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ROUBO
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio,
reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de 4 a 10 anos, e multa.
EXTORSÃO
Art. 158 - Constranger (obrigar, coagir) alguém, mediante violência ou grave
ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem
econômica, a fazer (ex.: entregar dinheiro ou um bem qualquer, realizar uma
obra etc.), tolerar que se faça (ex.: permitir que o agente rasgue um contrato
ou título que representa uma dívida etc.) ou deixar fazer alguma coisa (ex.: não
entrar em uma concorrência comercial, não ingressar com uma ação de
execução ou cobrança etc.):
Pena - reclusão, de 4 a 10 anos, e multa.
- A OBJETIVIDADE JURÍDICA: a inviolabilidade do patrimônio, a vida, a
integridade física, a tranqüilidade de espírito e a liberdade pessoal, sendo uma
figura típica reflexa da fusão de vários tipos penas, portanto, crime complexo.
Constitui elemento normativo do tipo a obtenção de indevida vantagem
econômica, e não moral, caso em que estaremos diante do constrangimento
ilegal do art 146 do CP.
- QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: este crime é formal, se consuma
independentemente da obtenção da vantagem. Ex: Ticio obriga Caio, mediante
ameaça, assinar um cheque. O crime estará consumado no momento em que
Caio assinar o cheque, independentemente de obtenção da vantagem
econômica. É crime comum, plurissubsistente, complexo.
- TIPO OBJETIVO: A conduta típica é constranger a vítima, mediante violência
ou grave ameaça. A ameaça deve ser hábil para intimidar a vítima, não se
exigindo na atualidade que seja idônea para atemorizar o homem comum.
- TIPO SUBJETIVO: O dolo é à vontade de obrigar a vítima a fazer, deixar de
fazer ou tolerar que se faça alguma coisa. Exige-se o elemento subjetivo do
tipo, ou seja, a finalidade de obter uma vantagem econômica ilícita, contida da
expressão: “com o intuito de”.
- extorsão (na hipótese em que a vítima é obrigada a entregar algo ao autor do delito) / estelionato:
no “estelionato”, a vítima quer efetivamente entregar o objeto, uma vez que foi induzida ou mantida em
erro pelo agente através do emprego de uma fraude; na “extorsão”, a vítima despoja-se de seu patrimônio
contra sua vontade, já que o faz em decorrência de ter sofrido violência ou grave ameaça.
- apenas a “extorsão qualificada pela morte” tem natureza de “crime hediondo” (Lei n. 8.072/90).
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão,
embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em
poder de terceiro por determinação judicial ou convenção:
Art. 159 - Seqüestrar (privar a sua liberdade; impedir a sua locomoção) pessoa com o fim de obter, para si
ou para outrem, qualquer vantagem (somente a econômica), como condição (não causar nenhum mal a
ela) ou preço do resgate (vantagem em troca da liberdade da vítima):
- é “crime hediondo”.
- TIPO OBJETIVO: A lei se refere à “condição ou preço do resgate”. A expressão “condição” se refere a
fato que o sujeito pretende seja praticado pela vítima, e o “preço” é o valor dado econômico ou não dado
pelo autor para que liberte a vítima. É irrelevante o meio pela qual é praticado o arrebatamento da
vítima,se com violência, grave ameaça ou fraude.
- TIPO SUBJETIVO: Constitui-sedo dolo, exigindo ainda , o elemento subjetivo do tipo, contido na
expressão “com o fim de obter para si ou para outrem...”, diferenciando s-e do art 158, extorsão
- a CONSUMAÇÃO ocorre no exato instante em que a vítima é seqüestrada, privada de sua liberdade,
ainda que os seqüestradores não consigam receber ou até mesmo pedir o resgate (desde que se prove
que a intenção deles era fazê-lo); a vítima deve permanecer em poder dos agentes por tempo
juridicamente relevante; o pagamento do resgate é mero exaurimento do crime.
§ 3º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de 24 a 30 anos (é a maior pena prevista no CP).
- para ser aplicada, exige-se que o crime tenha sido cometido por pelo menos
duas pessoas e que qualquer delas arrependa-se (co-autor ou partícipe) e
delate as demais para a autoridade pública, de tal forma que o seqüestrado
venha a ser libertado.
-
- FRAUDE COM UTILIZAÇÃO DE CHEQUE: Na fraude por meio de
pagamento de cheque, o entendimento praticamente pacifico é de que se trata
de crime material. Só se consuma com a recusa de pagamento pelo banco.
Emitir não é preencher o formulário do cheque, mas colocá-lo em circulação.
Estupro de vulnerável
No Direito Penal brasileiro, estupro de vulnerável é um tipo penal criado com a lei 12.015 de agosto de
2009, que substituiu o antigo artigo 224 do Código Penal, que por sua vez tratava da presunção de
violência. Com o novo crime, a presunção de violência passa a ser, em tese, absoluta, e não mais relativa.
A mesma lei 12015, que criou a ideia do estupro de vulnerável, também foi responsável pela alteração no
texto do crime de corrupção de menores, fixando a idade de consentimento no Brasil aos 14 anos, com
exceção dos casos de prostituição.
A Lei 12015 de 2009 é uma lei federal brasileira criada em agosto de 2009, e que fez profundas alterações
no Código Penal Brasileiro. Tal lei revogou o crimes de atentado violento ao pudor, fundindo-o ao de
estupro; substituiu o conceito de presunção de violência (art. 224) pelo de estupro de vulnerável; modificou
a redação do crime de corrupção de menores para os atos sexuais relativos a menores de 14 anos, e não
mais de maiores de 14 e menores de 18, fixando a idade de consentimento no Brasil em 14 anos.
Além disso, a lei 12015 também tornou os crimes sexuais contra menores de ação pública incondicionada,
de modo que cabe ao Ministério Público processar estes casos, mesmo contra a vontade da família da
vítima.
Com o advento da lei 12015/09 alterou-se a redação do art. 213, conferindo-lhe a modernidade e
adequação à realidade atual. Art. 213: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele outro se pratique outro ato libidinoso; Pena: -
reclusão de 06 (seis) a 10 (dez) anos. Neste norte, temos que unificaram as condutas descritas nos artigos
213 e 214 do Código Penal, ou seja, o bem jurídico tutelado passou a ser a liberdade sexual do homem e
da mulher, ao contrário do que ocorria com o artigo 213 que protegia somente a mulher. Entende-se por
ato libidinoso qualquer ato que satisfaça a libido alheia, mediante violência ou grave ameaça, aqui não se
incluem fotos, escritos ou imagens. É a ofensa material de ordem sexual. Um simples beijo lascivo pode
ser considerado atentado violento ao pudor, dependo do contexto, e sob a ótica da lei 12015/09, será
assim estupro.
Antes desta lei (12015 de 2009), estava tipificado no artigo 213 o crime de Estupro e no artigo 214 o crime
de Atentado violento ao pudor, com a nova lei houve a fusão dos dois artigos dando nova redação ao
artigo 213 mas ficando com o mesmo nomem juris de Estupro que deriva de stuprum do direito romano
que abrangia todas as relações carnais.
Mesmo o artigo 214 (Atentado violento ao pudor) ter sido revogado expressamente, as pessoas
condenadas por este tipo penal não podem ser beneficiadas pelo princípio da lei nova mais benéfica ao
réu (Princípio da anterioridade) descrito no artigo 5º, inciso XL da Constituição Federal do Brasil), pois o
contexto do antigo artigo 214 está descrito no novo artigo 213. Porém, para os condenados a concurso
material nos crimes de Atentado violento ao pudor e Estupro, a pena será reduzida a proporcionalidade da
extinção da pena do Atentado violento ao pudor