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Módulo I
Arquitetura de computadores
3 Microprocessadores
UD006492_V(03)
MICROPROCESSADORES
ÍNDICE
MOTIVAÇÃO......................................................................................... 5
OBJETIVOS .......................................................................................... 6
INTRODUÇÃO ....................................................................................... 7
1. MICROPROCESSADORES .................................................................. 9
1.1. UM POUCO DE HISTÓRIA ............................................................ 9
1.1.1. O primeiro microprocessador ........................................................ 10
1.2. O TRANSÍSTOR........................................................................ 12
1.3. COMO SE FABRICA UM MICROPROCESSADOR? .......................... 15
1.3.1. Desenho do microcircuito .............................................................. 15
1.3.2. O cristal de silício ........................................................................... 16
1.3.3. Os primeiros estratos ..................................................................... 17
1.3.4. Máscaras ........................................................................................ 18
1.3.5. Gravação ........................................................................................ 19
1.3.6. Adição de estratos ......................................................................... 19
1.3.7. Dopagem ........................................................................................ 20
1.3.8. Interconexões ................................................................................. 21
1.3.9. Tecnologias futuras ........................................................................ 22
1.4. A LEI DE MOORE ..................................................................... 23
1.5. TECNOLOGIAS DE INTEGRAÇÃO ................................................ 24
1.6. O ROADMAP .......................................................................... 27
1.7. O MICROPROCESSADOR ......................................................... 28
1.7.1. Tipos de operações ........................................................................ 31
1.7.2. Tipos de processadores ................................................................. 32
1.7.2.1. Microprocessadores RISC ...................................................... 32
1.7.2.2. Microprocessadores CISC ...................................................... 34
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
MOTIVAÇÃO
Comecemos.
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
OBJETIVOS
6
Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
INTRODUÇÃO
7
Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
1. MICROPROCESSADORES
1.1. UM POUCO DE HISTÓRIA
Apesar de significar uma verdadeira revolução na área, esta invenção não valeu
nenhum prémio a Jack Kilby, o engenheiro que o criou na Texas Instruments.
De facto, a única coisa que conseguiu foi uma guerra de patentes com Fairchild,
que patenteara pouco tempo depois um circuito integrado mais sofisticado.
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
Uma vez que era uma encomenda, a Busicom tinha pago à Intel um montante
de cerca de 60 000 dólares pelo trabalho, mas ao aperceber-se do potencial do
trabalho, a Intel ofereceu-se para devolver essa quantia. A Busicom aceitou com
agrado, uma vez que, assim, o dispendioso trabalho não lhes custava nada.
Para a Intel isto revelou-se um grande investimento que se foi multiplicando ao
longo dos seus 30 anos de história e que converteu este fabricante de semicon-
dutores numa das principais empresas mundiais.
Hoje em dia, um processador Intel Core i7-5500U, por exemplo, oferece dois
núcleos com Hyper-Threading a uma velocidade de 2,4 - 3,0 GHz, integra uma
GPU HD Graphics 5500, no seu núcleo e um controlador de memória DDR3(L)-
1600 de dois canais. Este CPU é produzido num processo de 14 nm com, apro-
ximadamente 1,900,000,000 transístores.
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
1.2. O TRANSÍSTOR
O transístor foi inventado por três homens: John Bardeen (físico teórico), Walter
Brattain (investigador) e William Shockley. Receberam apoio financeiro por parte
da companhia telefónica Bell e foram distinguidos com um prémio Nobel pela
sua descoberta.
O transístor tem duas uniões: uma entre o emissor e a base e outra entre a
base e o coletor.
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
A zona que mais nos interessa é a zona ativa, por isso, de seguida, analisare-
mos esta zona. A zona p da base pode ser muito estreita na realidade. Mais
tarde veremos porquê. No desenho seguinte não estão desenhados WE nem
WC para não fazer confusão.
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MICROPROCESSADORES
O lado negativo da pilha VEE repele os eletrões da zona do emissor que cru-
zam a UE.
A base é muito estreita e, além disso, tem poucas impurezas; essa é a razão da
probabilidade de um eletrão se recombinar ser muito pequena (por exemplo, 1%).
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
Quem projeta não deve esquecer a finalidade prevista para o chip. Enquanto um
microprocessador deve ser responsável pela execução das instruções num
computador, os chips de memória têm por missão o armazenamento de dados.
A estrutura de ambos e os tipos de microcircuito diferem bastante. Devido à
complexidade dos chips atuais, o trabalho do desenhador é realizado por com-
putador, apesar dos engenheiros analisarem, em cópia ampliada, o diagrama
estrutural do microcircuito.
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MICROPROCESSADORES
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MICROPROCESSADORES
Esta operação repete-se com cada camada, que deve depois ser modificada
através de um procedimento denominado mascaragem.
1.3.4. MÁSCARAS
As máscaras são dispositivos através dos quais se faz passar luz ultravioleta
para definir a configuração de cada estrato do microcircuito. Por se tratar de
uma configuração complicada, esta deve ser cuidadosamente definida e loca-
lizada sobre o chip, com grande precisão, e a distribuição dos espaços opa-
cos e transparentes na máscara deve ser rigorosamente estabelecida na fase
de desenho do microcircuito.
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1.3.5. GRAVAÇÃO
Neste passo, a película de reserva, que continua sobre a superfície, protege as
regiões cobertas, impedindo a sua eliminação pelos gases reativos ou ácidos
mordentes, utilizados para gravar a configuração sobre a superfície do wafer.
Após terminar com os mordentes retira-se a camada de reserva, de forma a
revelar os segmentos eletricamente condutores ou isolantes da configuração
determinada pela máscara. Cada estrato adiciona lm, depositado no chip, tem
uma configuração deste tipo, própria e característica.
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1.3.7. DOPAGEM
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
Este fluxo de eletrões não é indefinido. Os iões de carga positiva do silício tipo n
e os portadores de carga negativa do silício tipo p não tardam em criar uma
força elétrica que impede o ulterior fluxo de eletrões desde a área n até a área p.
O material situado na base do chip é silício tipo p. Durante o fabrico, numa das
etapas de gravação, são retiradas determinadas áreas das camadas de polisilí-
cio e de dióxido de silício previamente depositadas sobre a base de silício puro,
deixando assim descobertas duas franjas de silício tipo p. Ao separá-las fica
uma franja que conserva a sua camada de polisilício condutor, tratando-se da
“porta” do transístor. O material dopante, aplicado agora às duas franjas de
silício p, transforma-as em silício tipo n. Ao aplicar à porta uma carga positiva
são atraídos os eletrões, situados sob esta, no substrato de silício do transístor.
Estes eletrões abrem um canal entre uma das franjas tipo n (fonte ou origem) e a
outra (dreno). Uma tensão positiva aplicada ao dreno produz passagem da cor-
rente elétrica desde a fonte até ao dreno. Neste caso, o transístor está a condu-
zir corrente; é um interruptor fechado. Uma carga negativa na porta desloca os
eletrões do canal, impedindo assim a passagem de corrente: é um interruptor
aberto. É graças a este fechar e abrir que o transístor representa os uns e os
zeros que constituem o código binário, a linguagem dos computadores.
1.3.8. INTERCONEXÕES
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Depois, máquinas usadas para conectar fios ligam estes fios metálicos aos
chips. Os contactos elétricos entre a superfície do microcircuito e as patilhas
dos contactos exteriores são estabelecidos através de fios muito finos de ouro
ou alumínio, com cerca de 0,025 mm de diâmetro. Terminado o encapsulamen-
to, os microcircuitos terminados estão prontos para cumprir as suas funções
digitais.
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MICROPROCESSADORES
Crê-se que o fator limite, no que diz respeito à potência dos microprocessado-
res, é o comportamento dos próprios eletrões ao circular pelos transístores.
Quando as dimensões são muito pequenas, os efeitos quânticos causados pela
natureza ondulatória dos eletrões poderiam dominar o comportamento dos
transístores e dos circuitos. Podem ser necessários novos dispositivos e dese-
nhos de circuitos à medida que os microprocessadores se aproximam de di-
mensões atómicas. Para produzir as gerações futuras de microchips serão ne-
cessárias técnicas como a epitaxia por feixe molecular, em que os semicondu-
tores são depositados átomo a átomo numa câmara de vácuo ultraelevado, ou a
microscopia de varredura por efeito túnel, que permite ver e inclusive deslocar
átomos individuais com precisão.
Há cerca de 50 anos que esta lei está vigente. Está relacionada com o constan-
te aumento da potência dos processadores (embora haja quem a tenha aplica-
do a outros componentes, como a memória ou a largura de banda). O seu autor,
em 1965, foi Gordon Moore. Na altura era diretor da Fairchild Semiconductor e,
três anos mais tarde, fundaria a Intel, juntamente com Noyce.
Algum tempo mais tarde alterou a sua própria lei ao afirmar que o ritmo baixaria
e que a densidade dos dados duplicaria aproximadamente a cada 18 meses.
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
Muitas pessoas deram grande importância a esta lei que também foi aplicada a
outros aspetos tecnológicos, tais como a memória ou a largura de banda.
Escala de Nº
Ano Tamanho Aplicações típicas
integração componentes
1947 Invenção do transístor
Desenho de
Anos 1 dispositivo
componentes Transístor
50 por chip
discretos
Início
SSI: integração em
anos 10 20 m Portas lógicas biestáveis
pequena escala
60
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MICROPROCESSADORES
Escala de Nº
Ano Tamanho Aplicações típicas
integração componentes
Meio
MSI: integração em Entre 100 e Codificadores, somadores,
anos 10 m
média escala 1000 registos...
60
LSI: integração em Anos Entre 1000 e Microprocessadores 8 bits,
5 m
grande escala 70 100000 memórias...
VLSI: integração Microprocessadores 16/32 bits,
Anos
em muito alta Entre 104 e 106 2 m memórias,
80
escala microcontroladores...
Fins Processadores digitais e
ULSI: integração
anos + 106 1 m microprocessadores
em ultra alta escala
80 avançados
GLSI: integração Anos
Entre 107 e 108 0,5 m Microprocessadores de 64 bits
em giga alta escala 90
Figura 16. Tabela comparativa de escalas de integração.
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MICROPROCESSADORES
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1.6. O ROADMAP
É muitas vezes utilizado para apoiar uma planificação estratégica, a longo pra-
zo, em que os objetivos têm uma data para ser alcançados.
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MICROPROCESSADORES
1.7. O MICROPROCESSADOR
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MICROPROCESSADORES
Na imagem pode ver o interior da UP. Esta, em particular, é muito simples, tem
alguns registos, três buses e uma ALU. Os buses A e B trazem os dados dos
registos de memória até à ALU, para serem operados e o C é responsável por
levar os dados resolvidos até à memória ou aos registos para serem substituí-
dos com um novo valor.
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MICROPROCESSADORES
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MICROPROCESSADORES
A arquitetura;
A tecnologia de processamento;
O encapsulamento.
A ideia foi inspirada no facto de muitas das características, incluídas nos dese-
nhos tradicionais da CPU, com o objetivo de aumentar a velocidade, estarem a
ser ignoradas pelos programas que eram executados por elas. Além disso, a
velocidade do processador em relação à memória do computador era cada vez
maior. Isto conduziu ao aparecimento de numerosas técnicas para reduzir o
processamento dentro da CPU, assim como para reduzir o número total de
acessos à memória.
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MICROPROCESSADORES
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
Este tipo de arquitetura dificulta o paralelismo entre instruções e é por isso que,
atualmente, a maior parte dos sistemas CISC, de alto rendimento, implementa um
sistema que converte as instruções complexas em várias instruções simples do
tipo RISC, denominadas geralmente de microinstruções.
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1.7.2.3. Comparação
Característica
CISC RISC VLIW
da arquitetura
Tamanho de Tamanho único,
Vários Tamanho único
instrução normalmente 32 bits
Vai de simples a
complexa, muitas Muitas operações
Semântica de Quase sempre uma
operações simples e
instrução operação simples
dependentes, possíveis independentes
por instrução
Poucos e às vezes
Registos Muitos de uso geral Muitos de uso geral
especializados
Não estão ligadas a Não estão ligadas a
Ligadas a operações em
Referências a operações (arquitetura operações (arquitetura
diferentes tipos de
memória de carga e de carga e
instruções
armazenamento) armazenamento)
Explorar Explorar
Objetivo do Explorar as
implementações com implementações com
desenho do implementações
uma segmentação e segmentação múltipla,
hardware microcodificadas
sem microcódigo sem microcódigo
Figura 24. Comparação das várias arquiteturas.
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MICROPROCESSADORES
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
Seria possível pensar que o sufixo 64 bits implica o dobro do poder de proces-
samento de uma CPU de 32 bits. Ou ainda que, pelo simples facto de contar
com 64 bits para representar os valores, obtemos de imediato um aumento na
precisão das operações de ponto flutuante. A verdade é que nenhum dos pon-
tos anteriores é exatamente verdadeiro. O facto é que para realizar as opera-
ções é necessária a mesma quantidade de registos em 32 e 64 bits. Além disso,
as CPUs atuais, tanto da Intel como da AMD, já possuem registos de 64 bits
para as operações de ponto flutuante. Então o que é que se ganhou com a re-
volução dos 64 bits? A resposta é simples: memória. Uma palavra de 64 bits de
largura permite direcionar (teoricamente) até 16 exabytes. As aplicações atuais,
como bases de dados, encontram-se há algum tempo no limite superior dos 4
Gb (na realidade podem baixar até 3 Gb depois do sistema operativo reservar
páginas para o núcleo, usadas para mapeamento em determinada posição da
memória) atualmente direcionáveis.
Vantagens:
Simplificação da arquitetura de hardware pelo facto de não requerer
planificação do código;
Redução do número de instruções dos programas.
Desvantagens:
Requer compiladores muito mais complexos;
Qualquer aperfeiçoamento na arquitetura de hardware implica uma
alteração no conjunto de instruções.
Atualmente, as máquinas VLIW já praticamente desapareceram, uma vez que as
desvantagens superam os benefícios. A impossibilidade de ter compatibilidade
para trás, as excessivas alterações necessárias nos compiladores e o facto de a
simplificação do hardware, no que diz respeito às máquinas superescalares
convencionais, não ser excessiva, fez com que se abandonasse este tipo de
desenhos.
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1.8.1. SEGMENTAÇÃO
Descodificação
Leitura Execução da Acesso à Escrita de
Instrução Instrução e Leitura Instrução Memória resultados
Operandos
Figura 26. Canal de execução de instruções segmentado.
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1.8.2. SUPERESCALARIDADE
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Leitura (fetch).
Descodificação (decode).
Lançamento (dispatch).
Execução (execute).
Escrita (writeback).
Finalização (retirement).
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1.8.3. SUPERSEGMENTAÇÃO
É aquele que apresenta vários níveis de segmentação. Assim, algumas das eta-
pas que mencionámos para os processadores segmentados são, por sua vez,
divididas em duas ou mais etapas, de forma a permitir a existência de duas ins-
truções dentro da mesma etapa e unidade funcional sem ter de a duplicar.
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1.9.1. SIMD
Figura 32. SIMD versus SISD (instrução única para dado único).
1.9.2. MMX
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1.9.3. 3DNOW!
3DNow! é o nome que recebe uma extensão multimédia criada pela AMD para
os seus processadores, que foi implementada a partir do AMD K6-2. Em termos
mais técnicos, é um complemento de instruções SIMD ao tradicional conjunto
de instruções x86 com o objetivo de obter mais rendimento no processamento
de vetores, que utiliza muitas aplicações multimédia.
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1.9.4. SSE
Figura 34. Litografia de um processador, podem-se ver as zonas atribuídas a SSE e MMX.
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
A sua largura.
A sua velocidade.
A velocidade refere-se aos Mhz (megahertz), ou seja, aos milhões de ciclos por
segundo e, aqui, o princípio é, quanto mais rápido melhor.
A largura precisa de ser analisada mais profundamente, por isso devemos ter
em conta três valores que nos vão permitir expressar essa largura:
Registos internos.
Bus de entrada e saída de dados.
Bus de direcionamento da memória.
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MICROPROCESSADORES
A Intel estabeleceu, há alguns anos, uma série de testes conhecidos como índice
iComp.
CPUmark32.
Norton Utilities SI32.
CINT95 e CFP95 da SPEC.
Intel Media Benchmark.
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Figura 39. Gráfico do índice iCOMP 2.0 (compara o rendimento relativo aos microprocessadores Intel.
Posteriormente foi lançada a versão 3.0, que teve como base o Pentium II de
350 MHz e alterou novamente a mistura que forma o benchmark geral.
Obviamente, por ser um benchmark definido pela Intel, esta responde aos seus
próprios interesses, notando-se especialmente que a relação entre os resulta-
dos do iCOMP supera sempre a do relógio. Além disso, à medida que a sua
arquitetura foi mudando, o mesmo ocorreu com este benchmark para que apre-
sentasse melhores resultados, de acordo com as novas características que vai
incorporando.
Ao interpretar estes valores do índice iComp é preciso ter em conta que os tes-
tes são realizados quando o processador acaba de ser lançado no mercado,
por isso as futuras versões do processador irão apresentar variações ao índice
original, ou seja, diferenças na cache L2, velocidades de bus, tipos de instru-
ções e aperfeiçoamentos nos processos de fabrico.
Outra coisa a ter em conta são os componentes utilizados para realizar o teste,
com o qual não se podem comparar índices de versão diferente, ou seja, valo-
res de iComp v.2 com os de v.3 por exemplo, uma vez que as placas principais
e o resto dos componentes serão totalmente diferentes.
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INTEL ITANIUM
32/64 64/128
AMD ATHLON64
Figura 40. Tabela comparativa de buses.
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Como o computador utiliza o sistema binário, isso implica que um bus de ende-
reços de 32 bits, por exemplo, permita direcionar o máximo de RAM de:
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Registos de CPU.
Memória cache.
RAM.
Discos rígidos.
Armazenamento offline de cópias de segurança (discos óticos, etc.).
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A cache L2 tem como missão reduzir os tempos de acesso, quando ocorre uma
falha da cache. A maioria das caches secundárias também tem uma taxa de
sucesso de 90%.
De acordo com isto, o sistema funcionará 90% das vezes à velocidade do pro-
cessador (cache L1), quando ocorrer uma falha da cache L1 recorrerá à L2, que
acertará em 90% das vezes à velocidade da placa principal, que é onde pode
estar localizada a L2 e apenas 1% acede à RAM, à velocidade de RAM.
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Como pode imaginar, construir um mecanismo de cache não é tarefa fácil. São
necessários esquemas de funcionamento que considerem, de forma simultânea
e equilibrada, diversos fatores:
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Nos últimos anos a velocidade das CPU aumentou muito, em comparação com
a das memórias com que trabalha, por isso deve ser reduzido o número de ve-
zes que se acede a ela para manter o rendimento elevado. Se, por exemplo,
cada instrução, executada na CPU, obrigar a aceder à memória, não se ganha
nada aumentando a velocidade da CPU – este problema é conhecido como
limitação de memória.
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É possível fabricar memória muito mais rápida, mas à custa de um preço muito
alto. A solução é, por isso, proporcionar uma pequena quantidade de memória
muito rápida, conhecida como cache. Quando os dados de que o processador
precisa estão na cache, o rendimento será muito maior do que se a cache tiver
de obter primeiro os dados a partir da memória principal. A otimização da cache
é um tema muito importante na conceção de computadores.
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Unidade didática 3
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SE "Single Edge".
Slot 1 cartuchos SEC (Single Edge Card) e SEP (Single Edge
Connector) de 242 pinos.
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É possível pensar que montar um processador é algo muito simples, mas a ver-
dade é que não é bem assim. Tal como em tudo, há formas de o fazer bem e há
formas de o fazer corretamente. Obviamente também há formas de o fazer mal,
mas essas agora não interessam.
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Figura 63.
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Unidade didática 3
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Pode acontecer que, de acordo com o tipo de placa principal, esta detete auto-
maticamente a tensão a aplicar ao processador. Nesse caso não é preciso confi-
gurar nada, sendo possível visualizar a tensão de funcionamento graças aos me-
nus da BIOS, que providenciará informações (se a placa dispuser de sensores)
sobre os vários parâmetros de funcionamento, tais como Vcore, temperatura, etc.
Outra coisa a ter em conta é a posição do processador no socket, uma vez que,
primeiro, se não for colocado na posição certa é impossível entrar e, segundo,
se for colocado numa posição errada e for pressionado, corre-se o risco de da-
nificar algum pino, ficando o processador inutilizado.
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Fixar nas duas esquinas inferiores da grelha de pinos, que têm estri-
as que marcam a posição do microprocessador.
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
A resposta é muito simples e ficará muito clara com a imagem seguinte, onde
pode ver a zona de contacto do processador e do dissipador. Neste ponto de
vista macroscópico pode ver que, apesar de, à primeira vista, quando olha para
um processador ou para um dissipador, estes parecerem lisos, observa que, na
realidade, não o são e que, ao uni-los, ficam alguns espaços vazios entre as
duas superfícies. Estes vazios ficam cheios de ar, o que impede a passagem de
calor do processador para o dissipador de se realizar da melhor forma uma vez
que, neste caso, o ar se comporta como um isolante impedindo esse intercâm-
bio de calor.
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Unidade didática 3
MICROPROCESSADORES
Figura 69. À esquerda uma camada excessiva, à direita uma camada suficiente.
Na figura da direita pode ver como se colocou pouca quantidade, que será de-
pois espalhada ao colocar o dissipador por cima, devido à pressão exercida
sobre a superfície do microprocessador, distribuindo assim a pasta por toda a
superfície do mesmo.
Uma vez aplicada a pasta térmica basta colocar o dissipador de calor. Existem
atualmente vários sistemas de refrigeração, mas os mais utilizados, até agora,
são os dissipadores tipo radiador, fabricados em materiais metálicos, geralmen-
te em alumínio ou cobre, uma vez que são muito bons transmissores de calor.
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A sua colocação é muito simples, uma vez que dispõe de uns encaixes para a
sua aderência ao socket do processador. Precisa apenas de ter em conta que,
ao colocá-lo, se estiver a usar muita força, o mais provável é estar a colocá-lo
de forma incorreta.
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Dos três, apenas nos interessam os dois primeiros. O terceiro método é insigni-
ficante para as temperaturas com que trabalhamos.
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MICROPROCESSADORES
é de 0,6 W/mm2. A potência do Sol que alcança a Terra a estas latitudes, num
dia de verão, é de 0,0012 W/mm2.
Esta é a única solução empregue nos modelos 386 e 486, em que as potências
eram bastante mais reduzidas, sendo por isso mais do que suficiente.
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É simples e eficaz, mas, como nem tudo o que brilha é ouro, conhecerá de se-
guida as vantagens e desvantagens de utilizar células Peltier.
Vantagens:
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MICROPROCESSADORES
Desvantagens:
É muito simples. Como pode ver, as células Peltier têm um consumo bastante
elevado para um PC. Se reparar na fonte de alimentação do PC, indica 200,
230, 250 ou 300 Watts, mas isto é a potência “total”. Se verificar com mais
atenção pode ver as várias tensões e respetiva amperagem. Poderá confirmar
que, a 12 V, a amperagem é muito maior do que com a de 5 V (10 amperes a 12
Vcc e quase 30 amperes a 5 Vcc), não sendo recomendável sobrecarregar e
colocar em perigo a linha de 12 V cc da fonte de alimentação, podendo colocar
outra como a de 5 Vcc, que é muitíssimo mais potente e funcionará à vontade.
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Para que a refrigeração seja perfeita, o ideal é ter um ventilador que introduz ar
frio e outro que o expulsa. Num equipamento normal, a fonte de alimentação
consegue difundir o ar quente mas não costuma ter uma ventoinha de entrada.
Assim, é conveniente instalar uma ventoinha na parte frontal do computador,
onde há geralmente uns furos preparados para uma ventoinha de 8x8 cm.
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Unidade didática 3
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A grande maioria das torres dispõe, por baixo da fonte de alimentação, de uma
grelha onde se pode aparafusar uma ventoinha que soprará no sentido den-
tro/fora (número 3) para absorver o ar da parte superior da torre e expulsá-lo para
fora. É muito importante ter este detalhe em atenção e não montar a ventoinha no
sentido fora/dentro para não inverter o sentido correto da corrente de ar.
Além desta grelha (número 3), as torres costumam incluir outro local onde é
possível instalar mais uma ventoinha. Essa ventoinha estará na parte inferior
frontal do equipamento, sob os discos rígidos (número 1). Isso criará uma cor-
rente de ar, de baixo para cima e da frente para trás, introduzindo sempre ar
fresco no equipamento e ajudando o ar quente a ir para cima, onde teremos as
ventoinhas preparadas para extrair o ar quente.
Uma vez que esta segunda ventoinha se encontra por baixo dos discos rígidos,
solucionamos dois problemas porque também conseguiremos refrigerá-los sem
nenhum tipo de ventoinha adicional. Estas ventoinhas de caixa sopram com
intensidade suficiente para manter o ar localizado sob os discos sempre frio, de
forma a estes conseguirem dissipar corretamente o calor gerado.
A zona mais “perigosa” é a parte superior traseira da torre. É ali que o calor se
acumula, tanto da CPU como o calor gerado pelos outros componentes (inclu-
indo fonte de alimentação). Como já foi referido, o ar quente sobe por isso nes-
se local a temperatura estará no máximo. Para conseguir reduzir a temperatura
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nessa zona temos várias alternativas que, não se autoexcluem, mas sim, com-
plementam-se.
1.17. O OVERCLOKING
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Por tudo isto, com um pouco de engenho e sorte no stepping pode-se, em vez
de adquirir um microprocessador de 3.200 MHz, adquirir um de 2.600 MHz e
usar o overclocking para o atualizar para 3.200 MHz, reduzindo assim os custos,
ou utilizar este dinheiro que poupou para melhorar outro componente do seu
equipamento.
1.17.1. A TEMPERATURA
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É por isso essencial dispor de um bom sistema de refrigeração: diz-se que, por
cada 10ºC a menos, a vida do microprocessador duplica. Por isso, é óbvio que,
se a temperatura aumenta, também fica mais reduzida a vida do microproces-
sador. Além disso, muitos overclockers são instáveis devido à alta temperatura
produzida.
1.17.2. A ELETROMIGRAÇÃO
Além do risco de queimar o microprocessador, existe também um fenómeno
denominado eletromigração.
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Como exemplo para uma melhor compreensão deste conceito, pode pensar no
asfalto de uma estrada e em como fica mais desgastado quanto maior for o
número de carros que lá passa (equivalente à intensidade da corrente num mi-
croprocessador) e quanto maior for a fricção das rodas com o asfalto (um cami-
ão desgasta mais do que uma mota, voltagem do microprocessador). Como já
sabe, ao usar overclocking no microprocessador, geralmente aumentamos tanto
a intensidade como a voltagem, por isso é irremediável que a eletromigração
ocorra, e ocorra antes do que num microprocessador, onde nunca ocorreu
overclocking, o que não quer dizer que não vá ocorrer.
No entanto, o fenómeno da eletromigração é algo que ainda não foi muito estu-
dado em microprocessadores, talvez porque o tempo necessário para que esta
ocorra, dentro de valores de voltagem prudentes, é relativamente alto compara-
do com a evolução dos mesmos. Não há nenhuma lei aplicável e não se sabe o
tempo que demorará a ocorrer nem a deterioração que o microprocessador irá
sofrer. Diz-se frequentemente que a vida útil de um microprocessador é de 10
anos e que, se o submetermos a overclocking, este tempo é drasticamente re-
duzido.
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MICROPROCESSADORES
Por exemplo, imagine um computador que funciona a 600 Mhz, existem várias
maneiras de obter este valor:
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CONCLUSÃO
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RESUMO
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AUTOAVALIAÇÃO
a) Integração.
b) Microeletrónica.
c) Planarização.
d) Masterização.
a) Contaminação.
b) Dopagem.
c) Arsenização.
d) Adição de estratos.
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a) ULSI.
b) LSI.
c) VLSI.
d) GLSI.
a) Complex-Instruction-Set-Code.
b) Complex-Instruction-Single-Computing.
c) Complex-Instruction-Set-Computing.
d) Complex-Integrated-Set-Computing.
a) Segmentação.
b) Superescalaridade.
c) Supersegmentação.
d) IA-64.
a) Bus de endereços.
b) Bus de dados.
c) O microprocessador.
d) A memória do sistema.
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a) RISC.
b) CISC.
c) Harvard.
d) Von Neumann.
a) ALU.
b) UC.
c) BUS.
d) Registos.
a) ALU.
b) UC.
c) BUS.
d) Registos.
a) ALU.
b) UC.
c) BUS.
d) Registos.
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a) ALU.
b) UC.
c) UP.
d) Registos.
a) Controlo.
b) Processamento.
c) Lógicas.
d) Limpeza.
a) Transístores.
b) Díodos emissores.
c) Díodos recetores.
d) Partículas de silício.
a) Aritméticas.
b) Lógicas.
c) Aritméticas e lógicas.
d) De comparação.
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a) RISC e CISC.
b) SISC e CISC.
c) RISC e SISC.
d) CISR e CISC.
a) Dados complexos.
b) Dados simples.
c) Instruções complexas.
d) Instruções simples.
a) De endereços.
b) Interno.
c) De dados.
d) De armazenamento.
23. A memória L1 é:
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a) Ohm.
b) Estufa.
c) Borboleta.
d) Joule.
a) 1945.
b) 1947.
c) 1949.
d) 1952.
a) ALU.
b) BUS.
c) UC.
d) Cache.
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MICROPROCESSADORES
a) Registos.
b) Cache.
c) RAM.
d) HDD.
a) Registos.
b) Cache.
c) RAM.
d) ROM.
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MICROPROCESSADORES
SOLUÇÕES
1. a 2. c 3. b 4. d 5. c
6. c 7. a 8. b 9. c 10. a
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MICROPROCESSADORES
O que é a supersegmentação?
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MICROPROCESSADORES
BIBLIOGRAFIA
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