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2013_02
SUMÁRIO
9. A ÉTICA E A LEI.......................................................................................... 49
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Para que haja uma convivência pacifica no âmbito de cada sociedade faz-se
necessário que cada pessoa, dentro das fronteiras delimitadas por suas
crenças e valores, assuma comportamentos tais que respeitem seus
semelhantes naquilo que é de seu direito.
O Homem em Sociedade
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Deve ser lembrado ainda que o fato de cada tipo de sociedade ter um motivo
especifico para existir e objetivos próprios para perseguir não significa que as
sociedades existam independentemente umas das outras. Na verdade existe
um inter-relacionamento direto e constante entre diversos tipos de sociedades,
ou seja, os objetivos de cada uma delas para serem atingidos depende do
relacionamento que a sociedade mantém com as demais.
Todos os tipos de sociedades podem ser vistos como uma sociedade mais
ampla, limitada por fronteiras geográficas tais como vilas, bairros, cidades,
estados e países. Sociedades deste tipo têm seus próprios objetivos, entre os
quais se destacam a conservação dos costumes e bem estar de seus
habitantes, dentre outros.
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Ética e Valores
Ao nascer cada pessoa tem seu “berço” que lhe serve como primeira referência
na vida e sobre a vida e é representado pelo conjunto de referências que o
cercam, entre as quais estão: família, raça, religião, país.
Afirmar que cada pessoa tem sua visão própria da vida significa dizer que elas
atribuem valores diferentes para fatos; significa que cada um tem sua própria
reação e seu próprio comportamento diante de um mesmo fato.
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Vale destacar que o comportamento das pessoas não é estável, em face das
modificações sofridas nas condições que acompanham cada pessoa durante a
vida. Não é imutável também em virtude da capacidade que cada uma tem de
analisar e entender as informações que lhes são passadas, caso em que pode
modificar seus valores e transformar seu comportamento.
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animal tão somente como um simples animal e às vezes como fonte alternativa
de alimento.
O fato das pessoas fazerem parte de uma mesma sociedade não implica que
elas sejam iguais, isto é, que pensem da mesma forma, que acreditem nas
mesmas coisas e que individualmente busquem o mesmo objetivo, que
desejem atender as mesmas necessidades. Cada pessoa carrega seus
próprios valores e suas próprias crenças. É natural, adicionalmente a
constatação de que cada sociedade tem seus interesses próprios, cada pessoa
tem seus interesses particulares.
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O cotidiano nos apresenta muitas situações nas quais, em virtude das decisões
tomadas, dos comportamentos assumidos e dos interesses contrariados
prejuízos individuais ou coletivos são causados, exemplos:
Ainda que o ser humano seja obrigado a viver em sociedade, tal convivência
nem sempre é pacifica, sendo tão mais difícil quanto maiores forem os conflitos
de interesses nela existentes. Vale lembrar que quanto maior for a distancia
existente entre as condições de vida de cada segmento da sociedade, mais
complexa se torna a solução para tais conflitos.
Sociedade e Ética
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2. CONCEITO DE ÉTICA
O uso popular do termo Ética tem diferentes significados, um deles é que Ética
diz respeito aos princípios de conduta que norteiam um individuo ou um grupo
de indivíduos.
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A Ética
A ética, como morada humana, não é algo pronto e construído de uma só vez.
O ser humano está sempre tornando habitável a casa que construiu para si.
O carpinteiro não gostou do pedido, mas acabou concordando, porém, foi fácil
ver que ele não estava entusiasmado com a idéia, pois ele prosseguiu fazendo
um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados. Foi uma
maneira negativa de este terminar sua carreira.
O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena! Se ele soubesse que estava
construindo sua própria casa ele teria feito tudo diferente.
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Pense nisso: “A vida é um projeto que você mesmo constrói”. Suas atitudes e
escolhas de hoje estão construindo a “casa” que você vai morar amanhã.
A ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por esta razão, é
um elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um
senso ético, uma espécie de "consciência moral", estando constantemente
avaliando e julgando suas ações para saber se são boas ou más, certas ou
erradas, justas ou injustas.
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A palavra filosofia é de origem grega, sendo ela composta por duas outras
palavras: Philo e Sophia.
Philo: deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre
iguais.
Shofia: quer dizer sabedoria e dela vem à palavra sophos, sábio.
A Filosofia até hoje guarda o sentido de busca do saber por inteiro, busca da
“inteireza” do saber que se revela a reflexão filosófica. Em outras palavras,
filosofia é um modo de pensar e exprimir os pensamentos.
“Não se pode pensar em nenhum homem que não seja também filósofo, que
não pense, precisamente porque pensar é próprio do homem como tal”. Isso
significa que as questões filosóficas fazem parte do cotidiano de todos nós.
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Não somos, porém, somente seres pensantes. Somos também seres que
agem no mundo, que se relacionam com os outros seres humanos, com os
animais, as plantas, as coisas, os fatos e acontecimentos, e expressamos
essas relações tanto por meio da linguagem quanto por meio de gestos e
ações.
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3. O CAMPO DA ÉTICA
Se, por exemplo, no meio de nossa sociedade, uma pessoa resolve sair à rua
sem roupa, certamente terá seu comportamento condenado e reprimido.
Todavia em uma tribo indígena localizada no meio da floresta amazônica o ato
seria visto com naturalidade.
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Função da Ética
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Essa discussão ganha maior relevância à medida que possa influir no sentido
de evitar que ocorram novos conflitos da mesma natureza, com todas as
atrocidades e prejuízos que eles acarretam.
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Da mesma forma que nos exemplos citados, que envolvem nações inteiras,
problemas de comportamento menos relevantes são encontrados no cotidiano
por qualquer pessoa. Assim é comum ouvirmos falar em pessoas que dirigem
embriagadas, empresas que lesam seus clientes, policiais envolvidos com
bandidos.
Ainda que não se possa esperar da ética uma correção dos atos praticados no
passado, não se pode desprezar suas contribuições no sentido de, a partir do
entendimento do passado, evitar a aceitação de comportamentos não éticos no
futuro.
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Essas perguntas nos colocam diante de problemas práticos, que aparecem nas
relações reais, efetivas entre indivíduos. São problemas cujas soluções, via de
regra, não envolvem apenas a pessoa que os propõe, mas também a outras
pessoas que poderão sofrer as conseqüências das decisões e ações,
conseqüências que poderão muitas vezes afetar uma comunidade inteira.
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Nesta convivência, nesta coexistência, naturalmente têm que existir regras que
coordenem e harmonizem esta relação. Estas regras, dentro de um grupo
qualquer, indicam os limites em relação aos quais podemos medir as nossas
possibilidades e as limitações a que devemos nos submeter. São os códigos
culturais que nos obrigam, mas ao mesmo tempo nos protegem.
A moral pode então ser entendida como o conjunto das práticas cristalizadas
pelos costumes e convenções histórico-sociais. Cada sociedade tem sido
caracterizada por seus conjuntos de normas, valores e regras. São as
prescrições e proibições do tipo "não matarás", "não roubarás", de
cumprimento obrigatório. Muitas vezes essas práticas são até mesmo
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A moral tem um forte caráter social, estando apoiada na tríade cultura, história
e natureza humana. É algo adquirido como herança e preservado pela
comunidade.
Ética e Moral
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Ora, a qualificação bom/mau supõe que aquele que assim julga escolheu agir
assim. Um homem não escolhe suas paixões: ele não é então responsável por
elas, mas somente pelo modo como faz com que elas se submetam a sua
ação. É deste modo que os outros o julgam sob o aspecto ético, isto é,
apreciando seu caráter. Um juízo ético seria simplesmente impossível se não
houvesse como regular as paixões.
Em suma, podemos afirmar que as fontes das regras éticas podem ser
divididas em cinco categorias:
Segundo outros autores, a própria realidade social seria fonte maior das regras
éticas, porquanto ela influencia o comportamento das pessoas, mostrando-lhes
ao longo da vida e que é certo e o que é errado.
A reflexão do cotidiano das pessoas ao longo de suas vidas irá indicar, com
clareza, quais as origens do comportamento socialmente aceito, o
comportamento ético.
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5. COMPORTAMENTO ÉTICO
Diariamente, as pessoas deparam com cenas nas quais a falta de ética pode
ser facilmente visualizada. Implica dizer que, diante de determinadas situações,
as pessoas apresentam um comportamento que contraria as normas
estabelecidas pela sociedade. Tais cenas podem ser vistas em qualquer
ambiente, como ruas, escolas, repartições públicas, templos religiosos.
A rigor, nem mesmo se faz necessário que alguém esteja fora de sua moradia
para presenciar cenas nas quais regras éticas são quebradas. Os meios de
comunicação, especialmente a televisão, retratam cotidianamente estas cenas,
seja na forma de acontecimentos reais, seja na forma de ficção.
Pode-se afirmar, portanto, que a pratica de qualquer ato que desrespeite uma
regra estabelecida e aceita pela sociedade, independente de sua natureza,
representa falta de ética.
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portanto, que à medida que uma dessas regras é violada, o infrator fica sujeito
a algum tipo de penalidade, mesmo que seja tão-somente uma condenação
moral.
Risco e Chance
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Para outros tipos de regras nem sempre a penalidade é clara, todavia, ela
existira sempre. Se, por exemplo, alguém vai a uma festa de gala vestido de
maneira inadequada, certamente esta pessoa será preterida pelos demais
participantes da festa e talvez não mais receba convites para festas similares.
Estas serão suas punições.
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Se, conforme mencionado, toda vez que alguém desrespeita uma regra esta
agindo em beneficio próprio, colocando seus interesses a frente dos interesses
de seus pares e da própria sociedade, esta pessoa deve considerar em sua
decisão, também, a penalidade imposta pela quebra das regras. Isto conduz ao
segundo dos caminhos apontados para responder à questão anteriormente
colocada: o custo.
Diante deste quadro, seria de supor que um dos caminhos que estimularia o
cumprimento da regras seria estabelecer mecanismos de controles eficientes e
penalidades pesadas, de modo que grande parte daqueles que descumprem
tais regras de sintam atemorizados.
Qualquer que seja a sociedade em foco e, dentro desta, qualquer que seja o
nível de relacionamento mantido, ainda que totalmente balizado por regras,
haverá sempre oportunidades para que tais regras sejam quebradas. Isto
porque existira sempre alguém disposto a assumir os riscos das penalidades
impostas àqueles que desrespeitam as normas.
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Se, no inicio, o homem sabia tão pouco sobre si e sobre a terra em que
habitava, com o passar do tempo esta tarefa se tornou impossível. A cada nova
descoberta, mais era preciso descobrir, e o cominho encontrado foi dividir a
missão.
Dentro destas especializações, foram surgindo outras, novas, cujo objetivo era
explorar campos e necessidades mais especificas. Assim temos médicos
cardiologistas, contadores auditores, advogados tributaristas. A partir das
novas especializações chega-se a outras como cardiologistas especializados
em um único tipo de doença, auditores especializados em instituições
financeiras, tributaristas especializados em um único tipo de tributo.
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Quanto à situação (a) nenhum comentário adicional necessita ser feito. No que
se refere à situação (b) no mínimo duas questões merecem ser levantadas: se
tivesse sido atendido por um especialista o paciente teria sobrevivido? e houve
erro no atendimento? Quanto à situação (c), independentemente do destino do
paciente uma questão merece ser respondida: o médico agiu corretamente ao
não atender ao paciente?
No meio contábil muitas situações análogas podem acontecer e, ainda que não
envolvendo o risco direto de vidas humanas, também são passíveis de
discussão.
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Naturalmente este fato não implica que ele aproveitara todas as oportunidades
que se apresentam para praticar a má ação, até porque, apesar da
especialização, os riscos continuam a existir e nenhum profissional, por mais
especializado que seja, é único em seu campo de atuação. Isto quer dizer que
sempre haverá alguém capaz de avaliar sua performance.
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Vale ressaltar que as profissões têm suas regras próprias a serem seguidas e,
portanto, também suas próprias punições. No caso dos contadores, as
penalidades ficam por conta do Conselho Federal de Contabilidade, dos
Conselhos Regionais de Contabilidade e da Comissão de Valores Mobiliários.
A proteção dos valores éticos deve representar uma decisão que a sociedade
precisa tomar em conjunto e jamais uma imposição de cima, ou seja, para que
os valores éticos sejam preservados é necessário que a maior parte de seus
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participantes assim deseje, que seja educada para tal, que aceite e, mais
importante, que exercite esta proteção a todo instante.
O exercício pleno dos valores éticos, que significa sua proteção irrestrita, só
ocorrera de forma satisfatória a partir da compreensão por parte dos
componentes da sociedade dos benefícios que isso traz.
Outro fator relevante para qualquer sociedade que deseje proteger seus
valores éticos é o papel do líder. Assim sendo, para que todas as pessoas
compreendam, exercitem e aceitem a proteção dos valores éticos, é de
fundamental importância assistir ao exemplo dos líderes. Dificilmente, algum
valor será preservado pela sociedade se não for preservado por seus líderes.
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Um código de ética pode ser entendido como uma relação das praticas de
comportamento que se espera que sejam observadas no exercício da
profissão. As normas do código de ética visam o bem estar da sociedade, de
forma a assegurar a lisura de procedimentos de seus membros dentro e fora da
instituição.
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CAPÍTULO I - DO OBJETIVO
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O direito é a contrapartida do dever. É tudo aquilo que uma pessoa pode exigir
de quem lhe deve.
A justiça tem por axioma dar a cada pessoa o lhe corresponde, permitir que
possua o que lhe é de direito. Ela e a principal virtude da ética.
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Dilemas Éticos
Os dilemas éticos são situações que forçam alguém a tomar um curso de ação
que, embora ofereça um potencial beneficio pessoal ou organizacional, ou
ambos, podem ser considerados potencialmente não-éticos. São situações em
que as ações devem ser tomadas, mas sobre as quais não há consenso claro
quanto ao que é certo ou errado. O indivíduo fica com o peso de fazer boas
escolhas.
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COMPETÊNCIA
CONFIDENCIALIDADE
INTEGRIDADE
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OBJETIVIDADE
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8. ÉTICA E QUALIDADE
Afinal, pode uma empresa que não possua um padrão ético manter um
programa de melhoria da qualidade?
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9. A ÉTICA E A LEI
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motivos próprios para burlar a lei que foram superiores a sua formação ética. O
motivo mais freqüente é o desejo de enriquecimento pessoal.
Embora alguém possa desejar que todo caso de violação da ética esteja
previsto em lei, a violação de preceitos éticos não acarreta necessariamente
uma punição para os transgressores.
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