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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Tema: O que devemos fazer para que as futuras gerações sejam beneficiadas pelos
recursos naturais que estão a ser explorados nos dias de hoje.

Nome: Joaquim Américo Código: 708182837

Curso: Geografia
Ano de Frequência: 4 Ano
Turma: B
Disciplina: Estudo Ambiental II
1º Trabalho
Docente: Leonardo Chissico

Chimoio, Maio de 2021


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(Indicação clara 1.0
do problema)
 Descrição dos 1.0
Introdução objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do
trabalho
 Articulação e
domínio do
Conteúdo discurso 2.0
académico
Analise e (expressão escrita
cuidada, coerência
discussão
/ coesão textual)
 Revisão
bibliográfica
nacional e 2.0
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos 2.0
dados
Conclusão  Contributos 2.0
teóricos práticos
Aspectos Formatação  Paginação, tipo e
gerais tamanho de letra,
paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Referências Normas APA 6ª  Rigor e coerência 4.0
Bibliográfica edição em das
s citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas
Ficha para recomendações de melhorias

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Índice

Introdução..........................................................................................................................1

O que devemos fazer para que as futuras gerações sejam beneficiadas pelos recursos
naturais que estão a ser explorados nos dias de hoje.........................................................2

Conclusão..........................................................................................................................6

Referencias bibliográficas.................................................................................................7
Introdução

O presente trabalho tem por objectivo primordial apresentar abordagens que vão ao encontro
da solução da questão sobre o que devemos fazer para que as futuras gerações sejam
beneficiadas pelos recursos naturais que estão a ser explorados nos dias de hoje, no curso de
Licenciatura do Curso de Ensino de Geografia.

A questão surge na perspectivas da necessidade de adopção de posturas firmes e estratégicas


com o fim de diminuir os riscos ambientais no complexo equilíbrio que envolve os interesses
econômicos e sociais, procurando impor, conhecimentos e conscientização da sociedade,
norteados pelo estabelecimento de ações públicas eficazes e ativas na solução da problemática
sobre o meio ambiente.

Trata-se de uma concepção de complexidade ambiental, que ultrapassa a complexidade da


natureza e/ou recursos naturais, representando as dimensões da vida humana e natural. Essa
noção de complexidade permite a percepção do ser humano como parte integrante do meio
ambiente no qual está inserido, possibilitando pensar a diminuição dos riscos ambientais,
garantindo a existência dos recursos naturais para a geração futura.

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O que devemos fazer para que as futuras gerações sejam beneficiadas pelos recursos
naturais que estão a ser explorados nos dias de hoje

A relação do homem com a natureza, no decorrer do tempo, tem mostrado risco ao meio
ambiente. Os novos conhecimentos na área da ciência e da tecnologia têm levado o homem a
explorar a natureza com fins comerciais, arriscando a sua própria sobrevivência (Barral &
Pimental, 2006). Ao mesmo tempo em que a postura antropocêntrica e o desenvolvimento
industrial levam a uma exploração dos recursos naturais, a conscientização da finitude desses
recursos conduz a uma noção paradoxal de desenvolvimento sustentável, que significa o
desenvolvimento (com a extração dos recursos naturais), mas desde que se salvaguarde os
recursos para as gerações actuais e futuras (sustentabilidade).

De acordo com Leff (2010), uma das principais causas da problemática ambiental encontra
amparo no processo histórico que insere a ciência moderna e a Revolução Industrial. A
ecologia demanda ao materialismo histórico para explanar a produção de valores como
decorrência do que é produzido de forma natural. É necessário uma reestruturação no que
tange ao conceito de valor, renda diferencial e forças produtivas para que o processo
produtivo entre em consonância com o meio natural (Machado, 2014).

Um dos problemas da vida contemporânea é medir a capacidade que teremos de manter as


condições da reprodução humana na Terra. Em outras palavras, trata-se de permitir às
gerações vindouras condições de habitabilidade no futuro, considerando a herança de modelos
tecnológicos devastadores e possíveis alternativas a eles (Nunes, 2006). Os seres humanos
que estão por vir precisam dispor de ar, solo para cultivar e água limpos. Sem isso, as
perspectivas são sombrias: baixa qualidade de vida, novos conflitos por água, entre outras.

Durante a década de 1970, tomou corpo uma discussão que procurava aproximar algo até então
muito distante: a produção económica e a conservação ambiental. Nessa década propôs-se que que
as gerações actuais devem optar por um desenvolvimento que garante que as futuras gerações
sejam beneficiadas pelos recursos naturais que estão a ser explorados nos dias de hoje, designado
por desenvolvimento sustentável.

Contudo, o Relatório de Brundland – nosso futuro comum – prescreve que a humanidade deveria
preservar os recursos naturais, tornando concreto o conceito de desenvolvimento sustentável.
Segundo esse conceito, os recursos naturais podem ser utilizados, mas também devem ser
resguardados para as gerações futuras, a partir da noção de equidade geracional.
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Nunes (2006, p. 37) assinala que o conceito de desenvolvimento sustentável traduz-se a partir de
um ingrediente inovador, ao incluir as gerações que estão por vir como titulares de direito de viver
em um meio ambiente equilibrado e de desenvolvimento saudável. Nesse cenário, somam-se
elementos como o crescimento econômico, a satisfação de necessidade e a preservação dos
recursos naturais no presente e para as gerações futuras, norteando a definição do
desenvolvimento sustentável, cuja finalidade é conciliar o actual modelo de produção (e consumo)
com a preservação ambiental.

Assim, ao compor o homem e a natureza em um mesmo tom, a qualidade vida das pessoas, na
visão de Nunes (2006), assume-se como componente essencial na caracterização do
desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, alia-se a necessidade econômica e industrial do
desenvolvimento e consumo à urgente necessidade de preservação ambiental, considerando-se
tanto as gerações actuais quanto as vindouras.

No entanto, esse somatório de possibilidades não representa, na sua essência, atingir o


desenvolvimento sustentável. As preocupações com os recursos naturais e o meio ambiente
sociedade são realidades que começam a se impor. Duarte relata que, foi na sociedade
industrializada que se principiaram as preocupações e “reações contra a sociedade de abundância
e de consumo”. Em decorrência, a efetivação de sensibilizações no que tange ao meio ambiente
motiva a atenção sobre a relação do homem com a natureza, com os limites ecológicos e sociais
do desenvolvimento econômico. Desse modo, surgiu a noção do limite do crescimento
econômico, que denunciou o crescimento exponencial da população, da degradação humana e
ambiental, do consumo e do uso incontrolado dos recursos naturais (2009, p. 169).

Essa denúncia sobre a degradação humana e ambiental teve contribuição efetiva para que atitudes
fossem tomadas no sentido de alertar sobre o descontrole na utilização dos recursos da natureza.
Segundo expressa Duarte (2009), foi a partir dos anos 70, do século XX, que surgem informações
sobre o esgotamento dos recursos que o meio ambiente fornece, afetando a qualidade de vida, em
geral, nos países industrializados. Nesse contexto, propostas vêm à tona por um modelo de
desenvolvimento sustentável.

A sustentabilidade pretende corrigir as desigualdades regionais e globais, visualizando a qualidade


de vida humana no presente e no futuro. Evidencia Duarte (2009), que o mundo contemporâneo
tem mostrado um modelo de insustentabilidade, gerando problemas ambientais complexos que
não configuram solução sem uma visão consciente dos governantes junto à sociedade. Nessa
esteira de problemas, torna-se imprescindível garantir a manutenção e melhoria das bases que

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pautam a conservação da vida, pois não há como proteger e conservar o meio ambiente, após
terem sido saturados os recursos naturais, os quais, por sua vez, devem assegurar a produção dos
bens de consumo tão importantes às necessidades das demandas da sociedade no seu todo.

Corrobora Teixeira (2006), assinalando que a sociedade vivencia uma prática de


insustentabilidade, uma vez que os recursos ambientais mostram-se cada vez mais escassos,
concorrendo para que, apenas as atuais gerações possam desfrutar dos meios que a natureza
oferece. Portanto, importa a efetivação de uma política de conservação, pois após a degradação
total do recurso ambiental pouco poderá ser feito sobre a preservação. Na verdade, o
desenvolvimento sustentável deve contemplar uma organização, cujo objetivo precípuo seja o
cuidado da natureza para o usufruto das futuras gerações. Nessa senda, o meio ambiente
ecologicamente equilibrado inclui o comprometimento de toda a sociedade, em práticas que aliem
a comunidade e o Poder Público.

A sustentabilidade, por sua vez, vai mais além dos destinos da espécie humana, ou seja, atinge a
perpetuação da vida e o valor intrínseco da criação ou do mundo natural. Observa Grassi que paira
a consciência de que o progresso a qualquer preço não é sustentável a longo prazo, passando-se a
defender a tese de que o desenvolvimento que atende às necessidades do presente deve prever a
capacidade de as futuras gerações também terem meios de subsistência. Por outras, pretende-se
melhorar a qualidade da vida humana dentro da capacidade que os ecossistemas possam suportar
(1995, p. 16).

A ideia de sustentabilidade é justamente a de fazer a espécie humana "entrar no jogo da natureza".


Em outras palavras, Sachs vislumbra o ambiente rural como o lugar possível para desenvolver-se
um modo de vida capaz de manter e reproduzir as condições da existência humana sem
comprometer a base natural necessária à produção das coisas.

Para entender as principais questões concernentes ao desenvolvimento sustentável, é preciso, pois,


que se tenha uma compreensão sobre os tipos e as formas de uso dos recursos naturais, isto é, os
elementos da natureza que são utilizados pelo homem para a manutenção de sua existência. Eles
são comumente divididos em recursos renováveis e recursos não renováveis.

 Recursos renováveis são aqueles elementos que são repostos ou que podem ser
reaproveitados ou revitalizados após o seu uso. Exemplos: ar, água, solos, vegetações.
Todos esses exemplos são de elementos que se renovam naturalmente ou através da ação
humana (como no caso das vegetações que se renovam através do reflorestamento).

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 Recursos não renováveis são aqueles em que não possibilidade de renovação em um
período de curto ou médio prazo. Exemplo: petróleo, minérios, entre outros.

Assim, em tese, para manter a existência dos mesmos no futuro é preciso garantir um uso racional
dos recursos oferecidos pela natureza, é necessário utilizar-se mais dos recursos renováveis e
menos dos recursos não renováveis.

É preciso compreender, primeiramente, que os recursos renováveis não são necessariamente


duráveis por longos períodos do tempo, isto é, sua disponibilidade poderá se extinguir,
principalmente se não houver um sistema de conservação ou de preservação. Por isso, torna-se
importante a adoção de medidas para minimizar os impactos da exploração da natureza.

Além disso, é preciso considerar as questões qualitativas dos processos de renovação da natureza.
Por exemplo, uma floresta rica em nutrientes que foi desmatada para a utilização de sua madeira
na fabricação de móveis pode ser reflorestada, dando origem a uma nova floresta pobre em
nutrientes e com baixo índice de diversidade, causando prejuízos ao ecossistema ao qual ela
pertence.

É preciso lembrar também da importância do tempo nos processos de renovação dos recursos
naturais. Algumas espécies de vegetais, considerando o exemplo acima citado, demoram vários
anos para se tornarem adultas e oferecerem nutrientes, frutos e alimentos para a natureza. Nesse
meio tempo, muitos prejuízos podem ser causados à natureza. Por esse motivo, pensar em
sustentabilidade é ir além do famoso discurso do “plantar duas árvores a cada uma que for
derrubada”.

Dessa forma, pensar em desenvolvimento sustentável é pensar em mais do que simplesmente não
utilizar os recursos não renováveis em detrimento dos renováveis. Uma economia sustentável,
para ser operada, requer o conservasionismo dos elementos da natureza, minimizando os seus
impactos sem, no entanto, deixar de atender às necessidades básicas da população.

Outro ponto importante é a redução do consumo. Estudos apontam que se toda a população do
planeta seguisse os padrões norte-americanos de consumo, a humanidade precisaria de mais dois
planetas e meio! Por isso, não é possível pensar em desenvolvimento sustentável sem considerar a
redução dos excessos consumistas, bem como a realização de uma distribuição de riquezas, que
minimizem casos de desigualdade no acesso às riquezas produzidas pela natureza.

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Conclusão

Para concluir, percebeu-se que para que os recursos naturais estejam disponíveis para as
gerações vindouras é necessário optar por um desenvolvimento que garante a existência dos
mesmos no futuro. Sendo que, o desenvolvimento sustentável, pode ser definido como a
possibilidade de utilização (produção e consumo) consciente e sustentável de um meio
ambiente equilibrado, levando em consideração as gerações atuais e vindouras. O
desenvolvimento sustentável, nesse sentido, deve perceber a proteção do ambiente como parte
integrante do processo de desenvolvimento, não podendo ser considerado de forma isolada.

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Referencias bibliográficas

Barral, W. & Pimentel L. O. (2006). Direito ambiental e desenvolvimento. Florianópolis:


Fundação Boiteux.

Duarte, M. C. de S. (2003). Meio ambiente sadio. Direito fundamental. Curitiba: Juruá

Machado, P. A. L. (2014). Direito ambiental brasileiro. 22. ed. São Paulo: Malheiros Editores.

Nunes, P. H. F. (2006). Meio ambiente e mineração: o desenvolvimento sustentável. Curitiba:


Juruá

Teixeira, O. P. B.(2006). O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito


fundamental. Porto Alegre: Livraria dos Advogados

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