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TIRANTES

Índice 2 Norma
1 Definição NBR 5629 (Abril/2006) – Execução de
2 Norma Tirantes Ancorados no Terreno.
3 Objetivo
4 Documentos de obra 3 Objetivo
5 Definições
Este documento:
6 Equipamentos, acessórios e
• Estabelece diretrizes e condicionantes
ferramentas
para executar, verificar e avaliar tirantes
7 Equipe de trabalho
ancorados em solos ou em rochas, que su-
8 Sequência executiva
portem cargas de tração tanto provisórias
9 Avaliação de desempenho do
quanto permanentes.
tirante
• Descreve e fixa equipamentos, ferra-
10 Verificação e manutenção de
mentas e acessórios mínimos necessários
cortinas atirantadas
para executar os serviços.
11 Modelo de boletim de execução
• Especifica equipe mínima para executar
12 Guia resumido para dimensiona-
os trabalhos, definindo tarefas e respon-
mento e ensaio de tirantes
sabilidades.
1 Definição • Especifica materiais suficientes para re-
alizar a obra.
Tirante é uma peça composta por um
ou mais elementos resistentes à tração,
4 Documentos de obra
montada segundo especificações do pro-
jeto. Estes elementos são introduzidos no Os documentos mencionados abaixo
terreno em perfuração previamente exe- devem estar disponíveis na obra.
cutada. Logo após é feita injeção de cal- • Projeto dos tirantes, com cargas de tra-
da de cimento ou de outro aglutinante na balho, de cravação e de ensaio.
parte inferior destes elementos, forman- • Locação dos tirantes.
do o bulbo de ancoragem, que é ligado à • Ângulos.
parede estrutural, pelo trecho não injeta- • Comprimento livre acrescido do trecho
do do elemento resistente à tração e pela disponível para protensão, e comprimen-
cabeça do tirante (Figura 1). to ancorado.
• Desenho e relatório de sondagens do
1 Cabeça do tirante / 2 Estrutura de reação / solo.
3 Perfuração do terreno / 4 Bainha coletiva / • Boletim de controle diário de execução
5 Aço, fibra etc. / 6 Bulbo de ancoragem dos tirantes.
1 2
3 5 6
• Boletim de controle de protensão.
4
A • Certificado de aferição do conjunto: ma-
B caco, bomba e manômetro.

Trecho
A
Com
disponível liv priment
re do o
5 Definições
para proje Com B
to p
protensão ou b rimento São aplicáveis as definições constantes
ulbo a
de p ncorado
rojet
o na NBR 5629 e as definições seguintes,
Figura 1 - Partes constitutivas do tirante que estão mostradas nas Figuras 2 e 3.

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TIRANTES
5.1 Bainha coletiva tes dados de execução dos tirantes:
• identificação da obra e da data.
Tubo não degradável de isolamento
• identificação do tirante.
coletivo, de contato com o terreno, uti-
• capacidade de carga.
lizado na proteção conjunta de todos os
• característica da armação.
elementos de tração.
• comprimento da armação.
• consumo de calda de cimento, incluin-
5.2 Bainha individual (espaguete)
do pressão de injeção e todas as fases de
Tubo não degradável de isolamento in- injeção.
dividual, que serve de proteção para cada • observações adicionais referentes às
elemento de tração. ocorrências relevantes durante a execu-
ção do serviço.
• nome e assinatura do executor.
5.3 Boletim de execução do tirante
Documento a ser preenchido para to- 5.4 Bomba de perfuração
dos os tirantes, onde constam dados de
Equipamento capacitado a fornecer
montagem, perfuração, injeção e proten-
energia ao fluído de perfuração.
são dos tirantes, conforme mostra a Figu-
ra 5, e que registre, no mínimo, os seguin-

Bainha coletiva Calda de cimento


Fio ou cordoalha com válvula-man-
chete para injeção individual

Aço

Bainha individual
Cabeça do tirante Tubo de injeção
Graxa anti-oxidante

Fios ou cordoalhas com válvula-man-


chete para injeção coletiva

Monobarra com válvula-manchete


para injeção coletiva

Monobarra com válvula-manchete


para injeção individual

Seção AA Seção BB

Figura 2 - Características básicas de alguns tipos de tirantes

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TIRANTES
5.5 Bomba injetora é constituído por placas de apoio planas,
cunhas de inclinação, dispositivos de fixa-
Equipamento receptor da calda de in-
ção dos elementos tracionados etc.
jeção do misturador, que forneça ener-
gia suficiente para a condução da calda
5.8 Calda de injeção
pressurizada até o trecho de ancoragem,
passando pelo comando de injeção, con- Aglutinante, resultado da mistura de
forme mostra a Figura 3. água e cimento comum em misturador de
alta turbulência, mantido na forma coloi-
5.6 Cabeça de perfuração – cabeça dal para ser injetado. Normalmente esta
d’água mistura se dá por valores entre 0,5 e 0,7
Acessório instalado na extremidade da relação entre o peso da água e o do
superior da haste ou do tubo de perfu- cimento.
ração, ligado à bomba de fluído de per-
furação, que permite o fluxo do fluído de 5.9 Comando de injeção
perfuração simultaneamente à rotação, Conjunto com dois registros rápidos
percussão ou rotopercussão da haste. e um pulmão estabilizador de pressão,
localizado entre a bomba e a coluna de
5.7 Cabeça do tirante injeção, que permite a operação e o con-
Dispositivo que transfere a carga do ti- trole de injeção.
rante para a estrutura a ser ancorada. Ele
Montagem geral Comando de injeção

Tirante Válvula-Manchete

Misturador coloidal Bomba de injeção


de alta turbulência
Válvula-Manchete para injeção individual

Obturador duplo
Calda de cimento

Tubo de injeção

Válvula-Manchete para injeção coletiva

Tubo de injeção

Calda de
cimento

Figura 3 - Detalhes do sistema de injeção

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TIRANTES
5.10 Bainha 5.17 Misturador e agitador
Calda de cimento, aplicada sob pres- Prepara a calda de cimento em mistu-
são (não gravitacional), que recompõe o rador de alta turbulência e agitador, para
espaço do solo escavado na perfuração, manter o estado coloidal da mistura, me-
ou originado da diferença entre o volu- dindo geometricamente seu volume.
me ocupado pelo tirante e pelo volume
do furo. 5.18 Obturador duplo
Acessório metálico, rosqueado na ex-
5.11 Elemento de tração
tremidade das colunas de injeção (no
Parte estrutural do tirante que traba- caso de injeção nas válvulas-manchete),
lha sempre à tração, usualmente é com- que permite o fluxo da calda de injeção
posto por um ou mais fios, por cordoalhas somente ortogonalmente ao seu eixo, e
ou por barras de aço. no espaço compreendido pelos dois siste-
mas de vedação.
5.12 Fase de injeção
5.19 Perfuração
Injeção da calda de cimento sob pres-
são, executada em todo grupo de válvu- Execução de escavação cilíndrica no
las. terreno para introdução dos elementos
de tração.
5.13 Ferramenta de corte
5.20 Proteção contra corrosão
Elemento metálico dotado de metais
cortantes, específicos para cada tipo de Execução de sistemas de proteção es-
terreno, tais como vídeas, diamantes etc. pecificados no projeto.

5.14 Fluído estabilizante 5.21 Tubo de injeção


Lama de argila, ou de outros materiais, Tubo que permite a injeção no tirante
que estabilize provisoriamente a perfura- e ao longo do qual estão dispostas as vál-
ção, até a introdução dos elementos de vulas do tipo manchete ou comum. Este
tração. tubo é introduzido na perfuração, junto
aos elementos de tração, fixando-os no
5.15 Fluído de perfuração terreno.
Elemento utilizado para lubrificar e
5.22 Válvula-manchete para
conduzir o material escavado para fora
injeção individual
do furo. Pode ser água limpa, lama, fluído
estabilizante, ar comprimido etc. Ponto de injeção no tubo ancorado
(com elasticidade suficiente para expan-
5.16 Injeção são e contração), que veste o tubo de
injeção. Este tubo apresenta furos para
Operação para fixar a armação de tra-
passagem da calda. Por este ponto po-
ção no terreno, resultante da introdução
dem ser realizadas uma ou mais fases da
sob pressão de um aglutinante, usual-
injeção com o obturador duplo, que per-
mente calda de cimento.

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TIRANTES
mite o controle local dos volumes e pres- 6 Equipamentos, acessórios e ferra-
sões em cada manchete. mentas
Para executar tirantes injetados e co-
5.23 Válvula comum - injeção coletiva
locá-los em operação são necessários os
Pontos de injeção no tubo ancorado seguintes equipamentos e acessórios,
(com elasticidade suficiente para expan- agrupados por atividade.
são e contração), que veste o tubo de in-
jeção. Este tubo tem furos para passagem 6.1 Montagem (quando no canteiro
da calda de cimento. As válvulas sofrem de obra)
injeção a partir da boca do tirante, todas
• Ferramentas de corte: discos elétricos
ao mesmo tempo. Não se sabe qual rece-
de corte ou serras manuais para cortar o
be a injeção, nem o volume e pressão que
elemento de tração e o tubo de injeção,
incidem em cada uma, controla-se só o
deixando-os na dimensão do projeto.
volume total e pressão aplicada.
• Bancada coberta: com extensão, pelo
menos, 1 m superior à do comprimento do
5.24 Ensaios de tirantes
maior tirante, no caso de fios e cordoalhas,
Procedimentos executivos para verifi- ou da maior peça, no caso de barras. Usada
cação do desempenho de um tirante. São quando se aplica proteção anticorrosiva. É
classificados em ensaios de qualificação, necessária quando o tirante é produzido
de recebimento e de fluência. na obra.
• Furadeira elétrica de porte manual: para
a) ensaio de qualificação: verifica, em um
brocas com diâmetros de até 10 mm, uti-
dado terreno, o desempenho de um tipo
lizada para executar as perfurações no
de tirante depois da injeção.
tubo de injeção.
b) ensaio de recebimento: controla capa-
cidade de carga e comportamento de to- 6.2 Perfuração
dos os tirantes de uma obra.
• Perfuratriz: para perfurar o terreno, pode
c) ensaio de fluência: avalia a estabiliza- ser sobre carreta ou de porte manual, com-
ção do tirante sob a ação de cargas de lon- patível com diâmetro e comprimento da
ga duração. perfuração, e com tipo de solo ou de ro-
Existe ainda o ensaio básico ou de qua- cha.
lificação, no qual se escava a ancoragem • Bomba d’água ou de lama: utilizada nos
para exame. Ele só é aplicado quando há casos em que o fluído de perfuração é lí-
dúvidas sobre o desempenho de um novo quido (água ou lama).
modelo de tirante. • Compressor: utilizado nos casos em que
o fluído de perfuração é ar.
5.25 Executante • Hastes e revestimentos, cabeças de per-
furação e ferramentas de corte: compatí-
Empresa que realiza o serviço ou o pro-
veis com o material a ser perfurado.
duto descrito neste documento.
• Transferidor de pêndulo e esquadros de
madeira.

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TIRANTES
6.3 Injeção tos, utensílios e ferramentas; instalação
da central de trabalho e implantação ge-
• Bomba injetora: com capacidade de
ral da obra.
vazão e pressão de trabalho compatíveis
com a necessidade da obra. No caso de ti- b) Verifica a sequência executiva de acor-
rantes que utilizam válvulas-manchete, a do com características da obra e necessi-
capacidade da bomba de injeção deve ser dades do cliente.
maior ou igual a 5 MPa (50 Kg/cm²).
c) Coordena o DDS (diálogo diário de se-
• Mangueiras de alta pressão: componen-
gurança) antes do início das atividades
tes rígidos ou flexíveis, com resistência à
diárias e instrui em relação à segurança
ruptura 50% superior à pressão de aber-
durante a execução dos serviços.
tura máxima prevista.
• Misturador: com capacidade para bater d) Instala a perfuratriz ou a sonda junto
calda em alta turbulência, 1.750 rpm. do ponto a ser perfurado, com inclinação,
• Agitador: equipamento composto por direção e fixação que atendam ao projeto
caçamba com capacidade para manter a e à execução da perfuração.
calda em suspensão, com rotação mínima
e) Determina o sistema de perfuração.
de 50 rpm. É dispensável, caso o mistura-
dor produza calda suficiente para atender f) Loca o conjunto de injeção.
a demanda da obra.
• Hastes de injeção: componentes metáli- 7.2 Montador
cos retilíneos com roscas emendadas por a) Desenrola os elementos de tração re-
luvas estanques. cebidos em rolos, esticando-os, ou recebe
• Obturador duplo para tirantes. as barras retilíneas e as armazena em lo-
• Comando de injeção. cal isolado do solo e coberto (veja o item
• Válvula tipo manchete ou comum. 6.1).
• Tubo para lavagem do tubo de injeção.
b) Corta os elementos de tração conforme
6.4 Protensão o projeto (veja o item 6.1).

• Manômetro, bomba e macaco (hidráuli- c) Executa proteção anticorrosiva de ban-


co, elétrico ou manual) com capacidade de cada (veja o item 6.1). Deve ter especial
trabalho de, no mínimo, 1,25 vez a carga atenção no isolamento da bainha indivi-
máxima de ensaio, e resolução mínima de dual com o trecho de ancoragem.
10 kN, devidamente aferidos. d) Monta válvulas-manchete ou comuns,
• Régua ou extensômetros: instrumentos trecho ancorado e trecho livre.
para medir deformações, com resolução
milimétrica. e) Armazena materiais em local coberto,
isolado do solo, protegido contra danos.
7 Equipe de trabalho
7.3 Operador de perfuratriz
7.1 Encarregado geral
a) Perfura, observando as camadas atra-
a) Verifica: condições para entrada e mo- vessadas.
vimentação de equipamentos no canteiro
b) Preenche o boletim de perfuração
da obra; descarregamento de equipamen-
(Item 11).

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TIRANTES
7.4 Injetador • Injeção
- Bainha: feita de forma ascendente, com
a) Instala o tirante no furo e executa a in-
fator água/cimento = 0,5 (em peso) até
jeção da bainha.
que a calda extravase pela boca do furo.
b) Prepara calda de cimento e organiza o Caso haja perda substancial de calda, pode
controle de volume e pressão de injeção. ser injetado solo-cimento, de forma a pro-
mover o preenchimento da parte anelar
c) Lava conjunto de injeção a cada fase. do furo/tirante. Pode-se optar pelo preen-
d) Lava o tubo de injeção a cada fase. chimento do furo com calda de cimento e
a posterior introdução da parte metálica.
e) Preenche boletim de injeção (Item 11).
f) Faz a injeção na cabeça. Perfuração e instalação do elemento de tração

g) Executa e protege a cabeça (este servi-


ço pode ficar a cargo do contratante).

7.5 Protendedor
a) Monta conjunto de ancoragem em cada
Injeção da bainha
tirante, com elementos de tração alinha-
dos ao eixo do tubo de injeção.
b) Executa o ensaio de tração e incorpo-
ração.
c) Preenche boletim do ensaio (Item 11).
Primeira fase da injeção localizada
7.6 Auxiliar geral
Auxilia os especialistas nas atividades
principais.
Obs: Devido à não simultaneidade das tarefas um
mesmo funcionário pode exercer várias funções,
desde que esteja qualificado.
Segunda fase da injeção localizada
8 Sequência executiva
A Figura 4 indica esquematicamente
esta sequência:
• Perfuração: é aceitável o uso de qual-
quer sistema de perfuração desde que se
garanta a estabilidade da escavação, até
que ocorra a injeção. É permitido o uso de Enésima fase da injeção localizada, protensão e
ligação com a estrutura
revestimento metálico provisório ou de
fluído estabilizante.
• Especificações para ancoragem: o com-
primento da ancoragem, bem como os
volumes e pressões finais utilizados para
abertura e injeção nas válvulas são aque-
les fornecidos pelo projetista. Figura 4 - Sequência executiva esquemática

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TIRANTES
- Fases de pressão: injeção de calda de de injeção desejada.
cimento com fator água/cimento igual a • Ensaios: passados sete dias da última fase
0,5 (em peso), pressão de abertura menor de injeção, de acordo com a NBR 5629, ou
ou igual a 6 MPa, e pressão de injeção em a critério da consultoria.
torno de 2 MPa. • Cabeça de ancoragem: depois de conclu-
- Primeira fase, limitada a um saco de ci- ída a protensão, são instalados dois tubos
mento por válvula, ou pressão de injeção para injeção na cabeça do tirante. Após a
menor que 2 MPa. concretagem da cabeça do tirante, é feita
- Demais fases limitadas a meio saco de ci- a injeção da calda de cimento por um dos
mento por válvula, até atingir a pressão tubos, o outro tubo serve como respiro.

9 Avaliação de desempenho do tirante


Para verificar o desempenho do tirante deve ser realizado o ensaio de tração, con-
forme recomendação do projeto ou então da NBR 5629.
II TIPOS DE ENSAIO

TIPO CASO ESTÁGIOS DE CARGA FREQUÊNCIA

Fo= 0,1; 0,4; 0,75; 1,0; 1,25; 1,5; 1,6; 1,75 (vezes a carga de
Permanente A critério da experiência
Qualificação trabalho). Aliviar sempre a cada novo estágio até Fo e recarregar
ou Provisório local/projeto
até um estágio superior.

tipo A Fo = 0,3; 0,6; 0,8; 1,0; 1,2; 1,4; 1,6; 1,75 Em todos 1 a cada 10 un
Permanente tipo B Fo = 0,3; 0,6; 0,8; 1,0; 1,2; 1,4 os ensaios, todos
Recebimento
ou Provisório tipo C Fo = 0,3; 0,6; 0,8; 1,0; 1,2; 1,5 descarregar 1 a cada 10 un
tipo D Fo = 0,3; 06; 0,8; 1,0; 1,2 até Fo. todos

2 un por obra ou 1%
Permanente dos tirantes. A critério do
Fluência 0,4; 0,75; 1,0; 1,25; 1,5 (permanente); 1,75
ou Provisório projeto, realizar ou não
em obras provisórias.

Figura 5 - Tipos de ensaio de tirantes

III CRITÉRIOS DE ESTABILIZAÇÕES DE DEFORMAÇÕES DA CABEÇA

TIPO / ENSAIO ESTÁGIOS DE CARGA TEMPOS / DESLOCAMENTO DA CABEÇA SOLO

carga < 0,4 Ft 5 minutos, deslocamento menor que 0,1 mm qualquer

15 minutos, deslocamento menor que 0,1 mm arenoso


Qualificação 0,4 Ft < carga < 1,0 Ft
30 minutos, deslocamento menor que 0,1 mm não arenoso

carga > 1,0 Ft 60 minutos, deslocamento menor que 0,1 mm qualquer

Carga máxima (não ne- 5 minutos, deslocamento menor que 1,0 mm arenoso
cessária no estágio, porém
Recebimento
sugere-se um mínimo de
1 minuto entre cada estágio). 10 minutos, deslocamento menor que 1,0 mm não arenoso

Todos os estágios devem ser


medidos a 7,5; 15 e 30 minu- Simplesmente medir qualquer
tos da aplicação da carga.
Fluência Aguardar estabilização na deformação dos
Todos os estágios devem
últimos 30 minutos. Deve ser inferior a 5% do
ser medidos a 60 minutos da qualquer
total do ensaio, se não ocorrer, aguardar outros
aplicação da carga.
30 minutos

Figura 6 - Critérios de estabilização de deformações da cabeça do tirante

25
TIRANTES
Para oferecer parâmetros de avaliação do tirante, apresentam-se os limites para o
ensaio mais usual “Recebimento tipo B”, aplicável obrigatoriamente em todos os tiran-
tes de uma obra.

0,30 Ft

0,60 Ft

0,80 Ft

1,00 Ft

1,20 Ft

1,40 Ft
F (Força)
F0
dp

d”


de
d

total (d)

F = carga aplicada
mação
Defor-

F0 = 0,10.fyk.S
Figura 7 - Repartição em deformação elástica e Ft = carga de trabalho
permanente (ensaio de recebimento tipo B)
fyk = tensão de escoamento do aço
S = seção transversal do aço
E = módulo de elasticidade do aço
Deformação
elástica
(de)

a
ite
lim
n ha
Li
l
rea
c i te
ha Lim
Lin
de

b
ite
Deformação
permanente

lim
ha
Lin F (Força)
d”

dp
(dp)

Figura 8 - Cargas x Deformação total (ensaio


de recebimento tipo B)

a) Linha “ä” ou linha limite superior, cor- b) linha “b” ou limite inferior, correspon-
responde ao deslocamento elástico da ca- de ao deslocamento da cabeça para um ti-
beça para um tirante com comprimento li- rante com comprimento livre (LL) diminuí-
vre (LL) mais a metade do bulbo (Lb), cuja do em 20%, cuja equação é a seguinte:
equação é dada por:

(F - Fo) (LL + Lb /2) 0,8 (F - Fo) LL


dea = deb =
ES ES

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TIRANTES
10 Verificação e manutenção de cortinas atirantadas
As principais patologias de uma cortina atirantada são facilmente observáveis em
simples inspeções visuais.
• Corrosão na cabeça: quando ocorre, se o capacete for de concreto, este estará trincado
ou fissurado. No capacete metálico é possível ver claramente os pontos de corrosão.

Figura 9 - Patologia - cabeças metálicas Figura 10 - Patologia - cabeças metálicas


em processo de corrosão em processo de corrosão

• Percolação de água pela estrutura ou pelas juntas: as águas devem, obrigatoriamente,


fluir pelos drenos. Quando se observar percolação de águas pela cabeça, pela estrutura
de concreto ou pelas juntas há um grave problema ocorrendo.

Figura 11 - Fluxo de solo em juntas e Figura 12 - Fluxo de água na cabeça do


deslocamento da estrutura tirante

• Cabos rompidos: nos casos em que a armação é composta por feixes de fios de aço,
verifica-se facilmente se um deles se rompeu. Obviamente, neste caso, o capacete de
concreto já terá caído.
Algumas verificações básicas para identificar possíveis patologias podem ser con-
duzidas pelo proprietário ou pelo preposto da cortina atirantada, que não precisa ser
um especialista.
• Verifique se há obstrução nas canaletas. Em caso positivo, limpe-as.
• Verifique se há trincas nas canaletas, caso existam consulte o engenheiro geotécnico.

27
TIRANTES
• Verifique o funcionamento das drenagens de paramento e profundas, em caso de
obstrução consulte o engenheiro geoténico.
• Verifique se há percolação de água pelo tirante, caso exista consulte o engenheiro
geotécnico.
• Verifique se há fissuras ou trincas na estrutura ou na cabeça do tirante, se houver
consulte o engenheiro geotécnico.
• Verifique o alinhamento da estrutura, se estiver desalinhada consulte o engenheiro
geotécnico.
• Verifique a existência de afundamentos ou trincas nas áreas adjacentes à contenção,
se houver consulte o engenheiro geotécnico.

Todas as patologias são críticas e suas correções são sempre urgentes.


Sugerimos um exame anual da obra e consulta a um engenheiro geotécnico
caso sejam constatadas Patologias nos tirantes.

28
TIRANTES
11 Modelo de boletim de execução

29
TIRANTES
12 Guia resumido para dimensionamento e ensaio de tirante
Tabelas para dimensionamento estrutural, preparadas conforme recomendações da
NBR 5629 “Execução de Tirantes Ancorados no Terreno” (agosto de 1996).
TABELA PARA DIMENSIONAMENTO DA PARTE METÁLICA DE TIRANTE PROVISÓRIO
Características do Aço
Carga de
trabalho Módulo de Tensões (σ) (Kg/mm²)
Seção Peso
( kN ) TIPO Fornecedor Bitola Elasticidade
(mm²) (Kg/m) σ rutura σ escoamento
(Kg / mm²)
70 Barra ROCSOLO 5/8” 1 ø 5/8” 160,5 1,27 21.000 82 74
90 Barra THEADBOLT 6 1ø19mm 279,0 2,19 21.000 70 52
90 Barra DYWIDAG ST 85/105 1 ø 15mm 176,0 1,41 21.000 105 85
110 Barra ROCSOLO 3/4” 1 ø 3/4” 235,9 1,85 21.000 83 74
120 Barra CA50 1 ø 7/8” 388,0 2,98 21.000 55 50
120 Barra THEADBOLT 7 1ø22mm 371,0 2,91 21.000 72 54
150 Barra ROCSOLO 7/8” 1 ø 7/8” 323,6 2,55 21.000 83 75
150 Barra CA50 1 ø 1” 506,7 3,85 21.000 55 50
160 Fios CP-150-RB 4 ø 8mm 201,2 1,58 21.000 150 135
160 Barra THEADBOLT 8 1ø25mm 471,0 3,70 21.000 74 55
160 Barra GEWI 50/55 1 ø 25mm 491,0 3,90 21.000 75 55
190 Barra ROCSOLO 1” 1 ø 1” 425,7 3,34 21.000 83 75
230 Barra INCO 22D 1 ø 30mm 642,0 5,00 21.000 72 60
240 Barra GEWI 50/55 1 ø 32mm 804,0 6,24 21.000 55 50
240 Barra ROCSOLO 1.1/8” 1 ø 1 1/8” 533,0 4,22 21.000 84 75
240 Barra CA50 1 ø 1 1/4” 804,7 6,31 21.000 55 50
240 Fios CP-150-RB 6 ø 8mm 301,8 2,37 21.000 150 135
250 Barra THEADBOLT 10 1ø32mm 778,0 6,11 21.000 72 55
300 Barra ROCSOLO 1.1/4” 1 ø 1 1/4” 674,0 5,30 21.000 83 75
330 Fios CP-150-RB 8 ø 8mm 402,4 3,16 21.000 150 135
400 Barra INCO 35D 1 ø 40mm 1140,0 9,00 21.000 72 60
410 Barra DYWIDAG ST 85/105 1 ø 32mm 804,0 6,24 21.000 105 85
410 Fios CP-150-RB 10 ø 8mm 503,0 3,95 21.000 150 135
440 Barra ROCSOLO 1.1/2” 1 ø 1 1/2” 977,6 7,67 21.000 83 75
490 Fios CP-150-RB 12 ø 8mm 603,6 4,74 21.000 150 135
500 Barra INCO 45D 1 ø 47mm 1555,0 12,30 21.000 72 60
510 Barra DYWIDAG ST 85/105 1 ø 36mm 1018,0 8,14 20.500 105 85
520 Barra ROCSOLO 1.5/8” 1 ø 1 5/8” 1124,0 8,91 21.000 87 78
590 Barra GEWI 50/55 1 ø 50mm 1963,0 15,40 20.500 55 50
595 Barra INCO 50D 1 ø 50mm 1781,0 14,10 21.000 72 60
600 Barra ROCSOLO 1.3/4” 1 ø 1 3/4” 1325,0 10,40 21.000 84 75
610 Cordoalha CP-190-RB 6 ø1/2” 592,2 4,65 19.500 190 171
720 Barra INCO 60D 1 ø 53mm 2027,0 16,00 21.000 72 60
780 Barra ROCSOLO 2" 1 ø 2" 1735,0 13,70 21.000 83 75
810 Cordoalha CP-190-RB 8 ø 1/2” 789,6 6,20 19.500 109 171
820 Barra INCO 70D 1 ø 57mm 2288,0 18,10 21.000 72 60
993 Barra ROCSOLO 2 1/4" 1 ø 2 1/4" 2206,2 18,09 21.000 83 75
1000 Barra INCO 90D 1 ø 63mm 2858,0 22,60 21.000 72 60
1010 Cordoalha CP-190-RB 10 ø1/2” 987,0 7,75 19.500 109 171
1170 Barra INCO 100D 1 ø 69mm 3491,0 30,30 21.000 72 56
1220 Cordoalha CP-190-RB 12 ø 1/2” 1184,0 9,30 19.500 109 171
1230 Barra ROCSOLO 2 1/2" 1 ø 2 1/2" 2734,0 21,56 21.000 83 75

CARGA DE ENSAIO PARA : CARGA DE INCORPORAÇÃO:


RECEBIMENTO = 1,4 x CT (carga de trabalho) CARGA DE INCORPORAÇÃO = 0,8 x CT (carga de trabalho)
QUALIFICAÇÃO = 1,75 x CT (carga de trabalho)
LEGENDA: 1. As informações dos aços descritas nesta tabela são de respon-
ROCSOLO ESTE www.este.com.br sabilidade dos Fabricantes e deverão ser atestadas antes do uso.
INCO / THEADBOLT INCOTEP www.incotep.com.br
GEWY-DYWIDAG DYWIDAG www.protendidosdywidag.com.br
Fios-Barras-Cordoalhas BELGO www.arcelor.com/br/belgo

Figura 13 - Guia resumido para dimensionamento e ensaio de tirante provisório

30
TIRANTES

TABELA PARA DIMENSIONAMENTO DA PARTE METÁLICA DE TIRANTE PERMANENTE


Características do Aço
Carga de
trabalho Módulo de Tensões (σ) (Kg/mm²)
Seção Peso
( kN ) TIPO Fornecedor Bitola Elasticidade
(mm²) (Kg/m) σ rutura σ escoamento
(Kg / mm²)
60 Barra ROCSOLO 5/8” 1 ø 5/8” 160,5 1,27 21.000 82 74
75 Barra THEADBOLT 6 1ø19mm 279,0 2,19 21.000 70 52
80 Barra DYWIDAG ST 85/105 1 ø 15mm 176,0 1,41 21.000 105 85
90 Barra ROCSOLO 3/4” 1 ø 3/4” 235,9 1,85 21.000 83 74
100 Barra CA50 1 ø 7/8” 388,0 2,98 21.000 55 50
100 Barra THEADBOLT 7 1ø22mm 371,0 2,91 21.000 72 54
130 Barra ROCSOLO 7/8” 1 ø 7/8” 323,6 2,55 21.000 83 75
130 Barra THEADBOLT 8 1ø25mm 471,0 3,70 21.000 74 55
130 Barra CA50 1 ø 1” 506,7 3,85 21.000 55 50
140 Fios CP-150-RB 4 ø 8mm 201,2 1,58 21.000 150 135
140 Barra GEWI 50/55 1 ø 25mm 491,0 3,90 21.000 75 55
160 Barra ROCSOLO 1” 1 ø 1” 425,7 3,34 21.000 83 75
200 Barra INCO 22D 1 ø 30mm 642,0 5,00 21.000 72 60
210 Barra GEWI 50/55 1 ø 32mm 804,0 6,24 21.000 55 50
210 Barra ROCSOLO 1.1/8” 1 ø 1 1/8” 533,0 4,22 21.000 84 75
210 Barra CA50 1 ø 1 1/4” 804,7 6,31 21.000 55 50
210 Fios CP-150-RB 6 ø 8mm 301,8 2,37 21.000 150 135
220 Barra THEADBOLT 10 1ø32mm 778,0 6,11 21.000 72 55
260 Barra ROCSOLO 1.1/4” 1 ø 1 1/4” 674,0 5,30 21.000 83 75
280 Fios CP-150-RB 8 ø 8mm 402,4 3,16 21.000 150 135
340 Barra INCO 35D 1 ø 40mm 1140,0 9,00 21.000 72 60
350 Barra DYWIDAG ST 85/105 1 ø 32mm 804,0 6,24 21.000 105 85
350 Fios CP-150-RB 10 ø 8mm 503,0 3,95 21.000 150 135
380 Barra ROCSOLO 1.1/2” 1 ø 1 1/2” 977,6 7,67 21.000 83 75
410 Fios CP-150-RB 12 ø 8mm 603,6 4,74 21.000 150 135
430 Barra INCO 45D 1 ø 47mm 1555,0 12,30 21.000 72 60
450 Barra DYWIDAG ST 85/105 1 ø 36mm 1018,0 8,14 20.500 105 85
450 Barra ROCSOLO 1.5/8” 1 ø 1 5/8” 1124,0 8,91 21.000 87 78
500 Barra GEWI 50/55 1 ø 50mm 1963,0 15,40 20.500 55 50
510 Barra INCO 50D 1 ø 50mm 1781,0 14,10 21.000 72 60
510 Barra ROCSOLO 1.3/4” 1 ø 1 3/4” 1325,0 10,40 21.000 84 75
530 Cordoalha CP-190-RB 6 ø1/2” 592,2 4,65 19.500 190 171
600 Barra INCO 60D 1 ø 53mm 2027,0 16,00 21.000 72 60
668 Barra ROCSOLO 2" 1 ø 2" 1735,0 13,70 21.000 83 75
690 Cordoalha CP-190-RB 8 ø 1/2” 789,6 6,20 19.500 109 171
700 Barra INCO 70D 1 ø 57mm 2288,0 18,10 21.000 72 60
850 Barra ROCSOLO 2 1/4" 1 ø 2 1/4" 2206,2 18,09 21.000 83 75
860 Barra INCO 90D 1 ø 63mm 2858,0 22,60 21.000 72 60
870 Cordoalha CP-190-RB 10 ø1/2” 987,0 7,75 19.500 109 171
1000 Barra INCO 100D 1 ø 69mm 3491,0 30,30 21.000 72 56
1040 Cordoalha CP-190-RB 12 ø 1/2” 1184,0 9,30 19.500 109 171
1050 Barra ROCSOLO 2 1/2" 1 ø 2 1/2" 2734,0 21,56 21.000 83 75

CARGA DE ENSAIO PARA : CARGA DE INCORPORAÇÃO:


RECEBIMENTO = 1,4 x CT (carga de trabalho) CARGA DE INCORPORAÇÃO = 0,8 x CT (carga de trabalho)
QUALIFICAÇÃO = 1,75 x CT (carga de trabalho)
LEGENDA: 1. As informações dos aços descritas nesta tabela são de respon-
ROCSOLO ESTE www.este.com.br sabilidade dos Fabricantes e deverão ser atestadas antes do uso.
INCO / THEADBOLT INCOTEP www.incotep.com.br
GEWY-DYWIDAG DYWIDAG www.protendidosdywidag.com.br
Fios-Barras-Cordoalhas BELGO www.arcelor.com/br/belgo

Figura 14 - Guia resumido para dimensionamento e ensaio de tirante permanente

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