natural diária

2.5.2.1.1. A previsão de vazões incrementais diárias tem um horizonte máximo de 7 dias à frente e é
utilizada conforme descrito no Submódulo 4.6.
2.5.2.1.2. A previsão de vazões, realizada com frequência diária, é obtida utilizando os modelos chuva-vazão
para todos os dias do horizonte. Para as bacias que não possuem modelo chuva-vazão, é utilizado o modelo
que produz previsões de vazões semanais.

2.5.2.2. Previsão da carga diária

2.5.2.2.1. A carga prevista para a programação do dia D é utilizada conforme Submódulo 4.4 - Consolidação
da previsão de carga para programação eletroenergética. Para os demais dias da semana operativa, a carga
é obtida diretamente do modelo de previsão de carga, agregada em patamares.
2.5.2.2.2. A carga para o dia D, considerando as perdas elétricas, é prevista por área em intervalos semi-
horários e distribuída pelas barras do SIN.

2.5.2.3. Representação de usinas hidroelétricas

2.5.2.3.1. Os reservatórios de todas as usinas, inclusive àquelas consideradas como a fio d´água nos estudos
de médio e curto prazo, podem ser representados nos estudos de curtíssimo prazo..

2.5.2.4. Representação de usinas termoelétricas

2.5.2.4.1. As usinas termoelétricas são representadas, conforme Submódulo 4.5, com unit commitment e
ciclo combinado sendo representados conforme aplicável à modelagem do DESSEM.

2.5.2.5. Representação das restrições hidráulicas

2.5.2.5.1. As restrições hidráulicas passíveis de modelagem são representadas dentre as descritas no


Submódulo 4.7 - Atualização de informações sobre restrições hidráulicas dos aproveitamentos hidroelétricos.

2.5.2.6. Geração de usinas não simuladas individualmente

2.5.2.6.1. A geração das usinas classificadas na modalidade de operação Tipo III que injetam na rede elétrica
simulada e das usinas térmicas e hidráulicas Tipo II-B ou Tipo II-C são previstas com base nos dados de
geração verificados.
2.5.2.6.2. No caso de usinas classificadas na modalidade de operação Tipo III que não injetam na rede elétrica
simulada, a geração é considerada agregada por subsistema e abatida da carga, também com base em valores
verificados.

2.5.2.7. Geração de fonte eólica

2.5.2.7.1. A previsão de geração de fonte eólica das usinas classificadas na modalidade de operação Tipo I,
Tipo II-B e Tipo II-C, para o dia D, é fornecida pelo modelo de previsão de geração eólica para os 48 intervalos
semi-horários.
2.5.2.7.2. A previsão de geração eólica é agregada por patamar da carga do dia D+1 até o final do horizonte.

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2.5.2.8. Geração de fonte solar

2.5.2.8.1. A previsão de geração de fonte solar de usinas classificadas na modalidade de operação Tipo I,
Tipo II-B ou Tipo II-C é resultante de processo heurístico que considera a média de geração verificada de dias
típicos.

2.5.2.9. Sistema de transmissão - rede elétrica

2.5.2.9.1. O sistema de transmissão é considerado para o dia D. Para os demais dias, é considerada a mesma
modelagem por subsistemas agregados adotada para o modelo de curto prazo.
2.5.2.9.2. O sistema de transmissão é definido pelo caso base de fluxo de potência do planejamento elétrico
mensal e atualizado diariamente ao longo do mês em função de intervenções e entrada de novos
equipamentos.
2.5.2.9.3. É adotado o método linearizado (Flow DC) para determinação dos fluxos de potência, sem o
cálculo de perdas elétricas.
2.5.2.9.4. As restrições de segurança elétrica, bem como os limites de fluxo para controle de carregamento
(inequações) são definidos pelos estudos de planejamento elétrico quadrimestral e mensal, conforme
Submódulos 3.4 e 4.1.

2.5.2.10. Intervenções e Desligamentos

2.5.2.10.1. As intervenções são provenientes de sistema de gestão específico, conforme Submódulo 4.2 –
Programação de intervenções em instalações da Rede de Operação.

2.5.3 Balanço operativo de demanda na ponta

2.5.3.1 O balanço operativo, “carga - geração + intercâmbio”, é elaborada para cada meia hora do dia da
programação, inclusive para o horário de ponta, garantindo que tenha resultado nulo por agente de
operação.
2.5.3.2 Este balanço operativo segue os critérios definidos anteriormente e o procedimento descrito no
Submódulo 4.5.
2.5.3.3 Adicionalmente ao atendimento da carga, é necessário verificar se a folga de geração por agente seja
suficiente para garantir que o somatório das disponibilidades das usinas hidrelétricas seja superior ou igual
ao somatório do valor programado de geração e da reserva de potência alocada em suas usinas.

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3. CRITÉRIOS PARA ESTUDOS HIDROLÓGICOS

3.1. Premissas

3.1.1 Os agentes de geração considerados nos critérios para os estudos hidrológicos são aqueles
responsáveis pelas usinas simuladas individualmente nos modelos energéticos, conforme os critérios para
estudos energéticos descrito no item 2.

3.2. Critérios para acompanhamento, análise e tratamento dos dados hidroenergéticos

3.2.1 Consistências diárias de primeiro, segundo e terceiro níveis para consolidação dos dados
hidráulicos

3.2.1.1 A consistência de primeiro nível e a consolidação em base diária dos dados hidráulicos informados
pelos agentes de geração são realizadas conforme os seguintes critérios:
(a) o nível de água do reservatório deve estar entre os valores de nível de água mínimo e máximo
operativo, salvo em situações excepcionais;
(b) a taxa de variação diária do nível de água do reservatório deve estar dentro de uma faixa predefinida
para cada reservatório;
(c) a vazão turbinada deve ser compatível com a geração do aproveitamento; e
(d) a vazão afluente (Qafl) deve ser compatível com o valor calculado pelo método de balanço hídrico do
reservatório, a partir da equação (1):

(1) Q afl = Q def + Q tra + ∆V / 86.400


sendo,
Qafl: vazão afluente ao reservatório (m3/s);
Qdef: vazão defluente total, composta pela soma das vazões turbinada, vertida e de outras estruturas
do reservatório (m3/s);
A vazão de outras estruturas é a vazão restituída ao rio a jusante do aproveitamento, através de
estruturas hidráulicas diversas, como eclusas, escadas de peixe e descargas de fundo, quando utilizada
com objetivo diferente de controle dos níveis e de cheias.
Qtra: vazão transferida ou recebida de outro reservatório, por meio de canal, túnel, estação de
bombeamento etc. (m3/s); e
DV: variação diária do volume acumulado, obtida a partir da tabela cota-volume do reservatório (m3).

3.2.1.2 A consistência de segundo nível e a consolidação de terceiro nível dos dados hidráulicos diários
abrangem as seguintes atividades:
(a) cálculo da vazão da bacia incremental relativa a cada aproveitamento, denominada “vazão natural
incremental” (Qinc), a partir da equação (2):

(2) Qinc = Qafl − Qdefmp + Quso + Qevp

sendo,

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hidrológicos

Qinc: vazão natural incremental, entre o aproveitamento e os aproveitamentos a montante (m3/s);


Qafl: vazão afluente ao reservatório, obtida conforme equação (1);
Qdefmp: vazão defluente dos reservatórios a montante, devidamente propagada em condição de
reservatório (m3/s);
Quso: vazão relativa aos usos consuntivos da bacia incremental (m3/s); e
Qevp: vazão relativa à evaporação do reservatório, obtida a partir do polinômio Cota x Área e do vetor
mensal de evaporação líquida do reservatório (m 3/s).

(b) consistência das vazões naturais incrementais (Qinc) para eliminar ou minimizar a ocorrência e
magnitude dos valores negativos e para suavizar as grandes oscilações de vazões incompatíveis com
a natureza da bacia, realizado a partir de pelo menos uma das seguintes metodologias:
(1) médias móveis;
(2) modulação, a partir de hidrogramas das vazões observadas em estações fluviométricas existentes
na bacia incremental ou em regiões próximas;
(3) agrupamento de bacias incrementais, e
(4) cálculo a partir da vazão afluente adotada com base em curvas referenciais de cota e afluência,
estabelecidas conforme metodologia específica para cada reservatório.
(c) propagação das vazões defluentes dos aproveitamentos a montante, em condições de reservatório,
e propagação das vazões naturais dos aproveitamentos a montante, em condições naturais, a partir
de pelo menos uma das seguintes metodologias:
(1) defasagem das vazões, considerando o tempo de viagem da água entre os aproveitamentos em
horas;
(2) propagação hidrológica, como a utilizada nos métodos Muskingum, Todini Modificado e SSARR; e
(3) propagação hidráulica, como a utilizada em modelos hidrodinâmicos.

3.2.1.3 As metodologias utilizadas para as consistências diárias de primeiro, segundo e terceiro níveis dos
dados hidráulicos são definidas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, em conjunto com os
agentes de geração.

3.2.2 Obtenção das vazões naturais

3.2.2.1 A vazão natural de cada aproveitamento (Qnat) é obtida a partir da equação (3):

(3) Q nat = Q natp + Q inc con

sendo,
Qnat: vazão natural no local do aproveitamento (m3/s);
Qnatp: vazão natural dos reservatórios a montante, devidamente propagada em condição natural
(m3/s); e
Qinc con: vazão natural incremental consistida, entre o aproveitamento e os aproveitamentos a
montante (m3/s).

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3.2.3 Cálculo da energia natural afluente (ENA)

3.2.3.1 A Energia Natural Afluente (ENA) é calculada a partir das vazões naturais e das produtibilidades
equivalentes ao armazenamento de 65% do volume útil dos reservatórios dos aproveitamentos
hidroelétricos.
3.2.3.2 A ENA pode ser calculada em base diária, semanal, mensal ou anual e, também, por bacia (ENABACIA)e
por subsistema (ENASUBSISTEMA), de acordo com os sistemas de aproveitamentos hidroelétricos existentes nas
configurações das bacias hidrográficas e dos subsistemas elétricos, conforme as equações (4) e (5):

(4) 𝐸𝑁𝐴𝐵𝐴𝐶𝐼𝐴 (𝑡) = ∑𝑛


𝑖=1(𝑄𝑛𝑎𝑡(𝑖, 𝑡) × 𝑝(𝑖))

(5) 𝐸𝑁𝐴𝑆𝑈𝐵𝑆𝐼𝑆𝑇𝐸𝑀𝐴 (𝑡) = ∑𝑚


𝑗=1(𝑄𝑛𝑎𝑡(𝑗, 𝑡) × 𝑝(𝑗))

sendo,
t: intervalo de tempo de cálculo da ENA;
i: aproveitamento pertencente ao sistema de aproveitamentos da bacia considerada;
n: número de aproveitamentos existentes no sistema de aproveitamentos da bacia considerada;
Qnat: vazão natural do aproveitamento no intervalo de tempo considerado, conforme item 3.2.2.1;
p: produtibilidade média do conjunto turbina-gerador do aproveitamento hidrelétrico, referente à
queda obtida pela diferença entre o nível de montante, correspondente a um armazenamento de 65%
do volume útil, e o nível médio do canal de fuga;
j: aproveitamento pertencente ao sistema de aproveitamentos do subsistema considerado; e
m: número de aproveitamentos existentes no sistema de aproveitamentos do subsistema
considerado.

3.2.4 Cálculo da energia armazenada (EAR)

3.2.4.1 A Energia Armazenada (EAR) é calculada a partir dos volumes armazenados nos reservatórios e das
produtibilidades dos aproveitamentos hidroelétricos.
3.2.4.2 A EAR pode ser calculada por bacia (EARBacia) e por subsistema e leva em consideração os desvios de
água para reservatórios e aproveitamentos da mesma bacia ou de outras, por meio de canais, túneis,
estações de bombeamento etc.
3.2.4.3 A EAR por subsistema é calculada de forma análoga aos cálculos efetuados para EARBacia, levando
em consideração que a energia produzida pela água armazenada em alguns reservatórios, como Três Marias
e Serra da Mesa, é distribuída em dois subsistemas.
3.2.4.4 A EARBacia é calculada conforme as equações (6), (7) e (8):

𝐸𝐴𝑅𝐵𝑎𝑐𝑖𝑎
(6) 𝐸𝐴𝑅%𝐵𝑎𝑐𝑖𝑎 = 𝐸𝐴𝑅𝑚𝑎𝑥𝐵𝑎𝑐𝑖𝑎

(7) 𝐸𝐴𝑅𝐵𝑎𝑐𝑖𝑎 = ∑𝑛𝑖=1(𝐸𝐴𝑅𝑖 )

(8) 𝐸𝐴𝑅𝑚𝑎𝑥𝐵𝑎𝑐𝑖𝑎 = ∑𝑛𝑖=1(𝐸𝐴𝑅𝑚𝑎𝑥𝑖 )

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sendo,
EAR%Bacia: relação entre a energia armazenada e a energia armazenada máxima na bacia considerada
(%);
EARBacia: energia armazenada na bacia considerada (MWmed);
EARmaxBacia: energia armazenada máxima na bacia considerada (MWmed);
EAR: energia associada ao volume armazenado no reservatório, em um período de um mês,
considerando a produtividade na própria usina e em todas as usinas a jusante da bacia considerada,
descontando-se o volume morto (MWmed), conforme item 0;
EARmax: energia associada ao máximo de água armazenada no reservatório, em um período de um
mês, considerando a produtividade na própria usina e em todas as usinas a jusante da bacia
considerada, descontando-se o volume morto (MWmed), conforme item 0;
i: aproveitamento pertencente à bacia considerada; e
n: número de aproveitamentos existentes na bacia considerada.

3.2.4.5 Os valores de EAR e EARmax são obtidos a partir das equações (9) e (10):

(𝑉𝑖 −𝑉𝑚𝑖𝑛𝑖 )
(9) 𝐸𝐴𝑅𝑖 = × (𝑃𝑅𝑂𝐷𝑒𝑞𝑖 + ∑𝑚
𝑗=1(𝑃𝑅𝑂𝐷𝑒𝑞𝑗 ))
2,6298

𝑉𝑚𝑎𝑥𝑖 −𝑉𝑚𝑖𝑛𝑖
(10) 𝐸𝐴𝑅𝑚𝑎𝑥𝑖 =( ) × (𝑃𝑅𝑂𝐷𝑒𝑞𝑚𝑎𝑥𝑖 + ∑𝑚
𝑗=1(𝑃𝑅𝑂𝐷𝑒𝑞𝑚𝑎𝑥𝑗 ))
2,6298

sendo,
V: volume acumulado no reservatório (hm 3);
Vmin: volume mínimo normal do reservatório (hm3);
Vmax: volume máximo normal do reservatório (hm3);
PRODeq: produtibilidade equivalente do aproveitamento hidrelétrico (MW/m3/s), conforme item
3.2.4.6;
PRODeqmax: produtibilidade equivalente máxima do aproveitamento hidrelétrico (MW/m 3/s),
conforme item 3.2.4.6;
i: aproveitamento considerado;
j: aproveitamentos existentes a jusante do aproveitamento considerado; e
m: número de aproveitamentos existentes a jusante do aproveitamento considerado.
3.2.4.6 Os valores de PRODeq e PRODeqmax são obtidos a partir das equações (11) e (12):

(11) 𝑃𝑅𝑂𝐷𝑒𝑞𝑖 = (𝑃𝑅𝑂𝐷𝑒𝑠𝑝𝑖 ) × (𝐻𝑒𝑞𝑖 )

(12) 𝑃𝑅𝑂𝐷𝑒𝑞𝑚𝑎𝑥𝑖 = (𝑃𝑅𝑂𝐷𝑒𝑠𝑝𝑖 ) × (𝐻𝑒𝑞𝑚𝑎𝑥𝑖 )

sendo,
PRODesp: produtibilidade específica do aproveitamento hidrelétrico (MW/m3/s/m);

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Heq: queda líquida equivalente (m), conforme item 0; e


Heqmax= máxima queda líquida equivalente (m), conforme item 0.

3.2.4.7 Os valores de Heq e Heqmax são obtidos a partir dos seguintes condicionantes:
(a) se a regularização proporcionada pelo reservatório for mensal, é utilizada as equações (13) e (14):

(13) 𝐻𝑒𝑞𝑖 = (𝐶𝑜𝑡𝑎𝐺𝑒𝑜𝑖 ) − (𝐶𝐹𝑢𝑔𝑎𝑚𝑒𝑑𝑖 ) − (𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠𝑖 )

(14) 𝐻𝑒𝑞𝑚𝑎𝑥𝑖 = (𝐶𝑜𝑡𝑎𝐺𝑒𝑜𝑚𝑎𝑥𝑖 ) − (𝐶𝐹𝑢𝑔𝑎𝑚𝑒𝑑𝑖 ) − (𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠𝑖 )

(b) se a regularização proporcionada pelo reservatório for semanal ou diária, é utilizada a equação (15):

(15) 𝐻𝑒𝑞𝑖 = 𝐻𝑒𝑞𝑚𝑎𝑥𝑖 = (𝐶𝑜𝑡𝑎𝑟𝑒𝑓𝑖 ) − (𝐶𝐹𝑢𝑔𝑎𝑚𝑒𝑑𝑖 ) − (𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠𝑖 )

sendo,
CotaGeo: cota geométrica equivalente do aproveitamento (m), conforme item 3.2.4.8;
CFugamed: nível médio do canal de fuga do aproveitamento (m);
Perdas: perda de carga hidráulica média do aproveitamento (m);
CotaGeomax: máxima cota geométrica equivalente do aproveitamento (m), conforme item 3.2.4.8; e
Cotaref: cota de referência do reservatório (m), conforme item 3.2.4.8.

3.2.4.8 Os valores de CotaGeo, CotaGeomax e Cotaref são obtidos a partir das equações (16), (17) e (18):

1 𝑎 𝑏𝑖 𝑐
(16) 𝐶𝑜𝑡𝑎𝐺𝑒𝑜𝑖 = ( ) × ( 5𝑖 × (𝑉𝑖5 − 𝑉𝑚𝑖𝑛𝑖5 ) + × (𝑉𝑖4 − 𝑉𝑚𝑖𝑛𝑖4 ) + 3𝑖 × (𝑉𝑖3 − 𝑉𝑚𝑖𝑛𝑖3 ) +
𝑉 −𝑉𝑚𝑖𝑛
𝑖 𝑖 4
𝑑𝑖
× (𝑉𝑖2 − 𝑉𝑚𝑖𝑛𝑖2 ) + ℯ × (𝑉𝑖 − 𝑉𝑚𝑖𝑛𝑖 ))
2

𝑎 𝑏𝑖 𝑐
(17) 𝐶𝑜𝑡𝑎𝐺𝑒𝑜𝑚𝑎𝑥𝑖 = ( 𝑖 × (𝑉𝑚𝑎𝑥𝑖5 − 𝑉𝑚𝑖𝑛𝑖5 ) + × (𝑉𝑚𝑎𝑥𝑖4 − 𝑉𝑚𝑖𝑛𝑖4 ) + 3𝑖 × (𝑉𝑚𝑎𝑥𝑖3 −
5 4

𝑑𝑖 1
𝑉𝑚𝑖𝑛𝑖3 ) + × (𝑉𝑚𝑎𝑥𝑖2 − 𝑉𝑚𝑖𝑛𝑖2 ) + ℯ × (𝑉𝑚𝑎𝑥𝑖 − 𝑉𝑚𝑖𝑛𝑖 ) × ( ))
2 𝑉𝑚𝑎𝑥𝑖 −𝑉𝑚𝑖𝑛𝑖

(18) 𝐶𝑜𝑡𝑎𝑟𝑒𝑓𝑖 = (𝑎𝑖 × 𝑉𝑟𝑒𝑓𝑖4 + 𝑏𝑖 × 𝑉𝑟𝑒𝑓𝑖3 + 𝑐𝑖 × 𝑉𝑟𝑒𝑓𝑖2 + 𝑑𝑖 × 𝑉𝑟𝑒𝑓𝑖 + ℯ𝑖 )

sendo, as seguintes variáveis obtidas conforme descrito no Submódulo 3.8 – Atualização de dados
técnicos dos aproveitamentos hidroelétricos:
Vmini: volume mínimo operativo normal do reservatório (hm3);
Vmaxi: volume máximo operativo normal do reservatório (hm3);
PRODespi: produtibilidade específica do aproveitamento hidrelétrico (MW/m3/s/m);
CFugamedi: nível médio do canal de fuga do aproveitamento (m);
Perdasi: perda de carga hidráulica média do aproveitamento (m);

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ai, bi, ci, di, ei: coeficientes do polinômio cota-volume do reservatório; e


Vrefi: volume de referência do reservatório (hm3).

3.3. Critérios para Planejamento Anual de Prevenção de Cheias (PAPC)

Análise de consistência das séries sintéticas das vazões diárias

3.3.1.1 As séries sintéticas das vazões incrementais diárias geradas, correspondentes aos cenários
hidrológicos, são analisadas a fim de se buscar consistência em relação às séries históricas, conforme os
seguintes critérios (entre parênteses, estão os valores de referência para ajuste ótimo):
(a) probabilidade de a média da vazão diária da série sintética ser superior à da série histórica (0,5);
(b) probabilidade de o desvio padrão da vazão diária da série sintética ser superior ao da série histórica
(0,5);
(c) probabilidade de a média do volume de espera anual da série sintética ser superior à da série histórica
(0,5);
(d) probabilidade de o desvio padrão do volume de espera anual da série sintética ser superior ao da série
histórica (0,5);
(e) probabilidades de a distância multivariada da média e o desvio padrão do volume de espera anual da
série sintética serem superiores aos das séries históricas (1,0); e
(f) teste de Smirnov para os volumes de espera anuais das séries sintética e histórica (aceitação com nível
de significância de 10%).

Cálculo dos volumes de espera em sistemas de reservatórios

3.3.2.1 Os volumes de espera são calculados para cada cenário hidrológico, utilizando séries sintéticas de
vazões naturais incrementais médias diárias, quando estas se apresentarem consistentes, ou séries históricas
das vazões naturais incrementais médias diárias.
(a) caso sejam utilizadas séries sintéticas de vazões, os volumes de espera resultantes representam os
valores mínimos a serem adotados nos reservatórios do sistema ou, quando o sistema possui um
único reservatório, o volume de espera resultante representa exatamente o volume a ser adotado
nesse reservatório.
(b) caso sejam utilizadas séries históricas de vazões, os volumes de espera resultantes representam
exatamente os volumes a serem adotados nos reservatórios do sistema.
3.3.2.2 Caso não exista um reservatório imediatamente a montante do local da restrição de vazão máxima,
é definido um reservatório fictício e os volumes de espera resultantes são distribuídos entre os reservatórios
do sistema localizados a montante desse local, considerando os seguintes aspectos:
(a) distribuição proporcional ao fator de contribuição das vazões em cada local do reservatório, em
relação ao local onde foi calculado o volume de espera;
(b) capacidade para alocação do volume de espera;
(c) efetividade para o controle de cheias nos locais de restrição de vazão máxima; e
(d) impactos energéticos decorrentes.

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Avaliação dos impactos energéticos das alternativas de volumes de espera

3.3.3.1 A partir das alternativas de volumes de espera para todos os reservatórios dos sistemas de
reservatórios para controle de cheias, definidas conforme Submódulo 3.7, e a partir da alternativa de não
alocação dos volumes de espera, os impactos na operação eletroenergética são avaliados utilizando-se os
seguintes resultados dos modelos de avaliação energética:
(a) risco de déficit;
(b) CMO;
(c) probabilidade de reenchimento dos subsistemas ou reservatórios ao final do período de controle de
cheias; e
(d) vertimentos realizados.

Classificação das situações de operação para controle de cheias

3.3.4.1. A definição das regras de operação de controle de cheias, conforme descrito no Submódulo 3.7,
deve considerar a classificação das situações de operação apresentada no Quadro 1, sendo:
(a) indicativo de violação das restrições hidráulicas de vazões máximas: obtido com base nos estados de
armazenamento, de afluências aos reservatórios e de vazões incrementais entre os reservatórios e os
pontos de controle;
(b) ocupação de volumes de espera:
(1) para os sistemas de reservatórios independentes constituídos de um único reservatório de
regularização: quando os volumes vazios disponíveis são inferiores aos volumes de espera
estabelecidos no PAPC.
(2) para os sistemas de reservatórios interdependentes: quando os tempos de recorrência
proporcionados pelos volumes vazios disponíveis são inferiores aos tempos de recorrência
recomendados no PAPC.
(c) caracterização de cheia: previsão ou ocorrência de vazões naturais nos pontos de controle superiores
às restrições de vazões máximas consideradas.

Quadro 1 – Classificações das situações de operação para controle de cheias

Situação de Descrição
Operação

Não há:
• indicativo de violação de restrições hidráulicas de vazões máximas; e
Normal
• ocupação de volumes de espera; e
• caracterização de cheia.

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Situação de Descrição
Operação

Não há:
• indicativo de violação de restrições hidráulicas de vazões máximas; e
Atenção
Há:
• caracterização de cheia ou há ocupação de volumes de espera.

Há:
• indicativo de violação das restrições hidráulicas de vazões máximas; e
Alerta
• ocupação de volumes de espera; e
• caracterização de cheia.

Há:
• violação de restrições hidráulicas de vazões máximas; e
Emergência
• ocupação de volumes de espera; e
• caracterização de cheia.

3.4. Critérios para previsão de vazões e geração dos cenários de afluências

Análise de consistência e consolidação das vazões naturais médias diárias previstas

3.4.1.1 As vazões naturais médias diárias previstas pelos agentes de geração e pelo ONS são analisadas com
base nos seguintes critérios de consistência:
(a) inexistência de valores negativos de vazões naturais incrementais médias diárias;
(b) inexistência de incompatibilidade entre, por um lado, as previsões de vazões naturais médias diárias
e, por outro, os valores de vazões observadas e os valores de previsões de precipitação na área
incremental da bacia hidrográfica; e
(c) inexistência de incompatibilidade nas parcelas relativas às vazões de uso consuntivo e de evaporação
líquida que foram adicionadas às vazões previstas.

Estimação das vazões naturais médias de semana ou de mês incompletos

3.4.2.1 As vazões naturais afluentes médias de semana ou de mês incompletos são estimadas, para
aproveitamentos hidroelétricos, pelo critério da média proporcional entre os valores das vazões naturais
médias diárias verificadas no período decorrido e os valores das vazões naturais médias diárias previstas para
os dias restantes da semana ou do mês.
3.4.2.2 A proporção representativa de cada período é definida pelo número de dias com valores verificados
e pelo número de dias com valores previstos.
3.4.2.3 A estimação das vazões naturais médias é calculada a partir da equação (19):

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∑𝑛 (𝑄𝑁𝑉𝐸𝑅𝐼𝐹(𝑖,𝑑)) + ∑𝑚
(19) 𝑄𝑁(𝑖, 𝑡) = 𝑑=1 𝑑=𝑛+1(𝑄𝑁𝑃𝑅𝐸𝑉 (𝑖,𝑑))
𝑚
sendo,
i: identificação do aproveitamento hidroelétrico onde está sendo estimada a vazão natural média de
semana ou de mês incompletos;
t: identificação da semana ou do mês para o qual está sendo estimada a vazão natural média;
d: identificação do dia da semana ou do mês considerado;
n: número de dias com valores de vazões naturais verificadas;
m: número de dias do período total considerado (semana ou mês);
QNVERIF: vazão natural média diária verificada no aproveitamento hidroelétrico; e
QNPREV: vazão natural média diária prevista no aproveitamento hidroelétrico.

4. CRITÉRIOS PARA CÁLCULO DA CURVA DE PRODUTIVIDADE EÓLICA

4.1. Usinas Eólicas

Premissas

4.1.1.1 Para cálculo da curva é necessário o histórico de vento e de geração das usinas eólicas.
4.1.1.2 Esses dados são enviados pelos agentes através do sistema de supervisão do ONS.

Critérios Gerais

4.1.2.1 O desenvolvimento metodológico foi dividido em três etapas:


(a) a primeira etapa consiste na caracterização do processo e tratamento dos dados históricos verificados
de geração e velocidade do vento;
(b) na segunda etapa, o histórico verificado de vento e geração alimenta um modelo de criação das curvas
Vento x Potência (VxP). Essas curvas, posteriormente, são utilizadas no cálculo de referência de
energia frustrada, conforme Submódulo 6.5 - Apuração da geração e de indisponibilidade de
empreendimentos de geração; e
(c) Finalmente, de posse da velocidade do vento verificada no momento de restrição de geração eólica
decorrente de comando do ONS, a expectativa da energia que teria sido gerada é calculada.
4.1.2.2 Em geral, a curva de potência física é caracterizada por dois parâmetros principais, sendo esses
velocidade do vento denominada cut-in e cut-out.
4.1.2.2.1 A velocidade cut-in é a velocidade mínima do vento que permite o início de geração de energia
elétrica pelo aerogerador e a velocidade cut-out é a velocidade máxima de vento que a máquina ainda poderá
operar sem ser desligada.
4.1.2.2.2 A Figura 2 ilustra o comportamento teórico de um aerogerador típico.

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Figura 2 – Representação física da curva Vento x Potência

4.1.2.3 Na próxima seção, as características do modelo utilizado para estimação das curvas de potência das
usinas eólicas são apresentadas.

Características das Curvas Vento x Potência

4.1.3.1 Com base nos dados históricos, a curva empírica é construída através de funções sigmoides –
Equação (20), sendo os parâmetros 𝑃𝑚𝑖𝑛 , 𝑃𝑚𝑎𝑥 , 𝑉01 , 𝑉𝑚𝑎𝑥1 , 𝑉02 e 𝑉𝑚𝑎𝑥2 características próprias de cada
parque eólico, conforme Figura 3.

Figura 3 – Curva genérica para criação das curvas Vento x Potência

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𝑃𝑚𝑎𝑥 −𝑃𝑚𝑖𝑛 𝑃𝑚𝑎𝑥


(20) 𝑃(𝑣) = 𝑃𝑚𝑖𝑛 + 5 − 5
− ∙(𝑣−𝑡𝑐1 ) −𝑡 ∙(𝑣−𝑡𝑐2 )
1+𝑒 𝑡𝑠1 1+𝑒 𝑠2

sendo,

(21) 𝑡𝑠1 = 𝑉𝑚𝑎𝑥1 − 𝑉01 𝑡𝑠2 = 𝑉𝑚𝑎𝑥2 − 𝑉02


𝑉𝑚𝑎𝑥1 +𝑉01 𝑉𝑚𝑎𝑥2 +𝑉02
(22) 𝑡𝑐1 = 𝑡𝑐2 =
2 2

4.1.3.2 Cada usina eólica possui características distintas. As curvas VxP de usinas que possuem uma região
de saturação bem definida para velocidades elevadas de vento podem ser modeladas através de uma função
com a primeira e a segunda parcela da Equação (20).
4.1.3.2.1 Em caso de usinas em que a geração eólica a partir de dada velocidade do vento começa a decair,
é necessário utilizar também a terceira parcela da Equação (20) para modelar as respectivas curvas VxP.
4.1.3.2.2 A Figura 4 ilustra um exemplo de curvas VxP estimadas utilizando a Equação (20), cada curva com
seu comportamento distinto, conforme acima mencionado.

Figura 4 - Curva Vento x Potência com e sem saturação na geração

Estimação de Limites das Dispersões Vento x Potência

4.1.4.1 Para uma boa estimação da curva VxP, inicialmente, é necessário eliminar os pontos da dispersão,
de cada usina, que não representam valores plausíveis, tentando manter o maior número de pontos corretos
[2].
4.1.4.2 Sendo assim, são criadas uma função superior e uma inferior, de forma a considerar apenas os dados
que se encontram dentro destes limites. A criação destes limites é feita com funções sigmoides, conforme
Equação (20).

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4.1.4.3 De posse dos parâmetros 𝑃𝑚𝑖𝑛 , 𝑃𝑚𝑎𝑥 , 𝑉01 , 𝑉𝑚𝑎𝑥1 , 𝑉02 e 𝑉𝑚𝑎𝑥2 é possível a criação dos limites
inferiores e superiores para filtragem dos dados.
4.1.4.3.1 Esses parâmetros devem ser estimados tomando as próprias curvas de dispersão dos dados
verificados, uma vez que os parâmetros teóricos nem sempre são compatíveis com os estimados pela curva
de dispersão real.
4.1.4.3.2 Os parâmetros da sigmoide são calculados de forma automática pelo modelo que estima as curvas
VxP.
4.1.4.3.3 A ideia geral consiste em selecionar dentro do conjunto de pontos verificados aqueles pertencentes
aos intervalos prováveis de cada parâmetro da equação. Para cada coeficiente a ser especificado, um
conjunto de pontos é selecionado e um determinado quantil desse vetor é calculado e atribuído como o valor
do parâmetro desejado.
4.1.4.4 Na Figura 5, a região em vinho contém os pontos selecionados para a estimação dos parâmetros 𝑉01
das curvas limites inferior e superior, enquanto a região em amarelo filtra os pontos previamente escolhidos
na região vinho para a definição do parâmetro 𝑉01𝑖𝑛𝑓 . Marcações semelhantes são realizadas para estimar os
demais parâmetros das curvas.

Figura 5 - Dispersão VxP de um parque eólico

4.1.4.5 A Figura 6 apresenta um exemplo da criação destes limites e de como se torna a dispersão após a
eliminação de dados incompatíveis.

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Figura 6 - Curvas limites e aplicação

4.1.4.6 Os dados eliminados nem sempre representam problemas de medição. Muitos dados podem ser
medições precisas e serem cortados por não estarem dentro dos limites calculados. Esses dados podem ser
originais de restrições operativas diversas, tais como máquinas em manutenção, equipamentos em falha ou
restrições de transmissão.
4.1.4.6.1 Estes fatores fazem com que mesmo com a disponibilidade de recurso (vento) a usina não gere a
respectiva energia. Embora os dados que estão sendo eliminados possam ser reais, não é interessante mantê-
los na calibração dos modelos, dado que o que importa são os pontos em que o parque opera em condições
usuais.
4.1.4.7 Em situações normais, a dispersão da curva de potência verificada é composta por pontos
majoritariamente plausíveis, e neste caso as limitações impostas apenas melhoram a qualidade do ajuste,
conforme pode ser observado na Figura 7.

Figura 7 - Curvas limites de parques eólicos com saturação e decaimento na geração

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Estimação das Curvas Vento x Potência

4.1.5.1 Após o tratamento da dispersão VxP, a equação que representa cada usina pode ser selecionada.
4.1.5.2 O modelo desenvolvido estima os parâmetros da função sigmoide Equação (20). A mesma função
utilizada no processo de filtragem dos dados verificados é adotada para modelar a curva média VxP de
parques eólicos.
4.1.5.3 A estimação dos parâmetros que permite o melhor ajuste da curva à dispersão VxP pode ser realizada
através de uma função capaz de selecionar os parâmetros de um modelo não-linear que resultem nos
menores desvios quadráticos entre os dados calculados e observados.
4.1.5.4 A quantidade e qualidade dos dados, principalmente na região de saturação, influenciam
diretamente na estimação dos parâmetros da função. Um artifício utilizado para evitar ocorrência de erros e
estimações imprecisas é a inclusão de pontos fictícios ao conjunto de dados que é utilizado no processo de
estimação.
4.1.5.5 A Figura 8 ilustra uma usina eólica, cujo histórico é insuficiente para uma previsão adequada das
gerações na região de saturação. É possível observar na Figura8 que o número de pontos VxP verificados
nessa região é escasso, o que compromete a qualidade da estimação da curva.
4.1.5.6 No processo de inclusão de pontos fictícios, busca-se conhecer as maiores velocidades de vento
verificadas bem como as gerações eólicas associadas a elas.
4.1.5.6.1 De posse dessas informações, é possível criar um conjunto de pontos formado por uma sequência
de ventos partindo de um valor, que é especificado como um quantil do vetor contendo os ventos registrados
mais altos, até uma velocidade elevada.
4.1.5.6.2 Esse vetor com velocidades de vento deve ser relacionado a um vetor de mesmo tamanho contendo
as gerações correspondentes.
4.1.5.6.3 O valor estabelecido para as gerações é constante justamente no intuito de representar de forma
adequada a região de saturação. Esse valor constante é escolhido através do cálculo de um quantil das
gerações associadas aos maiores ventos, que se aproxima da geração eólica verificada em casos que a
saturação é atingida.

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Critérios para estudos energéticos e
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hidrológicos

Figura 8 - Comparação entre curvas VxP estimadas sem e com a inserção de pontos fictícios

4.1.5.7 Na imagem da direita da Figura 8, os pontos fictícios são plotados em azul e garantem um ajuste da
curva VxP bem mais aderente à região de saturação, conforme demonstrado pela curva em amarelo.
4.1.5.7.1 Observa-se que na imagem da esquerda da Figura 8, a curva VxP estimada ultrapassa o limite
superior de geração da usina.
4.1.5.8 A metodologia de estimação das curvas de potência de usinas eólicas descrita acima possui a
vantagem de ser capaz de modelar usinas com a região de saturação bem definida, assim como usinas que
possuem a característica de decaimento, explicada anteriormente, conforme observado na Figura 9.

Figura 9 - Curvas VxP de parques eólicos com saturação e decaimento na geração

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Critérios para estudos energéticos e
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hidrológicos

5. REFERÊNCIAS

[1] CNPE. Resolução nº 01, de 25 de abril de 2017.

[2] M. N. M. Rolo, “Previsão de Produção Eólica com Modelização de Incertezas,” Faculdade de Engenharia
da Universidade do Porto, 2014.

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Submódulo 2.5
Critérios para Operação

Critérios

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2020.12 Resolução Normativa nº 903/2020 08/12/2020


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ÍNDICE

1. OBJETIVO.........................................................................................................................................3

2. CRITÉRIOS PARA EXECUÇÃO DAS INTERVENÇÕES.............................................................................3

3. CRITÉRIOS PARA CONTROLE DA GERAÇÃO .......................................................................................4

4. CRITÉRIOS PARA CONTROLE DA TRANSMISSÃO ...............................................................................4

4.1. Controle do carregamento de equipamentos e linhas de transmissão.........................................4

4.2. Hierarquização dos recursos para controle de tensão na Rede de Operação...............................4

4.3. Controle dos limites operativos de carregamentos e fluxos sistêmicos .......................................5

5. CRITÉRIOS PARA OPERAÇÃO HIDRÁULICA DOS RESERVATÓRIOS .....................................................6

5.1. Definições......................................................................................................................................6

5.2. Caracterização das situações de operação dos reservatórios.......................................................6

6. CRITÉRIOS PARA GERENCIAMENTO DA CARGA ................................................................................8

6.1. Corte direto e manual de carga.....................................................................................................8

6.2. Corte direto e automático de carga ..............................................................................................8

6.3. Corte indireto de carga por redução de tensão ............................................................................9

6.4. Definição do montante de carga a ser cortado .............................................................................9

6.5. Elaboração do Plano de Corte Manual de Carga (PCMC) ............................................................10

7. CRITÉRIOS PARA RECOMPOSIÇÃO DA REDE DE OPERAÇÃO ............................................................10

7.1. Classificação das usinas de autorrestabelecimento ....................................................................10

7.2. Recomposição na fase fluente ....................................................................................................11

7.3. Recomposição na fase coordenada.............................................................................................12

7.4 Regulação da tensão e frequência durante recomposição .........................................................12

8 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................12

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1. OBJETIVO

1.1. Estabelecer os critérios da operação referente aos processos descritos no Submódulo 5.2 – Execução de
intervenções, Submódulo 5.3 – Controle da geração, Submódulo 5.4 – Controle da transmissão, Submódulo
5.5 – Operação hidráulica de reservatórios, Submódulo 5.7 – Gerenciamento de carga e Submódulo 5.8 –
Recomposição da Rede de Operação.

2. CRITÉRIOS PARA EXECUÇÃO DAS INTERVENÇÕES

2.1 Os centros de operação do ONS não autorizam o início de uma intervenção, caso o recurso principal de
comunicação de voz não esteja funcionando entre:
(a) o centro de operação do ONS e o centro de operação do agente, ou órgão designado pelo agente
como interlocutor; ou
(b) o centro de operação do agente, ou órgão designado pelo agente, e as instalações envolvidas com as
manobras.
2.2 As intervenções de urgência solicitadas aos centros de operação do ONS em tempo real têm tratamento
prioritário em relação às intervenções programadas, conforme as instruções de operação do Submódulo 5.12
– Instruções de Operação.
2.2.1 Os critérios para análise das solicitações de intervenções de urgência no tempo real e na pré-operação
são os mesmos.
2.3 Os equipamentos ou linhas de transmissão fora de operação por conveniência operacional não podem
estar sob intervenção que possa restringir sua condição operativa normal, exceto intervenções previstas no
Programa Diário de Intervenções consolidado (PDI), conforme Submódulo 5.2.
2.4 As manobras para reenergização do equipamento ou linha de transmissão após sua intervenção, só
podem ser efetuadas durante o período de ponta da carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) nas
seguintes situações:
(a) caso a ausência desse equipamento ou linha de transmissão possa provocar:
(1) sobrecarga em outros equipamentos;
(2) esgotamento dos recursos para controle de tensão;
(3) esgotamento da margem para regulação da frequência; ou
(4) corte de carga.
(b) caso uma contingência simples em um equipamento ou linha de transmissão, juntamente com a
ausência do equipamento ou linha de transmissão sob intervenção, possa provocar:
(1) esgotamento dos recursos para controle sistêmico ou regional da tensão;
(2) esgotamento dos recursos para controle sistêmico da frequência; ou
(3) corte de carga em proporções sistêmicas ou regionais.
(c) caso a sua reintegração ao SIN não implique riscos sistêmicos.
2.5 Durante o regime especial de operação, definido no Submódulo 5.1 – Operação do sistema e das
instalações da Rede de Operação, só são executadas intervenções de caráter inadiável. O ONS avaliará, caso

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a caso, situações especiais, como por exemplo, intervenções para entrada em operação ou retorno de
equipamentos importantes para o evento.
2.6 Nas instalações estratégicas, os centros de operação do ONS não autorizam o início de uma intervenção
programada com desligamento ou o início de uma intervenção com risco de desligamento durante sua
execução, caso haja indisponibilidade dos recursos de supervisão e controle associados à intervenção, nos
centros de operação do ONS ou do agente de operação ou nas instalações envolvidas, que possa
comprometer a confiabilidade do sistema ou o processo de recomposição após eventual desligamento.

3. CRITÉRIOS PARA CONTROLE DA GERAÇÃO

3.1 A frequência nominal do SIN é 60 Hz.


3.2 Os reguladores de velocidade das unidades geradoras devem estar sempre desbloqueados.
3.3 O estatismo das unidades geradoras deve estar ajustado em 5%, exceto nos casos de necessidade do
sistema com base em estudos realizados pelo ONS, conforme Submódulo 3.10 – Estudos para segurança
operacional elétrica.
3.4 O desvio da frequência para o desligamento automático do Controle Automático de Geração (CAG) deve
estar ajustado em 0,5 Hz em relação à frequência nominal do sistema.
3.5 As rampas de mudança de programa ou reprogramação de intercâmbio devem ser executadas com
duração mínima de 10 minutos, exceto em casos de urgência ou emergência.

4. CRITÉRIOS PARA CONTROLE DA TRANSMISSÃO

4.1. Controle do carregamento de equipamentos e linhas de transmissão

4.1.1 A alteração do limite de carregamento dos equipamentos e das linhas de transmissão que implicar em
restrições severas ao SIN, como corte de carga real ou potencial, perda de confiabilidade ou dificuldades para
o controle de tensão, pode ser realizada pelo agente somente em casos de urgência ou emergência,
devidamente justificada.

4.2. Hierarquização dos recursos para controle de tensão na Rede de Operação

4.2.1 Os recursos para o controle de tensão são utilizados conforme sequência definida nas instruções de
operação do Submódulo 5.12 e estão listadas a seguir:
(a) reatores de barra manobráveis;
(b) bancos de capacitores;
(c) excitação das unidades geradoras;
(d) compensadores síncronos e estáticos;
(e) reatores de linha manobráveis;
(f) comutadores sob carga de transformadores e de reguladores série; e
(g) manobras de linhas de transmissão.

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4.2.2 Os recursos para o controle de tensão devem ser mantidos com folga em relação aos seus limites
operativos nas diversas áreas e, prioritariamente, nos equipamentos de controle automático, como
compensadores síncronos e estáticos e nas unidades geradoras.
4.2.3 Os compensadores síncronos e estáticos e as unidades geradoras devem ser operadas com reserva
adequada de reativo para minimizar as variações transitórias da tensão, em casos de contingências. A
utilização plena desses equipamentos e instalações só deve ocorrer quando as condições de tensão não
forem satisfatórias e depois de esgotados todos os recursos disponíveis.
4.2.4 As manobras que envolvem bancos de capacitores ou reatores e provocam grandes variações da
tensão são precedidas e sucedidas de atuação nos comutadores sob carga dos transformadores, nos
transformadores reguladores de tensão série, nos compensadores ou na excitação das unidades geradoras,
se houver recursos disponíveis.
4.2.5 Na passagem de um período de carga para outro de maior valor, deve-se antecipar a produção de
reativos em relação à demanda, de modo a minimizar a queda de tensão com o aumento de carga.
4.2.6 As manobras em equipamentos e linhas de transmissão durante o período de carga pesada só podem
ser efetuadas quando as ações de controle de tensão não puderem ser realizadas previamente.
4.2.7 Em todos os períodos de carga, deve-se operar com as tensões dentro das faixas de tensão
recomendadas, conforme as instruções de operação do Submódulo 5.12.
4.2.8 No caso de violação dos limites das faixas de tensão recomendadas ou dos limites dos equipamentos
e das linhas de transmissão, depois de esgotados todos os recursos para o controle de tensão, podem ser
adotadas as seguintes alternativas:
(a) violação do limite superior: desligamento de linhas de transmissão para evitar sobretensões na rede;
ou
(b) violação do limite inferior: ações de gerenciamento de carga não usuais na operação do sistema para
evitar o colapso de tensão, conforme Submódulo 5.7.
4.2.9 Inicialmente, os agentes devem utilizar os recursos locais instalados próximos à carga e fora da Rede
de Operação.
4.2.9.1 Caso os recursos locais para o controle de tensão sejam insuficientes, devem ser utilizados os
recursos de controle de tensão da Rede de Operação Regional e priorizados os recursos que afetem o menor
número de barramentos de referência da região.
4.2.9.2 Caso os recursos de controle de tensão da Rede de Operação Regional sejam insuficientes, devem
ser utilizados os recursos de controle de tensão da Rede de Operação Sistêmica e priorizados os recursos que
afetem o menor número de barramentos de referência da Rede de Operação Sistêmica.
4.2.9.3 Caso não existam mais recursos de controle de tensão disponíveis para uma determinada área da
Rede de Operação Regional, cabe ao Centro de Operação do Sistema – COSR contatar o Centro Nacional de
Operação do Sistema – CNOS para coordenar a utilização dos recursos sistêmicos. A partir do momento em
que o CNOS estiver agindo para efetivar os necessários ajustes no controle de tensão, o COSR solicitante não
pode tomar qualquer medida ou realizar qualquer ação sem prévia autorização do CNOS.

4.3. Controle dos limites operativos de carregamentos e fluxos sistêmicos

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4.3.1 Os centros de operação do ONS controlam os carregamentos e os fluxos sistêmicos dentro dos limites
operativos na Rede de Operação, considerando:
(a) os fluxos sistêmicos dentro dos limites operativos definidos nos estudos de planejamento da operação
elétrica, descritos no Submódulo 3.1 – Planejamento da operação elétrica de médio prazo,
Submódulo 3.3 – Planejamento da operação elétrica com horizonte quadrimestral e Submódulo 4.1 –
Programação mensal da operação elétrica;
(b) os limites operativos dos carregamentos nas instalações de transmissão, incluindo as eventuais
restrições permanentes ou temporárias, definidas na regulamentação e informadas pelos agentes de
operação proprietários, conforme Submódulo 5.11 – Cadastro de Informações Operacionais; e
(c) as restrições temporárias das instalações de transmissão informadas em tempo real pelos agentes de
operação proprietários.
4.3.2 Esgotados os recursos para não violação dos limites operativos estabelecidos, devem ser adotadas
como último recurso as ações para gerenciamento de carga, conforme descritas no Submódulo 5.7.

5. CRITÉRIOS PARA OPERAÇÃO HIDRÁULICA DOS RESERVATÓRIOS

5.1. Definições

5.1.1. O indicativo de violação das restrições hidráulicas de vazões máximas é obtido com base nos estados
de armazenamentos, de afluências aos reservatórios e de vazões incrementais entre os reservatórios e os
pontos de controle.
5.1.2. A ocupação de volumes de espera é definida quando os volumes vazios disponíveis são iguais ou
inferiores aos volumes de espera estabelecidos para o reservatório.
5.1.3. A caracterização de cheia é definida quando a previsão ou ocorrência de vazões naturais nos pontos
de controle é superior às restrições das vazões máximas consideradas.
5.1.4. A caracterização de seca é definida quando há um período prolongado em que a ausência ou carência
de chuvas, em uma região ou bacia hidrográfica, acarreta baixas afluências aos seus reservatórios.

5.2. Caracterização das situações de operação dos reservatórios

5.2.1. A caracterização das situações de operação dos reservatórios e a responsabilidade de coordenação


dos reservatórios estão definidas no

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5.2.2. Quadro 1:

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Quadro 1 – Situações de operação dos reservatórios

Responsável Situação Caracterização

Não há:
 indicativo de violação das restrições operativas hidráulicas máximas ou mínimas,
registradas pelo agente junto ao ONS ou informadas em tempo real;
ONS Normal  ocupação de volumes de espera;
 caracterização de cheias; e
 situações de secas prolongadas com vazões naturais no ponto de controle iguais ou
superiores às restrições hidráulicas de vazões mínimas.

Não há:
 indicativo de violação das restrições operativas hidráulicas máximas ou mínimas,
registradas pelo agente junto ao ONS ou informadas em tempo real; e
Há:
 ocupação de volumes de espera; ou
ONS Atenção  caracterização de cheia; ou
 situações de seca prolongadas com vazões naturais no ponto de controle inferiores
às restrições hidráulicas de vazões mínimas; ou
 violação do nível d’água máximo ou mínimo operativo normal do reservatório ; ou
 indisponibilidade dos equipamentos hidráulicos e/ou elétricos que afetam o
controle operacional do reservatório, sem previsão de retorno; ou
 necessidade de procedimentos específicos para não violação de restrição não usual
ou restrição não cadastrada anteriormente.

Há:
 indicativo de violação das restrições operativas hidráulicas máximas ou mínimas,
registradas pelo agente junto ao ONS ou informadas em tempo real; e
 ocupação de volumes de espera; ou
 caracterização de cheia; ou
Agente de  situações de seca prolongadas com vazões naturais no ponto de controle inferiores
Alerta
geração às restrições hidráulicas de vazões mínimas; ou
 violação do nível d’água máximo ou mínimo operativo normal do reservatório; ou
 indisponibilidade de equipamentos hidráulicos e/ou elétricos que afetam o controle
operacional do reservatório, sem previsão de retorno; ou
 necessidade de procedimentos específicos para não violação de restrição não usual
ou restrição não cadastrada anteriormente.

Há:
 violação de quaisquer das restrições operativas hidráulicas máximas ou mínimas,
Agente de Emer- registradas pelo agente junto ao ONS ou informadas em tempo real; e
geração gência
 perda total de comunicação entre a usina e o centro de operação de relacionamento;
ou

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Responsável Situação Caracterização

 ocupação de volumes de espera; ou


 caracterização de cheia; ou
 situações de seca prolongadas com vazões naturais no ponto de controle inferiores
às restrições hidráulicas de vazões mínimas; ou
 violação do nível d’água máximo ou mínimo operativo normal do reservatório ; ou
 indisponibilidade dos equipamentos hidráulicos e/ou elétricos que afetam o
controle operacional do reservatório, sem previsão de retorno; ou
 fatos não hidráulicos ocorridos a montante ou a jusante que comprometem a
operação do reservatório.

6. CRITÉRIOS PARA GERENCIAMENTO DA CARGA

6.1. Corte direto e manual de carga

6.1.1 O Plano de Corte Manual de Carga (PCMC) dos agentes de distribuição e consumidores livres ou
potencialmente livres, cujas instalações estejam conectadas à Rede Básica e às DIT, instrui a redução da sua
carga por corte direto manual em até 35% da sua carga original e em patamares de 5%.
6.1.1.1 A critério do ONS, o percentual total de redução indicado no PCMC pode ser maior do que 35%.
6.1.2 O corte manual de cargas se aplica a todo o SIN, ou isoladamente aos sistemas Sul, Sudeste, Nordeste
ou Norte/Centro Oeste, ou ainda às áreas isoladas do sistema em função do local de contingência.
6.1.3 O CNOS coordena o corte manual de carga em caso de:
(a) subfrequência sustentada, quando a frequência permanece igual ou inferior a 59,5 Hz em função do
desequilíbrio entre geração e carga, e há perspectiva ou tendência de elevação desse desequilíbrio;
ou
(b) previsão de déficit de geração no sistema.
6.1.4 O montante de carga a ser cortado manualmente pelos agentes, em caso de subfrequência sustentada,
deve possibilitar o imediato restabelecimento do equilíbrio entre geração e carga para estabilizar a
frequência do SIN, ainda que de forma precária, em no mínimo 59,7 Hz.
6.1.5 As cargas interrompidas não devem ser restabelecidas quando a frequência estiver entre 59,7 Hz e o
valor nominal da frequência de 60 Hz.
6.1.6 O ONS avalia as condições do sistema para autorizar de forma gradativa a recomposição das cargas,
quando a frequência atinge 60 Hz.

6.2. Corte direto e automático de carga

6.2.1 O corte automático de carga é efetuado em função dos valores mínimos verificados de frequência e
tensão ou pelo Sistema Especial de Proteção (SEP) que compreende o Esquema Regional de Alívio de Carga
(ERAC) e o Esquema de Controle de Emergência (ECE).
6.2.2 O ERAC atua por meio de relés de taxa de variação de frequência no tempo (Δf/Δt) em uma janela de
frequência e/ou por meio de relés de frequência absoluta, que atuam desligando automaticamente as cargas

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previamente estabelecidas, sempre que forem atingidos os valores pré-definidos de taxa de frequência,
frequência absoluta e, caso exista, temporização.
6.2.3 Os relés de subfrequência que compõem o ERAC devem estar permanentemente ativados, exceto nos
períodos de manutenção programada, para garantir a atuação do ERAC em casos de contingência.
6.2.4 No caso de atuação dos esquemas de subtensão, as cargas desligadas só podem ser recompostas
quando as grandezas sob controle atingirem os valores definidos nas instruções de operação do
Submódulo 5.12 ou quando ocorrer o restabelecimento da configuração normal da área afetada.
6.2.5 Caso ocorra falha na atuação do ERAC ou ECE, o agente de operação deve efetuar manualmente os
cortes das cargas previamente determinados para o corte automático e informar ao centro de operação do
ONS com o qual se relaciona.
6.2.5.1 O centro de operação do ONS informa ao agente de operação quando os valores de tensão e
frequência foram restabelecidos às condições normais do sistema, de forma que seja minimizado o corte de
carga.
6.2.5.2 Caso não haja possibilidade de restabelecimento imediato das condições normais do sistema, as
cargas desligadas pelo ERAC ou ECE podem ser substituídas por outras cargas de igual valor através do corte
manual de cargas.
6.2.6 É recomendável que os disjuntores incluídos nos esquemas automáticos não sejam desligados em
corte manual de carga para preservação da confiabilidade do sistema, exceto em casos especiais descritos
nas instruções de operação no Submódulo 5.12, com base em estudos realizados pelo ONS.

6.3. Corte indireto de carga por redução de tensão

6.3.1 O corte indireto de carga é coordenado e controlado pelos centros de operação do ONS, por meio da
redução dos níveis de tensão nos barramentos da Rede de Operação na área afetada e pelos agentes de
operação envolvidos nas barras fora da Rede de Operação.
6.3.2 Os níveis mínimos de tensão nas barras da Rede de Operação são definidos nos estudos de
planejamento da operação elétrica pelo ONS, conforme Submódulo 3.1, Submódulo 3.3 e Submódulo 4.1, e
acordados com os agentes de distribuição e transmissão.
6.3.3 Os níveis mínimos de tensão fora da Rede de Operação são definidos pelos agentes.

6.4. Definição do montante de carga a ser cortado

6.4.1 A definição do montante de carga a ser cortado deve considerar que a carga remanescente não exceda
a capacidade geradora disponível ou os limites operativos dos equipamentos, linhas de transmissão e do
sistema.
6.4.2 O montante de carga a ser cortado deve atender aos requisitos mínimos de tensão estabelecidos nas
instruções de operação do Submódulo 5.12.
6.4.3 O rateio do montante de carga a ser cortado é realizado da seguinte forma:
(a) corte de carga para controle de frequência: aplicado a todo o SIN ou, isoladamente, às áreas de
controle do Sul, Sudeste, Nordeste ou Norte/Centro-Oeste, ou ainda às áreas isoladas do sistema em
função do local da contingência, e rateado entre os agentes da área elétrica afetada; e
(b) corte de carga para controle de tensão, carregamento de transmissão ou transformação: o rateio é
proporcional ao requisito de carga dos agentes na região ou área elétrica afetada, exceto em casos

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especiais com base em estudos realizados pelo ONS para preservação da segurança do sistema ou
otimização do corte de carga.
6.4.4 Os agentes podem implementar o processo de redução da carga negociada com seus consumidores,
desde que tal medida não tenha reflexos negativos para as ações de gerenciamento de carga em curso e
assegure os montantes demandados pelo centro de operação do ONS.
6.4.5 Os agentes devem informar os valores e os períodos de redução de carga negociados ao centro de
operação do ONS com o qual se relacionam.
6.4.6 Não são consideradas como reduções negociadas de carga aquelas decorrentes de:
(a) variações climáticas; e
(b) reduções voluntárias de carga pelos consumidores, resultantes de campanha de mídia.
6.4.7 Na ocorrência de perda ou limitação de linhas de transmissão ou transformadores, ao ser atingido o
limite operativo permissível dos equipamentos ou do sistema, devem ser efetuadas, prioritariamente e de
forma antecipada, possíveis transferências de carga na área diretamente afetada para evitar o corte de carga.

6.5. Elaboração do Plano de Corte Manual de Carga (PCMC)

6.5.1 Os critérios para elaboração do PCMC e da síntese dos PCMC dos agentes estão contidos em rotina
operacional do Submódulo 5.13 – Rotinas Operacionais, elaborada com a participação dos agentes de
distribuição e consumidores livres ou potencialmente livres cujas instalações estejam conectadas à Rede
Básica e às DIT.
6.5.2 Para assegurar maior efetividade e equanimidade de um eventual corte de carga, a rotina operacional
descreve, no mínimo, os seguintes aspectos:
(a) o patamar de carga a ser adotado para explicitação das cargas no PCMC;
(b) a periodicidade necessária para atualização do PCMC;
(c) o valor da carga de cada agente para definição do percentual de participação do agente em um
eventual rateio de corte de carga;
(d) o tratamento dado aos consumidores livres ou potencialmente livres, não conectados à Rede Básica
e às DIT, e o tratamento dado aos agentes de distribuição conectados na rede de distribuição;
(e) a não inclusão das cargas que fazem parte do ERAC ou ECE nas cargas a serem cortadas manualmente,
fixando os casos de exceção;
(f) a informação pelo agente do tempo necessário para o atendimento de uma solicitação do centro de
operação do ONS para realização do corte de carga.

7. CRITÉRIOS PARA RECOMPOSIÇÃO DA REDE DE OPERAÇÃO

7.1. Classificação das usinas de autorrestabelecimento

7.1.1 A classificação das usinas em função da sua capacidade de autorrestabelecimento considera os


seguintes aspectos:
(a) usinas de autorrestabelecimento integral:

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(1) contribuem para o processo de recomposição do sistema elétrico, partindo o número de unidades
geradoras definido pelo ONS para viabilizar o processo de recomposição da área; e
(2) devem ser capazes de:
(i) sair da condição de parada total para condição de operação, independentemente de fontes
externas para alimentação dos seus serviços auxiliares;
(ii) dar partida nas unidades geradoras e sincronizar o número mínimo de unidades, definido nas
instruções de operação do Submódulo 5.12, com seus próprios serviços auxiliares;
(iii) energizar os elementos da rede adjacente sem considerar eventos fora do seu controle;
(iv) assimilar variações bruscas de carga e controlar tensão e frequência dentro das faixas definidas
em situações de emergência; e
(v) ter o índice de disponibilidade superior a 80%.
(b) usinas de autorrestabelecimento parcial:
(1) possuem uma ou mais unidades com capacidade de alimentar seus serviços auxiliares a partir da
tensão terminal dos seus próprios geradores; e
(2) possuem unidades geradoras que, após a ocorrência de uma perturbação, permanecem girando e
excitadas.
(c) usinas sem autorrestabelecimento: necessitam de alimentação externa para seus serviços auxiliares
para conseguirem recompor suas unidades geradoras após uma perturbação.

7.2. Recomposição na fase fluente

7.2.1 Na fase de recomposição fluente, são considerados os seguintes aspectos:


(a) as áreas de recomposição estão totalmente desenergizadas;
(b) as usinas térmicas não são definidas como fontes de recomposição do SIN, porém devem possuir
esquemas de ilhamento, sempre que for tecnicamente viável, para preservar uma parcela do sistema
estável após grandes perturbações; e
(c) a maior parcela possível do montante máximo da carga prioritária é atendida com a condição de carga
pesada para garantir a viabilidade de recomposição em qualquer horário, conforme critérios
estabelecidos no Submódulo 2.3 – Premissas, critérios e metodologia para estudos elétricos.
7.2.2 A liberação dos montantes máximos de carga em cada área considera os seguintes aspectos:
(a) capacidade de geração da configuração mínima das unidades geradoras das usinas de
autorrestabelecimento da área necessária para energização dos troncos de transmissão;
(b) limitações de carregamento dos equipamentos e das linhas de transmissão da rede de recomposição
fluente;
(c) limitações relacionadas ao controle de tensão na rede de recomposição fluente;
(d) rejeições de carga durante a recomposição; e
(e) configuração dos alimentadores da distribuição dos agentes.

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência

Critérios para Operação 2.5 Critérios 2020.12 01/01/2021


7.2.3 Para liberação adicional de carga, as seguintes condições devem ser atendidas:
(a) disponibilidade adicional de geração;
(b) limitações de carregamento dos equipamentos e das linhas de transmissão;
(c) restrições de tomada de carga na área para evitar sobretensões, em caso de rejeição de carga; e
(d) frequência na faixa de 59 a 61 Hz.

7.3. Recomposição na fase coordenada

7.3.1 A fase de recomposição coordenada só deve ter início após verificação das seguintes condições:
(a) ausência de sobrecargas nos equipamentos e linhas de transmissão da área considerada;
(b) estabilização da frequência; e
(c) níveis de tensão compatíveis com a carga restabelecida no momento.
7.3.2 Previamente à realização das manobras de fechamento dos disjuntores, é verificada a condição para
definir se o fechamento será de anel ou de paralelo, para então executá-las conforme as instruções de
operação.

7.4 Regulação da tensão e frequência durante recomposição

7.4.1 A frequência na recomposição é regulada em torno de 60 Hz, admitindo-se variação dentro dos
seguintes limites:
(a) na fase fluente: entre 58 e 62 Hz; e
(b) na fase coordenada: entre 59 e 61 Hz.
7.4.2 A tensão na recomposição fluente e coordenada é regulada em torno do valor nominal da tensão da
rede, admitindo-se variação superior ou inferior de 10%, exceto nos seguintes casos:
(a) para 765 kV da interligação Sul/Sudeste: o limite superior é 4,5% da tensão nominal;
(b) para 525 kV da região Sul: o limite superior é 5% da tensão nominal; e
(c) para tensões nominais menores ou iguais a 230 kV: o limite superior é 10% na fase de recomposição
fluente e 5% na fase coordenada.
7.4.2.1 Os valores percentuais dos limites para regulação da tensão são valores de referência e estão
condicionados às características dos equipamentos e das linhas de transmissão informadas pelos agentes
proprietários.
7.4.3 Os bancos de capacitores devem ser desligados e os tapes dos transformadores devem ser comutados
para uma posição que não implique em sobretensões durante a recomposição do sistema, exceto em casos
específicos descritos nas instruções de operação do Submódulo 5.12.

8 REFERÊNCIAS

8.1. Não há referências neste documento.

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Submódulo 2.6
Requisitos mínimos para subestações e
seus equipamentos

Requisitos

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2022.08 Despacho ANEEL nº 1.772/2022 10/08/2022


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equipamentos

ÍNDICE
1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 4

2. REQUISITOS GERAIS ...................................................................................................................... 4

3. SUBESTAÇÃO ................................................................................................................................ 4

3.1. Arranjo de barramento .................................................................................................................. 4

3.2. Corrente em regime permanente ................................................................................................. 5

3.3. Aterramento .................................................................................................................................. 5

3.4. Capacidade de curto-circuito......................................................................................................... 5

3.5. Coordenação de isolamento .......................................................................................................... 6

Tensão em regime permanente .................................................................................. 6

Equipamentos localizados nos terminais da LT ........................................................... 6

Isolamento sob poluição.............................................................................................. 7

Desempenho sob descargas atmosféricas .................................................................. 7

3.6. Emissão eletromagnética .............................................................................................................. 7

Rádio interferência ...................................................................................................... 7

Efeito corona................................................................................................................ 7

Campos elétrico e magnético ...................................................................................... 8

4. EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO ................................................................................................ 8

4.1. Unidade transformadora de potência ........................................................................................... 8

Energização de unidade transformadora de potência ................................................ 8

Enrolamentos terciários .............................................................................................. 8

Comutação de derivação em carga ............................................................................. 8

Condições operativas................................................................................................... 9

Impedância ................................................................................................................ 11

Perdas ........................................................................................................................ 11

Nível de ruído............................................................................................................. 12

4.2. Equipamento de compensação reativa convencional ................................................................. 12

Banco de capacitores em derivação .......................................................................... 12

Reator em derivação.................................................................................................. 13

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Banco de capacitores em série fixos ......................................................................... 15

4.3. Compensador estático de potência reativa................................................................................. 16

Condições gerais ........................................................................................................ 16

Controle do CER ......................................................................................................... 17

Ajuste do sistema de controle ................................................................................... 17

Tempos de eliminação de defeito ............................................................................. 17

Frequência ................................................................................................................. 18

Ciclo de sobrecarga.................................................................................................... 18

Desempenho do CER ................................................................................................. 19

Perdas ........................................................................................................................ 19

Desempenho harmônico ........................................................................................... 20

4.4. Unidade FACTS ............................................................................................................................. 20

Aplicações .................................................................................................................. 20

Comportamento ........................................................................................................ 20

Eficiência .................................................................................................................... 21

4.5. Disjuntores ................................................................................................................................... 21

4.6. Seccionadoras, lâminas de terra e chaves de aterramento ........................................................ 23

4.7. Para-raios ..................................................................................................................................... 23

4.8. Transformador de potencial ........................................................................................................ 23

4.9. Transformador de corrente ......................................................................................................... 23

4.10. Serviços auxiliares das subestações ............................................................................................ 24

Alimentação em corrente contínua para os sistemas de proteção, supervisão e


controle...................................................................................................................... 24

Alimentação em corrente contínua para sistemas de telecomunicação .................. 24

Alimentação em corrente alternada ......................................................................... 24

Testes de manutenção............................................................................................... 25

5. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 25

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1. OBJETIVO

1.1. Estabelecer os requisitos mínimos para as subestações, para os equipamentos integrantes das Funções
Transmissão Transformação (FTTR), Controle de Reativo (FTCR) e Módulo Geral (FTMG) e para os
equipamentos terminais da Função Transmissão Linha de Transmissão (FTLT).
1.1.1. Os requisitos descritos neste submódulo aplicam-se às instalações de transmissão integrantes ou que
venham a integrar a Rede Básica ou as instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a
interligações internacionais conectadas à Rede Básica e aos agentes de geração, de distribuição, de
importação/exportação e consumidores responsáveis por subestações com conexão às instalações sob
responsabilidade de concessionária de transmissão.

2. REQUISITOS GERAIS

2.1. As instalações referidas no item 1 deste submódulo devem atender às prescrições para projeto,
fabricação, manutenção e operação das Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT e, no caso de essas não serem aplicáveis parcial ou integralmente, às da International Electrotechnical
Commission – IEC, American National Standards Institute – ANSI, American Society for Testing and Materials
– ASTM ou National Electrical Safety Code – NESC, nessa ordem de preferência, a não ser que se indique
expressamente de outra forma.
2.2. Os equipamentos e instalações não devem comprometer o desempenho sistêmico da Rede Básica,
limitar a operação da Rede Básica ou das instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a
interligações internacionais conectadas à Rede Básica, tampouco impor restrições às instalações a elas
conectadas.
2.3. Deve haver coordenação e compatibilização entre as capacidades nominais e de sobrecargas de todos
os equipamentos de uma mesma FT.

3. SUBESTAÇÃO

3.1. Arranjo de barramento

3.1.1. Subestações com isolamento a ar devem adotar uma das seguintes configurações para os arranjos de
barramento, em função de sua classe de tensão:
(a) barramentos de tensão igual a 230 kV: arranjo barra dupla com disjuntor simples a quatro chaves; ou
(b) barramentos de tensão igual ou superior a 345 kV: arranjo barra dupla com disjuntor e meio.
3.1.2. Arranjos de barramento alternativos podem ser utilizados, inclusive os de tecnologia com isolamento
em SF6, desde que os estudos de confiabilidade, flexibilidade operativa e disponibilidade (saída forçada e
programada) apresentados pelo agente de transmissão comprovem desempenho igual ou superior ao dos
arranjos estabelecidos no item 3.1.1. deste submódulo. Além disso, esses arranjos devem atender ao que
estabelece o item 2.2. deste submódulo.
3.1.3. Os arranjos de barramento alternativos referidos no item 3.1.2. deste submódulo devem ser
submetidos à aprovação do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, que fará análise e encaminhará
proposta de tratamento à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.
3.1.4. Os requisitos de arranjo de barramento para subestações são estabelecidos para a etapa final da
instalação. Para a etapa inicial, podem ser aceitas variantes que permitam evoluir para os arranjos

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estabelecidos no item 3.1.1. deste submódulo, desde que essas variantes atendam aos requisitos
estabelecidos no Submódulo 2.11 – Requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de registro de
perturbações e de teleproteção. O ONS, considerando os aspectos de segurança e de flexibilidade operativa,
bem como de desempenho da Rede Básica estabelece o estágio da subestação a partir do qual deve ocorrer
a evolução para os arranjos estabelecidos no item 3.1.1. deste submódulo.
3.1.5. Para os barramentos com tensão igual ou superior a 345 kV, é permitida a adoção inicial de arranjo
de barramento em anel simples, desde que o arranjo físico dos barramentos da subestação seja projetado
conforme estabelecido no item 3.1.1. deste submódulo.
3.1.6. Para os barramentos de 230 kV, cujas subestações constituam sistemas radiais simples, é permitida a
adoção de arranjo de barramento em barra principal e transferência, desde que o arranjo físico desse
barramento seja projetado de forma a permitir a evolução para o arranjo estabelecido no item 3.1.1 deste
submódulo.

3.2. Corrente em regime permanente

3.2.1. Os barramentos devem suportar tanto os valores de corrente em regime permanente definidos pelos
estudos com horizonte de operação – Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL), quanto
pelos de longo prazo, elaborados pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE, nos quais devem ser
consideradas as possíveis futuras expansões das subestações para o período de concessão da instalação.
3.2.2. Os equipamentos das conexões de unidade transformadora de potência e interligação de barras
devem suportar tanto os valores de corrente em regime permanente estimados pelos estudos com horizonte
de operação (PAR/PEL), quanto pelos estudos de longo prazo elaborados pela EPE, nos quais devem ser
consideradas as possíveis expansões durante o período de concessão da instalação. Ao valor de corrente,
devem ser acrescentadas margens de segurança em função da circulação de correntes harmônicas e de
sobrecargas definidas nas normas aplicáveis.
3.2.3. Os equipamentos de conexão em série com LT devem atender aos requisitos de capacidade de
corrente estabelecidos no Submódulo 2.7 – Requisitos mínimos para linhas de transmissão, para o período
de concessão da instalação.
3.2.4. Os barramentos e demais equipamentos referidos nos itens 3.2.2. e 3.2.3. deste submódulo devem
ser dimensionados considerando a indisponibilidade de elementos na subestação.

3.3. Aterramento

3.3.1. As instalações de transmissão devem ser solidamente aterradas, atendendo às relações:


(a) X0/X1  3; e
(b) R0/X1  1.
3.3.1.1. Esse requisito deve contemplar a etapa final de evolução da instalação, conforme previsto pelos
estudos de planejamento da expansão da transmissão.

3.4. Capacidade de curto-circuito

3.4.1. Os barramentos, a malha de terra e os equipamentos devem suportar as máximas correntes de curto-
circuito, simétricas e assimétricas, definidas tanto pelos estudos de operação (PAR/PEL) quanto pelos de
longo prazo elaborados pela EPE, considerando os tempos máximos de eliminação de defeito adotados no
Submódulo 2.11, para o período de concessão da instalação. Para fins de padronização, a capacidade de

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curto-circuito nominal para os equipamentos (excetuando-se os transformadores de corrente) e instalações


deve ser, no mínimo:
(a) Igual ou superior a 345 kV: 50 kA; ou
(b) 230 kV: 40 kA.
3.4.2. Para o cálculo das tensões de passo, toque e gradiente de potencial, deve-se observar o disposto no
item 3.4. deste submódulo.

3.5. Coordenação de isolamento

Tensão em regime permanente

3.5.1.1. Os barramentos e os equipamentos devem suportar, para a condição de operação em regime


permanente nas barras com carga, o valor máximo de tensão estabelecido na Tabela 1.

Tabela 1 – Tensão máxima em regime permanente

Tensão nominal do Tensão máxima


sistema (kV) (kV fase-fase, eficaz)
13,8 14,5
34,5 36,2
69 72,5
88 92,4
138 145
230 242
345 362
440 460
500 ou 525 550
765 800

Equipamentos localizados nos terminais da LT

3.5.2.1. Equipamentos localizados nos terminais de uma LT que possam ficar energizados após a manobra
da LT, tais como reatores de linha, disjuntores, secionadores, transformadores de potencial, devem suportar,
no terminal em vazio, por uma hora, as sobretensões à frequência industrial estabelecidas na Tabela 2.

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Tabela 2 – Sobretensões sustentadas admissíveis a 60 Hz por 1 hora em terminais de LT em vazio

Máxima tensão sustentada fase-


fase, eficaz, por 1 hora, em
Tensão nominal de
terminais de LT a vazio
operação (kV)
(kV fase-fase,
(pu) (1)
eficaz)
138 152 1,10
230 253 1,10
345 398 1,15
440 506 1,15
500 600 1,20
525 600 1,15
765 800 1,046
(1) Valores em pu tendo como base a tensão nominal de operação.

Isolamento sob poluição

3.5.3.1. As instalações devem ser isoladas de forma a atender, sob tensão operativa máxima, as
características de poluição da região, conforme classificação contida em norma [1].

Desempenho sob descargas atmosféricas

3.5.4.1. O sistema de proteção contra descargas atmosféricas da subestação deve ser dimensionado de
forma a assegurar um risco de falha menor ou igual a uma descarga por 50 (cinquenta) anos.
3.5.4.2. Além disso, deve-se assegurar que não haja falha de blindagem nas instalações para correntes
superiores a 2 kA.

3.6. Emissão eletromagnética

Rádio interferência

3.6.1.1. O valor da tensão de rádio interferência externa à subestação não deve exceder 2.500 V/m a 1.000
kHz, com 110% da tensão nominal do sistema (115% nos sistemas 500 kV).

Efeito corona

3.6.2.1. As instalações das subestações, especialmente condutores e ferragens, não devem apresentar efeito
corona visual em 90% do tempo para as condições atmosféricas predominantes na região da subestação. As
tensões mínimas fase-terra eficaz para início e extinção de corona visual a serem consideradas no projeto
são apresentadas na Tabela 3.

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Tabela 3 – Tensão mínima para início e extinção de corona visual

Tensão nominal Tensão mínima


(kV) (kV fase-terra, eficaz)
765 536
500 ou 525 350
440 308
345 242
230 161
138 97

Campos elétrico e magnético

3.6.3.1. Devem ser atendidas as determinações da regulação [2].

4. EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO

4.1. Unidade transformadora de potência

Energização de unidade transformadora de potência

4.1.1.1. Uma unidade transformadora de potência deve ser dimensionada de forma a permitir sua
energização tanto pelo enrolamento primário quanto pelo secundário, para toda a faixa de tensão operativa,
sem ocasionar restrições de operação.
4.1.1.2. As características básicas de uma unidade transformadora de potência, particularmente os valores
da reatância de núcleo de ar (Xac) e o nível do joelho da curva de saturação, devem ser especificadas com
base na avaliação do impacto sobre o Sistema Interligado Nacional (SIN) das sobretensões de manobra e
correntes inrush advindas de sua energização.
4.1.1.3. Os disjuntores de uma unidade transformadora de potência devem atender ao disposto no item
4.5.4. deste submódulo.

Enrolamentos terciários

4.1.2.1. A eventual necessidade de enrolamentos terciários deve, mediante estudos, ser determinada pelos
seguintes condicionamentos sistêmicos:
(a) instalação de suporte de reativo;
(b) atenuação de fatores de sobretensão; e
(c) absorção de harmônicos de tensão de terceira ordem.

Comutação de derivação em carga

4.1.3.1. O comutador de derivação em carga deve estar de acordo com [3], observado o disposto no item
2.1. deste submódulo.

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4.1.3.2. O quantitativo e a faixa de derivações, assim como o enrolamento onde deve ser instalado o
comutador em carga, são definidos com base em estudos sistêmicos, exceto quando a unidade
transformadora de potência for instalada em paralelo a outra existente, situação na qual o comutador em
carga deve ter as mesmas características de derivações e de localização da unidade transformadora de
potência existente.

Condições operativas

4.1.4.1. Uma unidade transformadora de potência deve ser capaz de operar com as suas potências nominais,
em regime permanente, para toda a faixa operativa de tensão entre fases admissível a 60 Hz definida no
Submódulo 2.3 – Premissas, critérios e metodologia para estudos elétricos, tanto no primário quanto no
secundário. Caso possuam comutadores de derivação, sejam eles em carga ou não, a referida faixa operativa
deve ser atendida para todas as posições desses comutadores.
4.1.4.2. Uma unidade transformadora de potência deve ser especificada e dimensionada para vida útil
estabelecida em regulamento da ANEEL.
4.1.4.3. Uma unidade transformadora de potência deve ser dimensionada para três situações distintas:
(a) carregamento em condição normal de operação;
(b) carregamento em condição de emergência de curta duração; e
(c) carregamento em condição de emergência de longa duração.
4.1.4.4. O agente de transmissão deve garantir que, em condição normal de operação, a unidade
transformadora possa operar continuamente desde sua entrada em operação e ao longo de toda a vida útil
com carregamento de 100% da potência nominal.
4.1.4.5. O agente de transmissão deve garantir que, em condição de emergência de curta duração e de longa
duração, a unidade transformadora possa operar sempre que solicitada pelo ONS desde sua entrada em
operação e ao longo de toda a vida útil nas condições operativas descritas a seguir:
(a) Carregamento de 120% da potência nominal por período de 4 (quatro) horas do seu ciclo diário de
carga para a expectativa de perda de vida útil normal estabelecida nas normas técnicas de
carregamento de transformadores. A referida sobrecarga de 20% deve poder ser alcançada para
qualquer condição prévia de carregamento do transformador no seu ciclo diário de carga;
(b) Carregamento de 140% da potência nominal por período de 30 (trinta) minutos do seu ciclo diário de
carga para a expectativa de perda de vida útil normal estabelecida nas normas técnicas de
carregamento de transformadores. A referida sobrecarga de 40% deve poder ser alcançada para
qualquer condição prévia de carregamento do transformador no seu ciclo diário de carga, inclusive
para a condição ilustrada na Figura 1; e
(c) Os carregamentos de 120% e 140% podem ocorrer dentro do mesmo ciclo diário.

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Carregamento (%)

140
120
100

4h 0,5h

24
Tempo (hora)

Figura 1 – Ciclo de carga diário

4.1.4.6. É atribuição do agente de transmissão a especificação para fabricação de uma unidade


transformadora, de forma que sejam atendidos os requisitos funcionais constantes no item 4.1.4 deste
submódulo. A especificação para fabricação deve levar em conta, entre outros, os seguintes aspectos:
(a) temperatura do local de implantação da unidade transformadora, observado o disposto no item 2.1
deste submódulo; e
(b) a quantidade total de unidades transformadoras em paralelo no mesmo barramento para o horizonte
de planejamento da subestação.
4.1.4.7. É responsabilidade do agente de transmissão a gestão da unidade transformadora, do ponto de vista
de rotinas de manutenção, de forma a possibilitar o atendimento aos requisitos funcionais constantes no
item 4.1.4 deste submódulo.
4.1.4.8. Uma unidade transformadora de potência deve ser adequada para operação em paralelo nos
respectivos terminais a serem conectadas.
4.1.4.8.1. Caso seja detectada alguma situação sistêmica em que uma unidade transformadora limite a
operação da capacidade de transformação do conjunto em paralelo, quer seja sob o ponto de vista da
confiabilidade ou da flexibilidade operativa, o ONS, por iniciativa própria ou motivado por solicitação de um
agente de transmissão, deve avaliar e submeter à apreciação da ANEEL a possibilidade de seu
recondicionamento ou recapacitação.
4.1.4.9. Os procedimentos para aplicação de cargas nas unidades transformadoras de potência devem
atender ao disposto no item 2.1 deste submódulo, além dos requisitos funcionais constantes no item 4.1.4
deste submódulo.
4.1.4.10. Uma unidade transformadora de potência deve ser capaz de suportar o perfil de sobreexcitação
em vazio a 60 Hz apresentado na Tabela 4.

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Tabela 4 – Sobreexcitação em vazio a 60 Hz, em qualquer derivação de operação

Período Tensão (pu da tensão da derivação)


10 (dez) segundos 1,35
20 (vinte) segundos 1,25
1 (um) minuto 1,20
8 (oito) minutos 1,15

Impedância

4.1.5.1. O valor da impedância entre o enrolamento primário e o secundário de uma unidade


transformadora de potência deve ser no máximo 14%, referenciado a 75ºC, na base nominal da unidade
transformadora de potência, com todo o sistema de refrigeração em operação. Impedâncias superiores
podem ser aceitas apenas em caso de unidade transformadora defasadora ou em situações especiais, como,
por exemplo, em caso de necessidade de limitação de correntes de curto-circuito.
4.1.5.2. No caso de unidade transformadora defasadora, a impedância deve ser dimensionada de acordo
com as necessidades do conjunto impedância-defasagem angular, de forma a prover o desempenho previsto
nos estudos de sistema.
4.1.5.3. Na definição do valor mínimo da impedância, deve-se considerar os máximos valores admissíveis de
corrente de curto-circuito explicitados no item 3.4. deste submódulo.
4.1.5.4. Os valores máximo e mínimo de impedância devem atender às condições de paralelismo, se uma
unidade transformadora de potência for instalada em paralelo a outra existente.

Perdas

4.1.6.1. O valor das perdas máximas para autotransformadores monofásicos ou trifásicos de qualquer
potência, com tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior a 230 kV, deve ser inferior ou
igual a 0,3% da potência nominal, para operação primário-secundário nas condições nominais de potência,
frequência, tensões e derivações.
4.1.6.2. No caso de transformadores trifásicos ou monofásicos de potência trifásica nominal superior a
5 MVA, com tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior a 230 kV, as perdas máximas
entre o primário e o secundário devem atender aos limites listados na Tabela 5, para operação nas condições
nominais de potência, frequência, tensões e derivações.

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Tabela 5 – Perdas máximas para transformadores, em percentagem de sua potência trifásica nominal à tensão e
frequência nominais

Potência trifásica nominal Pn


no último estágio de Perda máxima (% de Pn)
refrigeração (MVA)
5 ≤ Pn < 30 0,70 %
30  Pn < 50 0,60 %
50  Pn < 100 0,50 %
100  Pn < 200 0,40 %
200  Pn 0,30 %

4.1.6.3. Os valores de perdas definidos no item 4.1.6 deste submódulo não são aplicáveis a unidades
transformadoras de potência utilizadas em compensadores estáticos.

Nível de ruído

4.1.7.1. O nível máximo de ruído audível emitido por uma unidade transformadora de potência deve estar
em conformidade com o disposto em norma da ABNT [5].

4.2. Equipamento de compensação reativa convencional

Banco de capacitores em derivação

4.2.1.1. Conexão

4.2.1.1.1. É permitida a ligação de mais de um banco de capacitores em derivação ao barramento através de


uma única conexão, desde que cada banco de capacitores seja protegido e manobrado de modo
independente e que tal configuração não comprometa o desempenho do SIN.

4.2.1.2. Tolerâncias

4.2.1.2.1. O valor da capacitância deve ter exatidão de 2,0% por fase em relação ao valor especificado e
precisão tal que nenhum valor medido de qualquer das três fases se afaste mais de 1% do valor médio medido
das três fases.

4.2.1.3. Perdas dielétricas

4.2.1.3.1. O valor médio das perdas dielétricas de cada unidade capacitiva à tensão e frequência nominais e
à temperatura de 20 ºC, com resistor de descargas, deve ser de, no máximo, 0,12 W/kvar, para capacitores
sem fusíveis internos, e 0,16 W/kvar, para capacitores com fusíveis internos.

4.2.1.4. Capacidade de curto-circuito

4.2.1.4.1. A máxima corrente de descarga dos capacitores provocada por curtos-circuitos internos na
subestação, acrescida da contribuição de curto-circuito proveniente da rede, não deve exceder a
suportabilidade dos equipamentos da subestação.

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4.2.1.5. Energização

4.2.1.5.1. As correntes e tensões transitórias provenientes da energização do banco, isoladamente ou na


condição back-to-back, não devem submeter os equipamentos e dispositivos das instalações de transmissão
a solicitações acima de sua suportabilidade.
4.2.1.5.2. Na condição de back-to-back, devem ser tomadas precauções que evitem elevação transitória de
potencial de terra que possa infringir os critérios de segurança pessoal ou causar interferências
eletromagnéticas que causem o funcionamento indevido dos circuitos de comando, controle e proteção.

Reator em derivação

4.2.2.1. Tensão nominal

4.2.2.1.1. Um reator em derivação deve ser especificado com uma tensão nominal que atenda aos seguintes
requisitos:
(a) Ser no mínimo igual ao valor mediano da faixa operativa de valores de tensões entre fases admissíveis
a 60 Hz, definida no Submódulo 2.3, para a condição operativa normal; e
(b) Nas situações em que o reator está instalado nas proximidades de um banco de capacitores série, ser
no mínimo igual ao valor das solicitações determinadas pelos estudos de fluxo de potência, que
podem levar, no ponto de instalação do reator, a valores de tensão superiores à tensão máxima
operativa do sistema.
4.2.2.1.2. O dimensionamento do reator, do ponto de vista das temperaturas máximas possíveis de serem
atingidas, deve ser feito para a tensão máxima operativa a 60 Hz, estabelecida no Submódulo 2.3, ou para a
tensão determinada pelos estudos de fluxo de potência, nas situações em que a tensão nominal seja superior
à máxima tensão operativa do sistema.
4.2.2.1.3. Deve atender às características de temperatura conforme as Normas Técnicas ABNT.
4.2.2.1.4. A operação na tensão nominal deve ser possível por toda a vida útil do reator.

4.2.2.2. Tolerâncias

4.2.2.2.1. O valor da reatância deve ter exatidão de  2,0% por fase em relação ao valor especificado e
precisão tal que nenhum valor medido de qualquer das três fases se afaste mais de 1% do valor médio medido
das três fases.

4.2.2.3. Esquemas de aterramento

4.2.2.3.1. Os reatores podem considerar os seguintes esquemas de aterramento:


(a) estrela solidamente aterrada; ou
(b) estrela aterrada através de impedância.
4.2.2.3.2. Caso os estudos de religamento monopolar, com a frequência da rede entre 56 Hz e 66 Hz,
identifiquem a necessidade de adoção de reator de neutro, o isolamento do neutro do reator deve ser
dimensionado considerando esse equipamento.

4.2.2.4. Especificações e dimensionamento

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4.2.2.4.1. Um reator em derivação deve ser especificado para operar continuamente na tensão nominal
definida no item 4.2.2.1 deste submódulo durante toda a sua vida útil.
4.2.2.4.2. Um reator em derivação manobrável deve ser especificado para suportar os transitórios devido às
manobras diárias de abertura e fechamento de seus disjuntores durante toda a sua vida útil.
4.2.2.4.3. As manobras de abertura e fechamento de um reator em derivação manobrável não devem
provocar sobretensões inadmissíveis ou transitórios de frequência elevada que possam colocar em risco os
demais equipamentos da subestação, nem o próprio reator manobrável. Deve ser também observado o
disposto no item 4.5.3. (b) deste submódulo.
4.2.2.4.4. Um reator em derivação deve ser capaz de suportar os níveis de sobretensões transitória e
temporária definidos pelos estudos de sistema.
4.2.2.4.5. O dimensionamento de um reator em derivação deve considerar a possibilidade de sobretensões
em regime normal de operação, de forma a não ser limitador da capacidade de transmissão da LT.
4.2.2.4.6. O dimensionamento e especificação de um reator em derivação deve ser feito considerando a
temperatura máxima do ponto de instalação, conforme norma técnica, atendendo ao disposto no item 2.1
deste submódulo.
4.2.2.4.7. O reator de linha conectado a terminais de banco de capacitores em série deve observar o disposto
no item 4.2.3.5.5. deste submódulo.

4.2.2.5. Vida útil

4.2.2.5.1. Um reator em derivação submetido ao regime de operação definido no item 4.2.2.4.1. 4.2.2.4.
deste submódulo deve ser especificado para a expectativa de vida útil regulamentada pela ANEEL.
4.2.2.5.2. A exposição de um reator de linha às tensões estabelecidas na Tabela 2 durante a operação em
vazio por uma hora da LT onde estão instalados não deve alterar a expectativa sua vida útil.

4.2.2.6. Perdas

4.2.2.6.1. As perdas totais máximas à tensão e frequência nominais de um reator em derivação trifásico ou
monofásico de potência nominal igual ou superior a 5 Mvar e de tensão nominal do enrolamento de alta
tensão igual ou superior a 230 kV devem atender aos limites listados na Tabela 6.

Tabela 6 – Perdas totais máximas à tensão e frequência nominais para um reator em derivação trifásico ou
monofásico com tensão nominal igual ou superior a 230 kV, em percentagem da potência nominal

Potência Nominal Pn
Perda total máxima (% de Pn)
(Mvar)
5 ≤ Pn < 10 0,70 %
10  Pn < 15 0,60 %
15  Pn < 20 0,50 %
20  Pn < 30 0,40 %
30  Pn 0,30 %

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Banco de capacitores em série fixos

4.2.3.1. Tolerâncias

4.2.3.1.1. O valor da capacitância deve ter exatidão de 2,0% por fase em relação ao valor especificado e
precisão tal que nenhum valor medido de qualquer das três fases se afaste mais de 1% do valor médio medido
das três fases.

4.2.3.2. Perdas dielétricas

4.2.3.2.1. O valor médio das perdas dielétricas de cada unidade capacitiva à tensão e frequência nominais,
com resistor de descargas e à temperatura de 20ºC, deve ser de, no máximo, 0,12 W/kvar, para capacitores
sem fusíveis internos, e 0,16 W/kvar, para capacitores com fusíveis internos.

4.2.3.3. Capacidade de sobrecarga

4.2.3.3.1. A capacidade de sobrecarga deve atender aos valores de sobrecarga discriminados na Tabela 7 ou
superiores, caso os estudos de planejamento da expansão indiquem essa necessidade.

Tabela 7 – Capacidade de sobrecarga de bancos de capacitores série fixos

Em um
Corrente (pu) Duração
período de
1,10 8 horas 12 horas
1,35 30 minutos 6 horas
1,50 10 minutos 2 horas

4.2.3.4. By-pass do banco de capacitores série

4.2.3.4.1. Os dispositivos de proteção dos varistores do banco de capacitores série não devem atuar para
faltas externas à LT na qual o banco está instalado, à exceção dos seguintes casos específicos:
(a) Faltas externas que sejam eliminadas em tempo superior ao tempo máximo de eliminação de
defeito tm (100 ms para VN 345 kV e 150 ms para VN< 345 kV). Nesse caso, o dispositivo de proteção
dos varistores só pode atuar tm milissegundos após a detecção da falta. O banco de capacitores série
deve ser reinserido em até 300 ms após a eliminação da falta.
(b) Faltas externas trifásicas eliminadas em até tm milissegundos, com religamento mal sucedido após
500 ms de tempo morto. Nesse caso, o dispositivo de proteção dos varistores só pode atuar após t m
milissegundos da tentativa mal sucedida de religamento.

4.2.3.5. Especificações e dimensionamento

4.2.3.5.1. Dispositivos de proteção dos equipamentos de compensação série que utilizem varistores devem
ser dimensionados considerando varistores à base de óxido metálico.
4.2.3.5.2. O dimensionamento do requisito de energia dos varistores deve levar em conta a condição de falta
externa mais crítica, inclusive para a possibilidade de linha paralela fora de serviço, bem como todos os

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cenários e intercâmbios previstos no sistema de transmissão, abrangendo desde a configuração inicial até à
do ano horizonte de planejamento.
4.2.3.5.3. O dimensionamento do banco de capacitores série deve levar em consideração a máxima corrente
de swing identificada pelos estudos de sistema.
4.2.3.5.4. O banco de capacitores série deve ser dotado de mecanismos que possibilitem a identificação e a
adoção de medidas mitigadoras para as configurações operativas que possam propiciar o surgimento de
ressonâncias subsíncronas.
4.2.3.5.5. Os equipamentos adjacentes ao banco de capacitores série e conectados à linha de transmissão,
tais como reatores em derivação, transformadores de corrente, transformadores de potencial e para-raios,
devem ser especificados para a máxima tensão em regime permanente associada à elevação de tensão
causada pelo fluxo da máxima corrente especificada através do banco de capacitores série.

4.3. Compensador estático de potência reativa

Condições gerais

4.3.1.1. O sistema de controle do compensador estático de potência reativa (CER) não pode comprometer
o desempenho do SIN, tanto em operação normal como sob contingências, emergências e operação
degradada, em regimes permanente e transitório.
4.3.1.2. O CER não deve propiciar o surgimento de condições de ferroressonância nem de saturação
assimétrica do núcleo de unidades transformadoras de potência.
4.3.1.3. Para qualquer cálculo de harmônicos e filtros, devem ser consideradas as tolerâncias de fabricação
das impedâncias da unidade transformadora de potência elevadora do CER, incluindo diferenças entre fases,
bem como os valores especificados de tensão de sequência negativa da rede e da faixa de variação da
frequência fundamental.
4.3.1.4. A medição de tensão associada à estratégia de subtensão do CER deve ser de acordo com definição
do ONS em função das necessidades de operação da rede associada. O ONS pode optar pela medição baseada
na:
(a) tensão mínima instantânea (fase-fase e fase-terra); ou
(b) tensão de sequência positiva.
4.3.1.5. Deve ser demonstrado o desempenho do CER para a operação em condições nominais e degradadas,
por meio de estudos com programas de transitórios eletromagnéticos e de estabilidade transitória e
dinâmica, a serem elaborados pelo agente de transmissão.
4.3.1.6. Todos os equipamentos integrantes do CER devem ser dimensionados para suportar as solicitações
de curto-circuito na barra de conexão à Rede Básica onde estão instalados.
4.3.1.7. Deve ser fornecida ao ONS a memória de cálculo com o dimensionamento do circuito principal do
CER.
4.3.1.8. Deve ser disponibilizado ao ONS os modelos computacionais para simulações de regime
permanente, transitórios eletromecânicos (estudos dinâmicos) e de transitórios eletromagnéticos. Esses
modelos devem ser entregues devidamente aferidos e documentados.

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Controle do CER

4.3.2.1. O controle do CER deve ser concebido de forma a evitar oscilações intermitentes (hunting) com
controles de outros CER eletricamente próximos. A operação dos sistemas de controle de elementos
manobráveis e/ou comutadores automáticos de unidades transformadoras de potência (do CER ou externos)
não deve dar origem a oscilações intermitentes entre esses elementos, nem entre nenhum deles e o controle
do CER.
4.3.2.2. O controle do CER deve ser concebido de forma a contribuir para minimizar as perturbações no
sistema elétrico durante uma falta. O controle deve ser dimensionado considerando a necessidade de
atuação do esquema de religamento monopolar.
4.3.2.3. O controle do CER deve dispor de uma estratégia de subtensão que permita o bloqueio do CER em
potência zero, em caso de faltas na sua vizinhança, com a finalidade de evitar que, durante a eliminação das
mesmas, o CER fique totalmente capacitivo, agravando as sobretensões no SIN. Essa estratégia deve possuir
temporização para o bloqueio e o desbloqueio do CER, bem como dispor de uma histerese associada para
evitar instabilidade. Tanto os níveis de bloqueio/desbloqueio quanto as temporizações associadas devem ser
ajustáveis.
4.3.2.4. O controle do CER deve permitir a entrada de sinais de grandezas elétricas adicionais (fluxo de
potência ativa, frequência etc.) com o objetivo de modular, se necessário, a potência reativa do CER para
amortecer oscilações de tensão, oscilações de potência na rede elétrica e ressonâncias subsíncronas.
4.3.2.5. O controle do CER deve ser projetado de tal forma a não comprometer a estabilidade de tensão da
rede elétrica. Para tanto, deve identificar a sensibilidade da tensão da rede elétrica à variação da susceptância
do CER e adotar medidas corretivas para evitar condições de instabilidade.
4.3.2.6. Deve ser possível ajustar a inclinação da rampa do controle do CER de forma contínua dentro da
faixa de tensão operativa em regime permanente, no ponto de conexão do CER.

Ajuste do sistema de controle

4.3.3.1. O ajuste inicial adequado do sistema de controle do CER deve ser feito levando-se em conta a
potência de curto-circuito trifásica máxima e a potência de curto-circuito mínima em condição de rede
degradada no ano de entrada em operação e no barramento de conexão do CER.
4.3.3.2. Os valores de pré-ajustes devem ser informados ao ONS, antes dos estudos pré-operacionais, de
forma a fornecer elementos para a otimização do desempenho dinâmico do equipamento durante o
desenvolvimento desses estudos.
4.3.3.3. Os valores destes pré-ajustes devem estar baseados em estudos de Real Time Digital Simulator
(RTDS), no qual o sistema de transmissão associado esteja representado. Os equivalentes de curto-circuito
devem estar localizados pelo menos a duas barras (segunda vizinhança) do ponto de acoplamento comum
do CER.

Tempos de eliminação de defeito

4.3.4.1. O projeto do CER deve considerar os tempos de eliminação de faltas apresentados na Tabela 8.

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Tabela 8 – Tempo de eliminação de faltas

Tempo de eliminação de faltas (ms)


Tensão (kV)
Sem falha de Com falha de
disjuntor disjuntor
765 80 200
525 e 500 100 250
440 100 250
345 100 400
230 150 500
138 150 500
138(1) 450 750
88(1) 450 750
69(1) 800 1000
(1) sem teleproteção

Frequência

4.3.5.1. O CER deve ser dimensionado para operar nas seguintes condições de frequência:
(a) Faixa de frequência em regime permanente: 60 ± 0,2 Hz.
(b) Faixa de variação transitória de frequência:
(1) 56 a 59,8 Hz por 20 segundos; e
(2) 60,2 a 66 Hz por 20 segundos.
4.3.5.2. A faixa de operação em regime permanente deve ser utilizada para cálculos de desempenho de
equipamentos e as faixas de operação transitória para o cálculo dos valores de capacidade (rating).

Ciclo de sobrecarga

4.3.6.1. O CER deve ser capaz de suportar as condições de operação em sobrecarga de acordo com a
envoltória de sobretensões definida pelos estudos de planejamento. Essa envoltória deve contemplar as
sobretensões de manobra de elementos da rede, sejam unidades transformadoras de potência, LT ou outros,
situados eletricamente próximos e que possam submeter o ponto onde o CER está conectado a sobretensões
transitórias significativas. Essas manobras devem considerar também topologias degradadas da rede.
4.3.6.2. Na indisponibilidade da envoltória de sobretensões definida pelos estudos de planejamento, o CER
deve ser capaz de suportar, no mínimo, as condições de operação em sobrecarga apresentadas na Tabela 9.

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Tabela 9 – Envoltória de sobretensões para operação em sobrecarga

Tensão (pu) Duração mínima da sobrecarga


1,80 50 ms
1,40 200 ms
1,30 1s
1,20 10 s
1,05(1) Continuamente
(1) Para as tensões de operação de 500 ou 525 kV, o ciclo deve prever a
operação contínua para 550 kV (1,10 pu de 500 kV)

4.3.6.3. O CER deve suportar o ciclo de sobretensão/sobrecarga indutiva, a partir do regime permanente,
totalmente indutivo, observando ainda as seguintes condições:
(a) sem que haja disparo protetivo da válvula de tiristores produzido pelas sobretensões de bloqueio
dos tiristores (turn-off overshoot);
(b) sem que a temperatura de junção dos tiristores supere a máxima temperatura de junção admitida no
projeto; e
(c) sem que haja limitação no ângulo de disparo dos reatores controlados a tiristores – Thyristor
Controlled Reactor (TCR).

Desempenho do CER

4.3.7.1. O CER deve apresentar, no mínimo, o desempenho estabelecido no instrumento técnico do


documento de outorga.
4.3.7.2. O CER deve apresentar padrão de resposta conforme os parâmetros indicados na Tabela 10.

Tabela 10 – Padrão de resposta do CER

Parâmetro Valor

Response time (rise time): 90% do valor final ≤ 33 ms


Settling time: ±5% do valor final ≤ 100 ms
Overshoot ≥ 30%

4.3.7.2.1. Esse padrão de resposta, constituído pelos três parâmetros definidos na Tabela 10, deve ser
atingido para qualquer tensão dentro da faixa operativa e para qualquer condição da rede externa. A resposta
do controle do CER é avaliada considerando a variação da tensão medida do ponto de conexão do CER, após
as filtragens, com o estatismo do controle ajustado em zero.

Perdas

4.3.8.1. As perdas elétricas do CER devem ser inferiores à perda máxima estabelecida no instrumento
técnico do documento de outorga.

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4.3.8.2. Deve ser fornecida ao ONS a memória de cálculo preliminar das perdas do CER bem como a execução
de ensaios que comprovem o atendimento ao requisito estabelecido.

Desempenho harmônico

4.3.9.1. A avaliação do desempenho harmônico deve atender ao estabelecido no Submódulo 2.9 –


Requisitos mínimos de qualidade de energia elétrica para acesso ou integração à Rede Básica.
4.3.9.2. A avaliação do rating dos filtros deve atender ao estabelecido no Submódulo 2.9.

4.4. Unidade FACTS

Aplicações

4.4.1.1. A necessidade de utilização de dispositivo FACTS deve ser determinada mediante estudos de
planejamento e determinada sobretudo pelos condicionamentos sistêmicos listados a seguir:
(a) controle de tensão (potência reativa) local ou de uma rede elétrica;
(b) controle do fluxo de potência ou ângulo de fase em um trecho da rede;
(c) ajuste da impedância série em linhas de transmissão (compensação série); e
(d) aumento do grau de amortecimento dinâmico dos sistemas e/ou aumento das margens de
estabilidade, tanto transitórias quanto dinâmicas.

Comportamento

4.4.2.1. A unidade FACTS não deve provocar interferências na operação de defasadores, comutadores em
derivação, manobras em reatores, bancos de capacitores, saturação de núcleos de unidades transformadoras
de potência, ou na operação de qualquer outro tipo de equipamento, nem propiciar o surgimento de
condições de ferrorressonância.
4.4.2.2. Devem ser respeitados os limites de distorções harmônicas estabelecidos no Submódulo 2.9.
4.4.2.3. A operação do sistema de controle de elementos manobráveis e/ou comutadores automáticos de
transformadores não deve dar origem a oscilações intermitentes (huntings), na potência ou frequência.
4.4.2.4. Durante uma falta, a potência ativa transmitida pelo dispositivo FACTS deve ser a maior possível,
relativamente à potência antes da falta, de forma a minimizar as perturbações por redução de potência no
sistema elétrico. A mesma condição se aplica durante a atuação do esquema de religamento monopolar.
4.4.2.5. O comportamento da unidade FACTS, em regime dinâmico e transitório, deve atender aos seguintes
pontos:
(a) Estabilidade transitória e dinâmica: a unidade FACTS não deve reduzir as margens de estabilidade
e/ou o amortecimento do sistema, contribuindo de forma positiva para:
(1) limites de estabilidade transitória, relativos à manutenção do sincronismo sob perturbações em
condições de carregamento crítico e em condições de contingências;
(2) manutenção das margens de estabilidade e amortecimento do SIN; e
(3) amortecimento dos modos de ressonância subsíncrona preexistentes.

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(b) Ressonâncias subsíncronas: a unidade FACTS não deve provocar o surgimento de fenômeno de
ressonância subsíncrona na região onde está instalado.
(c) Transitórios eletromagnéticos: a unidade FACTS não deve submeter os equipamentos da Rede Básica
ou das instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais
conectadas à Rede Básica a valores de tensão e corrente acima de sua suportabilidade.
(d) Controle: o sistema de controle da unidade FACTS não pode comprometer o desempenho do SIN,
tanto em operação normal como sob contingências, emergências e operação degradada.
4.4.2.6. O agente de transmissão deve demonstrar ao ONS, por meio de estudos, o desempenho do
dispositivo FACTS para a operação em condições nominais e degradadas.
4.4.2.7. O dispositivo FACTS não pode ser considerado como desempenhando a sua função integral para o
SIN se não tiver plena capacidade de regulação das grandezas especificadas no instrumento técnico de
outorga de concessão ou de autorização.

Eficiência

4.4.3.1. A eficiência da unidade FACTS deve ser maior ou igual à considerada nos estudos de planejamento
para definição da alternativa de menor custo global, que corresponde à soma dos custos de investimento e
perdas.

4.5. Disjuntores

4.5.1. Os disjuntores devem ter tempos máximos de interrupção em 60 Hz de 2 ciclos para as classes de
tensão de 800, 550, 460 e 362 kV e 3 ciclos para as classes de tensão de 242, 145 e 72,5 kV.
4.5.2. O ciclo de operação com religamento rápido deve atender aos requisitos de norma técnica, observado
o disposto no item 2.1. deste submódulo.
4.5.3. Os disjuntores devem ser capazes de efetuar, em função das características específicas de cada
aplicação e dos requisitos sistêmicos, as seguintes operações:
(a) Abertura de linhas em vazio com sobretensão de pré-manobra à frequência de 60 Hz, de acordo com
os valores indicativos de sobretensões de manobra admissíveis para transformadores e
autotransformadores estabelecidos no Submódulo 2.3;
(b) Abertura de pequenas correntes indutivas, tal como na manobra de reator em derivação, sem
provocar reignições, reacendimentos, sobretensões inadmissíveis ou transitórios de frequência
elevada que possam colocar em risco os equipamentos da subestação;
(c) Abertura em oposição de fases;
(d) Abertura de defeito trifásico não envolvendo terra, no barramento ou na saída de linha;
(e) Abertura de defeito quilométrico; e
(f) Abertura da corrente de curto-circuito com a relação X/R do ponto do sistema onde será aplicado.
4.5.4. Os disjuntores das unidades transformadoras de potência e dos bancos de capacitores em derivação
devem, caso os estudos apontem a necessidade, ser dotados de elementos ou sistemas que limitem os
transitórios de energização desses equipamentos, com o intuito de não causar sobretensões, subtensões ou
sobrecorrentes que afetem o desempenho da rede ou causem o funcionamento indevido dos sistemas de
proteção e controle.

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4.5.5. Os disjuntores dos bancos de capacitores em derivação e os disjuntores que manobrarem linhas de
transmissão a vazio devem ser do tipo de “baixíssima probabilidade de reacendimento de arco”, classe C2,
conforme norma técnica, observado o disposto no item 2.1 deste submódulo.
4.5.6. Os disjuntores dos bancos de reatores em derivação devem ser monopolares e dotados de dispositivo
de manobra controlada.
4.5.7. O dimensionamento dos disjuntores deve considerar qualquer falha ou indisponibilidade de disjuntor
pertencente a:
(a) subestação que redunde em manobra de outro equipamento ou de LT; e
(b) subestações adjacentes que redunde em manobra em conjunto com os equipamentos e/ou LT a elas
conectadas.
4.5.8. Os disjuntores das conexões dos enrolamentos secundários das unidades transformadoras de
potência devem ser adequados para abertura de defeito trifásico no barramento que não envolva terra.
4.5.9. A corrente nominal de disjuntores deve ser, no mínimo, em função de sua classe de tensão:
(a) igual ou superior a 345 kV: 4.000 A; ou
(b) 230 kV: 3.150 A.
4.5.10. Os disjuntores devem ter dois circuitos de disparo independentes, lógicas de detecção de
discrepância de polos e acionamento monopolar. Para disjuntores em níveis de tensão superiores a 138 kV,
o ciclo de operação nominal deve ser compatível com a utilização de esquemas de acionamento e
religamento automático tripolar e monopolar. Para disjuntores em níveis de tensão iguais ou inferiores a
138 kV, o ciclo de operação nominal deve ser compatível com a utilização de esquemas de acionamento e
religamento automático tripolar.
4.5.11. Para determinação da tensão de restabelecimento transitória (TRT) para disjuntor na manobra de LT
a vazio, deve-se levar em conta o valor eficaz da tensão fase-fase nas fases sãs, frente a faltas monofásicas,
apresentado na Tabela 11, à frequência de 60 Hz. Valores superiores aos da Tabela 11 podem ser necessários,
caso os estudos assim o determinem.

Tabela 11 – Valor eficaz da tensão fase-fase nas fases sãs, frente a faltas monofásicas, para determinação do TRT de
disjuntor na manobra de LT a vazio

Valor eficaz a 60 Hz da
Tensão nominal do
tensão fase-fase nas fases
disjuntor (kV)
sãs (kV)
69 102
138 203
230 339
345 507
440 647
500 770
525 770

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equipamentos

4.5.12. Os disjuntores devem ter capacidade de manobrar outros equipamentos e/ou linhas de transmissão
existentes na subestação onde estão instalados, em caso de faltas nesses equipamentos seguidas de falha
do referido disjuntor, considerando inclusive disjuntor em manutenção.
4.5.13. Os disjuntores devem ter capacidade de manobrar a linha de transmissão em conjunto com os
equipamentos / linhas de transmissão a elas conectadas em subestações adjacentes, em caso de falta no
equipamento / linha de transmissão da subestação adjacente, seguido de falha do respectivo disjuntor.
4.5.14. Nos casos em que forem utilizados mecanismos de fechamento ou abertura controlados, deve ser
especificada a dispersão máxima dos tempos médios de fechamento ou de abertura compatível com as
necessidades de precisão da manobra controlada. O disjuntor deve ser especificado em consonância com o
procedimento estabelecido em norma [4].

4.6. Seccionadoras, lâminas de terra e chaves de aterramento

4.6.1. As lâminas de terra e chaves de aterramento das LT devem ser dimensionadas para suportar, na
abertura, os valores máximos de tensão e de corrente induzidas pelos acoplamentos eletrostático e
eletromagnético, valores esses determinados nos estudos de manobra de chaves.
4.6.2. Esses equipamentos devem ser dimensionados considerando a relação X/R do ponto do sistema onde
estão instalados.
4.6.3. Esses equipamentos devem permitir manobras de fechamento e abertura nas condições mais severas
de tensões induzidas de LT em paralelo, incluídas situações de ressonância e de carregamento máximo.
4.6.4. As LT devem ter lâminas de terra ou chaves de aterramento com intertravamento mecânico.

4.7. Para-raios

4.7.1. Devem ser instalados para-raios nas entradas de LT e nas conexões de unidades transformadoras de
potência, de reatores em derivação e de bancos de capacitores não autoprotegidos.
4.7.2. Os para-raios devem ser do tipo estação, a óxido metálico, sem centelhador.

4.8. Transformador de potencial

4.8.1. As características do transformador de potencial devem satisfazer às necessidades de diversos


sistemas: de proteção (Submódulo 2.11), de medição para faturamento (Submódulo 2.14 – Requisitos
mínimos para Sistemas de Medição para Faturamento) e de supervisão e controle para a operação
(Submódulo 2.12 – Requisitos mínimos de supervisão e controle para operação).

4.9. Transformador de corrente

4.9.1. As características do transformador de corrente devem satisfazer às necessidades de diversos


sistemas: de proteção (Submódulo 2.11), de medição para faturamento (Submódulo 2.14) e de supervisão e
controle para a operação (Submódulo 2.12).
4.9.2. A especificação dos núcleos de proteção dos transformadores de corrente com tensão nominal igual
ou superior a 242 kV deve:
(a) assegurar que o núcleo não sature durante curtos-circuitos e religamentos rápidos, atendendo à
relação X/R do ponto de instalação (resposta transitória);
(b) considerar o ciclo de religamento previsto, levando em conta o critério de fluxo remanescente; e

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(c) considerar a real carga secundária do transformador de corrente, de forma que o erro instantâneo
de medição até o instante de atuação da proteção não ultrapasse 10%.

4.10. Serviços auxiliares das subestações

Alimentação em corrente contínua para os sistemas de proteção, supervisão e controle

4.10.1.1. Os serviços auxiliares de corrente contínua (CC) para alimentação dos sistemas de proteção,
supervisão e controle devem ter dois conjuntos independentes de bancos de baterias com retificadores,
alimentando cargas independentes, e cada conjunto deve ser dimensionado para suprir toda a carga prevista
em regime contínuo.
4.10.1.2. É permitido o paralelismo entre os bancos de baterias apenas em tempo suficiente para não
necessitar reinicializar os sistemas digitais ou computadorizados dos sistemas de proteção, supervisão e
controle.
4.10.1.3. Em caso de falta de alimentação em CA, os bancos de baterias devem ter autonomia para realizar
as manobras de recomposição da subestação. Cada conjunto bateria-retificador deve atender toda a carga
prevista para regime contínuo pelo período mínimo de 5 (cinco) horas.
4.10.1.4. Além disso, os serviços auxiliares de CC devem atender aos critérios para alimentação dos sistemas
de proteção estabelecidos no Submódulo 2.11 e suprir os circuitos de iluminação de emergência das
subestações.

Alimentação em corrente contínua para sistemas de telecomunicação

4.10.2.1. Os serviços auxiliares de CC para alimentação de sistemas de telecomunicação devem ter dois
conjuntos independentes de bancos de baterias com retificadores, alimentando cargas independentes, e
cada conjunto deve ser dimensionado para suprir a carga total imposta pelos equipamentos de
telecomunicação da subestação.
4.10.2.2. Em caso de falta de alimentação CA, cada banco de bateria deve ter autonomia de no mínimo 10
(dez) horas, para atender à carga total dos equipamentos de telecomunicação da subestação.
4.10.2.3. Os equipamentos de telecomunicação devem ser alimentados por circuitos independentes de cada
um dos bancos de baterias, para que, na falta de tensão em um dos circuitos, a alimentação seja transferida
automaticamente para o outro circuito, sem manter o paralelismo dos bancos de baterias. É permitido o
paralelismo entre os bancos de bateria apenas em tempo suficiente para não necessitar reinicializar os
sistemas digitais ou computadorizados dos sistemas de telecomunicação.
4.10.2.4. Os conjuntos de baterias/retificadores mencionados no item 4.10.1 deste submódulo devem ser
independentes dos conjuntos mencionados no item 4.10.2 deste submódulo.

Alimentação em corrente alternada

4.10.3.1. Os serviços auxiliares em CA devem ter, no mínimo, duas fontes de alimentação, nas seguintes
configurações:
(a) uma fonte externa proveniente da distribuidora local e outra interna da própria subestação; ou
(b) duas fontes internas da própria subestação.
4.10.3.1.1. As fontes internas da subestação devem ser providas por meio de terciário de transformador
existente ou por meio de transformador convencional dedicado para esse fim a ser instalado pelo agente.

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4.10.3.1.2. Caso a subestação não tenha unidade transformadora de potência ou terciário disponível, ou a
localização da subestação não seja acessível por fonte externa de distribuidora local, o agente responsável
pelo empreendimento deve submeter proposta alternativa ao ONS para avaliação, visando a sua aprovação,
contendo pelo menos duas fontes de alimentação CA independentes, conforme descrito no Submódulo 7.3
- Verificação da conformidade das instalações de transmissão aos requisitos.
4.10.3.2. Deve ser previsto um sistema para, em caso de falta de tensão em uma fonte de alimentação,
realizar a transferência automática das cargas para a outra fonte de alimentação.
4.10.3.3. Os serviços auxiliares CA devem ter, para casos de falta de tensão nas duas fontes de alimentação
CA, grupo motor-gerador com partida automática e capacidade para alimentação das cargas essenciais da
subestação. Cargas essenciais são aquelas necessárias para iniciar o processo de recomposição da
subestação, em caso de seu desligamento total ou parcial.

Testes de manutenção

4.10.4.1. Os agentes devem prever a realização de testes, conforme estabelecido no Submódulo 2.16 –
Requisitos operacionais para centros de operação e instalações da Rede de Operação.

5. REFERÊNCIAS

[1] IEC. Selection and dimensioning of high-voltage insulators intended for use in polluted conditions. IEC
60.815.
[2] ANEEL. Resolução Normativa ANEEL nº 915, de 23 de fevereiro de 2021.
[3] IEC. On Load Tap Changers, IEC-214.
[4] IEC. High voltage switchgear and control gear – Part 302: Alternating current circuit-breakers with
intentionally non-simultaneous pole operation. Technical Report – IEC/TR 62271-302.
[5] ABNT. Transformadores de potência. Norma Técnica ABNT NBR 5356.

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Submódulo 2.7
Requisitos mínimos para linhas de
transmissão

Requisitos

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2022.08 Despacho ANEEL nº 1.772/2022 10/08/2022


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ÍNDICE

1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 4

2. REQUISITOS GERAIS ...................................................................................................................... 4

3. REQUISITOS ELÉTRICOS DE LINHA DE TRANSMISSÃO AÉREA .......................................................... 5

3.1. Capacidades de corrente dos condutores ..................................................................................... 5

3.2. Capacidade de corrente dos cabos para-raios e cadeias de isoladores de uma LTA-CA .............. 5

3.3. Distâncias de segurança ................................................................................................................ 6

3.4. Perda joule nos cabos .................................................................................................................... 6

3.5. Tensão máxima operativa ............................................................................................................. 6

3.6. Coordenação de isolamento .......................................................................................................... 7

3.7. Emissão eletromagnética .............................................................................................................. 8

3.8. Desequilíbrio de tensão de uma LTA-CA ....................................................................................... 9

3.9. Cruzamento entre LT ..................................................................................................................... 9

4. REQUISITOS MECÂNICOS DE LT AÉREA ........................................................................................ 10

4.1. Confiabilidade .............................................................................................................................. 10

4.2. Parâmetros de vento ................................................................................................................... 10

4.3. Cargas mecânicas sobre os cabos ................................................................................................ 11

4.4. Cargas mecânicas sobre as estruturas......................................................................................... 11

4.5. Fadiga mecânica dos cabos ......................................................................................................... 11

4.6. Fundações .................................................................................................................................... 12

5. REQUISITOS ELETROMECÂNICOS DE LTA-CA OU LTA-CC ............................................................... 12

5.1. Descargas atmosféricas ............................................................................................................... 12

5.2. Corrosão eletrolítica .................................................................................................................... 12

5.3. Corrosão ambiental ..................................................................................................................... 13

6. REQUISITOS ELÉTRICOS DE LT SUBTERRÂNEA .............................................................................. 13

6.1. Capacidade de corrente dos condutores .................................................................................... 13

6.2. Capacidade de corrente das blindagens metálicas ..................................................................... 14

6.3. Perdas na LTS ............................................................................................................................... 14

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6.4. Tensão máxima operativa ........................................................................................................... 14

6.5. Coordenação de isolamento ........................................................................................................ 15

6.6. Emissão eletromagnética ............................................................................................................ 16

6.7. Desequilíbrio de tensão ............................................................................................................... 16

7. REQUISITOS MECÂNICOS DE LT SUBTERRÂNEA ............................................................................ 16

7.1. Confiabilidade .............................................................................................................................. 16

7.2. Cargas mecânicas sobre os cabos ................................................................................................ 16

7.3. Cargas mecânicas nas estruturas de suporte dos terminais, nos dutos, nas caixas de passagem
e nas caixas de emenda ............................................................................................................... 17

7.4. Material de envoltória dos cabos ................................................................................................ 17

8. OUTROS REQUISITOS DE LT SUBTERRÂNEA ................................................................................. 17

9. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 17

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1. OBJETIVO

1.1. Estabelecer requisitos mínimos de desempenho para as seguintes categorias de linha de transmissão
(LT):
(a) LT aérea em corrente alternada (LTA-CA) com classe de tensão entre 230 kV e 765 kV;
(b) LT aérea em corrente contínua (LTA-CC) com classe de tensão entre ±500 kV e ±800 kV;
(c) LT subterrânea em corrente alternada (LTS-CA) com classe de tensão entre 230 kV e 525 kV; e
(d) LT composta por partes aérea e subterrânea em corrente alternada (LTAS-CA) com classe de tensão
entre 230 kV e 525 kV.
1.1.1. As quais estão contidas nos seguintes subconjuntos:
(a) integrantes ou que venham a integrar a Rede Básica;
(b) destinadas a interligação internacional com conexão na Rede Básica; e
(c) integrantes ou que venham a integrar as Demais Instalações de Transmissão (DIT) ou as instalações
de transmissão de interesse exclusivo de centrais de geração para conexão compartilhada (ICG).

2. REQUISITOS GERAIS

2.1. Deve-se atender às prescrições das normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT. Caso essas normas não sejam aplicáveis, parcial ou integralmente, deve-se atender às prescrições das
normas técnicas da International Electrotechnical Comision – IEC, American National Standards Institute –
ANSI, American Society for Testing and Materials – ASTM ou National Electrical Safety Code – NESC, nessa
ordem, a não ser que se indique expressamente de outra forma.
2.2. Os requisitos a serem atendidos por uma Função Transmissão Linha de Transmissão (FTLT) dizem
respeito aos seus desempenhos sob o ponto de vista sistêmico, quantificáveis por meio dos indicadores de
desempenho apresentados no Submódulo 9.7 – Indicadores de qualidade de energia elétrica da Rede Básica,
enquanto que os requisitos a serem atendidos por uma LT dizem respeito aos seus desempenhos decorrentes
das diretrizes adotadas nos projetos básico e executivo, quantificáveis por meio dos indicadores de
desempenho apresentados no Submódulo 9.2 – Indicadores de desempenho de equipamentos e linhas de
transmissão e das funções transmissão e geração.
2.2.1. As principais características que se aplicam a uma FTLT são:
(a) desempenho sistêmico da LT caracterizado pelo resultado obtido em termos de fluxo de potência em
regime normal e nas situações de contingência previamente consideradas. No caso de LT em corrente
alternada, deve ser incluída na caracterização do desempenho a compensação reativa série e/ou
paralela;
(b) capacidade operativa de longa duração correspondente ao valor máximo de corrente da FTLT em
condição normal de operação, sem que seja ultrapassado qualquer critério de projeto;
(c) capacidade operativa de curta duração correspondente ao valor máximo de corrente da FTLT em
condição de emergência, sem que seja ultrapassado qualquer critério de projeto; e
(d) perda de potência ativa máxima na LT para uma dada condição operativa e definida pelo
planejamento. Essa perda é função da resistência do condutor, do acoplamento com as demais fases

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e com os cabos para-raios (em LTA-CA) ou com a blindagem metálica do cabo isolado (em LTS-CA), e
das parcelas no isolante (em LTS-CA).
2.3. As LT integrantes ou que venham a integrar DIT ou ICG devem atender aos requisitos estabelecidos pela
transmissora detentora da sua concessão e compatibilizados com os constantes do presente submódulo.
2.4. Caso critérios de operação ou planejamento assim o determinem, requisitos específicos podem ser
incluídos nos documentos de licitação ou autorização de determinada FTLT, cuja LT é seu elemento principal.

3. REQUISITOS ELÉTRICOS DE LINHA DE TRANSMISSÃO AÉREA

3.1. Capacidades de corrente dos condutores

3.1.1. Uma LT aérea deve preservar as distâncias de segurança estabelecidas no item 3.3 deste submódulo
para a circulação das correntes correspondentes às capacidades operativas de longa e curta duração da FTLT,
o que é assegurado no projeto básico pela consideração da ocorrência simultânea das seguintes condições
climáticas:
(a) temperatura máxima média da região;
(b) radiação solar máxima da região; e
(c) brisa mínima prevista para a região, desde que não superior a um metro por segundo.
3.1.2. O dimensionamento das capacidades operativas de longa e curta duração de uma LTA-CC deve
possibilitar a operação das unidades conversoras das estações retificadora e inversora em todos os modos
de operação previstos no instrumento técnico dos documentos de outorga.
3.1.3. Em condições climáticas comprovadamente mais favoráveis do que as estabelecidas no item 3 deste
submódulo, uma FTLT pode ser solicitada a operar com carregamento superior à capacidade operativa de
longa ou curta duração, desde que sejam respeitadas as distâncias de segurança estabelecidas no item 3.3
deste submódulo.
3.1.4. Os acessórios, conexões e demais componentes que conduzem corrente devem ser dimensionados
de forma a não criar restrições à operação da FTLT, incluindo as condições indicadas no item 3.1.3. deste
submódulo. Devem ser atendidas também as prescrições das normas de dimensionamento e ensaios de
ferragens de linhas de transmissão [1].
3.1.5. A FTLT deve ser projetada de forma a não apresentar óbices técnicos à instalação de monitoramento
de distâncias de segurança, que pode vir a ser solicitada a qualquer tempo.

3.2. Capacidade de corrente dos cabos para-raios e cadeias de isoladores de uma LTA-CA

3.2.1. Nas condições climáticas estabelecidas no item 3.1.1 deste submódulo, os cabos para-raios –
conectados ou não à malha de aterramento das subestações terminais e ao sistema de aterramento de cada
estrutura – e as cadeias de isoladores devem ser capazes de suportar, sem danos, durante o período de
concessão da FTLT, a circulação da corrente associada à ocorrência de curto-circuito monofásico franco em
qualquer estrutura da LTA-CA por duração correspondente ao tempo de atuação da proteção de retaguarda.
3.2.2. Nos casos de seccionamento de LTA-CA para conexão de nova subestação, os cabos para-raios e as
cadeias de isoladores dos novos trechos de linha entre o ponto de seccionamento e a nova subestação devem
ser dimensionados conforme estabelecido no item 3.2. deste submódulo. Os cabos para-raios e as cadeias
de isoladores, no entorno do ponto de seccionamento, devem ter sua capacidade de corrente verificada para
a nova topologia da rede, considerando a contribuição de corrente de curto-circuito da nova subestação.

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Caso a verificação evidencie a superação de algum desses elementos, deve ser proposta uma nova
configuração de cabos para-raios e de cadeias de isoladores que atenda aos critérios de capacidade de
corrente.
3.2.3. Em circunstâncias especiais, o dimensionamento do sistema de aterramento de uma FTLT pode levar
em conta a distribuição da corrente de curto-circuito nos sistemas de aterramento de outras FTLT conectados
à mesma malha de aterramento, desde que essas FTLT comprovadamente não sofram nenhum prejuízo.

3.3. Distâncias de segurança

3.3.1. Na condição operativa de longa duração da LTA-CA ou LTA-CC, as distâncias do condutor ao solo ou
aos obstáculos devem ser iguais ou superiores às distâncias de segurança em condições normais de operação
estabelecidas em norma [2].
3.3.2. Na condição operativa de curta duração da LTA-CA ou LTA-CC, as distâncias do condutor ao solo ou
aos obstáculos devem ser iguais ou superiores às distâncias de segurança em condições de emergência
estabelecidas em norma [2].
3.3.3. No caso de a norma [2] não estabelecer valores de distâncias de segurança para uma determinada
classe de tensão de LTA-CA ou LTA-CC, as distâncias do condutor ao solo ou aos obstáculos devem ser
determinadas segundo as prescrições contidas em [17].

3.4. Perda joule nos cabos

3.4.1. A perda joule nas LTA-CA e LTA-CC deve ser mantida dentro de limites aceitáveis por meio da utilização
de cabos com resistência elétrica suficientemente reduzida.
3.4.2. O valor limite da resistência de sequência positiva de uma LTA-CA é específico para cada instalação e
estabelecido no instrumento técnico dos documentos de outorga à frequência nominal de 60 Hz e a uma
temperatura de referência, a partir de análise econômica baseada em estudos elétricos de longo prazo que
levam em conta o efeito da resistência de todas as instalações de transmissão da Rede Básica.
3.4.3. O valor limite da resistência por polo de uma LTA-CC é específico para cada instalação e estabelecido
no instrumento técnico dos documentos de outorga a uma temperatura de referência, a partir de análise
econômica baseada em estudos elétricos de longo prazo e nas características e faixas de operação de
componentes das conversoras.
3.4.4. A perda joule nos cabos para-raios de uma LTA-CA deve ser inferior a 5% (cinco por cento) das perdas
nos cabos condutores para qualquer condição de operação.

3.5. Tensão máxima operativa

3.5.1. A tensão máxima operativa de uma LTA-CA ou LTA-CC em função da classe de tensão está informada
na Tabela 1.

Tabela 1 – Tensão máxima operativa de uma LTA-CA ou LTA-CC

Tipo da LT Classe de tensão (kV) Tensão máxima operativa (kV)


230 242
345 362
LTA-CA
440 460
500 ou 525 550

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765 800
500 525
LTA-CC 600 636
800 840

3.6. Coordenação de isolamento

Geral

3.6.1.1. A coordenação de isolamento de uma LTA-CC ou LTA-CC – dimensionamento dos espaçamentos


elétricos das estruturas da família de estruturas da LT – deve assegurar o atendimento aos requisitos
estabelecidos nos itens 3.6.2, 3.6.3 e 3.6.4 deste submódulo.
3.6.1.2. A coordenação de isolamento de uma LTA-CA de circuito duplo deve ser feita adicionalmente de
forma a minimizar os desligamentos dos dois circuitos provocados por um mesmo fenômeno ou causa.

Isolamento para tensão máxima operativa

3.6.2.1. O dimensionamento do isolamento para tensão máxima operativa de uma LTA-CA ou LTA-CC,
referente às distâncias mínimas no suporte e à distância mínima entre condutores em suportes diferentes,
deve ser feito considerando o balanço da cadeia de isoladores sob ação de vento com período de retorno de,
no mínimo, 30 (trinta) anos.
3.6.2.2. A distância específica de escoamento da cadeia de isoladores deve ser determinada conforme
prescrição de norma [3], em função do nível de poluição da região de implantação da LT, desde que não
inferior a 14 mm/kV eficaz fase-fase para LTA-CA e 30 mm/kV polo-terra para LTA-CC.
3.6.2.3. Deve ser garantida a distância de segurança entre qualquer condutor da LTA-CA ou LTA-CC e o solo
ou objetos situados na faixa de segurança, tanto para a condição sem vento quanto para a condição de
balanço dos cabos e cadeias de isoladores devido à ação de vento com período de retorno de, no mínimo, 50
(cinquenta) anos. Nessa última condição, a distância de segurança deve ser também garantida:
(a) ao longo de toda a LT, independentemente do comprimento do vão, mesmo que para tanto seja
necessário adotar largura da faixa de segurança variável em função do comprimento do vão; e
(b) para qualquer topologia de terreno na faixa de segurança, especialmente quando houver perfil lateral
inclinado (em aclive).

Isolamento para manobras de LTA-CA

3.6.3.1. A sobretensão adotada no dimensionamento dos espaçamentos elétricos das estruturas deve ser,
no mínimo, igual à maior das sobretensões indicadas nos estudos de transitórios eletromagnéticos da FTLT.
3.6.3.2. Os riscos de falha (fase-terra e fase-fase), por circuito, em manobras de energização e religamento
de uma LTA-CA devem estar limitados aos valores da Tabela 2.

Tabela 2 – Risco de falha máximo, por circuito, em manobras de energização e religamento de LTA-CA

Risco de falha máximo (adimensional)


Manobra
Fase-terra Fase-fase
Energização 10-3 10-4

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Religamento 10-2 10-3

Isolamento na ocorrência de curto-circuito ao longo de LTA-CC

3.6.4.1. O risco de falha de isolamento de um polo-terra, devido à sobretensão resultante da ocorrência de


curto-circuito para a terra no outro polo ao longo de uma LTA-CC, deve ser igual ou inferior a 10-3.

Desempenho quanto a descargas atmosféricas

3.6.5.1. Uma LTA-CA ou LTA-CC deve dispor de, no mínimo, dois cabos para-raios, sendo um desses do tipo
Optical Ground Wire (OPGW).
3.6.5.2. O número máximo de desligamentos de uma LTA-CA ou LTA-CC devido a falha de blindagem e total
por descargas atmosféricas consta da Tabela 3.

Tabela 3 – Desempenhos de uma LT aérea frente a descargas atmosféricas

Número máximo de
desligamentos de um circuito
Classe de
Tipo de LT por 100 km por ano
tensão [kV]
Por falha de
Total
blindagem
≥ 345 10-2 1
LTA-CA
230 10-2 2
LTA-CC Todas 10-2 1

3.7. Emissão eletromagnética

Interferência

3.7.1.1. As perturbações produzidas pela LT-CC sobre instalações de terceiros, como por exemplo, em
sistemas de comunicação, são de responsabilidade do agente de transmissão responsável pela LT-CC, que
deve atender às normas pertinentes e prover solução para as perturbações identificadas.

Corona visual

3.7.2.1. Nas condições atmosféricas predominantes na região atravessada, uma LTA-CA ou LTA-CC, inclusive
cabos, acessórios e ferragens das cadeias de isoladores, não deve apresentar corona visual à tensão máxima
operativa em 90% do tempo.

Radiointerferência

3.7.3.1. A mediana no período de um ano da distribuição da relação sinal/ruído no limite da faixa de


segurança de uma LTA-CA ou LTA-CC deve ser igual ou superior a 24 dB. O ruído deve ser calculado para a
tensão máxima operativa da LT e o sinal adotado para o cálculo deve ser inferior ou igual a 66 dB acima de 1
µV/metro a 1 MHz.

Ruído audível

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3.7.4.1. O ruído audível no limite da faixa de segurança de uma LTA-CA à tensão máxima operativa deve ser
inferior ou igual a 58 dBA em qualquer uma das seguintes condições não simultâneas:
(a) durante chuva fina ( 0,00148 mm/min);
(b) durante névoa de 4 (quatro) horas de duração; ou
(c) durante os primeiros 15 (quinze) minutos após a ocorrência de chuva.
3.7.4.2. O ruído audível no limite da faixa de segurança de uma LTA-CC à tensão máxima operativa deve ser
inferior ou igual a 42 dBA, para tempo bom.

Campos elétrico e magnético

3.7.5.1. Os campos elétrico e magnético de uma LT devem atender às determinações da regulação [4].

3.8. Desequilíbrio de tensão de uma LTA-CA

3.8.1. Uma LTA-CA com comprimento superior a 100 km deve conter, no mínimo, um ciclo completo de
transposição de fases.
3.8.2. Uma LTA-CA de circuito duplo deve conter, no mínimo, dois ciclos completos de transposição de fases,
um em cada circuito, com sentidos opostos entre si.
3.8.3. Uma LTA-CA com comprimento igual ou inferior a 100 km, caso os desequilíbrios de tensão de
sequências negativa ou zero sejam superiores a 1,5%, em vazio e a plena carga, deve conter, no mínimo, um
ciclo completo de transposição de fases.
3.8.4. Quando de uma LTA-CA paralela a outra(s) LTA-CA, em toda a extensão ou parcialmente, na mesma
faixa de passagem ou em faixas contíguas, caso os desequilíbrios de tensão de sequência negativa ou zero
sejam superiores a 1,5%, em vazio e a plena carga, o projeto básico deve propor adequação da(s)
instalação(ões) envolvida(s). O desequilíbrio de tensão deve ser calculado considerando a geometria e a
sequência de fases de cada circuito, a(s) distância(s) entre eixos e o comprimento do(s) trecho(s) de linha
mais acoplados.
3.8.5. Quando do seccionamento de LTA-CA existente, caso os desequilíbrios de tensão de sequência
negativa ou zero nos terminais dos trechos de LT que passam a existir após o seccionamento sejam superiores
a 1,5%, em vazio e a plena carga, o projeto básico deve propor adequação da(s) instalação(ões) envolvida(s).
O desequilíbrio deve ser calculado considerando a geometria da estrutura típica, os tipos e extensão dos
cabos (condutor e para-raios), as características do(s) ciclo(s) de transposição implantado(s) e, no caso de
seccionamento de LTA-CA existente de circuito duplo ou contendo mais de um circuito de LTA-CA na mesma
faixa ou em faixas contíguas, a influência de todos os circuitos acoplados.

3.9. Cruzamento entre LT

3.9.1. O cruzamento de uma LTA-CA ou LTA-CC em projeto com outra existente (em operação) ou projetada
(em fase de implantação, com processo de outorga mais antigo e/ou projeto executivo concluído) deve
ocorrer sob a existente ou projetada quando:
(a) um circuito simples (em projeto) cruzar, num mesmo vão de travessia, mais de um circuito de LT
existente ou projetada de classe de tensão igual ou superior à de projeto; ou
(b) a LT em projeto tiver tensão nominal menor que a da existente ou projetada.
3.9.2. Cruzamentos entre LT devem ser evitados. Caso o cruzamento seja inevitável, o agente de transmissão
deve identificar esses casos, tanto nas entradas/saídas das subestações quanto ao longo do traçado da LT, e

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informar no projeto básico as providências que serão tomadas no sentido de minimizar os riscos inerentes a
esses cruzamentos, ficando a critério da ANEEL a aprovação dessas providências.
3.9.3. O agente de transmissão deve relacionar no projeto básico o(s) cruzamento(s) da LT em projeto com
outra(s) LT, incluindo as seguintes informações mínimas da(s) LT cruzada(s):
(a) identificação do nome e sentido das subestações terminais;
(b) categoria (LTA-CA, LTA-CC, LTS-CA ou LTAS-CA);
(c) tensão nominal;
(d) número de circuitos; e
(e) agente de transmissão responsável.

4. REQUISITOS MECÂNICOS DE LT AÉREA

4.1. Confiabilidade

4.1.1. O projeto mecânico de uma LT aérea deve ser desenvolvido segundo prescrições de norma [5].
4.1.2. O período de retorno do vento extremo, que caracteriza o nível de confiabilidade do projeto mecânico
de uma LTA-CA ou LTA-CC, deve ser:
(a) igual ou superior a 150 anos, que corresponde ao nível 2 da norma [5], para LT com tensão nominal
igual ou inferior a 230 kV; e
(b) igual ou superior a 250 anos, que corresponde a um nível intermediário entre os níveis 2 e 3 da norma
[5], para LT com tensão nominal superior a 230 kV.

4.2. Parâmetros de vento

4.2.1. Os carregamentos oriundos da ação do vento nos componentes físicos, a serem utilizados no projeto
mecânico da LTA-CA ou LTA-CC, devem ser estabelecidos a partir da caracterização probabilística das
velocidades de vento da região, com tratamento para fenômenos meteorológicos severos, tais como
sistemas frontais, tempestades, tornados, furacões etc.
4.2.2. Os parâmetros explicitados a seguir devem ser obtidos a partir de dados fornecidos por estações
anemométricas que caracterizem a região atravessada pela LTA-CA ou LTA-CC:
(a) média e coeficiente de variação das séries de velocidades máximas anuais de vento a 10 m de altura,
com tempos de integração para o cálculo da média de 10 (dez) minutos (vento médio) e 3 (três)
segundos (rajada);
(b) velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno correspondente ao vento
extremo, como definido no item 4.1.2. deste submódulo, e tempos de integração para o cálculo da
média de 10 (dez) minutos e 3 (três) segundos. Se o número de anos da série de dados de velocidade
não for suficientemente representativo estatisticamente, a velocidade máxima anual deve ser
estimada adotando-se, no mínimo, coeficiente de variação compatível com as séries mais longas de
dados de velocidades de ventos medidas na região;
(c) coeficiente de rajada para a velocidade do vento a 10 m de altura, referenciado ao tempo de
integração para o cálculo da média de 10 (dez) minutos; e

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(d) velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno de 50 anos e tempo de
integração para o cálculo da média de 10 (dez) minutos.
4.2.3. No tratamento das velocidades de vento, para fins de dimensionamento, deve ser considerada a
categoria de terreno, conforme definida em norma [5], que melhor se ajuste à topologia do corredor da LTA-
CA ou LTA-CC.

4.3. Cargas mecânicas sobre os cabos

4.3.1. O cabo deve ser dimensionado para suportar três estados de tracionamento – básico, de tração
normal e de referência – definidos a partir da combinação de condições climáticas e de envelhecimento do
cabo.
4.3.1.1. No estado básico:
(a) para condições de temperatura mínima, a tração axial máxima deve ser limitada a 33% da tração de
ruptura do cabo;
(b) para condições de vento com período de retorno de 50 (cinquenta) anos, a tração axial máxima deve
ser limitada a 50% da tração de ruptura do cabo; e
(c) para condições de vento extremo, como estabelecido no item 4.1.2. deste submódulo, a tração axial
máxima deve ser limitada a 70% da tração de ruptura do cabo.
4.3.1.2. No estado de tração normal – Everyday stress (EDS) – :
(a) no assentamento final, à temperatura média, sem vento, o nível de tracionamento médio dos cabos
deve atender ao prescrito em norma [2], bem como atender aos limites estabelecidos no item 4.3.1.1.
deste submódulo; e
(b) o tracionamento médio dos cabos deve ser compatível com seu desempenho mecânico no que diz
respeito à fadiga ao longo da vida útil da LTA-CA ou LTA-CC.
4.3.1.3. No estado de referência, a distância de segurança do condutor ao solo (clearance) deve ser
verificada sem considerar a pressão de vento atuante.

4.4. Cargas mecânicas sobre as estruturas

4.4.1. O projeto mecânico de uma LTA-CA ou LTA-CC deve ser desenvolvido segundo prescrição de norma
[5]. Além das hipóteses previstas em [5], é obrigatória a introdução de hipóteses de carregamento que
reflitam tempestades do tipo tormentas elétricas. Devem ser previstas necessariamente as cargas a que as
estruturas estarão submetidas nas condições mais desfavoráveis de montagem e manutenção, inclusive em
linha viva.
4.4.2. Para o caso de LTA-CA ou LTA-CC construída com estruturas metálicas em treliça, as cantoneiras de
aço-carbono ou microligas laminadas a quente devem obedecer aos requisitos de segurança estabelecidos
[6].

4.5. Fadiga mecânica dos cabos

4.5.1. Deve ser analisado e, eventualmente, previsto o desenvolvimento e a aplicação de dispositivos de


amortecimento das vibrações eólicas e de limitação das oscilações de subvão, de modo a garantir que os
cabos condutores e para-raios não venham a sofrer danos por fadiga ao longo da vida útil da LT. Esses
dispositivos devem ser submetidos aos ensaios prescritos em norma [7] e nos documentos de especificação

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técnica para fornecimento, que demonstrem sua capacidade de amortecimento das vibrações eólicas e sua
resistência à fadiga, sem perda de suas características de amortecimento e sem causar danos aos cabos.

4.6. Fundações

4.6.1. No projeto das fundações, para atender ao critério de coordenação de falha, as solicitações
transmitidas pela estrutura às fundações devem ser majoradas pelo fator mínimo 1,10. Essas solicitações,
calculadas a partir das cargas de projeto da estrutura, considerando suas condições particulares de aplicação
– vão gravante, vão de vento, ângulo de deflexão, fim de linha e altura da estrutura – passam a ser
consideradas cargas de projeto das fundações.
4.6.2. As fundações devem ser projetadas estrutural e geotecnicamente de forma a adequar todos os
esforços resultantes de cada estrutura às condições específicas do solo.
4.6.3. As propriedades físicas e mecânicas do solo devem ser determinadas de modo a retratar com precisão
os parâmetros geomecânicos do solo, o que deve ser feito a partir das seguintes etapas:
(a) estudo e análise fisiográfica preliminar do traçado da LTA-CA ou LTA-CC, com a consequente
elaboração do plano de investigação geotécnica;
(b) estabelecimento dos parâmetros geomecânicos a partir do reconhecimento do subsolo, com a
caracterização geológica e geotécnica do terreno, qualitativa e quantitativamente; e
(c) parecer geotécnico com a elaboração de diretrizes técnicas e recomendações para o projeto das
fundações.
4.6.3.1. No cálculo das fundações, devem ser considerados os aspectos regionais geomorfológicos que
influenciem o estado do solo, seja no aspecto de sensibilidade, de expansibilidade e colapsividade, levando-
se em conta a sazonalidade.
4.6.3.2. A definição do tipo de fundação, bem como o seu dimensionamento estrutural e geotécnico, deve
considerar os limites de ruptura e deformabilidade para a capacidade de suporte do solo à compressão, ao
arrancamento e aos esforços horizontais, valendo-se de métodos de cálculo incontestáveis e consagrados na
engenharia geotécnica.

5. REQUISITOS ELETROMECÂNICOS DE LTA-CA OU LTA-CC

5.1. Descargas atmosféricas

5.1.1. Os cabos para-raios de qualquer tipo e formação devem ter desempenho mecânico frente a descargas
atmosféricas igual ou superior ao do cabo de aço galvanizado EAR de diâmetro 3/8”.
5.1.2. Todos os elementos sujeitos a descargas atmosféricas diretas da superestrutura de suporte dos cabos
condutores e cabos para-raios, incluindo as armações flexíveis de estruturas tipo Cross-Rope, Trapézio ou
Chainette, não devem sofrer redução da suportabilidade mecânica original após a ocorrência de descarga
atmosférica. As cordoalhas de estruturas estaiadas monomastro ou V protegidas por cabos para-raios estão
isentas desse requisito.

5.2. Corrosão eletrolítica

5.2.1. Devem ser mantidos a estabilidade estrutural dos suportes e o bom funcionamento do sistema de
aterramento ao longo da vida útil da LT, no sentido de mitigar os efeitos relacionados à corrosão em
elementos da LT em contato com o solo.

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5.3. Corrosão ambiental

5.3.1. Todos os componentes da LTA-CA ou LTA-CC devem ter sua classe de galvanização compatível com a
agressividade do meio ambiente, particularmente, em zonas litorâneas e industriais.

6. REQUISITOS ELÉTRICOS DE LT SUBTERRÂNEA

6.1. Capacidade de corrente dos condutores

6.1.1. Uma LTS-CA deve ser projetada de acordo com as prescrições de norma [8][9], observados os limites
de temperatura no condutor indicados em norma [10], de forma a preservar em operação as condições de
segurança nelas estabelecidas. O projeto básico deve considerar a circulação das correntes correspondentes
às capacidades operativas de longa e de curta duração da FTLT e a ocorrência simultânea das seguintes
condições:
(a) curva de carga cíclica diária e fator de carga, não inferior a 80%, típicos da instalação;
(b) máxima temperatura do solo da região;
(c) média das máximas temperaturas ambientes da região;
(d) resistividade térmica do backfill seco igual ou inferior a 1,2 ºC.m.W-1;
(e) máxima resistividade térmica do solo da região;
(f) proximidade de outros circuitos operando simultaneamente; e
(g) máxima tensão operativa do sistema.
6.1.2. Deve ser calculada e informada no projeto básico a capacidade de corrente temporária da LTS-CA, que
corresponde ao valor de corrente máxima da FTLT para um período curto de tempo, conforme metodologia
estabelecida em [9]. Essa capacidade de corrente está relacionada com a inércia térmica do equivalente
solo/material de envoltória (backfill).
6.1.3. Na operação em regimes de longa duração ou temporário, a temperatura na superfície do condutor
deve ser igual ou inferior à temperatura máxima admissível do isolante para a condição normal de operação,
conforme estabelecido na norma [10].
6.1.4. Na operação em regime de curta duração, a temperatura na superfície do condutor deve ser igual ou
inferior à temperatura máxima admissível do isolante para as condições de emergência, conforme
estabelecido na norma [10].
6.1.5. A capacidade operativa de longa duração do trecho subterrâneo de LTAS-CA deve ser igual à
capacidade operativa de curta duração do trecho aéreo da mesma, nas condições estabelecidas no item 6
deste submódulo.
6.1.6. Em condições climáticas comprovadamente mais favoráveis do que as estabelecidas no item 6 deste
submódulo, a FTLT pode ser solicitada a operar com carregamento superior à capacidade operativa de longa
ou curta duração.
6.1.7. O projeto básico de uma LTS-CA deve prever a instalação de sistema de monitoramento em tempo
real de temperatura e de estimação da capacidade de corrente. Esse sistema deve monitorar, pelo menos, a
fase mais desfavorável em condições de troca de calor. O agente de transmissão deve informar a capacidade
temporária da LTS-CA, em tempo real, sempre que solicitado pelo ONS.

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6.1.8. O sistema de estimação da capacidade de corrente deve fornecer, pelo menos, as seguintes
informações: corrente temporária máxima para uma duração pré-estabelecida, duração para uma corrente
temporária pré-estabelecida e correntes máximas em regime de longa e curta duração para as condições em
tempo real.
6.1.9. Para LTS-CA que contém cabos isolados com seção transversal do condutor igual ou superior a
800 mm2, deve-se utilizar sistemas especiais de aterramento e conexão das blindagens metálicas tais como
cross bonding ou single point bonding, conforme definidos na referência [15], para redução de perdas e
dimensionamento ótimo da seção transversal do condutor.
6.1.10. Os acessórios, conexões e demais componentes que conduzem corrente devem ser dimensionados
de forma a não criar restrição à operação da FTLT, incluindo as condições indicadas no item 6.1.8. deste
submódulo.
6.1.11. O dimensionamento da seção do condutor e o cálculo das perdas no dielétrico devem ser feitos com
base na tensão máxima operativa.

6.2. Capacidade de corrente das blindagens metálicas

6.2.1. Nas condições estabelecidas no item 6 deste submódulo, as blindagens metálicas – conectadas ou não
à malha de aterramento das subestações terminais e ao sistema de aterramento de cada caixa de emenda –
devem ser capazes de suportar, sem danos, durante o período de concessão da FTLT, a circulação da corrente
associada à ocorrência de curto-circuito monofásico franco em qualquer ponto da LTS-CA por duração
correspondente ao tempo de atuação da proteção de retaguarda. Para o dimensionamento das blindagens,
devem ser observadas as prescrições de norma [11].

6.3. Perdas na LTS

Perdas joule no condutor e na blindagem

6.3.1.1. As perdas joule no condutor e na blindagem devem ser mantidas dentro de limites aceitáveis por
meio da utilização de condutor e blindagem com resistência elétrica suficientemente reduzida.
6.3.1.2. As perdas nas blindagens devem ser reduzidas através da utilização de sistemas de aterramento
especiais conforme mencionado no item 6.1.9. deste submódulo.

Perda no dielétrico

6.3.2.1. A perda no dielétrico deve ser calculada com base na tensão máxima operativa do sistema.
6.3.2.2. Devem ser empregados isolantes que apresentem perda dielétrica adequada para cada classe de
tensão.

6.4. Tensão máxima operativa

6.4.1. A tensão máxima operativa de uma LTS-CA deve estar limitada aos valores descritos na Tabela 4.

Tabela 4 – Tensão máxima operativa de uma LTS-CA

Classe de tensão (kV) Tensão máxima operativa (kV)

230 242
345 362

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440 460
500 ou 525 550

6.5. Coordenação de isolamento

Geral

6.5.1.1. O agente de transmissão deve demonstrar que o dimensionamento da isolação dos cabos de
potência foi feito de forma a assegurar o atendimento dos requisitos estabelecidos nos itens 6.5.2 e 6.5.3
deste submódulo. Adicionalmente, no caso específico de LTS-CA de circuito duplo, a coordenação de
isolamento dessa LTS-CA deve ser feita de forma a não haver o desligamento dos dois circuitos provocados
por um mesmo fenômeno ou causa.

Isolamento para tensão máxima operativa

6.5.2.1. O dimensionamento do isolamento para tensão máxima operativa de uma LTS-CA, referente à
espessura mínima da camada de isolação dos cabos, deve obedecer as prescrições de norma [12] para cabos
extrudados, conforme valores constantes da Tabela 5.

Tabela 5 – Limites de solicitação e espessura da isolação para cabos extrudados [12]

Classe de Seção do Campo elétrico Espessura da


tensão (kV) condutor (mm2) limite (kV/mm) isolação (mm)
138 400 – 2.000 8 18
230 500 – 2.500 11 23
345 500 – 2.500 14 26
500 ou 525 NE NE NE
NE – não especificado.

Isolamento para manobras e descargas atmosféricas

6.5.3.1. O dimensionamento do isolamento às descargas atmosféricas e manobras, referente à espessura


mínima da camada de isolação dos cabos, deve considerar sobretensões limitadas às máximas indicadas na
Tabela 6, conforme prescrição de norma [16].

Tabela 6 – Níveis máximos das sobretensões atmosféricas e de manobra para teste de cabos isolados CA, conforme
[16]

Sobretensões máximas (kV)


Classe de tensão
(kV) Descargas
Manobra
atmosféricas
230 1.050 NE
345 1.175 950
500 ou 525 1.550 1.175
NE – não especificado.

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6.5.3.2. O agente de transmissão deve verificar a necessidade da instalação de dispositivo para-raios nas
extremidades da LTS-CA para proteção dos cabos isolados contra sobretensões devidas a descargas
atmosféricas e manobras.
6.5.3.3. Não é recomendado o religamento de uma LTS-CA, uma vez que as falhas nesse tipo de instalação
são, em geral, permanentes. Em LTAS-CA, o religamento deve ser mantido se o trecho aéreo for
predominante em extensão, no caso de novo empreendimento ou se esse recurso operativo já for previsto
na LTA-CA a ser convertida em LTAS.
6.5.3.4. No caso de se permitir o religamento em LTAS-CA, deve ser avaliado o tempo de retardo do
religamento.

6.6. Emissão eletromagnética

Campo magnético

6.6.1.1. Na avaliação do campo magnético de uma LTS-CA, devem ser atendidas as determinações da
regulação em vigor [4] considerando os limites para o público em geral.

6.7. Desequilíbrio de tensão

6.7.1. Uma LTS-CA de circuito simples com disposição de cabos diferente do trifólio e comprimento superior
a 1.000 m deve conter um ciclo completo de transposição de fases.
6.7.2. Uma LTS-CA de circuito simples com disposição de cabos diferente do trifólio e comprimento igual ou
inferior a 1.000 m, caso os desequilíbrios de tensão de sequência negativa ou zero sejam superiores a 1,5%,
em vazio e a plena carga, deve conter um ciclo completo de transposição de fases.
6.7.3. Nos casos de LTS-CA envolvendo mais de um circuito paralelo na mesma rota, deve-se considerar na
simulação dos desequilíbrios de tensão a influência mútua entre circuitos.
6.7.4. Os requisitos dos itens 6.7. e 6.7.2. deste submódulo devem ser atendidos também nas instalações
de LTS-CA que preveem cabo reserva.
6.7.5. Os desequilíbrios de tensão de sequências negativa e zero de LTAS-CA devem estar limitados a 1,5%,
em vazio e a plena carga.

7. REQUISITOS MECÂNICOS DE LT SUBTERRÂNEA

7.1. Confiabilidade

7.1.1. O projeto mecânico da LTS-CA deve seguir as recomendações contidas em publicação [13] e em norma
[14].

7.2. Cargas mecânicas sobre os cabos

7.2.1. Os cabos, acessórios e ferragens de fixação devem ser dimensionados para suportar as tensões
mecânicas decorrentes da dilatação e retração do condutor provocadas pela variação de temperatura
durante a operação normal da LTS-CA e na ocorrência de curto-circuito.

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7.3. Cargas mecânicas nas estruturas de suporte dos terminais, nos dutos, nas caixas de passagem e nas
caixas de emenda

7.3.1. O dimensionamento das estruturas de suporte dos terminais, dutos, caixas de passagem e caixas de
emenda deve prever, necessariamente, as cargas nas condições mais desfavoráveis de montagem e
manutenção.

7.4. Material de envoltória dos cabos

7.4.1. A especificação do material de envoltória (backfill) dos cabos e de preenchimento das valas deve
conter, além da resistividade térmica em função da umidade, todos os dados físicos do material, tais como:
tipo de material, granulometria, densidade após compactação, grau de umidade para compactação e
dimensões da envoltória.

8. OUTROS REQUISITOS DE LT SUBTERRÂNEA

8.1. Uma LTS deve ter pelo menos um cabo de fibra ótica instalado ao longo da sua rota.
8.2. Os cabos isolados devem possuir camadas e materiais que impeçam a penetração e migração de
umidade no seu interior.
8.3. Nas regiões onde existe a presença de térmitas (cupins), os cabos isolados devem ter capa externa que
previna e evite a sua perfuração por esses insetos e os possíveis danos associados à corrosão da blindagem
metálica e à isolação com a penetração de umidade.

9. REFERÊNCIAS

[1] ABNT. Norma Técnica ABNT NBR 7095.


[2] ABNT. Projeto de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica. ABNT NBR 5422.
[3] IEC. Selection and dimensioning of high-voltage insulators intended for use in polluted conditions.
IEC 60815.
[4] ANEEL. Resolução Normativa ANEEL nº 915, de 23 de fevereiro de 2021.
[5] IEC. Design criteria of overhead transmission lines. IEC 60826.
[6] Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. Portaria INMETRO nº 178, 18 de julho de
2006.
[7] IEC. Overhead lines – Requirements and tests for Stockbridge type aeolian vibration dampers. IEC 61897.
[8] IEC. Electric cables - Calculation of the current rating - Part 1-1:Current rating equations (100 % load
factor) and calculation of losses - General. IEC 60287-1-1, 2006+A1:2014.
[9] IEC. Electric cables – Calculation of the cyclic and emergency current rating of cables. Part 2. IEC 60853-
2.
[10] ICEA. Extruded Insulation Power Cables Rated Above 46 Through 500 kV. ICEA S-108-720-2018.
[11] IEC. Calculation of thermally permissible shot-circuit currents, taking into account non-adiabatic effects.
IEC 60949.
[12] Association of Edison Illuminating Companies – AEIC. Specifications for Extruded Insulation Power Cables
and Their Accessories Rated above 46 kV through 345 kV. AEIC CS9 2nd Edition, 2015.
[13] AEIC. Underground Extruded Power Cable Pulling Guide. AEIC CG5 3rd Edition, 2015.
[14] IEC. Cable Cleats for Electrical Installations. IEC 61914.

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 – Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos mínimos para linhas de transmissão 2.7 Requisitos 2022.08 16/08/2022

[15] Cigré. Statistics of AC underground cables in power networks (Apêndice C). Technical Brochure Cigré
nº 338.
[16] IEC. Power cables with extruded insulation and their accessories for rated voltages above 150 kV (Um =
170 kV) up to 500 kV (Um = 550 kV) – Test methods and requirements. IEC 62067.
[17] IEEE Standards Association. National Electrical Safety Code. NESC.

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Submódulo 2.8
Requisitos mínimos para elos em
corrente contínua

Requisitos

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2021.08 Despacho ANEEL nº 2.596/2021 31/08/2021


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Requisitos mínimos para elos em corrente
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contínua

ÍNDICE
1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 5

2. ETAPA DE CONCEPÇÃO – DEFINIÇÃO DO CIRCUITO PRINCIPAL ....................................................... 5

2.1. Requisitos gerais ............................................................................................................................ 5

2.2. Valores nominais e capacidade de sobrecarga ............................................................................. 6

2.3. Configurações de operação ........................................................................................................... 9

2.4. Modos de controle ........................................................................................................................ 9

2.5. Filosofia de operação do elo CC – Interação CA-CC-CA............................................................... 10

2.6. Compensação reativa .................................................................................................................. 12

2.7. Filtros do lado CA ......................................................................................................................... 13

2.8. Filtros do lado CC ......................................................................................................................... 19

2.9. Válvulas de conversão CA/CC/CA ................................................................................................ 22

2.10. Transformadores conversores ..................................................................................................... 22

2.11. Perdas ................................................................................................................................... 22

2.12. Confiabilidade .............................................................................................................................. 23

2.13. Coordenação de isolamento ........................................................................................................ 23

2.14. Eletrodos ................................................................................................................................... 25

2.15. Linha do Eletrodo......................................................................................................................... 26

3. ETAPA DE DETALHAMENTO – OTIMIZAÇÃO DO CIRCUITO PRINCIPAL, DAS INTERAÇÕES CA/CC E


TESTES........................................................................................................................................ 27

3.1. Requisitos gerais .......................................................................................................................... 27

3.2. Tomada e retomada de carga ...................................................................................................... 28

3.3. Falhas de comutação ................................................................................................................... 28

3.4. Operação dos conversores durante defeitos no sistema ............................................................ 29

3.5. Interferência em rádio e em onda portadora ............................................................................. 29

3.6. Ruído audível ............................................................................................................................... 29

3.7. Telecomunicação ......................................................................................................................... 29

3.8. Confiabilidade do sistema de controle ........................................................................................ 30

3.9. Sistema de controle ..................................................................................................................... 30

3.10. Controle Mestre (Master Control) ............................................................................................... 31

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3.11. Proteção ................................................................................................................................... 32

3.12. Supervisão e controle .................................................................................................................. 32

3.13. Registro de perturbações ............................................................................................................ 33

3.14. Perdas ................................................................................................................................... 33

4. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 33

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1. OBJETIVO

1.1. Estabelecer os requisitos técnicos mínimos para os elos em corrente contínua (elos CC), com ou sem
linha CC, que integram ou se conectam à Rede Básica ou às instalações de transmissão de energia elétrica
destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica.
1.1.1. Os requisitos descritos neste submódulo aplicam-se aos elos de corrente contínua (elos CC), com
tecnologia LCC (Line Commutated Converter), integrantes da Rede Básica ou das instalações de transmissão
de energia elétrica situadas no Brasil destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica.
1.1.2. Este submódulo também se aplica aos elos CC sob responsabilidade de agente de geração, de
transmissão e de importação/exportação, situados dentro ou fora do Brasil, que se conectam à Rede Básica
ou ao Sistema Elétrico Interligado (SIN), naquilo que se refere aos aspectos que afetam as interações corrente
alternada – corrente contínua (CA/CC), tais como faixas de variação de frequência e de tensão a serem
respeitadas, fluxo de reativos entre o sistema CA e o sistema CC, requisitos de desempenho durante e após
aplicações de defeitos, níveis de injeção de harmônicos no sistema CA e interação entre controles de
equipamentos eletricamente próximos, definidos pelos Procedimentos de Rede.
1.1.3. Considera-se, neste submódulo, que as instalações CA necessárias ao funcionamento dos elos CC
localizadas nas subestações terminais, tais como transformadores conversores, filtros, compensadores
síncronos e capacitores em derivação, fazem parte desses elos CC.
1.1.4. Apesar de este submódulo não tratar dos requisitos de elos CC com configurações multiterminais,
esses elos devem respeitar os requisitos de interação entre as conversoras e o sistema CA aqui estabelecidos.
1.1.5. Os requisitos são estabelecidos neste submódulo para as duas etapas de elaboração do projeto básico
dos elos CC, de acordo com processo descrito no Submódulo 7.3 – Verificação da conformidade das
instalações de transmissão aos requisitos:
(a) etapa de concepção, que consiste na definição do circuito principal; e
(b) etapa de detalhamento, que consiste na otimização do circuito principal, das interações CA/CC e
testes.

2. ETAPA DE CONCEPÇÃO – DEFINIÇÃO DO CIRCUITO PRINCIPAL

2.1. Requisitos gerais

2.1.1. Os requisitos e as características das instalações e dos equipamentos constantes n Submódulo 2.6 –
Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos, Submódulo 2.7 – Requisitos mínimos para linhas
de transmissão e Submódulo 2.11 – Requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de registro de
perturbações e de teleproteção devem ser atendidos.
2.1.2. O arranjo de barramento da subestação CA deve atender ao disposto no Submódulo 2.6.
2.1.3. Devem ser seguidas as recomendações para elos CC constantes das normas técnicas nacionais e
internacionais, especialmente das normas IEC [8], [9] e [10].
2.1.4. Devem ser definidos os componentes do circuito principal, a saber: válvulas, transformadores
conversores e sua faixa de tapes, reatores de alisamento, compensação reativa, filtros CA e filtros CC, linha
CC e linha do eletrodo, sistemas de aterramento (critérios), modos de operação, diagramas unifilares, pátios
CA e CC e a filosofia dos sistemas de proteção, supervisão e controle, incluindo o Master Control. Devem
também ser estimadas por meio de cálculo as perdas máximas a serem obtidas. Os requisitos associados às

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características relacionadas à definição do circuito principal devem ser demonstrados previamente à etapa
de otimização, detalhada no item 3 do presente submódulo, uma vez que as ordens de produção dos
equipamentos são baseadas nas definições da etapa de definição do circuito principal.

2.2. Valores nominais e capacidade de sobrecarga

Frequência no lado CA

2.2.1.1. Como a frequência nominal no lado CA do SIN é de 60 Hz, podendo variar transitoriamente de 56 Hz
até 66 Hz, o elo CC deve ser dimensionado para operar, sem bloqueios, nas seguintes faixas de frequência:
(a) faixa de variação de frequência em regime permanente, utilizada para o cálculo do desempenho dos
equipamentos e dimensionamento de seus componentes (ratings): 60 Hz ± 0,2 Hz;
(b) faixas de variação transitória de frequência, utilizadas para o cálculo do dimensionamento dos
componentes (ratings):
(1) de 56,0 Hz até 59,8 Hz (exclusive) por até 20 segundos;
(2) de 60,2 Hz (exclusive) até 66,0 Hz por até 20 segundos.

Tensão no lado CA

2.2.2.1. O elo CC, seus filtros e demais equipamentos dos pátios CA devem ser dimensionados para operar
com desempenho adequado e sem causar restrições de qualquer tipo ao SIN.
2.2.2.2. As faixas de tensão de operação estão estabelecidas no Submódulo 2.3 – Premissas, critérios e
metodologia para estudos elétricos.
2.2.2.3. O dimensionamento do elo CC e de sua compensação reativa deve ser feito de modo que seja
possível operá-lo sem restrições, atendendo aos níveis de tensão mínima estabelecidos para a operação em
condição de emergência apresentados no Submódulo 2.3.

Potência do elo CC

2.2.3.1. A potência nominal do elo CC, para cada um dos dois sentidos do fluxo de potência, deve ser aquela
definida pelos estudos de planejamento da expansão ou no instrumento técnico dos documentos de outorga.
2.2.3.2. Considera-se como potência nominal do elo CC a potência em regime contínuo no terminal CC,
medida entre o reator de alisamento e a linha CC, do lado de maior capacidade que esteja operando como
retificador.
2.2.3.3. Essa potência nominal deve ser alcançada com todos os polos do elo CC em operação, submetidos
a uma temperatura ambiente definida no instrumento técnico dos documentos de outorga, sem uso da
redundância de refrigeração.
2.2.3.4. A redundância de refrigeração deve ser dimensionada para permitir, no mínimo, a transmissão da
potência nominal continuamente e simultaneamente à ocorrência da temperatura ambiente máxima
definida no instrumento técnico dos documentos de outorga.
2.2.3.5. O elo CC e sua compensação reativa devem ser dimensionados de forma que seja possível operar
nas faixas de tensão admissíveis definidas no Submódulo 2.3 para operação em condição normal e em
condição de emergência e com potência mínima de 10% da potência nominal para as condições extremas de
potência de curto-circuito do sistema CA adjacente. Em caso de mais de um elo CC operando em paralelo

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entre as mesmas estações conversoras, isoladamente e em transmissão conjunta, utilizando ou não a mesma
linha CC, cada um deles deve ser capaz de operar com potência mínima de 10% da potência nominal de cada
bipolo isoladamente.

Tensão CC da transmissão

2.2.4.1. A tensão nominal CC deve corresponder ao valor médio da tensão no terminal de maior capacidade
que opera como retificador.
2.2.4.2. Admite-se a operação com valores de tensão CC superiores ao valor nominal, desde que respeitada
a máxima suportabilidade de projeto da linha CC, nos moldes das definições contidas no Submódulo 2.7.

Intercâmbio de potência reativa

2.2.5.1. As estações conversoras devem ser equipadas com os equipamentos de compensação reativa
necessários à sua operação, desde a condição de bloqueio até a de plena carga, para os modos de operação
definidos no item 2.3 deste submódulo, em qualquer situação operativa, mesmo considerando a operação
na condição de ausência do maior banco manobrável de suas instalações, com a rede CA adjacente em
condição íntegra ou degradada dentro das faixas de potência de curto-circuito definidas no item 2.2.6deste
submódulo, com fluxo transmitido em ambos os sentidos e considerando os níveis de frequência e tensão
das barras CA nas faixas descritas nos itens 2.2. e 2.2.2deste submódulo.
2.2.5.2. Os limites de absorção e de fornecimento de potência reativa do sistema CA para o elo CC, nos
pontos de conexão à Rede Básica ou ao SIN são estabelecidos pelo instrumento técnico dos documentos de
outorga.
2.2.5.3. Para o caso de instalações de transmissão de energia elétrica, situadas dentro ou fora do Brasil,
destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica ou ao SIN, a compensação reativa do elo
CC deve ser dimensionada de modo a que não haja nenhuma absorção de reativos da rede CA no ponto de
conexão.
2.2.5.4. A compensação reativa do elo CC deve ser dimensionada de modo a evitar o surgimento do
fenômeno de auto-excitação em unidades geradoras próximas.
2.2.5.5. Caso seja utilizado o controle da conversora como recurso quanto à absorção de reativos pelo elo
CC para limitar o intercâmbio de potência reativa entre as redes CA e CC, esse procedimento não pode
ocasionar interações indesejáveis para a coordenação do controle de ambos os lados (retificador e inversor)
do elo CC.
2.2.5.6. No caso de operação bipolar, para despachos mínimos, ou mesmo no desbloqueio das conversoras,
não é admitida a utilização de controle de tensão CA do lado da válvula, no secundário do transformador
conversor.
2.2.5.7. O atendimento a esses requisitos deve ser garantido considerando-se todas as tolerâncias de
fabricação e de medição que impactem no consumo de potência reativa.

Níveis de curto-circuito

2.2.6.1. Se os valores de curto-circuito máximo e mínimo não tiverem sido especificados no instrumento
técnico dos documentos de outorga, será de responsabilidade da transmissora identificar e demonstrar a
adequação dos valores de curto-circuito máximo e mínimo a serem adotados no projeto das estações
conversoras, por meio da apresentação dos estudos específicos para essa finalidade, tomando como
referência os casos de curto-circuito utilizados para elaboração dos relatórios R1 e R2 do empreendimento.

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2.2.6.2. Os níveis de curto-circuito máximo e mínimo nas estações retificadora e inversora devem ser
calculados considerando todas as condições operativas possíveis utilizando a configuração de rede completa
e (n-1), a saber: todos os níveis de carga (mínimo, leve, média, máxima) e intercâmbios nas principais
interligações do país (Norte-Sul, Sul-Sudeste, Sudeste-Nordeste e Norte-Nordeste) em ambas as direções.
Para os casos de curto-circuito mínimo na inversora, deve também ser considerada a configuração de inércia
mínima do sistema elétrico receptor.
2.2.6.3. O projeto deve considerar, para o cálculo de curto-circuito, todas as fases de desenvolvimento da
alternativa CC. Caso essas fases ocorram dentro do horizonte de operação, deve ser utilizada a base de dados
do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS. Para as situações fora desse horizonte, deve-se utilizar os
dados da Empresa de Pesquisa Energética – EPE.
2.2.6.4. O dimensionamento das válvulas CA/CC deve levar em consideração as solicitações advindas de
correntes transitórias máximas, tendo como base o mesmo valor adotado para a corrente de interrupção
simétrica/assimétrica especificada para os disjuntores do pátio CA das estações terminais.

Capacidade de sobrecarga

2.2.7.1. Os conversores devem ser capazes de suportar, quando operando com os sistemas de refrigeração
íntegros, em qualquer modo de operação disponível, os seguintes tipos de sobrecarga, sem perda de vida
útil, nas condições de temperatura ambiente estabelecidas no instrumento técnico dos documentos de
outorga (condições para as quais é possível a transmissão da potência nominal do bipolo):
(a) sobrecarga de potência de longa duração de cada polo, por 30 (trinta) minutos, com a finalidade de
permitir redespacho adequado das unidades geradoras do SIN durante esse período;
(b) sobrecarga de potência de curta duração, por 5 (cinco) segundos, em valor superior à sobrecarga de
longa duração, com redução em rampa suave até o valor de sobrecarga de longa duração e/ou até a
potência nominal, com a finalidade de auxiliar o sistema CA durante distúrbios.
2.2.7.2. Os montantes de sobrecarga de potência de longa duração devem levar em conta o impacto da
perda do polo no sistema receptor. Os equipamentos devem ser projetados de forma que a periodicidade
mínima de ocorrência de ciclos de sobrecarga de potência de longa duração corresponda a um intervalo
entre dois ciclos subsequentes igual ou inferior a 24 (vinte e quatro) horas em montante determinado no
instrumento técnico dos documentos de outorga.
2.2.7.3. A transmissora deve informar ao ONS a capacidade de sobrecarga contínua do elo CC, para
temperaturas ambientes inferiores àquela considerada por ocasião do seu dimensionamento para a
operação com tensão e potência nominais, sem perda de vida útil adicional.
2.2.7.4. Adicionalmente, a transmissora deve informar ao ONS qualquer capacidade de sobrecarga
disponível, de acordo com o projeto das estações conversoras, sem perda de vida útil das pontes tiristoras,
mesmo que haja perda de vida útil dos transformadores e dos reatores de alisamento. Nesses casos, deve
informar o valor estimado da perda de vida útil por hora, em função da temperatura ambiente.
2.2.7.5. Os filtros devem ser dimensionados (ratings) para suportar o aumento da geração de harmônicas
para a operação nas condições não nominais mencionadas nos itens 2.2.7. , 2.2.7.2. e 2.2.7.3. deste
submódulo.
2.2.7.6. Também deve ser informado pela transmissora o nível das distorções harmônicas geradas pela
conversora nas condições operativas definidas nos itens 2.2.7. , 2.2.7.2. e 2.2.7.3. deste submódulo, assim
como a potência reativa adicional a ser absorvida pela conversora.

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Filtros e demais equipamentos para compensação reativa – Premissas básicas

2.2.8.1. A compensação reativa pode ser composta por capacitores, reatores e/ou filtros.
2.2.8.2. A maior unidade de agrupamento de filtros e de equipamentos de compensação reativa é o banco.
Um banco pode ser composto de um ou mais sub-bancos. O sub-banco pode ser composto por um ou mais
ramos.
2.2.8.3. Tanto o banco quanto o sub-banco devem ser manobráveis por disjuntor e possuir seus próprios TC.
Caso o sub-banco seja composto por apenas um ramo, esse ramo deve ser manobrável pelo disjuntor do
próprio sub-banco.
2.2.8.4. O ramo pode ser constituído por um filtro (sintonia simples ou múltipla) ou por um equipamento de
compensação reativa (capacitiva ou indutiva).

2.3. Configurações de operação

2.3.1. Cada elo CC deve ser dimensionado para ser capaz de operar, no mínimo, nas seguintes configurações
de operação: bipolar, monopolar com retorno pela terra e monopolar com retorno metálico. Conversores do
tipo back-to-back devem ser capazes de operar nas configurações mono-bloco e bi-bloco.
2.3.2. Cada elo CC deve também ser capaz de operar com fluxo de potência direto ou reverso, se especificado
para tal, bem como com tensão de pelo menos 70% da tensão nominal, exceção feita a conversores do tipo
back-to-back.
2.3.3. Elos CC conectados entre as mesmas estações conversoras previstos dentro de um mesmo ciclo de
planejamento, ainda que com datas de entrada em operação comercial diferentes, pertencentes ou não a
transmissoras diferentes e fabricados por fornecedores diferentes, devem ser concebidos de forma a
permitir a operação dos elos em paralelo. Para tanto, deve-se prever a instalação, em cada polo conversor e
na conexão à linha do eletrodo, de quantidade de equipamentos de manobra suficiente para viabilizar todas
as combinações possíveis de paralelismo, com retorno metálico e retorno pela terra, por meio da utilização
respectivamente de dispositivos MRTB (Metalic Return Transfer Breaker) e GRTS (Ground Return Transfer
Switch).
2.3.4. Deve-se projetar os eletrodos de terra de modo a garantir que, na operação dos elos CC com retorno
pela terra, não haja consequências danosas às próprias conversoras ou a oleodutos, gasodutos, ferrovias,
transformadores com o neutro aterrado ou estruturas metálicas, bem como para evitar a ocorrência de
problemas ambientais. Essas análises devem ser submetidas à apreciação do ONS e dos demais órgãos cujas
atribuições estejam relacionadas às potenciais consequências decorrentes da operação monopolar.
2.3.5. Na hipótese de serem construídos eletrodos independentes para bipolos que compartilhem a mesma
subestação, o projeto dos eletrodos de cada transmissora deve levar em conta o nível de interferência
resultante da operação monopolar com retorno pela terra de um bipolo sobre a operação do bipolo vizinho,
com foco especial na saturação dos transformadores conversores.

2.4. Modos de controle

2.4.1. Os controles dos conversores devem ser projetados para assegurar que mudanças de modo de
controle não ocorram com variações de até 3,0% da tensão nominal CA do sistema. Devem estar disponíveis
os seguintes modos de controle para toda a faixa operativa:
(a) controle de corrente; e
(b) controle de potência.

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2.4.2. O sistema deve dispor de um controle que use os comutadores de derivação sob carga dos
transformadores conversores para auxiliar no controle das válvulas.
2.4.3. Deve ser possível alterar automaticamente o modo de controle de potência para controle de corrente
após a perda do sistema de telecomunicação, a ocorrência de problemas no suporte de reativos ou a
possibilidade de surgimento de situações que possam gerar instabilidade de tensão ou falha de comutação.
2.4.4. Além dos controles convencionais, o sistema de controle deve possibilitar:
(a) a minimização do consumo de reativos pelas conversoras;
(b) a operação com consumo elevado e controlado de reativos voltada para o controle da tensão da barra
CA em regime permanente em condições de baixa potência transmitida;
(c) o controle da frequência por meio da variação da potência ativa;
(d) a modulação da potência ativa ou reativa para a estabilização do sistema CA com a consequente
redução de instabilidades angulares;
(e) o amortecimento de oscilações subsíncronas; e
(f) a redução da potência ou da corrente para possibilitar o controle do efeito de contingências que
possam causar instabilidades de tensão no sistema CA e falhas de comutação no inversor.

2.5. Filosofia de operação do elo CC – Interação CA-CC-CA

2.5.1. O elo CC não deve causar perturbações na Rede Básica que se traduzam na degradação da qualidade
da energia fornecida, em dificuldades no controle de oscilações de tensão e de frequência, em riscos de
danificação de equipamentos e instalações dessa rede, assim como em perturbações em seus sistemas de
telecomunicação.
2.5.2. Para possibilitar a operação adequada da Rede Básica, o elo CC deve atender às seguintes condições
e requisitos:
(a) operar sem restrições dentro da faixa operativa de potência especificada para configurações (n) e (n-
1) dos sistemas CA adjacentes, durante todas as fases de implantação e operação do
empreendimento, sem provocar oscilações perturbadoras de potência, tensão ou frequência;
(b) auxiliar a Rede Básica no controle de tensão dentro da faixa de geração ou de absorção de reativos
definida no item 2.2.5deste submódulo;
(c) permitir, em caso de indisponibilidade prolongada de qualquer um dos polos, a utilização das linhas
CC como retorno metálico;
(d) auxiliar a Rede Básica no controle de oscilações eletromecânicas, por meio da modulação de potência
e/ou de reativos;
(e) não submeter o sistema CA adjacente a instabilidade de tensão, em qualquer condição operativa do
elo CC, para configurações (n) e (n-1) da rede CA, mesmo durante afundamento de tensão provocado
por faltas;
(f) ser projetado para possibilitar a manobra automática de elementos da compensação reativa
pertencentes ao elo CC para atingir os objetivos de controle de tensão e níveis de harmônicos no ciclo
de carga diário da conversora, devendo ser evitada qualquer possibilidade de hunting entre controles

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internos e/ou externos ao elo que venha a produzir manobras intermitentes dos elementos de
compensação reativa;
(g) não causar perturbações de origem harmônica nas barras CA das conversoras acima dos limites
individuais especificados no Submódulo 2.9 – Requisitos mínimos de qualidade de energia elétrica
para acesso ou integração à Rede Básica, para quaisquer configurações (n) e (n-1) da rede CA, bem
como perturbações decorrentes de falha de componentes individuais do elo CC, com o elo operando
até a potência nominal;
(h) manter, ao longo do contrato de concessão, para quaisquer configurações (n) e (n-1) da rede CA, o
desempenho harmônico requerido para as condições de máxima dessintonia dos filtros passivos
associadas às condições mais severas de geração de correntes harmônicas pelos conversores. Deve
ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um desequilíbrio máximo de sequência
negativa de 2,0% (conforme Submódulo 2.9). Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia
automática, devem ser considerados os erros de controle.
2.5.3. O elo CC deve ser dimensionado de forma a não permitir que sobretensões de caráter transitório ou
temporário nele originadas ou por ele influenciadas, para qualquer condição operativa, exijam de
equipamentos ou instalações do sistema CA adjacente às estações conversoras desempenho acima da sua
suportabilidade, observando-se que:
(a) deve-se dar especial atenção às sobretensões temporárias com distorção harmônica, normalmente
relativas a contingências que envolvem saturação de transformadores;
(b) quanto aos valores máximos de sobretensões:
(1) deve-se limitar a máxima sobretensão temporária a 1,40 pu (fase-fase-eficaz), nas barras das
subestações conversoras, considerando a situação de bloqueio total das conversoras, o que deve
ser comprovado por meio de simulação com o programa Anatem;
(2) o valor instantâneo máximo de sobretensões pode ser superior a 628,7 kV pico fase-terra (1,54 pu
ou 1,467 em rede 500 kV ou 525 kV, respectivamente) por, no máximo, 3 ciclos de 60 Hz após o
evento gerador da sobretensão, no momento da abertura dos filtros, considerando a situação de
bloqueio total das conversoras. Tal comportamento deve ser comprovado por meio de simulação
trifásica (ATP/PSCAD);
(3) a componente na frequência fundamental de sobretensões temporárias não deve exceder 1,25 pu
(fase-fase), durante 1 (um) segundo;
(4) para a abertura de correntes capacitivas pelos disjuntores do pátio CA das subestações onde estão
localizadas as conversoras, é necessário limitar o valor instantâneo máximo, fase-terra, das
sobretensões temporárias, no momento da abertura desses disjuntores a 628,7 kV pico fase-terra,
para a operação com frequência nominal. Na frequência máxima, de 66 Hz, esse valor se reduz
para 571,5 kV pico fase-terra.
(c) sob o aspecto de sobretensões de manobra, deve-se avaliar às situações que envolvam:
(1) rejeições de carga das LT de CA derivadas da conversora, especialmente após curto-circuito;
(2) injeção forçada de corrente no lado inversor sobre rede sem fontes; e

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(3) falta trifásica/monofásica na barra CA do conversor do lado do sistema seguida de bloqueio total
das conversoras e consequente retirada dos filtros.
2.5.4. Caso a transmissora opte pela variação do ângulo de disparo das válvulas para limitar a variação de
tensão, utilizando a manobra de capacitores e/ou reatores, deve demonstrar que não há prejuízo ao
desempenho adequado do elo CC e do sistema CA adjacente às estações conversoras. Não será admitida a
utilização de controle de Udio para a partida e rampeamento de potência, considerando tensão DC plena,
operação bipolar e ausência de chaveamento de bancos e/ou sub-bancos no intervalo de potência
considerado.

2.6. Compensação reativa

Requisitos de potência reativa para elementos manobráveis

2.6.1.1. A estação conversora deve ser equipada com os equipamentos de compensação reativa necessários
à sua operação, desde a condição de bloqueio até a de plena carga, em qualquer situação operativa,
considerando os níveis de tensão e de frequência das barras CA nas faixas descritas nos itens 2.2. e 2.2.2deste
submódulo, de modo a atender ao disposto no item 2.2.5deste submódulo. Essa compensação pode ser
subdividida em bancos, sub-bancos e ramos de capacitores, reatores e filtros e deve ser dimensionada
considerando a ausência de qualquer elemento manobrável, sejam sub-bancos ou ramos dessa
compensação.
2.6.1.2. Nos casos em que a estação conversora estiver localizada próxima a geradores ou a compensadores
síncronos, o dimensionamento da compensação reativa, seu tipo e montante devem respeitar os limites de
auto-excitação das máquinas síncronas, especialmente para as condições de rejeição de carga, para toda e
qualquer fase de implantação do empreendimento. Entretanto, permanece a necessidade de atendimento
ao item 2.2.5.2. deste submódulo.
2.6.1.3. A manobra de capacitores, sub-bancos e reatores na barra CA da conversora não deve provocar
variação na tensão superior a 3,0% em relação à tensão pré-manobra, mesmo com o menor nível de curto-
circuito em configurações (n-1) da rede CA. As manobras desses equipamentos não devem provocar
perturbações operativas no elo CC nem na rede CA.
2.6.1.4. A variação do ângulo de disparo das válvulas para limitar a variação de tensão com a manobra de
capacitores e/ou reatores só deve ser aceita se for demonstrado que isso não prejudica o desempenho
adequado do elo CC e do sistema CA adjacente às estações conversoras.
2.6.1.5. O atendimento aos requisitos de compensação reativa e de regulação de tensão nas instalações do
elo CC deve ser demonstrado por meio de estudos de fluxo de potência para todas as condições possíveis de
carga da conversora e para configurações (n-1) da rede CA. Esses estudos devem utilizar informações de
carga ativa e reativa nas barras, de limites de tensão e de potência reativa dos geradores próximos e de
disponibilidade de reatores chaveáveis, para viabilizar a integração ou a conexão da conversora à Rede Básica
ou às instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à
Rede Básica.
2.6.1.6. Em caso de utilização de bancos e sub-bancos, conforme definições do item 2.2.8deste submódulo,
seja para compensação reativa, seja para filtragem, cada sub-banco deve conter seus próprios disjuntores e
transformadores de corrente, de forma a garantir a completa independência da proteção de cada sub-banco,
em caso de defeitos internos em qualquer dos seus ramos.
2.6.1.7. Em caso de utilização de bancos, conforme definições do item 2.2.8deste submódulo, a abertura
intempestiva do maior deles, mesmo para as condições mais degradadas da rede CA, não deve causar falhas

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de comutação no elo CC do qual fazem parte. Tal requisito deve ser demonstrado por meio de avaliações em
programas de transitórios como, por exemplo, o PSCAD. Caso o modelo completo do controle ainda não
esteja definido, admite-se a utilização de um modelo simplificado.

Requisitos de potência reativa controlável

2.6.2.1. Os compensadores estáticos, síncronos e statcoms, caso necessário, devem ser dimensionados de
forma a atender aos seguintes requisitos de desempenho e de recuperação do elo CC, tomando por base
estudos de estabilidade e de DPS (Dynamic Performance Study):
(a) tempo máximo de recuperação após eliminação de faltas no sistema CA compreendido entre 150 e
350 ms, o qual deve ser estipulado no instrumento técnico dos documentos de outorga (entende-se
por tempo de recuperação àquele necessário para atingir 90% do valor da potência transmitida antes
da falta, sem posterior redução de potência);
(b) tensão mínima decorrente de aplicação de falta no sistema CA, na primeira oscilação após a sua
eliminação, não inferior a 0,80 pu;
(c) minimização da ocorrência de falhas de comutação sucessivas em um mesmo evento.
2.6.2.2. As perdas elétricas associadas aos compensadores estáticos, síncronos e statcoms devem ser
consideradas para a quantificação das perdas da instalação, que devem respeitar os limites máximos
definidos para a estação conversora.

2.7. Filtros do lado CA

Desempenho

2.7.1.1. O projeto deve respeitar as seguintes exigências:


(a) Para o cálculo do desempenho de filtros CA, devem ser utilizadas as máximas correntes harmônicas
individuais injetadas pelos conversores para cada condição operativa do lado CC.
(b) Para o cálculo dos harmônicos característicos de 12 pulsos (12 h ± 1), deve ser utilizado o método
determinístico, no qual as correntes dos terminais retificador e inversor são obtidas de forma
independente e os barramentos de conexão das estações conversoras com a Rede Básica ou com as
instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à
Rede Básica são considerados como barras infinitas (tensão puramente senoidal na frequência
fundamental no lado de alta do transformador conversor), buscando-se maximizar os resultados e
considerando combinações das seguintes premissas:
(1) operação dentro da faixa de potência especificada;
(2) operação com tensão reduzida e com alto consumo de reativo;
(3) toda a faixa de tensão CA definida no item 2.2.2deste submódulo;
(4) valores das reatâncias dos transformadores conversores na faixa estabelecida na especificação dos
transformadores conversores;
(5) valores dos ângulos de disparo (lado retificador) e extinção (lado inversor) na faixa compatível com
a operação do sistema CCAT.

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(c) Para o cálculo dos harmônicos característicos não cancelados (6h ± 1, h ímpar) deve ser utilizado o
método determinístico de cálculo, no qual as correntes dos terminais retificador e inversor são
obtidas de forma independente, buscando-se maximizar os resultados e considerando combinações
das seguintes premissas:
(1) combinações mais desfavoráveis das premissas listadas no item 2.7.1.1. (b) deste submódulo;
(2) máxima diferença nas reatâncias entre transformadores conversores, por ponte de 12 pulsos,
conforme estabelecido na especificação dos transformadores conversores.
(d) Admite-se tratamento estatístico das seguintes tolerâncias, para o cálculo de harmônicos não
característicos:
(1) diferenças nas reatâncias entre fases dos transformadores da ponte de 12 pulsos, conforme faixas
e valores máximos estabelecidos em especificação;
(2) assimetrias nos instantes de disparo das válvulas conforme estabelecido em especificação;
(3) diferenças nos valores dos tapes entre fases dos transformadores conversores, conforme
estabelecido em especificação;
(4) desbalanço de tensão do sistema CA considerando a componente de sequência negativa com
magnitude de 2% e ângulo de fase variando aleatoriamente com distribuição uniforme entre 0 e
360 graus.
(5) para este tratamento, deverá ser observado um número mínimo de 500 combinações e o valor
extraído deve corresponder a probabilidade de 1,0% de ser excedido.
2.7.1.2. Deve-se considerar, para a avaliação do desempenho harmônico, as seguintes condições e
requisitos.
(a) Operação nos modos de controle e desempenho relacionados na Tabela 1.

Tabela 1 - Modos de operação do elo CC – Cálculo de filtros CA

Requisitos para o Retificador e para o


Modos de Operação
Inversor

Bipolar com tensão nominal (“normal”) A


Bipolar com tensão reduzida (de 70% a 95%
B
da tensão nominal)
Bipolar com tensão nominal e fluxo de
A
potência reverso
Monopolar com tensão nominal (retorno
A
metálico)
Monopolar com tensão nominal (retorno
A
pelo solo)
Monopolar com tensão reduzida (retorno
B
metálico)

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Requisitos para o Retificador e para o


Modos de Operação
Inversor

Monopolar com tensão reduzida (retorno


B
pelo solo)
Operação em Sobrecarga (caso disponível)
Sobrecarga Low Ambient (operação bipolar
C
ou monopolar)
Sobrecarga de Longa Duração (operação
C
bipolar ou monopolar)
Sobrecarga de Curta Duração (operação
C
bipolar ou monopolar)
Legenda:

A– Há necessidade de atendimento ao desempenho harmônico, estabelecido para quaisquer


configurações (n) e (n-1) da rede CA externa, bem como contingência (n-1) de sub-banco da
instalação do elo CC.

B– Há necessidade de atendimento ao desempenho harmônico, estabelecido para quaisquer


configurações (n) e (n-1) da rede CA externa, com todos os bancos de filtros do elo CC presentes.

C– O nível das distorções harmônicas geradas pela conversora nas condições operativas de
sobrecarga deve ser informado pela transmissora, em qualquer modo ou combinação de modos
operativos disponíveis.

D – Os modos de operação associados a paralelismo de bipolos devem ser definidos pelo


instrumento técnico dos documentos de outorga.

E – O instrumento técnico dos documentos de outorga pode definir modos adicionais de operação.

(b) Para todas as fases de implementação, bem como ao longo do contrato de concessão referente às
conversoras, deve ser atendido o desempenho harmônico (individual) estabelecido no Submódulo
2.9, no ponto de observação da tensão, aqui referenciado como ponto de acoplamento comum (PAC),
considerando as condições de máxima dessintonia dos filtros e as condições mais severas de geração
de correntes harmônicas pelos conversores.
(1) A metodologia a ser adotada para o cálculo da distorção harmônica no PAC deve representar a
instalação conversora através do seu equivalente Norton e a rede externa através de envelopes
de impedância, conforme ilustrado na Figura 1.

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ZREDE =>
Figura 1 - Equivalente Norton e envelope de impedância

(2) Desde que apresentem comprovadamente resultados mais conservadores, outras metodologias
podem ser propostas pela transmissora.
(c) Caso os envelopes representativos da rede CA externa à conversora não sejam explicitamente
apresentados no instrumento técnico dos documentos de outorga, devem ser determinados pela
transmissora atendendo às seguintes condições:
(1) considerar os diversos cenários de evolução da rede ao longo do período de concessão, nos
patamares de carga leve, média e pesada;
(2) para distâncias superiores a 200 km, pode-se representar as cargas na modelagem do sistema,
demonstrando, por meio de estudos, a adequação do modelo de carga adotado, sendo que
preferencialmente as cargas devem ser representadas onde estão concentradas;
(3) representar o lugar geométrico por meio de setores anulares, caracterizados pelos valores dos
raios máximo e mínimo e dos ângulos máximo e mínimo, de modo que esse envelope envolva
todos os pontos de impedância calculados, para cada ordem harmônica ou conjuntos de
harmônicas de ordens vizinhas; e
(4) utilizar lugares geométricos para grupos de harmônicas de ordens vizinhas que apresentem
comportamento similar no plano complexo de impedâncias, devendo ser observado, contudo,
que, além do grupo de harmônicas de ordens vizinhas, devem também ser consideradas na
formação do lugar geométrico as impedâncias correspondentes às ordens harmônicas
imediatamente inferior e superior ao grupo.
(d) Para os modos de operação com “Requisitos para o Retificador e para o Inversor” “A” ou “B”,
conforme item 2.7.1.2. (a) deste submódulo, deve ser considerada a possibilidade de operação da
rede CA com um desbalanço máximo de sequência negativa de 2%. Nos casos de filtros ativos ou
passivos de sintonia automática, devem ser considerados os erros de controle.
(e) Devem ainda ser consideradas, na avaliação do desempenho dos filtros, as máximas condições de
dessintonia, incluindo: faixa de frequência estabelecida no item 2.2. deste submódulo, variações nos
valores dos componentes dos filtros com a temperatura e tolerâncias de fabricação, tapes para ajuste

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de sintonia e erros de medição. Com exceção da variação de frequência, as demais variações deverão
ser representadas através de alterações nos valores nominais dos componentes dos filtros.
2.7.1.3. O desempenho quanto à distorção harmônica no PAC com a Rede Básica deve ser demonstrado por
meio de estudos.
2.7.1.4. A transmissora deve realizar campanhas de medição nos barramentos CA da Rede Básica que se
conectam à subestação conversora, conforme estabelecido no Submódulo 2.9, quando do comissionamento
das instalações ou quando for solicitado pelo ONS.
2.7.1.5. A transmissora deve instalar um sistema de medição contínua, para monitoração das tensões
harmônicas no PAC e das correntes harmônicas injetadas na Rede Básica. Os instrumentos de medição
deverão atender aos requisitos estabelecidos para a classe A [1]. Os resultados dessa medição devem ser
disponibilizados ao ONS.
2.7.1.6. As correntes harmônicas nas linhas CA provocadas pela injeção de correntes harmônicas geradas
pelas estações conversoras não devem produzir interferências em linhas telefônicas em operação na data de
comissionamento do elo CC acima dos limites das normas correspondentes.
2.7.1.7. A transmissora deverá informar o valor máximo do indicador TIF (Telephone Interference Factor) e
do produto IT, resultante do projeto de filtros, considerando os modos de operação da conversora
estabelecidos na Tabela 1 e, eventualmente, complementados pelo instrumento técnico dos documentos de
outorga.
2.7.1.8. Caso ocorra a instalação de mais de um bipolo na estação retificadora ou inversora, mesmo que com
datas de entrada em operação comercial diferentes, os empreendimentos, ainda que pertencentes a
transmissoras diferentes e fabricados por fornecedores diferentes, devem ser concebidos como um projeto
integrado, do ponto de vista de projeto dos filtros CA. Para empreendimentos licitados no mesmo leilão,
mesmo que com datas de entrada em operação diferentes, deve ser considerada a mesma representação do
sistema CA (envelope de impedâncias).
2.7.1.9. Caso os bipolos citados no item 2.7.1.8. deste submódulo pertençam à mesma transmissora, devem
ser considerados como uma única instalação, do ponto de vista de avaliação de desempenho, conforme
estabelecido no item 2.7.1.2. deste submódulo.

Capacidade nominal de filtros CA (rating)

2.7.2.1. O projeto deve respeitar as seguintes exigências:


(a) Para o dimensionamento dos componentes dos filtros CA, devem ser utilizadas as máximas correntes
harmônicas individuais injetadas pelos conversores, considerando as condições estabelecidas nos
itens 2.7.1.1. (b) à (d) deste submódulo. Adicionalmente:
(1) devem ser levados em conta os modos de operação estabelecidos no item 2.7.1.2. deste
submódulo;
(2) devem ser consideradas as máximas sobrecargas das conversoras.
(b) Para o dimensionamento dos elementos dos filtros, a transmissora também deve considerar:
(1) as contribuições das correntes harmônicas geradas pelos conversores;
(2) as contribuições provenientes da rede externa (background harmonic voltages):

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(i) para tanto devem ser utilizados os valores dos limites globais inferiores de tensões harmônicas,
conforme estabelecido no Submódulo 2.9, que impliquem nos piores valores de corrente e
tensão nos componentes dos filtros, respeitando o limite global de DTHT;
(ii) para o cálculo da contribuição gerada pelo conversor, deve ser aplicada a metodologia descrita
no item 2.7.1.2. deste submódulo;
(iii) para harmônicas provenientes da rede externa, caso o documento técnico de outorga não
estabeleça claramente a metodologia para a sua determinação, deve ser utilizada a aplicação
direta dos limites inferiores de tensões harmônicas globais no PAC. Nesse caso, o subconjunto
de tensões harmônicas globais a ser considerado no cálculo deve ser, para cada filtro, aquele
que resulte nos maiores valores de rating para cada um de seus componentes, respeitando-se
o valor de DTHT superior estabelecido. Deve também ser considerado no dimensionamento o
valor máximo da tensão fundamental.
(c) Os filtros em derivação utilizados devem ser capazes de operar sem qualquer dano nas seguintes
situações:
(1) em frequência nominal e para variações de frequência na faixa definida no item 2.2. deste
submódulo;
(2) com qualquer dos filtros pertencentes à estação conversora fora de operação;
(3) com filtros de mesma sintonia dessintonizados em sentidos opostos;
(4) com a máxima tensão de emergência em regime permanente na rede CA;
(5) em condições de sobretensões dinâmicas, incluindo ferrorressonância, rejeição de carga e
recuperação de faltas;
(6) em todos os modos de operação disponíveis; e
(7) em condições de sobretensões temporárias produzidas durante energização de transformadores,
início e eliminação de faltas próximas, inclusive com bloqueio dos conversores.
2.7.2.2. As capacidades nominais (ratings) dos componentes dos filtros devem ser dimensionadas para
suportar o aumento da geração de harmônicas para a operação nas condições não nominais mencionadas
no item 2.2.7deste submódulo.
2.7.2.3. Cada filtro deve contar com sistemas de monitoração de corrente por meio direto e de determinação
da temperatura de seus componentes, por meio direto ou indireto, bem como com sistemas de alerta e
proteção adequados, de maneira a permitir que ações operativas possam ser tomadas com a antecedência
necessária.
2.7.2.4. Deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um desbalanço máximo de
sequência negativa de 2,0%.
2.7.2.5. Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática, devem ser considerados os erros de
controle.
2.7.2.6. Os filtros devem ser dimensionados para que não haja necessidade de desligamento por sobrecarga
em condições operativas normais e de contingências simples (n-1) da rede externa situada na vizinhança
imediata da conversora, mesmo em caso de operação com indisponibilidade de um filtro.

Chaveamento de filtros do lado CA

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2.7.3.1. Devem ser disponibilizados pelo elo CC os sinais de controle necessários à supervisão de seus
elementos e à tomada de ações de controle, por meio de um Controle de Estação/Mestre.
2.7.3.2. Devem ser concebidas e implementadas todas as sequências de chaveamento de filtros identificadas
como necessárias pelos estudos de dimensionamento das estações conversoras ou ainda recomendadas
pelos estudos operativos realizados pelo ONS.
2.7.3.3. A transmissora deve identificar a necessidade de chaveamento dos filtros em outras situações
específicas, implementando tais desligamentos, mesmo que seja necessária a aquisição de equipamentos
especiais.
2.7.3.4. Em situações de perda de conversoras o Controle de Estação/Mestre deve supervisionar e comandar
a retirada automática de filtros CA para reduzir as sobretensões nos sistemas CA a níveis estipulados nos
Procedimentos de Rede.

2.8. Filtros do lado CC

Desempenho harmônico

2.8.1.1. Para a avaliação do desempenho harmônico, devem ser consideradas as seguintes condições e
requisitos:
(a) Operação nos modos de controle e desempenho relacionados na Tabela 2.

Tabela 2 - Modos de operação do elo CC – Cálculo de filtros CC

Requisitos para o Retificador e para o


Modos de Operação
Inversor

Bipolar com tensão nominal (“normal”) A


Bipolar com tensão reduzida (de 70% a 95%
B
da tensão nominal)
Bipolar com tensão nominal e fluxo de
A
potência reverso
Monopolar com tensão nominal (retorno
A
pelo solo)
Monopolar com tensão nominal (retorno
A
metálico)
Monopolar com tensão reduzida (retorno
B
pelo solo)
Monopolar com tensão reduzida (retorno
B
metálico)
Operação em Sobrecarga (Caso Disponível)
Sobrecarga Low Ambient (operação bipolar
C
ou monopolar)

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Requisitos para o Retificador e para o


Modos de Operação
Inversor

Sobrecarga de Longa Duração (operação


C
bipolar ou monopolar)
Sobrecarga de Curta Duração (operação
C
bipolar ou monopolar)
Legenda:

A– Há necessidade de atendimento ao desempenho harmônico, estabelecido para qualquer


configuração (n-1) de cada tipo de filtro CC.

B– Há necessidade de atendimento ao desempenho harmônico com todos os filtros CC presentes.

C– O nível de interferência gerada pelas conversoras nas condições operativas de operação em


sobrecarga deve ser informado pela transmissora em qualquer modo ou combinação de modos
operativos disponíveis.

D – Os modos de operação associados a paralelismo de bipolos devem ser definidos pelo


instrumento técnico dos documentos de outorga.

E – O instrumento técnico dos documentos de outorga pode definir modos adicionais de operação.

(b) Para todas as fases de implementação do empreendimento, bem como ao longo do contrato de
concessão referente às conversoras, manter um desempenho harmônico adequado considerando as
condições de máxima dessintonia dos filtros e as condições mais severas de geração de tensões
harmônicas pelos conversores.
(c) Para os modos de operação com Requisitos para o Retificador e para o Inversor “A” ou “B”, conforme
item 2.8.1.1. (a) deste submódulo, deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com
um desbalanço máximo de sequência negativa de 2%. Nos casos de filtros ativos ou passivos de
sintonia automática, devem ser considerados os erros de controle.
2.8.1.2. As correntes harmônicas nas linhas CC e linhas de eletrodo não devem produzir interferências em
linhas telefônicas em operação na data de comissionamento do elo CC acima dos limites fixados nas normas
correspondentes. De forma a possibilitar o atendimento a esse requisito, os limites da corrente equivalente
de distúrbio ao longo das linhas CC e linhas de eletrodo são informados no instrumento técnico dos
documentos de outorga.
2.8.1.3. A definição desse limite deve ser precedida e baseada em um estudo de coordenação indutiva. Caso
esse estudo não esteja finalizado até a emissão da primeira versão dos estudos do circuito principal, a
transmissora deve considerar que o valor de corrente equivalente de distúrbio em operação bipolar, com
todos os filtros presentes, é no máximo igual a 500 mA. Para a operação monopolar com todos os filtros
(retorno pelo solo ou metálico), o valor não pode exceder 1.000 mA. Durante a operação bipolar na
configuração (n-1) dos filtros, o valor das correntes harmônicas não pode exceder 1000 mA. A transmissora
deve definir o critério a ser adotado para operação monopolar na configuração (n-1) dos filtros. Permanece,
entretanto, com ou sem estudo de coordenação indutiva a responsabilidade da transmissora de mitigar os
efeitos de interferências que venham a ser identificadas.
2.8.1.4. O projeto de filtros CC deve apresentar desempenho harmônico do ponto de vista de interferência
telefônica ao longo da linha CC, a ser demonstrado por meio de estudos e de medições, cuja realização é de

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responsabilidade da transmissora. As medições devem ser realizadas durante o comissionamento, mas


podem também vir a ser solicitadas em outras ocasiões, a critério do ONS.
2.8.1.5. Os filtros CC devem, também, minimizar os efeitos da corrente induzida, em 60 Hz, por linhas CA na
linha CC, evitando potenciais distúrbios nos sistemas de controle do elo CC, bem como a saturação
indesejável dos transformadores conversores, o que poderia eventualmente causar desligamento bipolar.

Capacidade nominal de filtros CC

2.8.2.1. O projeto deve respeitar as seguintes exigências:


(a) As tensões e correntes harmônicas nos elementos devem ser determinadas considerando as máximas
tensões harmônicas geradas pelos conversores. No cálculo dessas tensões harmônicas, deve-se levar
em conta:
(1) operação dentro da faixa de potência especificada;
(2) máximas sobrecargas das conversoras;
(3) operação com tensão reduzida e com alto consumo de reativo;
(4) máximos desequilíbrios da rede externa, ou seja, componente de tensão de sequência negativa
igual a 2,0%;
(5) a operação das conversoras com os máximos desvios (tolerâncias) dos valores de projeto das
reatâncias entre transformadores conectados a ponte de doze pulsos e com os máximos desvios
dos valores de projeto das reatâncias entre fases de cada transformador conectado a ponte de seis
pulsos;
(6) a operação com o máximo desvio de projeto do ângulo de disparo entre as pontes de seis pulsos
de uma mesma ponte de doze pulsos e com o máximo desvio de projeto de ângulo de disparo
entre as válvulas de uma mesma ponte de seis pulsos;
(7) toda a faixa de tensão CA e frequência definidas nos itens 2.2. e 2.2.2deste submódulo.
(b) Os filtros devem ser capazes de operar sem qualquer dano nas seguintes situações:
(1) em frequência nominal e para variações de frequência na faixa definida no item 2.2. deste
submódulo;
(2) com qualquer dos filtros pertencentes a estação conversora fora de operação;
(3) com filtros de mesma sintonia dessintonizados em sentidos opostos;
(4) com a pior ressonância entre filtros CC, reator de alisamento e linha de transmissão CC;
(5) com a máxima tensão de emergência em regime permanente na rede CA;
(6) em condições de sobretensões dinâmicas incluindo ferrorressonâncias, rejeição de carga e
recuperação de faltas;
(7) nos modos de operação constantes do anexo técnico do edital de leilão.
2.8.2.2. As capacidades nominais dos componentes (ratings) dos filtros devem ser dimensionadas para
suportar o aumento da geração de harmônicas para a operação nas condições não nominais mencionadas
no item 2.2.7deste submódulo.

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2.8.2.3. Cada filtro deve contar com sistemas de monitoração de corrente por meio direto e de determinação
da temperatura de seus componentes por meio direto ou indireto, bem como com sistemas de alerta e
proteção adequados, de maneira a permitir que ações operativas possam ser tomadas com a antecedência
necessária.
2.8.2.4. Deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um desbalanço máximo de
sequência negativa de 2,0%.
2.8.2.5. Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática, devem ser considerados os erros de
controle.

2.9. Válvulas de conversão CA/CC/CA

2.9.1. A transmissora deve estabelecer as solicitações de correntes máximas de curto-circuito (em kA pico)
sobre as válvulas, durante curto-circuito na ponte, com bloqueio das mesmas (um ciclo de sobrecorrente) e
sem bloqueio (3 ciclos de sobrecorrente). Esses valores devem ser documentados e fundamentados. Esta
fundamentação pode ser feita por meio analítico ou por simulação. Cabe à transmissora comprovar a
correção dos valores adotados por meio de simulações ciclo-a-ciclo em programas do tipo PSCAD.
2.9.2. Deve ser definido, pela transmissora, um nível mínimo de redundância de tiristores por válvula.
2.9.3. É admitida, no projeto de dimensionamento das válvulas, a utilização de disparo protetivo apenas
como proteção secundária da válvula, cabendo aos para-raios das mesmas a função de proteção principal
contra sobretensões, independentemente do fato de a válvula pertencer à estação retificadora ou à estação
inversora.
2.9.4. A transmissora deve fornecer uma planilha que relacione toda a cadeia de dimensionamento da
coordenação de isolamento da válvula, incluindo os níveis de tensão operativa, as sobretensões temporárias,
o overshoot de comutação, os desequilíbrios de divisão de tensão entre tiristores com a redundância “by-
passada” e os níveis de proteção dos para-raios e do disparo protetivo.

2.10. Transformadores conversores

2.10.1. Os transformadores dedicados à conversão CA/CC devem possuir unidades de reserva, de forma que
possa ser atingido o nível de confiabilidade estabelecido para a instalação, respeitando, no mínimo, o índice
definido no item 2.12 deste submódulo.
2.10.2. Deve ser minimizada a circulação de corrente contínua no neutro dos transformadores, de forma a
evitar interferências indesejáveis no controle das conversoras.
2.10.3. Quando houver mais de um elo CC em uma mesma subestação, o projeto de cada elo deve levar em
conta a possibilidade de operação do elo adjacente em operação monopolar com retorno pelo solo e a
elevação de tensão no neutro de seus transformadores advinda de tal fato. Deve, também, explicitar os
critérios adotados para os máximos valores de elevação de tensão permitidos no neutro.

2.11. Perdas

2.11.1. As perdas devem ser avaliadas considerando:


(a) a temperatura máxima definida pelo instrumento técnico dos documentos de outorga;
(b) na falta dessa definição, a temperatura média das máximas anuais da região de instalação das
conversoras.

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2.11.2. A transmissora deve apresentar a memória de cálculo do projeto, demonstrando sua


compatibilidade com os níveis de perdas definidos no instrumento técnico dos documentos de outorga.

2.12. Confiabilidade

2.12.1. A disponibilidade média anual de transmissão de potência do elo CC deve ser de no mínimo 98,5%,
incluindo as saídas programadas e forçadas, caso não tenham sido incluídos no escopo da outorga
equipamentos reserva das instalações. A disponibilidade deve ser calculada conforme prescrições de norma
IEC [8] considerando dados de estatísticas internacionalmente reconhecidas, tais como, por exemplo, da
Cigré.
2.12.2. Para o cálculo da disponibilidade garantida, considera-se o conjunto dos conversores localizados em
ambos os terminais da linha CC, bem como os respectivos transformadores conversores e demais
equipamentos necessários para a operação desses terminais, como disjuntores, filtros, equipamentos de
medição, síncronos etc.
2.12.3. O número de saídas forçadas de cada polo deve ser de, no máximo, 2,5 saídas por ano.
2.12.4. O número de saídas forçadas de cada bipolo não deve ultrapassar 1 saída a cada 5 anos.

2.13. Coordenação de isolamento

Geral

2.13.1.1. Para a coordenação de isolamento e proteção de equipamentos situados nos pátios CC e CA das
estações conversoras, devem ser utilizados para-raios de óxido de zinco (ZnO).
2.13.1.2. O esquema de proteção contra sobretensões, os requisitos dos para-raios, a metodologia de
estudos e as sobretensões a serem consideradas devem seguir as determinações das normas IEC [2], [3], [4]
e [5].
2.13.1.3. Os para-raios que têm por finalidade a proteção das válvulas de conversão CA/CC e CC/CA são
aqueles responsáveis pela proteção primária desses equipamentos. As válvulas devem contar,
adicionalmente, com sistemas de disparo protetivo que devem ser ajustados, considerando os tiristores
redundantes “by-passados” e as tolerâncias de fabricação e medição em, no mínimo, 3% acima do nível de
proteção dos para-raios.

Operação de elos CC em paralelo

2.13.2.1. Em caso de entrada em operação de um segundo elo CC na subestação CA terminal, a transmissora


responsável pelo segundo elo CC deve compatibilizar o seu projeto de coordenação de isolamento para o
pátio CA com o de coordenação de isolamento do primeiro elo CC, evitando sobrecarregar os para-raios
existentes. Devem ser avaliadas eventuais diferenças de distribuição de corrente nos para-raios, ao
considerar um e dois elos CC, para dimensionamento das energias a serem dissipadas.
2.13.2.1.1. Em caso de mais de um elo CC licitado em um mesmo Leilão, mesmo que com datas de entrada
em operação comercial diferentes, o projeto de coordenação de isolamento deve ser integrado de modo a
levar em consideração os mesmos níveis de isolamento CA e margens de proteção compatíveis com tais
níveis de isolamento para todos os empreendimentos licitados.
2.13.2.2. Em caso de possibilidade de operação cruzada de um elo CC com as linhas CC do outro elo, faz-se
necessária a compatibilização da coordenação de isolamento dos respectivos pátios CC.

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2.13.2.3. Para o dimensionamento dos para-raios e disjuntores do pátio CA e dos filtros CA, a transmissora
deve considerar a aplicação e eliminação de faltas seguida de bloqueio do bipolo com a permanência dos
filtros CA em operação, de acordo com o procedimento recomendado pela Cigré [11]. Essa investigação deve
ser realizada pela transmissora para patamares de potência nominal CC transmitida pré-falta de 25%, 50%,
75% e 100% da potência nominal CC, além daquelas indicadas no anexo técnico do Edital do Leilão, quando
for o caso.

Margens mínimas de proteção/isolamento

2.13.3.1. A transmissora deve utilizar como margens mínimas de proteção/isolamento, no mínimo, os


seguintes percentuais:
(a) Válvulas:
(1) 20 % para surtos de frente íngreme;
(2) 15 % para surtos de manobra e surtos atmosféricos.
(b) Outros equipamentos da casa de válvulas CC:
(1) 25 % para surtos de frente íngreme;
(2) 15 % para surtos de manobra e surtos atmosféricos.
(c) Equipamentos do pátio CC, incluindo filtros CC e reator de alisamento:
(1) 25 % para surtos de frente íngreme;
(2) 20 % para surtos atmosféricos;
(3) 15 % para surtos de manobra.
(d) Transformadores conversores (lado CC):
(1) 25 % para surtos de frente íngreme;
(2) 20 % para surtos atmosféricos;
(3) 15 % para surtos de manobra.
(e) Transformadores conversores (lado CA):
(1) Considerar determinações da norma IEC [6].
(f) Equipamentos do pátio CA (exceto filtros):
(1) Considerar determinações da norma IEC [6].
(g) Filtros CA:
(1) 20% para surtos de manobra;
(2) 15% para surtos de manobra;

Distâncias de escoamento

2.13.4.1. No cálculo da distância de escoamento a ser considerada para a definição dos isoladores CA
externos, para a tensão máxima operativa, deve-se levar em conta as características de contaminação da
região conforme norma IEC [7].

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2.13.4.2. Na definição das distâncias de escoamento específicas para o isolamento dos equipamentos para
instalação abrigada e sujeitos a tensão CC, devem ser seguidas as determinações de norma IEC [5]. No
entanto, devem ser respeitados os seguintes valores mínimos para as distâncias de escoamento:
(a) instalação CC externa: 40 mm/kV para vidro ou porcelana;
(b) instalação CC externa: 35 mm/kV para borracha silicone ou RTV;
(c) instalação CC abrigada: 14 mm/kV para válvulas e 20 mm/kV para as demais instalações.
2.13.4.3. Na definição das distâncias de escoamento específicas para o isolamento externo de equipamentos
desabrigados sujeitos à tensão CC+CA e CC, deve ser seguida a norma IEC [5].

Descargas atmosféricas

2.13.5.1. O sistema de proteção contra descargas atmosféricas da subestação deve ser dimensionado de
forma a assegurar risco de falha menor ou igual a uma falha por 50 (cinquenta) anos, autoregenerativa ou
não.
2.13.5.2. Além disso, deve-se assegurar que não haja falha de blindagem nas instalações para correntes
superiores a 2 kA.

Da avaliação da conformidade

2.13.6.1. A transmissora deve apresentar o cálculo (estimativa) da coordenação de isolamento, tanto do


pátio CA quanto do pátio CC, considerando as premissas iniciais de correntes de coordenação assumidas com
base na experiência. Entretanto, essas premissas de coordenação devem ser comprovadas por meio de
simulações realizadas com o uso de ferramentas computacionais, considerando os casos mais críticos para o
dimensionamento de equipamentos.
2.13.6.2. O sistema CA ao qual estão conectadas as subestações conversoras deve ser representado pelo
menos até a segunda vizinhança, ou seja, os equivalentes de 60 Hz devem ser representados, no mínimo, a
duas barras (subestações diferentes) de distância.

2.14. Eletrodos

Requisitos gerais

2.14.1.1. Um bipolo CC ponto-a-ponto deve ser provido de eletrodos de terra para escoamento para a terra
das correntes de retorno em operação monopolar e das correntes resultantes de condições operativas
desbalanceadas. O projeto do eletrodo deve levar em conta todos os modos de operação previstos para o
bipolo e a possibilidade de operação em sobrecarga nesses modos.
2.14.1.2. É prerrogativa da transmissora a escolha do local de implantação dos eletrodos de terra, desde que
a distância entre o eletrodo de terra e a subestação conversora seja igual ou superior a 15 km. O projeto deve
ser elaborado de forma a evitar a circulação de corrente contínua pelo neutro do transformador conversor
capaz de provocar sua saturação.
2.14.1.3. Caso haja o compartilhamento de uma subestação conversora com transmissoras detentoras de
concessão de bipolos CC ponto-a-ponto, o eletrodo de terra de cada bipolo pode ser dimensionado para
escoar tanto as correntes próprias quanto as dos demais bipolos que compartilhem a mesma subestação.
Cabe ao instrumento técnico dos documentos de outorga a definição da forma de compartilhamento.

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Interferências

2.14.2.1. A transmissora deve determinar, através de estudos, os efeitos que as correntes CC injetadas no
solo pelos eletrodos podem provocar ao circular pelos neutros dos transformadores da rede elétrica, nas
torres das linhas de transmissão do sistema CC e da rede elétrica CA e na proteção catódica de dutos e demais
estruturas metálicas localizadas em sua área de influência.
2.14.2.2. O eletrodo de terra deve ser dimensionado de forma a garantir a segurança de seres vivos quanto
a potenciais de passo, potenciais de toque e potenciais transferidos, considerando a circulação da corrente
de sobrecarga e um sub-eletrodo fora de serviço para manutenção.
2.14.2.3. A transmissora deve tomar as providências necessárias para mitigar todos os efeitos de
interferência (corrosão de dutos e estruturas metálicas de linhas de transmissão e seus aterramentos,
saturação de transformadores CA, etc) que o retorno da corrente CC no solo pode provocar, de acordo com
os requisitos das empresas responsáveis pelos ativos sujeitos à interferência.

Características operacionais

2.14.3.1. O dimensionamento e a manutenção do eletrodo de terra devem levar em conta que, em caso de
operação bipolar, cada bipolo deve ser dimensionado para operar com um valor máximo de desbalanço, em
regime contínuo, correspondente a 1,5% do valor de sua corrente nominal. Deve ainda considerar que a
operação do bipolo em modo monopolar com retorno pela terra pode ocorrer. O instrumento técnico dos
documentos de outorga deverá determinar o ciclo de operação monopolar com retorno pela terra, ou seja,
o período máximo em horas por ano, a quantidade de operações nesse modo e o intervalo mínimo entre
operações sucessivas. Tais condições devem ser atendidas com um sub-eletrodo fora de serviço para
manutenção.
2.14.3.2. A máxima densidade de corrente superficial deve ser menor que aquela que provoque migração
de água por eletro-osmose. Em caso de utilização de eletrodo em anel a máxima densidade de corrente
superficial, para efeito de dimensionamento, deve ser inferior a 0,5 A/m2.
2.14.3.3. Nas condições ambientais e de solo mais desfavoráveis com a circulação de corrente máxima pela
linha do eletrodo (no modo de operação monopolar), a elevação de temperatura dos eletrodos em relação
ao ambiente não pode exceder a 60°C, desde que a temperatura final não seja superior a 100ºC.
2.14.3.4. Além da conexão das linhas do eletrodo aos eletrodos, devem ser especificados os equipamentos
necessários para a equalização da distribuição de corrente nas várias secções do eletrodo bem como os
dispositivos para monitoramento adequado da temperatura na superfície do eletrodo e da umidade do solo.

Características elétricas

2.14.4.1. A modelagem adotada para a resistividade do solo e sua estratificação deve ser devidamente
justificada e comprovada a partir de medição. Para pequenas profundidades, pode ser utilizado o método
Wenner ou similar e, para camadas mais profundas, devem ser utilizados métodos geológicos, como o
método de medição magneto-telúrica.
2.14.4.2. A resistência de aterramento do eletrodo de terra deve ser igual ou inferior a 0,35 , com um sub-
eletrodo fora de serviço para manutenção.
2.14.4.3. O eletrodo de terra deve ser dimensionado de forma a possibilitar sua operação em regime anódico
ou catódico.

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2.15. Linha do Eletrodo

Capacidade de corrente

2.15.1.1. A linha do eletrodo deve ser projetada com pelo menos dois conjuntos de condutores ou feixe de
subcondutores independentes.
2.15.1.2. A linha do eletrodo deve ser dimensionada de forma a permitir a operação do bipolo ao qual
pertence sem qualquer tipo de restrição, para todos os modos operativos disponíveis. Em caso de
compartilhamento da linha do eletrodo com outro bipolo na mesma estação conversora, a linha do eletrodo
deve ser dimensionada para permitir, no mínimo, a operação do primeiro bipolo em operação bipolar e do
segundo bipolo com operação monopolar, acrescida da sobrecarga disponível para este tipo de operação.

Definição da flecha máxima dos condutores

2.15.2.1. As distâncias de segurança da linha do eletrodo devem ser calculadas considerando a máxima
corrente estabelecida para a operação do bipolo e levando em conta a ocorrência simultânea das seguintes
condições climáticas:
(a) temperatura máxima média da região;
(b) radiação solar máxima da região; e
(c) brisa mínima prevista para a região, desde que não superior a 1 m/s.

Perda Joule nos cabos condutores

2.15.3.1. A resistência equivalente por unidade de comprimento do feixe de subcondutores que compõe a
linha de eletrodo deve ser igual ou inferior ao valor indicado pela documentação técnica que define as
características do empreendimento. Em caso de licitação, deve ser seguido o Anexo Técnico, em caso de
autorização, deve ser atendido o relatório R2 – Relatório de Detalhamento da Alternativa de Referência, que
apresenta o detalhamento de engenharia da alternativa elaborada pelo planejamento e, em caso de licitação
para interligação internacional, deve ser atendido o documento técnico da outorga.

Coordenação de isolamento

2.15.4.1. As cadeias de isoladores devem contemplar um isolador adicional e centelhadores, para facilitar a
extinção do arco no caso de falta.
2.15.4.2. O aterramento das torres que suportam essas linhas, dentro e fora da subestação, deve apresentar
resistência compatível com a necessidade de extinção do arco.

3. ETAPA DE DETALHAMENTO – OTIMIZAÇÃO DO CIRCUITO PRINCIPAL, DAS INTERAÇÕES CA/CC E TESTES

3.1. Requisitos gerais

3.1.1. Devem ser realizadas análises para a otimização dos controles, da proteção, dos esquemas de
emergência e dos procedimentos operativos de forma geral, abordando de forma mais detalhada as
interações CA/CC.
3.1.2. O atendimento aos requisitos estabelecidos nos Procedimentos de Rede deve ser demonstrado
considerando:

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(a) os horizontes de planejamento e de operação;


(b) as configurações de rede mais críticas no escopo da operação, dentro da abrangência do Plano da
Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL);
(c) as etapas de implantação do projeto;
(d) as condições extremas de potência de curto-circuito;
(e) o número mínimo de máquinas em operação; e
(f) a inércia mínima no sistema CA associado a qualquer terminal do elo CC.

3.2. Tomada e retomada de carga

3.2.1. O elo CC não deve permitir que tomadas e retomadas de carga da estação conversora, durante os
processos de partida ou de recuperação após defeitos, produzam oscilações perturbadoras ou de longa
duração na potência transmitida, na tensão ou na frequência.
3.2.2. Em caso de recuperação após quaisquer faltas transitórias no lado CA, a estação conversora deve
recuperar a potência transmitida para o valor de 90% daquela transmitida antes da falta entre 150 e 350 ms,
devendo este valor ser estipulado no instrumento técnico dos documentos de outorga. Durante o período
de recuperação não deve ocorrer nenhuma falha de comutação. Estão incluídos nesse caso os religamentos
com ou sem sucesso.
3.2.3. A operação de uma ou mais conversoras afetadas pelo evento não deve restringir a utilização de
religamento monopolar ou tripolar rápido nas linhas de transmissão CA da Rede Básica.
3.2.4. Operações do sistema de controle manual ou automático, de elementos manobráveis e/ou de
comutadores automáticos de transformadores não devem resultar, no elo CC, em manobras intermitentes
ou em oscilações anômalas na potência, na tensão ou na frequência, em qualquer configuração ou condição
de operação da rede CA.
3.2.5. O elo CC deve manter a transferência de potência e a operação das conversoras estáveis para
variações de frequência na faixa de 56,5 a 66 Hz e para qualquer distorção da forma de onda da tensão CA
causada pela dessintonia dos filtros CA ou pela perda de um banco de filtros.
3.2.6. A conversora não deve prejudicar o desempenho normal e transitório de outras conversoras
eletricamente próximas conectadas à Rede Básica ou às instalações de transmissão de energia elétrica
destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica, o que deve ser demonstrado por meio
de estudos específicos de operação conjunta com as conversoras afetadas (multi-infeed), considerando a
possibilidade de instabilidade ou de colapso de tensão e de recuperação simultânea após faltas.

3.3. Falhas de comutação

3.3.1. Nos casos de utilização de comutação natural na estação conversora em funcionamento como
inversora:
(a) não deve haver falha de comutação para variações instantâneas de tensão inferiores a 7% da tensão
pré-falta, considerando que a tensão pré-falta se encontra dentro da faixa de tensão operativa;
(b) as manobras de energização e abertura de equipamentos no pátio CA das estações conversoras e de
linhas CA conectadas às subestações conversoras, quando operando dentro da faixa operativa de
tensão definida em 2.2.2 deste submódulo, não devem provocar falhas de comutação;

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(c) a abertura intempestiva do maior banco de um elo CC, mesmo para as condições mais degradadas da
rede CA, não deve causar falhas de comutação nos elos CC pertencentes à mesma subestação;
(d) após a eliminação de faltas no sistema CA, o elo CC não deve apresentar falhas de comutação após a
tensão alcançar o patamar de 0,90 pu, devendo a recuperação da potência CC se dar conforme item
3.9 deste submódulo; e
(e) casos específicos deverão ser definidos no instrumento técnico dos documentos de outorga.

3.4. Operação dos conversores durante defeitos no sistema

3.4.1. O elo CC deve ser capaz de se manter em operação com potência reduzida nas seguintes condições
de tensão reduzida no lado CA da conversora:
(a) tensão zero na fase sob defeito, para defeitos monofásicos com duração mínima de 0,5 segundo; e
(b) tensão maior que 30% da nominal, para defeitos trifásicos com duração mínima de 0,25 segundo.
3.4.2. Em qualquer desses casos, a recuperação da potência transmitida para os níveis pré-defeito deve se
dar nas condições descritas no item 3.2.2. deste submódulo.
3.4.3. A tensão decorrente de aplicação de falta no sistema CA, na primeira oscilação após a sua eliminação,
deve ser de, no mínimo, 0,80 pu. Caso a tensão seja inferior a esse patamar, deve ser implantado
equipamento de compensação reativa controlável.

3.5. Interferência em rádio e em onda portadora

3.5.1. As conversoras devem ser projetadas de maneira que os níveis de rádio interferência (RI) das radiações
eletrostática e eletromagnética geradas,para qualquer condição operativa, pelas conversoras, pelos seus
periféricos e pelas LT-CC e LT-CA delas derivadas não afetem equipamentos de telecomunicações da Rede
Básica e não excedam os limites normatizados [12] sem a necessidade de qualquer blindagem na área externa
da conversora.
3.5.1.1. As interferências na faixa de 30 kHz a 500 kHz, provocadas pela estação conversora no sistema de
onda portadora das linhas de transmissão da Rede Básica ou das instalações de transmissão de energia
elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica, devem ficar limitadas a 20 dB
abaixo do nível de sinal.

3.6. Ruído audível

3.6.1. O ruído audível medido no limite externo da cerca da subestação não deve exceder 58 dBA para o
conjunto de todas as conversoras operando em condição normal e a plena carga, considerando condição de
chuva fina (0,00148 mm/min). Para situações em que exista mais de uma conversora na mesma subestação,
o limite individual é estabelecido no instrumento técnico dos documentos de outorga.
3.6.2. A transmissora deve demonstrar por meio de simulações o atendimento a esse limite e, se necessário,
indicar a aplicação de medidas mitigadoras eventualmente necessárias, tais como blindagem acústica,
aumento da área da subestação, construção de muro etc. Deve ser considerado pelo projeto, em subestações
em operação, o ruído pré-existente.

3.7. Telecomunicação

3.7.1. Os sistemas de telecomunicação para voz e dados do elo CC e para instalações back-to-back devem
atender ao estabelecido no Submódulo 2.15 – Requisitos mínimos para telecomunicações.

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3.7.2. Os sistemas de telecomunicação para as proteções das linhas CA conectadas às subestações


conversoras devem atender ao estabelecido no Submódulo 2.11.
3.7.3. Falhas do sistema de comunicação não devem causar operação incorreta do sistema de controle do
elo CC. Caso ocorra falha da comunicação entre as estações, a transmissão de potência deve ser mantida no
mesmo nível existente antes da falha.
3.7.4. Durante falha de telecomunicação entre as estações, deve ser possível partir, operar e parar
manualmente o elo CC a partir da sala de controle local de uma das estações. Nesse caso, a comunicação
entre os operadores das estações conversoras deve ser mantida por telefone ou por outro meio de
comunicação.

3.8. Confiabilidade do sistema de controle

3.8.1. O sistema de controle deve ter redundância de 100% (ser duplicado) e ser projetado para que cada
um dos sistemas possa ser mantido, testado ou reparado durante a operação do elo CC, sem afetar o
desempenho do elo CC.
3.8.2. A perda de um dos dois sistemas de controle não deve causar distúrbio na potência transmitida pelo
elo CC nem perda de um polo.

3.9. Sistema de controle

3.9.1. Os tempos de resposta devem ser especificados considerando as configurações de rede previstas nos
estudos do planejamento da expansão e as configurações de rede previstas no PAR. Devem também levar
em conta a possibilidade de operação do elo CC com fluxo de potência nas duas direções, caso essa condição
seja prevista nos estudos de planejamento.
3.9.2. O erro do controle de potência não deve ser superior a 1,5%.
3.9.3. O erro do controle de corrente não deve ser superior a 0,7%.
3.9.4. Embora a operação da conversora seja automática, deve ser possível ao operador exercer as seguintes
funções:
(a) selecionar o modo de operação;
(b) selecionar o local de despacho, seja no retificador, seja no inversor;
(c) selecionar potência total, taxa de variação e direção do fluxo;
(d) ligar ou desligar filtros, reatores e capacitores em derivação e posicionar os comutadores de derivação
sob carga; e
(e) comandar a partida e a parada do elo CC, a parada do sistema em emergência e a alteração de tomada
de carga.
3.9.5. Para defeitos na LT CC, o sistema de controle deve restabelecer 90% da potência que era transmitida
antes do defeito, em 150 ms, sem incluir o tempo de arco e de deionização.
3.9.6. Resposta da corrente CC:
(a) Para operação em qualquer ordem de potência entre a potência mínima e a capacidade de sobrecarga
contínua, a corrente CC deve responder a um degrau de aumento ou de diminuição na ordem de
corrente, atingindo 90% do valor final sem redução posterior, da seguinte forma:

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(1) para um degrau aplicado a ordem de corrente inferior à margem de corrente, já considerando as
tolerâncias e erros de medição da corrente, em até 30 ms;
(2) para um degrau de 30% na ordem de corrente em até 70 ms.
3.9.7. Resposta da potência CC:
(a) O controlador de potência CC deve ser ajustado de tal maneira que o sistema CC tenha as
características de um sistema de corrente constante para defeitos nos sistemas CA seguidos de
oscilações amortecidas de tensão e de potência de baixa frequência na faixa de 0,2 a 2 Hz.
(b) A resposta do controlador de potência para um degrau de aumento ou de diminuição na ordem de
potência de 50% deve ser tal que, em até 150 ms, seja atingido 90% do valor da nova ordem, sem
redução posterior.
(c) Em caso de recuperação após qualquer falta transitória, no lado CA, o elo deve recuperar a potência
transmitida para o valor de 90% daquela transmitida antes da falta, no valor especificado pelo
instrumento técnico dos documentos de outorga, sem posterior redução de potência. Durante o
período de recuperação, não deve ocorrer nenhuma falha de comutação. Estão incluídos neste caso
os religamentos com e sem sucesso.
3.9.8. Resposta da Tensão CC:
(a) A resposta da tensão CC deve ser tal que, para qualquer degrau de corrente, potência ou tensão CA,
a tensão CC não seja superior à tensão máxima de projeto da linha.
3.9.9. Inversão do fluxo de potência na LT-CC
(a) Na transmissão bidirecional, os controles devem ser capazes de reverter o fluxo de potência do elo
CC, que deve operar com qualquer potência entre a potência mínima e a capacidade de sobrecarga
contínua especificada pelo agente.
3.9.10. Limitadores de corrente:
(a) O sistema de controle do elo CC deve dispor de um limitador da ordem de corrente, dependente da
tensão CA, para limitar transitoriamente a corrente no elo CC durante afundamentos de tensão no
sistema CA. Esse limitador deve ser dimensionado com base nos estudos de sistema.
(b) Em caso de estações back-to-back, o elo CC deve dispor de um limitador de ordem de corrente
dependente da tensão CA, para restringir transitoriamente a corrente no elo durante afundamentos
de tensão no sistema CA. Esse limitador deve ser dimensionado com base nos estudos de sistema.
3.9.11. Controle de desbalanço dos polos:
(a) O controle de desbalanceamento dos polos pertencentes ao controle da estação conversora deve ser
projetado para minimizar a corrente na linha do eletrodo.
(b) A corrente de desbalanço entre polos da transmissão bipolar deve ser inferior a 1,5% da corrente
nominal.

3.10. Controle Mestre (Master Control)

3.10.1. Elos CC constituídos por múltiplos bipolos devem ser providos de um Controle Mestre para a
coordenação de sua operação.

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contínua

3.10.2. Devem ser disponibilizados ao Controle Mestre todos os sinais necessários à sua correta operação,
incluindo os sinais topológicos referentes ao estado dos equipamentos das subestações conversoras, bem
como aqueles provenientes de usinas e demais subestações que possam afetar o seu desempenho.
3.10.3. Seus controles devem ter redundância mínima de 100%. Esta redundância se aplica também aos
serviços auxiliares de alimentação CC e CA. Os painéis alimentados pelos serviços auxiliares CC devem ser
completamente independentes. Os painéis CA também devem ter alimentação independente.
3.10.4. O Controle Mestre deve ser capaz de desempenhar as seguintes funções principais:
(a) avaliar e implementar, com base na topologia da subestação e na potência transmitida no(s) elo(s)
CC, a inserção ou retirada de operação de filtros e de compensação reativa;
(b) comandar as ações de controle dos bipolos para a modulação da potência CC para a estabilização de
frequência do sistema CA;
(c) comandar as ações dos bipolos para amortecimento de oscilações do sistema CA;
(d) comandar automaticamente a redistribuição de potência entre polos e/ou bipolos, em caso de perda
de elementos;
(e) comandar automaticamente as ações de paralelismo de elementos de transmissão dos bipolos
incluindo as linhas de eletrodo.
3.10.5. O Controle Mestre deve estar equipado para comandar automaticamente a abertura de
equipamentos pertencentes ao seu empreendimento, como por exemplo filtros, e comandar a abertura de
equipamentos de terceiros, como por exemplo linhas ou geradores, seja por ação direta ou por meio de
centros de controle de terceiros, inclusive do ONS. Em caso de equipamentos de terceiros, caberá ao Sistema
de Controle e Proteção do agente responsável pelo equipamento processar a ação solicitada e executar o
comando nos seus equipamentos, conforme os requisitos de tempo de resposta necessários.
3.10.6. O Controle Mestre deve estar equipado para efetuar ações de run back (redução de potência
automática) para evitar variações de frequência no sistema coletor, ou para fazer frente a perda de linhas no
sistema CA adjacente às estações conversoras ou a perda de elementos que compõem o sistema de geração,
que impossibilitem a manutenção do nível de potência transmitida pelo elo CC. Para outras situações, o
Controle Mestre deve estar também equipado para efetuar ações de run forward (aumento de potência
automático).
3.10.7. O instrumento técnico dos documentos de outorga deve definir a quem cabe a responsabilidade pela
obtenção dos sinais em instalações de terceiros, que devem atender a requisitos de telecomunicações e
respeitar os tempos de latência necessários à operação adequada do Controle Mestre. Os estudos de Projeto
Básico devem definir quantos e quais são os sinais necessários.

3.11. Proteção

3.11.1. No projeto da proteção dos equipamentos do lado CA e CC das estações conversoras, deve-se
considerar a influência dos harmônicos gerados pelas conversoras em seu desempenho durante defeitos e
atender aos requisitos constantes do Submódulo 2.11.

3.12. Supervisão e controle

3.12.1. Os sistemas de supervisão e controle dos equipamentos de manobra dos pátios CA e CC devem
atender ao disposto no Submódulo 2.12 – Requisitos mínimos de supervisão e controle para a operação.

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contínua

Deve haver comunicação entre a instalação do elo CC e os centros de controle do ONS, por meio dos
protocolos de comunicação disponíveis nesses centros.
3.12.2. O ONS define o centro com o qual as instalações do elo CC devem se relacionar.

3.13. Registro de perturbações

3.13.1. Os registradores de perturbações devem atender aos requisitos constantes no Submódulo 2.11.

3.14. Perdas

3.14.1. A transmissora, entre a etapa de detalhamento e a entrada em operação comercial, deve comprovar
o atendimento dos níveis de perdas por meio de ensaios, executados pelo fornecedor, dos diversos
componentes do elo CC.

4. REFERÊNCIAS

[1] International Electrotechnical Commission. IEC 61000-4-30. Testing and Measuring Techniques – Power
Quality Measurement Methods. 2003 IEC 61000-4-30.
[2] International Electrotechnical Commission. Insolation co-ordination – Part 1: Definitions, principles and
rules. IEC-60071-1.
[3] International Electrotechnical Commission. Insolation co-ordination – Part 2: Application guide. IEC-
60071-2.
[4] International Electrotechnical Commission. Insulation co-ordination – Part 4: Computational guide to
insulation co-ordination and modeling of electrical networks. IEC-60071-4.
[5] International Electrotechnical Commission. Insulation co-ordination – Part 5: Procedures for high-voltage
current (HVDC) converter stations. IEC-60071-5.
[6] International Electrotechnical Commission. Insulation co-ordination. IEC 60071.
[7] International Electrotechnical Commission. Selection and dimensioning of high-voltage insulators
intended for use in polluted conditions. IEC/TR 60815.
[8] International Electrotechnical Commission. Performance of high-voltage direct current (HVDC) systems
with line-commutated converters – Part 1: Steady-state conditions. IEC 60919-1.
[9] International Electrotechnical Commission. Performance of high-voltage direct current (HVDC) systems
with line-commutated converters – Part 2: Faults and Switchning. IEC 60919-2.
[10] International Electrotechnical Commission. Performance of high-voltage direct current (HVDC) systems
with line-commutated converters - Part 3: Dynamic conditions. IEC 60919-3.
[11] CIGRE Working Group 33/14-05. Application guide for metal oxide arresters without gaps for HVDC
converter stations. Junho, 1988.
[12] Associação Brasileira de Normas Técnicas. Transformador de potência. ABNT NBR 5356.

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Submódulo 2.9
Requisitos mínimos de qualidade de
energia elétrica para acesso ou
integração à Rede Básica

Requisitos

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2022.10 Despacho ANEEL nº 2.852/2022 03/10/2022


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ÍNDICE

1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 3

2. REQUISITOS PARA OS EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO ..................................................................... 3

3. REQUISITOS DE DESEMPENHO QUANTO AOS INDICADORES DE QEE .............................................. 4

3.1. Indicadores de continuidade de serviço ........................................................................................ 4

3.2. Indicadores de frequência ............................................................................................................. 5

3.3. Indicadores de tensão de atendimento em regime permanente ................................................. 5

3.4. Indicadores de desempenho da flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão ....... 6

Requisitos gerais .......................................................................................................... 6

Flutuação de tensão .................................................................................................... 7

Desequilíbrio de Tensão .............................................................................................. 8

Distorção Harmônica de Tensão .................................................................................. 9

3.5. Indicadores de Variação de Tensão de Curta Duração – VTCD ................................................... 10

4. AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE INSTALAÇÃO QUE CONTENHA ELEMENTO NÃO LINEAR OU ESPECIAL


EM PROCESSO DE ACESSO OU DE INTEGRAÇÃO À REDE BÁSICA QUANTO A QEE .......................... 11

4.1. Individualização de instalação não linear ou especial para avaliação de desempenho ............. 11

4.2. Estudos para avaliação de desempenho quanto a QEE .............................................................. 11

4.3. Campanha de medição para avaliação de desempenho quanto a QEE ...................................... 11

4.4. Sistema de monitoração contínua ............................................................................................... 13

4.5. Desempenho harmônico de elementos não lineares integrantes da Rede Básica, como
compensador estático (CER)........................................................................................................ 13

Aspectos gerais .......................................................................................................... 13

Avaliação do desempenho harmônico ...................................................................... 14

Avaliação do rating dos filtros ................................................................................... 15

Critério N-1 para filtros .............................................................................................. 15

5. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 15

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1. OBJETIVO

1.1. Apresentar os requisitos a serem atendidos por instalações que contenham elementos cujas
características não lineares ou especiais possam vir a ocasionar distorções relativas à Qualidade de Energia
Elétrica (QEE) na Rede Básica.

2. REQUISITOS PARA OS EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO

2.1. O desempenho do instrumento de medição utilizado no processo de apuração dos indicadores deve ser
compatível com equipamento classe A de norma IEC[1], bem como seguir o estabelecido nas publicações
listadas a seguir, o que deve ser comprovado segundo critérios a serem estabelecidos pelo Operador Nacional
do Sistema Elétrico – ONS:
(a) Flutuação de tensão: norma IEC [2]; e
(b) Distorção harmônica de tensão: norma IEC [3].
2.2. Não obstante o estabelecido no item 2 deste submódulo, a adequação do desempenho dos
equipamentos de medição e transdutores pode ser avaliada, a critério do ONS, por meio de testes em
laboratório. Além disso, os instrumentos a serem usados na campanha de medição devem estar calibrados,
sendo que o período entre a última calibração e a data da campanha de medição deverá ser inferior a dois
anos. O certificado de calibração deverá ser emitido por laboratório credenciado pelo INMETRO ou outro
órgão certificador internacional. O referido certificado deverá ser anexado ao relatório da medição.
2.3. Podem ser utilizados módulos específicos de QEE nos medidores do Sistema de Medição para
Faturamento (SMF), como estabelecido no Submódulo 2.14 – Requisitos mínimos para Sistemas de Medição
para Faturamento. Tais módulos devem registrar as grandezas elétricas necessárias para o cálculo dos
indicadores de QEE estabelecidos no presente submódulo relativos à tensão de atendimento em regime
permanente e Variação de Tensão de Curta Duração (VTCD). Podem ainda registrar as grandezas elétricas
necessárias para o cálculo dos indicadores de QEE estabelecidos no Submódulo 9.7 – Indicadores de
qualidade de energia elétrica da Rede Básica relativos à flutuação de tensão, desequilíbrio de tensão e
distorção harmônica de tensão.
2.3.1. A apuração dos valores dos indicadores se faz através de procedimentos e métodos de medição que
neste documento nomeia-se por "protocolos de medição". Dentre outros aspectos, os protocolos de medição
incluem parâmetros tais como: taxa de amostragem do sinal medido e a resolução da conversão
analógica/digital, tipo e intervalo de janela para cálculo de valores eficazes de tensão, critérios de
detecção/disparo (trigger) e reset para registro de VTCD.
2.3.2. Os agentes devem informar os protocolos de medição utilizados pelos equipamentos de medição
adotados.
2.3.3. Os arquivos de saída devem ser apresentados em linguagem XML com caracteres ASCII.
2.3.4. No que se refere à tensão de atendimento em regime permanente, deve ser disponibilizado o valor
da tensão eficaz, fase-neutro, para cada fase, em intervalos de integração programáveis de 5 (cinco) a 60
(sessenta) minutos. Esse valor deve resultar da média quadrática dos valores apurados a partir de janelas
consecutivas ao longo de todo esse intervalo.
2.3.5. No que se refere à monitoração de VTCD, devem ser disponibilizadas as seguintes informações:
instante de ocorrência do fenômeno, amplitude da tensão correspondente ao máximo desvio de cada fase e
valor instantâneo (forma de onda) das três tensões fase-neutro por um intervalo de tempo suficiente para
permitir a determinação da duração do fenômeno. A lógica de disparo para detecção deve ser baseada em

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limites configuráveis de amplitude de tensão (valor eficaz da tensão), em função de um valor de referência
fixo.
2.3.6. No que se refere à monitoração de flutuação de tensão, desequilíbrio de tensão e distorção harmônica
de tensão, devem ser disponibilizadas as informações especificadas pelo ONS para a campanha de medição.
2.3.7. Para atender aos requisitos para avaliação da QEE, os medidores devem apresentar taxa de
amostragem de pelo menos 16 amostras por ciclo e conversor A/D (Analógico/Digital) de pelo menos 12 bits.
2.3.8. Medidores específicos de QEE devem ser instalados em barramentos sob responsabilidade de
concessionárias de transmissão de energia elétrica indicados pelo ONS, desde que não haja SMF instalado
nesse barramento que contemple o indicador a ser monitorado. Caso o arranjo da subestação seja tal que
barramentos de mesmo nível de tensão possam operar, permanentemente, de forma independente, deverá
ser instalado um medidor de QEE em cada segmento de barramento correspondente.

3. REQUISITOS DE DESEMPENHO QUANTO AOS INDICADORES DE QEE

3.1. Indicadores de continuidade de serviço

3.1.1. A Qualidade de Energia Elétrica (QEE) quanto à continuidade do serviço, cujos requisitos estão
estabelecidos neste submódulo, é monitorada em pontos de controle e representada pelos indicadores DIPC,
FIPC, DMIPC e FMIPC definidos no Submódulo 9.7 e gerenciada conforme estabelecido no Submódulo 6.15 –
Gerenciamento da qualidade da energia elétrica da Rede Básica.
3.1.2. Os valores de referência dos indicadores de continuidade, são estabelecidos pelo ONS a partir de
cálculos preditivos de desempenho dos pontos de controle. Nesses cálculos preditivos, são considerados
diversos fatores de influência, entre os quais o tipo de arranjo de barramento, o tipo e o número de
instalações conectadas ao ponto de controle, as características da proteção efetivamente instalada, bem
como os valores históricos apurados para os indicadores.
3.1.3. A avaliação do desempenho de um determinado ponto de controle deve ser realizada através da
comparação dos indicadores de desempenho DIPC histórico e DIPC anual, FIPC histórico e FIPC anual, DMIPC
histórico e DMIPC anual com os valores de DIPC referência, FIPC referência e DMIPC referência,
respectivamente.
3.1.4. Os indicadores DIPC anual e FIPC anual, para cada ponto de controle, correspondem aos valores de
DIPC e FIPC acumulados em um período consecutivo de 12 (doze) meses no ponto de controle. O indicador
DMIPC anual, para cada ponto de controle, corresponde ao maior valor de DMIPC observado nesse período
consecutivo de 12 (doze) meses no ponto de controle. Esses indicadores avaliam a dinâmica evolutiva de
curto prazo do desempenho do ponto de controle.
3.1.5. Os indicadores DIPC histórico e FIPC histórico correspondem à média anualizada dos valores DIPC e
FIPC acumulados ao longo de todo o período de apuração do desempenho do ponto de controle. O indicador
DMIPC histórico corresponde à média anualizada dos maiores valores de DMIPC observados nesse período
de apuração do desempenho do ponto de controle. Esses indicadores retratam a dinâmica evolutiva de longo
prazo do desempenho do ponto de controle.
3.1.6. Os valores de DIPC referência, FIPC referência e DMIPC referência são determinados a partir de
simulação preditiva ou do desempenho histórico do ponto de controle. Na simulação, são considerados os
seguintes parâmetros que influenciam no desempenho do ponto de controle e são obtidos a partir de dados
apurados pelo ONS e/ou fornecidos pelos agentes:
(a) taxa de falha de equipamentos;

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(b) configuração de barra; e


(c) tempos de indisponibilidade para manobra e reparo de equipamentos.
3.1.7. Esses indicadores estabelecem o desempenho médio de longo prazo do ponto de controle e se
mantêm inalterados até que se altere algum parâmetro utilizado na sua determinação ou alguma
característica da instalação.

3.2. Indicadores de frequência

3.2.1. A QEE quanto à frequência, cujos requisitos estão estabelecidos no presente submódulo, é
representada pelos indicadores de frequência em regime permanente e durante distúrbios, DFP e DFD,
respectivamente, definidos no Submódulo 9.7, e gerenciada conforme estabelecido no Submódulo 6.15.
3.2.2. Em condições normais de variação de carga, em regime permanente, os desvios da frequência
instantânea (valores absolutos sem integralização) em relação ao valor nominal não poderão exceder a +/-
0,1 Hz.
3.2.3. O indicador DFP deve ser igual ou superior a 99% a cada dia, portanto não deve apresentar mais que
14 valores da integral do desvio de frequência superior a 0,1 Hz.min a cada dia (1% dos 1440 minutos do dia).
3.2.4. O indicador DFD deve ser contabilizado para o período de 1 (um) ano, e ser inferior ou igual aos limites
apresentados na Tabela 1.

Tabela 1– Limites para avaliação do desempenho da frequência durante distúrbios

Tempo acumulado máximo de


DFD
exposição a desvios de frequência (seg)

f > 66,0 Hz 0

63,5 Hz  f  66,0 Hz 30,0

62,0 Hz  f  63,5 Hz 150,0

60,5 Hz  f  62,0 Hz 270,0

58,5 Hz  f  59,5 Hz 390,0

57,5 Hz  f  58,5 Hz 45,0

56,5 Hz  f  57,5 Hz 15,0

f < 56,5 Hz 0

3.3. Indicadores de tensão de atendimento em regime permanente

3.3.1. A QEE quanto à tensão de atendimento em regime permanente, cujos requisitos são estabelecidos no
presente submódulo, é representada pelos indicadores DRP e DRC definidos no Submódulo 9.7 e gerenciada
conforme estabelecido no Submódulo 6.15.
3.3.2. O desempenho da tensão de atendimento em regime permanente em base mensal é avaliado a partir
da comparação dos indicadores DRP e DRC com os seguintes valores de referência:
(a) Duração Relativa da Transgressão Máxima de Tensão Precária (DRPM), estabelecida como 3%; e

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(b) Duração Relativa da Transgressão Máxima de Tensão Crítica (DRCM), estabelecida como 0,5%.
3.3.3. Deve ser classificado como crítico o desempenho no ponto de observação que apresentar,
simultaneamente, no período mensal, valores dos indicadores DRP e DRC superiores aos valores de
referência DRPM e DRCM, respectivamente.

3.4. Indicadores de desempenho da flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão

Requisitos gerais

3.4.1.1. Em solicitações de acesso de agentes de geração, distribuição, importação/exportação e


consumidores, cujas instalações contenham elementos não lineares ou especiais que possam comprometer
o desempenho da Rede Básica, devem ser realizadas análises fundamentadas em indicadores de QEE. O
mesmo tratamento deve ser dado às integrações de novas instalações da Rede Básica que apresentem
característica não linear. Nesses casos, os fenômenos de flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de
tensão são os de maior interesse. Esse processo está detalhado no Submódulo 7.8 – Avaliação do impacto
do acesso ou integração à Rede Básica de instalações que contenham elementos não lineares ou especiais.
3.4.1.2. Deve ser realizado monitoramento contínuo ou por meio campanhas de medição, a partir de sistema
de medição instalado pelo agente.
3.4.1.3. Deve ser realizado monitoramento contínuo no Ponto de Acoplamento Comum (PAC) onde o
desempenho de elementos não lineares ou especiais implique a ocorrência de valores expressivos de
flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão.
3.4.1.4. Os resultados da apuração devem ser apresentados ao ONS, em formato e prazo estabelecidos nos
Submódulos 6.15 e 7.8.
3.4.1.5. Os limites de desempenho estabelecidos neste submódulo devem ser obedecidos no PAC, tanto
pelas instalações que contenham elementos não lineares ou especiais dos agentes que se conectam às
instalações sob responsabilidade de concessionária de transmissão como pelas instalações de transmissão
com característica não linear. Tais limites devem ser respeitados em todos os modos de operação possíveis,
ou seja, tanto em operação normal como degradada. Como exemplo de operação degradada, pode-se citar,
no caso de instalações conversoras, a situação em que alguma ponte conversora do conjunto esteja fora de
serviço, seja por manutenção seja por defeito. Nesse caso, via de regra, perde-se a compensação entre
harmônicas resultantes de pontes alimentadas por tensões com diferentes ângulos de defasamento.
3.4.1.6. Para os agentes de distribuição, aplicam-se os requisitos de medição estabelecidos no item 4.3 deste
submódulo, com as seguintes particularidades:
(a) tais requisitos têm caráter obrigatório para cada agente de distribuição que se conecte a um
barramento localizado em uma subestação sob responsabilidade de concessionária de transmissão;
(b) nos demais casos, o ONS deve avaliar, com base nas peculiaridades de cada conexão, se há
necessidade de medição; e
(c) caso as medições indiquem violação dos limites globais, o ONS deve coordenar processo para
determinação das causas da violação por meio de estudos e/ou medições adicionais.
3.4.1.7. Para os agentes de geração, aplicam-se os requisitos de estudo e medição estabelecidos,
respectivamente, nos itens 4.2 e 4.3 deste submódulo, com as seguintes particularidades:
(a) tais requisitos têm caráter obrigatório para instalações de geração que:
(1) tenham unidade geradora do tipo eólica/solar fotovoltaica; ou

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(2) utilizem unidade cicloconversora auxiliar para partida da turbina.


(b) Nos demais casos, o ONS deve avaliar, com base nas peculiaridades de cada conexão, se há
necessidade de medição.
3.4.1.8. Para os agentes de transmissão, aplicam-se os requisitos de medição estabelecidos no item 4.3 deste
submódulo, com as seguintes particularidades:
(a) tais requisitos têm caráter obrigatório para instalações de transmissão que contenham elementos não
lineares como os compensadores estáticos e sistemas de corrente contínua em alta tensão.
3.4.1.9. Para a avaliação do desempenho da Rede Básica quanto aos fenômenos de flutuação, desequilíbrio
e distorção harmônica de tensão são dois os limites de desempenho global: limite global inferior e limite
global superior.
3.4.1.10. O limite de desempenho individual corresponde ao valor máximo de perturbação que pode ser
causado no sistema por um único agente.
3.4.1.11. A avaliação do desempenho global é realizada por meio da comparação dos valores dos indicadores
obtidos através de processo de apuração, por fase, com os valores dos limites globais inferior e superior
desses indicadores, quando aplicável. Para a avaliação do desempenho, adota-se o seguinte procedimento:
(a) quando o valor apurado do indicador for menor ou igual ao limite global inferior, o desempenho é
considerado adequado;
(b) quando o valor apurado do indicador encontra-se entre os limites globais inferior e superior, o
desempenho é considerado em estado de observação; e
(c) quando o valor apurado do indicador for maior que o limite global superior, o desempenho é
considerado inadequado.
3.4.1.12. A QEE quanto à flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica, cujos requisitos estão
estabelecidos no presente submódulo, é representada por indicadores definidos no Submódulo 9.7 e
gerenciada conforme estabelecido no Submódulo 6.15.

Flutuação de tensão

3.4.2.1. Aspectos gerais

3.4.2.1.1. O desempenho da Rede Básica quanto à flutuação de tensão é avaliado a partir da comparação
dos indicadores PstD95% e PltS95% com os respectivos limites global e individual.
3.4.2.1.2. Os limites globais, obtidos por meio de campanhas de medição, aplicam-se ao PAC. Da mesma
forma, aplicam-se também ao PAC os limites individuais, os quais são determinados por meio de cálculos
específicos para cada instalação que contenha equipamentos com características não lineares ou especiais
que produzam tais efeitos.

3.4.2.2. Limites globais

3.4.2.2.1. Os limites globais inferior e superior, considerados para avaliar a qualidade da tensão quanto à
flutuação de tensão, estão apresentados na Tabela 2. Esses valores são expressos em função dos limites
globais para tensão secundária de distribuição (220 V ou 127 V) e da atenuação esperada quando a flutuação
de tensão se propaga para os barramentos da rede secundária de distribuição.

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3.4.2.2.2. FT é o fator de transferência aplicável entre o barramento sob responsabilidade de concessionária


de transmissão sob avaliação e o barramento da rede secundária de distribuição eletricamente mais próximo.
FT é calculado pela relação entre o valor do PltS95% do barramento sob avaliação e o valor do PltS95% do
barramento da rede secundária de distribuição. No caso de os FT entre os barramentos envolvidos não terem
sido medidos, os FT apresentados na Tabela 3 devem ser aplicados para a avaliação da flutuação de tensão
nos barramentos sob responsabilidade de concessionária de transmissão.
3.4.2.2.3. Os limites globais apresentados na Tabela 3 foram estabelecidos com a premissa de que o limite
global inferior para as tensões secundárias nos sistemas de distribuição (220 V ou 127V) é 1 pu. Caso esse
limite seja alterado, por determinação da ANEEL, os valores estabelecidos devem ser revisados.

Tabela 2 – Limites globais para os indicadores de flutuação de tensão

Limite PstD95% PltS95%

Limite global inferior


1 pu 0,8 pu
FT FT

Limite global superior


2 pu 1,6 pu
FT FT

Tabela 3 – Fatores de transferência, em função da tensão nominal de barramento sob responsabilidade de


concessionária de transmissão.

Tensão Nominal do barramento (kV) Fator de Transferência

Tensão Nominal  230 kV FT = 0,65

69 kV  Tensão Nominal  230 kV FT = 0,8

Tensão Nominal  69 kV FT = 1,0

3.4.2.3. Limites individuais

3.4.2.3.1. Os limites individuais de flutuação de tensão, que consideram um nível de saturação de 80% dos
limites globais inferiores estabelecidos na Tabela 2, estão indicados na Tabela 4.

Tabela 4 – Limites individuais para os indicadores de flutuação de tensão

PstD95% PltS95%

0,8 pu 0,6 pu
FT FT

Desequilíbrio de Tensão

3.4.3.1. Aspectos gerais

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3.4.3.1.1. O desempenho da Rede Básica quanto ao desequilíbrio de tensão é avaliado a partir da


comparação do indicador KS95% com os limites global e individual.
3.4.3.1.2. Os limites globais, obtidos por meio de campanha de medição, aplicam-se ao PAC. Da mesma
forma, aplicam-se também ao PAC os limites individuais, determinados por meio de cálculos específicos para
cada instalação que contenha equipamentos com características que produzam tais efeitos.
3.4.3.1.3. Caso as tensões de sequência negativa variem de forma intermitente e repetitiva, é permitido
ultrapassar os limites especificados em até o dobro, desde que a duração cumulativa das tensões de
sequência negativa, acima dos limites contínuos estabelecidos, não ultrapasse 5% do período de
monitoração.

3.4.3.2. Limite global

3.4.3.2.1. O limite global é de:


KS95% 2%

3.4.3.3. Limite individual

3.4.3.3.1. O limite individual é de:


KS95% 1,5%

Distorção Harmônica de Tensão

3.4.4.1. Aspectos gerais

3.4.4.1.1. O desempenho da Rede Básica quanto à distorção harmônica de tensão é avaliado a partir da
comparação dos indicadores DTHI e DTHTS95% com os respectivos limites global e individual.
3.4.4.1.2. Os limites globais, obtidos por meio de campanhas de medição, aplicam-se ao PAC. Da mesma
forma, aplicam-se também ao PAC os limites individuais, determinados por meio de cálculos específicos para
cada instalação que contenha equipamentos com características que produzam tais efeitos.

3.4.4.2. Limites globais

3.4.4.2.1. Os limites globais inferiores para os indicadores DTHI e DTHTS95% estão apresentados na Tabela
5.
3.4.4.2.2. Os limites globais superiores são determinados pela multiplicação dos limites globais inferiores
correspondentes pelo fator 4/3. Por exemplo, os limites globais superiores relativos aos indicadores
DTHTS95% para V< 69 kV e V  69 kV são, respectivamente, 8% e 4%.
3.4.4.2.3. Para cada ordem harmônica h, a tensão harmônica resultante em qualquer ponto do sistema é
obtida com a combinação dos efeitos provocados por diferentes agentes.

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Tabela 5 – Limites globais inferiores para os indicadores DTHI e DTHTS95%

V < 69 kV V  69 kV

DTHI, h ímpar DTHI, h par DTHI, h ímpar DTHI, h par

Valor
Ordem Valor (%) Ordem Ordem Valor (%) Ordem Valor (%)
(%)

3, 5, 7 5% 3, 5, 7 2%

2, 4, 6 2% 2, 4, 6 1%

9, 11, 13 3% 9, 11, 13 1,5%

8 1% 8 0,5%

15 a 25 2% 15 a 25 1%

27 1% 27 0,5%

DTHTS95% = 6% DTHTS95% = 3%

3.4.4.3. Limites individuais

3.4.4.3.1. Os limites individuais para os indicadores DTHI e DTHTS95% estão apresentados na Tabela 6.

Tabela 6 – Limites individuais para os indicadores DTHI e DTHTS95%

13,8 kV  V  69 kV V  69 kV

DTHI, h ímpar DTHI, h par DTHI, h ímpar DTHI, h par

Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%)

3 a 25 1,5% 3 a 25 0,6%

todos 0,6% todos 0,3%

27 0,7% 27 0,4%

DTHTS95% = 3% DTHTS95% = 1,5%

3.5. Indicadores de Variação de Tensão de Curta Duração – VTCD

3.5.1. A esse fenômeno não são atribuídos limites de referência, de acordo com a experiência internacional.
O ONS, através de processo de apuração e gerenciamento, detalhado no Submódulo 6.15, acompanhará e
divulgará o desempenho dos pontos de observação da tensão e dos barramentos sob responsabilidade de
concessionária de transmissão com base nos indicadores supracitados.

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4. AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE INSTALAÇÃO QUE CONTENHA ELEMENTO NÃO LINEAR OU ESPECIAL EM


PROCESSO DE ACESSO OU DE INTEGRAÇÃO À REDE BÁSICA QUANTO A QEE

4.1. Individualização de instalação não linear ou especial para avaliação de desempenho

4.1.1. As instalações que contenham elementos não lineares ou especiais, que se conectam às instalações
sob responsabilidade de concessionária de transmissão, diretamente ou através de um sistema de
transmissão de uso exclusivo, compartilhado ou não, devem ser tratadas de forma individual, no que diz
respeito à avaliação no PAC do seu desempenho quanto à QEE. No caso de expansão da instalação existente,
tanto os estudos como as campanhas de medição devem ser atualizados considerando a instalação como um
todo, ou seja, a instalação existente acrescida de sua expansão.
4.1.2. No caso em que centrais de geração eólica/solar fotovoltaica tenham obtido junto a ANEEL
autorização para compartilhamento de suas instalações de interesse restrito com outras centrais geradoras
de fontes iguais ou distintas, incluindo as centrais geradoras híbridas ou associadas, tais centrais serão
caracterizadas como uma única instalação individual, no que diz respeito à avaliação do seu desempenho
quanto à QEE. O mesmo se aplica a consumidores que venham a compartilhar instalações de interesse
restrito, como, por exemplo, subestação abaixadora.

4.2. Estudos para avaliação de desempenho quanto a QEE

4.2.1. Estudos de QEE tratam, em geral, das avaliações de desempenho quanto à flutuação, desequilíbrio e
distorção harmônica de tensão no PAC. Observa-se que, em função dos resultados obtidos pelos estudos,
podem ser solicitados procedimentos complementares de medição, durante as campanhas de medição
tratadas no item 4.3 deste submódulo.
4.2.2. Os requisitos de distorção harmônica de tensão devem ser atendidos para qualquer valor de
impedância que pertença ao Lugar Geométrico representativo da rede externa, como detalhado no
Submódulo 2.3 – Premissas, critérios e metodologias para estudos elétricos.

4.3. Campanha de medição para avaliação de desempenho quanto a QEE

4.3.1. As campanhas de medição de tensão têm por objetivo apurar os valores dos indicadores de flutuação,
desequilíbrio e distorção harmônica de tensão no PAC.
4.3.2. Dependendo das características da instalação e da sua conexão, também devem ser medidos valores
de correntes harmônicas obtidos através de campanha de corrente. Essas correntes harmônicas são obtidas
na saída dos aerogeradores e dos inversores das células fotovoltaicas, inclusive se essas fontes constituírem
centrais geradoras híbridas ou associadas. As medições de corrente, especificamente para parques eólicos e
solares fotovoltaicos deverão ser realizadas de acordo com os requisitos estabelecidos por norma IEC [4].
Quanto aos equipamentos elétricos com características não lineares dos consumidores livres, os valores de
correntes harmônicas podem ser obtidos para uma verificação de sobrecarga, por exemplo e, por
conseguinte, no dimensionamento final proposto para os filtros de correntes harmônicas do
empreendimento.
4.3.3. Uma campanha de medição de tensão deve ter duração de 7 (sete) dias consecutivos, de acordo com
protocolo de apuração estabelecido para o indicador em análise, considerando os valores dos indicadores
integralizados em intervalos de 10 (dez) minutos. Entretanto, quando a campanha de medição for realizada
para a conexão de agente de geração, com fonte eólica/solar fotovoltaica, esse período pode ser estendido,
em função de sua característica de operação.

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4.3.4. A campanha de corrente, por sua vez, tem por finalidade permitir reavaliar o estudo de desempenho
da instalação quanto à distorção harmônica de tensão e é realizada somente para parques eólicos e solares
fotovoltaicos, inclusive quando esses empreendimentos constituírem parte de centrais geradoras híbridas
ou associadas, com as seguintes particularidades:
(a) As correntes harmônicas no caso de parques eólicos devem ser medidas em uma unidade geradora
representativa de cada central geradora eólica; e
(b) As correntes harmônicas, no caso de parques solares fotovoltaicos, devem ser medidas em uma
unidade fotovoltaica (inversor alimentado por um conjunto de células fotovoltaicas) representativa
de cada usina geradora fotovoltaica.
4.3.5. Outra campanha a ser realizada para parques eólicos e solares fotovoltaicos, inclusive quando esses
empreendimentos constituírem parte de centrais geradoras híbridas ou associadas, é a de monitoramento
dos níveis de distorções harmônicas de tensão, enquanto o(s) filtro(s) proposto(s) para determinada
instalação ainda não tiver (tiverem) sido efetivamente instalado(s).
4.3.6. A campanha de monitoramento deve perdurar até a instalação definitiva do filtro ou até que seja
justificado por meio de um estudo revisado com as correntes medidas que a instalação do filtro pode ser
dispensada.
4.3.7. No caso de instalações que contenham elementos não lineares ou especiais com regime de operação
definido, como, por exemplo, mineradoras, siderúrgicas, compensadores estáticos etc., a campanha de
medição deve atender aos seguintes requisitos:
(a) ser realizada imediatamente antes (pré-tensão) e após a entrada (pós-tensão) em operação da
instalação e a cada implemento no patamar de demanda de carga da instalação por um período de 7
(sete) dias consecutivos, incluindo a apuração dos indicadores de tensão listados no item 4.3. deste
submódulo; e
(b) medir os valores de correntes harmônicas geradas pelos dispositivos não lineares da instalação com
maior capacidade de potência, por períodos que englobem o seu ciclo de regime de operação
nominal, quando da necessidade de realização de um estudo de desempenho harmônico.
4.3.8. No caso de instalação de geração eólica e solar fotovoltaica, inclusive quando essas centrais geradoras
pertencerem às centrais geradoras híbridas ou associadas, tendo em vista que o impacto da sua operação na
QEE do PAC depende do regime de ventos ou da irradiância solar da região onde se encontra instalada, a
campanha a ser realizada após a entrada em operação da instalação deve atender aos seguintes requisitos:
(a) a data de início da campanha de medição pós-tensão (após entrada em operação do complexo eólico
e/ou solar fotovoltaico) e a sua duração (mínima de 7 (sete) dias), poderão ser
postergadas/estendidas considerando os seguintes fatores:
(1) pelo menos noventa por cento das unidades geradoras que compõem o complexo eólico e/ou solar
fotovoltaico devem estar em operação ao longo de todo o período de medição; e
(2) a produção do complexo eólico e/ou solar fotovoltaico, durante o período de medição, deverá
corresponder, no mínimo, àquela estabelecida pelo seu fator de capacidade.
4.3.9. Esclarecimentos adicionais sobre os procedimentos de medição, tais como transdutores considerados
adequados pelo ONS para a realização das campanhas, local e período de medição, recomendações práticas,
formato de relatório e de arquivo para informação dos resultados das campanhas de medição etc. podem
ser obtidos em [6].

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4.4. Sistema de monitoração contínua

4.4.1. Caso nova instalação sob responsabilidade de concessionária de transmissão (sistemas CCAT,
compensadores estáticos etc.) ou instalação que se conecte às instalações sob responsabilidade de
concessionária de transmissão (parques eólicos, solares fotovoltaicos, cargas industriais, centrais geradoras
híbridas ou associadas, etc.) apresente equipamentos com característica elétrica não linear, o agente
responsável pela instalação que contenha elemento com característica não linear deve instalar sistema de
medição para monitorar de forma contínua os indicadores de flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica
de tensão no PAC. Os equipamentos e métodos de medição devem estar de acordo com as diretrizes do ONS.
O agente deve disponibilizar esses dados ao ONS, quando solicitado.
4.4.2. Para a realização das campanhas de medição, algumas precauções devem ser observadas quanto ao
nível de precisão dos tipos de transdutores de tensão utilizados, conforme estabelecido em norma [5];

4.5. Desempenho harmônico de elementos não lineares integrantes da Rede Básica, como
compensador estático (CER)

Aspectos gerais

4.5.1.1. A determinação do envelope de impedância harmônica da rede de corrente alternada (CA) deve
considerar os diversos cenários de evolução da rede ao longo do período de concessão, nas configurações
relativas aos patamares de carga leve, média e pesada. Cargas podem ser representadas, devendo-se,
entretanto, demonstrar a adequação do modelo de carga adotado. A carga deve ser representada onde ela
está concentrada, principalmente na distribuição primária. O envelope total pode ser subdividido em
subenvelopes de harmônicos sucessivos. Além dos harmônicos do grupo, devem ser incluídos em cada
subenvelope o harmônico imediatamente superior e imediatamente inferior às ordens harmônicas do grupo,
com a finalidade de garantir a intersecção entre os conjuntos.
4.5.1.2. Os envelopes de impedância harmônica devem ser determinados considerando-se a metodologia
do setor circular (anular), ou seja, esses envelopes devem ser definidos pelos seus raios máximo e mínimo e
ângulos máximo e mínimo, conforme Figura 1. Esses lugares geométricos devem ser submetidos à aprovação
do ONS, antes de serem incluídos no contrato de fornecimento do CER, como forma de garantir que o projeto
dos filtros se baseie em envelopes válidos.

Figura 1 – Setor circular (anular) – Plano de admitâncias, com os vetores representativos da rede interna (Yih), da
rede externa (Ybh) e do resultante Yhmin, visto do PAC

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4.5.1.3. Deve ser considerada a necessidade de atendimento ao desempenho harmônico para as


configurações de rede completa e (N-1) da rede CA.
4.5.1.4. Os filtros devem ser dimensionados para que não haja necessidade de desligamento por overrating
em condições operativas normal e de contingências simples (N-1) da rede externa.
4.5.1.5. Deve-se manter, para todas as etapas de implementação do empreendimento do qual o CER faz
parte, o desempenho harmônico estabelecido no presente submódulo. Devem ser consideradas, para o
cálculo da distorção harmônica individual, as condições de máxima dessintonia dos filtros e as condições mais
severas de geração de correntes harmônicas pelos TCR, condições essas ilustradas na Figura 2 a seguir.

Figura 2 – Condições de máxima dessintonia dos filtros e condições mais severas de geração de correntes
harmônicas pelos TCR

4.5.1.6. Deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um desbalanço máximo de
sequência negativa de 2,0%. Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática, devem ser
considerados os erros de controle.
4.5.1.7. As correntes harmônicas nas linhas CA conectadas ao CER não devem produzir interferências acima
dos limites das normas correspondentes nas linhas telefônicas que estejam em operação na data de
comissionamento do CER.

Avaliação do desempenho harmônico

4.5.2.1. Os limites individuais de distorção harmônica a serem atendidos na conexão do CER devem atender
aos limites individuais para Distorção de Tensão Harmônica Individual (DTHI) e Distorção de Tensão
Harmônica Total (DTHTS95%) definidos neste submódulo. A Tabela 6 define os limites individuais de

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distorção harmônica a serem atendidos na conexão do CER, considerando o CER como o único gerador de
harmônicos no ponto de conexão.

Avaliação do rating dos filtros

4.5.3.1. Para a definição do rating dos elementos dos filtros, o agente de transmissão deve avaliar as tensões
harmônicas externas ao CER (background harmonics) que impliquem nos piores valores de corrente e tensão
nos componentes dos filtros, respeitado os seguintes limites globais de Distorção de Tensão Harmônica Total
(DTHT), com base nos valores limite globais apresentados na Tabela 5:
(a) V < 69 kV: DTHTS95% ≤ 6%; ou
(b) V ≥ 69 kV: DTHTS95% ≤ 3%.

Critério N-1 para filtros

4.5.4.1. A necessidade de instalação de filtros harmônicos e o desempenho da instalação deve ser avaliada
por meio de estudos detalhados no Submódulo 2.3.
4.5.4.2. Caso o agente proprietário proponha ao ONS operar também em condição degradada, sem por
exemplo um dos filtros, o atendimento aos requisitos de desempenho harmônico no ponto de conexão nesta
situação continuará obrigatório.

5. REFERÊNCIAS

[1] IEC, “Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 4-30: Testing and measurement techniques -
Power quality measurement methods”. IEC 61000-4-30.
[2] IEC, “Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 4-15: Testing and measurement techniques -
Flickermeter - Functional and design specifications”. IEC 61000-4-15.
[3] IEC, “Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-7: Testing and measurement techniques –
General guide on harmonics and interharmonics measurements and instrumentation, for power
supply systems and equipment connected thereto”. IEC 61000-4-7.
[4] IEC, “Wind turbines - Part 21: Measurement and assessment of power quality characteristics of grid
connected wind turbines”. IEC 61400-21.
[5] IEC, “Instrument transformers - The use of instrument transformers for power quality
measurement”. IEC/TR 61869-103.
[6] ONS, “Instruções para realização de estudos e medições de QEE relacionados aos acessos à Rede
Básica ou nos barramentos de fronteira com a Rede Básica para parques eólicos, solares,
consumidores livres e distribuidoras”. ONS NT 009/2016-Rev. 02, março de 2018

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Submódulo 2.10
Requisitos técnicos mínimos para a
conexão às instalações de transmissão

Requisitos

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2023.1 Despacho ANEEL nº 1.201/2017 27/04/2023


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Requisitos técnicos mínimos para a conexão às
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instalações de transmissão

ÍNDICE
1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 5

2. REQUISITOS GERAIS ...................................................................................................................... 5

3. SISTEMAS DE PROTEÇÃO, SUPERVISÃO E CONTROLE, MEDIÇÃO, TELECOMUNICAÇÕES E CONTROLE


DAS INSTALAÇÕES DE CONEXÃO ................................................................................................... 6

3.1. Sistemas de proteção, de registro de perturbações e de telecomunicações para teleproteção . 6

Aspectos gerais ............................................................................................................ 6

Sistemas de proteção de linhas de transmissão ......................................................... 6

Sistemas de registro de perturbações ......................................................................... 6

Sistemas Especiais de Proteção (SEP) .......................................................................... 7

Proteções de caráter sistêmico ................................................................................... 7

3.2. Sistemas de supervisão e controle para a operação ..................................................................... 7

3.3. Sistemas de medição para faturamento ....................................................................................... 7

3.4. Sistemas de telecomunicações ...................................................................................................... 7

3.5. Sistemas de controle ..................................................................................................................... 7

4. CONEXÃO DE USINAS HIDROELÉTRICAS E TERMOELÉTRICAS .......................................................... 8

4.1. Aspectos gerais .............................................................................................................................. 8

4.2. Requisitos técnicos gerais.............................................................................................................. 9

4.3. Sistema de excitação ................................................................................................................... 11

Geral........................................................................................................................... 11

Excitatriz da unidade geradora .................................................................................. 12

Regulador de tensão da unidade geradora ............................................................... 13

Equipamentos do sistema de excitação da unidade geradora ................................. 13

4.4. Regulação primária de frequência ............................................................................................... 15

4.5. Regulação secundária de frequência ........................................................................................... 16

4.6. Sistema de proteção para as unidades geradoras ...................................................................... 17

4.7. Sistema de registro de perturbação para as unidades geradoras............................................... 17

4.8. Serviços auxiliares para as usinas geradoras ............................................................................... 18

4.9. Solicitações de curto-circuito ...................................................................................................... 18

5. CONEXÃO DE CENTRAIS GERADORAS EÓLICAS E FOTOVOLTAICAS ................................................ 20

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos técnicos mínimos para a conexão às
2.10 Requisitos 2023.1 02/05/2023
instalações de transmissão

5.1. Aspectos gerais ............................................................................................................................ 20

5.2. Requisitos técnicos gerais............................................................................................................ 21

5.3. Variação de tensão em regime permanente ............................................................................... 25

5.4. Instabilidade de tensão ............................................................................................................... 25

5.5. Sistema de proteção para centrais geradoras ............................................................................. 25

5.6. Sistema de registro de perturbações para centrais geradoras ................................................... 26

5.7. Suportabilidade a subtensões e sobretensões dinâmicas........................................................... 26

5.8. Injeção de corrente reativa sob defeito ...................................................................................... 26

5.9. Tomada de carga ......................................................................................................................... 27

6. CONEXÃO DE CENTRAIS GERADORAS HÍBRIDAS (UGH) E CENTRAIS GERADORAS ASSOCIADAS ...... 27

6.1. Aspectos gerais ............................................................................................................................ 27

6.2. Requisitos técnicos gerais............................................................................................................ 28

7. CONEXÃO DE CARGA .................................................................................................................. 30

7.1. Aspectos gerais ............................................................................................................................ 30

7.2. Condições de conexão ................................................................................................................. 30

7.3. Fator de potência......................................................................................................................... 31

8. CONEXÃO DAS INSTALAÇÕES DE INTERESSE RESTRITO DE AGENTES DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO


PARA INTERLIGAÇÃO INTERNACIONAL ........................................................................................ 32

8.1. Capacidade de transmissão ......................................................................................................... 32

8.2. Desempenho dinâmico ................................................................................................................ 32

8.3. Controle de tensão ...................................................................................................................... 32

8.4. Interferência harmônica .............................................................................................................. 33

8.5. Operação monopolar com retorno pela terra ............................................................................. 33

8.6. Outros aspectos ........................................................................................................................... 33

9. CONEXÃO EM DERIVAÇÃO (TAPE) NA REDE BÁSICA ..................................................................... 33

9.1. Condições gerais .......................................................................................................................... 33

9.2. Instalações de conexão................................................................................................................ 34

9.3. Sistemas de proteção .................................................................................................................. 35

10. ARRANJO DE BARRAMENTO ....................................................................................................... 35

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instalações de transmissão

10.1. Acesso às instalações de transmissão sob responsabilidade de agente de transmissão ........... 35

10.2. Subestações de uso exclusivo de agente de geração, de importação/exportação ou consumidor


com conexão às instalações de transmissão sob responsabilidade de agente de transmissão . 36

11. ÁREA DA SUBESTAÇÃO ............................................................................................................... 37

11.1. Acesso às instalações de transmissão sob responsabilidade de agente de transmissão ........... 37

11.2. Subestações de uso exclusivo de agente de geração, de importação/exportação ou consumidor


com conexão às instalações de transmissão ............................................................................... 37

12. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 37

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Requisitos técnicos mínimos para a conexão às
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instalações de transmissão

1. OBJETIVO

1.1. Estabelecer os requisitos técnicos mínimos para a conexão às instalações sob responsabilidade de
agente de transmissão, com o propósito de:
(a) balizar as ações do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS relativas à proposição das
ampliações, reforços e melhorias nas instalações sob responsabilidade de agente de transmissão;
(b) fornecer aos novos usuários das instalações sob responsabilidade de agente de transmissão as
informações necessárias para a elaboração do projeto do ponto de conexão e das instalações de
transmissão de uso exclusivo/restrito; e
(c) fornecer aos usuários já conectados às instalações sob responsabilidade de agente de transmissão,
que requeiram acesso e/ou contratação, as informações necessárias para atualização/adequação do
projeto do ponto de conexão e das instalações de transmissão de uso exclusivo/restrito.
1.1.1. Os requisitos aplicam-se à conexão à Rede Básica, às Demais Instalações de Transmissão (DIT), às
instalações de transmissão de interesse exclusivo de centrais de geração para conexão compartilhada (ICG)
e às instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à
Rede Básica.
1.2. Este submódulo também tem como objetivo apresentar os requisitos técnicos mínimos para a conexão
de centrais de geração às instalações sob responsabilidade de distribuidora em nível de tensão superior a 69
kV.

2. REQUISITOS GERAIS

2.1. A conexão às instalações de transmissão deve atender aos padrões de desempenho definidos no
Módulo 9 – Indicadores.
2.1.1. É de responsabilidade de todos os agentes envolvidos garantir que na fronteira com as instalações
sob responsabilidade de agente de transmissão sejam atendidos os limites dos indicadores de desempenho
e os requisitos técnicos mínimos estabelecidos nos Procedimentos de Rede.
2.1.2. Os indicadores de desempenho das instalações de transmissão quanto à Qualidade da Energia Elétrica
(QEE) têm limites globais, de caráter sistêmico, e limites individuais, relativos a cada acessante.
2.1.2.1. Os indicadores de caráter individual devem ser obtidos por meio de medição, conforme estabelecido
no Submódulo 2.9 – Requisitos mínimos de qualidade de energia elétrica para acesso ou integração à Rede
Básica, e de estudos, conforme descrito no Submódulo 2.3 – Premissas, critérios e metodologia para estudos
elétricos.
2.1.2.2. Os indicadores de caráter global devem ser obtidos por meio de campanhas de medição, conforme
estabelecido no Submódulo 2.9.
2.2. Quando houver compartilhamento de instalações de interesse restrito para a conexão às instalações
sob responsabilidade de agente de transmissão ou de distribuição, os requisitos técnicos mínimos devem ser
atendidos por todos os usuários do compartilhamento na conexão das instalações compartilhadas às
instalações sob responsabilidade de agente de transmissão ou de distribuição.
2.3. Os requisitos técnicos mínimos aplicáveis às instalações de conexão às DIT devem atender os padrões
técnicos da concessionária de transmissão detentora da instalação acessada e às normas e padrões técnicos
da concessionária ou permissionária de distribuição, quando houver transferência de instalações.

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Requisitos técnicos mínimos para a conexão às
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instalações de transmissão

2.4. Por princípio, os requisitos técnicos mínimos das instalações de conexão do acessante devem estar em
conformidade com as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, no que for
aplicável e, complementados, com as normas técnicas da International Electrotechnical Commission – IEC e
American National Standards Institute – ANSI.
2.4.1. Quando nenhuma das normas anteriores atenderem aos requisitos exigidos e com a anuência prévia
pelo Operador, as recomendações do Institute of Electrical and Electronics Engineers – IEEE podem ser
seguidas.
2.5. O ONS, a seu critério, pode propor à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL a adequação de
instalação de conexão existente devido ao não atendimento aos requisitos técnicos estabelecidos neste
submódulo, decorrente da evolução do Sistema Interligado Nacional (SIN).
2.6. O acessante é responsável por avaliar qualquer efeito que o SIN possa provocar sobre suas instalações
e por tomar as ações corretivas que lhe são cabíveis.
2.6.1. Todos os estudos necessários à avaliação do impacto da usina no SIN devem ser realizados pelo
acessante e disponibilizados seus resultados e as bases de dados utilizadas.
2.7. O acessante gerador deve, ao implantar seu empreendimento, atentar para as regras de uso da Área de
Desenvolvimento da Subestação (ADS), definidas em [3], de forma que suas instalações não prejudiquem a
expansão da subestação a ser acessada, bem como as demais subestações de transmissão integrantes da
Rede Básica (RB) ou Demais Instalações de Transmissão (DIT).
2.7.1. As regras de uso da ADS se aplicam também para as subestações seccionadoras de linhas de
transmissão a serem implantadas por acessantes geradores.

3. SISTEMAS DE PROTEÇÃO, SUPERVISÃO E CONTROLE, MEDIÇÃO, TELECOMUNICAÇÕES E CONTROLE


DAS INSTALAÇÕES DE CONEXÃO

3.1. Sistemas de proteção, de registro de perturbações e de telecomunicações para teleproteção

Aspectos gerais

3.1.1.1. Os requisitos técnicos gerais para os sistemas de proteção, de registro de perturbações e de


telecomunicações para teleproteção estão descritos no Submódulo 2.11 – Requisitos mínimos para os
sistemas de proteção, de registro de perturbações e de teleproteção.

Sistemas de proteção de linhas de transmissão

3.1.2.1. Linhas radiais de uso exclusivo do acessante podem dispensar a utilização de esquemas de
teleproteção mediante avaliação técnica do ONS.

Sistemas de registro de perturbações

3.1.3.1. Os sistemas de registro de perturbações das instalações do acessante podem ser constituídos por
funções integradas nos sistemas de proteção dessas instalações.
3.1.3.2. Os registros de oscilografia devem ser armazenados pelo acessante e fornecidos ao ONS e ao agente
de transmissão acessado, quando solicitado, conforme estabelecido no Submódulo 6.3 – Análise de
perturbação.

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos técnicos mínimos para a conexão às
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3.1.3.3. Esses registros devem ser disponibilizados ao ONS no formato de dados especificado no Submódulo
7.10 – Implantação do sistema de registro de perturbações.

Sistemas Especiais de Proteção (SEP)

3.1.4.1. Quando solicitado pelo ONS, após a elaboração de estudos com a participação dos agentes
envolvidos, o agente de transmissão acessado e o acessante devem instalar/adequar/desinstalar SEP,
conforme estabelecido no Submódulo 7.5 – Implantação de Sistemas Especiais de Proteção.

Proteções de caráter sistêmico

3.1.5.1. Quando solicitado pelo ONS, o agente de transmissão acessado e o acessante devem
instalar/adequar proteções de caráter sistêmico, conforme estabelecido no Submódulo 7.6 – Implantação de
proteções de caráter sistêmico.

3.2. Sistemas de supervisão e controle para a operação

3.2.1. Os sistemas de supervisão e controle devem atender aos requisitos técnicos descritos no Submódulo
2.12 – Requisitos mínimos de supervisão e controle para a operação.

3.3. Sistemas de medição para faturamento

3.3.1. Os procedimentos e requisitos referentes aos sistemas de medição para faturamento estão
estabelecidos no Submódulo 2.14 – Requisitos mínimos para Sistemas de Medição para Faturamento, no
Submódulo 7.11 – Implantação do Sistema de Medição para Faturamento, no Submódulo 6.16 – Manutenção
do Sistema de Medição para Faturamento e no Submódulo 6.17 – Coleta de dados de medição para
faturamento.

3.4. Sistemas de telecomunicações

3.4.1. Os padrões e procedimentos referentes aos sistemas de telecomunicações estão estabelecidos no


Submódulo 2.15 – Requisitos mínimos para telecomunicações, no Submódulo 7.12 – Implantação dos
serviços de telecomunicações para atendimento às necessidades do Sistema Interligado Nacional, no
Submódulo 5.9 – Manutenção dos serviços de telecomunicações que atendem a Operação do SIN e no
Submódulo 6.10 – Avaliação do desempenho dos serviços de telecomunicações que atendem à Operação do
SIN.

3.5. Sistemas de controle

3.5.1. Os requisitos técnicos mínimos de controle para a conexão de usinas hidroelétricas e termoelétricas
estão relacionados no item 4 deste submódulo.
3.5.2. Os requisitos técnicos mínimos de controle para a conexão de centrais geradoras eólicas e
fotovoltaicas estão relacionados no item 5 deste submódulo.
3.5.3. Para as instalações que requerem sistemas de controle específicos, tais como estações conversoras
de frequência, sistemas de transmissão em corrente contínua (CC), equipamentos FACTS (Flexible AC
Transmission Systems) e compensadores estáticos, os requisitos devem ser definidos caso a caso pelo ONS,
com o objetivo de garantir o desempenho adequado das instalações de transmissão.

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos técnicos mínimos para a conexão às
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4. CONEXÃO DE USINAS HIDROELÉTRICAS E TERMOELÉTRICAS

4.1. Aspectos gerais

4.1.1. Os requisitos técnicos mínimos para conexão de usinas hidroelétricas e termoelétricas são aplicáveis
às:
(a) unidades geradoras das usinas hidroelétricas e termoelétricas com potência total superior a 30 MW
com conexão às instalações sob responsabilidade de agente de transmissão, de forma individual ou
compartilhada; e
(b) unidades geradoras das usinas hidroelétricas e termoelétricas com conexão às instalações sob
responsabilidade de agente de distribuição e classificadas na modalidade de operação Tipo I,
conforme Submódulo 7.2 – Classificação da modalidade de operação de usinas.
4.1.1.1. As usinas hidroelétricas classificadas na modalidade de operação Tipo II-A podem ter alguns de seus
requisitos técnicos mínimos flexibilizados.
4.1.2. As unidades geradoras das usinas hidroelétricas e termoelétricas com potência total inferior ou igual
a 30 MW com conexão às instalações sob responsabilidade de agente de transmissão, de forma individual ou
compartilhada, devem atender:
(a) aos requisitos técnicos gerais para operação em regime de frequência não nominal indicados nos itens
4.2.1. e 4.2.2. deste submódulo; e
(b) aos demais requisitos gerais, caso o ONS identifique a necessidade desses requisitos após avaliação
levando em consideração a potência total da usina e a sua localização no sistema elétrico.
4.1.3. As unidades geradoras das usinas hidroelétricas e termoelétricas classificadas nas modalidades de
operação Tipo II-A, Tipo II-B, Tipo II-C ou Tipo III com conexão às DIT ou às instalações sob responsabilidade
de agente de distribuição em tensão superior a 69 kV, devem atender:
(a) aos requisitos técnicos gerais para operação em regime de frequência não nominal indicados nos itens
4.2.1. e 4.2.2. deste submódulo; e
(b) aos demais requisitos gerais, no caso de usinas com capacidade instalada total superior a 30 MW ou
por grupos de usinas, em uma mesma área geoelétrica, com capacidade instalada total superior a 50
MW, se o ONS avaliar necessário.
4.1.4. Os acessos de usinas devem atender na conexão às instalações sob responsabilidade de agente de
transmissão os limites dos indicadores de desempenho definidos no Submódulo 9.7 – Indicadores de
qualidade de energia elétrica da Rede Básica.
4.1.5. As usinas não podem reduzir a flexibilidade de recomposição da rede elétrica, seja em função de
limitações dos seus equipamentos, seja em função de tempo de recomposição, salvo em situações críticas
de esvaziamento de reservatório.
4.1.6. Para o ponto de conexão às instalações sob responsabilidade de agente de transmissão e para a área
de influência da usina devem ser feitas avaliações para verificar se há superação da capacidade de
equipamentos ou necessidade de reajustes de parâmetros de proteção, supervisão e controle. Para tal,
devem ser realizados estudos relativos:
(a) ao nível de curto-circuito com a presença da usina;

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(b) à capacidade de disjuntores, barramentos, transformadores de corrente e malhas de terra,


verificando inclusive a possibilidade de saturação de transformadores de corrente;
(c) à adequação e ao ajuste dos sistemas de proteção, supervisão e controle envolvidos com a integração
da usina;
(d) à avaliação paramétrica dos reguladores de tensão, de velocidade e dos sinais estabilizadores; e
(e) à avaliação dos sistemas de partida das unidades geradoras termoelétricas quanto aos indicadores de
variação de tensão de curta duração estabelecidos no Submódulo 9.7 – Indicadores de qualidade de
energia elétrica da Rede Básica.
4.1.7. O agente de geração responsável por usina termoelétrica, com a finalidade de subsidiar as
especificações técnicas da usina, deve analisar os modos de oscilação subsíncrona de seus equipamentos
quanto a possíveis interações com os controles de conversora de corrente contínua (CCAT), controlador
FACTS e banco de capacitores série próximos à usina termoelétrica.
4.1.8. Sempre que necessário, equipamentos para o amortecimento adequado de tais oscilações devem ser
instalados pelo acessante antes do início da operação da usina.
4.1.9. Cada unidade geradora a ser interligada ao SIN deve ser especificada para suportar esforços torcionais
sobre os conjuntos turbina-gerador provenientes de manobras, curtos-circuitos e religamentos.
4.1.9.1. Aplica-se particularmente diante de possíveis interações torcionais com os controles de conversora
de corrente contínua (CCAT), controlador FACTS e banco de capacitores série próximos à usina, mesmo que
as oscilações subsíncronas decorrentes de tais interações sejam adequadamente amortecidas.
4.1.10. Mediante solicitação do agente, o ONS deve avaliar a possibilidade de tomar providências visando
reduzir os esforços oriundos de religamento de linha de transmissão (LT). Para tal, o agente deve apresentar
ao ONS:
(a) os resultados de estudos – com explicitação da modelagem e da metodologia de cálculo utilizadas –
que demonstrem a necessidade de tais providências;
(b) os valores de suportabilidade máxima admissível dos eixos de seus equipamentos; e
(c) demais características do conjunto turbina-gerador necessárias para a caracterização das interações
torcionais.
4.1.11. As ações e os custos decorrentes da aplicação dos requisitos técnicos mínimos descritos nesta seção
4 são de responsabilidade do agente de geração.

4.2. Requisitos técnicos gerais

4.2.1. Na operação em regime de frequência não nominal para unidades geradoras hidroelétricas, deve-se
atender às seguintes condições:
(a) operação entre 56 e 66 Hz sem atuação dos relés de subfrequência e sobrefrequência instantâneos;
(b) operação abaixo de 58,5 Hz por período de tempo mínimo de 20 segundos;
(c) operação entre 58,5 e 63 Hz sem atuação dos relés de subfrequência e sobrefrequência temporizados;
e
(d) operação acima de 63 Hz por período de tempo mínimo de 10 segundos.

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4.2.2. Na operação em regime de frequência não nominal para unidades geradoras termoelétricas, deve-se
atender às seguintes condições:
(a) operação entre 57 e 63 Hz sem atuação dos relés de subfrequência e sobrefrequência instantâneos;
(b) operação abaixo de 57,5 Hz por período de tempo mínimo de 5 segundos;
(c) operação abaixo de 58,5 Hz por período de tempo mínimo de 10 segundos;
(d) operação entre 58,5 e 61,5 Hz sem atuação dos relés de subfrequência e sobrefrequência
temporizados; e
(e) operação acima de 61,5 Hz por período de tempo mínimo de 10 segundos (a temporização da
proteção de desligamento por sobrefrequência é definida com base em avaliação do desempenho
dinâmico, para garantir a segurança operativa do SIN).
4.2.2.1. Em casos excepcionais, pode ser proposta pelo agente de geração, para análise do ONS, a operação
de usina termoelétrica em condições diferentes das acima estabelecidas, desde que:
(a) atenda obrigatoriamente ao requisito mencionado no item 4.2.2. (d);
(b) em condições de subfrequência, o ilhamento da usina seja tecnicamente viável, com a garantia do
perfeito funcionamento do SEP associado;
(c) em condições de sobrefrequência, as unidades geradoras sejam desligadas por proteção ou esquema
específico, com ajustes de frequência e temporização estabelecidos pelo ONS; e
(d) os custos decorrentes da implantação dos esquemas de proteção necessários, bem como os oriundos
da operação inadequada desses esquemas, fiquem a cargo do agente de geração.
4.2.3. Participação em Sistemas Especiais de Proteção (SEP):
(a) deve ser possível a desconexão automática de geração para atender aos esquemas de ilhamento da
usina, de modo a minimizar consequências de perturbações no sistema.
4.2.4. Geração/absorção de potência reativa:
(a) a unidade geradora deve ser capaz de operar com fator de potência dentro da faixa de 0,90 capacitivo
(sobreexcitado) a 0,95 indutivo (subexcitado), de modo a participar efetivamente no controle da
tensão do sistema, aumentando as margens de estabilidade de tensão.
4.2.5. Na operação em regime de tensão não nominal, deve-se atender à seguinte condição:
(a) operação entre 0,90 e 1,05 p.u. da tensão nominal no ponto de conexão da usina às instalações sob
responsabilidade de agente de transmissão ou de distribuição, sem atuação dos relés de subtensão e
sobretensão temporizados da usina.
4.2.6. Desempenho durante curto-circuito trifásico:
(a) cada unidade geradora e seus serviços auxiliares devem suportar, sem serem desligados, redução
instantânea para até 25% da tensão nominal de geração com duração de 0,20 s, seguida de um
aumento linear para 95% da tensão nominal de geração em 0,55 s, conforme Figura 1.

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Figura 1 - Variação da tensão do gerador durante curtos-circuitos e afundamentos de tensão

4.2.7. Desempenho durante curto-circuito assimétrico (corrente de sequência inversa):


(a) cada unidade geradora deve suportar a circulação da corrente de sequência inversa correspondente
a uma falta assimétrica, definida por sua característica I22t = K, durante o tempo decorrido desde o
início da falta até a atuação da última proteção de retaguarda.
4.2.8. Operação ilhada com seus serviços auxiliares (exceto para usinas a carvão e usinas nucleares):
(a) quando as variações de tensão e/ou frequência na rede excederem os seus limites, a usina deve passar
com segurança para a operação ilhada com seus serviços auxiliares e ter a possibilidade de se manter
nessa condição por pelo menos 1 hora.

4.3. Sistema de excitação

Geral

4.3.1.1. As características e o desempenho do sistema de excitação devem estar perfeitamente adequados


ao projeto do gerador.
4.3.1.2. O sistema de excitação deve conter, no mínimo, os seguintes recursos:
(a) controle automático da tensão terminal no gerador ou da tensão da barra de alta da usina, mediante
controle conjunto das unidades;
(b) controle manual da excitação do gerador;
(c) transição suave de controle automático para controle manual e vice-versa;
(d) compensação de corrente reativa;
(e) estabilizador de sistemas de potência (sinal adicional estabilizante);
(f) rápida desexcitação do campo do gerador;
(g) polarização do campo para a elevação inicial da tensão do gerador (excitação inicial);
(h) limitação automática da relação Volt/Hertz;
(i) limitação automática da excitação em valores máximo e mínimo (Efdmáx e Efdmín);
(j) capacidade transitória de tensão negativa; e

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(k) desempenho automático das funções que são requeridas pelas sequências de controle automático de
partida e parada, do grupo turbina-gerador.

Excitatriz da unidade geradora

4.3.2.1. Capacidade nominal de excitação:


(a) a capacidade de condução de corrente contínua (CC) não deve ser inferior a 110% da corrente de
excitação necessária para manter o gerador operando com potência máxima e 105% de tensão
nominal.
4.3.2.2. A tensão de teto deve obedecer:
(a) teto positivo: não menor que 2,5 vezes a tensão de campo nominal (nas condições nominais de
potência ativa, tensão e fator de potência); e
(b) teto negativo: não menor que 80% do teto positivo.
4.3.2.2.1. O valor 1,0 pu de tensão corresponde à tensão de campo necessária para gerar a tensão nominal
na linha do entreferro a vazio.
4.3.2.3. O tempo de resposta de tensão de campo deve ser menor ou igual a 0,1 s.
4.3.2.3.1. Define-se o tempo de resposta de tensão de campo como o tempo necessário para a tensão de
campo atingir 95% da diferença entre a tensão de teto e a tensão de campo a plena carga, sob as seguintes
condições:
(a) máquina a vazio;
(b) desconectada da rede;
(c) operando à tensão de campo nominal; e
(d) aplicando um degrau na referência do regulador de tensão para levar o sistema de excitação à tensão
de teto no menor tempo possível.
4.3.2.4. O máximo valor da curva de resposta da tensão terminal (overshoot) deve ser menor ou igual a 10%.
4.3.2.5. O tempo de estabilização da tensão terminal deve ser menor ou igual a 1 s.
4.3.2.5.1. Define-se o tempo de estabilização da tensão terminal como o tempo necessário para que a
resposta da tensão terminal ao ensaio de degrau na referência do regulador de tensão com a máquina em
vazio alcance e permaneça dentro da faixa de ± 2% do valor final.
4.3.2.6. A capacidade contínua do transformador de excitação não deve ser menor que o requerido quando
a excitatriz estiver operando continuamente.
4.3.2.7. O sistema de excitação de cada gerador deve ser totalmente independente, ou seja, não deve
depender de outro gerador nem de alimentação auxiliar externa em corrente alternada (CA), exceto para:
(a) a excitação inicial do campo;
(b) os serviços auxiliares que sejam essenciais à partida do gerador ou não a limitem; e
(c) os ensaios.

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Regulador de tensão da unidade geradora

4.3.3.1. Controle de tensão:


(a) O sistema de excitação deve ser capaz de manter a tensão do gerador dentro dos limites
especificados, com o regulador de tensão operando em modo automático e com umidade relativa do
ar a 100% e temperatura na faixa de – 5o C a 50 o C.
(b) A tensão nas 3 fases do gerador, quando da operação em regime estável de carga e frequência, deve
ser mantida na faixa de  0,5% do valor ajustado para:
qualquer valor de corrente de carga e de excitação dentro da faixa de operação do gerador;
qualquer valor de tensão terminal do gerador compreendida entre 90 a 110% da tensão nominal,
quando o gerador estiver sem carga; e
qualquer frequência na faixa de  5% do valor nominal;
(c) Em caso de rejeição de carga nos terminais do gerador que estiver operando dentro de sua curva de
capabilidade, a tensão terminal:
não deve exceder o valor máximo de 120% do valor ajustado;
deve ser rapidamente restabelecida para um valor compreendido entre  5% do valor ajustado,
em um tempo inferior a 0,5 s após a ocorrência da rejeição; e
ao atingir o regime permanente, deve estabilizar-se dentro da faixa de  0,5%, mantendo-se
nessa faixa durante todo o período de sobrevelocidade, com a velocidade máxima igual à
sobrevelocidade admissível do conjunto gerador turbina; e
(d) A tensão terminal nas três fases do gerador deve ser mantida na faixa de  0,5% do valor ajustado
quando em operação em vazio e velocidade constante, para qualquer valor de velocidade.
4.3.3.2. Tensão de teto sob condições de defeitos: a tensão de campo da excitatriz estática deve ser mantida
em valor superior a 80% da tensão de campo à carga nominal, durante defeitos do lado de alta tensão do
transformador elevador, supondo-se que a tensão terminal tenha sido reduzida a 35% da tensão nominal,
por um período de 15 ciclos.
4.3.3.3. Sensibilidade: com o gerador operando à frequência, tensão e corrente nominais, o regulador de
tensão da excitatriz estática deve permitir ajustes para a tensão de teto ser atingida, quando houver variação,
em degrau, de 2% na tensão de referência do regulador.

Equipamentos do sistema de excitação da unidade geradora

4.3.4.1. Cada sistema de excitação deve contar com um conjunto independente de equipamentos
destinados à excitação inicial dos geradores que atenda às seguintes exigências:
(a) permita a ligação da excitação inicial do campo e o seu desligamento automático, quando a tensão
do estator tiver atingido um nível adequado; e
(b) os equipamentos devem, no mínimo, ter:
dispositivo limitador de corrente; e
dispositivo de proteção do circuito.

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4.3.4.2. A configuração completa do sistema de excitação deve ser constituída de módulos de ponte
retificadora trifásica, conectados em paralelo, de modo a atender no mínimo às seguintes exigências
operacionais:
(a) a corrente deve ser dividida equitativamente nos vários tiristores em paralelo em cada ramo da ponte;
e
(b) se (N) módulos conectados em paralelo são necessários para suprir a capacidade nominal contínua e
satisfazer os requisitos do ciclo de operação do sistema de excitação, então (N+1) módulos devem ser
fornecidos.
4.3.4.3. Em termos de circuitos de controle, devem ser previstos os seguintes dois canais independentes:
(a) canal manual: permite o controle manual da excitação; e
(b) canal automático: efetua a regulação automática da tensão terminal do gerador.
4.3.4.4. Controle manual da excitação e regulação automática de tensão:
(a) O regulador automático de tensão deve ser equipado, no mínimo, com os seguintes limitadores de
ação contínua:
excitação mínima: atua sempre que a corrente de campo atingir valores abaixo dos quais a
máquina possa perder o sincronismo.
excitação máxima: limita automaticamente a corrente de campo a um valor máximo permitido
para o sistema de excitação e enrolamento de campo. Sua atuação deve ter um retardo para
permitir sobrecargas transitórias, desde que não sejam atingidos os valores de projeto do
enrolamento de campo ou valores limites para proteção das pontes de tiristores; e
limitador Volt/Hertz: evita sobrefluxo no gerador, transformador elevador e transformador de
excitação, causado por subfrequência e sobretensão.
(b) A atuação desses limitadores deve ser estável, instantânea, normalmente com faixa ajustável entre
1,0 e 1,3 p.u. com um amortecimento e pequeno tempo de estabilização e deve ser coordenada
dinamicamente com a atuação do sistema de proteção.
4.3.4.5. Compensador de corrente ou potência reativa: deve haver uma função de compensação de potência
reativa com o objetivo de melhorar a regulação do barramento de alta tensão da usina. O grau de
compensação deve ser de 0 a 10%, positiva ou negativa.
4.3.4.6. Sinal adicional estabilizante (SAE):
(a) A estrutura ideal para o SAE deve ser baseada na integral de potência acelerante, com rastreador de
rampa capaz de propriciar um bom amortecimento na faixa de 0,2 a 2,0 Hz.
(b) Deve prever um algoritmo de bloqueio automático por:
nível de potência;
desvio de frequência;
estado do disjuntor da máquina; e
sobretensão.
(c) A reconexão automática do SAE deve ser feita quando as condições de bloqueio não mais existirem.

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(d) A saída do SAE deve ter limites ajustáveis.


4.3.4.7. Função seguidor (follow up): deve haver uma função de acompanhamento que ajuste
continuamente a posição do módulo de ajuste de referência manual, para garantir a transição suave do
controle de excitação do modo automático para o manual.

4.4. Regulação primária de frequência

4.4.1. O controle primário de frequência, que é executado pelos reguladores automáticos de velocidade das
unidades geradoras, deve limitar a variação de frequência quando da ocorrência de desequilíbrio entre carga
e geração.
4.4.2. No caso de usinas termoelétricas que operam em ciclo combinado, os requisitos técnicos aplicam-se
à instalação como um todo.
4.4.3. As características e o desempenho do sistema de regulação primária de frequência devem ser
adequados ao projeto do gerador, conforme requisitos técnicos de desempenho e operacionais listados a
seguir:
(a) Estatismo permanente: ajustável entre 2 e 8%;
(b) Estatismo transitório: ajustável entre 10 e 500%;
(c) Banda morta: menor ou igual a ± 0,04 Hz;
(d) Tempo de estabilização na operação em rede isolada das unidades: menor que 60 s.
É definido como o tempo necessário para a velocidade da unidade geradora permanecer acima
de 95% e abaixo de 105% de seu valor final.
(e) Tempo de resposta na operação em rede isolada: menor que 9 s.
É definido como o tempo necessário para a velocidade da unidade geradora atingir 90% do valor
final, quando sujeita a um degrau de variação de frequência na referência de velocidade do
regulador de velocidade com a malha de frequência aberta.
(i) Esse requisito geralmente é verificado por meio de simulações, por ser difícil estabelecer
condições operativas isoladas.
(ii) A Figura 2 apresenta a resposta geral esperada decorrente da ação do regulador.

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Figura 2 – Resposta esperada da ação do regulador

(f) Ajuste do regulador de velocidade na condição de operação interligada: o tempo de resposta e


estabilização deve satisfazer também a condição de operação isolada.
(g) Ajuste do regulador de velocidade na condição de operação em vazio: admite-se um ajuste
diferenciado do regulador de velocidade para a operação em vazio, uma vez que é possível determinar
tal condição por meio da posição de chaves e disjuntores. Por outro lado, a condição de operação
isolada não pode ser detectada facilmente.
(h) Desempenho fora das condições nominais de tensão e frequência: o sistema de regulação da
frequência deve obedecer aos requisitos acima, dentro das faixas de variação de frequência
relacionadas no item 4.2 e de tensão admitidas para o gerador.
(i) Controle conjunto de potência, caso exista: deve ter a capacidade de equalizar a geração entre as
unidades sob controle.
(j) Desempenho em condições de rejeição de carga: deve ser capaz de controlar a velocidade da unidade
geradora, em caso de rejeição total de carga, para evitar seu desligamento por sobrevelocidade.

4.5. Regulação secundária de frequência

4.5.1. O controle secundário de frequência é executado pelas usinas participantes do Controle Automático
de Geração (CAG), as quais são determinadas pela ANEEL com respaldo dado pelo ONS de acordo com
Submódulo 2.3.
4.5.1.1. Estão sujeitas a participar do CAG todas as usinas hidroelétricas e termoelétricas com potência
instalada igual ou superior a 400 MW, com exceção das:
(a) usinas localizadas em circuitos radiais distantes eletricamente dos centros de carga;
(b) usinas termoelétricas nucleares;
(c) usinas termoelétricas a gás em ciclo simples ou combinado; e
(d) usinas termoelétricas a carvão.

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4.5.2. As usinas que participam do CAG devem ser dotadas dos recursos necessários à sua integração com o
sistema de supervisão e controle, conforme o estabelecido no Submódulo 2.12.

4.6. Sistema de proteção para as unidades geradoras

4.6.1. As unidades geradoras devem dispor dos seguintes conjuntos de proteção, além dos conjuntos de
proteção intrínseca recomendados pelo fabricante:
(a) proteção unitária; e
(b) proteção de retaguarda.
4.6.2. O tempo total de eliminação de todos os tipos de faltas pela proteção unitária, incluindo o tempo de
abertura de todos os disjuntores da unidade geradora, não deve exceder:
(a) 100 ms para unidades geradoras que acessam a Rede Básica com conexão às instalações sob
responsabilidade do agente de transmissão em nível de tensão superior a 230 kV; e
(b) 150 ms para unidades geradoras que acessam a Rede Básica com conexão às instalações sob
responsabilidade do agente de transmissão em nível de tensão igual ou inferior a 230 kV.
4.6.3. As proteções da unidade geradora devem ser capazes de:
(a) realizar, individual ou simultaneamente, para as funções específicas a eliminação de falhas internas à
unidade geradora que provoquem valores elevados de corrente de curto-circuito; e
(b) detectar todas as condições anormais de operação, em função das características de suportabilidade
da unidade geradora e da sua transformação elevadora.
(c) para as funções de ambas as proteções que possam atuar para falhas externas à unidade geradora,
assegur a seletividade destas atuações.

4.7. Sistema de registro de perturbação para as unidades geradoras

4.7.1. As unidades geradoras devem ter sistemas para registro de perturbações, que podem ser constituídos
por funções integradas aos sistemas de proteção, atendendo aos seguintes requisitos:
(a) os registros de oscilografia devem ser armazenados pelo acessante e fornecidos ao ONS e/ou agente
de transmissão, quando solicitados, conforme estabelecido no Submódulo 6.3; e
(b) os registros devem ser disponibilizados ao ONS no formato de dados especificado no Submódulo 7.10.
4.7.2. Devem ser supervisionadas as seguintes grandezas analógicas:
(a) correntes das três fases;
(b) tensões das três fases;
(c) corrente de neutro, no caso de gerador aterrado por baixa impedância; e
(d) tensão de neutro, no caso de gerador aterrado por alta impedância.
4.7.3. Devem ser supervisionadas as seguintes grandezas digitais:
(a) desligamento pela proteção unitária;
(b) desligamento pela proteção de retaguarda;

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(c) desligamento pelas demais proteções utilizadas; e


(d) desligamento pelas proteções intrínsecas.

4.8. Serviços auxiliares para as usinas geradoras

4.8.1. Os serviços auxiliares em corrente alternada (CA) e em corrente contínua (CC) da usina definida pelo
ONS como de interesse para os corredores de restabelecimento do SIN devem ser especificados de modo a
garantir o suprimento das cargas essenciais, para manter o seu funcionamento e das suas instalações de
transmissão de interesse restrito durante a ocorrência de distúrbios que causem variações extremas de
tensão e de frequência.
4.8.2. Para as usinas definidas pelo ONS como de autorrestabelecimento, deve-se atender:
(a) a fonte de alimentação autônoma deve ter capacidade suficiente para partida de, no mínimo, uma
unidade geradora da instalação; e
(b) a usina deve ser capaz de partir pelo menos uma das suas unidades geradoras, independentemente
da indisponibilidade de unidades geradoras na sua instalação.
4.8.2.1. Estão sujeitas a serem classificadas como de autorrestabelecimento:
(a) todas as usinas hidroelétricas com potência instalada igual ou superior a 400 MW; e
(b) a critério do ONS, usinas hidroelétricas com potência inferior a 400 MW ou termoelétricas, em função
de sua localização geoelétrica e influência no sistema da região de interesse.

4.8.3. Na concepção dos sistemas de alimentação CC e CA, deve ser considerada disponibilidade geral dos
serviços auxiliares de 99,98%, tendo como valor de referência o somatório dos últimos 12 meses. Isso implica
numa indisponibilidade máxima, em um período de 12 meses, de 1 hora e 45 minutos, garantidos pelo agente
de geração.
4.8.4. Para a programação de manutenção e testes dos serviços auxiliares CC e CA, o agente de geração deve
considerar os requisitos de testes estabelecidos no Submódulo 2.16 – Requisitos operacionais para centros
de operação e instalações da Rede de Operação.

4.9. Solicitações de curto-circuito

4.9.1. O agente de geração que vai se conectar à rede elétrica deve respeitar o limite de contribuição aos
níveis de corrente de curto-circuito das subestações limitantes, independentemente do nível de tensão ou
de localização dessas subestações.
4.9.1.1. Define-se como subestação limitante aquela cujos equipamentos não podem ser substituídos por
questões tecnológicas e aquela cujo seccionamento de barramento(s) ou recapacitação pode trazer prejuízo
significativo para a segurança, continuidade de suprimento ou confiabilidade da rede associada.
4.9.1.1.1. Cabe ao ONS e ao agente de transmissão acessado definir as subestações limitantes na Rede
Básica, nas instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais
conectadas à Rede Básica, nas ICG e nas DIT e aos agentes de distribuição e de transmissão estabelecer quais
são as subestações limitantes na Rede Complementar.
4.9.1.1.2. Cabe ao ONS ou ao agente de distribuição verificar quais subestações limitantes estão incluídas na
área de influência do acesso.

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4.9.1.2. Entende-se por limite de contribuição de corrente de curto-circuito o valor percentual, em relação
a capacidade de interrupção dos disjuntores da subestação limitante, da diferença entre esta capacidade e o
maior nível de curto-circuito atual nessa subestação.
4.9.1.2.1. Esse percentual, estipulado em 30% como referência inicial, deve ser confirmado pelo ONS por
ocasião da solicitação de acesso ou pode ser fixado em outro valor em função dos acessos em curso na região
ou de expansões previstas na rede elétrica.
4.9.1.3. Entende-se por nível de corrente de curto-circuito atual o valor calculado para a data da solicitação
de acesso, considerados os acessos já contratados e as solicitações de acesso em curso.
4.9.2. O acessante deve avaliar sua conexão na configuração de longo prazo da Empresa de Pesquisa
Energética – EPE para dimensionamento da corrente máxima de curto-circuito no seu ponto de conexão às
instalações sob responsabilidade de agente de transmissão. Essa corrente máxima de longo prazo deve
constar do Parecer de Acesso.
4.9.3. O valor adotado para o limite de contribuição de corrente de curto-circuito deve levar em conta as
capacidades de interrupção nominal de curto-circuito dos disjuntores das subestações limitantes,
considerada uma margem de segurança de 10%. Essa margem pode ser flexibilizada na medida em que:
(a) durante o seu processo de acesso, o agente demonstre com base em estudos detalhados que o efeito
da variação da relação X/R não ocasiona violação das capacidades de interrupção nominais de curto-
circuito desses disjuntores;
(b) o agente demonstre que não ocorrem solicitações não cobertas pelas normas que embasaram a
especificação dos disjuntores, tais como Tensão de Restabelecimento Transitória (TRT); e
(c) os estudos detalhados sejam feitos com base no critério de superação de disjuntores, estabelecido
no Submódulo 2.3.
4.9.4. Além dos disjuntores, deve ser preservada a suportabilidade de todos os equipamentos das
subestações limitantes, tais como chaves, transformadores de corrente, filtros de onda, barramentos e malha
de terra.
4.9.5. Nos casos em que a conexão da usina ocasione em superação de equipamentos na Rede Básica, nas
instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica, nas ICG ou nas DIT, o agente acessante deve demonstrar, por meio de avaliação técnico-econômica,
sujeita à apreciação do ONS, que a alternativa de conexão proposta é a de mínimo custo global, considerando
que:
(a) essa avaliação deve contemplar a utilização na usina de equipamentos de limitação de curto-circuito;
(b) a análise econômica das alternativas deve basear-se em custos padrão reconhecidos pela ANEEL; e
(c) as medidas implementadas pelo agente de geração não devem provocar a desconexão da sua usina
em condições de curto-circuito, a menos que o curto ocorra nas instalações da própria usina ou nas
instalações de seu uso exclusivo.
4.9.5.1. Nesse caso, a usina pode ficar sujeita a restrições até que seja implantada solução para o problema,
indicada no Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL).
4.9.5.2. Cabe ao agente de geração arcar com os custos de aquisição e de instalação na sua usina dos
equipamentos de limitação de curto-circuito, quando necessário.

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5. CONEXÃO DE CENTRAIS GERADORAS EÓLICAS E FOTOVOLTAICAS

5.1. Aspectos gerais

5.1.1. Os requisitos técnicos mínimos para conexão de centrais geradores eólicas e fotovoltaicas devem ser
atendidos pelos agente de geração acessantes responsáveis por:
(a) centrais geradoras eólicas e centrais geradoras fotovoltaicas com conexão à Rede Básica, às
instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à
Rede Básica ou às ICG, de forma individual ou compartilhada; e
(b) centrais geradoras eólicas e as centrais geradoras fotovoltaicas classificadas na modalidade de
operação Tipo I com conexão às DIT ou às instalações sob responsabilidade de agente de distribuição,
de forma individual ou compartilhada.
5.1.2. As centrais geradoras eólicas e as centrais geradoras fotovoltaicas classificadas nas modalidades de
operação Tipo II-B, Tipo II-C ou Tipo III com conexão às DIT ou às instalações sob responsabilidade de agente
de distribuição em tensão superior a 69 kV devem atender:
(a) aos requisitos técnicos gerais para operação em regime de frequência não nominal, indicados no item
5.2.1. ;
(b) aos requisitos de suportabilidade a subtensões, indicados no item 5.7 (fault ride-through) deste
submódulo; e
(c) aos demais requisitos gerais quando o ONS avaliar necessário, informado durante a solicitação de
acesso, nos casos de:
centrais geradoras eólicas e centrais geradoras fotovoltaicas com capacidade instalada total
superior a 30 MW; ou
grupos de centrais geradoras eólicas e/ou grupos de centrais geradoras fotovoltaicas, em uma
mesma área geoelétrica, com capacidade instalada total superior a 50 MW.
5.1.3. A operação de centrais geradoras eólicas ou de centrais geradoras fotovoltaicas, conectadas às
instalações sob responsabilidade de agente de transmissão, devem atender os limites individuais dos
indicadores de desempenho quanto a QEE, conforme definido no Submódulo 9.7 e Submódulo 7.8 –
Avaliação do impacto do acesso ou integração à Rede Básica de instalações que contenham elementos não
lineares ou especiais.
5.1.4. Todas as condições inerentes à operação de centrais geradoras eólicas e de centrais geradoras
fotovoltaicas – operação em regime permanente, desligamento, conexão e transição (turbina com dois
aerogeradores para dupla velocidade, ou mudança do número de polos) – devem ser consideradas na
avaliação do seu desempenho quanto a QEE.
5.1.4.1. Para avaliações preliminares, a norma [1] oferece subsídios quanto à combinação dos efeitos do
conjunto de aerogeradores integrantes da central geradora eólica.
5.1.5. As centrais geradoras eólicas e/ou as centrais geradoras fotovoltaicas que compartilharem instalações
de conexão de uso restrito que não estão sob responsabilidade de agente de transmissão são consideradas
como uma única instalação no que diz respeito ao atendimento dos requisitos técnicos gerais, listados no
item 5.2, e à avaliação de desempenho quanto a QEE.

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5.1.6. As centrais geradoras eólicas e as centrais geradoras fotovoltaicas não podem reduzir a flexibilidade
de recomposição da rede elétrica, seja em função de limitações dos equipamentos, seja em função do tempo
de recomposição.
5.1.7. O acessante deve avaliar se há superação da capacidade de equipamentos ou necessidade de
reajustes de parâmetros de proteção e controle, decorrentes da sua conexão, abrangendo o ponto de
conexão da usina às instalações sob responsabilidade de agente de transmissão ou de distribuição e a área
de influência da central geradora, por meio da análise de:
(a) curto-circuito;
(b) capacidades de disjuntores, barramentos, equipamentos terminais (por exemplo, transformadores de
corrente, bobinas de bloqueio) e malhas de terra; e
(c) adequação dos sistemas de proteção e controle relacionados à integração da central geradora e
revisão dos ajustes relativos à central geradora.
5.1.8. As ações e os custos decorrentes das ações necessárias para o atendimento dos requisitos técnicos
mínimos relacionados neste item 5 deste submódulo são de responsabilidade do agente de geração.

5.2. Requisitos técnicos gerais

5.2.1. Em operação em regime de frequência não nominal, deve-se atender às seguintes condições:
(a) desligamento instantâneo permitido para operação abaixo de 56 Hz;
(b) operação abaixo de 58,5 Hz por período de tempo mínimo de 20 s;
(c) operação entre 58,5 e 62,5 Hz por tempo ilimitado;
(d) operação acima de 62,5 Hz por período de tempo mínimo de 10 s, sendo a temporização da proteção
de desligamento por sobrefrequência é definida com base em avaliação do desempenho dinâmico,
para garantir a segurança operativa do SIN; e
(e) desligamento instantâneo permitido para operação acima de 63 Hz.
5.2.1.1. A Figura 3 resume as condições e faixas de operação da central geradora em regime de frequência
não nominal.

Figura 3 - Faixas de operação da central geradora em regime de frequência não nominal

5.2.2. Geração/absorção de potência reativa: na conexão da central geradora às instalações sob


responsabilidade de agente de transmissão, a central geradora deve propiciar os recursos necessários para,
em regime permanente, operar com fator de potência indutivo ou capacitivo em qualquer ponto da área
indicada na Figura 4.

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Figura 4 - Faixa de geração/absorção de potência reativa no ponto de conexão da central geradora

5.2.2.1. Nas condições em que os geradores não estejam produzindo potência ativa, a central de geração
eólica ou fotovoltaica deve ter recursos de controle para disponibilizar ao SIN sua capacidade de
geração/absorção de potência reativa, observando o requisito de propiciar injeção/absorção nula no ponto
de conexão, como indicado na Figura 4.
5.2.3. A central geradora deve ser capaz de operar em três modos de controle distintos de operação:
(a) controle de tensão;
(b) controle de potência reativa; e
(c) controle de fator de potência.
5.2.3.1. O modo de controle normal é o modo de controle de tensão no barramento coletor dos
aerogeradores, visando contribuir com a manutenção do perfil de tensão do sistema dentro das faixas
aceitáveis em condições normais ou de emergência.
5.2.3.2. Em função das necessidades do sistema, a central geradora pode ser solicitada pelo ONS a operar
no modo de controle de potência reativa ou no modo de controle de fator de potência no seu ponto de
conexão às instalações sob responsabilidade do agente de transmissão ou distribuição, em quaisquer dos
pontos indicados no item 5.2.2.
5.2.3.3. Quando operando em modo de controle de tensão, a central de geração deve ser capaz de prover
controle contínuo da tensão no barramento coletor dos aerogeradores com:
(a) tensão de referência ajustável entre 95% e 105% da tensão nominal; e
(b) estatismo (droop) ajustável numa faixa entre 2% e 7% na base da potência reativa nominal da
central geradora (com uma resolução de 0,5%), obtida com potência ativa nominal e fator de
potência igual a 0,95.
5.2.3.3.1. O barramento coletor dos aerogeradores consta no Parecer de Acesso da central geradora eólica.
5.2.3.3.2. A Figura 5 indica esquematicamente o perfil de controle de tensão da central geradora eólica.

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Figura 5 - Perfil do controle de tensão da central geradora eólica

5.2.4. Na operação em regime de tensão não nominal, no ponto de conexão da central geradora às
instalações sob responsabilidade de agente de transmissão, a central geradora deve ser capaz de operar:
(a) entre 0,90 e 1,10 p.u. da tensão nominal por período de tempo ilimitado;
(b) entre 0,85 e 0,90 p.u. da tensão nominal por período de tempo mínimo de 5 segundos; e
(c) entre 1,10 e 1,20 p.u. por período de tempo mínimo de 2,5 segundos.
5.2.5. Atendimento do fator de potência em regime de tensão não nominal (V-Q/Pmax): a injeção de
potência reativa em regime permanente, no ponto de conexão da central geradora às instalações sob
responsabilidade do agente de transmissão ou distribuição, deve ser garantida numa dada faixa operativa de
tensões, conforme a característica definida na Figura 6, observando os limites de tensão entre fases
admissíveis a 60 Hz estabelecidos no Submódulo 2.3:

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Figura 6 - Requisito para atendimento ao fator de potência na faixa operativa de tensão no ponto de conexão.

5.2.6. Participação em SEP: deve ser possível a desconexão automática ou redução de geração por ação do
controle de potência da central geradora.
5.2.7. Potência ativa de saída:
(a) A potência de saída da central geradora deve recuperar-se a 85% do valor pré-falta em até 4 segundos
após a recuperação da tensão a 85% da tensão nominal.
(b) Cabe ao ONS a responsabilidade de definir a rampa de recuperação da potência em função das
características do sistema onde as centrais serão inseridas.
(c) Não será admitida redução na potência de saída da central geradora para frequências na faixa entre
58,5 e 60,0 Hz e tensões entre 0,90 e 1,10 pu no ponto de conexão às instalações sob responsabilidade
do agente de transmissão.
(d) Para frequências na faixa entre 57 e 58,5 Hz é admitida redução na potência de saída de até 10%.
5.2.7.1. Os requisitos do item 5.2.7. aplicam-se em condições de operação de regime permanente quase-
estáticas, caracterizadas por:
(a) gradientes de frequência  0,5 %/min; e
(b) gradientes de tensão  5 %/min.
5.2.8. Inércia sintética da central geradora eólica:
(a) Os aerogeradores de centrais com potência instalada superior a 10 MW devem dispor de
controladores sensíveis às variações de frequência, de modo a emular a inércia (inércia sintética)
através de modulação transitória da potência de saída.
Esse mecanismo deve contribuir com, no mínimo, 10% de sua potência nominal, por um período
mínimo de 5 s em regime de subfrequência para desvios de frequência superiores a 0,2 Hz,
conforme Figura 7.

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Figura 7 - Requisito para o mecanismo de inércia sintética

A retirada desta contribuição deve ser automaticamente efetuada caso a frequência retorne ao
seu valor nominal.
(b) A injeção inicial de potência ativa deve ser proporcional à variação da frequência, a uma taxa mínima
de 0,8 pu da potência nominal do aerogerador para cada Hertz de desvio da frequência.
(c) A provisão plena de inércia sintética deverá ser disponibilizada sempre que a potência ativa do
aerogerador for igual ou superior a 25% de sua potência nominal.
(d) Os tempos máximos de sustentação do adicional de potência de 10% para níveis de potência inferiores
a 25% da potência nominal do aerogerador devem ser informado ao ONS.
5.2.9. Participação no controle de sobrefrequência:
(a) As unidades geradoras de centrais geradoras com potência instalada superior a 10 MW devem dispor
de controladores sensíveis às variações de frequência do tipo proporcional com ganho de 3% / 0,1 Hz
na base da potência disponível no aerogerador para promover a redução da potência de saída em
regime de sobrefrequência entre 60,2 Hz a 62,5 Hz, conforme Figura 8.

Figura 8 - Requisito para controle de sobrefrequência de aerogeradores

5.3. Variação de tensão em regime permanente

5.3.1. A central geradora não deve produzir variação de tensão superior a 5% no ponto de conexão às
instalações sob responsabilidade de agente de transmissão no caso de manobra parcial ou total, tempestiva
ou não, do parque gerador.

5.4. Instabilidade de tensão

5.4.1. A central geradora deve dispor de dispositivos de controle que evitem o seu desligamento por
instabilidade de tensão, conforme estabelecido no item 5.7 deste submódulo.

5.5. Sistema de proteção para centrais geradoras

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5.5.1. Os requisitos de proteção das unidades geradoras da central geradora devem ser definidos pelos
respectivos fabricantes.

5.6. Sistema de registro de perturbações para centrais geradoras

5.6.1. Os requisitos específicos para o sistema de registro de perturbações das unidades geradoras da central
geradora devem ser definidos pelos respectivos fabricantes.

5.7. Suportabilidade a subtensões e sobretensões dinâmicas

5.7.1. Caso haja variações temporárias de tensão em uma ou mais fases no ponto de conexão da central
geradora às instalações sob responsabilidade de agente de transmissão ou de distribuição, decorrentes de
distúrbios na Rede Básica, a central geradora deve continuar operando (sem desconexão) se a tensão nos
terminais dos aerogeradores ou inversores permanecer dentro da região indicada na Figura 9.
5.7.1.1. Esta característica aplica-se a qualquer tipo de distúrbio, sejam eles provocados por rejeição de
carga, defeitos simétricos ou assimétricos, devendo ser atendida pela tensão da fase que sofrer maior
variação.

Figura 9 - Tensão nos terminais dos aerogeradores ou inversores da central geradora

5.8. Injeção de corrente reativa sob defeito

5.8.1. Quando de variações transitórias de tensão, conforme mostrado na Figura 10, as unidades geradoras
devem ser capazes de dar suporte de tensão à rede elétrica através da:
(a) injeção de corrente reativa adicional para tensões de sequência positiva inferiores a 85%; e
(b) absorção de corrente reativa adicional de sequência positiva para tensões acima de 110%.
5.8.2. As unidades geradoras devem ser capazes de iniciar o suprimento de corrente reativa em até 30 ms
após a detecção de falta (tempo de resposta do controle).
5.8.3. Cabe ao ONS instruir a ativação deste recurso e de definir o valor de K (inclinação da reta) a ser
utilizado, em função das características do sistema onde a central geradora será inserida.

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Figura 10 - Requisito para injeção de corrente reativa sob defeito

5.9. Tomada de carga

5.9.1. A central geradora deve ser dotada de recursos que permitam ajustar a taxa de tomada de carga da
central geradora. Os ajustes serão definidos pelo ONS.

6. CONEXÃO DE CENTRAIS GERADORAS HÍBRIDAS (UGH) E CENTRAIS GERADORAS ASSOCIADAS

6.1. Aspectos gerais

6.1.1. Os requisitos técnicos mínimos para conexão de centrais geradoras híbridas ou associadas devem ser
atendidos pelos agentes de geração acessantes responsáveis por:
(a) centrais geradoras híbridas ou associadas com conexão à Rede Básica, às instalações de transmissão
de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica ou às ICG, de
forma individual ou compartilhada; e
(b) centrais geradoras híbridas ou associadas classificadas na modalidade de operação Tipo I com
conexão às DIT, de forma individual ou compartilhada.
6.1.2. As centrais geradoras híbridas ou associadas classificadas nas modalidades de operação Tipo II-A, Tipo
II-B, Tipo II-C ou Tipo III com conexão às DIT:
(a) os requisitos aplicáveis às diferentes tecnologias de geração pertencentes à central de geração híbrida
ou associada, conforme prescrições do item 6.1.3. ; e
(b) aos requisitos gerais do item 6, caso o ONS identifique a necessidade desses requisitos após avaliação
levando em consideração a potência total da usina e a sua localização no sistema elétrico.
6.1.3. Os requisitos mínimos para conexão de centrais geradoras híbridas ou associadas, em relação às
tecnologias de geração que a compõem, são:

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(a) As tecnologias de geração hidroelétricas ou termoelétricas pertencentes a essas centrais devem


atender os requisitos indicados no item 4 deste submódulo, à exceção daqueles explicitamente
indicados no presente item 6; e
(b) As tecnologias de geração eólica ou fotovoltaica pertencentes a essas centrais devem atender os
requisitos indicados no item 5 deste submódulo, à exceção daqueles explicitamente indicados no
presente item 6.
6.1.4. Para fins de determinação dos requisitos dos itens 4 e 5 que são aplicáveis a cada fonte, deve-se tomar
como referência:
(a) A modalidade de operação e o ponto de conexão da central geradora híbrida ou associada; e
(b) A potência nominal da tecnologia de geração hidroelétrica, termoelétrica, eólica ou fotovoltaica.
6.1.5. As centrais geradoras híbridas ou associadas, compostas por instalações com tecnologias de geração
eólica e fotovoltaica, que compartilharem instalações de transmissão de interesse restrito que não estão sob
responsabilidade de agente de transmissão, são consideradas como uma única instalação no que diz respeito
ao atendimento dos requisitos técnicos gerais, listados no item 5.2, e também no tocante à avaliação de
desempenho harmônico nas análises de QEE.
6.1.6. Os acessos de centrais híbridas ou associadas devem atender, na conexão às instalações sob
responsabilidade de agente de transmissão, os limites dos indicadores de desempenho definidos no
Submódulo 9.7 – Indicadores de qualidade de energia elétrica da Rede Básica.
6.1.7. As centrais híbridas ou associadas não podem reduzir a flexibilidade de recomposição da rede elétrica,
seja em função de limitações dos seus equipamentos, seja em função de tempo de recomposição, salvo em
situações críticas de armazenamento do reservatório.
6.1.8. Para o ponto de conexão às instalações sob responsabilidade de agente de transmissão, e para a área
de influência das centrais geradoras híbridas ou associadas, devem ser feitas avaliações para verificar se há
superação da capacidade de equipamentos ou necessidade de reajustes de parâmetros de proteção,
supervisão e controle. Para tal, devem ser realizados estudos relativos:
(a) ao nível de curto-circuito com a presença da(s) central(is) geradora(s);
(b) à capacidade de disjuntores, barramentos, transformadores de corrente e malhas de terra,
verificando inclusive a possibilidade de saturação de transformadores de corrente;
(c) à adequação e ao ajuste dos sistemas de proteção, supervisão e controle envolvidos com a integração
da(s) central(is) geradora(s);
(d) adequação dos sistemas de proteção e controle relacionados à integração da(s) central(is) geradora(s)
e revisão dos ajustes relativos à(s) central(is) geradora(s);
(e) à avaliação paramétrica dos reguladores de tensão, de velocidade e dos sinais estabilizadores; e
(f) à avaliação dos sistemas de partida das unidades geradoras termoelétricas quanto aos indicadores de
variação de tensão de curta duração estabelecidos no Submódulo 9.7 – Indicadores de qualidade de
energia elétrica da Rede Básica.
6.1.9. As ações e os custos decorrentes das ações necessárias para o atendimento dos requisitos técnicos
mínimos descritos nesta seção 6 são de responsabilidade do agente de geração.

6.2. Requisitos técnicos gerais

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instalações de transmissão

6.2.1. As centrais geradoras associadas devem compartilhar fisicamente a infraestrutura de conexão ao


sistema de transmissão [2].
6.2.2. Controle centralizado
6.2.2.1. Adicionalmente aos controles já previstos para cada tecnologia de geração, as centrais geradoras
híbridas ou associadas devem dispor de controle centralizado capaz de controlar:
(a) Potência ativa, potência reativa e fator de potência no ponto de conexão das centrais geradoras às
instalações sob responsabilidade de agente de transmissão; e
(b) Tensão, sendo que o barramento de referência do controle é, preferencialmente, o barramento de
alta tensão da subestação coletora ou conforme definido no Parecer de Acesso.
6.2.2.2. Deve ser possível a comunicação e a coordenação entre o controle centralizado das centrais
geradoras híbridas ou associadas e os controladores de cada tecnologia de geração que a compõe, com
infraestrutura que propicie tempo de resposta compatível com os requisitos de controle das centrais
geradoras.
6.2.3. Geração/absorção de potência reativa e atendimento do fator de potência em regime de tensão não-
nominal (V-Q/Pmax):
6.2.3.1. A potência ativa máxima a ser considerada como referência, quando o requisito se aplicar ao ponto
de conexão da(s) central(is) geradora(s) às instalações sob responsabilidade do agente de transmissão, deve
ser o menor valor entre o Montante de Uso do Sistema de Transmissão (MUST) contratado no respectivo
ponto de conexão e o somatório das potências instaladas de todas as tecnologias de geração da(s) central(is)
geradora(s) híbrida(s) ou associada(s).
6.2.3.2. As centrais geradoras híbridas e associadas, independentemente das tecnologias de geração
envolvidas, devem:
(a) atender ao requisito apresentado no item 5.2.5. , referente ao fator de potência no ponto de conexão
às instalações sob responsabilidade do agente de transmissão; e
(b) ter a capacidade de operar com injeção/absorção de potência reativa nula no ponto de conexão com
as instalações sob responsabilidade de agente de transmissão, quando estiverem operando com
potência ativa nula.
6.2.3.3. As centrais geradoras híbridas e associadas compostas somente por tecnologias de geração eólica e
fotovoltaica deverão atender a todos os requisitos relativos ao atendimento de fator de potência e
geração/absorção de potência reativa, constantes no item 5.2, nos respectivos pontos de referência
determinados para cada requisito.
6.2.3.4. As centrais geradoras híbridas e associadas compostas somente por tecnologias de geração
hidroelétrica e termoelétrica deverão atender, além dos requisitos definidos no item 6.2.3.2. (a) e (b), os
requisitos relativos à geração/absorção de potência reativa necessários para unidades geradoras de usinas
hidroelétricas e termoelétricas, constantes no item 4.2.4. 4.2.
6.2.3.5. As centrais geradoras compostas por tecnologia(s) de geração eólica e/ou fotovoltaica,
combinada(s) com tecnologia(s) de geração hidroelétrica e/ou termoelétrica, deverão atender, além dos
requisitos definidos no item 6.2.3.2. (a) e (b), os seguintes requisitos:
(a) instalações com tecnologias de geração hidroelétrica e termoelétrica: os requisitos relativos à
geração/absorção de potência reativa, necessários para unidades geradoras de usinas hidroelétricas
e termoelétricas, constantes no item 4.2.4. ; e

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Requisitos técnicos mínimos para a conexão às
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(b) instalações com tecnologias de geração eólica e fotovoltaica: devem atender todos os requisitos
relativos ao atendimento de fator de potência e geração/absorção de potência reativa, necessários
para centrais geradoras eólicas e fotovoltaicas, constantes no item 5.2, com a ressalva que estes
requisitos devem ser referenciados ao ponto de fronteira em que a instalação com tecnologia de
geração eólica/fotovoltaica passa a compartilhar o sistema de transmissão de interesse restrito com
a instalação com tecnologia de geração hidroelétrica/termoelétrica, conforme esquema da Figura
11.

Figura 11 – Ponto de referência: fronteira entre o sistema exclusivo da central geradora eólica ou fotovoltaica e o
sistema de conexão compartilhado entre as usinas EOL ou UFV e UHE ou UTE

7. CONEXÃO DE CARGA

7.1. Aspectos gerais

7.1.1. Os requisitos técnicos mínimos para conexão de carga devem ser atendidos por:
(a) consumidores ou autoprodutores de energia elétrica cuja carga máxima supere a geração própria,
com Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (CUST); e
(b) agentes de distribuição que se conectam às instalações de transmissão sob responsabilidade de
agente de transmissão.
7.1.2. Mediante avaliação técnica do ONS, podem ser admitidas condições particulares do comportamento
da carga, desde que não prejudiquem, sob qualquer hipótese, a operação dos outros agentes conectados às
instalações de transmissão.
7.1.3. O acessante deve adotar as medidas necessárias para que, no ponto de conexão às instalações de
transmissão sob responsabilidade de agente de transmissão, não haja ultrapassagem da faixa de fator de
potência estabelecida no item 7.3 deste submódulo, nem superação dos limites dos indicadores de QEE,
conforme estabelecido no Submódulo 2.9 e Submódulo 9.7.
7.1.3.1. Se os limites individuais de QEE, estabelecidos no Submódulo 2.9, forem superados por agente de
distribuição, a ação corretiva deve se basear em solução de mínimo custo global, consideradas as possíveis
obras nas instalações de transmissão e de distribuição.

7.2. Condições de conexão

7.2.1. Na conexão às instalações de transmissão sob responsabilidade de agente de transmissão, o acessante


deve assegurar que:
(a) suas instalações atendam às normas técnicas da ABNT no que for aplicável e, na sua falta, às normas
técnicas da IEC e ANSI, nessa ordem de preferência;

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(b) os seus disjuntores de fronteira sejam capazes de interromper, sem risco para o sistema, as correntes
de curto-circuito no ponto de conexão às instalações sob responsabilidade de agente de transmissão;
(c) seus equipamentos sejam capazes de operar satisfatoriamente, sem danificação ou perda de vida útil,
com os níveis de tensão da Rede Básica na frequência fundamental dentro da faixa de variação
definida no Submódulo 2.3;
(d) os sistemas de proteção de suas instalações eliminem os defeitos, operando com efetividade e
segurança e em coordenação com as proteções das instalações de transmissão;
(e) sua carga seja adequadamente distribuída entre as fases; e
(f) a sua carga participe de medidas operativas para gerenciamento de cargas e de SEP, incluindo o
Esquema Regional de Alívio de Carga por Subfrequência (ERAC), nos montantes de cargas
disponibilizadas para corte e ajustes previamente definidos para cada estágio, conforme estabelecido
pelo ONS para a área geo-elétrica onde a conexão está inserida, conforme Submódulo 7.5 e
Submódulo 6.14 – Monitoramento dos Esquemas Regionais de Alívio de Carga.
7.2.2. Caso a carga do agente acessante tenha característica não linear ou especial, o acessante deve fazer
análises específicas para avaliação do grau de influência dessas cargas no desempenho das instalações de
transmissão.
7.2.3. O acessante deve realizar, quando requeridos, estudos de proteção, flutuação de tensão, distorção
harmônica, estabilidade eletromecânica, curto-circuito mínimo, dentre outros para avaliar a necessidade de
instalação de equipamentos de correção/proteção, considerando-se os seguintes aspectos:
(a) comprometimento da segurança do sistema (por exemplo, contribuições para faltas no SIN não
percebidas pela proteção das instalações do acessante); e
(b) limites dos indicadores de desempenho quanto à QEE definidos nos Procedimentos de Rede,
conforme Submódulo 2.9, Submódulo 6.15, Submódulo 7.8 e Submódulo 9.7.
7.2.4. Se o acessante requerer desempenho diferenciado, relativamente aos limites globais dos indicadores
de desempenho estabelecidos no Submódulo 2.9, e o ONS aceitar tal solicitação, o acessante deve arcar com
os custos adicionais necessários para a adequação das instalações de transmissão sob responsabilidade de
agente de transmissão ao seu nível de exigência.
7.2.4.1. A adequação requerida deve estar embasada em estudos de viabilidade técnica e os respectivos
custos devem ser previstos especificadamente no Contrato de Conexão às Instalações de Transmissão (CCT).

7.3. Fator de potência

7.3.1. No ponto de conexão às instalações de transmissão sob responsabilidade de agente de transmissão,


o acessante deve manter o fator de potência nas faixas especificadas na Tabela 1.
7.3.1.1. Os dados para o cálculo do fator de potência são fornecidos pelo Sistema de Medição para
Faturamento (SMF), conforme Submódulo 2.14 – Requisitos mínimos para Sistemas de Medição para
Faturamento.

Tabela 1 – Faixa de fator de potência no ponto de conexão às instalações sob responsabilidade de agente de
transmissão

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Tensão nominal do ponto de


Faixa de fator de potência
conexão

Vn  345 kV 0,98 indutivo a 1,0

69 kV  Vn  345 kV 0,95 indutivo a 1,0

0,92 indutivo a 1,0


Vn  69 kV
0,92 capacitivo a 1,0

7.3.2. A operação de chaveamento de banco de capacitores instalado para correção de fator de potência
não deve provocar fenômenos transitórios ou ressonâncias que prejudiquem o desempenho das instalações
de transmissão ou de agentes nelas conectados.
7.3.2.1. O acessante deve realizar estudos específicos complementares que avaliem o impacto dessas
manobras no desempenho das instalações de transmissão e de seus usuários.

8. CONEXÃO DAS INSTALAÇÕES DE INTERESSE RESTRITO DE AGENTES DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO


PARA INTERLIGAÇÃO INTERNACIONAL

8.1. Capacidade de transmissão

8.1.1. Deve ser analisada a conveniência da interligação operar com fluxo de potência ativa em ambos os
sentidos e definido o nível previsto de potência ativa para cada sentido.
8.1.2. As estações conversoras conectadas ao SIN devem ser autossuficientes em termos de potência
reativa.
8.1.3. No caso de interligações que envolvem linhas em CA, deve-se estabelecer, em contrato, um limite
para o intercâmbio de potência reativa entre o ponto de conexão às instalações sob responsabilidade de
agente de transmissão e a interligação propriamente dita. Esse limite deve ser definido de tal modo que
sejam preservados os sistemas das partes envolvidas.

8.2. Desempenho dinâmico

8.2.1. A introdução de qualquer interligação não pode degradar o desempenho dinâmico do sistema
existente.
8.2.2. O ajuste do sistema de controle da interligação não pode reduzir o grau de amortecimento dos modos
de oscilação de potência do sistema, durante contingências.
8.2.3. A critério do ONS, a implementação de métodos para a melhoria do desempenho dinâmico do sistema
existente, por meio de sistemas de controle da interligação em CC – como, por exemplo, a modulação da
potência CC –, deve ser acordada com o responsável pelas instalações de interligação internacional.

8.3. Controle de tensão

8.3.1. A operação da interligação não deve ocasionar no ponto de conexão às instalações sob
responsabilidade de agente de transmissão variações de tensão que excedam os limites admissíveis
estabelecidos no Submódulo 2.3, tanto em condição normal, como durante distúrbios.

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8.4. Interferência harmônica

8.4.1. A operação da interligação não deve ocasionar no ponto de conexão às instalações sob
responsabilidade de agente de transmissão distorções de tensão harmônica individual e total que excedam
os limites especificados no Submódulo 2.9.

8.5. Operação monopolar com retorno pela terra

8.5.1. A operação monopolar com retorno pela terra, admitida em condições especiais, não pode ocasionar
nenhum dano ou mau funcionamento nos equipamentos ou instalações existentes na região próxima às
instalações de CC.

8.6. Outros aspectos

8.6.1. Quanto ao sistema de supervisão e controle, devem ser atendidos os requisitos estabelecidos no
Submódulo 2.12.
8.6.2. No que diz respeito às interligações internacionais em corrente contínua, com tecnologia LCC (Line
Commutaded Converter), devem ser atendidos os requisitos estabelecidos no Submódulo 2.8 – Requisitos
mínimos para elos em corrente contínua, observado o Submódulo 2.3.
8.6.3. Tendo em vista a otimização da expansão da Rede Básica, o ONS pode:
(a) definir pontos de passagem da linha CA; e
(b) indicar a localização da subestação conversora em território brasileiro.

9. CONEXÃO EM DERIVAÇÃO (TAPE) NA REDE BÁSICA

9.1. Condições gerais

9.1.1. São admitidas em caráter provisório, e para condições especiais, conexões em derivação em linha de
transmissão (LT) de 230 kV integrante da Rede Básica, desde que:
(a) não seja para conexão de central geradora;
(b) atendam aos requisitos técnicos mínimos estabelecidos neste submódulo;
(c) estejam em conformidade com o Módulo 2 – Critérios e Requisitos e não comprometam a segurança
do sistema;
(d) não sejam feitas em instalações onde a confiabilidade é crítica, como por exemplo, interligações inter-
regionais, internacionais e entre submercados; e
(e) perdurem por um período máximo de 18 (dezoito) meses e estejam condicionadas à apresentação
pelo acessante do cronograma de implantação da conexão definitiva em seccionamento da LT
acessada.
9.1.1.1. Quanto à continuidade de suprimento ao acessante:
(a) a conexão em tape pode ser utilizada em casos especiais quando o acessante admitir menor
confiabilidade de suprimento e não comprometer a confiabilidade dos demais acessantes atendidos
pela LT; e

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(b) em função desse tipo de conexão, as eventuais perdas de suprimento, por indisponibilidade
programada ou não da LT, são assumidas pelo acessante.
9.1.2. Deve ser verificado o impacto da conexão em derivação sobre os usuários da Rede Básica.
9.1.3. Não são admitidas conexões em derivação em LT integrante da Rede Básica em tensão superior a 230
kV.
9.1.4. Quanto às conexões em derivação existentes:
(a) o ONS pode propor à ANEEL, com base em diagnóstico e em análise de custo/benefício, ações para
adequação dessas conexões aos requisitos técnicos estabelecidos neste submódulo; e
(b) quando for o caso, a ANEEL estabelece os prazos para o cumprimento das ações aprovadas.
9.1.5. O acessante só pode ser conectado em derivação à Rede Básica se:
(a) a configuração da conexão for radial;
(b) o(s) transformador(es) não sejam aterrado(s) no lado de alta tensão;
(c) não houver motores síncronos de potência superior a 5.000 kW na instalação do acessante; e
(d) não houver geradores de energia elétrica operando sincronizados com o sistema do acessante.
9.1.5.1. Dessa forma, não deve haver a possibilidade de:
(a) fechamento de anel com o SIN.
(b) inversão do sentido das correntes elétricas, mesmo em condições transitórias de curto-circuito,
provocadas por unidades síncronas conectadas ao sistema do acessante.

9.2. Instalações de conexão

9.2.1. A configuração do ramal dependerá dos carregamentos dos circuitos existentes e da confiabilidade da
Rede Básica.
9.2.1.1. Sob o ponto de vista da confiabilidade da Rede Básica, deve ser detalhadamente analisada a questão
da proteção de LT, especialmente quanto ao comprimento do ramal de conexão em relação ao comprimento
da LT acessada.
9.2.2. A conexão em derivação deve ser obrigatoriamente trifásica.
9.2.3. O ramal de ligação em tape deve ser concebido de forma a não afetar a confiabilidade da Rede Básica.
9.2.4. O estudo de topografia e o trajeto do ramal de ligação, assim como o arranjo de torres e a configuração
de condutores por fase, devem ser submetidos à aprovação do agente de transmissão acessado e devem ser
utilizados critérios iguais aos utilizados para a LT onde será construída a derivação.
9.2.4.1. Podem ser exigidos critérios de projeto mais rígidos do que os da LT acessada, caso o trajeto do
ramal proposto pelo consumidor seja mais desfavorável em termos de topografia, atividades urbanas,
pecuárias ou agrícolas, agressividade natural ou industrial, etc.
9.2.5. Os pontos de derivação (fly-tap) devem ser construídos com estruturas autossustentadas.
9.2.6. Os ramais devem ser dotados de cabos para-raios que proporcionem padrão de proteção contra
descargas atmosféricas igual ao utilizado na LT acessada.

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9.2.7. O arranjo da subestação do acessante deve ser concebido de forma a não comprometer a
confiabilidade da Rede Básica nos períodos de operação normal, saída forçada e também as programadas
para manutenção.
9.2.8. O arranjo deve ter chaves seccionadoras capazes de isolar a subestação da LT.
9.2.9. O projeto da subestação do acessante deve atender aos critérios do agente de transmissão acessado.
9.2.10. Para a fase definitiva do acesso com seccionamento de LT, cabe ao acessante adequar os sistemas
de medição para faturamento, proteção, telecomunicações e supervisão e controle, aos padrões e requisitos
estabelecidos nos Procedimentos de Rede.

9.3. Sistemas de proteção

9.3.1. O acessante deve arcar com os custos relativos à substituição dos sistemas de proteção das LT da Rede
Básica ou à instalação de esquemas de proteção adicionais, decorrentes da conexão em derivação.
9.3.2. A proteção dos componentes da subestação do acessante deve assegurar eliminação sem retardo
intencional de todos os curtos-circuitos internos detectáveis pela proteção de retaguarda remota dos
terminais originais da LT.
9.3.3. O acessante deve providenciar os meios locais para compatibilizar o esquema de teleproteção
instalado na LT com a adição de mais um terminal. Isso inclui equipamentos como filtros de onda,
transformadores de corrente e dispositivos capacitivos de potencial, bem como relés de proteção específicos
e equipamentos de comunicação e teleproteção.
9.3.4. No caso da conexão inviabilizar a aplicação do esquema de teleproteção instalado, cabe ao acessante
custear a substituição do esquema de teleproteção existente, conforme requisitos e especificações do
acessado, inclusive com relação a fornecimento de sobressalente e ferramentas especiais.
9.3.4.1. A inviabilização ocorre, por exemplo, com proteções baseadas em ondas trafegantes e pode ocorrer
com certos esquemas diferenciais longitudinais e com algumas lógicas de teleproteção.
9.3.5. Algumas conexões podem requerer também a troca do meio de comunicação, por exemplo de onda
portadora para microondas ou fibra ótica, cabendo os respectivos custos ao acessante.
9.3.6. A conexão não pode inviabilizar a utilização do tipo de religamento automático empregado na LT.

10. ARRANJO DE BARRAMENTO

10.1. Acesso às instalações de transmissão sob responsabilidade de agente de transmissão

10.1.1. No caso de conexão em uma subestação sob responsabilidade de agente de transmissão, o acessante
deve seguir o arranjo de barramento da referida subestação.
10.1.1.1. Caso o arranjo da subestação acessada não atenda ao requisito definido no item 3.1.1 do
Submódulo 2.6 – Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos, o acessante deve adequar sua
conexão quando da adequação da subestação a esses requisitos. Essa obrigação do acessante deve constar
do respectivo CCT.
10.1.2. Para conexão por meio de seccionamento de LT da Rede Básica ou das instalações de transmissão de
energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica, o arranjo de barramento
da subestação a ser integrada deve observar o requisito definido no item 3.1.1 do Submódulo 2.6.

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10.1.2.1. Em tensão igual ou superior a 345 kV, os vãos de entrada de linha associados ao seccionamento
devem ser instalados no mesmo módulo de infraestrutura de manobra correspondente ao arranjo final da
subestação do acessante.
10.1.2.2. A conexão pode ter arranjo de barramento inicial em anel simples, até o limite de quatro conexões,
considerando aquelas do seccionamento da LT, e deve-se atender aos seguintes pontos:
(a) o arranjo físico desse barramento deve ser projetado de forma a permitir a evolução para o arranjo
de barramento estabelecido no item 3.1.1 do Submódulo 2.6;
(b) as conexões não devem comprometer o desempenho sistêmico da Rede Básica, limitar a operação da
Rede Básica ou das instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações
internacionais conectadas à Rede Básica, tampouco impor restrições às instalações a elas conectadas;
(c) no caso de compartilhamento entre agentes de geração, de importação/exportação e/ou
consumidores, os custos do disjuntor central da subestação com arranjo de barramento disjuntor e
meio, e demais equipamentos e instrumentos a ele associados devem ser igualmente divididos entre
as partes, sendo responsabilidade pela operação do disjuntor central estabelecida no CCT;
se o referido compartilhamento envolver uma transmissora, a responsabilidade pelo disjuntor
compartilhado e demais equipamentos e instrumentos a ele associados é do agente de
transmissão e, caso o disjuntor já exista, este deve ser transferido, sem ônus, à transmissora;
(d) o primeiro acessante deve adequar sua conexão quando da adequação da subestação ao requisito
definido no item 3.1.1 do Submódulo 2.6; e
(e) as obrigações dos agentes e/ou consumidores devem estar dispostas nos respectivos CCT e/ou
Contrato de Compartilhamento de Instalações (CCI).

10.2. Subestações de uso exclusivo de agente de geração, de importação/exportação ou consumidor


com conexão às instalações de transmissão sob responsabilidade de agente de transmissão

10.2.1. Subestações com isolamento a ar devem adotar uma das seguintes configurações para os arranjos
de barramento, em função de sua classe de tensão:
(a) barramentos de tensão inferior a 230 kV: arranjo barra simples, com possibilidade de evolução para
arranjo barra principal e transferência, ou arranjo barra principal e transferência;
(b) barramentos de tensão igual a 230 kV: arranjo barra principal e transferência, com possibilidade de
evolução para arranjo barra dupla com disjuntor simples a quatro chaves, ou arranjo barra dupla com
disjuntor simples a quatro chaves; e
(c) barramentos de tensão igual ou superior a 345 kV: arranjo em anel para subestações com até 6 (seis)
conexões de LT e/ou equipamentos, com possibilidade de evolução para arranjo barra dupla com
disjuntor e meio, ou arranjo barra dupla com disjuntor e meio para subestações com número de
conexões superior a 6 (seis).
10.2.2. O vão de entrada de linha na subestação sob a responsabilidade do agente deve ser concebido e
operado com uso de disjuntor.
10.2.3. O arranjo físico do barramento das subestações com isolamento a ar deve ser projetado de forma
que:

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(a) viabilize a evolução para o arranjo de barramento definido no item 3.1.1 do Submódulo 2.6 e possível
futura expansão; e
(b) as conexões não comprometam o desempenho sistêmico da Rede Básica, limitem a operação da Rede
Básica ou das instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais
conectadas à Rede Básica, tampouco imponham restrições às instalações a elas conectadas.
10.2.4. Arranjos de barramentos alternativos com outras tecnologias de isolamento (SF6, por exemplo)
podem ser propostos, em conformidade com os itens 3.1.2 e 3.1.3 do Submódulo 2.6.
10.2.5. Caso seja verificado nos estudos definidos pelo ONS ou pela EPE a necessidade de evolução dos
arranjos de barramento da subestação de uso exclusivo no horizonte de 5 (cinco) anos para aqueles definidos
no item 3.1.1 do Submódulo 2.6, a subestação deve ser implementada em seu arranjo final.

11. ÁREA DA SUBESTAÇÃO

11.1. Acesso às instalações de transmissão sob responsabilidade de agente de transmissão

11.1.1. No caso de acesso às instalações de transmissão sob responsabilidade de agente de transmissão por
agente de geração, de distribuição, de importação/exportação ou consumidor, para conexão por meio de
seccionamento de LT, a subestação com isolamento a ar deve ter pelo menos a área mínima, observado o
maior nível de tensão da subestação (Vmax):
(a) Vmax < 88 kV: 8.000 m2;
(b) 88 kV ≤ Vmax ≤ 138 kV: 15.000 m2;
(c) 138 kV < Vmax ≤ 230 kV: 25.000 m2;
(d) 230 kV < Vmax ≤ 345 kV: 100.000 m2; ou
(e) Vmax ≥ 440 kV: 140.000 m2.

11.2. Subestações de uso exclusivo de agente de geração, de importação/exportação ou consumidor


com conexão às instalações de transmissão

11.2.1. Caso seja verificado nos estudos definidos pelo ONS ou pela EPE a necessidade de especificação de
área mínima, a subestação deve ser implementada com a área mínima especificada.

12. REFERÊNCIAS

[1] IEC. Electromagnetic Compatibility (EMC) – Part 3-6: Limits – Assessment of emission limits for the
connection of distorting installations to MV, HV and EHV power systems. IEC/TR 61000-3-6
[2] ANEEL. Resolução Normativa nº 954, de 30 de novembro de 2021.
[3] ANEEL. Resolução Normativa nº 1.055, de 29 de dezembro de 2022. Regras dos Serviços de Transmissão
de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional. Módulo 5 – Acesso ao Sistema.

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Submódulo 2.11
Requisitos mínimos para os sistemas de
proteção, de registro de perturbações e
de teleproteção

Requisitos

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2020.12 Retificação da Resolução 31/03/2021


Normativa nº 903/2020
Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos mínimos para os sistemas de
proteção, de registro de perturbações e de 2.11 Requisitos 2020.12 01/01/2021
teleproteção
ÍNDICE

1. OBJETIVO.........................................................................................................................................4

2. REQUISITOS GERAIS .........................................................................................................................4

3. SISTEMAS DE PROTEÇÃO .................................................................................................................5

3.1. Requisitos gerais............................................................................................................................5

3.2. Linhas de transmissão ...................................................................................................................6

3.2.1. Requisitos gerais..........................................................................................................6

3.2.2. Esquemas de religamento automático........................................................................7

3.2.3. Função para verificação de sincronismo .....................................................................8

3.2.4. Verificação de sincronismo manual.............................................................................9

3.3. Unidades transformadoras de potência........................................................................................9

3.4. Reatores em derivação................................................................................................................11

3.5. Barramentos................................................................................................................................12

3.6. Falha de disjuntor........................................................................................................................13

3.7. Bancos de capacitores em derivação ..........................................................................................13

3.8. Bancos de capacitores série ........................................................................................................14

3.9. Filtros...........................................................................................................................................14

3.10. Elos de corrente contínua ...........................................................................................................15

3.11. Compensadores estáticos ...........................................................................................................15

4. SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES ..................................................................................16

4.1. Requisitos gerais..........................................................................................................................16

4.2. Rede de coleta de registros de perturbação dos agentes ...........................................................17

4.3. Registro de perturbações ............................................................................................................17

4.3.1. Terminais de linha de transmissão ............................................................................17

4.3.2. Barramentos..............................................................................................................18

4.3.3. Unidades transformadoras de potência ....................................................................18

4.3.4. Reatores em derivação..............................................................................................18

4.3.5. Bancos de capacitores em derivação ........................................................................19

4.3.6. Bancos de capacitores série ......................................................................................19

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4.3.7. Bancos de filtros ........................................................................................................19

4.3.8. Elos de corrente contínua..........................................................................................20

4.3.9. Compensadores estáticos..........................................................................................21

5. SISTEMAS DE TELEPROTEÇÃO.........................................................................................................21

5.1. Canais ..........................................................................................................................................21

5.2. Esquemas de teleproteção para LT .............................................................................................22

6. REFERÊNCIAS .................................................................................................................................23

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1. OBJETIVO
1.1. Estabelecer requisitos técnicos mínimos e características funcionais para os seguintes sistemas:
(a) sistema de proteção;
(b) sistema de registro de perturbações; e
(c) sistema de teleproteção.
1.1.1. Os requisitos técnicos descritos neste submódulo aplicam-se às instalações de transmissão integrantes
da Rede Básica, quando modernizadas ou quando identificada a necessidade e determinado pelo Operador
Nacional do Sistema Elétrico – ONS e às instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a
interligações internacionais conectadas à Rede Básica.
1.1.2. Os requisitos técnicos aplicáveis às instalações de transmissão integrantes da Rede de Operação com
tensão nominal inferior a 230 kV, às Demais Instalações de Transmissão (DIT) ou às instalações de
transmissão de interesse exclusivo de centrais de geração para conexão compartilhada (ICG) são aqueles
definidos pelo agente de transmissão responsável por essas instalações, exceto quando requisitos específicos
tenham sido estabelecidos em ato de outorga do empreendimento, ou por indicação do ONS.

2. REQUISITOS GERAIS

2.1. Os materiais e equipamentos a serem utilizados devem ser projetados, fabricados, montados e
ensaiados em conformidade com as revisões mais recentes das normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT, no que for aplicável, e, na falta dessas, com as revisões mais recentes das normas da
International Electrotechnical Commission – IEC, da American National Standards Institute – ANSI ou do
Institute of Electrical and Electronics Engineers – IEEE, nessa ordem de preferência.
2.2. Os equipamentos e sistemas devem atender aos requisitos estabelecidos nas normas de
compatibilidade eletromagnética aplicáveis, nos graus de severidade adequados para utilização em
instalações de transmissão de sistemas elétricos de potência, inclusive subestações de extra alta tensão.
2.3. Cada sistema (proteção, registro de perturbações e teleproteção) deve ser integrado no nível da
instalação para permitir o acesso local ou remoto de todos os seus dados, ajustes, registros de eventos,
grandezas de entrada e outras informações. Essa integração não deve impor restrições à operação dos
componentes primários da instalação.
2.4. No caso de implantação de reforço em instalações de transmissão, os respectivos sistemas de proteção,
registro de perturbações e teleproteção devem ser compatibilizados com os já instalados.
2.5. Os equipamentos e sistemas devem ser dotados de recursos de automonitoramento e autodiagnóstico,
que devem incluir bloqueio automático da atuação quando houver defeito e sinalização local e remota de
falha e defeito.
2.6. Os sistemas devem ter arquitetura aberta e utilizar protocolos de comunicação descritos em norma, de
forma a não impor restrições à ampliação da rede onde se aplicam e à sua integração com sistemas e
equipamentos de outros fabricantes.
2.7. Os sistemas devem ter recursos que possibilitem a intervenção das equipes de manutenção, sem que
haja a necessidade de desligamento da respectiva Função Transmissão (FT).
2.8. Os ajustes das proteções das instalações devem ser definidos e implantados pelos agentes de
transmissão responsáveis pelas instalações, de forma a garantir a integridade dos componentes, mantendo

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seletividade com os componentes adjacentes e atendendo aos requisitos mínimos estabelecidos neste
submódulo e às filosofias de proteção estabelecidas pelo ONS [1][2][3].

3. SISTEMAS DE PROTEÇÃO

3.1. Requisitos gerais

3.1.1. Todo componente deve ser protegido localmente por dois sistemas de proteção: proteção principal e
proteção alternada.
3.1.2. A proteção dos componentes deve ser concebida de maneira a não depender de proteção de
retaguarda remota no sistema de transmissão.
3.1.3. Devem ser previstos para os sistemas de proteção transformadores para instrumentos –
transformadores de corrente (TC) e de potencial (TP) – em número adequado e com características nominais
(relações nominais, número de núcleos e enrolamentos secundários, exatidão, cargas nominais, desempenho
transitório etc.) especificadas em função da aplicação.
3.1.4. Os TC dos sistemas de proteção devem ser utilizados na instalação de forma a permitir a superposição
das zonas de atuação das proteções de equipamentos primários adjacentes, de forma a evitar a existência
de “zonas mortas”. Devem ser utilizadas proteções que tenham funcionalidades que possam detectar faltas
em eventuais “zonas mortas”.
3.1.5. As correntes e tensões fornecidas para cada sistema de proteção – principal e alternada – devem ser
obtidas de núcleos independentes de TC e de secundários diferentes de TP.
3.1.6. As proteções sujeitas a operação acidental por perda de potencial devem ter supervisão de tensão
para bloqueio de operação e alarme. Para o caso de perda simultânea de alimentação de potencial para as
duas proteções (principal e alternada), podem ser ativadas proteções temporizadas de sobrecorrente de
emergência.
3.1.7. Os sistemas de proteção principal e alternada devem ser alimentados por bancos de baterias,
retificadores e circuitos de corrente contínua independentes. Além disso, o projeto dos painéis deve levar
em conta os cuidados necessários para facilitar os trabalhos de manutenção, de modo a minimizar o risco de
erros e acidentes.
3.1.8. Os IED (dispositivo eletrônico inteligente) de proteção principal e alternada devem ser independentes
e dedicados para cada FT da instalação.
3.1.9. Os sistemas de proteção devem ter dois circuitos de disparo independentes para acionamento de
disjuntores, com duas bobinas de disparo.
3.1.10. Deve ser prevista a supervisão dos circuitos de corrente contínua dos relés de proteção e dos
equipamentos de telecomunicação utilizados para teleproteção, dos esquemas de religamento automático
e sincronismo, de forma a indicar através de alarme qualquer anormalidade que possa implicar perda da
confiabilidade operacional do sistema de proteção.
3.1.11. Em esquemas com arranjo do tipo barra dupla, os TC devem ser localizados fisicamente de modo
que, quando for utilizado o disjuntor interligador de barras (disjuntor de transferência), continuem
fornecendo correntes para as proteções dos vãos transferidos.
3.1.12. O agente de transmissão deve manter disponível para consulta do ONS a documentação técnica das
instalações sob sua responsabilidade, que inclui:

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(a) diagramas funcionais;
(b) diagramas de blocos;
(c) diagramas unifilares e trifilares;
(d) manuais de operação e catálogos dos equipamentos;
(e) memórias de cálculo dos ajustes das proteções; e
(f) relatórios de ensaios, inclusive os realizados na fase de comissionamento.

3.2. Linhas de transmissão

3.2.1. Requisitos gerais

3.2.1.1. O sistema de proteção de uma linha de transmissão (LT) deve compreender o conjunto de
dispositivos instalados nos seus terminais, necessários e suficientes para a detecção e eliminação, de forma
seletiva, de todos os tipos de faltas – com ou sem resistência de falta – e de outras condições anormais de
operação.
3.2.1.2. Cada terminal da LT deve ter proteção principal e proteção alternada, composta por conjuntos de
proteção – dispositivos, equipamentos de telecomunicação, relés auxiliares, painéis e demais acessórios –
independentes, os quais devem ser idênticos e integrados aos conjuntos de proteção dos outros terminais
da LT.
3.2.1.3. Em cada terminal da LT, é admissível a utilização de conjunto de proteção principal diferente do
conjunto de proteção alternada, desde que se atenda ao requisito explicitado no item 3.2.1.2. deste
submódulo.
3.2.1.4. Na implantação de uma subestação decorrente de seccionamento de LT, os sistemas de proteção
principais dos dois terminais, na hipótese de não serem idênticos, devem possuir características de operação
para todas as funções de proteção e métodos de polarização idênticos, de forma a garantir o desempenho
correto dos esquemas de teleproteção, devendo a proposta de aplicação ser submetida ao ONS para
avaliação. O mesmo se aplica à proteção alternada.
3.2.1.5. Os sistemas de proteção devem ter as seguintes funções e lógicas de proteção:
(a) função de distância (21/21 N) para detecção de faltas entre fases e entre fases e terra, com
temporizadores independentes por zona;
(b) função de sobrecorrente direcional residual (67 N) e/ou de sequência negativa (67 Q), com unidades
instantânea e temporizada;
(c) lógica de detecção de perda de potencial para bloqueio de operação e alarme das funções de proteção
que dependem de informação de potencial;
(d) lógica de detecção de faltas em eventuais zonas mortas;
(e) lógica de detecção de faltas no trecho de LT que permanece energizado quando a chave isoladora da
LT estiver aberta e seus disjuntores fechados (stub bus protection) em terminais de LT conectados a
barramentos com arranjos do tipo disjuntor e meio ou anel;
(f) lógica de detecção de faltas que ocorram durante a energização da LT (switch onto fault); e

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(g) função de bloqueio das unidades de distância por oscilação de potência (68 OSB), de disparo por
oscilação de potência (68 OST) e de perda de sincronismo (78 OST), com as seguintes características:
(1) ajustes das unidades de impedância e dos temporizadores independentes;
(2) seleção do modo de disparo na entrada (trip on way in) ou na saída (trip on way out) da
característica de medição; e
(3) desbloqueio da função de bloqueio (68 OSB) para faltas assimétricas.
3.2.1.6. No caso da utilização da função diferencial (87L), os sistemas de proteção devem possuir as funções
e lógicas descritas no item 3.2.1.5. deste submódulo e sincronização de tempo.
3.2.1.7. Os sistemas de proteção principal e alternada devem ser capazes de detectar faltas entre fases e
entre fases e terra para 100% da extensão da LT protegida, sem retardo de tempo intencional, e possibilitar
efetiva proteção de retaguarda para a LT protegida e para o barramento remoto, mantida a coordenação
com as proteções dos componentes adjacentes.
3.2.1.8. Quando de defeitos sólidos e sem ocorrência de falha de disjuntor, o tempo total de eliminação de
faltas, que inclui o tempo de abertura dos disjuntores de todos os terminais da LT, não deve exceder a 100
ms.
3.2.1.9. Em LT conectada a barramento isolado a SF6, as proteções associadas ao compartimento de saída
da LT, quando provocarem disparo local, devem comandar o envio de transferência de disparo para o
terminal remoto (TDD mantido).
3.2.1.10. As proteções principal e alternada de todos os terminais da LT devem ter proteção para
sobretensões (59) nas três fases com elementos instantâneo e temporizado independentes.
3.2.1.10.1. Os elementos instantâneos devem operar somente para sobretensões que ocorram
simultaneamente nas três fases e os elementos temporizados devem operar para sobretensões sustentadas
em qualquer uma das três fases.
3.2.1.10.2. Os disparos dessas proteções devem ser realizados por relés auxiliares de alta velocidade, sem
atuação sobre relés de bloqueio, e devem efetuar transferência de disparo para o terminal remoto sem iniciar
o esquema de religamento automático da linha.
3.2.1.11. Todo desligamento tripolar em um terminal da LT provocado por atuação de proteção de alta
velocidade deve comandar o envio de sinal de transferência de disparo para abertura dos disjuntores dos
terminais remotos.
3.2.1.12. A lógica de transferência de disparo na recepção só deve iniciar o esquema de religamento
automático da LT para os casos em que esse sinal é proveniente das proteções da linha (zona 1 e esquemas
de teleproteção). Para os demais casos, o religamento não deve ser iniciado, bem como devem ser
discriminados os desligamentos para os quais é desejado o bloqueio de fechamento manual dos disjuntores
locais.

3.2.2. Esquemas de religamento automático

3.2.2.1. As LT devem ser dotadas de esquema para religamento automático tripolar e monopolar.
3.2.2.2. Os esquemas de religamento automático devem atender à seguinte filosofia:
(a) prover facilidades (por meio de chave seletora ou do sistema de controle) para colocação ou retirada
de serviço do religamento automático;

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(b) em subestações com arranjo de barramento do tipo anel, barra dupla com disjuntor duplo ou
disjuntor e meio, prever a possibilidade de religamento em quaisquer dos disjuntores associados à LT
e prover facilidades (por meio de chave seletora ou do sistema de controle) para a seleção do disjuntor
a religar;
(c) para as funções de religamento monopolar e tripolar, ter ajustes independentes para o tempo morto;
(d) uma vez iniciado um determinado ciclo de religamento, somente ser permitido um novo ciclo depois
de decorrido um tempo mínimo ajustável, que se inicia com a abertura do disjuntor;
(e) ser configurável para, opcionalmente, realizar o religamento automático apenas quando da
ocorrência de curtos-circuitos internos fase-terra;
(f) quanto ao ciclo de religamento, ser iniciado exclusivamente após a eliminação de faltas internas à LT
por proteções de alta velocidade ou instantâneas, não devendo, por exemplo, ser iniciado quando de
aberturas manuais dos disjuntores, operação de funções de retaguarda, faltas nos barramentos e
reatores de linha, atuações de proteções para falha de disjuntor, recepção constante de sinal de
transferência de disparo do terminal remoto, atuações de proteção de sobretensão e proteções de
disparo por perda de sincronismo; e
(g) ser prevista a possibilidade de seleção de qualquer um dos terminais da LT para religar primeiro
(terminal líder). Esse religamento deve ocorrer depois de transcorrido o tempo morto ajustado. O
outro terminal (terminal seguidor) deve religar com verificação de sincronismo. Para permitir a
seleção do terminal líder, ambos os terminais devem ser equipados com esquemas de religamento e
de verificação de sincronismo. O terminal líder deve religar somente se não houver tensão na LT. O
terminal seguidor deve religar somente depois da verificação de sincronismo, se houver nível de
tensão adequado na LT, ou seja, entre os limites mínimo e máximo permitidos.
3.2.2.3. No caso de utilização de religamento automático monopolar, deve-se atender, adicionalmente, às
seguintes condições:
(a) o desligamento e o religamento dos dois terminais da LT devem ser monopolares para faltas
monofásicas e tripolares para os demais tipos de falta. Caso não haja sucesso no ciclo de religamento,
o desligamento deve ser tripolar;
(b) durante o período de operação com fase aberta imposto pelo tempo morto do religamento
monopolar, qualquer ordem de disparo deve ser tripolar, sem religamento da LT;
(c) no caso de utilização de esquemas de teleproteção em sobrealcance, com funções direcionais de
sobrecorrente residual (ou de sequência negativa), deve ser previsto o bloqueio dessas funções
durante o período de operação com fase aberta; e
(d) os sistemas de proteção devem permitir a correta seleção das fases defeituosas para comandar o
desligamento do disjuntor de forma monopolar ou tripolar.

3.2.3. Função para verificação de sincronismo

3.2.3.1. A função para verificação de sincronismo deve permitir o ajuste do tempo total de religamento, cuja
contagem deve incluir os tempos de abertura do disjuntor e os tempos mortos típicos para as respectivas
classes de tensão. Além disso, deve possibilitar ajustes da diferença de tensão, defasagem angular, diferença
de frequência e permitir seleção das seguintes condições para fechamento do disjuntor:

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(a) barra viva - linha morta;
(b) barra morta - linha viva;
(c) barra viva - linha viva; e
(d) barra morta - linha morta.

3.2.4. Verificação de sincronismo manual

3.2.4.1. As instalações devem ser providas de dispositivo para a verificação das condições de sincronismo
para o fechamento manual de seus disjuntores.
3.2.4.2. No caso de ampliação ou modificação da instalação, devem ser instalados os transformadores de
instrumentos eventualmente necessários para a realização da função de sincronização.
3.2.4.3. O dispositivo de sincronização deve atender aos seguintes requisitos:
(a) permitir o fechamento do disjuntor, após verificar que a diferença entre as tensões (módulo e ângulo
de fase) e a diferença da frequência dos dois terminais estão dentro dos limites ajustados;
(b) permitir o fechamento do disjuntor nas condições em que um ou ambos os lados do disjuntor estejam
sem tensão – “barra viva-linha morta”, “barra morta-linha viva” ou “barra morta-linha morta”; e
(c) exteriorizar as grandezas de tensão de ambos os lados do disjuntor a sincronizar, a diferença de
ângulo de fase e o desvio de frequência entre seus terminais, bem como a indicação das condições de
sincronização, de forma a permitir a adoção de medidas operativas para atingir a condição de
sincronização.

3.3. Unidades transformadoras de potência

3.3.1. A proteção deve compreender o conjunto de relés e acessórios necessários e suficientes para a
eliminação de todos os tipos de faltas internas – para terra, entre fases ou entre espiras – em unidades
transformadoras de potência (transformadores de dois e três enrolamentos ou autotransformadores). Deve
prover também proteção de retaguarda para falhas externas e internas à sua zona de proteção.
3.3.2. Toda unidade transformadora de potência deve dispor dos seguintes sistemas de proteção
independentes:
(a) proteção principal e alternada, compostas de:
(1) função diferencial percentual (87) com atuação diferencial por fase, com as seguintes
características:
(i) número de circuitos de restrição igual ao número de TC da malha diferencial; e
(ii) restrição ou bloqueio de atuação para correntes de magnetização (inrush) e sobreexcitação;
(2) funções de sobrecorrente temporizada de fase (51) e residual (51 R) vinculadas a cada um dos
enrolamentos da unidade transformadora de potência;
(3) função de sobrecorrente temporizada de neutro (51 N) vinculada a cada ponto de aterramento da
unidade transformadora de potência; e
(4) função de sobretensão de sequência zero (59 G) vinculada ao enrolamento terciário ligado em
delta, para alarme de faltas à terra quando o terciário alimentar cargas locais na subestação; e

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(5) função diferencial de terra restrita (87 N) vinculada a cada ponto de aterramento da unidade
transformadora de potência; e
(b) proteção intrínseca, composta de:
(1) função para detecção de faltas internas que ocasionem formação de gás (63) ou aumento da
pressão interna (20), inclusive para o comutador;
(2) função de sobretemperatura do óleo (26) com dois níveis de atuação (advertência e urgência);
(3) função de sobretemperatura do enrolamento (49) com dois níveis de atuação (advertência e
urgência); e
(4) válvula de alívio.
3.3.3. Para curtos-circuitos sólidos, o tempo total de eliminação de faltas, que inclui o tempo de operação
do relé de proteção e dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores da unidade transformadora
de potência pelas proteções principal e alternada (funções sem retardo intencional), não deve exceder a 100
ms.
3.3.4. A função diferencial do sistema de proteção alternada (87A) deve ser conectada aos enrolamentos
dos TC do tipo pedestal localizados próximos aos disjuntores da unidade transformadora de potência, de
forma que haja superposição entre a proteção diferencial da unidade transformadora de potência com as
proteções diferenciais dos barramentos.
3.3.5. A função diferencial do sistema de proteção principal (87P) pode, opcionalmente, ser conectada aos
enrolamentos dos TC localizados nas buchas da unidade transformadora de potência. Nesse caso, deve ser
prevista uma proteção de alta velocidade para o trecho de conexão da unidade transformadora de potência,
entre o disjuntor e esses TC, para ser mantida uma proteção de alta velocidade para esse trecho em caso de
indisponibilidade da proteção diferencial 87A.
3.3.6. A atuação dos sistemas de proteção deve atender à seguinte filosofia:
(a) as proteções diferenciais devem comandar a abertura de todos os disjuntores associados à unidade
transformadora de potência através de relés auxiliares independentes para cada proteção (94P-
AT/94A-AT, 94P-MT/94A-MT e 94P-BT/94A-BT). Esses relés auxiliares podem ser os mesmos utilizados
pelas proteções de sobrecorrente;
(b) as proteções diferenciais devem atuar em relés de bloqueio 86 para bloqueio de fechamento de todos
os disjuntores associados à unidade transformadora de potência;
(c) as proteções de sobrecorrente de fase e residuais devem comandar a abertura apenas dos disjuntores
do respectivo enrolamento através de relés auxiliares de disparo independentes para cada proteção
(94P-AT/94A-AT, 94P-MT/94A-MT e 94P-BT/94A-BT), com exceção das proteções relacionadas ao
enrolamento terciário ligado em delta e proteções de sobrecorrente de neutro, que devem comandar
o desligamento de todos os disjuntores associados à unidade transformadora de potência;
(d) a função de detecção de gás (63), associada às proteções intrínsecas, deve comandar através de um
contato independente a abertura de todos os disjuntores associados à unidade transformadora de
potência, utilizando relé auxiliar de disparo independente (94PI) alimentado por fontes DC
redundantes;

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(e) os níveis de advertência e urgência das funções de sobretemperatura do óleo (26) e do enrolamento
(49) e a função para detecção de aumento da pressão interna (20), integrantes da proteção intrínseca
da unidade transformadora de potência, devem ser utilizados para indicação e alarme; e
(f) os níveis de urgência das funções de sobretemperatura do óleo (26) e do enrolamento (49),
integrantes da proteção intrínseca da unidade transformadora de potência, podem ser utilizados para
comandar a abertura de todos os disjuntores da unidade por meio de temporizadores independentes.

3.4. Reatores em derivação

3.4.1. A proteção deve compreender o conjunto de equipamentos e acessórios necessários e suficientes para
a eliminação de todos os tipos de faltas internas – para a terra, entre fases ou entre espiras – em reatores
monofásicos ou trifásicos, conectados em LT ou em barramento.
3.4.2. Todo reator deve dispor dos seguintes sistemas de proteção independentes:
(a) proteções principal e alternada, compostas de:
(1) função diferencial (87), para os bancos de reatores monofásicos e trifásicos que possuam TC de
bucha do lado de neutro, a qual:
(i) deve ser utilizada por fase, conectada aos TC de bucha do lado de alta e aos TC de bucha do
lado do neutro de cada reator; e
(ii) deve possuir restrição da atuação por correntes de inrush e sobreexcitação;
(2) função diferencial de terra restrita (87 R), a qual:
(i) no caso de bancos de reatores monofásicos e trifásicos que possuam TC de bucha do lado de
neutro, deve ser conectada ao circuito residual dos TC de bucha do lado de alta e ao circuito
residual dos TC de bucha do lado do neutro; e
(ii) no caso de reatores trifásicos que não possuam TC de bucha do lado de neutro, essa função
deve ser conectada ao circuito residual dos TC de bucha do lado de alta e ao TC do neutro;
(3) funções de sobrecorrente instantânea e temporizada de fase (50/51) e instantânea e temporizada
residual (50/51 R), conectadas aos TC do lado da LT ou do barramento, conforme o caso, do reator;
e
(4) função de sobrecorrente instantânea e temporizada residual (50/51 R), conectada ao circuito
residual dos TC de bucha do lado do neutro do reator, ou função de sobrecorrente instantânea e
temporizada de neutro (50/51 N), conectada no TC de neutro do reator.
(b) proteção intrínseca, composta de:
(1) função para detecção de faltas internas que ocasionem formação de gás (63) ou aumento da
pressão interna (20);
(2) função de sobretemperatura do óleo (26) com dois níveis de atuação (advertência e urgência); e
(3) função de sobretemperatura do enrolamento (49) com dois níveis de atuação (advertência e
urgência).
3.4.2.1. No caso de reatores de barra, podem ser utilizados os TC de pedestal para a conexão das proteções
diferenciais e sobrecorrente do reator. Quando da utilização dos TC de bucha do lado de alta, para a conexão

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destas proteções, devem ser previstas proteções redundantes e de alta velocidade para o trecho de conexão
do reator, entre o(s) disjuntor(es) e os TC de bucha de alta.
3.4.3. O tempo total de eliminação de faltas, que inclui o tempo de operação do relé de proteção e dos relés
auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores do reator, pelas proteções principal e alternada, não deve
exceder a 100 ms.
3.4.4. A atuação dos sistemas de proteção deve atender à seguinte filosofia:
(a) no caso de reatores manobráveis, as proteções diferenciais e a função para detecção de formação de
gás (63), devem comandar a abertura e o bloqueio dos disjuntores do reator;
(b) no caso de reatores diretamente conectados à LT, as proteções diferenciais e a função para detecção
de formação de gás (63), devem comandar a abertura e o bloqueio dos disjuntores locais e enviar
comando para abertura e bloqueio de fechamento dos disjuntores dos terminais remotos da LT
(transferência de disparo);
(c) os níveis de advertência e urgência das funções de sobretemperatura do óleo (26) e do enrolamento
(49) e a função para detecção de aumento da pressão interna (20), devem ser utilizados para indicação
e alarme; e
(d) os níveis de urgência das funções de sobretemperatura do óleo (26) e do enrolamento (49), podem
ser utilizados para comandar a abertura e o bloqueio de todos os disjuntores do reator, por meio de
temporizadores independentes.

3.5. Barramentos

3.5.1. O sistema de proteção de barramentos deve compreender o conjunto de relés e acessórios


necessários e suficientes para detectar e eliminar todos os tipos de faltas nas barras, com ou sem resistência
de falta.
3.5.2. Cada barramento da instalação, com exceção dos barramentos com arranjo em anel, deve ser
protegido localmente por dois sistemas de proteção independentes: principal e alternada.
3.5.3. Em subestação com qualquer tipo de arranjo de barramento, exceto barramento em anel, é permitida
a utilização de proteções de barra do tipo adaptativa que englobem os dois barramentos da instalação. Tais
proteções devem ser duplicadas.
3.5.4. O tempo total de eliminação de faltas, que inclui o tempo de operação da proteção do barramento e
dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores, não deve ser superior a 100 ms.
3.5.5. Os sistemas de proteção dos barramentos devem ter as seguintes funções e características:
(a) proteção com princípio diferencial (87), de baixa ou alta impedância, ou por comparação de fase,
para cada uma das três fases;
(b) conexão a núcleos independentes dos TC;
(c) imunidade para os diferentes níveis de saturação dos TC, com estabilidade para faltas externas e
sensibilidade para faltas internas;
(d) supervisão para os enrolamentos secundários dos TC dentro de sua zona de proteção, com bloqueio
de atuação e alarme para o caso de abertura de circuito secundário; e
(e) seletividade, para desligar apenas os disjuntores conectados à seção defeituosa do barramento.

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3.5.6. Os sistemas de proteção do barramento devem desligar e bloquear o fechamento de todos os
disjuntores do barramento protegido.
3.5.7. As proteções de novos vãos instalados em subestações existentes devem se adaptar à proteção do
barramento existente. Caso isso não seja possível, a proteção do barramento deve ser substituída.

3.6. Falha de disjuntor

3.6.1. Todo disjuntor da subestação deve ser protegido por dois esquemas redundantes para falha de
disjuntor, que podem estar integrados aos sistemas de proteção das diversas FT da subestação.
3.6.2. Os esquemas de proteção para falha de disjuntor podem ser integrados aos sistemas de proteção dos
barramentos da subestação.
3.6.3. O tempo total de eliminação de faltas pelos esquemas de falha de disjuntor, que inclui o tempo de
operação do relé de proteção e dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores, não deve exceder
a 250 ms.
3.6.4. Os sistemas de proteção para falha de disjuntor devem ter as seguintes funções:
(a) funções de detecção de corrente (50 BF) e temporização (62 BF); e
(b) função de bloqueio (86 BF).
3.6.5. A atuação dos sistemas de proteção deve atender à seguinte filosofia:
(a) ser acionado por todas as proteções que atuam no disjuntor protegido;
(b) promover novo comando de abertura no disjuntor protegido (retrip), antes da atuação do bloqueio;
e
(c) comandar, para a eliminação da falha, a abertura e o bloqueio de fechamento dos disjuntores
adjacentes ao disjuntor defeituoso, e comandar, se necessário, a transferência de disparo para os
disjuntores remotos.
3.6.6. Em unidades transformadoras de potência e reatores, devem ser previstas lógicas de paralelismo entre
os contatos representativos de estado dos disjuntores e os contatos das unidades de supervisão de corrente
(50 BF), de forma a viabilizar a atuação do esquema de falha de disjuntor para todos os tipos de defeitos
nesses equipamentos, inclusive nos que não são capazes de sensibilizar os relés de supervisão de corrente
dos referidos esquemas.
3.6.7. O sistema de proteção para falha de disjuntor não deve ser acionado por comando manual do disjuntor
nem por eventuais Sistemas Especiais de Proteção (SEP).

3.7. Bancos de capacitores em derivação

3.7.1. O sistema de proteção de banco de capacitores em derivação deve levar em consideração a potência,
o nível de tensão, a configuração do banco e as características das unidades capacitivas.
3.7.2. Os bancos de capacitores em derivação devem ser protegidos por dois sistemas de proteção
independentes: principal e alternada.
3.7.3. Os sistemas de proteção devem ter as seguintes funções e características:
(a) função de sobrecorrente instantânea e temporizada de fase (50/51) e residual (50/51 R), para a
eliminação de todos os tipos de falta no circuito entre o barramento e o banco de capacitores,
inclusive defeitos oriundos do estabelecimento de arco elétrico entre racks capacitivos.

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(b) função de sobretensão de fase (59) com dois níveis, um para alarme e outro para disparo, com faixa
de ajustes de 110% a 160% da tensão nominal e com temporizadores independentes;
(c) função de sobrecorrente (61 N) ou sobretensão residual (59 G) para detecção de desequilíbrios
decorrentes da queima de unidades capacitivas que possam provocar sobretensões danosas às
unidades remanescentes, com dois níveis, um para alarme e outro para disparo, e temporizadores
independentes. A função a ser utilizada (61 N ou 59 G) deve ser definida de acordo com o arranjo
físico do banco de capacitores;
(d) não deve atuar para faltas externas ao banco de capacitores; e
(e) ser imunes a transitórios oriundos de chaveamentos e à presença de harmônicos.
3.7.4. O tempo total de eliminação de faltas no circuito entre o barramento e o banco de capacitores em
derivação, que inclui o tempo de operação dos relés de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura
do disjuntor, não deve exceder a 100 ms.
3.7.5. A atuação dos sistemas de proteção deve atender à seguinte filosofia:
(a) as proteções de sobrecorrente de fase (50/51) e residual (50/51 R) devem comandar a abertura e o
bloqueio de todos os disjuntores do banco de capacitores em derivação;
(b) os níveis de atuação das funções de sobretensão de fase (59) e de detecção de desequilíbrios (61 N
ou 59 G) devem comandar a abertura e o bloqueio de todos os disjuntores do banco de capacitores
em derivação; e
(c) os níveis de alarme das funções de sobretensão de fase (59) e de detecção de desequilíbrios (61 N ou
59 G) devem ser utilizados para sinalização.

3.8. Bancos de capacitores série

3.8.1. Os bancos de capacitores série devem ser protegidos de acordo com a recomendação de seu
fabricante e da norma [4].

3.9. Filtros

3.9.1. Os filtros devem ser protegidos por dois sistemas de proteção independentes: principal e alternada.
3.9.2. No caso de utilização de bancos de filtros, o trecho entre o barramento principal e o barramento do
banco de filtros deve ser protegido por proteção instantânea.
3.9.3. O sistema de proteção de filtros deve operar para qualquer tipo de faltas em seu interior, inclusive
para queima de unidades capacitivas.
3.9.4. O tempo total de eliminação de faltas no trecho entre o barramento e o filtro, que inclui o tempo de
operação dos relés de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura do disjuntor, não deve exceder a
100 ms.
3.9.5. Os sistemas de proteção dos filtros devem ter as seguintes funções:
(a) contra perda de sintonia dos filtros;
(b) contra sobretensão nas unidades capacitivas remanescentes causada pela falha de um ou mais
elementos capacitivos associados (desbalanço);
(c) contra sobrecarga térmica e dielétrica nos elementos individuais dos filtros;

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(d) de sobrecarga;
(e) de sobrecorrente; e
(f) para faltas à terra.

3.10. Elos de corrente contínua

3.10.1. Faltas elétricas, falhas ou operações anormais que possam submeter os equipamentos do elo de
corrente contínua (elo CC) a danos devem ser detectadas por seus sistemas de proteção, e os equipamentos
com defeito, com falha ou sobrecarregados devem ser retirados de operação ou ter suas sobrecargas
controladas.
3.10.2. Todo elo CC deve dispor de dois sistemas de proteção idênticos e independentes: principal e
alternada.
3.10.3. A proteção do lado CC deve ser coordenada com as proteções do lado CA.
3.10.4. Os dois sistemas de proteção devem possuir facilidades que possibilitem a realização de testes
durante a operação normal do elo CC, sem afetar a transmissão de energia elétrica pelo elo CC.
3.10.5. Para os casos de polo formado por duas ou mais conversoras em série, as proteções da conversora
devem desligar apenas a conversora defeituosa e manter as demais em operação normal.
3.10.6. Em caso de falha total do sistema de telecomunicação entre estações conversoras, as proteções
devem garantir que a conversora ou o polo continue protegido contra falhas.
3.10.7. As proteções da estação conversora e as proteções entre estações conversoras devem ser
coordenadas para eliminação de defeito com o mínimo de desligamentos.
3.10.8. A proteção da linha de transmissão em corrente contínua (LT-CC) deve ser ativa apenas no terminal
retificador e permitir de 1 (um) até 4 (quatro) religamentos, sendo 3 (três) religamentos com tensão plena e
1 (um) religamento com tensão reduzida (70% da tensão nominal). Deve permitir qualquer combinação do
número de religamentos com tensão plena, isto é: 1 (uma) plena com 1 (uma) reduzida, 2 (duas) plenas com
1 (uma) reduzida, ou 3 (três) plenas com 1 (uma) reduzida. O último religamento deve ser efetivado sempre
com tensão reduzida. Essa proteção não deve operar para falha de comutação na inversora.

3.11. Compensadores estáticos

3.11.1. Faltas elétricas, falhas ou operações anormais que possam submeter os equipamentos do
compensador estático a danos devem ser detectadas por seus sistemas de proteção, e os equipamentos com
defeito, com falha ou sobrecarregados devem ser retirados de operação ou ter suas sobrecargas controladas.
3.11.2. O compensador estático deve dispor dos seguintes sistemas de proteção independentes:
(a) proteção principal e alternada; e
(b) proteção intrínseca.

4. SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES

4.1. Requisitos gerais

4.1.1. Para as instalações de transmissão, devem ser previstos Registradores Digitais de Perturbações (RDP)
com configuração de canais de entradas analógicas e entradas digitais suficientes para permitir o completo

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monitoramento e registro dessas instalações, de acordo com os requisitos descritos no item 4.3 deste
submódulo.
4.1.2. O sistema de registro de perturbações deve atender aos seguintes requisitos funcionais:
(a) ser implementado por equipamentos independentes dos demais sistemas de proteção ou supervisão
(stand alone);
(b) amostrar continuamente as grandezas analógicas e digitais supervisionadas, sendo que as amostras
mais antigas devem ser sucessivamente substituídas por amostras mais recentes (buffer circular);
(c) disparar o registro da perturbação por variações das grandezas analógicas e/ou digitais em quaisquer
dos canais supervisionados, de forma livremente configurável;
(d) transferir automaticamente os dados relativos à perturbação do buffer circular, quando houver
disparo para registro de uma perturbação, e arquivá-los na memória do próprio RDP, sendo que
durante a fase de armazenamento dos dados da perturbação, o RDP deve permanecer amostrando
as grandezas analógicas e digitais, de forma a não perder nenhum evento;
(e) interromper o registro de uma perturbação só depois de cessada a condição que ocasionou o disparo
e transcorrido o tempo de pós-falta ajustado, sendo que, se ocorrer nova perturbação antes de
encerrar o tempo de registro de uma perturbação, o RDP deve iniciar novo período de registro sem
levar em conta o tempo já transcorrido da perturbação anterior;
(f) registrar, para cada perturbação, no mínimo 160 ms de dados de pré-falta e ter tempo de pós-falta
ajustável entre 100 e 5000 ms;
(g) ter filtragem anti-aliasing e taxa de amostragem tal que permitam o registro nos canais analógicos de
componentes harmônicas até a 15ª ordem (frequência nominal de 60 Hz);
(h) registrar dia, mês, ano, hora, minuto, segundo e milissegundo de cada operação de registro;
(i) ter relógio de tempo interno sincronizado por meio de receptor de sinal de tempo do GPS, de forma
a manter o erro máximo da base de tempo inferior a 1 ms;
(j) ter tempo de atraso entre a atuação de qualquer canal digital e o registro do respectivo sinal não
superior a 2 ms;
(k) ter tempo de atraso da amostragem entre quaisquer canais analógicos não superior a 1 grau elétrico,
referido à frequência de 60 Hz;
(l) ter memória suficiente para armazenar dados referentes a, no mínimo, 30 perturbações com duração
de 5 s cada, para o caso de disparos consecutivos de registro de perturbação pelo RDP;
(m) ter porta de comunicação para a transferência dos registros de perturbação do RDP; e
(n) ser dotado de automonitoramento e autodiagnóstico contínuos.

4.2. Rede de coleta de registros de perturbação dos agentes

4.2.1. A arquitetura da rede de comunicação e o modo de transferência dos arquivos dos RDP para
concentradores locais ou concentrador central devem ser definidos pelo agente responsável pela instalação,
de forma a atender aos prazos e condições especificadas no Submódulo 7.10 – Implantação do sistema de
registro de perturbações.

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4.2.2. Se o sistema de coleta realizar a transferência automática dos registros, deve ser prevista uma opção
que permita a desativação do modo de transferência automática e a subsequente ativação de modo de
transferência seletiva.

4.3. Registro de perturbações

4.3.1. Terminais de linha de transmissão

4.3.1.1. As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:


(a) três correntes da LT (três fases ou duas fases e corrente residual); e
(b) três tensões da LT (três fases ou duas fases e tensão residual).
4.3.1.2. Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados pelos sistemas de proteção principal e
alternada:
(a) atuação de cada função de proteção que comanda disparo dos disjuntores;
(b) atuação de cada função de proteção associada aos esquemas de teleproteção;
(c) recepção e transmissão de sinal de transferência direta de disparo;
(d) recepção e transmissão de sinais de teleproteção;
(e) atuação de bloqueio por oscilação de potência;
(f) atuação de religamento automático;
(g) atuação do esquema de falha de disjuntor; e
(h) desligamento pela proteção de perda de sincronismo.
4.3.1.3. Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas;
(c) sobrecorrente residual;
(d) subtensão nas fases monitoradas; ou
(e) sobretensão residual.

4.3.2. Barramentos

4.3.2.1. Se houver TP instalados nos barramentos e estes forem utilizados por relés de proteção, devem ser
supervisionadas, por barramento, as grandezas analógicas correspondentes às três tensões do barramento
(três fases ou duas fases e tensão residual).
4.3.2.2. Devem ser supervisionados pelos sistemas de proteção principal e alternada os sinais digitais do
desligamento pela proteção diferencial.
4.3.2.3. Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) subtensão nas fases monitoradas; ou

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(c) sobretensão residual.

4.3.3. Unidades transformadoras de potência

4.3.3.1. As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:


(a) corrente das três fases para cada enrolamento da unidade transformadora de potência; e
(b) corrente de sequência zero para cada ponto de aterramento da unidade transformadora de potência.
4.3.3.2. Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados:
(a) atuação de cada função de proteção, das proteções principal e alternada, que comanda o disparo dos
disjuntores; e
(b) desligamento pelas proteções intrínsecas.
4.3.3.3. Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas; ou
(c) sobrecorrente residual.

4.3.4. Reatores em derivação

4.3.4.1. As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:


(a) correntes das três fases do reator; e
(b) corrente de sequência zero do reator.
4.3.4.2. Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados:
(a) atuação de cada função de proteção, das proteções principais e alternadas, que comanda o disparo
dos disjuntores; e
(b) desligamento pelas proteções intrínsecas.
4.3.4.3. Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas; ou
(c) sobrecorrente residual.

4.3.5. Bancos de capacitores em derivação

4.3.5.1. As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:


(a) corrente das três fases do banco de capacitores;
(b) tensão fase-neutro das três fases do banco de capacitores, caso não supervisionadas no barramento;
e
(c) corrente ou tensão de desequilíbrio do banco de capacitores.

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4.3.5.2. Para as proteções principal e alternada, devem ser supervisionados os sinais digitais
correspondentes à atuação de cada função de proteção que comanda o disparo dos disjuntores.
4.3.5.3. Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas;
(c) sobretensão nas fases monitoradas; ou
(d) sobretensão residual.

4.3.6. Bancos de capacitores série

4.3.6.1. As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:


(a) corrente das três fases dos capacitores ou do banco de capacitores;
(b) corrente do gap e do Metal Oxide Varistor (MOV); e
(c) corrente de descarga para plataforma.
4.3.6.2. Devem ser supervisionados os sinais digitais correspondentes à atuação das proteções do banco de
capacitores.
4.3.6.3. Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas;
(c) sobrecorrente no gap ou no MOV; ou
(d) sobrecorrente para plataforma.

4.3.7. Bancos de filtros

4.3.7.1. As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:


(a) corrente das três fases do banco de filtros; e
(b) corrente ou tensão de desequilíbrio do banco de filtros.
4.3.7.2. Devem ser supervisionados os sinais digitais correspondentes à atuação das proteções do banco de
filtros e de suas proteções intrínsecas.
4.3.7.3. Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas; ou
(c) sobretensão nas fases monitoradas.

4.3.8. Elos de corrente contínua

4.3.8.1. As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:


(a) corrente CC do polo, medida entre a linha e o reator de alisamento;

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(b) tensão CC do polo, medida entre a linha e o reator de alisamento;
(c) corrente CC no inversor;
(d) tensão CC no inversor;
(e) ângulo de disparo α (alfa) do retificador;
(f) ângulo de extinção Ɣ (gama) do inversor;
(g) corrente das três fases de cada enrolamento do transformador conversor;
(h) tensão das três fases de cada enrolamento do transformador conversor;
(i) tensão na linha do eletrodo do elo CC, em todos os pontos necessários; e
(j) corrente na linha do eletrodo do elo CC, em todos os pontos necessários.
4.3.8.2. Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados:
(a) falha de comutação;
(b) falta na linha CC;
(c) proteção do polo;
(d) bloqueio do polo;
(e) partida do polo; e
(f) di/dt.
4.3.8.3. Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas; ou
(c) subtensão nas fases monitoradas.

4.3.9. Compensadores estáticos

4.3.9.1. As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:


(a) corrente de fase dos equipamentos componentes do compensador estático, inclusive as correntes
residuais;
(b) tensões do barramento a ser controlado pelo compensador estático; e
(c) tensões do barramento de conexão do elemento do compensador estático controlado a tiristor.
4.3.9.2. Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados:
(a) atuação da proteção de quaisquer dos equipamentos componentes do compensador estático;
(b) atuação das funções de controle que comandam o desligamento de parte ou de todos os
equipamentos componentes do compensador estático; e
(c) atuação das funções de controle necessárias para análise de seu desempenho.
4.3.9.3. Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:

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(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas; ou
(c) subtensão ou sobretensão nas fases monitoradas.

5. SISTEMAS DE TELEPROTEÇÃO

5.1. Canais

5.1.1. A função teleproteção, que converte os sinais e mensagens das proteções em sinais e mensagens
compatíveis com os canais dos sistemas de telecomunicação e vice-versa, pode ser executada pelos
dispositivos de proteção, pelos equipamentos de telecomunicação ou ainda por equipamentos dedicados,
denominados equipamentos de teleproteção.
5.1.2. Funções de teleproteção integradas em equipamentos de telecomunicação devem ter interfaces
dedicadas e independentes. Por sua vez, os equipamentos que têm tais funções integradas devem ser
adequados para uso em instalações de transmissão de sistemas elétricos de potência, conforme o item 2.2.
deste submódulo.
5.1.3. Os canais para teleproteção devem:
(a) ser adequados ao esquema de teleproteção selecionado ou à quantidade de grandezas ou
informações a serem transferidas, no que concerne ao número de comandos, largura de banda, taxa
de transmissão, tempo de propagação, simetria e variação de tempo de propagação e integridade das
informações; e
(b) manter a confiabilidade e segurança de operação em situações de baixa relação sinal/ruído (canal
analógico) ou erro na taxa de transmissão (BER) acima do especificado.
5.1.4. Os equipamentos de teleproteção devem:
(a) ter facilidades para a simulação do funcionamento dos esquemas de teleproteção, ponta a ponta,
com o bloqueio simultâneo da saída de comando para a proteção, independentemente do meio de
comunicação utilizado, para que seja possível realizar verificações dos enlaces sem ser necessário
desligar a LT; e
(b) ter chaves de teste para permitir realizar intervenção nos equipamentos de proteção e de
telecomunicação sem ser necessário desligar a LT.
5.1.5. Se o equipamento de teleproteção for instalado em edificação distinta da dos equipamentos de
telecomunicação, a interligação entre ambos, independentemente da distância envolvida, deve ser efetuada
de forma a não comprometer a confiabilidade e a segurança da teleproteção.
5.1.6. Os canais de telecomunicação providos por sistema de onda portadora sobre linha de transmissão
(OPLAT) devem manter a confiabilidade e a segurança de operação em condições adversas de relação
sinal/ruído, sobretudo na ruptura ou curto-circuito para terra de uma das fases da LT utilizadas pelo sistema
OPLAT.
5.1.7. Os esquemas de teleproteção integrantes das proteções principal e alternada devem ser
implementados através de meios físicos totalmente independentes, de modo a evitar falhas de modo
comum.

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5.1.7.1. Se houver necessidade de utilização dos esquemas de teleproteção das LT para envio de sinal de
transferência de disparo para o terminal remoto, isso deve ser realizado através dos esquemas de
teleproteção das proteções principal e alternada da LT.
5.1.7.2. Se o esquema de transferência direta de disparo da proteção principal ou alternada utilizar sistema
OPLAT, devem ser previstos dois canais de telecomunicação para atendimento aos requisitos do item 5.1.8.
deste submódulo. Nesses casos, o outro sistema de teleproteção deve obrigatoriamente utilizar outro meio
físico para implementação, igualmente dotado de dois canais de comunicação.
5.1.8. Em condições normais, o disparo nos esquemas de transferência de disparo se dá pelo recebimento
dos comandos de disparo em ambos os canais. No caso de falha de um dos canais de telecomunicação, o
esquema deve permitir o disparo apenas com o recebimento do comando no canal íntegro (lógica
monocanal).

5.2. Esquemas de teleproteção para LT

5.2.1. Os esquemas de teleproteção para LT devem atender aos seguintes requisitos:


(a) não devem ser permissivos por subalcance;
(b) a unidade instantânea da proteção de sobrecorrente direcional residual (67 N) e/ou de sequência
negativa (67 Q) deve(m) atuar incorporada(s) ao esquema de teleproteção selecionado e utilizar canal
de teleproteção independente do canal utilizado para as proteções de distância;
(c) em esquemas de teleproteção permissivos por sobrealcance, devem ser utilizadas lógicas de bloqueio
temporário para evitar operação incorreta durante a eliminação sequencial de faltas em LT paralelas
(transient blocking); e
(d) os esquemas de teleproteção permissivos por sobrealcance devem ter lógicas para a devolução de
sinal permissivo (echo) e de disparo para proteção de terminais com fraca alimentação (weak infeed).
5.2.2. Os canais para teleproteção devem ser dedicados, específicos para proteção e não compartilhados
com outras aplicações.
5.2.3. Os esquemas de teleproteção devem ser redundantes para as proteções principal e alternada e utilizar
meios físicos de transmissão independentes, de tal forma que a indisponibilidade de uma via de
telecomunicação não comprometa a disponibilidade da outra via.
5.2.4. Os equipamentos dos sistemas de teleproteção devem observar o requisito do item 3.2.1.2. deste
submódulo.

6. REFERÊNCIAS

[1] ONS RE 3 200/2012 – FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DOS TRANSFORMADORES E


AUTOTRANSFORMADORES DA REDE DE OPERAÇÃO DO ONS
[2] ONS RE 3 109/2011 – FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE
OPERAÇÃO DO ONS
[3] ONS RE 3 220/2012 – FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE TENSÃO INFERIOR A 345 kV DA REDE DE
OPERAÇÃO DO ONS
[4] IEC, Series capacitors for power systems — Part 2 Protective equipment for series capacitor banks.
Standard IEC 143

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Submódulo 2.12
Requisitos mínimos de supervisão e
controle para a operação

Requisitos

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2022.10 Despacho ANEEL nº 2.852/2022 03/10/2022


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Requisitos mínimos de supervisão e controle
2.12 Requisitos 2022.10 03/10/2022
para a operação

ÍNDICE

1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 4

2. ASPECTOS GERAIS......................................................................................................................... 4

3. SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DO ONS ........................................................................... 4

3.1. Infraestrutura de supervisão e controle do ONS........................................................................... 4

3.2. Funções de supervisão e controle do ONS .................................................................................... 5

4. SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES ................................................................. 8

4.1. Geral............................................................................................................................................... 8

4.2. Interligação de dados .................................................................................................................... 9

4.3. Recursos de supervisão e controle dos agentes ......................................................................... 11

4.4. Recursos de supervisão e controle para instalações teleassistidas ............................................ 11

5. SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À REDE DE OPERAÇÃO ................. 12

5.1. Interligação de dados .................................................................................................................. 12

5.2. Informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico ................................................. 12

5.3. Informações e telecomandos requeridos para o CAG ................................................................ 15

5.4. Informações requeridas para o acompanhamento hidrológico ................................................. 16

5.5. Requisitos de qualidade da informação ...................................................................................... 16

Exatidão da medição.................................................................................................. 16

Idade do dado ............................................................................................................ 17

Banda morta e varredura de integridade .................................................................. 17

Demais requisitos de qualidade para informações necessárias ao CAG ................... 17

5.6. Parametrizações .......................................................................................................................... 17

6. SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À REDE DE OPERAÇÃO ....... 18

6.1. Informações requeridas para o sequenciamento de eventos..................................................... 18

6.2. Qualidade dos eventos ................................................................................................................ 26

7. SUPERVISÃO DE EQUIPAMENTOS DA REDE DE SUPERVISÃO E NÃO INTEGRANTES DA REDE DE


OPERAÇÃO ................................................................................................................................. 27

7.1. Interligação de dados .................................................................................................................. 27

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para a operação

7.2. Informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico ................................................. 27

7.3. Qualidade da informação ............................................................................................................ 29

Exatidão da medição.................................................................................................. 29

Idade do dado ............................................................................................................ 29

Banda morta e varredura de integridade .................................................................. 29

7.4. Parametrizações .......................................................................................................................... 29

8. SUPERVISÃO DE CENTRAL GERADORA COMPOSTA POR UNIDADES GERADORAS COM POTÊNCIA


NOMINAL IGUAL OU INFERIOR A 10 MW ..................................................................................... 29

8.1. Abrangência ................................................................................................................................. 29

8.2. Interligação de dados .................................................................................................................. 30

8.3. Informações requeridas para a supervisão das centrais geradoras ............................................ 30

8.4. Sequenciamento de eventos ....................................................................................................... 31

8.5. Qualidade da informação ............................................................................................................ 31

8.6. Parametrizações .......................................................................................................................... 32

9. SUPERVISÃO DE INSTALAÇÕES (SUBESTAÇÕES) COMPARTILHADAS DA REDE DE OPERAÇÃO ........ 32

10. DISPONIBILIDADE E QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ............................ 32

10.1. Geral.......... .................................................................................................................................. 32

10.2. Conceito de indisponibilidade de recursos de supervisão e controle ......................................... 33

10.3. Conceito de qualidade dos recursos de supervisão e controle ................................................... 33

10.4. Avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de supervisão e controle ................ 33

11. ATUALIZAÇÃO DAS BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DO ONS ........ 34

11.1. Cadastramento dos equipamentos ............................................................................................. 34

11.2. Teste de conectividade e testes ponto a ponto .......................................................................... 34

12. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 34

13. ANEXOS...................................................................................................................................... 35

ANEXO A.............................................................................................................................................. 36

ANEXO B .............................................................................................................................................. 38

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1. OBJETIVO

1.1. Estabelecer os requisitos de:


(a) recursos de supervisão e controle necessários à operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) que
os agentes responsáveis por equipamentos integrantes da Rede de Supervisão devem disponibilizar
ao Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS;
(b) supervisão de instalações compartilhadas; e
(c) supervisão e controle de instalações teleassistidas.

2. ASPECTOS GERAIS

2.1. Os termos gerais, necessários ao entendimento deste submódulo, estão definidos no Submódulo 1.2 –
Glossário dos Procedimentos de Rede, sendo que, neste submódulo:
(a) o termo controle é empregado para denotar ações de telecomando sobre dispositivos situados nas
instalações, emanadas de um centro de operação do ONS, sendo direcionadas, exclusivamente, para
fins de Controle Automático de Geração (CAG);
(b) os termos medição analógica e sinalização de estado são empregados para agregar requisitos relativos
à supervisão tradicional de sistemas elétricos;
(c) o termo sequenciamento de eventos é utilizado para descrever os requisitos necessários para que o
ONS possa, em tempo real, melhor avaliar a situação do SIN quando da ocorrência de eventos da
proteção e da supervisão;
(d) os termos dado e grandeza são utilizados para se referir indistintamente à medição analógica, à
sinalização de estado ou ao sequenciamento de eventos;
(e) o termo informação é utilizado para se referir a um conjunto de dados, podendo o conjunto ser
constituído de medições analógicas, sinalizações de estado etc.;
(f) o termo barramento é utilizado para denotar o conjunto de seções de barras de uma subestação, de
mesma tensão nominal, com seus suportes e acessórios, que permitem a conexão dos equipamentos.
2.2. Neste submódulo são denominados genericamente de agentes os responsáveis por equipamentos
integrantes das Redes de Operação e/ou de Supervisão, conforme conceituadas no Submódulo 2.1 –
Definição das redes do Sistema Interligado Nacional.

3. SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DO ONS

3.1. Infraestrutura de supervisão e controle do ONS

3.1.1. A infraestrutura de supervisão e controle do ONS, por estar baseada nos sistemas de supervisão e
controle dos centros de operação do ONS, tem sua estrutura espelhada na organização estabelecida pelo
ONS para os seus centros de operação.
3.1.2. A figura do Anexo A ilustra a organização da infraestrutura de supervisão e controle do ONS.
3.1.3. Com base no Anexo A, observa-se que:

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para a operação

(a) cada Centro de Operação do Sistema – COSR, pode ser atendido pelo Sistema de Supervisão e controle
(SSC) localizado nas suas próprias instalações ou pelo centro do ONS configurado como backup;
(b) cada SSC possui um Sistema de Aquisição de Dados Local (SAL) e um Sistema de Aquisição de Dados
Remoto (SAR);
(c) os agentes são responsáveis – com relação aos equipamentos na Rede de Supervisão – por fornecer
recursos de supervisão e controle para dois sistemas de aquisição de dados designados pelo ONS,
sendo um local (SAL) e outro remoto (SAR);
(d) o Concentrador de Dados (CD) consiste de qualquer sistema que concentre informações de mais de
uma instalação e pode ser um sistema de supervisão e controle de um centro de operação de um
agente;
(e) as Unidades Terminais Remotas (UTR) podem ser Sistema de Supervisão e Controle Local (SSCL), no
nível de instalações;
(f) as UTR ou os SSCL marcados na cor laranja pertencem a usinas que têm geradores sob CAG,
denotando a necessidade de interligação de dados direta com um centro de operação do ONS para
aquisição de dados e comando;
(g) as UTR ou os SSCL marcados na cor azul estão localizadas em instalações que interligam duas áreas
elétricas operadas por centros distintos do ONS, denotando a necessidade de interligação de dados
com pelo menos dois centros de operação do ONS para transmissão de dados de intercâmbio para o
CAG.
3.1.4. A transferência das informações ao ONS pode ser através de interligações ONS–CD ou ONS–UTR/SSCL,
cabendo ao agente a definição da arquitetura das interligações de dados, desde que respeitados os requisitos
estabelecidos neste submódulo.
3.1.5. A interligação de dados para fins do CAG deve ser feita via interligações diretas entre a UTR/SSCL e o
ONS, sendo aceito o compartilhamento destas interligações com as interligações utilizadas para atender aos
requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle, desde que atendidos todos os requisitos do item
4.2.3. (a) deste submódulo.
3.1.6. Como decorrência dos requisitos de qualidade e disponibilidade especificados na seção 10 deste
submódulo, somente pode existir um CD entre o equipamento de supervisão da instalação da Rede de
Operação (UTR ou SSCL) e o centro de operação do ONS.

3.2. Funções de supervisão e controle do ONS

3.2.1. Os recursos de supervisão e controle requeridos aos diversos agentes visam prover informações e
telecomando aos centros de operação do ONS de forma a viabilizar a execução, nesses centros de operação,
de uma série de funções, classificadas em funções básicas e funções complementares.
3.2.1.1. Funções básicas:
(a) Supervisão, Controle e Aquisição de Dados (SCADA – Supervisory Control and Data Acquisition):
(1) aquisição de dados, incluindo telemedições e variações de estado;
(2) tratamento dos dados primários;
(3) tratamento de atributos de qualidade dos dados;

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(4) cálculo de grandezas derivadas de telemedições e/ou variações de estado;


(5) verificação de limites e geração de alarmes;
(6) integralização de telemedições e de grandezas derivadas;
(7) registro de alarmes e eventos;
(8) sequenciamento de eventos (SOE – Sequence of Events);
(9) controle remoto de equipamentos para viabilizar o CAG;
(10) sincronismo de tempo;
(11) distribuição de dados.
(b) Monitoração e controle da geração:
(1) CAG convencional e/ou hierárquico - frequência e intercâmbio;
(2) monitoração e controle da reserva operativa;
(3) monitoração do desempenho do CAG;
(4) controle de erro de tempo.
(c) Análise de rede:
(1) Em regime permanente:
(i) tempo real: configurador de rede, estimador de estado, análise de contingência, fluxo de
potência e reprogramação corretiva;
(ii) modo estudo: configurador de rede, modelador de rede, fluxo de potência do operador, análise
de contingência e fluxo de potência ótimo e aprimoramento da segurança.
(d) Registro e visualização do histórico:
(1) Registro:
(i) estado do sistema elétrico;
(ii) estado do sistema de telemedição;
(iii) estado do sistema hidrológico;
(iv) programação da operação;
(v) violações, alarmes e desvios da programação.
(2) Visualização:
(i) de todas as amostragens de um item por intervalo de tempo;
(ii) de um conjunto de itens amostrados em um determinado instante.
(e) Integração com a programação, planejamento, pré-operação e pós-operação:
(1) alimentação do ambiente de tempo real com a programação;
(2) alimentação das funções de análise de redes (controle preventivo);

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(3) alimentação das funções de análise da qualidade da operação.


(f) Simulação para treinamento de operadores.
(g) Difusão de informações em tempo real aos agentes:
(1) Função que permite transferir informações de áreas elétricas externas a um agente, desde que
essas informações:
(i) se restrinjam, apenas, a informações de telemedição analógica e a informações de sinalização
de estado;
(ii) sejam obtidas pelos sistemas de supervisão e controle do ONS;
(iii) se restrinjam a informações relativas ao primeiro barramento após o barramento de fronteira
do agente com o agente vizinho (barra n+1), considerando que a supervisão da conexão entre
dois agentes será de responsabilidade dos agentes envolvidos sem a utilização dos recursos do
ONS;
(iv) se restrinjam a informações que venham a ser definidas num acordo ou contrato firmado com
os agentes responsáveis pelos equipamentos envolvidos, acordo este que autorize a difusão
das informações solicitadas.
(2) As telemedições são difundidas por varredura com período parametrizável, estabelecido em
função do carregamento dos sistemas de supervisão do ONS, sendo o período desta varredura
inicialmente definido com o valor de 30 (trinta) segundos e as sinalizações de estado são difundidas
por exceção com varredura de integridade mínima de 3 (três) horas.
(3) O período de varredura para a distribuição de dados poderá ser modificado em função do
carregamento dos sistemas de supervisão e controle do ONS e desde que as interligações de dados
providas pelo agente assim o permitam.
(4) Os períodos acima estipulados são parametrizáveis, devendo ser definidos em comum acordo
entre o agente e o ONS, devendo os sistemas suportar os valores especificados.
(5) Os dados disponíveis nos sistemas de supervisão e controle dos centros de operação do ONS são
distribuídos nas condições de qualidade e coerência em que esses dados são recebidos dos
agentes.
(6) O agente deve formalizar junto ao ONS seu interesse no recebimento desse tipo de informações,
definidas conforme estabelecido nos itens acima. Cabe ao ONS a análise e aprovação da
solicitação, mediante a avaliação do impacto nos sistemas de supervisão e controle e nos
procedimentos operacionais dos centros de operação envolvidos.
(7) Se o ONS aprovar a solicitação do agente, cabe ao agente interessado:
(i) fornecer e dimensionar as interligações de dados que se façam necessárias, implementá-las e
obter os acordos ou contratos com os agentes detentores das informações requeridas;
(ii) arcar com qualquer custo adicional que a difusão venha a impor ao ONS, tais como aumento
da capacidade computacional dos sistemas de supervisão e controle dos centros de operação
do ONS, implementação de protocolos de comunicação não padronizados etc.

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(8) Difusão de informações históricas aos agentes é a função que permite aos agentes obter dados
históricos do ONS a partir de informações que venham a ser classificadas como públicas, definidas
em comum acordo com o agente responsável pela aquisição do dado.
3.2.1.2. Funções complementares:
(a) Análise de rede:
(1) análise dinâmica de tensão;
(2) análise de transitórios.
(b) Tratamento de alarmes via sistemas especialistas.
(c) Recomposição via sistemas especialistas:
(1) conjunto de funções de aconselhamento ao operador para situações de distúrbios.

4. SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES

4.1. Geral

4.1.1. Todas as informações transferidas pelos agentes para o ONS, exceto quando houver orientações
explícitas do ONS em contrário, devem corresponder aos dados coletados nas instalações, que não devem
passar por qualquer processamento prévio, como:
(a) cálculos a partir de outras informações, exceção feita para os cálculos de conversão para valores de
engenharia;
(b) filtragens;
(c) substituições por resultados do estimador de estado; ou
(d) entradas manuais feitas pelo agente.
4.1.2. Todas as telemedições e sinalizações de estado, especificadas nas seções 5, 6, 7, 8 e 9 deste
submódulo, devem ter indicadores de qualidade do dado relativos à coleta do dado, descrevendo as
condições de supervisão local (dado fora de varredura, dado inválido etc.).
4.1.3. É responsabilidade do ONS definir o conjunto de protocolos de comunicação a ser adotado nas
interligações de dados, dentre os protocolos e seus perfis (opções disponíveis) padronizados e do agente
escolher um deles para suas interligações com o ONS, conforme rotina operacional referente aos protocolos
de comunicação com o sistema de supervisão e controle do ONS, no Submódulo 5.13 – Rotinas Operacionais.
Os protocolos implementados nas interligações existentes devem ser preservados.
4.1.4. É responsabilidade do ONS definir a abrangência da supervisão para usinas integrantes de um
conjunto, classificadas na modalidade de operação Tipo II-C conforme definido no Submódulo 7.2 –
Classificação da modalidade de operação de usinas. A supervisão desse conjunto de usinas não deve,
necessariamente, observar as usinas de forma individual, podendo se restringir às seguintes informações nos
pontos de conexão julgados relevantes pelo ONS:
(a) potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar; e
(b) sinalização de estado referente aos disjuntores e chaves.

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4.1.5. É responsabilidade do ONS definir a abrangência da supervisão para centrais geradoras classificadas
na modalidade Tipo II-A, que pode se restringir às seguintes informações:
(a) potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar de cada gerador;
(b) sinalização de estado referente aos disjuntores e chaves utilizados na conexão das unidades
geradoras.
4.1.6. É responsabilidade do ONS definir a abrangência da supervisão para centrais geradoras classificadas
na modalidade Tipo II-B, que pode se restringir às seguintes informações:
(a) potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar, no ponto de conexão da central geradora ao SIN;
(b) sinalização de estado referente aos disjuntores e chaves, no ponto de conexão da central geradora ao
SIN.
4.1.7. Os CD, se utilizados, devem ser capazes de identificar o estado operacional de todos os sistemas
hierárquica e diretamente a ele subordinados e de transferir essas informações para o ONS.
4.1.8. Os centros de operação do ONS identificam o estado operacional das UTR/SSCL e dos CD diretamente
a eles conectados a partir das trocas de informações nas correspondentes interligações de dados. Esse estado
é modelado como sinalização de estado nas bases de dados de seus sistemas de supervisão e controle.
4.1.9. Os SSCL ou as UTR de cada instalação associados aos equipamentos integrantes da Rede de Operação
devem:
(a) ter seus relógios internos ajustados com exatidão melhor ou igual a 1 (um) milissegundo, com
sincronismo por GPS (Global Positioning System);
(b) ter tempo máximo de reinicialização de 5 (cinco) minutos;
(c) ser dimensionados para não perder eventos da SOE. Se ocorrer uma avalanche de eventos, todos os
eventos devem ser transferidos para o ONS em até 5 (cinco) minutos.
4.1.10. No caso de centrais geradoras associadas ou de centrais geradoras híbridas que possuam medição
individualizada por tecnologia de geração, devem ser enviadas ao ONS as medições de potência ativa e
reativa trifásica por tecnologia de geração e devem ser atendidos os requisitos estabelecidos para centrais
geradoras das tecnologias envolvidas na composição da usina híbrida ou associada.
4.1.11. No caso de centrais geradoras híbridas que não possuam medição individualizada por tecnologia de
geração, devem ser enviadas ao ONS as medições de potência ativa e reativa trifásica e devem ser atendidos
os requisitos estabelecidos para centrais geradoras das tecnologias envolvidas na composição da usina
híbrida.

4.2. Interligação de dados

4.2.1. Considera-se como interligação de dados o conjunto de equipamentos e sistemas que se interponham
entre o ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo e o centro de operação designado
pelo ONS.
4.2.1.1. Esse conjunto pode abranger, entre outros, os seguintes equipamentos:
(a) SSCL ou UTR em usinas ou subestações;
(b) CD, que podem ser sistemas de supervisão e controle de um agente;

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(c) enlaces de dados, ponto a ponto ou via redes tipo WAN (Wide Area Network), entre as interligações
ONS–CD ou ONS–UTR/SSCL;
(d) equipamentos de interfaceamento com comunicações (modems, roteadores ou equivalentes) no
centro de operação designado pelo ONS.
4.2.2. As interligações de dados entre os centros de operação do ONS e as diversas instalações a serem
supervisionadas pelo ONS são definidas pelos agentes e apresentadas ao ONS, devendo estar em
conformidade com os requisitos de supervisão e controle apresentados neste submódulo.
4.2.3. São exigidos requisitos diferentes para diferentes tipos de recursos de supervisão e controle, o que
pode levar à necessidade de uso de interligações com características distintas, como descrito a seguir.
(a) Interligações para atender aos requisitos do CAG:
(1) Estas interligações apresentam as seguintes peculiaridades:
(i) estão restritas às instalações necessárias à operação do CAG, normalmente usinas e
subestações que interligam áreas de controle distintas;
(ii) cada interligação transporta um conjunto de dados relativamente pequeno, com uma ordem
de grandeza que varia de uma unidade a algumas dezenas;
(iii) devem ser configuradas como uma ligação direta entre os centros de operação do ONS e as
UTR/SSCL das instalações;
(iv) exigem taxas de transferências de dados relativamente altas, com períodos de aquisição de no
máximo 2 (dois) segundos;
(v) em virtude de suas características, podem requerer equipamentos especiais nas instalações
para a recepção de telecomandos e a aquisição e transferência das informações para o ONS; e
(vi) podem ser compartilhadas com as interligações utilizadas para atender aos requisitos das
funções tradicionais de supervisão e controle, desde que atendidos todos os requisitos de CAG.
(b) Interligações para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle:
(1) São as interligações comumente utilizadas para a aquisição de dados eletro-energéticos pelos
sistemas de supervisão e controle, que se caracterizem por:
(i) cobrirem todas as instalações (usinas e subestações) sob responsabilidade de um determinado
centro de operação do ONS;
(ii) transportarem informações com períodos de aquisição que variam de poucos segundos a vários
minutos e, em alguns casos, ações de controle;
(iii) abrangerem um grande volume de dados; e
(iv) conectarem as UTR/SSCL das instalações, CD ou centros de operação do agente aos centros de
operação do ONS.
(c) As interligações para atender à SOE caracterizam-se por transportar as informações de sequência de
eventos coletadas nas instalações e que devem ser transferidas aos centros de operação do ONS, em
tempo real, pela mesma interligação de dados utilizada para atender aos requisitos de supervisão e
controle (conforme item 4.2.3. (b) deste submódulo). Para as informações definidas para trafegarem

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nesse tipo de interligação (SOE), é vetada a passagem por qualquer tipo de processamento, como
filtragem ou cálculos, que não preserve o selo de tempo original.
(d) Além dessas interligações, existem interligações onde trafegam informações com alta taxa de
aquisição utilizadas pelo ONS para a detecção de ilhamento. As informações transferidas se
constituem em medições de frequência, em Hz, em barramentos selecionados da Rede Básica. Para
essas interligações, o agente se responsabiliza pela disponibilização da medição na instalação. Um
acordo entre o agente e o ONS, estabelecido caso a caso, define a forma e os recursos que serão
utilizados para a transferência das informações ao ONS.

4.3. Recursos de supervisão e controle dos agentes

4.3.1. Entende-se como recurso de supervisão e controle dos agentes o conjunto formado por:
(a) ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo, ou seja, transdutores, relés de
interposição, reguladores de velocidade/potência, e outros equipamentos;
(b) interligação de dados, ou seja, o conjunto de equipamentos e sistemas que se interponham entre o
ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo e os computadores de
comunicação do centro de operação do ONS.
4.3.2. Os agentes responsáveis por equipamentos enquadrados em algum item deste submódulo devem
fornecer os recursos necessários para atender os requisitos de supervisão e controle exigidos pelo ONS,
incluindo as interligações de dados.
4.3.3. Para a entrada em operação de novos empreendimentos, é necessário que sejam atendidos todos os
requisitos definidos neste submódulo e os recursos devem estar completamente testados e prontos para
operar junto com os demais equipamentos do empreendimento.
4.3.4. Os SSCL ou UTR devem atender aos requisitos de supervisão e controle exigidos pelo ONS,
apresentados neste submódulo.
4.3.5. Os sistemas de transmissão de dados utilizados nas interligações de dados devem atender aos
requisitos descritos no Submódulo 2.15 – Requisitos mínimos para telecomunicações.

4.4. Recursos de supervisão e controle para instalações teleassistidas

4.4.1. As instalações estratégicas, classificadas de acordo com os critérios definidos no Submódulo 2.2 –
Definição das instalações estratégicas, pertencentes à Rede de Operação e desprovidas de assistência local
ininterrupta devem possuir recursos adicionais aos estabelecidos no item 4.3 deste submódulo de forma a
garantir redundância nos equipamentos e sistemas na interligação das unidades de aquisição de dados de
supervisão e controle das instalações e o centro de operação remoto responsável pela operação dessas
instalações.
4.4.1.1. A redundância adicional requerida não inclui a UTR ou equivalente, restringindo-se aos
equipamentos e sistemas de interligação que estejam localizados a partir dela até o centro de operação que
realiza a teleassistência.
4.4.1.2. A redundância requerida é obtida a partir da utilização de mais de um equipamento operando
simultaneamente ou da utilização de equipamentos que possuem redundância intrínseca, ou seja, que
possuem estrutura interna redundante, incluindo duas fontes de alimentação.

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para a operação

5. SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À REDE DE OPERAÇÃO

5.1. Interligação de dados

5.1.1. Devem ser disponibilizados os recursos necessários para atender às seguintes interligações de dados,
como conceituado no item 4.2 deste submódulo:
(a) interligações para atender aos requisitos do CAG;
(b) interligações para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle.

5.2. Informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico

5.2.1. Para cada equipamento da Rede de Operação, as seguintes informações de grandezas analógicas e de
sinalizações de estado devem ser transferidas para o sistema de supervisão e controle dos centros de
operação designados pelo ONS:
5.2.1.1. Medições analógicas
(a) Todas as medições devem ser feitas de forma individualizada e transferidas periodicamente aos
centros de operação.
(b) O período de transferência deve ser parametrizável por centro de operação do ONS, devendo os
sistemas serem projetados para suportar períodos de aquisição de 4 (quatro) segundos e, em alguns
casos, de 6 (seis) segundos, períodos esses definidos de comum acordo entre o agente e o ONS.
(c) As seguintes informações devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação do ONS:
(1) magnitude da tensão fase-fase, que pode ser obtida pela medição fase-fase ou por cálculo a partir
de medição fase-neutro, em kV, entre quaisquer duas das três fases, de cada secção de barramento
da subestação que possa formar um nó elétrico, exceto no caso de arranjo de barramento em anel;
(2) no caso de arranjo de barramento em anel, magnitude da tensão fase-fase, que pode ser obtida
pela medição fase-fase ou por cálculo a partir de medição fase-neutro, em kV, entre quaisquer
duas das três fases, nos terminais de cada equipamento conectado ao barramento da subestação
(linha de transmissão, transformador etc.);
(3) magnitude da tensão fase-fase, que pode ser obtida pela medição fase-fase ou por cálculo a partir
de medição fase-neutro, em kV, entre quaisquer duas das três fases, no ponto de conexão à Linha
de Transmissão (LT) dos equipamentos de compensação série, quando houver esse equipamento;
(4) magnitude da tensão fase-fase, que pode ser obtida pela medição fase-fase ou por cálculo a partir
de medição fase-neutro, em kV, entre quaisquer duas das três fases, de cada unidade geradora
(lado de baixa do transformador elevador);
(5) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nos terminais de todas as LT;
(6) corrente em uma das três fases, em A, nos terminais de todas as LT;
(7) magnitude da tensão fase-fase, que pode ser medida ou ter sido obtida a partir de medição fase-
neutro, em kV, entre quaisquer duas das três fases, de cada terminal de LT;

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(8) no caso de LT curtas (até 3 km de extensão) entre a casa de força da usina e a subestação, potência
trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, e corrente em uma das três fases, em A, nos terminais
conectados à subestação;
(9) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, e corrente em uma das três fases, em A, de
todos os enrolamentos dos transformadores;
(10) no caso de transformadores elevadores de unidades geradoras, potência trifásica ativa, em MW,
e reativa, em Mvar, e corrente em uma das três fases, em A, do lado de alta tensão do
transformador;
(11) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, por gerador;
(12) potência trifásica reativa, em Mvar, de todos equipamentos de compensação reativa dinâmicos,
tais como compensadores síncronos e compensadores estáticos controláveis;
(13) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nas derivações eventualmente existentes
entre o gerador e o transformador elevador que alimente cargas segundo o seguinte critério:
(i) para geradores com potência nominal ≤ 30 MW: medição necessária se as derivações
consumirem, no total, mais de 3% da potência nominal do gerador;
(ii) para geradores com potência nominal entre 30 MW e 200 MW: medição necessária se as
derivações consumirem, no total, mais de 2% da potência nominal do gerador;
(iii) para geradores com potência nominal ≥ 200 MW: medição necessária se as derivações
consumirem, no total, mais de 1% da potência nominal do gerador.
(14) posição de tape de transformadores equipados com comutadores sob carga;
(15) magnitude da tensão fase-fase, em kV, entre quaisquer duas das três fases, para os
transformadores, excetuando-se aqueles na fronteira da Rede de Operação. Esta medição deve
ser no lado ligado à barra de menor potência de curto-circuito, geralmente o de menor tensão,
caso o ONS não explicite que seja no outro lado do transformador.
(d) As seguintes informações analógicas, específicas para sistemas de transmissão de corrente contínua
(CC), devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação do ONS:
(1) corrente CC por polo, em A;
(2) tensão CC por conversor e tensão CC por polo (tanto no retificador como no inversor), ambos em
kV;
(3) potência CC por polo (tanto no retificador como no inversor), em MW;
(4) corrente nos eletrodos de terra por bipolo, em A;
(5) tensão harmônica nos filtros, em mV;
(6) limites de potência em vigência por conversor (função de temperatura, umidade etc.), em MW.
(7) ângulo de disparo no lado conversor por polo, em graus;
(8) tempo restante de operação em sobrecarga por polo, em minutos;

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para a operação

(9) capacidade adicional de transmissão por condições climáticas favoráveis (low ambient) por polo,
em MW.
5.2.1.2. Sinalização de estado, referente:
(a) a todos os disjuntores e chaves utilizados nos barramentos e nas conexões de equipamentos da Rede
de Operação, exceto a chave de terra. Esse requisito é aplicável tanto a sistemas de geração e
transmissão em corrente alternada quanto a sistemas de transmissão em corrente contínua (incluindo
filtros), sendo que, para os disjuntores, é necessário que a sinalização seja acompanhada do selo de
tempo;
(b) ao estado operacional de unidades geradoras, incluindo:
(1) parada ou não-sincronizada;
(2) sincronizada, operando como gerador;
(3) sincronizada, operando em vazio;
(4) sincronizada, operando como síncrono;
(5) sincronizada, operando através do regulador de velocidade ou de potência (informação necessária
apenas para unidades geradoras indicadas pelo ONS).
(c) ao estado operacional e alarmes dos equipamentos utilizados nos Sistemas Especiais de Proteção
(SEP). Se esses sistemas tiverem atuações em instalações fora da Rede de Operação, devem ser
buscadas alternativas de monitoração, definidas de comum acordo entre o ONS e o agente;
(d) ao estado operacional de dispositivos de controle de FACTS (Flexible AC Transmission Systems), tais
como os power oscillation dampers das compensações série de LT;
(e) ao estado dos comutadores sob carga (em automático/manual/remoto);
(f) aos alarmes de temperatura de rotor e estator de compensadores síncronos e geradores, por
severidade (advertência e/ou urgência) e agrupados por fase;
(g) aos alarmes de temperatura de enrolamento e óleo de transformadores e reatores, por severidade
(advertência e/ou urgência) e agrupados por fase;
(h) ao estado operacional de UTR e SSCL diretamente subordinados a CD (detalhes sobre a identificação
do estado operacional deste tipo de equipamento são apresentados na sessão 4 deste submódulo);
(i) às seguintes indicações de estado com selo de tempo, específicas de sistemas de transmissão CC:
(1) modo de controle da potência por polo: síncrono ou assíncrono (potência ou corrente);
(2) estados relativos ao controle de sequência: partida e parada dos conversores (conjunto ou
separado);
(3) condição dos conversores (bloqueados/disponíveis);
(4) estado dos sinais adicionais existentes tais como frequência 60, estabilização 50 etc.:
ligados/desligados;
(5) estado de operação em HMC (alto consumo de reativo) por polo;
(6) estado de operação por polo: tensão normal ou tensão reduzida;

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para a operação

(7) estado da operação do elo em paralleling control (paralelismo de polos);


(8) estação mestre (retificadora ou inversora);
(9) rampa interrompida.
(j) aos seguintes alarmes, específicos de sistemas de transmissão de CC:
(1) alarme de detecção de baixa tensão de corrente alternada (CA);
(2) sobrecarga harmônica;
(3) alarme de número de filtros menor que mínimo (função da potência e número de conversores por
tipo de filtro (ordem harmônico).
5.2.1.3. Ainda com relação à sinalização de estado, devem-se observar os seguintes requisitos:
(a) todas as sinalizações devem ser reportadas por exceção;
(b) o sistema de supervisão e controle da instalação ou a UTR ou o CD, se utilizado, deve estar apto a
responder a varreduras de integridade feitas pelo ONS, que podem ser periódicas, com período
parametrizável, tipicamente a cada 1 (uma) hora, sob demanda ou por evento, como, por exemplo,
uma reinicialização dos recursos de supervisão e controle do ONS;
(c) os SSCL ou as UTR de cada instalação devem ser capazes de armazenar o selo de tempo das
sinalizações com exatidão melhor ou igual a 1 (um) milissegundo, utilizando o relógio interno do
sistema que deve ter a exatidão especificada no item 4.1.9. deste submódulo;
(d) o selo de tempo de todas as medições e sinalizações deve estar no padrão UTC (Universal Time
Coordinated).

5.3. Informações e telecomandos requeridos para o CAG

5.3.1. As informações de tempo real necessárias ao CAG devem ser enviadas:


(a) ao centro de operação do ONS que controla o CAG da área a que pertence a instalação, normalmente
o centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da instalação;
(b) aos centros de operação do ONS responsáveis pelo controle do CAG das áreas adjacentes à área do
centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da instalação; e
(c) aos centros de operação do ONS passíveis de assumir o CAG da área sob responsabilidade do centro
de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da instalação.
5.3.1.1. Em conformidade com o Submódulo 5.3 – Controle da geração, o SIN está dividido em áreas de
controle de frequência e intercâmbio. Essas áreas são as redes de atuação dos centros de operação do ONS.
5.3.1.2. A figura do Anexo B apresenta uma representação simplificada do fluxo de informações do CAG para
os centros de operação do ONS.
5.3.2. As seguintes informações utilizadas pelo CAG devem ser coletadas e transmitidas para o centro de
operação do ONS que controla o CAG:
(a) frequência, em Hz, em barramentos designados pelo ONS [1];
(b) potência ativa trifásica, em MW, gerada pelas unidades geradoras passíveis de estar sob controle;

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para a operação

(c) potência ativa trifásica, em MW, em todos os pontos de interligação com outras áreas de controle,
que pode ser totalizada por instalação e por área;
(d) modo de operação das unidades geradoras passíveis de estar no CAG: (local/telecomandada);
(e) estado operacional dos controladores, para as usinas com controle conjunto.
5.3.3. Devem ser coletadas nas instalações de interligação e transmitidas para o centro de operação do ONS
controlador das áreas adjacentes a potência ativa trifásica, em MW, em todos os pontos de interligação com
outras áreas de controle, que pode ser totalizada por instalação e por área.
5.3.4. Para viabilizar as transferências de área de controle do CAG, o ONS identifica, nas áreas de controle
do CAG [1], instalações em que a potência ativa trifásica, em MW, nos pontos de interligação indicados pelo
ONS, podendo ser totalizada por instalação e por área, devem ser coletadas e transmitidas para um ou mais
centros de operação do ONS passíveis de assumir uma determinada área de controle.
5.3.5. As usinas com unidades geradoras sob controle do CAG devem ser capazes de receber telecomandos
do centro de operação do ONS responsável pelo CAG da área, de acordo com um padrão combinado entre o
agente e o ONS, respeitando os protocolos definidos na rotina operacional relativa a protocolos de
comunicação com o sistema de supervisão e controle do ONS (Submódulo 5.13).

5.4. Informações requeridas para o acompanhamento hidrológico

5.4.1. Para cada reservatório da rede supervisionada, com ou sem usina, bem como para cada usina a fio
d’água ou locais de interesse identificado, devem ser obtidos e transmitidos para o centro de operação do
ONS controlador da área os seguintes dados:
(a) nível a montante do local (nível do reservatório), em m;
(b) nível a jusante (canal de fuga), em m;
(c) vazão turbinada (dado calculado na origem) em m³/s;
(d) vazão vertida (dado calculado na origem) em m³/s;
(e) vazão de outras estruturas (dado calculado na origem): vazão restituída ao rio a jusante do
aproveitamento através de eclusas, escadas de peixes e descarga de fundo, essa última quando
utilizada com objetivo diferente de controle de níveis e cheias em m³/s;
(f) vazão transferida (dado calculado na origem): eventuais transferências de água para outros
reservatórios, por meio de canal, túnel ou estação de bombeamento, em m³/s;
(g) vazão afluente (dado calculado na origem), em m³/s.
5.4.2. Em caso de indisponibilidade ou má qualidade dos dados enviados automaticamente ao Sistema de
Supervisão do ONS, o agente deve informar imediatamente o ONS e inserir manualmente, de forma
provisória, o valor do dado em falha, com a taxa de atualização e período de integralização definidos pelo
ONS. A inserção da informação de modo manual não descaracteriza a indisponibilidade do dado para efeito
de apuração, conforme previsto item 10.2.1. (e) deste submódulo.

5.5. Requisitos de qualidade da informação

Exatidão da medição

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para a operação

5.5.1.1. Todas as medições de tensão devem ser efetuadas por equipamentos cuja classe garanta exatidão
mínima de 1%. As medições das demais grandezas analógicas devem garantir exatidão mínima de 2%, que
deve englobar toda a cadeia de equipamentos utilizados, tais como transformadores de corrente, de tensão,
transdutores, conversores analógico/digital etc.

Idade do dado

5.5.2.1. Define-se como idade máxima do dado o tempo máximo decorrido entre o instante de ocorrência
de seu valor na instalação (processo) e sua recepção nos centros de operação designados pelo ONS.
5.5.2.2. O tempo necessário para a chegada de um dado aos centros de operação designados pelo ONS inclui
o tempo de aquisição do dado na instalação, processamento da grandeza e transmissão desse dado através
dos enlaces de comunicação até os centros.
5.5.2.3. A idade máxima de um dado analógico coletado para o CAG deve ser inferior à soma do tempo de
varredura adotado pelo ONS para aquisição de dado adicionado de:
(a) 2 (dois) segundos em média;
(b) 5 (cinco) segundos no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média de 2 (dois)
segundos.
5.5.2.4. A idade máxima para os demais dados analógicos deve ser inferior à soma do tempo de varredura
adotado pelo ONS para aquisição de dado adicionado de:
(a) 4 (quatro) segundos em média;
(b) 10 (dez) segundos no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média de 4 (quatro)
segundos.
5.5.2.5. A idade máxima de um dado coletado por exceção deve ser inferior a 8 (oito) segundos.

Banda morta e varredura de integridade

5.5.3.1. Os protocolos que transmitem medições analógicas por exceção devem ter uma banda morta e
varredura de integridade definidas de comum acordo entre o ONS e o agente. As definições obtidas nestes
acordos não devem prejudicar a exatidão das medidas, conforme definido no item 5.5.1 deste submódulo.
5.5.3.2. Enquanto um acordo formal não for firmado entre o ONS e o agente, a UTR e/ou SSCL devem ser
configurados com um valor inicial de banda morta de 0,1% do fundo de escala ou do último valor lido e
devem suportar varreduras de integridade com períodos menores ou iguais a 30 (trinta) minutos.

Demais requisitos de qualidade para informações necessárias ao CAG

5.5.4.1. O período de aquisição dessas grandezas pelos centros de operação do ONS deve estar de acordo
com os padrões exigidos pelos sistemas de CAG dos centros de operação designados pelo ONS e deve ser de
no máximo 2 (dois) segundos.
5.5.4.2. Todas as medições devem ser obtidas da mesma fonte, de tal forma que se garanta que todos os
sistemas as recebam exatamente iguais, mesmo que transmitidas para diferentes centros de operação do
ONS e em diferentes enlaces e protocolos.

5.6. Parametrizações

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5.6.1. Todos os períodos de aquisição acima especificados devem ser parametrizáveis, e os valores
apresentados se constituem em níveis mínimos.

6. SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À REDE DE OPERAÇÃO

6.1. Informações requeridas para o sequenciamento de eventos

6.1.1. Para o equipamento que dispuser das proteções listadas nos itens 6.1.1.1. a 6.1.1.12. deste
submódulo, as respectivas informações devem ser coletadas pelo agente responsável pelo equipamento e
transferidas para o ONS conforme a classificação do evento nos seguintes grupos:
(a) Tipo “A”: compreende os eventos que devem ser enviados diretamente para o ONS, em tempo real,
através das mesmas interligações de dados utilizadas para atender aos requisitos de supervisão e
controle, conforme conceituação feita no item 4.2 deste submódulo;
(b) Tipo “B”: compreende os eventos que devem ser enviados de forma agrupada para o ONS, em tempo
real, através das mesmas interligações de dados utilizadas para atender aos requisitos de supervisão
e controle, conforme conceituação feita no item 4.2 deste submódulo. Os eventos disponíveis na
instalação do agente na forma individualizada devem ser enviados para o ONS, por meio eletrônico,
em prazo de 24 (vinte e quatro) horas da solicitação do ONS;
(c) Tipo “C”: compreende os eventos que devem estar disponíveis na instalação do agente e ser enviados
para o ONS, por meio eletrônico, em prazo de 24 (vinte e quatro) horas da solicitação do ONS. Esses
eventos, relacionados a proteções, sejam elas de equipamentos ou sistêmicas (SEP, ERAC etc.), devem
fazer parte de um conjunto de sinais, selecionado pelos agentes, que permita o entendimento do
comportamento da proteção frente a perturbações, bem como informe seu estado funcional, tais
como os listados abaixo. Esses sinais devem ter o detalhamento adequado com a indicação, inclusive,
das fases relacionadas, do estágio correspondente etc.
(1) Partida das unidades sensoras (seleção de fases, distância, sobrecorrente, diferencial etc.);
(2) Função(ões) que comandam disparo;
(3) Função(ões) ou lógicas que bloqueiam a atuação da proteção (falha fusível, 2° harmônico, disjuntor
não pronto etc.);
(4) Partida e bloqueio de religamentos automáticos;
(5) Comando efetivo de disparo (por fase);
(6) Falha no relé;
(7) Lógica ativada (weak infeed, por exemplo);
(8) Recepção e envio de sinal de teleproteção (POTT, TDD, Block etc.);
6.1.1.1. Transformadores e autotransformadores:
(a) Tipo “A”:
(1) Atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas e instrínsecas do transformador e
de seus componentes:
(i) atuação de relés de bloqueio – principal;

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(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada;


(iii) atuação de relé de bloqueio instrínseca.
(2) Disparo da proteção tanto do transformador como, eventualmente, de seus componentes, tais
como o comutador sob carga ou transformador defasador (nesses casos deve ser especificado no
nome do ponto o equipamento protegido):
(i) disparo da proteção - principal;
(ii) disparo da proteção – alternada;
(iii) disparo da proteção instrínseca.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de proteção (IED),
sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas.
(1) disparo da proteção de sobrecorrente do comutador sob carga;
(2) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro – principal;
(3) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro – alternada;
(4) disparo da proteção de sobretemperatura de óleo ou de enrolamento;
(5) disparo da proteção de gás ou da válvula de alívio de pressão;
(6) disparo da proteção diferencial – principal;
(7) disparo da proteção diferencial – alternada.
6.1.1.2. Reatores:
(a) Tipo “A”:
(1) Atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas e intrínsecas do reator:
(i) atuação do relé de bloqueio – principal;
(ii) atuação do relé de bloqueio – alternada;
(iii) atuação do relé de bloqueio – intrínseca.
(2) Disparo da proteção tanto do reator como, eventualmente, de seus componentes, tal como do
reator de neutro (nestes casos deve ser especificado o equipamento protegido):
(i) disparo da proteção – principal;
(ii) disparo da proteção – alternada;
(iii) disparo da proteção instrínseca.
(a) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de proteção (IED),
sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) disparo da proteção de sobretemperatura do óleo ou de enrolamento;
(2) disparo da proteção de gás ou da válvula de alívio de pressão;
(3) disparo da proteção diferencial principal ou primária;

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(4) disparo da proteção diferencial – alternada ou retaguarda.


6.1.1.3. Bancos de capacitores:
(a) Tipo “A”:
(1) disparo da proteção de sobretensão – principal;
(2) disparo da proteção de sobretenção – alternada;
(3) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas do banco de capacitores:
(i) atuação de relé de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada.
(4) Disparo da proteção elétrica tanto do banco de capacitores como, eventualmente, de seus
componentes (nesses casos deve ser especificado o equipamento protegido):
(i) disparo de proteção – principal;
(ii) disparo da proteção – alternada.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de proteção (IED),
sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) Disparo da proteção de sobretensão temporizada.
6.1.1.4. Linhas de transmissão:
(a) Tipo “A”:
(1) disparo por sobretensão instantânea – principal;
(2) disparo por sobretensão instantânea – alternada;
(3) atuação da lógica de bloqueio por oscilação de potência – principal;
(4) atuação da lógica de bloqueio por oscilação de potência – alternada;
(5) disparo da proteção para perda de sincronismo – principal;
(6) disparo da proteção para perda de sincronismo – alternada;
(7) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções da linha ou à recepção permanente de
transferência de disparo:
(i) atuação do relé de bloqueio de recepção permanente de transferência de disparo – principal;
(ii) atuação do relé de bloqueio de recepção permanente de transferência de disparo – alternada;
(iii) atuação do relé de bloqueio – principal;
(iv) atuação do de relé de bloqueio – alternada.
(8) detecção de desligamento monopolar do terminal da linha de transmissão, cuja implementação
pode ser feita por:

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(i) utilização do sinal gerado nos relés de proteção quando emitem a ordem de disparo
monopolar: detecção de desligamento monopolar – principal e detecção de desligamento
monopolar – alternada; ou
(ii) utilização de lógica que identifique o desligamento monopolar do terminal da linha de
transmissão, através da comparação entre os estados de todos os disjuntores que servem a ela
nesta instalação: detecção de desligamento monopolar (lógica de disjuntor).
(9) disparo da proteção – principal;
(10) disparo da proteção – alternada.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de proteção (IED),
sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) Transmissão de sinal permissivo (POTT), tomado em cada unidade de proteção da linha, associado
à sensibilização de unidade de medida do esquema de comparação direcional permissivo da linha:
(i) transmissão de sinal permissivo (POTT) – principal;
(ii) transmissão de sinal permissivo (POTT) – alternada;
(2) disparo por sobretensão temporizada – principal;
(3) disparo por sobretensão temporizada – alternada.
6.1.1.5. Barramentos:
(a) Tipo “A”:
(1) disparo por sobretensão instantânea – principal;
(2) disparo por sobretensão instantânea – alternada;
(3) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas do equipamento:
(i) atuação de relé de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada;
(4) disparo da proteção – principal;
(5) disparo da proteção – alternada.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de proteção (IED),
sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) disparo por sobretensão temporizada – principal;
(2) disparo por sobretensão temporizada – alternada;
(3) disparo da proteção diferencial – principal;
(4) disparo da proteção diferencial – alternada.
6.1.1.6. Compensadores síncronos: utilizar os mesmos requisitos definidos para unidades geradoras.
6.1.1.7. Compensadores estáticos:
(a) Tipo “A”:

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Requisitos mínimos de supervisão e controle
2.12 Requisitos 2022.10 03/10/2022
para a operação

(1) Atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas do compensador estático e de
seus componentes:
(i) atuação de relés de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada.
(2) Disparo da proteção elétrica tanto do compensador estático como, eventualmente, de seus
componentes (transformador abaixador, reatores e capacitores). Nestes casos deve ser indicada a
função/ equipamento protegido:
(i) disparo da proteção – principal;
(ii) disparo da proteção – alternada.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de proteção (IED),
sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) disparo das proteções intrínsecas dos equipamentos, conforme especificado para o respectivo
equipamento;
(2) disparo das proteções elétricas dos equipamentos, conforme especificado para o respectivo
equipamento.
6.1.1.8. Disjuntores
(a) Tipo “A”:
(1) mudança de posição;
(2) disparo da proteção de falha do disjuntor;
(3) disparo dos relés de bloqueio.
6.1.1.9. Sistemas Especiais de Proteção – SEP (ECS, ECE e ERAC):
(a) Tipo “A”: O agente deve disponibilizar para o ONS todos os disparos e alarmes gerados pelos IED sob
sua responsabilidade, que compõem o sistema. Caso o SEP possua componentes redundantes
(principal e alternado) estas informações devem ser individualizadas por cada IED.
(1) No mínimo, para os elementos que contém as lógicas principais e/ou que comandam as ações
finais, devem ser observados os seguintes sinais:
(i) SEP em falha: indica que o SEP está fora de operação devido a uma falha, seja ela em seus
componentes ou na comunicação;
(ii) estado do SEP (Ligado/desligado);
(iii) atuação do SEP - Lógica/Estágio (discriminar): comando de ação dada pela Lógica/Estágio
operado, que deve ser discriminado na descrição, para os equipamentos que pode ser de
desligamento, de redução de potência etc.
(iv) recepção de comando do SEP: recebimento de comando na instalação, tal como desligamento,
alteração na potência etc.;
(v) falha de medidas analógicas: falha encontrada na consistência feita pelos IED que fazem as
lógicas principais do SEP.

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para a operação

(2) Para os componentes principais citados acima e para os que participam do SEP com a coleta de
informações (estado de disjuntores, valor de grandezas etc.) devem ser observados no mínimo os
seguintes sinais:
(i) falha de componente do SEP: falha de IED, rede etc. nas instalações;
(ii) falha de comunicação: No equipamento ou no link, incluindo os meios;
(iii) falha de estado de equipamentos primários: identificação de inconsistências em estado de
equipamentos (disjuntor ou seccionadora) nas instalações.
6.1.1.10. Geradores:
(a) Tipo “A”:
(1) disparo por sobretensão instantânea – principal;
(2) disparo por sobretensão instantânea – alternada;
(3) disparo da proteção para motorização (potência inversa) – principal;
(4) disparo da proteção para motorização (potência inversa) – alternada;
(5) disparo da proteção de sobrefrequência/subfrequência – principal;
(6) disparo da proteção de sobrefrequência/subfrequência – alternada;
(7) disparo da proteção de perda de sincronismo - principal;
(8) disparo da proteção de perda de sincronismo - alternada;
(9) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas e mecânicas do gerador e de seus
componentes:
(i) atuação de relé de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada;
(iii) atuação de relé de bloqueio – mecânica, hidráulica etc.
(10) disparo da proteção elétrica tanto do gerador como, eventualmente, de seus componentes. Nestes
casos deve ser indicada a função ou o equipamento protegido:
(i) disparo da proteção – principal do gerador;
(ii) disparo da proteção – alternada do gerador;
(iii) disparo da proteção – principal por injeção de sinal para falha próxima ao neutro;
(iv) disparo da proteção – alternada por injeção de sinal para falha próxima ao neutro;
(v) disparo da proteção – principal do transformador elevador;
(vi) disparo da proteção – alternada do transformador elevador.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de proteção (IED),
sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) disparo da proteção diferencial do gerador – principal;

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para a operação

(2) disparo da proteção diferencial do gerador – alternada;


(3) disparo da proteção diferencial do transformador elevador – principal;
(4) disparo da proteção diferencial do transformador elevador – alternada;
(5) disparo da proteção diferencial geral (diferencial da unidade ou total) – principal;
(6) disparo da proteção diferencial geral (diferencial da unidade ou total) – alternada;
(7) disparo da proteção diferencial de fase dividida – principal;
(8) disparo da proteção diferencial de fase dividida – alternada;
(9) disparo por sobretensão temporizada – principal;
(10) disparo por sobretensão temporizada – alternada;
(11) disparo da proteção de sobretemperatura de enrolamento;
(12) disparo da proteção de sobretemperatura de óleo;
(13) disparo da proteção de gás do transformador;
(14) disparo da válvula de alívio de pressão.
6.1.1.11. Bancos de capacitores série:
(a) Tipo “A”:
(1) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas do banco de capacitores série e
de seus componentes:
(i) atuação de relé de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada.
(2) disparo da proteção elétrica tanto do banco de capacitores série como, eventualmente, de seus
componentes (MOV, reatores e capacitores). Nestes casos deve ser indicada a função ou o
equipamento protegido:
(i) disparo da proteção – principal;
(ii) disparo da proteção – alternada.
6.1.1.12. Sistemas de transmissão em corrente contínua:
6.1.1.12.1. Para os equipamentos componentes dos conversores, incluindo os transformadores e reatores,
utilizar os mesmos requisitos definidos para os respectivos equipamentos.
6.1.1.12.2. Conversor
(a) Tipo “A”:
(1) atuação do relé de bloqueio;
(2) condição de operação (bloqueado/desbloqueado) – mudança de estado
(bloqueado/desbloqueado) por comando de proteção (bloqueio ou “forced retard”) ou por
comando manual.
(b) Tipo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem:

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para a operação

(1) disparo da proteção do conversor: deve englobar todas as proteções projetadas para eliminar
falhas e problemas ligados exclusivamente ao conversor, tais como:
(i) disparo da proteção para falta na válvula;
(ii) disparos por sobrecorrente do conversor;
(iii) disparos por falha de comutação;
(iv) disparos por ângulo de retardo excessivo;
(v) disparo da proteção do disjuntor de by-pass;
(vi) disparos da supervisão das válvulas;
(vii) disparo da proteção diferencial CC;
(viii)disparos da proteção de falha à terra no lado CA;
(ix) disparos da proteção de sobrecarga do par by-pass;
(x) disparo da proteção de falha de disparo da válvula.
6.1.1.12.3. Polo e linha de transmissão:
(a) Tipo “A”:
(1) disparos da proteção harmônica – critério por tensão;
(2) disparos da proteção da linha CC;
(3) disparo da proteção de sobrecorrente CC;
(4) disparo da proteção para abertura da linha do eletrodo;
(5) religamento automático (“restart”) da LT (em tensão normal e em tensão reduzida);
(6) disparo da proteção duplo monopolar.
(b) Tipo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem:
(1) disparo da proteção do polo: deve englobar todas as proteções projetadas para eliminar falhas e
problemas ligados exclusivamente ao polo, tais como:
(i) disparo da proteção diferencial;
(ii) disparos da proteção de sobretensão CC;
(iii) disparos da proteção de mínima tensão CC;
(iv) disparo da proteção para operação desequilibrada;
(v) disparos da proteção para falta à terra durante teste com a linha aberta;
(vi) disparo da proteção da seccionadora da barra neutra;
(vii) disparo da proteção de sobrecarga do filtro CC;
(viii)disparo da proteção de abertura da linha do eletrodo;
(ix) disparo da proteção harmônica CC.

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para a operação

6.1.1.12.4. Proteção do bipolo:


(a) Tipo “A”:
(1) disparo da proteção de sobrecorrente na linha do eletrodo.
(b) Tipo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem:
(1) disparo da proteção do bipolo: deve englobar todas as proteções projetadas para eliminar falhas
e problemas ligados exclusivamente ao bipolo, tais como:
(i) disparo da proteção diferencial da barra de neutro;
(ii) disparo da proteção de falta à terra no retorno metálico.
6.1.1.12.5. Proteção dos filtros CA:
(a) Tipo “A”:
(1) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas do banco de filtros:
(i) atuação de relé de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada.
(2) disparo da proteção elétrica tanto do banco de filtros como eventualmente de seus componentes.
Nestes casos deve ser especificado o equipamento protegido:
(i) disparo da proteção – principal;
(ii) disparo da proteção – alternada.
(b) Tipo “B”: para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de proteção (IED),
sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) disparo por sobrecarga harmônica – principal: deve englobar todas as proteções de sobrecarga de
seus elementos (resistores, reatores e capacitores), sejam elas sensibilizadas por corrente ou por
tensão;
(2) disparo por sobrecarga harmônica – alternada: ver observação do item acima;
(3) disparo da proteção de sobretensão instantânea principal;
(4) disparo da proteção de sobretensão instantânea alternada;
(5) disparo da proteção de sobretensão temporizada principal;
(6) disparo da proteção de sobretensão temporizada alternada;
(7) disparo da proteção de desbalanço principal;
(8) disparo da proteção de desbalanço alternada.

6.2. Qualidade dos eventos

6.2.1. As UTR ou os SSCL devem ser capazes de armazenar informações para o sequenciamento de eventos
com uma resolução entre eventos menor ou igual a 5 (cinco) milissegundos. A exatidão do selo de tempo
associado a cada evento deve ser menor ou igual 1 (um) milissegundo.
6.2.1.1. Entende-se como resolução a capacidade de discriminar eventos ocorridos em tempos distintos.

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para a operação

6.2.1.2. Entende-se como exatidão o grau de aproximação do selo de tempo ao tempo absoluto de
ocorrência do evento.
6.2.2. A base de tempo utilizada para o registro da sequência de eventos deve ser o relógio de tempo da
UTR/SSCL, cujas características são apresentadas no item 4.1.9. deste submódulo.
6.2.3. A relação de eventos apresentada no item 6.1 deste submódulo está baseada numa filosofia de
proteção padrão. Os agentes podem utilizar diferentes filosofias e tecnologias, desde que atendam ao
disposto no Submódulo 2.11 – Requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de registro de perturbações
e de teleproteção.
6.2.3.1. É responsabilidade do agente mapear, sempre que aplicável, os eventos aqui apresentados com
aqueles efetivamente implementados na instalação.
6.2.3.2. É responsabilidade do agente a implementação de processamentos e/ou combinação de sinais na
instalação que venham a ser necessários para a disponibilização dos sinais aqui requeridos.
6.2.4. O selo de tempo de todos os eventos deve estar no padrão UTC.

7. SUPERVISÃO DE EQUIPAMENTOS DA REDE DE SUPERVISÃO E NÃO INTEGRANTES DA REDE DE


OPERAÇÃO

7.1. Interligação de dados

7.1.1. Devem ser disponibilizados os recursos necessários para as interligações de dados para atender aos
requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle, conforme conceituado no item 4.2 deste
submódulo.

7.2. Informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico

7.2.1. Para cada equipamento integrante da Rede de Supervisão e não pertencente à Rede de Operação, as
seguintes informações de grandezas analógicas e de sinalização de estado devem ser transferidas para o
sistema de supervisão e controle dos centros de operação designados pelo ONS:
7.2.1.1. Medições analógicas:
(a) Todas as medições devem ser feitas de forma individualizada e transferidas periodicamente aos
centros de operação do ONS;
(b) O período de transferência deve ser parametrizável por centro de operação do ONS e os sistemas
devem ser projetados para suportar períodos de aquisição menores ou iguais a 6 (seis) segundos;
(c) As seguintes informações devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação do ONS:
(1) magnitude da tensão fase-fase, que pode ser obtida pela medição fase-fase ou por cálculo a partir
de medição fase-neutro, em kV, entre quaisquer duas das três fases, de cada secção de barramento
da subestação que possa formar um nó elétrico, exceto no caso de arranjo de barramento em anel;
(2) no caso de arranjo de barramento em anel, magnitude da tensão fase-fase, que pode ser obtida
pela medição fase-fase ou por cálculo a partir de medição fase-neutro, em kV, entre quaisquer
duas das três fases, nos terminais de cada equipamento conectado ao barramento da subestação
(LT, transformadores etc.);

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para a operação

(3) magnitude da tensão fase-fase, que pode ser obtida pela medição fase-fase ou por cálculo a partir
de medição fase-neutro, em kV, entre quaisquer duas das três fases, de cada unidade geradora
(lado de baixa do transformador elevador);
(4) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nos terminais de todas as LT;
(5) no caso de LT curtas (até 3 km de extensão) existentes entre a casa de força da usina e a
subestação, potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nos terminais conectados à
subestação;
(6) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nos enrolamentos dos transformadores.
Considerar a medição apenas nos enrolamentos que estiverem ligados a barramentos integrantes
da Rede de Supervisão, mas não integrantes da Rede de Operação;
(7) no caso de transformadores elevadores de unidades geradoras, potência trifásica ativa, em MW,
e reativa, em Mvar, do lado de alta tensão do transformador;
(8) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, por gerador;
(9) potência trifásica reativa, em Mvar, de todos equipamentos de compensação reativa dinâmicos,
tais como compensadores síncronos e compensadores estáticos controláveis;
(10) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nas derivações eventualmente existentes
entre o gerador e o transformador elevador que alimente cargas segundo o seguinte critério:
(i) para geradores com potência nominal ≤ 30 MW: medição necessária se as derivações
consumirem, no total, mais de 3% da potência nominal do gerador;
(ii) para geradores com potência nominal entre 30 MW e 200 MW: medição necessária se as
derivações consumirem, no total, mais de 2% da potência nominal do gerador;
(iii) para geradores com potência nominal ≥ 200 MW: medição necessária se as derivações
consumirem, no total, mais de 1% da potência nominal do gerador;
(11) posição de tape de transformadores de potência equipados com comutadores sob carga.
Considerar a medição apenas se o tiver mais de um enrolamento ligado a barramentos integrantes
da Rede de Supervisão, mas não integrantes da Rede de Operação.
7.2.1.2. Sinalização de estado:
(a) de todos os disjuntores e chaves utilizadas nos barramentos e nas conexões de equipamentos da Rede
de Supervisão, incluídas as chaves de by-pass. Esse requisito é aplicável tanto a sistemas de geração
e transmissão em corrente alternada quanto a sistemas de transmissão em corrente contínua
(incluindo filtros);
(b) do estado operacional de UTR e SSCL diretamente subordinados a CD (detalhes sobre a identificação
do estado operacional deste tipo de equipamento são apresentados na sessão 4 deste submódulo).
7.2.1.3. Ainda com relação à sinalização de estado, deve-se observar que:
(a) todas as sinalizações de estado devem ser transmitidas por exceção;
(b) o SSCL ou a UTR deve estar apto a responder a varreduras de integridade feitas pelo ONS, que podem
ser periódicas, com período parametrizável, tipicamente a cada 1 (uma) hora, sob demanda, ou por
evento como, por exemplo, uma reinicialização dos recursos de supervisão e controle do ONS.

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para a operação

7.2.2. Os terminais de equipamentos não integrantes da Rede de Supervisão e conectados a barramentos


de fronteira têm sua supervisão definida num acordo entre o ONS e o agente.

7.3. Qualidade da informação

Exatidão da medição

7.3.1.1. Todas as medições devem ser efetuadas por equipamentos cuja classe garanta uma exatidão mínima
de 2%. Tal exatidão deve englobar toda a cadeia de equipamentos utilizados, tais como transformadores de
corrente, de tensão, transdutores, conversores analógico/digital etc.

Idade do dado

7.3.2.1. Os conceitos relativos à mensuração da idade do dado estão apresentados nos itens 5.5.2. e 5.5.2.2.
deste submódulo.
7.3.2.2. A idade máxima para os dados coletados por varredura (periodicamente) deve ser inferior à soma
do tempo de varredura adotado pelo ONS para aquisição de dado adicionado de:
(a) 6 (seis) segundos em média;
(b) 12 (doze) segundos no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média de 6 (seis)
segundos.
7.3.2.3. A idade máxima de um dado coletado por exceção deve ser inferior a 10 (dez) segundos.

Banda morta e varredura de integridade

7.3.3.1. Os protocolos que transmitem medições analógicas por exceção devem ter uma banda morta e
varredura de integridade estabelecidas de comum acordo entre o ONS e o agente. As definições obtidas
nesses acordos não devem prejudicar a exatidão das medidas, conforme definido no item 7.3. deste
submódulo.
7.3.3.2. Enquanto um acordo formal não for firmado entre o ONS e o agente, a UTR e/ou SSCL devem ser
configurados com um valor inicial de banda morta de 0,1% do fundo de escala ou do último valor lido e
devem suportar varreduras de integridade com períodos menores ou igual a 30 (trinta) minutos.

7.4. Parametrizações

7.4.1. Todos os períodos de aquisição acima especificados devem ser parametrizáveis, e os valores
apresentados se constituem em níveis mínimos.

8. SUPERVISÃO DE CENTRAL GERADORA COMPOSTA POR UNIDADES GERADORAS COM POTÊNCIA


NOMINAL IGUAL OU INFERIOR A 10 MW

8.1. Abrangência

8.1.1. A partir de uma análise da configuração elétrica da central geradora, o ONS pode permitir o
agrupamento de um conjunto de unidades geradoras com potência nominal individual igual ou inferior a 10
MW, compondo uma unidade geradora equivalente.

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para a operação

8.1.2. Os requisitos descritos no item 8 deste submódulo aplicam-se às unidades geradoras equivalentes e
aos seguintes equipamentos associados à central geradora, na instalação coletora em tensão inferior a 230
kV:
(a) barramentos de alta e de baixa tensão;
(b) transformadores elevadores;
(c) linhas de conexão ao SIN;
(d) todas as chaves e disjuntores utilizadas nos barramentos de alta e baixa tensão;
(e) todas as chaves e disjuntores utilizados para conectar o lado de baixa do transformador elevador ao
barramento.
8.1.3. Para instalações coletoras em tensão igual ou superior a 230 kV, aplicam-se os requisitos de supervisão
e controle definidos para a Rede de Operação.

8.2. Interligação de dados

8.2.1. Devem ser disponibilizados os recursos necessários para as interligações de dados para atender aos
requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle, conforme conceituado no item 4.2 deste
submódulo.

8.3. Informações requeridas para a supervisão das centrais geradoras

8.3.1. Os agentes responsáveis por centrais geradoras enquadradas no item 8 deste submódulo devem
transferir para os centros de operação designados pelo ONS as medições analógicas e as sinalizações de
estado dos equipamentos relacionados no item 8.1.2. deste submódulo, segundo os seguintes requisitos:
8.3.1.1. Medições:
(a) Todas as medições deverão ser feitas de forma individualizada e transferidas periodicamente aos
centros de operação do ONS.
(b) O período de transferência deve ser parametrizável por centro de operação do ONS e os sistemas
devem ser projetados para suportar períodos menores ou iguais a 4 (quatro) segundos.
(c) As seguintes informações devem ser obtidas e transferidas para os centros de operação do ONS:
(1) posição dos tapes dos transformadores elevadores, quando equipados com comutadores sob
carga;
(2) magnitude da tensão fase-fase, em kV, entre quaisquer duas das três fases, para os
transformadores elevadores, cuja medição deve ser no lado ligado à barra de menor potência de
curto-circuito, geralmente o de menor tensão, caso o ONS não explicite que seja no outro lado do
transformador;
(3) magnitude da tensão fase-fase, em kV, em todas as seções dos barramentos da subestação
passíveis de formar um nó elétrico;
(4) potência ativa trifásica, em MW, e reativa, em Mvar, do lado de baixa tensão dos transformadores
elevadores;

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para a operação

(5) potência ativa trifásica, em MW, e reativa, em Mvar, nos terminais de todas as LT conectadas à
Rede de Operação;
(6) disponibilidade, em MW, de cada grupo de máquinas ou, mediante concordância do ONS, o
número de máquinas disponíveis e sincronizadas em operação, em cada grupo de máquinas. Essa
informação pode passar por processamento prévio.
(d) As seguintes informações, relativas à central geradora eólica, devem ser enviadas ao ONS através do
sistema de supervisão em tempo real, por usina, conforme definido no item 5.5.2.4. :
(1) velocidade do vento (anemômetro na altura do eixo das turbinas ou no mínimo 50 metros acima
do solo), em m/s;
(2) direção do vento (sensor localizado na altura do eixo das turbinas ou no mínimo 50 metros acima
do solo), em graus em relação ao norte verdadeiro;
(3) pressão atmosférica (sensor localizado até 20 metros abaixo do anemômetro), em hPa; e
(4) temperatura (sensor localizado até 20 metros abaixo do anemômetro), em °C.
(e) As seguintes informações, relativas à central geradora solar, devem ser obtidas e transferidas para os
centros de operação do ONS, por parque gerador:
(1) irradiação solar, em W/m2;
(2) temperatura, em °C.
8.3.1.2. Sinalização de estado:
(a) Todas as sinalizações de estado devem ser transmitidas por exceção.
(b) O SSCL ou a UTR deve estar apto a responder a varreduras de integridade feitas pelo ONS, que podem
ser periódicas, com período parametrizável, tipicamente a cada 1 (uma) hora, sob demanda, ou por
evento como, por exemplo, uma reinicialização dos recursos de supervisão e controle do ONS.
(c) As posições de todas as chaves e disjuntores de interligação à rede do lado de alta tensão da
subestação devem ser obtidas e transferidas para os centros de operação do ONS.
(d) Em relação a central geradora eólica, a indicação de estado ligado ou desligado dos equipamentos de
compensação reativa instalados no parque eólico, exceto os equipamentos individuais dos geradores,
devem ser obtidas e transferidas para o centro de operação do ONS:

8.4. Sequenciamento de eventos

8.4.1. Aplicam-se aos equipamentos da central geradora os requisitos de sequenciamento de eventos


especificados para a Rede de Operação, apresentados no item 6 deste submódulo.

8.5. Qualidade da informação

8.5.1. Os requisitos de qualidade exigidos para a supervisão de centrais geradoras são os mesmos exigidos
para a supervisão de equipamentos da Rede de Operação, apresentados no item 5.5 deste submódulo, e
abrangem:
(a) exatidão da medição;
(b) idade do dado;

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para a operação

(c) banda morta e varredura de integridade.

8.6. Parametrizações

8.6.1. Todos os períodos de aquisição devem ser parametrizáveis, sendo que os valores apresentados se
constituem em níveis mínimos.

9. SUPERVISÃO DE INSTALAÇÕES (SUBESTAÇÕES) COMPARTILHADAS DA REDE DE OPERAÇÃO

9.1. Qualquer agente que compartilhe uma instalação (subestação) existente deve:
(a) disponibilizar ao SSCL do agente responsável pela subestação existente a supervisão remota de todos
os equipamentos a ela conectados, conforme descrito na seção 5 deste submódulo, com exceção dos
requisitos para CAG;
(b) garantir supervisão em nível local segundo a filosofia acordada com o agente responsável pela
subestação;
(c) garantir a instalação e operacionalização de todos os equipamentos e sistemas necessários para
viabilizar em nível local as interligações de dados com o agente responsável pela subestação;
(d) na primeira conexão entre os sistemas de supervisão, adotar o protocolo para comunicação com o
SSCL conforme determinado pelo agente responsável pela subestação; qualquer alteração no
protocolo de comunicação após a primeira conexão dos sistemas de supervisão deve ser acordada
entre as partes; e
(e) prever testes de conectividade entre o SSCL/UTR e o SSCL do agente responsável pela subestação, de
forma a garantir a coerência das bases de dados desse sistema e o perfeito funcionamento dos
protocolos utilizados.
9.2. Alternativamente à instalação de novos recursos de supervisão e controle, o agente, mediante prévio
acordo com o agente responsável pela subestação, pode optar pela expansão dos recursos de supervisão e
controle disponíveis, desde que atendidos todos os requisitos de supervisão e controle estabelecidos nos
Procedimentos de Rede.
9.3. O agente responsável pela subestação deve disponibilizar, a todos os agentes que compartilham a
instalação, o acesso aos dados de supervisão de toda a instalação (inclusive dados de outros agentes)
disponíveis em seu SSCL, necessários para a execução da operação de qualquer equipamento da instalação,
seja em operação normal, seja em processo de recomposição simples ou perturbações. É responsabilidade
de cada agente que compartilha a instalação prover o recebimento dos dados.

10. DISPONIBILIDADE E QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

10.1. Geral

10.1.1. Os recursos de supervisão e controle fornecidos pelos agentes ao ONS para atender aos requisitos
apresentados neste submódulo devem ter sua disponibilidade e qualidade medidas pelo ONS, de acordo com
os conceitos e critérios estabelecidos a seguir e os indicadores estabelecidos no Submódulo 9.6 – Indicadores
de desempenho dos sistemas de supervisão e controle e dos serviços de telecomunicações.

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos mínimos de supervisão e controle
2.12 Requisitos 2022.10 03/10/2022
para a operação

10.1.2. Devem ser avaliados os sistemas que se interponham entre os equipamentos de aquisição de dados
ou de aplicação de comandos nas instalações e o centro de operação do ONS, incluindo os equipamentos de
interfaceamento com os sistemas de comunicação.
10.1.3. Não são computados nos índices os tempos de indisponibilidade causados por:
(a) indisponibilidade de equipamentos nos centros de operação do ONS;
(b) atividades de aprimoramento constantes do plano de adequação das instalações dos agentes
apresentado ao ONS, plano este definido conforme estabelecido no Submódulo 7.9 – Implantação
dos serviços de supervisão e controle para a operação;
(c) atualizações e instalação de hardware ou software nos SSCL ou nos CD dos agentes, desde que sejam
programadas e aprovadas com antecedência pelo ONS;
(d) atualizações ou instalação de hardware e software para melhoria de segurança no enlace de
comunicação entre SSCL ou CD e os centros de operação designados pelo ONS, desde que sejam
programadas e aprovadas com antecedência pelo ONS;
(e) manutenções autorizadas pelo ONS no equipamento associado ao recurso de supervisão e controle.

10.2. Conceito de indisponibilidade de recursos de supervisão e controle

10.2.1. Uma informação de qualquer dos tipos especificados neste submódulo é considerada indisponível
para o ONS sempre que:
(a) o recurso não estiver instalado ou não estiver liberado para a operação;
(b) um SSCL estiver fora de serviço ou sem comunicação;
(c) o CD, quando utilizado, estiver fora de serviço ou sem comunicação;
(d) o ONS detectar falha de atuação de um ponto de controle;
(e) o indicador de qualidade sinalizar informação sob entrada manual pelo agente;
(f) o indicador de qualidade sinalizar informação fora de varredura.
10.2.2. Todos os pontos subordinados a um SSCL de uma instalação são declarados indisponíveis sempre
que ocorrer ausência de resposta de tal sistema às solicitações dos centros de operação do ONS ou de um
CD, se utilizado.
10.2.3. No caso de utilização de CD, todos os pontos subordinados ao concentrador são declarados
indisponíveis quando o CD deixar de responder às solicitações do ONS.

10.3. Conceito de qualidade dos recursos de supervisão e controle

10.3.1. Considera-se que uma informação de qualquer dos tipos especificados neste submódulo viola
critérios de qualidade quando:
(a) tratando-se de informações analógicas, a informação violar um dos seus limites de escala;
(b) uma informação estiver comprovadamente inconsistente;
(c) a informação violar os requisitos de idade do dado.

10.4. Avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de supervisão e controle

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos mínimos de supervisão e controle
2.12 Requisitos 2022.10 03/10/2022
para a operação

10.4.1. A avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de supervisão e controle baseia-se em


três indicadores, cuja formulação é apresentada no Submódulo 9.6:
(a) Disponibilidade dos Recursos de Supervisão e Controle (DRSCij), cujos valores mínimos aceitáveis são:
(1) para SSCL de instalações estratégicas: 98,5% em base anual;
(2) para SSCL das demais instalações: 97,5% em base anual;
(3) para agentes: 99% em base anual.
(b) Qualidade dos Recursos de Supervisão e Controle (QRSCij), cujos valores mínimos aceitáveis são:
(1) para SSCL de instalações estratégicas: 98,5% em base anual;
(2) para SSCL das demais instalações: 97,5% em base anual;
(3) para agentes: 99% em base anual.
(c) Disponibilidade de SSCL ou de CD (DCDi), cujos valores mínimos aceitáveis são:
(1) para SSCL diretamente ligados ao Centro do ONS: 99,95% em base anual;
(2) para CD por agentes: 99,95% em base anual;
(3) para SSCL diretamente ligados a CD: 99,93% em base anual;

11. ATUALIZAÇÃO DAS BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DO ONS

11.1. Cadastramento dos equipamentos

11.1.1. Os agentes que disponham de equipamentos na Rede de Supervisão devem fornecer as informações
cadastrais descritivas para a configuração das bases de dados dos centros de operação do ONS, conforme
Submódulo 7.9 e detalhado em rotina operacional específica do Submódulo 5.13.

11.2. Teste de conectividade e testes ponto a ponto

11.2.1. Todos os agentes devem prever testes de conectividade entre os seus SSCL/UTR e os SSC dos centros
de operação designados pelo ONS, conforme descrito no Submódulo 7.9.
11.2.2. Além do teste da conectividade, devem ser previstos testes ponto a ponto entre o SSCL/UTR e o SSC
dos centros de operação designados pelo ONS, conforme programação a ser previamente acordada com o
ONS, de forma a garantir a coerência das bases de dados desses sistemas e o perfeito funcionamento dos
protocolos utilizados.
11.2.3. Sempre que necessário devem ser realizados testes diretamente no campo ou no SSCL/UTR para
avaliar o selo de tempo das sinalizações e SOE.

12. REFERÊNCIAS

[1] ONS. Áreas do Controle Automático de Geração do Sistema Interligado, Referência Técnica do Manual
de Procedimentos da Operação.

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos mínimos de supervisão e controle
2.12 Requisitos 2022.10 03/10/2022
para a operação

13. ANEXOS

Anexo A – Estrutura de supervisão e controle


Anexo B – Representação simplificada do fluxo de informações para o CAG dos centros de operação do ONS
para o caso da área #2

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência

Requisitos mínimos de supervisão e controle para a operação 2.12 Requisitos 2022.10 03/10/2022

ANEXO A

Estrutura de supervisão e controle

CNOS
Recursos do COSR-A COSR-B COSR-C ... COSR-Z
ONS

Barramento
Lógico de
SSC-L1 SSC-L2 SSC-L3 ... SSC-Ln suporte dos
SSCs aos
COSs
Rede de Comunicação Operativa do ONS

SAL SAR SAL SAR ... SAL SAR


SAs da Localização 1 SAs da Localização 2 SAs da Localização n

CAG
CAG CAG
CD #1 CD #2 CD #j
Recursos providos pelos
Agentes

UTR/ ... UTR/ UTR/ ... UTR/ ... UTR/ UTR/ ... UTR/
SSCL SSCL SSCL SSCL SSCL SSCL SSCL

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência

Requisitos mínimos de supervisão e controle para a operação 2.12 Requisitos 2022.10 03/10/2022

Legenda: CNOS: Centro Nacional de Operação do Sistema;

COSR: Centro de Operação do Sistema;


COSR-i: COSR instalado na localização “i”, nas cidades onde o ONS tem os seus COSR.
SSC: Sistema de Supervisão e Controle:
SSC-Li: SSC instalado na localização “i”, normalmente nas cidades onde o ONS tem os seus COSR.
SA: Sistema de Aquisição de Dados:
SAL: SA local, instalado nas mesmas dependências de um SSC;
SAR: SA remoto, instalado em outras dependências que não aquelas do SSC a que pertence.
CD: Concentrador de Dados;
UTR: Unidades Terminais Remotas;
SSCL: Sistema de Supervisão e Controle Local;
CAG: Denota enlaces de dados para a aquisição de informações e a emissão de ações de comando do CAG.

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Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência

Requisitos mínimos de supervisão e controle para a operação 2.12 Requisitos 2022.10 03/10/2022

ANEXO B

Representação simplificada do fluxo de informações para o CAG dos centros de operação do ONS para o caso da área #2

Centro de Operação do ONS Centro de Operação do ONS que


que controla o CAG da Área Centro de Operação do ONS controla a área # i e passível de assumir
Adjacente # 1 que controla o CAG da Área # 2 o CAG da Área # 2
Todas as
Todas
Todasasas
Infos de
Infos
Infosee
CAG e
Controle
Controle
Controles
Apenas Intercâmbios
Apenas Intercâmbios

Inst 11 ... Inst 1n Inst 21 Inst 22 ... Inst 2n Inst i1 ... Inst in

Área # 1 Área # 2 Área # i

Áreas # 2 e # i
Inst = Instalação

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Submódulo 2.13
Requisitos mínimos para Sistemas de
Medição Sincronizada de Fasores

Requisitos

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2020.12 Resolução Normativa nº 903/2020 08/12/2020


Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos mínimos para Sistemas de Medição
2.13 Requisitos 2020.12 01/01/2021
Sincronizada de Fasores

ÍNDICE

1. OBJETIVO.........................................................................................................................................3

2. ARQUITETURA DO SMSF ..................................................................................................................3

3. REQUISITOS GERAIS .........................................................................................................................3

4. MEDIÇÃO.........................................................................................................................................3

4.1. Tipos de medição ..........................................................................................................................3

4.2. Exatidão da medição .....................................................................................................................3

5. COMUNICAÇÃO DOS DADOS............................................................................................................4

5.1. Latência do dado ...........................................................................................................................4

5.2. Taxa de envio das medições sincrofasoriais..................................................................................4

5.3. Entrega dos dados .........................................................................................................................4

5.4. Concentradores de dados fasoriais dos agentes ...........................................................................5

5.5. Protocolo de comunicação............................................................................................................5

5.6. Recursos de comunicação de dados para a rede de medição sincrofasorial ................................5

6. IED (INTELLIGENT ELECTRONIC DEVICE) ............................................................................................5

7. REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................6

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos mínimos para Sistemas de Medição
2.13 Requisitos 2020.12 01/01/2021
Sincronizada de Fasores

1. OBJETIVO

1.1. Estabelecer os requisitos mínimos para a implantação das PMU (Phasor Measurement Units) e para a
rede de comunicação do agente.

2. ARQUITETURA DO SMSF

2.1. A arquitetura do Sistema de Medição Sincronizada de Fasores (SMSF) é constituída por:


(a) PMU instaladas nas subestações da Rede de Operação;
(b) concentradores de dados fasoriais (PDC) do agente, instalado por conveniência do próprio agente;
(c) canais de telecomunicação para o envio dos sincrofasores medidos para os PDC do Operador Nacional
do Sistema Elétrico – ONS; e
(d) PDC instalados no ONS.

3. REQUISITOS GERAIS

3.1. As PMU indicadas pelo ONS devem ser previamente testadas e estar aptas a operar em conjunto com
os demais equipamentos do empreendimento.

4. MEDIÇÃO

4.1. Tipos de medição

4.1.1. As PMU devem ser configuradas como PMU de Classe M (medição).


4.1.2. As PMU devem conter nos pacotes computacionais de sincrofasores as seguintes medições:
(a) Medição de tensão, módulo e ângulo das 3 (três) fases de todos os terminais de linha de transmissão
indicados pelo ONS e pertencentes à Rede de Operação. A medição de frequência e taxa de variação
de frequência deve se dar para apenas uma das fases, devendo ser escolhida a mesma fase que tem
medição na barra da subestação da saída da linha de transmissão monitorada;
(b) Medição de módulo e ângulo das 3 (três) fases das correntes de todos os terminais de linha de
transmissão indicados pelo ONS e pertencentes à Rede de Operação. Para cálculo dos sincrofasores
de corrente, as PMU devem utilizar os sinais disponibilizados pelos enrolamentos dos
transformadores de corrente (TC) do sistema de proteção; e
(c) Medição de módulo, ângulo, frequência e taxa de variação de frequência da fase da tensão das seções
de barra onde o terminal de linha de transmissão pode se conectar. Para os casos de barramento em
anel, não é necessária a medição de tensão dos transformadores de potencial (TP) ligados ao
barramento.

4.2. Exatidão da medição

4.2.1. Todas as medições de tensão devem ser efetuadas por equipamentos cuja classe de exatidão garanta
uma exatidão mínima de 1% e as medições de corrente devem ter uma exatidão mínima de 10%.

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos mínimos para Sistemas de Medição
2.13 Requisitos 2020.12 01/01/2021
Sincronizada de Fasores
4.2.1.1. Tais exatidões devem englobar toda a cadeia de equipamentos utilizados, tais como TP, TC,
transdutores etc.
4.2.2. As medições sincrofasoriais devem atender os requisitos de precisão, tanto em regime permanente
quanto dinâmico, como definido nas normas internacionais que regem os padrões para este tipo de medição
em sistemas de potência, conforme detalhado na rotina operacional referente a protocolos de comunicação
com o sistema de supervisão e controle do ONS, no Submódulo 5.13 – Rotinas Operacionais.
4.2.3. O TVE (Total Vector Error) máximo admissível para estimação de uma medição sincrofasorial é de 1%.

5. COMUNICAÇÃO DOS DADOS

5.1. Latência do dado

5.1.1. A latência máxima de uma medição sincrofasorial é de 500 milissegundos.


5.1.1.1. Define-se como latência do dado o tempo decorrido entre o instante do registro da ocorrência de
seu valor na instalação e a sua recepção no PDC do ONS.

5.2. Taxa de envio das medições sincrofasoriais

5.2.1. As medições devem ser sincronizadas por Sistemas de Navegação Global por Satélite (Global
Navigation Satellite System – GNSS), por exemplo o Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning
System –GPS), e transmitidas a uma taxa de 60 frames por segundo, com selo de tempo no padrão UTC
(Universal Time Coordinate).

5.3. Entrega dos dados

5.3.1. As medições devem ser entregues pelos agentes nos PDC indicados pelo ONS, por meio de rede de
telecomunicações estabelecida especificamente para este fim.
5.3.1.1. Os PDC indicados pelo ONS localizam-se no Sistema de Aquisição de Dados Local (SAL), no Centro de
Operação do Sistema Sudeste – COSR-SE, e no SAL de Brasília, no Centro de Operação do Sistema Norte e
Centro Oeste – COSR-NCO.
5.3.2. Os agentes podem utilizar os dados fasoriais gerados em suas instalações, desde que o fluxo de dados
para o ONS continue sendo enviado por uma porta exclusiva.
5.3.3. Caso o agente já possua circuitos de telecomunicações com o SAL do COSR-SE ou SAL do Centro
Nacional de Operação do Sistema – CNOS ou do COSR-NCO para serviços como o tráfego de dados/voz dos
sistemas SCADA/EMS (Supervisory Control and Data Acquisition/Energy Management System), o mesmo
pode ser utilizado concomitantemente para o tráfego de medidas sincrofasoriais, desde que os seguintes
critérios sejam atendidos:
(a) os roteadores presentes nas instalações do ONS possuam uma interface de rede dedicada para serviço
de transferência de informações sincrofasoriais, independente das demais interfaces;
(b) os enlaces sejam configurados com classe de serviço de forma a priorizar os diversos serviços de
comunicação que trafegam nos mesmos circuitos físicos, conforme a prioridade definida na rotina
operacional referente à integração dos dados fasoriais dos agentes no SMSF do ONS, no Submódulo
5.13; e
(c) o agente redimensione a largura de banda do circuito para que este comporte o tráfego adicional.

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos mínimos para Sistemas de Medição
2.13 Requisitos 2020.12 01/01/2021
Sincronizada de Fasores

5.4. Concentradores de dados fasoriais dos agentes

5.4.1. O enlace agente-ONS pode ser estabelecido, por conveniência do agente, por meio de um PDC em
suas instalações, desde que sejam atendidos os requisitos de latência para entrega dos pacotes de dados ao
ONS e os percentuais de disponibilidade do enlace especificados neste submódulo, nos itens 5.1.1. e 5.6.1. ,
respectivamente.
5.4.2. Quando usados, os PDC dos agentes não devem executar qualquer tratamento/alteração dos dados.

5.5. Protocolo de comunicação

5.5.1. As informações sincrofasoriais disponibilizadas pelas PMU devem ser transportadas por meio dos
protocolos de comunicação definidos por organizações internacionais (International Electrotechnical
Commission – IEC, Institute of Electrical and Electronics Engineers – IEEE etc), conforme detalhado na rotina
operacional referente a protocolos de comunicação com o sistema de supervisão e controle do ONS, no
Submódulo 5.13.
5.5.2. Os protocolos envolvidos no estabelecimento de um enlace para envio de medições sincrofasoriais,
tanto a nível de transporte, como UDP/IP (User Datagram Protocol/Internet Protocol) ou TCP/IP
(Transmission Control Protocol/Internet Protocol), quanto a nível de aplicação, bem como as opções de
configuração destes protocolos, devem atender a rotina operacional referente a protocolos de comunicação
com o sistema de supervisão e controle do ONS, no Submódulo 5.13.
5.5.3. Devem ser atendidas as regras de identificação das PMU e dos fasores a serem codificados nos fluxos
sincrofasoriais enviados ao ONS, definidas na rotina operacional referente à identificação de PMU, de fasores
e de fluxos sincrofasoriais enviados ao ONS, no Submódulo 5.13.
5.5.4. O envio dos pacotes do protocolo IP deve ser passível de gerenciamento via QoS/ToS (Quality Of
Service/Type Of Service), carregando no ToS valores acordados com o ONS para utilização do DSCP
(Differentiated Services Code Point) como recurso para gerenciamento de utilização da banda de
comunicação nas redes do agente, do ONS, e de provedores de serviços de rede eventualmente contratados.
5.5.5. A configuração das prioridades dos serviços deve atender a rotina operacional referente à integração
dos dados fasoriais dos agentes no SMSF do ONS, no Submódulo 5.13.

5.6. Recursos de comunicação de dados para a rede de medição sincrofasorial

5.6.1. Os agentes devem fornecer os serviços de dados atendendo às especificações da classe A dos
requisitos de disponibilidade e aos requisitos de qualidade estabelecidos no Submódulo 2.15 – Requisitos
mínimos para telecomunicações.
5.6.2. A aferição da disponibilidade dos enlaces de comunicação dos agentes é realizada pelo conjunto dos
canais instalados no SAL do COSR-SE e SAL do CNOS/COSR-NCO e não individualmente, atendendo aos
requisitos de disponibilidade e qualidade estabelecidos no Submódulo 2.15.

6. IED (INTELLIGENT ELECTRONIC DEVICE)

6.1. Os IED com função PMU devem ter recursos que possibilitem a intervenção das equipes de manutenção
sem desligamento de componentes primários.
6.2. Os materiais e equipamentos a serem utilizados devem ser projetados, fabricados, montados e
ensaiados em conformidade com as revisões mais recentes das normas da Associação Brasileira de Normas

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos mínimos para Sistemas de Medição
2.13 Requisitos 2020.12 01/01/2021
Sincronizada de Fasores
Técnicas – ABNT, no que for aplicável, e, na falta dessas, com as revisões mais recentes das normas da IEC ou
da American National Standards Institute – ANSI, nessa ordem de preferência.
6.3. Todos os equipamentos e sistemas digitais devem atender aos requisitos das normas para
compatibilidade eletromagnética, aplicáveis nos graus de severidade adequados para instalação em
subestações de extra-alta-tensão.
6.4. Os IED com função PMU devem ser passíveis de atualização de firmware para correção de bugs a
qualquer momento, quando solicitado pelo ONS.
6.5. Os IED com função PMU devem ser independentes dos IED de proteção.
6.6. Os IED a serem instalados devem atender às normas definidas na rotina operacional referente à
integração dos dados fasoriais dos agentes no SMSF do ONS, no Submódulo 5.13.

7. REFERÊNCIAS

7.1. Não há referências nesse submódulo.

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Submódulo 2.14
Requisitos mínimos para o Sistema de
Medição para Faturamento

Requisitos

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2022.11 Despacho ANEEL nº 3.424/2022 29/11/2022


Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos mínimos para o Sistema de Medição
2.14 Requisitos 2022.11 02/01/2023
para Faturamento

ÍNDICE
1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 3

2. SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO ................................................................................ 3

2.1. Requisitos gerais ............................................................................................................................ 3

2.2. Medidores ...................................................................................................................................... 4

Características elétricas ............................................................................................... 4

Classe de exatidão ....................................................................................................... 4

Certificado.................................................................................................................... 4

Grandezas a medir ....................................................................................................... 4

Memória de massa ...................................................................................................... 4

Relógio/calendário interno .......................................................................................... 5

Preservação dos registros ............................................................................................ 5

Leitura dos registros .................................................................................................... 5

Autodiagnose ............................................................................................................... 5

Código de identificação ............................................................................................... 5

Qualidade de energia elétrica ..................................................................................... 6

2.3. Transformadores para instrumentos ............................................................................................ 6

2.4. Cabeamento secundário ................................................................................................................ 6

3. COMUNICAÇÃO DE DADOS ........................................................................................................... 6

3.1. Aquisição de leituras ...................................................................................................................... 6

3.2. Protocolos de comunicação........................................................................................................... 7

3.3. Canal de comunicação ................................................................................................................... 7

4. RECURSOS DE PROGRAMAÇÃO ..................................................................................................... 7

5. MEDIÇÃO DE RETAGUARDA .......................................................................................................... 8

6. LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIÇÃO ..................................................................................... 8

7. ARQUITETURA BÁSICA DO SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO ..................................... 16

8. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 16

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos mínimos para o Sistema de Medição
2.14 Requisitos 2022.11 02/01/2023
para Faturamento

1. OBJETIVO

1.1. Estabelecer os requisitos para o Sistema de Medição para Faturamento (SMF), inclusive para a
comunicação de dados, recursos de programação, medição de retaguarda, localização dos pontos de
medição e arquitetura básica do SMF.

2. SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO

2.1. Requisitos gerais

2.1.1. A cada circuito definido como ponto de medição deve corresponder um SMF independente.
2.1.1.1. Entende-se como SMF o sistema composto pelos medidores principal e de retaguarda, pelos
transformadores para instrumentos (TI) – transformador de potencial (TP) e de corrente (TC) –, pelos canais
de comunicação entre os agentes e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, e pelos sistemas
de coleta de dados de medição para faturamento.
2.1.2. O SMF deve ser projetado e executado atendendo às normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT e, nos casos omissos, às normas da International Electrotechnical Commission – IEC.
2.1.3. O SMF deve medir e registrar as energias, demandas, tensões, correntes e frequências presentes no
ponto de conexão para os possíveis sentidos do fluxo de potência ativa e reativa.
2.1.4. O SMF deve ser instalado em painel ou cubículo exclusivo, localizado nas salas de comando das
subestações, ou em abrigos apropriados próximos aos TI, nos quais devem ser instalados os medidores,
inclusive o medidor de retaguarda, devendo-se segregar, quando possível, SMF de propriedade de agentes
de medição distintos.
2.1.5. O SMF deve ter os circuitos secundários de corrente e potencial aterrados em único ponto por circuito,
cujos condutores de retorno devem ser independentes.
2.1.6. O painel ou cubículo destinado ao SMF deve ser aterrado diretamente na malha de terra da
subestação.
2.1.7. Os TC e TP de uso exterior devem ter caixa de junção com dispositivo para lacrar os pontos de acesso
aos circuitos da medição.
2.1.8. O SMF deve possuir dispositivos (chaves de aferição e blocos com terminais apropriados) que
possibilitem curto-circuitar e aterrar os secundários dos TC, possibilitem conectar instrumentos para ensaios
individuais por circuito e permitam manutenção, calibração dos medidores, fácil substituição dos medidores
e ensaios no cabeamento interno dos painéis, sem necessidade de desligamento dos circuitos.
2.1.9. O SMF deve ter garantia de inviolabilidade, através da colocação de selos eletrônicos (senhas) e/ou
mecânicos, pelas partes envolvidas.
2.1.10. O SMF deve ter facilidades de software e hardware que permitam operações de leitura,
programação, armazenamento, carga e alterações de parâmetros, tanto na forma local quanto na forma
remota.
2.1.11. Para subestação com arranjo de barramentos em anel ou disjuntor e meio, é permitida a totalização
das energias através da junção de secundários dos TC, correspondendo a único ponto de medição.
2.1.12. Os medidores ou TI mencionados ao longo da presente especificação podem ser substituídos por
conjuntos de medição, desde que as implicações técnicas sejam equivalentes e as diferenças de custos
aceitas pelos agentes envolvidos.

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Procedimentos de Rede - Módulo 2 - Critérios e Requisitos
Nome Submódulo Tipo Revisão Vigência
Requisitos mínimos para o Sistema de Medição
2.14 Requisitos 2022.11 02/01/2023
para Faturamento

2.2. Medidores

Características elétricas

2.2.1.1. Os medidores devem ser polifásicos, atendendo às ligações a 3 (três) ou 4 (quatro) fios, conforme o
sistema de potência trifásico considerado. As possíveis configurações são:
(a) 2 (dois) elementos, 3 (três) fios; ou
(b) 3 (três) elementos, 4 (quatro) fios.
2.2.1.2. Os medidores devem ser dimensionados considerando frequência nominal do sistema, corrente
nominal de acordo com o secundário do TC e tensão nominal de acordo com o secundário do TP.
2.2.1.3. Os medidores devem possuir independência de elementos e de sequência de fases, de forma a
garantir o mesmo desempenho em ensaio monofásico ou trifásico.

Classe de exatidão

2.2.2.1. Os medidores devem atender a todos os requisitos metrológicos pertinentes ao índice de classe D
(0,2) prescritos em regulamento técnico específico [1], ou aquele que vier substituí-lo, para todos os sentidos
de fluxo de potência ativa ou reativa.
2.2.2.2. Para os sistemas de medição de serviço auxiliar, nos pontos cuja potência não exceda 10 MW,
podem ser aceitos medidores que atendam a todos os requisitos metrológicos pertinentes ao índice de classe
C (0,5), desde que aceitos pela CCEE e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS.

Certificado

2.2.3.1. Os medidores devem ter certificado de conformidade de modelo aprovado, emitido pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO.

Grandezas a medir

2.2.4.1. Os medidores devem permitir a medição e o registro de pelo menos as seguintes grandezas elétricas:
(a) energia ativa e energia reativa com resolução de 3 (três) casas decimais;
(b) tensão e corrente RMS por fase com resolução de 2 (duas) casas decimais;
(c) demanda ativa e demanda reativa, de forma bidirecional, com pelo menos 4 (quatro) registros
independentes, 2 (dois) para cada sentido de fluxo (quatro quadrantes), com resolução de 3 (três)
casas decimais; e
(d) frequência com resolução de 2 (duas) casas decimais.
2.2.4.2. As unidades de medida devem ser programáveis (Wh, kWh, MWh, varh, kvarh, Mvarh, V, kV, A, kA
etc.).
2.2.4.3. Os medidores podem possuir, adicionalmente, uma saída específica para as medições instantâneas
(potências ativa e reativa, fator de potência, corrente, tensão, frequência etc.).

Memória de massa

2.2.5.1. Os medidores devem possuir memória de massa com capacidade de armazenar os dados de energia
e demanda, ativa e reativa, de forma bidirecional, tensões e correntes RMS e frequência, em intervalos de

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integração programáveis de 5 (cinco) a 60 (sessenta) minutos durante o período mínimo de 32 (trinta e dois)
dias.

Relógio/calendário interno

2.2.6.1. Os medidores devem possuir relógio/calendário interno com recurso de sincronismo externo ao
Greenwich Mean Time (GMT) - 3 horas, independentemente do fuso horário de sua localização geográfica.
2.2.6.2. No caso de haver registro faltante, em duplicidade ou com defasagem de sincronismo, fora dos
limites empregados pela CCEE, cada registro será tratado como dado faltante pela CCEE para fins de apuração
da penalidade de medição do agente responsável pelo SMF, conforme os Procedimentos de Comercialização
[2].

Preservação dos registros

2.2.7.1. Os medidores devem ser dotados de um sistema de preservação e salvamento dos registros durante
as perdas de alimentação e armazenar os dados em memória não volátil por pelo menos 100 (cem) horas.

Leitura dos registros

2.2.8.1. Os medidores devem possuir mostrador digital para leitura local com pelo menos 6 (seis) dígitos e
indicar de forma cíclica as grandezas programadas a serem medidas, associadas às suas respectivas unidades
primárias, ou seja, levando em conta sua constante kh e as relações de transformação dos TI.
2.2.8.2. Os medidores devem permitir, através de interface de comunicação, a leitura dos valores medidos
e da memória de massa.
2.2.8.3. Os medidores devem possuir no mínimo duas portas de comunicação independentes com acesso
simultâneo ou que permitam a priorização de uma delas. Uma será de uso exclusivo da CCEE e a outra de
acesso aos agentes envolvidos na medição do ponto.
2.2.8.3.1. A porta da CCEE deve ser acoplada a um canal de Internet estável e de bom desempenho, sob o
qual será estabelecido um túnel VPN (Virtual Private Network) entre o medidor e a CCEE.
2.2.8.3.2. Os medidores devem ter capacidade de gerenciar o acesso simultâneo às suas portas de
comunicação de forma que a porta de acesso disponibilizada à CCEE permita o acesso aos registros de
memória de massa do medidor em tempo integral.
2.2.8.4. Os medidores devem fornecer um registro com data e hora das últimas 15 (quinze) ocorrências de
falta de alimentação e 15 (quinze) ocorrências de alterações realizadas na programação do medidor.
2.2.8.5. No caso de consumidores livres ou especiais, os medidores podem possuir saída de pulsos adequada
para controlador de demanda.

Autodiagnose

2.2.9.1. Os medidores devem ser providos de rotinas de autodiagnose com alcance a todos os seus módulos
funcionais internos, com capacidade de localizar e registrar localmente (mostrador/alarme) e remotamente
qualquer anormalidade funcional.

Código de identificação

2.2.10.1. Os medidores devem permitir a programação de um código de identificação alfanumérico com


pelo menos 14 (catorze) dígitos que possa ser lido remotamente através do protocolo do medidor.

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Qualidade de energia elétrica

2.2.11.1. Os medidores devem atender aos requisitos para a medição de Qualidade de Energia Elétrica (QEE)
e registrar as grandezas elétricas necessárias para o cálculo dos indicadores de QEE, no que concerne a tensão
de atendimento em regime permanente e a Variação de Tensão de Curta Duração (VTCD), conforme
estabelecido nos Submódulo 2.9 – Requisitos mínimos de qualidade de energia elétrica para acesso ou
integração à Rede Básica e Submódulo 9.7 – Indicadores de qualidade de energia elétrica da Rede Básica.

2.3. Transformadores para instrumentos

2.3.1. Não devem ser usados transformadores auxiliares nos secundários dos TI.
2.3.2. Os secundários exclusivos para medição de faturamento dos TI devem ter classe de exatidão 0,3 ou
melhor para todas as cargas e todas as relações, consideradas as condições de projeto, e para a frequência
nominal do sistema. Para medição de serviço auxiliar, aceita-se a classe de exatidão 0,6.
2.3.3. Os TC devem ser especificados para uma corrente secundária nominal em conformidade com a
corrente nominal dos medidores. O fator térmico deve ser o previsto para requisito do sistema ou situação
de contingência.
2.3.4. Ao especificar os TP, deve-se considerar que a carga secundária aplicada esteja em conformidade com
a carga simultânea especificada pelo fabricante.
2.3.5. Os TI devem possuir enrolamentos secundários exclusivos para o SMF. As caixas de terminais devem
ter dispositivos que permitam lacrar os pontos de acesso aos circuitos de medição.
2.3.6. Os TC devem ter a mudança de relação preferencialmente no primário. No caso de mudança de
relação no secundário, o TC deve apresentar a mesma exatidão em todas as relações.
2.3.7. Não devem ser utilizados fusíveis nos secundários dos TP. Caso a proteção do secundário do TP seja
considerada imprescindível pelo agente responsável pelo SMF ou pelo agente conectado, admite-se o uso de
micro-disjuntores com supervisão de estado através de contato auxiliar.

2.4. Cabeamento secundário

2.4.1. Os condutores utilizados para interligação dos secundários dos TC aos elementos de corrente dos
medidores devem ser especificados de modo que a carga total imposta não seja superior à carga padronizada
dos TC.
2.4.2. Os condutores utilizados para interligação dos secundários dos TP indutivos e/ou capacitivos aos
elementos de potencial dos medidores devem ser especificados de modo a não introduzir um erro na
medição superior a 0,05% para fator de potência de 0,8.
2.4.3. O cabo utilizado deve ser multicondutor blindado.
2.4.4. A blindagem e os condutores não utilizados devem ser aterrados junto ao painel ou cubículo de
medição.

3. COMUNICAÇÃO DE DADOS

3.1. Aquisição de leituras

3.1.1. O SMF deve possibilitar a comunicação remota direta com os medidores, com o objetivo de viabilizar
os procedimentos de leitura.

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3.1.2. O SMF deve possibilitar a realização de verificações contínuas dos valores registrados e memória de
massa, para informações estratégicas do mercado, através da aquisição de leituras em tempo integral.
3.1.3. A aquisição de leituras em tempo integral deve ser um processo que permita, por meio de um canal
de comunicação, fazer leituras dos valores registrados e da memória de massa em intervalo de tempo
programado.
3.1.4. O agente responsável pelo SMF pode utilizar uma central de aquisição própria. Nesse caso deve
instalar o programa computacional específico da CCEE responsável pelo envio dos arquivos XML (Extensible
Markup Language) da central de aquisição do agente para o sistema de coleta de dados de energia da CCEE,
sendo o agente responsável pela geração dos arquivos XML requisitados nos intervalos de coleta definidos.
3.1.5. Quando o sistema de medição da CCEE acessar diretamente os medidores, a estrutura de
comunicação/medidores deve permitir o acesso simultâneo da CCEE e dos agentes envolvidos, sem que um
prejudique o acesso do outro.
3.1.5.1. A topologia de comunicação dos medidores assim como a capacidade do link deve ser implementada
de modo a permitir o acesso simultâneo a todos os medidores da instalação. Não são aceitos medidores que
não respeitem o requisito de acesso simultâneo nos termos supracitados ou estejam ligados em cascata,
spliters ou configurações seriais que criem alguma situação em que a leitura dos demais medidores esteja
sujeita à espera de liberação do canal de comunicação.

3.2. Protocolos de comunicação

3.2.1. Podem ser aceitos todos os protocolos de medidores, desde que seus fornecedores desenvolvam os
protocolos nos padrões e para as aplicações definidas pela CCEE, e forneçam à CCEE toda a documentação
detalhada do protocolo.

3.3. Canal de comunicação

3.3.1. Deve ser disponibilizado um canal de comunicação estável e de bom desempenho para permitir a
aquisição de leituras a qualquer tempo, diretamente de cada ponto de medição, conforme disposto nos
Procedimentos de Comercialização [2].
3.3.2. O canal de comunicação utilizado deve permitir a transferência dos dados numa taxa mínima
compatível com a transmissão dos pacotes de dados de seu medidor, conforme detalhado nos
Procedimentos de Comercialização [2].

4. RECURSOS DE PROGRAMAÇÃO

4.1. O SMF deve possuir software específico de programação, leitura, totalização dos dados e emissão de
relatórios. Esse software deve possibilitar:
(a) programação do horário de verão;
(b) aquisição, de forma automática, dos valores registrados na memória de massa, em datas e horários
pré-programados;
(c) criação de arquivos de saída no formato ASCII (American Standard Code for Information Interchange),
de forma que os dados sejam facilmente processados por outro software disponível no mercado;
(d) programação de grandezas elétricas em intervalos de integração de 5 (cinco) a 60 (sessenta) minutos,
em múltiplos de 5 (cinco) minutos, para armazenamento de dados na memória de massa;

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(e) programação dos multiplicadores das grandezas medidas;


(f) programação da relação dos TI, a fim de que os valores medidos sejam referidos aos valores primários;
(g) aquisição parcial dos valores registrados na memória de massa dos medidores, de forma que seja
possível buscar apenas os dados referentes ao período requisitado; e
(h) aquisição dos dados pela CCEE, diretamente dos medidores ou da central de aquisição do agente
responsável pelo SMF.

5. MEDIÇÃO DE RETAGUARDA

5.1. A medição de retaguarda deve ser composta de um medidor igual ou equivalente ao medidor principal,
instalado no mesmo painel, com as mesmas informações de corrente e tensão (mesmos enrolamentos
secundários dos TI).
5.2. A medição de retaguarda deve atender aos requisitos especificados neste submódulo, inclusive aqueles
relativos à comunicação.
5.3. A medição de retaguarda deve ser instalada e comissionada conforme os critérios que foram
estabelecidos para a medição principal.
5.4. A medição de retaguarda não é permitida nos pontos destinados à medição da geração bruta de agente
de geração.

6. LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIÇÃO

6.1. Os SMF devem ser instalados nas conexões:


(a) com a Rede Básica;
(b) com as Demais Instalações de Transmissão (DIT);
(c) com as Instalação de Transmissão de Interesse Exclusivo de Centrais de Geração para Conexão
Compartilhada (ICG);
(d) com as instalações de transmissão destinadas a interligação internacional conectadas à Rede Básica;
(e) com as instalações sob responsabilidade de agente de distribuição;
(f) com as instalações sob responsabilidade de agente de geração;
(g) com as instalações sob responsabilidade de consumidor livre ou especial;
(h) entre agentes que fazem parte da CCEE;
(i) de agentes que não fazem parte da CCEE, no caso de impactar a contabilização da CCEE;
(j) de interligação entre submercados;
(k) de unidades geradoras ou grupos de unidades geradoras de tecnologia térmica ou hidráulica
pertencentes a usinas classificadas na modalidade de operação Tipo I ou Tipo II-A, para medição da
geração bruta;

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(l) de serviço auxiliar de subestação ou usina com instalações integrantes da Rede Básica, das instalações
de transmissão destinadas a interligação internacional conectadas à Rede Básica, das ICG ou das DIT;
(m) de centrais geradoras associadas, nas quais a medição deve ser distinta por tecnologia de geração; e
(n) de centrais geradoras híbridas, nas quais a medição deve ser distinta por tecnologia de geração,
quando for da opção da outorga da central geradora.
6.2. No acesso à Rede Básica compartilhado por mais de uma distribuidora, a medição deve ser no ponto de
conexão com as DIT, conforme ilustrado na Figura 1.

Figura 1 - Pontos de medição no acesso de DIT à Rede Básica

6.3. No acesso à Rede Básica de uma distribuidora, ainda que por meio de vários ramais, a medição pode ser
global no lado de baixa tensão da transformação, conforme ilustrado na Figura 2, desde que não existam
elementos de compensação de potência reativa ou serviços auxiliares ligados no barramento.
6.3.1. Para qualquer alteração futura dessa condição, a localização da medição deve ser refeita conforme o
item 6.1. deste submódulo.

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Figura 2 - Ponto de medição no acesso de uma distribuidora à Rede Básica

6.4. No acesso à Rede Básica compartilhado por mais de uma distribuidora, ou mais de um consumidor livre
ou especial, na mesma entrada de linha, as medições devem ser no ponto de conexão com as DIT ou ICG e
nos pontos de conexão entre cada distribuidora/consumidor, como ilustrado na Figura 3.

Figura 3 - Pontos de medição no acesso compartilhado de distribuidoras à Rede Básica

6.5. Para usinas classificadas na modalidade de operação Tipo I ou Tipo II-A, conforme Submódulo 7.2 –
Classificação da modalidade de operação de usinas, com conexão à Rede Básica, às instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica, às DIT,
às ICG ou às instalações sob responsabilidade de agente de distribuição, a medição deve ser, como ilustrado
na Figura 4:
(a) para medição de geração líquida: nos pontos de conexão da usina; e
(b) para medição da geração bruta: na saída de cada unidade geradora.
6.5.1. No caso de unidade geradora eólica ou fotovoltaica, a medição é apenas no ponto de conexão, uma
vez que não há medição bruta.

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Figura 4 - Pontos de medição na conexão de usinas Tipo I ou Tipo II-A

6.6. Para usinas classificadas na modalidade de operação Tipo II-B ou Tipo II-C conectadas à Rede Básica, às
instalações de distribuição, às DIT ou às ICG, a medição deve ser no ponto de conexão da usina para medição
da geração líquida, como ilustrado na Figura 5.

Figura 5 - Pontos de medição na conexão de usinas Tipo II-B ou Tipo II-C

6.7. Para usinas classificadas na modalidade de operação Tipo I ou Tipo II-A com conexão à Rede Básica, às
instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede

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Básica, às DIT, às ICG ou às instalações sob responsabilidade de agente de distribuição por meio de linha de
transmissão de uso exclusivo, a medição deve ser, como ilustrado na Figura 6:
(a) para medição da geração líquida: nos pontos de conexão da usina; e
(b) para medição da geração bruta: na saída de cada unidade geradora.
6.7.1. No caso de unidade geradora eólica ou fotovoltaica, a medição é apenas no ponto de conexão, uma
vez que não há medição bruta.

Figura 6 - Pontos de medição na conexão de usinas Tipo I ou Tipo II-A

6.8. Para usinas classificadas na modalidade de operação Tipo II-B ou Tipo II-C conectadas à Rede Básica, às
instalações de distribuição, às DIT ou às ICG através de linhas de transmissão de uso exclusivo, a medição
deve ser no ponto de conexão da usina, para medição da geração líquida, conforme ilustrado na Figura 7.

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Figura 7 - Pontos de medição na conexão de usinas Tipo II-B ou Tipo II-C

6.9. Para consumidores livres ou especiais, a medição deve ser no ponto de conexão à Rede Básica, às
instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica, às ICG ou às DIT, conforme ilustrado na Figura 8.

Figura 8 - Pontos de medição na conexão de consumidores livres ou especiais

6.10. Nos pontos de conexão entre agentes da CCEE, a medição deve ser instalada no lado do agente
conectado, conforme ilustrado na Figura 9.

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Figura 9 - Pontos de medição na conexão entre agentes que fazem parte da CCEE

6.11. Nos pontos de conexão de distribuidora ou geradora não agente da CCEE, a medição deve ser instalada
no lado do agente conectado, conforme ilustrado na Figura 10.

Figura 10 - Pontos de medição na conexão de distribuidora ou geradora não agente da CCEE

6.12. No acesso à Rede Básica de usinas por meio de conexão às ICG, a medição deve ser instalada, conforme
ilustrado na Figura 11:

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(a) em cada conexão de usina com a ICG; e


(b) nos pontos de conexão da ICG com a Rede Básica.

Figura 11 - Pontos de medição no acesso à Rede Básica por meio de ICG

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7. ARQUITETURA BÁSICA DO SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO

7.1. A arquitetura básica do SMF deve ser conforme o disposto na Figura 12.

Figura 12 - Arquitetura básica do SMF

8. REFERÊNCIAS

[1] INMETRO. Regulamento Técnico Metrológico (RTM) aprovado pela Portaria INMETRO nº 587, de 5 de
novembro de 2012.
[2] CCEE. Procedimentos de Comercialização, Submódulo 1.2 – Cadastro de agentes.

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Submódulo 2.15
Requisitos mínimos para
telecomunicações

Requisitos

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2022.02 Despacho ANEEL nº 427/2022 15/02/2022


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Requisitos mínimos para telecomunicações 2.15 Requisitos 2022.02 23/02/2022

ÍNDICE

1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 3

2. CLASSES DE SERVIÇO DE VOZ E DE DADOS ..................................................................................... 3

2.1. Requisitos gerais ............................................................................................................................ 3

2.2. Classe A .......................................................................................................................................... 3

2.3. Classe B .......................................................................................................................................... 3

2.4. Classe C .......................................................................................................................................... 3

3. QUALIDADE .................................................................................................................................. 4

4. CONFIGURAÇÃO DE VOZ E DE DADOS ........................................................................................... 4

4.1. Hierarquia do sistema de comunicação ........................................................................................ 4

4.2. Comunicação de voz ...................................................................................................................... 5

4.3. Comunicação de dados .................................................................................................................. 6

5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 8

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1. OBJETIVO

1.1. Estabelecer os requisitos dos serviços de telecomunicações usados para:


(a) dar suporte às atribuições do ONS; e
(b) viabilizar a teleassistência.

2. CLASSES DE SERVIÇO DE VOZ E DE DADOS

2.1. Requisitos gerais

2.1.1. Para atender à operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), o serviço de telecomunicações deve
dispor de serviços de comunicação de voz e de dados, em conformidade com este submódulo e com o
Submódulo 9.6 – Indicadores de desempenho dos sistemas de supervisão e controle e dos serviços de
telecomunicações. Esses serviços devem ser oferecidos em três classes: Classe A, Classe B e Classe C.

2.2. Classe A

2.2.1. O serviço Classe A deve apresentar disponibilidade total de 99,98%, apurada mensalmente, cujo valor
de referência é o somatório dos últimos 12 (doze) meses. Isso implica uma indisponibilidade máxima total,
num período de 12 (doze) meses, de 1 (uma) hora e 45 (quarenta e cinco) minutos.
2.2.2. Este serviço deve ser prestado com recursos de telecomunicações independentes disponibilizados por
meio de duas rotas, também independentes, com uma disponibilidade individual de pelo menos 99,00%.
2.2.3. Para os serviços de Classe A que possuírem uma de suas extremidades em instalações do ONS, um
circuito deve ser direcionado para a localidade onde se encontra o Sistema Local de Aquisição (SAL) e a outra
para a localidade onde se encontra o Sistema Remoto de Aquisição de Dados (SAR).
2.2.4. Os canais com uma das extremidades no ONS devem ser monitorados por este. Os agentes devem
disponibilizar equipamentos, que permitam a realização desta monitoração, configurados para aceitar
protocolos ICMP (Internet Control Message Protocol) e consultas SNMP (Simple Network Management
Protocol).

2.3. Classe B

2.3.1. O serviço Classe B deve apresentar disponibilidade total igual ou superior a 99,00%, apurada
mensalmente, cujo valor de referência é o somatório dos últimos 12 (doze) meses. A indisponibilidade
máxima total num período de 12 (doze) meses para o serviço Classe B é de 87 (oitenta e sete) horas e 36
(trinta e seis) minutos.
2.3.2. Quando se tratar de comunicação com o ONS, o serviço Classe B deve ser disponibilizado pelo agente
na localidade designada pelo ONS.
2.3.2.1. Estes canais devem ser monitorados pelo ONS. Os agentes devem disponibilizar equipamentos, que
permitam a realização desta monitoração, configurados para aceitar protocolos ICMP (Internet Control
Message Protocol) e consultas SNMP (Simple Network Management Protocol).
2.3.3. O agente pode ser chamado a instalar um segundo canal de comunicação de dados e/ou voz quando
um único canal não estiver atendendo a disponibilidade requerida. Neste caso, o segundo canal deve,
também, ser instalado na localidade indicada pelo ONS.

2.4. Classe C

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2.4.1. O serviço de Classe C pode ser atendido por canais de telefonia pública comutada, que não serão
monitorados.

3. QUALIDADE

3.1. Todos os serviços de interesse do ONS realizados sobre sistemas de transmissão de dados, puramente
digitais, devem atender aos requisitos estabelecidos nesta seção.
3.2. Requisito qualitativo dos circuitos: a taxa de erro de bit, medida durante 15 (quinze) minutos, deve ser
igual a 0 (zero), para qualquer taxa de transmissão igual ou superior a 64 Kbps em, pelo menos, uma medida
entre três realizadas.
3.3. No caso de uso de canais de voz com compressão, são admitidas as subtaxas de 8 Kbps (ITU-T G.729) e
16 Kbps (ITU-T G.728), desde que não sejam utilizadas mais do que três seções com compressão em cascata.
3.4. No caso de uso de redes para o provimento dos serviços, deve-se atender:
(a) latência (round trip):  140 ms;
(b) variação estatística do retardo:  20 ms; e
(b) taxa de perda de pacotes:  1%.
3.5. No caso de uso de redes baseadas em satélites para o provimento dos serviços, deve-se atender:
(a) latência (round trip):  700 ms;
(b) variação estatística do retardo:  90 ms;
(b) taxa de perda de pacotes: < 1%.
3.5.1. O uso de satélites só é permitido quando for comprovada a impossibilidade técnica ou inviabilidade
econômica de provimento através de outros meios.
3.5.2. É vedada a instalação de antena nas instalações do ONS. A antena deve ser instalada nas dependências
do provedor de telecomunicações e a última milha, até o ONS, deve ser provida por enlace terrestre.

4. CONFIGURAÇÃO DE VOZ E DE DADOS

4.1. Hierarquia do sistema de comunicação

4.1.1. A Figura 1 apresenta a hierarquia do sistema de comunicação e as possíveis configurações dos serviços
de comunicação de voz e de dados para suporte às atividades da operação, considerando os centros de
operação do ONS e os centros de operação dos agentes de operação.

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Requisitos mínimos para telecomunicações 2.15 Requisitos 2022.02 23/02/2022

Figura 1 - Configurações possíveis para os serviços de telecomunicações de voz e/ou de dados, considerando os
centros de operação do ONS

4.2. Comunicação de voz

4.2.1. Os serviços de comunicação de voz devem suportar as atividades de normatização, pré-operação,


operação em tempo real, pós-operação, apoio e coordenação de telecomunicações, planejamento e
programação da operação.
4.2.2. O ONS se comunica por voz diretamente com a instalação do agente de operação quando este não
tem centro de operação concentrando a supervisão de suas instalações.
4.2.3. Para suporte às atividades de operação em tempo real:
(a) Devem ser disponibilizados serviços de telefonia direta Classe A entre:
(1) os centros de operação do ONS (sob responsabilidade do ONS);
(2) os centros de operação do ONS e os centros dos agentes, exceto:
(i) distribuidoras e/ou consumidores livres que têm previsão de corte de carga igual ou superior a
5 MW em menos de 50% dos patamares de frequência sustentada, indicados na instrução de
operação referente ao gerenciamento da carga para controle de frequência no sistema do
Submódulo 5.12 – Instruções de Operação; e
(ii) distribuidoras e/ou consumidores livres que têm previsão de corte de carga inferior a 5 MW
em todos os patamares de frequência sustentada, indicados na instrução de operação
referente ao gerenciamento da carga para controle de frequência no sistema do Submódulo
5.12.
(3) os centros de operação do ONS e as instalações da Rede de Operação e Supervisão que se
relacionam diretamente com algum centro de operação do ONS, exceto:
(i) as usinas classificadas em modalidade de operação Tipo II-A, conforme o Submódulo 7.2 –
Classificação da modalidade de operação de usinas; e

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Requisitos mínimos para telecomunicações 2.15 Requisitos 2022.02 23/02/2022

(ii) os conjuntos de usinas classificadas em modalidade de operação Tipo II-C conectados na rede
de distribuição ou em Demais Instalações de Transmissão (DIT);
(4) os centros de operação dos agentes e as suas respectivas instalações estratégicas, classificadas
conforme critérios definidos no Submódulo 2.2 – Definição das instalações estratégicas; e
(5) os centros de operação dos agentes que compartilham instalações.
(b) Devem ser disponibilizados, pelo menos, serviços de telefonia direta Classe B entre:
(1) os centros de operação do ONS e as usinas em modalidade de operação Tipo II-A que se
comunicam diretamente com algum centro de operação do ONS;
(2) os centros de operação do ONS e os conjuntos de usinas em modalidade de operação Tipo II-C
conectados na rede de distribuição ou em DIT, que se comunicam diretamente com algum centro
de operação do ONS;
(3) os centros de operação do ONS e as distribuidoras e/ou consumidores livres que têm previsão de
corte de carga igual ou superior a 5MW em até 50% dos patamares de frequência sustentada,
indicados na instrução de operação referente ao gerenciamento da carga para controle de
frequência no sistema do Submódulo 5.12;
(4) os centros de operação dos agentes e as suas respectivas instalações não estratégicas; e
(5) o centro de operação local do agente e as subestações envolvidas.
(c) Devem ser disponibilizados pelo menos 2 (dois) canais do tipo DDD (serviço de telefonia comutada –
Classe C) para uso dedicado entre:
(1) os centros de operação do ONS e as distribuidoras e/ou consumidores livres que têm previsão de
corte de carga inferior a 5 MW em todos os patamares de frequência sustentada, indicados na
instrução de operação referente ao gerenciamento da carga para controle de frequência no
sistema do Submódulo 5.12.
4.2.4. Para suporte às demais atividades, o serviço de comunicação de voz pode ser atendido através de
telefonia comutada – Classe C.

4.3. Comunicação de dados

4.3.1. Os serviços de comunicação de dados devem suportar as atividades de normatização, pré-operação,


operação em tempo real, pós-operação, planejamento e programação da operação.
4.3.2. Para suporte às atividades da operação em tempo real:
(a) Devem ser disponibilizados serviços Classe A:
(1) entre os centros de operação do ONS (sob responsabilidade do ONS);
(2) entre os centros de operação do ONS e os centros de operação dos agentes de operação com os
quais o ONS se relaciona;
(3) entre os centros de operação do ONS e as instalações de transmissão e de geração, para atender
aos requisitos de Controle Automático de Geração (CAG);
(4) entre os centros de operação do ONS e as instalações de transmissão e geração que sejam
supervisionadas diretamente pelo ONS, exceto:
(i) as usinas em modalidade de operação Tipo II-A e Tipo II-B; e

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(ii) os conjuntos de usinas classificadas em modalidade de operação Tipo II-C conectados na rede
de distribuição ou em DIT;
(5) entre as instalações dos agentes que devem coletar e enviar os dados sincrofasoriais para os
centros de operação do ONS;
(i) o primeiro canal de comunicação deve conectar a PMU (Phasor Measurement Unit) ou PDC
(Phasor Data Concentrator) com o Sistema de Aquisição de Dados Local do Rio de Janeiro (SAL-
RIO) e o segundo canal de comunicação deve conectar a PMU ou PDC com o Sistema de
Aquisição de Dados Local de Brasília (SAL-BSB);
(6) entre os centros de operação do agente e as suas respectivas instalações teleassistidas,
desprovidas de assistência local ininterrupta, classificadas como instalações estratégicas
classificadas conforme critérios definidos no Submódulo 2.2.
(i) O próprio agente deve monitorar, registrar e apurar a disponibilidade dos serviços de dados
das instalações teleassistidas que não possuem assistência local, sem a obrigatoriedade de se
utilizar protocolo TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol). O resultado dessa
apuração deve estar disponível para eventual fiscalização da ANEEL, conforme o procedimento
e a periodicidade estabelecidos no Submódulo 6.10 – Avaliação do desempenho dos serviços
de telecomunicações que atendem à Operação do SIN.
(b) Devem ser disponibilizados serviços Classe B:
(1) entre os centros de operação do ONS e pontos definidos pelo ONS, para detecção de ilhamento
conforme o estabelecido no Submódulo 2.12 – Requisitos mínimos de supervisão e controle para
a operação;
(i) as informações de frequência podem ser roteadas pelo centro de operação do agente, mas
devem ser enviadas a partir do transdutor de frequência;
(2) entre os centros de operação do ONS e as usinas em modalidade de operação Tipo II-A e Tipo II-B;
e
(3) entre os centros de operação do ONS e os conjuntos de usinas classificadas em modalidade de
operação Tipo II-C conectados na rede de distribuição ou em DIT;
(c) Devem ser disponibilizados, pelo menos, serviços Classe B entre os centros de operação dos agentes
e as suas respectivas instalações não estratégicas ou estratégicas com assistência local ininterrupta.
4.3.3. Para suporte às atividades de normatização, pré-operação, pós-operação, programação e
planejamento da operação, e demais sistemas de apoio disponibilizados pelo ONS, os agentes de operação
devem dispor de meio de acesso à internet, dimensionado de forma a suportar o carregamento imposto pelo
conjunto dessas atividades.
4.3.3.1. As redes atualmente utilizadas como suporte para essas atividades só podem ser desativadas com a
anuência das áreas do ONS por elas responsáveis.

5. REFERÊNCIAS

5.1. Não há referências neste documento.

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Submódulo 2.16
Requisitos operacionais para centros de
operação e instalações da Rede de
Operação

Requisitos

Revisão Motivo da revisão Data de aprovação

2022.02 Despacho ANEEL nº 427/2022 15/02/2022


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ÍNDICE

1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 3

2. REQUISITOS PARA OS CENTROS DE OPERAÇÃO ............................................................................. 3

3. REQUISITOS PARA INSTALAÇÕES DA REDE DE OPERAÇÃO .............................................................. 4

4. REQUISITOS PARA ASSISTÊNCIA DAS INSTALAÇÕES DA REDE DE OPERAÇÃO .................................. 5

4.1. Aspectos gerais .............................................................................................................................. 5

4.2. Teleassistência ............................................................................................................................... 5

4.3. Instalações estratégicas ................................................................................................................. 6

5. REQUISITOS PARA REGIME ESPECIAL DE OPERAÇÃO ...................................................................... 7

6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 8

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1. OBJETIVO

1.1. Definir os requisitos operacionais necessários para o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS e os
agentes de operação referentes aos centros de operação e instalações da Rede de Operação e os requisitos
para preparação e operação durante o regime especial de operação.

2. REQUISITOS PARA OS CENTROS DE OPERAÇÃO

2.1. Os seguintes centros de operação e instalações devem estar localizados em território nacional:
(a) os centros de operação dos agentes que se relacionam com os centros de operação do ONS; e
(b) os centros de operação e instalações dos agentes que realizam teleassistência das instalações
localizadas na Rede de Operação ou das instalações que fazem parte de um conjunto de usinas,
independentemente de se relacionarem com o centro de operação do ONS.
2.2. Os centros de operação do ONS e dos agentes devem dispor de:
(a) equipe de operadores em regime de turno ininterrupto, dimensionada para:
(i) realizar com eficiência as atividades de operação sob sua responsabilidade, em todas as
condições de operação, levando em consideração a quantidade, complexidade das instalações
e recursos tecnológicos de automatismo;
(ii) atuar com celeridade e segurança nos momentos de distúrbio e consequente restabelecimento
para que não haja retardo ou comprometimento do processo de recomposição.
(b) operadores devidamente habilitados e certificados para as atividades de tempo real, por meio da
Certificação de 1ª Parte de Operadores de Sistema e de Instalações, conforme detalhado no
Submódulo 5.13 – Rotinas Operacionais;
(c) plano de contingência, tais como existência de centro de operação reserva (“backup”) ou plano de
assunção de atividades por centros regionais, para garantir a continuidade de seu serviço, sem que
eventuais falhas comprometam a operação do SIN.
(d) recursos de comunicação de voz e dados, conforme estabelecido no Submódulo 2.15 – Requisitos
mínimos para telecomunicações;
(e) recursos de gravação de voz instalados nos centros de operação e também, para os centros de
operação dos agentes, sistema de gravação das comunicações operacionais com as suas instalações;
(1) As informações gravadas devem ser prontamente disponibilizadas para Agência Nacional de
Energia Elétrica – ANEEL e para ONS, quando solicitadas.
(2) No caso de perda de gravação ou falha no gravador do agente, caso seja necessário para auxiliar a
análise de ocorrências no SIN, o ONS poderá disponibilizar ao agente as gravações entre os seus
centros e do agente.
(f) arquivo dos registros de comunicação de voz gravadas pelos agentes e pelo ONS por um período
mínimo de 2 meses; exceto:
(1) As gravações de voz relativas a eventos que foram objeto do Relatório de Análise de Ocorrência,
Relatório de Análise da Operação, descritos no Submódulo 6.2 – Análise de operação, ocorrências

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e perturbações e acompanhamento das providências, ou Relatório de Análise de Perturbação


descrito no Submódulo 6.3 – Análise de perturbação, que devem ser armazenadas por um período
mínimo de 2 anos.
(g) recursos de telessupervisão das instalações localizadas nas suas áreas de atuação na Rede de
Supervisão;
(h) política de segurança e recursos tecnológicos para proteção contra ataques cibernéticos na Rede de
Supervisão e controle dos centros de operação; e
(i) redundância, por duplicação ou intrínseca, em equipamentos e sistemas quando prestarem
assistência remota a instalações estratégicas desprovidas de assistência local ininterrupta.
2.3. Os serviços auxiliares dos centros de operação do ONS e dos agentes devem dispor de:
(a) uma fonte de corrente alternada (CA) externa;
(b) um sistema auxiliar para atender de forma ininterrupta as cargas essenciais do centro de operação,
composto por uma fonte CA independente, com autonomia e capacidade para atender essas cargas;
e
(c) uma fonte CC, composta por UPS, nobreak ou baterias, utilizada para realizar o chaveamento entre
as fontes citadas em (a) e (b) em caso de perda da alimentação externa, com capacidade para
atendimento de forma ininterrupta às cargas essenciais do centro de operação por pelo menos 2
horas;
(d) adicionalmente aos requisitos obrigatórios contidos nos itens (a), (b) e (c), e com o objetivo de conferir
maior confiabilidade à alimentação elétrica do centro de operação, deve ser garantida também a
existência de:
(1) uma fonte adicional de corrente alternada (CA) externa; ou
(2) uma fonte adicional de corrente alternada (CA) interna, com as mesmas características da descrita
no item (b); ou
(3) autonomia adicional no sistema CC indicado no item (c), totalizando no mínimo 10 horas, para
atender de forma ininterrupta as cargas essenciais dos equipamentos de telecomunicação, e 5
horas, para atender de forma ininterrupta as cargas do sistema de supervisão e controle; ou
(4) plano de contingência que garanta o tempo máximo de 60 minutos para assunção plena da
operação através de centro backup.
2.4. Os serviços auxiliares dos centros de operação do ONS e dos agentes devem ser submetidos a testes
periódicos de performance e devem ter programas de manutenção para garantir o atendimento aos
requisitos estabelecidos no item 2.3. deste submódulo.

3. REQUISITOS PARA INSTALAÇÕES DA REDE DE OPERAÇÃO

3.1. As instalações que possuem relacionamento operacional direto com o centro de operação do ONS
devem dispor de:
(a) recursos humanos locais que assegurem a realização adequada das ações de comando e execução da
operação, sob responsabilidade dos agentes e demandadas pelos centros de operação do ONS;

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operação e instalações da Rede de Operação

(b) operadores devidamente habilitados e certificados para as atividades de tempo real, conforme
detalhado no Submódulo 5.13;
(c) equipe de operadores em regime de turno ininterrupto, dimensionada de forma compatível com as
atividades a serem executadas;
(d) recursos de comunicação de voz com o centro de operação do ONS com o qual se relaciona, conforme
requisitos estabelecidos no Submódulo 2.15; e
(e) recursos de supervisão e comando locais da subestação ou usina.
3.2. Os serviços auxiliares das instalações da Rede de Operação devem ser submetidos a testes periódicos de
performance e ao programa de manutenção para garantir a continuidade do serviço, com registro de
realização dos testes disponível pelos agentes responsáveis por um período mínimo de 5 anos.

4. REQUISITOS PARA ASSISTÊNCIA DAS INSTALAÇÕES DA REDE DE OPERAÇÃO

4.1. Aspectos gerais

4.1.1. As atividades de operação a serem executadas nas instalações integrantes da Rede de Operação
exigem disponibilidade de recursos que assegurem o seu desempenho em nível compatível com a qualidade
de serviço exigida para essa rede.
4.1.2. A desassistência de instalações da Rede de Operação, entendida como a impossibilidade de realização
ininterrupta das atividades de supervisão, comando e execução da operação, local ou remota, não é
admitida.
4.1.3. A assistência das instalações engloba a utilização de recursos ininterruptos para as atividades de
supervisão, comando e execução da operação.
4.1.4. A assistência pode ser local, quando realizada por pessoa habilitada na própria instalação, ou pode ser
remota, também denominada de teleassistência, quando realizada por pessoa habilitada a partir de um
centro de operação ou de outra instalação.
4.1.5. Os Agentes que atuam em subestações ou FT compartilhadas devem disponibilizar aos demais agentes
que compartilham a instalação ou FT os dados de supervisão e proteção da instalação necessários para a
execução da operação de qualquer equipamento da instalação ou FT (grandezas analógicas e estado de
equipamentos principais), seja em operação normal, seja em processo de recomposição simples ou
perturbações.

4.2. Teleassistência

4.2.1. As instalações responsáveis pela teleassistência de outras instalações integrantes da Rede de Operação
devem:
(a) atender aos requisitos de certificação de operadores e atuação com equipe em regime de turno
ininterrupto, conforme detalhado no Submódulo 5.13;
(b) dispor de recursos humanos adequadamente dimensionados à quantidade e complexidade de
instalações sob sua responsabilidade, para operação em qualquer condição;
(c) possuir plano de contingência para garantir a continuidade de seu serviço, sem que eventuais falhas
comprometam a operação do SIN;

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(d) atender aos requisitos de gravação de voz das comunicações operacionais com as instalações
teleassistidas, conforme item 2.2. (e); e
(e) adotar política de segurança e dispor de recursos tecnológicos para proteção contra ataques
cibernéticos.
4.2.2. As instalações teleassistidas desprovidas de assistência local ininterrupta devem:
(a) permitir ao centro de operação ou instalação que as teleassiste a supervisão, o comando e a execução
da operação, com recursos necessários para cumprir as ações operativas de tempo real descritas no
Submódulo 5.12 – Instruções de Operação, Submódulo 5.13 e no Submódulo 5.14 – Ajustamentos
Operativos;
(b) ter recursos de supervisão e comando locais, com os requisitos apropriados e disponíveis para sua
operação local, a serem usados, dentre outros motivos, no caso de indisponibilidade ou degradação
de qualquer função do sistema de teleassistência;
(c) ter processo implantado e realizar periodicamente as seguintes ações:
(i) testar a conformidade e disponibilidade da assistência (supervisão, comando e telecomunicações)
que comprovem o atendimento ao estabelecido no Submódulo 2.6 - Requisitos mínimos para
subestações e seus equipamentos;
(ii) acompanhar a autonomia e a disponibilidade das fontes de serviços auxiliares existentes;
(iii) ter e cumprir planos de manutenção periódica dos equipamentos que compõem os serviços
auxiliares; e
(iv) confirmar que as redundâncias e comutações automáticas existentes funcionam adequadamente.
(d) adotar política de segurança e dispor de recursos tecnológicos para proteção contra ataques
cibernéticos aos dispositivos de supervisão e controle;
(e) ter e manter atualizado plano de contingência com cenários e ações para casos de falha na
teleassistência. Esse plano deve conter:
(i) detalhamento dos procedimentos;
(ii) tempo para atendimento presencial à instalação;
(iii) identificação dos responsáveis e formas de acionamento; e
(iv) frequência anual de realização de testes simulados remotos (Drill) envolvendo a instalação.
4.2.3. O requisito mínimo de disponibilidade de teleassistência, com base no indicador de teleassistência
(TELEASST) definido no Submódulo 9.6 – Indicadores de desempenho dos sistemas de supervisão e controle
e dos serviços de telecomunicações deve ser igual a:
(a) 99,90% para as instalações não estratégicas; e
(b) 99,95% para as instalações estratégicas.

4.3. Instalações estratégicas

4.3.1. As instalações estratégicas, classificadas de acordo com os critérios definidos no Submódulo 2.2 –
Definição das instalações estratégicas, desprovidas de assistência local ininterrupta devem dispor de:

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(a) recursos de monitoração ininterrupta da situação do pátio da instalação e das salas de controle e
proteção de instalações estratégicas para imediata identificação de eventos intempestivos como arco
voltaico, explosão, incêndio, invasões entre outros; e
(b) recursos, adicionais ao sistema supervisório, tais como monitoração remota por imagens ou sensores,
que assegurem a confirmação remota da abertura e fechamento das chaves seccionadoras que são
utilizadas na execução de ações operativas demandadas pelo ONS em tempo real.
4.3.2. As novas instalações de transmissão integradas à Rede de Operação deverão ser implantadas com
recursos que as permitam ser teleassistidas, desprovidas de assistência local ininterrupta, independente de
classificação estratégica estabelecida no Submódulo 2.2.

5. REQUISITOS PARA REGIME ESPECIAL DE OPERAÇÃO

5.1. O ONS elabora um plano específico para definir a vigência do regime especial de operação e detalhar,
no mínimo, os seguintes aspectos para preparação e operação durante o regime especial de operação [1]:
(a) avaliação da necessidade de realizar testes de desempenho do sistema de Controle Automático de
Geração (CAG);
(1) Caso necessário, o ONS estabelece um Plano de Testes em conjunto com os agentes de geração, a
ser concluído antes dos eventos.
(b) verificação prévia completa dos recursos de telecomunicações, supervisão e controle, inclusive dos
serviços contratados junto aos fornecedores dos recursos de supervisão e controle do ONS;
(c) testes adicionais para garantir a máxima disponibilidade dos sistemas de serviços auxiliares de
infraestrutura dos centros de operação do ONS e dos agentes.
(d) dimensionamento das equipes de operação em tempo real para situações normais e de emergência
(reforçadas), contemplando os Planos de Contingenciamento das atividades estabelecidos pelo ONS
e agentes.
(e) treinamentos dos Planos de Contingenciamento para garantir a continuidade das atividades dos
centros de operação do ONS e dos agentes, através do centro de operação reserva (“backup”) ou do
Plano de Assunção das atividades pelos centros regionais;
(f) sobreaviso das equipes de operação e manutenção do sistema de supervisão e controle e da
infraestrutura predial;
(g) implantação de um Plano de Comunicação para garantir agilidade durante eventuais ocorrências com
interrupção de carga; e
(h) definição das instalações de geração, transmissão e distribuição que normalmente operam
teleassistidas e são integrantes dos troncos de recomposição com influência direta no atendimento de
energia elétrica às localidades onde irão ocorrer os eventos que motivaram o regime especial de
operação;
(i) definição dos períodos específicos, em função das características dos eventos que determinaram o
regime especial de operação, que as instalações que normalmente operam teleassistidas e estão
submetidas ao regime especial de operação.

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Requisitos operacionais para centros de
2.16 Requisitos 2022.02 23/02/2022
operação e instalações da Rede de Operação

(j) definição das instalações de abastecimento aos locais onde os eventos serão realizados, em geral nas
instalações sob responsabilidade do agente de distribuição ou nas Demais Instalações de Transmissão
(DIT).
5.2. Os agentes de operação devem dispor de:
(a) operação local, para as instalações definidas no item 5.1(h) durante o período definido no item
5.1(i); e
(b) recursos adicionais de monitoramento de redes elétricas, em caráter provisório, para as instalações
definidas no item 5.1(j).

6. REFERÊNCIAS

[1] Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, CMSE. Resolução nº 01, de 25 de janeiro de 2005.

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