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Cinemática escalar..........................................................................................................................4
Cinemática vetorial........................................................................................................................10
Dinâmica.......................................................................................................................................19
Trabalho e energia.........................................................................................................................25
Estática.........................................................................................................................................27
Gravitação.....................................................................................................................................30
Hidrostática...................................................................................................................................32
Termologia....................................................................................................................................34
Óptica geométrica.........................................................................................................................51
Ondulatória...................................................................................................................................69
O estudo do som...........................................................................................................................74
Carga elétrica................................................................................................................................79
Força elétrica.................................................................................................................................82
Corrente elétrica............................................................................................................................87
Resistores......................................................................................................................................88
Geradores......................................................................................................................................90
Capacitores...................................................................................................................................94
Campo magnético.........................................................................................................................96
Valor numérico da grandeza, acompanhado de A B
uma unidade.
Módulo do vetor resultante será a soma dos mó-
Direção dulos desses dois vetores:
Reta suporte da grandeza; admite dois sentidos.
R = |A + B|
Sentido
Orientação da grandeza. •• Se a = 180º, os vetores são paralelos, têm a
mesma direção e sentidos opostos, conforme
a figura abaixo:
A B
B A
A B A
B
A S
R
B Movimento e repouso
A
Diz-se que um corpo está em movimento em re-
-B
lação a um determinado referencial, quando a sua
-B posição a esse referencial varia com o decorrer do
D = A − B = A + ( −B) tempo. Ao contrário, um corpo está em repouso em
D
A relação a um referencial se a sua posição a este não
variar.
Origem
P ti tf
Pedro
+
Velocidade escalar instantânea (V)
IESDE Brasil S.A.
Origem
Registra os valores da velocidade em cada instante
do movimento do corpo. Por exemplo: um automóvel
S
percorreu 80km de 10h às 11h com a mesma velocida-
de. Parou de 11h às 12h e viajou de 12h às 14h, per-
O
correndo 100km. A velocidade instantânea do auto-
móvel foi: 80km/h de 10h às 11h, zero de 11h às 12h e
Para caracterizar a posição de um móvel num certo 50km/h de 12h às 14h; enquanto que a sua velocidade
instante t, é suficiente fornecer o número s correspon- média foi de 45km/h. Matematicamente tem-se:
dente à posição que ele ocupa (sendo s contada ao
longo da trajetória).
•• Deslocamento (variação de posição) (∆S) é v = lim DS = ds
Dt 0 Dt dt
definido por:
Dv v–v
am=
Dt
ou am= t – t 0
0
Velocidade escalar relativa
Define-se velocidade escalar relativa do móvel B, em
Unidades S.I.: metro/segundo2 (m/s2).
relação ao móvel A, como sendo a grandeza dada por:
uniforme (MRU)
Corresponde ao movimento mais simples da ci- b) quando os móveis caminham em sentidos
nemática e tem como característica trajetórias sobre opostos, o módulo da velocidade relativa é
linhas retas com velocidade constante. Uma vez que dado pela soma dos módulos das velocidades
a velocidade é constante, a aceleração, que trata da de A e B.
sua variação, é nula ou simplesmente não existe.
VA VB VA VB
Como a velocidade é constante, a velocidade ins- A B A B
tantânea é igual à velocidade média (vm = v). Com
isso, distâncias iguais são percorridas em intervalos VBA = VB – VA
de tempos iguais. VBA > 0 Se VB > VA e também
VBA < 0 Se VB < VA
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t=0s 1s 2s 3s 4s 5s
S = vt Movimento retilíneo
uniformemente variado (MRUV)
•• Passagem pela origem – ao passar pela origem
É o movimento variado cuja trajetória é uma linha
o espaço é sempre nulo então:
reta e a aceleração escalar instantânea é constante.
Com isso a velocidade sofre variações iguais em tempos
S=0 iguais. Observe o exemplo abaixo:
0,0s
0,0s 1,0s
1,0s 2,0s
2,0s 3,0s
3,0s
Gráficos dos movimentos retilíneos (B) Parábola com concavidade voltada para baixo
(a<0).
S
Características
V>0 S V<0
•• Retas acima do eixo do tempo indicam um movi-
t t mento progressivo;
•• Retas abaixo do eixo do tempo indicam um movi-
mento retrógrado;
Características •• A área sob o gráfico indica o deslocamento es-
•• Retas inclinadas ascendentes indicam um movi- calar.
mento progressivo (V > 0);
MRUV
•• Retas inclinadas descendentes indicam um mo-
vimento retrógrado (V < 0); •• Função horária:
•• Retas horizontais indicam que o corpo está em
repouso (V = 0); V = V0 + at
•• A inclinação das retas desse gráfico representa a
velocidade do móvel em cada momento: v = tgα.
Sendo do 1.º grau a função horária desse movimen-
MRUV to, trata-se de uma reta.
t
S - S0 = V0t + (½)at2 t
MRU
•• Função horária: 40m/s 4s
S = S0 + Vt
sendo,
50m/s 5s
t Características
2h
•• Tempo de queda → tq = .
g
g = gravidade local; h = altura de queda.
MRUV
•• Velocidade após cair de uma altura
Sendo a aceleração constante o gráfico é o de uma h → v = 2gh.
reta.
•• Função horária da velocidade → v = gt.
a •• Função horária da posição (altura contada na
vertical com orientação para baixo e origem no
Nesse gráfico a área entre a reta e o
eixo dos tempos é numericamente igual à ponto de lançamento) → h = v0t + gt2/2.
A variação de velocidade.
t1 t2 tempo
Lançamento vertical
Queda livre
No lançamento vertical o corpo é lançado verti-
calmente para cima (ou para baixo) com uma velo-
Queda livre é o movimento vertical descrito por cidade inicial diferente de zero ficando submetido
um corpo que é abandonado (velocidade inicial igual somente a efeitos da gravidade o que resulta, nesse
a zero) num ponto qualquer da superfície terrestre, caso também, num MRUV.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A.,
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Física
Características •• Vetor posição inicial: r0 (origem em 0 e extre-
V midade em A).
•• Tempo de subida→ ts = g0 .
•• Vetor posição: r (origem em 0 e extremidade
V0 = velocidade inicial; g = gravidade local.
em B).
•• Tempo de subida ts = tempo de descida tD.
•• Vetor deslocamento: Dr (origem em A e extre-
•• Função horária da velocidade → midade em B).
V = V0 + gt.
•• Função horária da posição (altura contada na Vetor velocidade
vertical com orientação de acordo com a veloci-
dade inicial e origem no ponto de lançamento) Vetor velocidade média (vm)
→ h = V0t + gt2/2.
A
Observação t0•
Δr
O sinal da aceleração depende somente da orienta- Dr
Vm= Dt
ção da trajetória e não do fato de o corpo estar subin- B
•
do ou descendo. t
•• Dr = vetor deslocamento.
Propriedades do lançamento vertical •• Dt = intervalo de tempo = t – t0.
•• Ponto mais alto da trajetória: Altura máxima al-
cançada pelo corpo (hmax). Características
•• No ponto de altura máxima: velocidade é nula •• Módulo (intensidade):
(Se h = hmax ⇒ V = 0). Dr ;
v =|Vm|= Dt
•• A velocidade de chegada é igual e contrária à
velocidade de saída para qualquer ponto de •• Direção: mesma do deslocamento (secante à
sua trajetória. curva);
•
B Características
•• Módulo (intensidade): v =|V|= velocidade
0 escalar instantânea;
•• Direção: tangente à trajetória;
Os vetores indicados abaixo localizam o corpo ao
longo da trajetória. •• Sentido: mesmo do movimento.
a = lim am
Dt 0
Vetor aceleração
at = | at | = aceleração escalar instantânea;
•• Direção: tangente à trajetória;
Vetor aceleração média (am)
•• Sentido: mesmo do movimento quando este
for acelerado e contrário ao movimento quan-
do retardado.
am= DV
Dt
Movimento acelerado.
(DV = V – V0 ) at
at
V V
•• VAM = velocidade da água em relação à margem. O movimento da roda em relação à Terra pode ser
•• VLM = velocidade da lancha em relação à margem. imaginado como composição de dois movimentos:
Observe a figura a seguir: um de rotação e o outro de translação.
VC D D
d VC VC
B C
C VC C B
A B A VC
vLA vLM
X
VC
VC VC
vAM E E
A Para um observador na Terra, as velocidades dos
pontos podem ser obtidas pela superposição das fi-
•• a velocidade da lancha em relação às margens
guras anteriores.
pode ser calculada aplicando o teorema de Pitá-
goras entre as outras duas velocidades: D
vD = 2vc
vC vA
VLM = V 2LA + V 2AM
A B vC
vC
y
v0y = v0 . senθ
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yMAX Vx = V0x
V0y V0 Vx = V0x
q g
X •• Torricelli:
V0x Vy V
Vy2 = V0y2 – 2 . g. Dy
Equação da trajetória
Para facilitar a análise adote-se xo = 0 e yo = 0 (dis-
Descrição do movimento paro a partir da origem do sistema de coordenadas),
Nesse movimento a única aceleração atuante é a da a equação da trajetória descrita pelo móvel se obtém
gravidade cuja direção é sempre vertical. Desse modo, eliminando-se o parâmetro t entre as equações x(t) =
não haverá aceleração na horizontal e, nesta direção, vo. cosθ . t e y(t) = vo. senθ . t – (½)g . t2 . Obtém-se:
tem-se um movimento uniforme. Na direção vertical,
a aceleração é constante logo se trata de um movi- g
mento uniformemente variado. y0 = tgθ . x – . x2
2V2 . cos2 q
Equações de movimento
Que é identificado como um “arco de parábola”.
Direção horizontal – MRU Para um projétil lançado a partir do solo tem-se:
Só teremos equação horária para a posição e será •• altura máxima atingida (contada a partir do
do tipo: solo) para um dado vo e θ obtém-se:
θ) (complementares).
Assim, de uma forma geral tem-se: Cinemática dos sólidos
Sistemas rígidos ou corpos rígidos correspondem
Y
a sistemas de pontos materiais cujas posições relati-
vas são constantes independentes do tempo. Uma
esfera de aço, um banco de roda-gigante, uma cadei-
lançamento com q0=45º ra, um pião etc., são exemplos de corpos rígidos.
45º + a No geral um corpo rígido em movimento não exe-
45º – a cuta um movimento simples. Na grande maioria das
X vezes se trata de um movimento complexo, mas que
O V20
Am =
no entanto, pode ser estudado com o auxilio da te-
g
oria da composição de movimentos. Em outras pala-
vras, um movimento geral é composto da superposi-
Lançamento horizontal ção de movimentos simples ou fundamentais.
Corresponde a um caso particular do lançamento Os movimentos fundamentais de um corpo rígido
oblíquo. Nesse caso, o ângulo de lançamento θ = 0º. são translação e rotação. Qualquer outro movimento
As equações do movimento são: pode ser decomposto em uma sequência de transla-
ções e rotações puras.
Vejamos em particular cada um deles:
IESDE Brasil S.A.
V0x = V0 X
Translação
Vx = V0
g
Neste movimento qualquer segmento de reta to-
Vy V
mado a partir de quaisquer dois pontos distintos A e B
do corpo, se mantém paralelo à posição inicial.
Por definição:
IESDE Brasil S.A.
V1
ac V2
ac V1 = V2 = V3 = V4
wm = Dq
Dt ac V1 V2 V3 V4
V3
V4
Onde:
V4
v2
Mostra-se que: aC =
f=1 r
T
Transmissão do MCU
Relação entre grandezas
O movimento circular uniforme pode ser transmiti-
angulares e lineares
do de um corpo a outro através de roldanas, polias e
eixos. Para esses casos, temos duas situações: transmis-
são pelo centro e transmissão pela periferia.
R A transmissão pelo centro ocorre quando dois ou
mais corpos circulares possuem uma união pelo seu
O ∆ ∆ eixo. Nesse caso, a velocidade angular, a frequência e
o período são iguais para todos os movimentos.
A sua relação com a velocidade angular é: A transmissão pela periferia ocorre quando dois
ou mais corpos circulares possuem uma união pela
v=ω.R sua parte externa través de polias ou roldanas ou
através de contato direto, como é o caso das engre-
nagens. Nesse caso, a velocidade linear é igual para
Onde R é o raio da circunferência. todos os movimentos.
ω = ω0 + γt
wB B
wA A
wB
RA B RA A
RB •• Função horária da posição angular:
RB wA
ϕ = ϕ0 + ω0 t + (½ ) γt2
V
R
R
V
Equação de Torricelli
V1 = V2 w1R1 = w2R2 f1R1 = f2R2 Usada quando não se tem a variável tempo:
V
Sendo R o raio da trajetória.
at Aceleração do MCUV
Durante o movimento circular, há uma variação na di-
reção e no módulo do vetor velocidade, o que determina
então a existência de vetor aceleração total. Assim:
V2
aCP =
R
A figura anterior mostra uma partícula, com ve-
locidade tangencial aumentando com o tempo, em Sendo: V o módulo da velocidade escalar (tangen-
sua primeira volta. cial) e R o raio da trajetória.
at = a
Força de tração (T)
Assim, o módulo da aceleração tangencial é a ace- Chamamos forças de tração as forças de contato
leração escalar. entre as extremidades de um fio e corpos presos a ele.
Consideramos ideal fios de comprimento inextensível e
Relação entre aceleração linear e massa desprezível.
aceleração angular no MCUV
Força elástica – lei de Hooke
Lembrando que: É constante a razão entre a intensidade F da força
aplicada numa mola e a deformação Dx que ela expe-
Dw Dv rimenta; a constante de proporcionalidade k é uma ca-
g= g= g=a a=g.R
Dt RDt R racterística da mola e denomina-se constante elástica
da mola; simbolicamente:
Dinâmica
F = ma
2. a força de atrito de destaque (FAEmáx) é dada por:
Por ser uma equação vetorial, a equação acima rela-
ciona duas grandezas vetoriais, logo F terá mesma dire-
FAE max = mE N ção e sentido de a e também intensidade proporcional.
Implicações
µD é o coeficiente de atrito dinâmico (cinético). Isto significa que as forças sempre ocorrem aos pa-
4. tanto µE quanto µD são constantes adimensio- res, sendo que cada membro desse par atua em um
nais que dependem do tipo de material que dos corpos. Cabe salientar que essas duas forças são
constitui as superfícies. iguais em módulo (valor), porém têm sentidos contrá-
5. µE > µD para a maioria dos casos. rios. Essas duas forças (ação e reação) atuam em corpos
diferentes, motivo pelo qual não podem se anular.
Muitas situações do nosso dia a dia se explicam
Leis de Newton pela 3.ª lei de Newton: uma pessoa ao andar, “empur-
ra” o chão para trás e este a “empurra” para frente;
As leis de Newton, também conhecidas como prin- um avião ao voar, “empurra” o ar para trás e este o
cípios da dinâmica, são a base do estudo das causas “empurra” para frente.
do movimento dos corpos.
Força em trajetória curvilínea
1.ª Lei de Newton (lei da inércia)
Reta tangente em P
Inércia
Ft
Tendência que um corpo tem de manter o seu es- Trajetória
tado de movimento ou repouso inalterado. Em ou- at
tras palavras, é a tendência em manter sua velocida- a
de vetorial constante. P F
aC
Enunciado da 1.ª lei
FC
Se a resultante das forças que atuam sobre um cor-
po for nula, dizemos que este está em repouso ou
Reta normal em P
movimento retilíneo uniforme (MRU).
FC = maC = m V
2
R
m.g
Elevador com aceleração descendente
aT aT
V V
N
IESDE Brasil S.A.
aC aC
a a
O• O•
Figura 2
Figura 1
a = aC +at
m.g
mg.senα
N
mg.cosα x
mg α
mg
mg.senα
A centrípeta e a segurança nas curvas
mg.cosα x
Toda vez que um corpo descreve uma curva, sua
mg velocidade vetorial varia em direção. Pelo princípio
α
fundamental da dinâmica, as forças que atuam no
corpo devem garantir a aceleração centrípeta que é
Aplicando a 2.ª lei de Newton: responsável por essa mudança.
Eixo y: N – m.g.cosα = 0 → N = m.g.cosα (não há Numa curva plana e horizontal a força responsável
aceleração em y) pela centrípeta é o atrito. Em alguns casos quando o
Eixo x: m.g.senα = m.a ⇒ a = g.senα atrito não é suficiente o carro pode derrapar, isto é, des-
lizar para fora da curva. O carro tem maior tendência de
Com atrito derrapar se fizer a curva com maior velocidade, ou se a
curva for muito fechada, isto é, de pequeno raio.
A figura abaixo mostra as forças atuantes em um
corpo que se encontra sobre um plano inclinado. Na Uma análise matemática nessa situação mostra-nos
situação representada na figura o coeficiente de atrito que a velocidade de um carro na curva depende do raio
entre o corpo e o plano vale µ e o movimento é para e do coeficiente de atrito µ. Assim, caso o coeficien-
baixo ao longo do plano. te de atrito entre os pneus e a estrada for pequeno, a
velocidade máxima possível diminui e a segurança do
N veículo é, desse modo, afetada. Algo parecido pode
Fa ocorrer quando a superfície da pista está coberta com
uma camada de areia. Esta areia diminui o coeficiente
de atrito entre as superfícies em contato.
mg Uma maneira de se resolver essa situação e ga-
rantir o máximo de segurança é construir estradas
α
sobrelevadas, como indicado a seguir:
q I = F.Dt
P
P = mg
| t|
Quando a pista não é horizontal, mas tem um cam- I
F
bamento, a força normal à estrada deixa de ser verti-
cal e terá uma componente centrípeta, que contribuirá
para a força centrípeta. Unidade SI de impulso: [Ns]=[kg.m/s]
Assim, como somente as forças N e P atuam decisi-
vamente, a resultante centrípeta FCP será o resultado Força variável
da adição vetorial das forças normal e peso. Cálculo do impulso através do gráfico F x t:
F
Da figura acima tem-se: tg θ = CP
P F
Como: |I | = Área
v2
FCP = m e P = mg →
R
I
mv2
v2 t
tg θ = R → tg θ =
mg Rg
Teorema do impulso
“O impulso da resultante das forças que agem so-
Quantidade de movimento bre um corpo é igual a variação da quantidade de
momentum) de um corpo I = DQ
Grandeza física vetorial dada pelo produto da
massa de um corpo pela sua velocidade vetorial ins-
tantânea.
Conservação da quantidade
v
Q de movimento
Q = m.v
Quando a resultante das forças externas que agem
em um sistema é nula, consequentemente o impulso
Unidade SI de quantidade de movimento: também será e a quantidade de movimento se con-
[kg.m/s] serva.
TE MPO Ex. 1:
8–3
e= =1
10 – 5
Ex. 3:
4m/s 3m/s
Nessa fase as superfícies são deformadas mutu-
amente até que uma pare em relação à outra. Nes-
se momento a força de interação entre elas atinge
3–3
o máximo valor e, consequentemente, a aceleração e= =0
4–0
produzida também será máxima.
FORÇA
Trabalho e energia
Trabalho de uma força
TEMPO
FORÇA
θ d
A B
TEMPO τ = F . d . cosθ
Nesse caso o impulso sofrido durante a deforma- Unidade S.I.: joule = newton x metro = J = N.m
ção não é igual, em módulo, ao impulso sofrido du-
rante a restituição. Dessa forma o gráfico da força é Casos especiais
assimétrico. •• F e d têm a mesma direção e o mesmo sentido.
O trabalho é dito motor, pois favorece o desloca-
Choques perfeitamente elásticos mento. O ângulo é 0º, como cos0º=1, a fórmula se
Nesse tipo de choque os corpos se movimentam simplifica assim:
separados e com velocidades diferentes após a coli-
são. Ao contrário dos tipos anteriores, a energia ciné- τ=F.d
tica do sistema se conserva após a colisão.
•• F e d têm a mesma direção e sentidos opos-
FORÇA tos. O trabalho é dito resistivo, pois é realizado
contra o deslocamento. O ângulo é 180º, como
cos180º = -1, a fórmula se simplifica assim:
TEMPO
τ=–F.d
EC = m . V
2
fA
A t = área
Teorema da energia cinética
A B x “O trabalho da resultante das forças é igual à va-
riação de energia cinética”.
O trabalho é numericamente igual à área sob a Matematicamente:
curva.
m . V2
τ = ± mgh EC =
2
•• Mecânica: EM = EC + EP
F
F2 Princípio da conservação
A energia não pode ser criada nem destruída, só
τ pode ser transformada. Isso é notado quando a ener-
F1 gia mecânica das águas em queda é transformada
x1 x2 x em energia elétrica, a energia mecânica de um corpo
Estática F
Equilíbrio estático F
Observação
1. corpo rígido é aquele em que as posições de suas Máquinas simples
partículas (macroscópicas) não se alteram em re-
lação a um referencial fixado no próprio corpo. São dispositivos práticos que permitem a obtenção
de forças muito intensas a partir de forças pouco inten-
2. denomina-se binário um sistema formado por
sas, ou ainda o redirecionamento de determinada força.
duas forças de mesma intensidade e mesma di-
reção, porém de sentidos opostos e aplicadas
Alavanca
em pontos distintos, cujas linhas de ação se en-
contram a uma distância d, chamada de braço De forma simplificada pode-se dizer que uma ala-
do binário. vanca é uma barra que pode girar em torno de um pon-
to de apoio. Temos três tipos de alavancas:
P
F Alavanca interfixa IESDE Brasil S.A.
N
d B O A
–F F
Q R
R N F
M1 M1
R
B O A F=R/4
R . BO = F . AO F=R R F=R/2
M2
resistentes e interpotentes.
Montagens sugeridas para desenvolvimento da
Polias ou roldanas talha exponencial.
2b Observação
x
F1 F2
Na verdade, o foco da elipse que determina a órbita
de cada planeta não é ocupado pelo Sol, mas sim pelo
centro de massa do sistema solar. No entanto, como o
2a
Sol representa cerca de 99,8% da massa total do sis-
tema solar, a sua posição difere pouco da posição do
Em uma elipse, destacam-se os seguintes elemen-
centro de massa do sistema e, portanto, não se comete
tos:
um erro muito grande ao se fazer essa simplificação.
•• F1 e F2 → focos;
•• a → semieixo maior (raio médio);
•• b → semieixo menor;
2.ª Lei – lei das áreas
•• c → semi distância focal; As áreas determinadas pela trajetória do planeta e a
posição do Sol são diretamente proporcionais aos inter-
Equações principais:
valos de tempo que o planeta gasta para percorrê-la.
a–b
e= → Excentricidade DT1
a+b
A1
x2 y2 → Equação canônica (simplificada)
+ =1
a2 b2
A2
d1 + d2 = 2a → Definição
DT2
A1 A
= 2 = cte G.M.m
DT1 DT2 F G=
d2
h
M
R
T2
Sol T1
R2 R1 d
R3 FG G.M G.M
g= g= ou gh = (R + h)2
T3 m d2
como
T12 T2 T2
= 23 = 33 = cte 2
R13
R2 R3 G.M ⇒ g = g . R
gsup = sup R + h
R2 h
m . vE2 G.M.m
V
w0= 0 w0= G.M – =0 VE= 2. G.M
d d3 2 R R
2p d3
T=w
0
T = 2p
G.M Hidrostática
Elevando a última expressão ao quadrado, temos:
Massa específica ou
d3 T2 = 4p2 = cte
T = 4p . densidade absoluta ( ):
2 2
G.M d3 G.M
Peso específico
gráfico a seguir:
Peso P
= = = .g
0 d Volume V
Pressão
Fn
Por definição: p= , sendo:
A
Observação
•• Fn = Intensidade da componente normal de
Para o gráfico anterior, consideraram-se ambas as uma força aplicada a uma superfície.
massas como puntiformes. •• A = área da superfície.
Fn
Velocidade de escape F
IESDE Brasil S.A.
A
Hg
1 h2
Teorema de Pascal
h
“Um incremento de pressão comunicado a um pon-
2 to qualquer de um líquido incompressível em equilíbrio
transmite-se integralmente a todos os demais pontos
do líquido, bem como às paredes do recipiente”.
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Física
Pressão absoluta e Termologia
efetiva (hidrostática)
Temperatura
Pressão efetiva (hidrostática ou
É a grandeza física diretamente associada ao grau
manométrica)
de agitação das moléculas.
É a pressão exercida pela coluna de líquido. •• Aumento na agitação molecular → Aumento
na temperatura.
Phid = µ.g.h
Calor
É a energia em trânsito de um corpo para outro
Pressão absoluta em decorrência da diferença de temperatura existen-
É a pressão da superfície do líquido (normalmente te entre eles. Dessa forma nenhum corpo possui ca-
é a pressão atmosférica) somada à pressão exercida lor. Deve-se então observar que um corpo com tem-
pela coluna de líquido. peratura elevada quando colocado nas proximidades
de outro com temperatura menos elevada, “resfria”
enquanto que o último “aquece”, havendo, então
Pabs = po + µ.g.h um fluxo de calor do corpo com maior temperatura
para o de menor temperatura.
se no equilíbrio térmico.
Principais Escalas
•• Celsius: adota-se para os pontos fixos os seguin- Dilatação superficial dos sólidos
tes valores 00 C (1.0 ponto fixo) e 1000 C (2.0 ponto É a variação que ocorre predominantemente em
fixo). O intervalo entre esses valores é dividido em duas dimensões.
100 partes iguais.
θ0 θ
V ∆Vreal = ∆Vaparente + ∆Vrecipiente
V0
V0
V0
Dilatação anômala da água
A água tem um comportamento anormal duran-
te seu aquecimento e resfriamento no intervalo de
0ºC a 4ºC.
Resumidamente temos:
•• De 0ºC a 4ºC o volume diminui.
latação volumétrica. T
Observação
1. os termos (1 + α∆θ), (1 + β∆θ) e (1 + γ∆θ) são R
denominadas binômio de dilatação. Ar
V
2. o coeficiente angular da reta que representa
graficamente a dependência entre o compri-
mento e a temperatura θ, é numericamente
igual ao produto do comprimento inicial jun- S S'
tamente com o coeficiente de dilatação linear
do material.
3. quando o corpo que irá ser aquecido for oco, a di- O efeito do calor recebido por um corpo depende
latação ocorrerá como se o corpo fosse maciço. das condições iniciais de temperatura e pressão.
Q C A = A.c
C=
Dq
C
c= C=m.c
m Lei de Dulong e Petit
“A grande maioria dos elementos no estado sóli-
O calor específico c é uma característica da subs-
do possui um calor atômico vizinho de 6cal/ºC”.
tância e não do corpo.
Unidade de medida: cal Observação
gºC
(sendo que 1cal equivale a aproximadamente Tal como a capacidade térmica e o calor específi-
4,1855J). co, o calor atômico depende da temperatura. Quanto
maior a temperatura, melhor se aplica a lei de Du-
Equação fundamental da long-Petit.
calorimetria
Do conceito de capacidade térmica tem-se: Calor latente (L)
Mede a quantidade de calor necessária para fazer
Q uma unidade de massa mudar de fase. Existe um valor
c= Q = C . Dq
Dq
para o calor latente de cada mudança de fase, para
cada substância.
Do conceito de calor específico tem-se:
Quantidade de calor latente
C=m.c
A quantidade de calor necessária para fazer uma mas-
sa de certa substância mudar de fase é dada por:
Substituindo então a segunda equação pela pri-
meira:
Q = m.L
Propagação de calor
Existem três mecanismos de transmissão de calor e
sendo eles:
Condução
A transmissão de calor é feita molécula a molécula,
sem que haja transporte das mesmas. Esse fenômeno
ocorre tendo em vista que a energia de vibração de
uma molécula se transmite às moléculas vizinhas. Observação
Em geral os metais são bons condutores de calor.
IESDE Brasil S.A.
Convecção
Calor
1000K
o gás, que pode ser desprezado.
V = k = constante
T
Termodinâmica
Lei de Boyle-Mariot – Trata-se do ramo da Física cujo objeto de estudo são
transformação isotérmica as mútuas transformações entre energia térmica (ca-
Se a temperatura de uma determinada massa gaso- lor) e energia mecânica (trabalho).
sa for mantida constante, o volume desse gás será in- Nesse estudo a energia interna (U) dos sistemas
versamente proporcional à pressão exercida sobre ele. será tratada como uma forma de energia com a ca-
pacidade de ser transformada em energia mecânica
ou em calor e vice-versa.
pV = k = constante
Energia interna
Transformação adiabática Os sistemas termodinâmicos, em geral, são forma-
Numa transformação adiabática, o gás não troca ca- dos por inúmeras partículas, as quais estão em cons-
lor com o meio exterior ficando isolado termicamente. tante movimentação.
Para a transformação adiabática: A energia total de um sistema é composta de duas
parcelas: a energia externa e a energia interna.
•• numa contração adiabática ocorre uma eleva- Há processos em que a energia interna varia e a
ção de temperatura. temperatura permanece constante. A energia recebi-
da (calor latente) aumenta a energia interna do siste-
ma durante o processo.
Teoria cinética Nas transformações gasosas, a variação de energia
Trata-se de uma análise das grandezas variáveis de interna é sempre acompanhada de variação de tem-
estado (grandezas macroscópicas) com base numa peratura (∆T). Assim, ao receber calor o gás tem sua
visão microscópica de tais grandezas. temperatura aumentada e, ao perder calor, sua tem-
peratura diminui.
Energia cinética média molecular De uma forma geral tem-se:
•• ∆T > 0 ⇒ ∆U > 0: energia interna aumenta.
1 •• ∆T < 0 ⇒ ∆U < 0: energia interna diminui.
Ec = kT
2
•• ∆T = 0 ⇒ ∆U = 0: energia interna não varia.
A constante de Boltzmann é Para o caso particular de um gás perfeito monoatô-
mico a energia interna é dada por:
k = 1,38 x 10 -23J/K.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A.,
41
mais informações www.iesde.com.br
Física
P
U = (3/2)n.R.T
t=A τ
V
Onde n é o número de mols do sistema e R é a
constante universal dos gases.
DV
Na figura anterior, o gás recebeu uma quantidade
de calor Q, sofreu uma variação de energia interna ∆U
e ainda realizou o trabalho τ.
Na situação em que o volume do gás no cilindro Tomando por base o princípio de conservação da
sofre variação (expansão ou contração), mantendo a energia deve-se ter que o somatório das energias re-
pressão constante, o gás executa trabalho positivo (ex- cebidas deve ser igual à energia armazenada mais a
pansão) ou negativo (contração). energia cedida.
∆U = Q – τ
A
Como:
B
τ = 0 ⇒ ∆U = Q – 0 → ∆U = Q
Expansão V
Todo o calor trocado com o meio externo é trans-
formado em variação da energia interna.
P
Se o sistema recebe calor:
•• Q > 0 ⇒ ∆U > 0: temperatura aumenta se o
sistema recebe calor. A
•• Q < 0 ⇒ ∆U < 0: temperatura diminui se o
sistema cede calor. B
c) Isobárica ⇒ P = constante ⇒ V ~ T
Numa isobárica, o aumento de temperatura im-
plica num aumento de volume e uma diminuição de
Compressão V
temperatura implica numa diminuição de volume.
Expansão ⇒ ∆V > 0 ⇒ τ > 0 e ∆T > 0 ⇒ ∆U > 0
P
Contração ⇒ ∆V < 0 ⇒ τ < 0 e ∆T < 0 ⇒ ∆U < 0
d) Adiabática ⇒ Q = 0
A
∆U = Q – τ
B
Como:
Q = 0 ⇒ ∆U = 0 – τ → ∆U = – τ V
Ciclo
V
Da figura destaca-se:
•• Q1 = calor recebido da fonte quente. O Ciclo de Carnot corresponde ao conjunto de trans-
•• Q2 = calor rejeitado para a fonte fria. formações cíclicas que determina o maior rendimento
•• τ = trabalho. entre duas dadas temperaturas.
O princípio de conservação da energia garante que: Teorema de Carnot
Carnot mostrou que:
τ = Q1 – Q2
Q2 T
= 2
Q1 T1
Rendimento de uma máquina térmica - η
O que diferencia uma máquina de outra é sua capa- Cujo enunciado é:
cidade de aproveitamento dos recursos empregados.
“A quantidade de calor retirada da fonte quente e
Essa capacidade é determinada pelo seu rendimento
rejeitada à fonte fria é diretamente proporcional às
que, por definição, é dado por:
suas temperaturas absolutas”.
Q
η= t =1– 2
Rendimento máximo
Q1 Q1
O máximo rendimento de uma máquina térmica,
que opere entre duas dadas temperaturas, ocorre
quando a máquina opera segundo o ciclo de Carnot.
Note-se que, matematicamente, η < 1
Esse rendimento é dado por:
Ciclo de Carnot
T2
Os processos de transformação de calor em tra- η=1–
T1
balho são, de uma forma geral, pouco rentáveis em
função das perdas ocorridas durante as transforma-
ções gasosas (normalmente não reversíveis). Assim,
Principais ciclos termodinâmicos
para se obter o máximo rendimento devem-se tomar
transformações reversíveis.
Ciclo de Otto
Tal problema foi resolvido em 1824 pelo ainda
jovem engenheiro francês Nicolas L. Sadi Carnot ao Esquematização idealizada do que ocorre num mo-
publicar seu livro Reflexões sobre a potência motriz tor a gasolina de 4 tempos. Definido por 4 etapas:
do fogo e sobre os meios adequados de desenvolvê- •• AB – representa a compressão rápida (adiabáti-
la. Nesse livro ele idealizou uma máquina que realiza ca) da mistura de ar com vapor de gasolina, de
ciclos reversíveis, compostos por quatro transforma- um volume inicial Vo para um volume Vo /r (r é a
ções: duas adiabáticas intercaladas e duas isotérmicas. taxa de compressão).
C
Ciclo de Joule
Corresponde a uma idealização do que ocorre
numa turbina a gás. Nesse ciclo tem-se:
D
•• AB e CD – são adiabáticas;
B •• BC e DA – representam, respectivamente, aque-
cimento e resfriamento a pressão constante; r
A
= PB/PA é a taxa de compressão.
V0 /r V0 Volume
Pressão
Rendimento: B C
TD – TA γ–1
η=1– =1– 1
TC – TB r
γ = coeficiente de poisson A D
•• a única movimentação das partículas é devido •• as partículas estão livres umas das outras;
à agitação térmica em torno de uma posição •• há movimentação (desorganizada) das partículas
de equilíbrio. no interior do gás.
•• consideram-se exceção, as substâncias amorfas
que, embora possam ser consideradas como Mudança de estado de agregação
sólidas, não apresentam o retículo cristalino, ou (mudança de fase da matéria)
seja, suas moléculas não mantêm um arranjo or-
Os estados de agregação da matéria (comumente
ganizado como é o caso, por exemplo, do vidro.
chamados fases da matéria) são funções da condição
b) Fase líquida de temperatura e pressão.
Nessa fase, as partículas que compõem o corpo Sendo assim, uma mudança nessas variáveis pode
estão ligadas, mas não com a mesma intensidade acarretar uma alteração na forma como as partículas do
que na fase sólida. Não há também a mesma dispo- corpo estão agregadas. Com isso, podem vir a ocorrer
sição organizada das moléculas o que faz que esse as chamadas mudanças de fase. Tais mudanças são:
estado físico mantenha as seguintes características:
Sublimação
IESDE Brasil S.A.
Sólido Gasoso
Fusão Líquido Vaporização
Solidificação Liquefação
Fusão
Solidificação Mar
Vaporização
760
IESDE Brasil S.A.
Líquido
Sólido
58
T Vapor
Óptica geométrica
Feixe divergente
•• Feixe de luz: é o nome dado ao conjunto de •• Cor dos corpos: quando um corpo recebe luz,
vários raios de luz. parte da energia é absorvida e parte é refletida.
A cor do corpo corresponde à cor da radiação
refletida. Assim, um corpo iluminado com luz
Raio de luz branca é verde porque absorve todas as outras
Feixe de luz
radiações e reflete o verde.
Câmara escura
Consiste basicamente de uma caixa de paredes
opacas com um pequeno orifício em uma de suas
paredes. Devido à propagação retilínea da luz, é for-
mada uma imagem de um objeto colocado diante da
caixa. A imagem é formada dentro da câmara, inver-
tida e menor que o objeto original. Esse é o princípio
Observação
de funcionamento de alguns aparelhos tais como
máquinas fotográficas. A difusão é importante na visualização de objetos,
uma vez que a maioria dos objetos possui superfície
A irregular.
IESDE Brasil S.A.
Reflexão regular
•• Da semelhança de triângulos:
É a reflexão que ocorre numa superfície polida ou
lisa.
H=p
h p`
Princípio da reversibilidade
Todo caminho que a luz faz num sentido, ela tam-
bém faz no sentido contrário.
Ri N Rr
i r
Superfície
Espelhos planos
Um espelho plano é uma superfície polida plana Translação de espelho plano
(espelhada) que reflete regularmente a luz.
Na figura abaixo o espelho plano E sofre um desloca-
mento b e a imagem sofre um deslocamento a. Vejamos
Propriedades dos espelhos planos a relação entre esses deslocamentos:
A imagem gerada por um espelho plano (I) é sem-
pre virtual (formada atrás do espelho), direita (mes- E E’
ma posição do objeto original) e igual (mesmo tama-
I I’
nho do objeto original). A imagem gerada por um O
Calota
esférica
Eixo Espelho Convexo
C F V principal
Esfera
Tipos Eixo
principal V F C
I. Côncavo: se a superfície interna da calota for
refletora.
II. Convexo: se a superfície refletora for a externa.
Luz Luz
V F C
•• Objeto além do centro de curvatura C:
C F V
C F V V F C
real
Imagem i invertida (entre F e C)
menor
i o
C F V V F C C B
B’ F
r
i
A’
Construção geométrica
das imagens real
Imagem i invertida (No C)
igual
Espelho convexo
•• Objeto entre o centro de curvatura C e o
Qualquer que seja a posição do objeto AB = o, foco principal F:
colocado à frente desse tipo de espelho, ter-se-á
sempre um único tipo de imagem A’B’ = i: virtual,
direita e menor. A
o
A B’
C B F
o A’ i
i
B B’ F C
A’
real
Imagem i invertida
virtual
maior (além do C)
Imagem i direita (entre V e F)
menor
Objeto
O
virtual
Imagem i direita C F V
maior I
Imagem
Estudo analítico
Objeto –P’
P A= i =
O P
R
f •• O = altura do objeto.
C F V •• i = altura da imagem.
l
Imagem
P Observação
Imagem direita ⇒ i > O e A > O.
Imagem invertida ⇒ i < O e A < O.
•• f = distância focal.
•• R = raio de curvatura.
•• R = 2f
Estudo da refração
•• P = distância do objeto ao espelho.
•• P’ = distância da imagem ao espelho. Refração
•• Equação dos pontos conjugados:
É um fenômeno luminoso em que a luz passa de
um meio transparente (1) para outro meio transparen-
1=1+1 te (2), o que acarreta mudança na velocidade da luz.
f P P’
n= c
Superfície Meio 2 (n2)
V dióptrica
r’ R
r
Leis da refração
Nesse caso o raio se afasta da normal.
N
Ri Ângulo limite (L)
i É o ângulo de incidência para o qual a refração é
Meio 1 (n1) rasante (r = 90º).
Superfície dióptrica
Meio 2 (n2)
r’ N
Rr Ri
L
Rr
•• 1.ª Lei: o raio incidente (Ri), a reta normal (N) e
o raio refratado (Rr) são coplanares. r’
•• 2.ª Lei (lei de Snell-Descartes): para cada dióp-
tro existe uma razão constante entre o seno do
n n
ângulo de incidência (i) e o seno do ângulo de sen L = n2 = menos refringente
nmais refringente
refração (r). 1
n1 Meio 1 S1
n2
Meio 2
p p' S2
I Meio 3
r
r
O
A
x n1 n1
n2
sen (i – r)
x=E. cos r i1 •
•
i2
r1 r2
Ri Re
A
Prismas
São compostos pela associação de dois dióptros,
porém as superfícies de separação entre os meios
não são paralelas.
Equações
•• Refração na 1.ª Face: n1. sen i1 = n2. sen r1
•• Refração na 2.ª Face: n2.sen r2 = n1.sen i2
•• Da Geometria: A = r1 + r2 e ∆ = i1 + i2 - A
Desvio mínimo
Demonstra-se que, para n e A constantes, o desvio
é função do ângulo de incidência i.
Elementos Lembrando do princípio da reversibilidade dos
raios, vemos que i2 é igual ao ângulo de refração
•• Faces: são os dois dióptros. na segunda face quando o ângulo de incidência na
•• Aresta: intersecção das faces. primeira for i1. Daí vem que na situação de desvio
•• Secção transversal: interseção com o prisma mínimo: i1 = i2 = i
de um plano perpendicular à sua aresta.
•• Abertura: ângulo entre as faces. Lentes esféricas delgadas
Trajetória de um raio luminoso Lentes esféricas
Sejam: É uma associação de dois dióptros, sendo um es-
•• Ri = raio incidente. férico e o outro podendo ser esférico ou plano.
•• Re = raio emergente.
•• i1 = ângulo de incidência na primeira face.
Tipos de lentes esféricas
•• A = ângulo de abertura ou refringência do pris-
Lentes de bordas delgadas
ma.
•• n1 = índice de refração do meio envolvente. São aquelas que são finas nas extremidades e au-
mentam a sua espessura em direção ao centro.
•• n2 = índice de refração do prisma.
A’
e
B’ F1 B O F2
Imagem Objeto
e
C F O F C
Outro raio notável é o raio que passa pelo centro óp- Objeto sobre o foco
tico da lente, que é refratado sem sofrer mudança em
A
sua direção.
e
O F Imagem no
C F C infinito
Lente divergente A
A
A’ A’
Imagem
B F1 B’ O
Objeto Imagem
Centro da lente
Objeto sobre 2F
Olho
IESDE Brasil S.A.
Onde:
Estudo analítico •• n2 = índice de refração do material da lente.
•• n1 = índice de refração do meio exterior.
y •• R1 e R2 = raios de curvatura das faces.
Objeto
Os raios R1 e R2 são considerados positivos para
o
e superfícies convexas, e negativos para superfícies
C F O F i C x
p p’ Imagem côncavas. O raio de curvatura das superfícies planas
pode ser considerado infinito de forma que:
1= 1+1
f p p’
Associação de lentes
Aumento linear transversal (A)
Justaposição
p’ Para essa associação, a distância entre os centros óp-
A=– p = i ticos das lentes é nula ou desprezível.
0
Miopia
Acomodação visual No olho míope, imagens de objetos no infinito se
É a variação da vergência do globo ocular para que formam antes da retina. Os pontos remoto e próximo
a imagem de um objeto se forme sempre na retina. se encontram mais próximos do olho que o normal.
Retina
Ponto remoto
É a distância máxima para a qual o olho não precisa
se acomodar para permitir uma visão distinta, ou seja,
a musculatura está relaxada.
Cristalino
Aumento da lupa
A luneta astronômica
O aumento da lupa, para um objeto colocado so- (ou telescópio refrator)
bre o seu primeiro ponto focal, é:
Associação de duas lentes convergentes usadas
para observação de objetos muito distantes. A pri-
dd
M= meira lente chamada objetiva recebe os raios para-
f
lelos provenientes do objeto e conjuga uma imagem
Objetiva Ocular
Objeto FOC FOC FOB
no
infinito
FOC FOB FOC
Imagem
Aumento da luneta
Binóculo
O aumento de uma luneta é dado por:
O binóculo é composto por duas lunetas terres-
tres, sendo dotado de um sistema de prismas, inter-
fOB
M=– no a elas, que permite seu tamanho reduzido, des-
fOC viando adequadamente o feixe luminoso.
Espelho
Espelho
Parabólico
(Objetiva)
Imagem real, menor e invertida.
x = A . cos(q0 + w . t)
Projetor
(Equação horária da elongação)
V
V q
Movimento harmônico
VX
VX
Características
•• Oscilatório (oscila em torno de uma posição de
equilíbrio);
Da figura, temos: v x = –v . senq
•• Periódico (repete-se em intervalos de tempos
iguais). Relação entre velocidade linear (tangencial) e velo-
cidade angular: v = w . A
Massa Mola
v x = –w . A . sen(q0 + w . t)
Observação
O sinal negativo indica que a velocidade do bloco
é negativa no I e no II quadrantes e positiva no III e
Analogia com movimento circular no IV quadrantes.
uniforme (MCU)
acpt
A MCU
ax
q
q
MHS
MHS
x
Logo:
t = 0s
ax = –w2 . A . cos(q0 + w . t)
A MCU
(Equação horária da aceleração)
q0
Observação
MHS
O sinal negativo indica que a aceleração do bloco é
negativa no I e no IV quadrantes e positiva no II e no x = A/2
III quadrantes.
q0 = 60º
Dividindo a expressão da aceleração pela expres-
são da elongação, temos: Equações horárias
ax A
= –w2 ax = –w2 . x X0 = A . cos(60º) =
x 2
Vx0 = –w . A sen (60º) = – 0,87 w . A
(Relação entre aceleração e elongação)
ax0 = –w2 . A
2
Velocidade angular (pulsação) e Ex. 2
período do MHS
Força restauradora:
t=0s
MCU
FR = –k . x m . ax = –k . x m (–w . x)
2
q0
k w= k
= –k . x w =
2
m m V MHS
x = –A/2
2p m
T= T = 2p
w k
q0 = 120º
Energia no MHS
Epot
Energia potencial elástica.
Ecin
Emec
k . x2
EPOT =
2
x (m)
Energia cinética.
Pêndulo simples
m . v2
ECIN =
2 a
g
T L
Energia mecânica.
PN
DS DS
EMEC = ECIN + EPOT PT
P
X X
k . A2 k . x2
ECIN = EMEC – EPOT = –
2 2 g
w=
L
k. 2 2
ECIN = (A – x ) 2p
2 T=
w
1 1 1 1
= + + ... +
kE k1 k2 kN P
F1 F2 FN Quanto à natureza
a. Ondas mecânicas: são ondas que necessitam
P de meio material para sua propagação. Essas on-
das são deformações elásticas que ocorrem nos
meios materiais. O principal exemplo é o som.
xE = x1 = x2 = ... = xN
b. Ondas eletromagnéticas: perturbação forma-
FE = F1 + F2 + ... + FN
da por um campo elétrico e outro magnético
kE . xE = k1 . x1 + k2 . x2 + ... + kN . xN que se propaga através do vácuo ou de meios
materiais. O principal exemplo é a luz.
kE = k1 + k2 + ... + kN
Campo
Ondulatória
Onda é uma perturbação que se propaga em um Campo
magnético
meio, transportando apenas energia sem transportar
Direção da
matéria. propagação
Direção de
Onda puntiforme
propagação
Direção de
vibração
mola Raio
c) Onda plana d) Onda esférica
Direção de propagação
Observação
Direção de vibração
Definem-se linhas de ondas como sendo o lugar
geométrico dos pontos que são atingidos ao mesmo
c) Ondas mistas: são ondas mecânicas forma- tempo por uma perturbação.
das por vibrações transversais e longitudinais
concomitantes. O exemplo mais comum é o de
ondas nas superfícies dos líquidos. As ondas
sonoras nos sólidos também são mistas. Raio de onda
A propagação de uma onda pode ser representada
Quanto à dimensão de uma onda por um ente geométrico imaginário denominado raio
a) Onda unidimensional: onda em que a propa- de onda. Assim:
gação se dá ao longo de uma linha. Ex.: onda Raio de onda: linha fictícia orientada que tem ori-
em uma corda. gem na fonte emissora da onda e é perpendicular às
b) Onda bidimensional: onda que se propaga ao frentes de onda:
longo de uma superfície. Ex.: onda sobre a su-
perfície de um líquido.
Frente
c) Onda tridimensional: onda cuja propagação se de onda
Raio de
dá em todas as direções. Ex.: onda luminosa. onda
Frente de
Quanto à frente de onda onda
Elementos
Função de onda
Comprimento de onda (l) Quando uma corda (ou mola) tensa, isto é, esti-
cada por tração, recebe um pulso como na figura
É a distância entre duas cristas ou dois vales con- abaixo, essa perturbação irá se propagar sem perder
secutivos. a forma; dessa maneira o pulso que chegará a qual-
quer ponto P da corda é o mesmo que saiu da fonte
Amplitude (a) em um intervalo de tempo ∆t atrás (∆t é o tempo
É a distância entre a linha de equilíbrio ou média e gasto para a perturbação percorrer a distância x que
uma crista ou vale de uma onda. separa a fonte e o ponto P).
Período (T) A
yF
É o tempo gasto para uma onda realizar uma vibra- yP • P
fonte
ção completa, ou seja, o tempo necessário para que constante XP
x
Frequência (f)
É o número de oscilações realizadas pela onda por
unidade de tempo, ou seja, o número de cristas que
passam por um ponto num dado intervalo de tempo. y = A cos [2π( t – x ) + q0]
T l
É medida em hertz (Hz). A relação entre período e
frequência é:
Fenômenos ondulatórios
f= 1
T Vários fenômenos podem ocorrer com uma onda:
o desvio ou o contorno que ela realiza ao encontrar
obstáculos em sua propagação (a difração), a interfe-
Velocidade de propagação (V)
rência que ocorre quando se encontram duas ondas
Toda onda se propaga com uma determinada velo- produzidas por diferentes fontes e ainda o fenômeno
cidade de propagação (V), que pode ser interpretada da polarização.
Fim fixo
Região funda
da região rasa r
paração deste com outro meio. Deve-se notar que a
propagação dessa onda pode ser representada por
Superfície
seus raios de onda que, por sua vez, são perpendicu- i da região funda
1
lares às linhas de onda:
v1
Normal
Ondas incidentes Ondas refletidas
Sendo:
•• V1 = velocidade da onda no meio 1.
•• V2 = velocidade da onda no meio 2.
I R •• N = reta perpendicular à superfície de separa-
Sejam: ção (reta normal).
•• N = reta perpendicular à superfície de separa- •• i = ângulo entre o raio incidente e a reta nor-
ção (reta normal). mal.
•• I = ângulo entre o raio incidente e a reta normal. •• r = ângulo entre o raio refratado e a reta nor-
•• R = ângulo entre o raio refletido e a reta normal. mal.
Aqui valem também as leis da reflexão vistas em Para a refração têm-se duas leis (já vistas em Óp-
Óptica Geométrica. tica Geométrica):
É o fenômeno segundo o qual uma onda muda “O raio incidente, a reta normal e o raio refratado
seu meio de propagação. são coplanares”.
sen i V1 l F1x x F2
=
sen r V2
Ressonância
Vsólido > Vlíquido > Vgases
Quando um sistema vibrante é submetido a uma
série periódica de impulsos cuja frequência coincide
com a frequência natural do sistema, a amplitude de
suas oscilações cresce gradativamente, pois a energia
Velocidade em função da temperatura
recebida vai sendo armazenada.
Domínio público.
v = KT
•• K → constante.
•• T → Temperatura absoluta.
γR
•• K =
M
gRT
v=
Ponte de Tacoma. M
Onda
Observação
IESDE Brasil S.A.
circular
A velocidade das ondas só depende das proprie-
Onda
aniquilada dades físicas do meio, não dependendo, portanto, se
a fonte está em movimento ou repouso, da intensi-
Onda dade ou da frequência das ondas.
polarizada
verticalmente
f2
I= E ou I = potência I= (para f2 ≥ f1)
DtA A f1
N = 10 log
I Cordas vibrantes e tubos sonoros
I0
É comum então representar a onda estacionária Tubo aberto (ambas extremidades abertas)
em um tubo, conforme a figura a seguir:
•• 1.º modo de vibração ou 1.º harmônico –
apresenta um fuso:
V V V
N
N N N
λ/2 λ/2
Tubo fechado (uma extremidade fechada) •• 2.º modo de vibração ou 2.º harmônico - apre-
senta dois fusos.
Abaixo estão representados dois dos vários modos
de vibração de uma onda em um tubo fechado.
•• 1.º modo de vibração ou 1.º harmônico – apre-
senta meio-fuso:
L = 3l2 / 4 l2 = 4L / 2 e
v
f2 = =2 v
l2 4L
L = 1l1 / 4 l1 = 4L/1 e Generalizando: n’-ésimo harmônico possui n fu-
v sos:
f1 = =1 v
l1 4L ln 2L
L=n → λn = e
2 n
•• 2.º modo de vibração ou 3.º harmônico – apre-
fn = v = n v
senta um e meio-fuso: ln 2L
P
Próton
(a) Nêutron
(b) Elétron
•• Corpo neutro – quando possui o mesmo número 1. Quando um corpo constituído de material con-
de prótons e elétrons, possuindo carga total nula. dutor possui cargas elétricas em excesso, essas
tendem a se distribuir pela sua superfície ex-
•• Corpo carregado (eletrizado) negativamen-
terna.
te – é aquele que possui mais elétrons do que
prótons. 2. Nos corpos constituídos de materiais isolantes
não há movimentação das cargas elétricas que
•• Corpo carregado (eletrizado) positivamente – é
acabam por permanecer no local onde são de-
aquele que possui mais prótons do que elétrons.
positadas.
Observação
O número de elétrons é igual ao número de pró- Princípios da eletrostática
tons, em qualquer átomo, assim, em condições nor-
mais, os átomos são eletricamente neutros.
Princípio da conservação da carga
A carga elétrica se conserva, isto é, a quantidade de
Q = ± ne
+ +
+ + + + +
+ ++ + +
+ +
+ +
+
++ + + +
++ + + ++ + ++ + +
+
+ +
(a ) (b) (c)
Observação
1. Preferencialmente, devem ser usados corpos
condutores de eletricidade. Há então uma distri-
buição da carga entre os dois corpos de acordo
com as proporções dos mesmos e ambos ficam
carregados, com cargas de mesmo sinal.
2. Se os corpos forem idênticos, ou seja, se apresen- Eletroscópios
tarem mesma forma e tamanho, então, após o
contato, a carga total se dividirá em partes iguais Como aplicação da eletrização por indução, pode-
entre eles. mos citar o eletroscópio, que é um aparelho utilizado
para identificar a presença de cargas elétricas.
3. A eletrização por contato só pode ocorrer com
corpos condutores de eletricidade. Descreveremos dois tipos básicos:
Pêndulo eletrostático
Eletrização por indução Uma pequena esfera de cortiça suspensa por um
fio preso a uma haste.
É um processo no qual a eletrização ocorre sem
que haja contato entre os corpos. Nele, um corpo A
(indutor), carregado, é aproximado de um corpo B
(induzido), condutor, inicialmente neutro. A presença
de A induz em B uma polarização de cargas devido ao
princípio da atração-repulsão. Ao final do processo, os
corpos terminam com cargas de sinais contrários.
Carcaça metálica
(ou isolante) Q2 Q1
q1 q2
–F +F
E
d
F
As cargas elétricas exercem forças entre si. Essas Q q
forças obedecem ao princípio da ação e reação, ou
seja, têm a mesma intensidade, a mesma direção e
sentidos opostos.
Essa atração e a repulsão são situações específicas Vetor campo elétrico
da grandeza vetorial força, que nestes casos recebe o É a grandeza vetorial que representa o campo elétri-
nome particular de força elétrica. Para a força elétrica co. Por definição o vetor campo elétrico é dado por:
também se aplicam as leis de Newton. Note que a força
com que uma carga atrai ou repele a outra é a mesma
força com que ela é atraída ou repelida. F
E=
q
A direção dessa força é da reta que une as cargas e
o sentido é variável de acordo com o caso: se as cargas
tiverem sinais diferentes, o sentido será de aproxima- Módulo ou intensidade
ção e se as cargas forem de sinais iguais, o sentido
será de afastamento das cargas. O módulo da força
elétrica é determinado pela lei de Coulomb que diz E= F
|q|
que entre duas cargas, existe uma força de atração
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Física
A unidade de medida no S.I. para campo elétrico Propriedades do campo de um condutor
é: Newton/Coulomb (N/C) ou Volt/metro (V/m).
1. Para corpos condutores carregados não puntifor-
•• Direção → mesma da força elétrica.
mes, por repulsão as cargas tendem a distribuir-
•• Sentido → mesmo da força elétrica. se na superfície externa dos mesmos.
2. Para pontos muito distantes da superfície deste
Campo de carga puntiforme condutor, ele pode ser considerado uma carga
puntiforme, com sua carga concentrada em seu
Módulo ou intensidade centro.
3. Para pontos próximos à sua superfície, a distân-
cia do ponto ao condutor é praticamente o raio
kQ
E= do condutor.
d2
4. No interior deste condutor, no entanto, o campo
elétrico é nulo (blindagem eletrostática).
•• Direção → radial (direção da reta que passa
pelo centro). 5. Num condutor de forma irregular as regiões
mais pontiagudas acumulam mais cargas.
•• Sentido → se a carga geradora for positiva o
sentido é para fora e será para dentro se a car-
ga geradora for negativa. Assim: Linhas de campo ou linhas de força
Se Q > 0 São linhas imaginárias que representam grafica-
mente o campo elétrico em cada ponto.
E
Q P
d
Se Q < 0
E
Q P
d
Campo resultante
Para uma distribuição discreta de cargas elétricas
o campo em cada ponto é a soma vetorial do campo
gerado por cada carga do conjunto.
Propriedades das linhas de campo
Q2
–
1. As linhas são tangentes ao vetor campo resultan-
ER
te em cada ponto.
E2 2. As linhas têm origem nas cargas positivas e fin-
Q1
+ dam nas cargas negativas.
P E1 3. Duas linhas de campo nunca se cruzam.
4. A intensidade do campo elétrico é proporcional
ao número de linhas de força numa determina-
ER = E1 + E2 da região, quanto mais linhas, maior a intensi-
dade do campo elétrico.
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Física
Campo elétrico uniforme (CEU) EPE =
k.Q.q
d
É a região do espaço onde se tem um campo cuja
intensidade é constante para todos os pontos. Note-
se que num CEU as linhas de campo são paralelas No S.I. a Energia potencial é dada em joule (J).
e igualmente distanciadas. As linhas se dirigem do
potencial maior para o menor. Diferença de potencial – DDP (U)
DDP entre os pontos A e B:
U=E.d
UAB = VA – VB
Sendo U a diferença de potencial entre as placas e
d a distância entre elas.
DDP num campo elétrico uniforme
Em um CEU as superfícies equipotenciais são pla-
nos perpendiculares ao vetor campo e tem-se:
τ = q . E . d = qVAB E . d = UAB
VA VB
Potencial elétrico (V)
B
É a energia por unidade da carga armazenada em E
cada ponto do campo. q
A
Q
A d
d
Note-se que o trabalho e, desse modo, a ddp não
depende da trajetória da partícula no interior do
campo.
EPE kQ
VA =
q
=
d Trabalho num campo elétrico
Trabalho ao deslocar uma carga q de um ponto A
No S. I. o potencial elétrico é dado em Volt (V). até outro ponto B:
Energia potencial elétrica (EPE) τ = EPA– EPB → τ = qVA– qVB = q(VA– VB) = qUAB
VC
VC φ= E . DA
VB VA
Q
VB VA
Observação
Se a divisão for feita, tomando-se um número
VB>VC=VA VB>VC=VA
muito grande de áreas, cada uma delas terá dA e o
somatório tornar-se-á uma integral:
dS
S • Teorema de Gauss
E “O fluxo elétrico total através de uma superfície fe-
chada qualquer é igual à carga no interior da superfí-
cie dividida pela permissividade elétrica do meio”.
Propriedades
Sendo R o raio da esfera condutora.
•• Campo elétrico interno nulo;
•• Não há cargas em excesso internamente; Potencial de equilíbrio (VE)
•• Potencial elétrico constante ao longo de todo o
Quando vários condutores carregados eletrostati-
condutor.
camente são ligados, há uma movimentação de car-
gas no sentido de se chegar ao máximo de estabilida-
Densidade de cargas em um corpo de, isso só ocorrerá quando o potencial elétrico for o
•• Densidade linear de cargas (λ): é definida mesmo.
como a quantidade de cargas por unidade de
comprimento. Cálculo do potencial de equilíbrio
•• Densidade superficial de cargas (σ): corres- Sejam n condutores carregados e isolados com as
ponde à quantidade de cargas armazenadas em cargas Q1, Q2,....Qn e cujas capacitâncias são C1, C2, .....
uma superfície por unidade de área. Cn. Ao colocarmos esses corpos em contato, eles deve-
•• Densidade volumétrica de cargas (ρ): é defi- rão atingir o potencial de equilíbrio V.
nida como a quantidade de cargas armazena- Como não há perda de carga do sistema pode-se
das em uma região volumétrica por unidade de escrever:
volume.
Qinical = Qfinal
Poder das pontas Assim:
Q1 + Q2+ ....Qn = Q’1 + Q’2 ....Q’n , e ainda:
Como mencionado acima, a distribuição de car-
gas na superfície de um condutor depende da for- Q’1 = C1V, Q’2 = C2V.... Q’n = CnV.
ma geométrica desse condutor, pois quanto mais Logo:
pontiaguda for uma região do mesmo maior será a
densidade de cargas ali armazenadas. Uma situação
Q1 + Q2...Qn
interessante ocorre quando o condutor está carrega- V=
do negativamente. Neste caso é possível que ocorra C1 + C2...Cn
uma emissão de elétrons por parte do condutor, é o
que se chama vento elétrico.
onde k =
1
e R é o raio da esfera. Corrente Real
4pε
Movimento de cargas negativas do polo negativo
k |Q| para o positivo – do potencial menor para o maior.
Eexterior: E =
d2
Sentido convencional
Potencial elétrico
Sentido dos elétrons
kQ
Vinterior = Vsuperfície = V =
R
Intensidade de corrente elétrica – i
Numericamente tem-se:
kQ
Vexterior = V = Q
d i=
Dt
Corrente elétrica
•• Q → quantidade de cargas elétricas que atra-
É o movimento de cargas elétricas. Em um condu- vessam uma seção reta de um condutor.
tor elétrico metálico esses elétrons se movimentam •• ∆t → intervalo de tempo.
desordenadamente. A unidade de medida no S. I é dada em Coulomb/
Quando o condutor é ligado aos polos de um ge- segundo ou ampère (1C/s = 1A). Pode-se usar tam-
rador, os elétrons se dirigem do polo negativo para o bém seus submúltiplos.
positivo num movimento que passa a ser ordenado. •• Miliampère – mA (10 -3A).
•• Microampère – mA (10 -6A).
Natureza das correntes elétricas •• Nanoampère – nA (10 -9A).
Corrente Convencional
Deslocamento de cargas positivas, do polo positi- Área = Q
vo para o negativo, ou seja, (do maior potencial para
o menor). t
Corrente contínua
É aquela cujo sentido se mantém constante. Ex.: •• Dispositivos de medida: são os elementos
corrente de uma bateria de carro, pilha etc. cuja função é medir a intensidade da corrente
elétrica (A), a d.d.p do circuito (V) ou ambos.
Corrente alternada •• Representação:
É aquela cujo sentido varia alternadamente. Ex.:
corrente usada nas residências. (amperímetro) A
Elementos de um circuito
(voltímetro ) V
RE
U = R = cte
i RE = R1 + R2 + R3 ... e UE = U1 + U2 + U3 ...
Associação em paralelo
Observação
Os resistores são ligados de modo que seus termi-
1. De forma geral a resistência varia com a tem- nais têm as mesmas origens, sendo, portanto, sub-
peratura. metidos a uma mesma ddp.
2. Todo resistor que obedece a 1.ª lei de Ohm é de-
nominado ôhmico. i1 R1
3. Graficamente a lei de Ohm é expressa por: i2
R2
i3 R3
U(V)
R ≅ tg α iE RE
U2
U1
α
1 = 1 + 1 + 1 ... e i = i + i + i ...
i (A) E 1 2 3
RE R1 R2 R3
i1 i2
i
ρ = resistividade do material
D
Resistor equivalente R3
R2 G
Resistor que substitui toda a associação. Sua resis-
tência é denominada resistência equivalente. A B
R5
Associação em série
R1 R4
Os resistores são ligados um em seguida do outro
de modo a serem percorridos pela mesma corrente
C
elétrica.
Dizemos que a ponte está equilibrada, quando o
i R1 i R2 i R3 galvanômetro G não indicar passagem de corrente
elétrica. Desse modo, as quedas de tensão entre os
Gerador ideal
Simetrias em circuitos É aquele que não possui resistência interna.
ou
Pot = Ui = U .
U = U2
R R
Equação do gerador
É a tensão nos terminais do gerador.
Observação
U = ε – ri
Para calcular a energia dissipada após certo tempo
tem-se:
Circuito elétrico simples
EDis = Pot . ∆t
É um circuito no qual a corrente elétrica só possui
um caminho a percorrer.
P U
η = PU =
t E
Associação de geradores
Geradores em série
R
r1 e1 r2 e2 r3 e3
i i
req eeq
r ε
Geradores em paralelo
U = ε - ri
r1 e
No resistor tem-se:
req eeq
U = Ri r2 e
Daí:
r3 e
ε
Ri = ε – ri → i =
R+r
1 =1 +1+1 e ε =ε
req r1 r2 r3 EQ
Potência de um gerador
•• Potência total (Pt).
•• Potência dissipada internamente (PD). Receptores ou motores
•• Potência útil (PU).
Pelo princípio da conservação de energia: Receptores
É um dispositivo que transforma a energia elétrica
Pt = PD + PU das cargas em uma outra forma de energia que não
seja exclusivamente calor.
+ – Sendo:
r’ e’
U = U1 + U2 → i = ε – ε’
R + r + r’
Receptor real
R
É aquele que possui resistência interna r ≠ 0, ha-
vendo, portanto, perda de energia para a forma de e’ r
calor. i i
Equação do receptor r e
U
Prec = PD + PU
∑ε – ∑ε’
U1 = Ri i =
∑R
2. A lei de Pouillet só pode ser aplicada a circuitos •• ao passar num resistor a ddp será positiva se o
simples (uma única malha). sentido de percurso for o mesmo da corrente.
3. Não confundir o sentido da corrente nos gera- •• ao passar num resistor a ddp será negativa se
dores e receptores (ver figuras anteriores). o sentido de percurso for o contrário da cor-
rente.
•• ao passar num gerador a ddp será o valor positi-
vo da força eletromotriz se o sentido de percurso
As leis de Kirchhoff for do maior para o menor potencial.
•• ao passar num gerador a ddp será o valor negati-
Circuito Complexo vo da força eletromotriz se o sentido de percurso
É o circuito em que a corrente elétrica tem mais de for do menor para o maior potencial.
um caminho a seguir. •• num receptor a convenção é a mesma da conven-
ção no gerador.
Nó
R1
É qualquer ponto em que a corrente elétrica se A B E
divide.
i3
i1 i2
Ramo e3
e1 e2
É qualquer trecho do circuito compreendido entre R3
dois nós. R2
D C F
Malha
É um conjunto de ramos que forma um circuito Malha ABCD
fechado. Seguindo, a partir do ponto A, o sentido indicado
na figura, com os sentidos de correntes indicados:
Lei dos nós
Em cada nó, a soma das correntes que chegam é + R1i1 – ε2 – R2i2 – ε1 = 0
igual à soma das correntes que saem.
Malha BEFC
i1 i3 Seguindo, a partir do ponto B, o sentido indicado
na figura, com os sentidos de correntes indicados:
i2 i4
+ ε3 – R3i3 + R2i2 + ε2 = 0
i1 + i2 = i3 + i4
Capacitor cilíndrico
Tipos de capacitores
As armaduras são dois cilíndricos concêntricos for-
BA
mando um cabo coaxial.
Capacitor esférico
A
Nesse capacitor as armaduras são duas esferas
Q
concêntricas.
d
d E
Q C=4.pe R.r
R–r
•• Armaduras: condutores planos carregados
com cargas de sinais opostos.
•• R = raio da armadura externa.
•• Q: carga do capacitor (+Q numa armadura e
•• r = raio da armadura interna.
–Q na outra armadura).
•• E: campo elétrico uniforme (CEU) gerado entre
as armaduras. Associação de capacitores
•• d: distância entre as armaduras.
Associação em série
Capacitância U1 U2 U3
Q Q Q
C1 C2 C3
Q εA
C= =
U d UE
Q
CE
k= C
QE = carga elétrica equivalente: C0
QE = Q1 + Q2 + Q3 Onde:
C = capacitância com o dielétrico e C0 = capaci-
tância sem o dielétrico.
Observação A permissividade absoluta, ou permitividade elé-
trica de um outro meio qualquer é relacionada com a
É comum, no entanto, utilizar um dielétrico entre
do vácuo, pela equação:
as placas do capacitor para aumentar a sua capaci-
tância. Em geral os dielétricos são isolantes elétricos.
A nova capacitância é determinada multiplicando-se ε = k . εo
a constante dielétrica do meio pela capacitância sem
o dielétrico. Na tabela abaixo fornecemos os valores de k para
alguns meios.
Campo magnético N S N
N
S N
Observação
S
N N
S S
Uma bússola (sua agulha é um pequeno ímã) se
S
alinha ao campo magnético da Terra que equivale pra- N N S
ticamente à direção norte-sul geográfica do planeta. S N
Podemos dizer que se a agulha aponta para o nor-
te geográfico da Terra é porque lá existe um polo sul
magnético, assim como no polo sul geográfico existe
um polo norte magnético. B
S N S N S N S N
IESDE Brasil S.A.
S N S N S N S N
S N S N S N S N
S N S N S N S N
S N
B Lei de Biot-Savart
Considere um fio de forma arbitrária transportando
N S uma corrente i.
A intensidade do campo B produzido no ponto P
devido à passagem de corrente elétrica em um fio
próximo é, numericamente, igual à soma vetorial dos
efeitos magnéticos induzidos por elementos de cor-
Campo magnético uniforme rente-comprimento iD :
É aquele em que as linhas de indução são parale-
Círculo de
Ampère
i1
Campo Campo
i3 q B para fora para dentro
D
i2
i i
Direção do
somatório
(integração)
•• Bobina chata:
(n = número de espiras)
Fontes de campo magnético
Aplicando a lei de Ampère temos: •• Solenóide:
•• Condutor retilíneo:
N
B = µ0 i
L
µ0 . i
B=
2p . r
Corresponde a um conjunto de espiras circulares
que se estendem até um comprimento L. Ao ser per-
corrido por uma corrente elétrica de intensidade i
IESDE Brasil S.A.
R
i B
B
i
i i
B B
Força magnética
Força magnética sobre cargas
em movimento
A intensidade da força magnética é dada por:
•• É nula quando o movimento da carga é paralelo
ao campo magnético.
F= qvBsen θ
•• É máxima quando a carga incide no campo
magnético numa direção perpendicular a este.
•• É diretamente proporcional aos módulos da carga θ é o ângulo entre v e B.
(q), sua velocidade (v) e do campo magnético (B).
•• A direção e o sentido de atuação da força mag-
nética são obtidos a partir da regra da mão di-
reita.
Movimento de cargas em um
campo magnético
IESDE Brasil S.A.
magnético B
carga está se movendo, isto
é, ao longo de v B
q v
q = 0º v q
Observação
q = 180º
2pm
Força sobre fio condutor
Período: T =
|q|.B
B
F
A força magnética é perpendicular ao fio e ao
campo simultaneamente (lembre-se da regra da mão
v esquerda).
O módulo é dado por:
F = B . i . . sen θ
•• Carga incide em direção oblíqua ao campo
magnético: nesse caso podemos afirmar que a
carga elétrica possui dois movimentos indepen-
dentes:
Força entre dois condutores
•• um movimento retilíneo e uniforme (MRU) paralelos
na direção do campo magnético.
•• um movimento circular uniforme (MCU) no
Condutor 2
F
IESDE Brasil S.A.
µ i1
B=
2p d
Fluxo magnético
B
• • • • • • • • • • • • • • • •
A figura abaixo mostra uma espira imersa num • • • • • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • • • • • •
campo magnético uniforme em diversas posições. • • •- -• - • • • • • • • • • • • •
B B B
IESDE Brasil S.A.
n q
n •• = comprimento da barra no interior do cam-
n po.
A A A
•• B = intensidade do campo magnético.
área efetiva Dφ
e =–
de fluxo Dt
b
iinduzida iinduzida
N N
Corrente induzida em
circuito
A figura mostra uma barra condutora que fecha o
circuito. O movimento da barra determina uma varia-
ção no fluxo concatenado, gerando uma ddp indu-
zida de acordo com as leis de Lenz e Faraday. A ddp
induzida é dada por:
e=B. .v
IESDE Brasil S.A.
Fe
A
Fm v
B
i