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ESCOLA TÉCNICA DE PETRÓLEO E GÁS DO SEMI-ÁRIDO

Curso: Inspeção de Equipamentos e Instalações

ASPECTOS LEGAIS DA
INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS

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ÍNDICE

Parte I – ASPECTOS LEGAIS

Introdução – Abordagem sobre a atividade de inspeção 02


Objetivo 03
Aspectos legais do exercício da profissão 03
Bases do direito do brasileiro 04
A técnica e a ética 04
Responsabilidade penal e civil 05
Conclusão 09

Histórico 10
Campo de aplicação 10
Principais exigências 11
Penalidade prevista na forma 11
Situações de grave e eminente risco 12
Profissional habilitado 14
Conclusão 14

BIBLIOGRAFIA 15

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ASPECTOS LEGAIS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS

PARTE I

1. INTRODUÇÃO

Com o avanço industrial em nosso país no pós-guerra, mais precisamente no final da década de 50,
constatou-se a necessidade de aprimoramento e formação de mão-de-obra especializada para o desempenho
de atividades correlatas a produção industrial. Aquela época, nosso conhecimento de engenharia nos setores
industriais de exploração e no refino de petróleo, siderurgia e automobilismo, era ainda, incipiente. O
mesmo podemos afirmar com relação aos nossos conhecimentos nos setores químicos e petroquímicos na
década de 60, e nuclear e área na década de 70.

Em cada um desses seguimentos industriais e ao seu tempo de implantação das técnicas em nosso
país, adquirimos verdadeiras “caixas pretas” – não se discutindo aqui, a viabilidade dos projetos, apesar de
conhecermos a inutilidade de alguns – através de contratos de fornecimentos bastante semelhantes aos atuais
“turn key”, onde o fornecimento prestava-nos consultoria durante o projeto assistência técnica durante a
instalação e por um período de operação, que variava de 60 a 24 meses, dependendo da complexidade do
empreendimento, e mais, consultoria após o termino da garantia. Não obstante, ainda existia o pagamento de
“royalties” pelo repasse da tecnologia.

Até ai “tudo bem” se as indústrias pudessem operar continuamente, sem a necessidade de manutenção, o que
seria impossível por diversas razões:

Desde a falta de mão-de-obra qualificada capaz de assegurar a continuabilidade operacional. Até a


tecnologia empregada na fabricação de equipamentos, passando obviamente, pelo desgaste e a própria
qualidade dos mesmos.

Com a finalidade de assegurar aos serviços de manutenção, um mínimo de confiabilidade, haja vista
que nossa mão-de-obra neste setor era menos qualificada ainda do que a de produção foi que se pensou em
criar um órgão de inspeção (primeiramente na Petrobrás, posteriormente outra empresas aderiram à idéia),
independente da manutenção, capaz de fiscalizar orientar e manter registradas as principais intervenções
sofridas pelos equipamentos, de maneira que no futuro pudesse estabelecido o seu histórico operacional.

A esse objetivo inicial foram somando-se outros, a saber, avaliação de condições físicas,
monitoramento de deterioração e corrosão, pesquisas de nossos materiais resistentes à corrosão e aplicação
de novas técnicas no combate a corrosão de ensaios não-destrutivos para auxilio da inspeção, nacionalização
de peças e equipamentos, etc; colocando o órgão de inspeção em uma posição de destaque na década de 80,
como um dos mais importantes setores e reais detentores de conhecimento científico-tecnológicos nos mais
diversos segmentos industriais.

Esse “status” perdurou até o inicio dos anos 90, quando sucumbiu aos diversos sistemas de
qualificação no país – GARANTIA DA QUAKIDADE, ISSO 9000, QUALIDADE TOTAL - reduzindo a
sua importância, em decorrência do aprimoramento e conscientização de mão-de-obra de execução; às
inovações de caráter econômicos e organizacionais - terceirização, reengenharia, globalização – reduzindo o
seu efetivo e, em alguns casos, descaracterizando a atividade. Com isso, em muitas empresas foi totalmente

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extinto, em algumas foi incorporada à manutenção, e em poucas passou a ser órgão de assessoria para
gerencia de produção.

Atualmente com a nova redução da norma regulamentadora – NR 13, publicada através da portaria
nº23, de 27 de dezembro de 1994, poderá ser dado o valor, mais do que merecido, à atividade de inspeção de
equipamentos, não só pelas contribuições passadas para o crescimento e preservação do nosso parque
industrial, na redução significativa de falhas de materiais evitando acidentes catastróficos, na melhoria de
nossa mão-de-obra; como também, na preservação de nosso maior patrimônio – a vida.

Podemos apresentar, portanto um quadro de trajetórias, em termos de “status”, do inspetor de


equipamentos desde a década de 50 até hoje.
• 1º fase – 1952 a 1965 – caracterizada como uma fase empírica e dos primeiros contatos com a
moderna tecnologia. Poderíamos chamá-las de uma fase heróica;
• 2º fase – 1965 a 1990 – neste período, já dominando as novas técnicas e com a grande vocação de
inspeção, que é a memória (montagem de arquivos) plenamente utilizada, o que não ocorria com os setores
de manutenção, o inspetor gozou de grande prestigio, tendo sido um profissional sempre requisitado para as
grandes decisões;
• 3º fase – 1990 a 2000 a foi um período de perda de prestígio, motivado pelo já
exposto;
• 4º fase – a partir do ano 2000 – fase de recuperação.

Mas para isso um grande caminho inda tem de ser trilhado, desde a qualidade do profissional de
inspeção de equipamentos por entidade oficial, passando pela aceitação do profissional no mercado de
trabalho, pela regulamentação da profissão, e finalmente pelo cumprimento da legislação vigente do país.
Desejo boa sorte a todos que estão iniciando nesta nova carreira.

2. OBJETIVO:

Esse trabalho tem por principal objetivo alertar aos profissionais que atuam, e ao eu pretendem atuar,
na atividade de inspeção de equipamentos, sobre algumas implicações de ordem jurídica oferecendo aos
alunos suporte dos prolegômenos de direito civil e penal, inerentes aos exercícios de profissão.

3 ASPECTOS LEGAIS DO EXERCICIO DA PROFISSÃO:

Durante muito tempo existia espécies de paternalismo e leniência entre clientes, prestadores de
serviços, fornecedores de equipamentos e materiais e pessoal executante. Os efeitos de má prestação de
serviços e materiais fora de especificações eram contornados, as culpas esquecidas, as penalidades eram
minimizadas.

Hoje em dia acreditamos que cada vez mais, há maior conscientização, pela sociedade, dos seus
direitos e deveres. O termo cidadania nunca esteve tão presente. Na área médica, por exemplo, são inúmeros
os casos, aqui mesmo no Brasil, de ações jurídicas concedendo reparações aos danos cometidos por
profissionais médicos, sem contar os processos penais com privação da liberdade.

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Os profissionais de inspeção de equipamentos, assim como os de END, podem, portanto estar sujeito
a séries de contratempos ao se verem envolvidos em casos de acidentes, como ou sem vitimas, a que deram
causa.
Esses contratempos são a apuração para a caracterização da responsabilidade civil, um processo
totalmente desagradável e desgastante, com a possibilidade de acordo com uma legislação cada vez mais
rígida neste aspecto. Além disso, poderão responder também a processo por infração profissional junto à
entidade de classe.

4. - BASES DO DIREITO BRASILEIRO:

Direito Romano – Foi o direito vigente no Império Romano e que regia a vida dos cidadãos
romanos, dos estrangeiros e peregrinos em solo romano, bem como o relacionamento do Estado Romano
com outros povos.

O Direito Brasileiro é primordialmente baseado no Direito Romano, que é um Monumento Jurídico erguido
ao longo de dez séculos, tempo de duração do Império Romano. Foi consolidado no “Corpus Juris Civilis”,
por Justiniano, imperador romano.

Ele é admirável não só pelo seu conteúdo, cujos preceitos são, em grande parte, válidos até hoje, mas
principalmente se comparado com o conglomerado de leis e costumes vigentes na época entre outros povos,
onde o barbarismo e o “olho por olho, dente por dente” vigiam.

Direito Canônico – Era o direito que regia o relacionamento entre a Igreja Oficial do Estado com os
fiéis e o povo em geral. Ele não sobrepujava o direito temporal, sendo por este autorizado a subsistir. Um
exemplo é o edito do código do imperador romano Justiniano: (Da Santíssima Trindade, da fé católica e da
proibição de discuti-la publicamente.
Os imperadores Graciliano, Valentiniano e Teodósio ao povo da cidade de Constantinopla.
Queremos que todos os povos, que vivem sob o nosso império, adotem a religião que o apóstolo Pedro
transmitia aos romanos como ele próprio o disse... isto é, que creiamos, segundo a disciplina apostólica e a
doutrina evangélica, na igual divindade, sob uma só pessoa, Pai, Filho e Espírito Santo unidos na Santíssima
Trindade.) Hoje em dia, o Direito Canônico é o que estabelece a ordem jurídica da Igreja Católica
Apostólica Romana.

Outros Direitos e Códigos que influenciaram o Direito Brasileiro:


Portugal – Ordenações Afonsinas, Manoelinas e Filipinas – de 1443 a 1603;
Prússia - Código Geral;
Francês - Código Civil, de 1804 (Napoleônico);
Áustria - Código Geral;
Suíça - Código Civil (1912);
Itália - Código Civil (1865);
Espanha - Código Civil (1888);
Alemanha – Código Civil (1896);
Estados Unidos – Constituição.

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5 – A TÉCNICA E A ÉTICA:

A técnica e a ética nunca devem andar isoladas entre si. Elas devem estar sempre juntas, uma
subsidiando a outra. O mais alto conhecimento técnico é inútil e até perigoso se for aplicado sem a ética,
bem como atitudes éticas são inócuas sem a boa técnica.

DEFINIÇÕES:
Técnica – A – Otimização para consecução de um objetivo;
B – Parte material ou o conjunto de processos de uma arte;
C – Maneira, jeito ou habilidade especial de executar ou fazer algo.

Ética – Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de
vista do bem e do mal.

6 - RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL:

Todos os ramos do Direito se entrelaçam. No nosso curso é importante a conceituação de Direito Civil e
Penal.

Direito Civil – Conjunto de normas reguladoras dos direitos e obrigações de ordem privada atinentes
às pessoas, aos bens e às suas relações.

Direito Penal – Complexo de preceitos legais que cefinem os crimes e determinam as penas e
medidas de segurança aplicáveis aos delinqüentes.

Podemos definir responsabilidade de maneira abrangente, ou seja, penal e civilmente, como sendo:
capacidade de entendimento ético-jurídico e determinação volitiva adequada, que constitui, pressupostos
penal necessário da punibilidade e civil para reparações a danos contra terceiros e ao patrimônio em geral.

“Ninguém pode fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude da lei, não podendo se eximir à
responsabilidade jurídica alegando o seu desconhecimento”.

6.1 – Responsabilidade Civil:


Quase sempre em imputada à empresa.

Art.159 – código civil brasileiro


“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligencia ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo
a outrem, fica obrigado a reparar o dano”.

Imprudência – consiste na falta involuntária de observância de medidas precaução e segurança,


de conseqüências previsíveis, que se faziam necessárias para evitar um mal ou uma infração a lei
(ex: falta de atenção).

Imperícia – é a inaptidão especial à falta de habilidade ou experiência, ou mesmo de previsão, no


exercício de determinada atividade, no exercício de determinada atividade (ex: falta de qualidade para a
execução de ensaios não-destrutivos).

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Negligencia – representa uma omissão voluntária de diligencia ou cuidados que o bom senso
aconselha, em circunstancias de conseqüência previsível (ex: suprimir etapas de inspeção).

A verificação de culpa e a avaliação da responsabilidade regulam-se pelo disposto no Código


Civil Brasileiro, Arts-1.518 a 1.532 e 1.537 a 1.553.
Responsabilidade civil divide-se em dois tipos distintos: responsabilidade objetiva e subjetiva.

6.1.1 - Responsabilidade objetiva:


É o tipo de ação onde não se faz necessário provar de quem é a culpa para o recebimento da indenização,
que em geral já tem o seu valor fixado pela previdência social.
A justiça parte do pressuposto, que em função do nexo laboral, não é necessário provar a culpa.
A ação baseia-se no principio de que a empresa é culpada, uma vez que se não existisse, o risco também não
existiria.

6.1.2 - Responsabilidade subjetiva:


É aquela relativa ao sujeito. É individual, pessoal, particular. Exemplo: se uma pessoa envolvida em um
acidente julgar injusta a indenização, poderá recorrer ao judiciário para cobrar o que julga ser devido. Neste
caso, o empregado deverá comprovar que houve “culpa” ou “dolo” do empregado, podendo acumular duas
indenizações, conforme previsto no Art. 7 inicio 28 da constituição federal.
O empregador por sua vez, poderá recorrer e demonstrar que a culpa foi de um determinado
funcionário ou pressuposto, com vista a ser ressarcido do prejuízo.
Esta pratica é obrigatória em empresas estatais e órgãos ligados ao governo.

6.1.3 – Principais tipos de culpa:


Para exemplificação, citamos alguns tipos de culpa que poderão ser atribuídos ao empregador.

Culpa de eleição. – ocorre quando a comprovação de que o empregador não soube selecionar mão-
de-obra ou empresas que lhe prestam serviços. Este tipo de culpa também pode ser imputado pela aquisição
de EPI inadequado.

Culpa por falta de fiscalização – geralmente atinge supervisores diretos, cuja função é fiscalizar.

Culpa por guarda de coisa perigosa – normalmente imputada às empresas que trabalham com
produtos perigosos, pressões elevadas, alta tensão, etc. baseia-se no principio de que se a atividade não
existisse não haveria o risco.
É um elemento causal a concorrer com outro, de modo a determinar, em influencia conexa, o resultado. No
caso de empresas, por ex.

Concausa (causa concomitante) – quando existe uma co-responsabilidade dela no fator gerador do
agravo, mesmo que indiretamente. Por exemplo: um empregado utiliza-se de um hospital conveniado e
contrai uma doença grave. Neste caso poderá acionar o médico, o hospital ou a empresa já que se ele não
trabalhasse naquela empresa não teria ido aquele hospital. Geralmente a opção recai sobre a entidade de
maior posse.

6.1.4 - Ação civil pública:


Visa proteger o direito de uma coletividade, geralmente imposta pelo Ministério Público.
Na maioria das vezes essa ação tem caráter preventivo e obtém muito espaço na mídia.

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6.2 - Responsabilidade Criminal:

Crime – Delito
Definição: É a violação da norma contida no texto penal. Tal definição baseia – se na afirmativa de que todo
o Direito Penal alicerça – se sobre o binômio “delito e pena”. O comportamento delituoso do homem pode
revelar –se por atividade positiva ou de omissão. Porém, para constituir delito, deverá ser ilícito, contrário ao
direito, revestir – se de antijuricidade.

Divisão dos Crimes


Dividem-se os crimes, quanto ao elemento subjetivo, de acordo com o nosso Código, em Doloso e Culposo.
• Crime Doloso – É aquele em que o agente quer o resultado ou assume o risco de produzí – lo (art.
15, nº I – Código Penal)
“É a intenção, mais ou menos perfeita de praticar um ato que se sabe contrária à lei”
• Crime Culposo – É aquele em que o agente causa o resultado por imprudência, imperícia
ou negligência.

“Culpa é o nexo subjetivo que liga o delito ao seu autor”. Não há vontade do agente para a obtenção
de um resultado lesivo ao direito, porém esse resultado sobrevêm em conseqüência de uma daquelas causas
previstas.
Quanto ao elemento objetivo, na parte alusiva ao comportamento do agente, podem os delitos,
conforme a natureza positiva ou negativa do preceito violado, classificar–se em comissivos ou de comissão e
omissivos ou de omissão.
O delito é comissivo quando aos preceitos contidos nos referidos dispositivos legais são de natureza
positiva. Aliás, a maioria das infrações, do Código Penal, representa Delito Comissivo.
Exemplo: homicídio, furto, lesão corporal, etc...
O delito é omissivo quando os preceitos contidos nos referidos dispositivos legais são de natureza
negativa. Exemplo: crimes de omissão de socorro, abandono material, abandono intelectual, etc...
Há, porém, crimes de comissão por omissão, em que o preceito violado é positivo, mas a conduta
assume a forma de abstenção. Exemplo: a enfermeira que mata o doente que lhe foi confiado, deixando
propositadamente de proporcionar-lhe a medicação recomendada.

• Sujeito Ativo e Passivo do Delito

Sujeito ativo do delito, ou agente, é quem o pratica. Só o homem, individualmente ou associado pode sê-lo.
Sujeito passivo do delito é o titular do direito lesado ou posto em perigo pelo crime.
A lei o designa, comumente, pelas palavras “ofendido” ou “vítima”.

“Será impróprio considerar o morto como sujeito passivo. O vilipêndio a cadáver, a violação de sepultura,
ofendem aos vivos”.
No homicídio, o homem que vem a perecer é sujeito passivo, por ser, ao realizar-se o crime, titular do direito
à vida”.

• O Objeto Material do Crime


O objeto material do crime é a pessoa ou coisa sobre a qual inside a conduta criminosa.

• A Tentativa
Atos preparatórios e iniciais de execução – o “iter criminis”.

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O art. 12 do Código Penal preceitua:


I – “Diz-se crime consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal”.
II – “Diz-se crime tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma, por circunstâncias alheias à
vontade do agente”.
O “iter criminis”, assim se compõe: cogitação – atos preparatórios – atos iniciais de execução – execução –
meta “optata”.

• A Embriaguez
È a intoxicação pelo álcool ou por substâncias de efeitos equivalentes.
No caso da embriaguez por álcool, pode ser dividida em três fases:

• Semiplena - (Alegria, euforismo, loqüacidade ou tristeza, melancolia). Inicia-se a perturbação da


consciência do ilícito penal;

• Plena – (Falta de memória, irritação, impulsividade, provocador e violento) Assemelha-se, nesse


momento, ao maníaco, e é tão perigoso para si mesmo quanto para outrem.

• Comatosa – (Grande dificuldade de se manter em pé, chegando rápido a um sono comatoso). Há


uma paralisação das forças do espírito e do corpo.
À luz do Código Penal, a embriaguez pode ser voluntária ou culposa, preordenada e fortuita.

• Estado de Necessidade
Considera-se estado de necessidade, diz o art. 20 do Código Penal: - “quem pratica o fato para salvar de
perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio
cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigirse”.

• A Legítima Defesa
“Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou eminente, a direito seu ou de outrem”, art 21 do Código Penal.

• As Penas
Pena é o sofrimento imposto pelo Estado, em execução de uma sentença, ao culpado de uma infração
criminosa.

Podemos então definir a responsabilidade criminal com o resultado do cometimento de infração como crime
ou contravenção, sujeitando o agente causador, no caso o profissional, às sanções determinadas pelo código
penal e ou pela lei de contravenção (Decreto lei Nº 3.688/41).

Art. 132 Código Penal Brasileiro


“Expor a vida ou saúde de outrem a perigo direto e iminente”:
Pena: - detenção de 03 messes a 01 ano, se o fato não constitui crime mais grave.

As punições não restringem-se à perda da liberdade, podendo ser aplicadas outras penas, tais como: multas,
perda dos bens, prestação de serviços sociais gratuitos, perda de emprego, etc.
Este tido de ação pode ou não ser conduzida independentemente do desenvolvimento da ação civil. Ao
contrário desta, a ação penal volta-se contra o individuo ou pessoa física e não visa indenização. Para
identificar de quem é a culpa, a justiça analisa a ordem hierárquica da empresa, atribuições e obrigações de
cada função desde o dono até o piso de fábrica, para determinar de quem foi a falha.

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6.2.1 - Contravenção penal:


Ato ilícito menos importante que o crime, e que só acarreta o seu autor a pena de multa ou prisão simples.
É uma transgressão que pode ser caracterizada pelo descumprimento de Normas e Regulamentos de
segurança e de Higiene do trabalho.

6.2.2 - Acidentes fortuitos e culposos:


Na indústria podem ocorrer dois tipos de acidentes: quando não fica caracterizada alguma ação ou omissão
para o seu desencadeamento: culposo quando caracterizado que o acidente ocorreu por ação, negligência ou
imprudência de alguém.

6.2.3 - Tipos de ações penais:


Poderão ser públicas quando de interesse de toda coletividade e aspectos relevantes, ou privado, quando de
interesse restrito.

6.3 - Processo por infração Profissional:


Poderá ainda o profissional da área de inspeção responder por processo de infração profissional junto à
entidade de classe, neste caso, ao CREA, pelo exercício ilegal da profissão ou exercício profissional anti-
ético, podendo ser enquadrado como infração ao código de ética ou crime infame.

As responsabilidades técnicas devem ser orientadas pela lei nº 5194 de 1966 que normaliza toda a
regulamentação das atividades de engenharia, delimitando o âmbito de seu exercício e fixando profissionais
em linhas gerais.

Os preceitos éticos por sua vez foram relacionados na resolução Nº 205/71 do CONFEA (conselho federal e
engenharia, arquitetura e agronomia) e normaliza a conduta que cerca o exercício da atividade do
profissional com relação aos colegas, aos seus subordinados, a sociedade e a técnica.

6.4 - Termos e definições:


Assunção de riscos – quando o agente assume o risco de praticar o ato ilícito.
Causa – é a energia criadora do resultado.

Segurança, de conseqüências previsíveis que se faziam necessárias para evitar um mal ou uma infração à lei
(ex: falta de atenção):

Imperícia – é a inaptidão especial, a falta de habilidade ou mesmo de previsão, no exercício de determinada


atividade (ex; falta de qualificação para a execução de ensaios - não-destrutivos);

Negligência - representa uma omissão voluntária de diligencia ou cuidados que o bom senso aconselha em
circunstancias de conseqüência previsíveis (ex: suprimir etapas de inspeção);

Caso fortuito – é o fato da natureza, que por sua imprevisibilidade e inevitabilidade, gera para uma das
partes, impossibilidade insuperável para o cumprimento de suas obrigações (ex: tromba d’água que destrói a
obra); ou um motorista que conduzindo normalmente o seu veiculo, ao entrar em uma curva, vê que um
pneu dianteiro, que estava em bom estado, ocorreu um acidente com ferimentos.

Força maior – é os atos humanos irresistível, que por sua imprevisibilidade e inevitabilidade, cria parar
outrem condições irremovíveis para o cumprimento de obrigações assumidas (ex: greve de transportes).

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Um relatório técnico tem que conter informações capazes de serem assimiladas por um leigo, sem, contudo
deixar de conter registros importantes.

7 – Conclusão:

A evolução da sociedade brasileira, tem feito com que as pessoas tenham maior conscientização dos seus
direitos e deveres..Em contrapartida, vêm aumentando significativamente os números de ações movidas
contra os profissionais de engenharia nos vários níveis e nas mais diversas regiões.
Isto, sem sombra de duvidas, é um indicados positivo do desenvolvimento sócio-político do país porém deve
ser visto como motivo permanente de preocupação, que todos os profissionais devem ter, tendo toda a
atenção devido a discussão e aos cuidados imprescindíveis.

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PARTE II

NORMA REGULAMENTADORA - NR-13

1 – HISTÓRICO:

A norma regulamentadora Nº 13 – caldeiras e vasos de pressão, mais conhecidas na sua denominação


reduzida – NR- 13 fazem parte do conjunto de Normas Regulamentadoras Brasileiras relativas à segurança e
medicina do trabalho, criadas através da lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 e, aprovadas pela portaria nº
3214 de 08 de junho de 1978.

Inicialmente denominada NR-13 caldeiras e recipientes sob pressão, sofreu sua primeira alteração através da
portaria SSMT nº 02 de 08 de maio de 1984.

Em 27 de dezembro de 1994 a SSST – secretaria de segurança e saúde no trabalho, alterou a norma original
(NR 13 – caldeiras e recipientes sob pressão), passando a vigorar o texto aprovado, por unanimidade, pelo
grupo técnico de trabalho tripartite, formado pela primeira vez com sucesso, por representantes do governo,
dos usuários dos equipamentos e entidades de classe ( CREA, sindicatos, etc), para elaboração de um
documento que possui força de lei, que hoje constitui a Norma Regulamentadora em vigor – NR 13 –
caldeiras e vasos de pressão.

2 - Campo de Aplicação:

Antes de prosseguirmos com a explanação sobre NR-13 faz-se necessário informar o campo de aplicação e o
que vêm a ser caldeiras e vasos de pressão.
Então sujeitas ao disposto nesta NR toda e qualquer instalação industrial, comerciais, residenciais,
hospitalares, marítimas ou outras, que possuam equipamentos com as características definidas a seguir.

Caldeiras a vapor – são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior a
atmosfera (1,033kgf/cm2), utilizando qualquer fonte de energia executando os refervedores e equipamentos
similares.

Vasos de pressão. – são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa, cujo produto
“PxV”(onde p= pressão máxima de trabalho admissível em kpa e v = volume em m3 ) seja superior a 8, tais
como : a permutadores de calor, Evaporadores e similares; b ) vasos de pressão ou partes destes sujeitas a
chama direta que não esteja dentro do escopo de outras NR’s, nem do item 13.1 ( caldeiras) desta NR;c)
vasos de pressão encamisados, incluindo refervedores e reatores; d) autoclaves e caldeiras de fluidos
térmicos que não o vaporizem; e ) vasos que contenham fluidos – inflamáveis com temperatura superior ou
igual a 200º C, fluídos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm ( partes por milhão),
hidrogênio e acetileno, independente das dimensões e do produto “pxv”.

Nota: não se aplica NR-13 aos seguintes equipamentos: a) cilindros transportáveis, vasos destinados ao
transporte de produtos, reservatórios portáteis de fluido comprimido, extintores de incêndio; b) vasos
destinados a ocupação humana (câmara hiperbâricas); c) câmaras de combustão ou vasos quem façam parte
integrante de maquinas rotativas ou alternativas, tais como bombas, compressores, turbinas, geradores,
motores, cilindros pneumáticos e hidráulico, desde que não possam caracterizados como equipamentos
independentes; d ) dutos e tubulações para condução de fluido; e)serpentinas para a troca de térmica; f)
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tanques e recipientes para armazenamento e estocagem de fluidos não enquadrados em normas e códigos de
projeto relativo a vasos de pressão; g) vasos com diâmetro interno inferior a 150mm para – fluidos
inflamáveis com temperatura inferior ou igual a 200º C fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a
20ppm, vapor d`agua, asfixiantes simples, ar comprimido, água ou outros Fluidos não enquadrados acima,
com tolerância superior a 50ºC.

3 - PRINCIPAIS EXIGÊNCIAS DA NR-13:

Comuns para caldeiras e vasos de pressão.


• Classificação
• Adequada das instalações no tocante a válvula de segurança, manômetro, etc.
• Adequação das placas de identificação
• Pintura ou instalação de placa suplementar com a categoria do equipamento
• Adequação do prontuário
• Adequação das instalações
• Adequação dos manuais de operação
• Treinamento de operadores novos
• Implantação do plano de manutenção preventiva em sistemas de controle
• Inspeção de segurança

Exclusivo para caldeiras


• Adequação das instalações e no tocante a sistema de indicação nível.

Exclusivo para vasos de pressão


• Elaboração do projeto de instalação.

4 - Penalidades previstas na norma:


As infrações ao disposto na norma regulamentadora nº 13, são passiveis de multas conforme valores
estabelecidos no anexo II norma regulamentadora nº 28 – fiscalização e penalidade que dependendo do
número de funcionários da empresa podem atingir o valor máximo individual, por cada item descumprindo,
da ordem de 6304 UFIR, caso seja constatado risco grave e iminente e ou reiterada desobediente à norma.

Nas situações que sejam constatadas condições de risco grave e iminente à saúde do trabalhador, além da
aplicação da multa, pode resultar embargo parcial ou total da obra, interdição parcial ou total do
estabelecimento no setor de trabalho ou equipamento.

Nota: constitui risco grave e iminente – toda condição ambiental de trabalho que possa causar acidente do
trabalho que possa causar acidente do trabalho ou doença profissional com lesão à saúde do trabalhador.

5 – SITUAÇÕES DE GRAVE E IMINENTE RISCO:

Para caldeiras:

Genéricas:
A falta de qualquer um dos seguintes itens:
• Válvulas de segurança com pressão de abertura ajustada na PMTA (Pressão Máxima de Trabalho
Admissível);
• Instrumento que indique a pressão do vapor acumulado;
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• Injetor ou outro meio de alimentação de água, independente do sistema principal, em caldeiras á


combustível sólido;
• Sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras de recuperação de álcali;
• Sistema de indicação para controle de nível de água ou outro sistema que evite o superaquecimento por
alimentação deficiente;

Na instalação:
a) O não atendimento aos seguintes requisitos, para todas as caldeiras instaladas em ambiente aberto:
• Dispor de pelo menos duas saídas amplas permanentemente desobstruídas e dispostas em direções
distintas;
• Ter sistema de captação e lançamento dos gases e material articulado proveniente da combustão, para fora
da área de operação atendendo as normas ambientais vigentes;
• Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e possuir sistema de iluminação de emergência.
b) O não atendimento aos seguintes requisitos, para as caldeiras categorias “B e C”, instaladas em ambiente
confinado (casa de caldeiras):
• (Alem dos requisitos descritos acima no subitem a);
• Dispor de ventilação permanente como entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
• Dispor de sensor para detecção de vazamento de gás, quando se tratar de caldeira a combustível gasoso;
• Não ser utilizada para qualquer outra finalidade.

c) O não atendimento aos seguintes requisitos, para as caldeiras categorias “A”, instaladas em ambiente
confinado (casa de caldeiras):
• ((Alem dos requisitos descritos acima nos subitens a) e b);
• Constituir prédio separado construído de material resistente ao fogo podendo ter apenas uma parede
adjacente a outras instalações do estabelecimento, porem com as outras paredes afastadas de no mínimo 3m,
de outras instalações, do limite de propriedade de terceiros, do limite com as vias publicas e de depósitos de
combustíveis, excetuando-se reservatório para partida com até de 2000L de capacidade.

Na operação:
A operação em condições diferentes das previstas no projeto original, para todas as caldeiras, sem que:
• Seja reprojetada levando em consideração todas as variáveis envolvidas na nova condição de operação;
• Seja adotadas todos os procedimentos de seguranças de correntes de sua nova instalação, operação,
manutenção e inspeção.

Na inspeção.
Toda as caldeiras devem ser submetidas as inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária,
constituindo grave e iminente risco o não atendimento aos prazos de inspeção estabelecidos nesta NR, de
acordo com as categorias das caldeiras.

Ao completar 25 anos de uso, na sua inspeção subseqüente as caldeiras devem ser submetidas a rigorosa
avaliação de integridade, para determinar a sua vida remanescentes e novos prazos máximos de inspeção,
caso ainda estejam em condições de uso.

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Para vasos de pressão:

Genéricas.
A falta de qualquer um dos seguintes itens.
• Válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada na PMTA (pressão máxima de
trabalho admissível), instalada diretamente no vaso ou no sistema que a inclui;
• Dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula quando esta não estiver instalada
diretamente no vaso;
• Instrumento que indica a pressão de operação.

Na instalação:
a) Em ambiente aberto:
• Dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas em direções
distintas;
• Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;
• Possuir sistema de iluminação de emergência.
b) Em ambiente confinado.
• (Além das citadas acima no subitem a);
• Dispor de ventilação permanente com entrada de ar que não possam ser bloqueadas

Na operação.
Constitui condição de risco grave e iminente o emprego de artifícios que neutralizem seus sistemas de
controle e segurança e a operação de qualquer vaso de pressão em condições diferentes das previstas no
projeto original, sem que:
• Seja reprojetado levando em consideração todas as variáveis envolvidas na nova condição de
operação;
• Sejam adotados todos os procedimentos de segurança decorrentes de sua nova classificação no que
se refere a instalação, operação, manutenção e inspeção;

6 - PROFISSIONAL HABILITADO:

Grande parte das medidas preventivas constantes da NR-13 deverão ser recomendadas,
acompanhadas, elaboradas e ou supervisionadas, por profissional habilitado, assim definido na própria
norma – “Profissional habilitado é aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de
engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento de operação e manutenção,
inspeção e supervisão de inspeção de cadeiras e vasos de pressão, em conformidade com a regulamentação
profissional vigente no país”.

Desta forma, coube ao CONFEA definir quem seria o “profissional habilitado”, que assim o fez – “são
considerados profissionais habilitados os profissionais da área de engenharia mecânica e engenharia naval,
bem como os engenheiros civis que tenham cursado as disciplinas de termodinâmica e transferência de calor
ou equivalentes”.

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7 – CONCLUSÃO:

Como se pode observar é de vital importância para a continuidade operacional de uma instalação, o
atendimento aos requisitos da norma, não só pelas sanções e penalidades prevista por lei, às quais estarão
sujeitas as empresas que venham a descumprir o estabelecido na NR-13, como também pelos sinistros que
poderão ser evitados, pela deterioração dos equipamentos que poderá ser minimizado em virtude de
utilização racional e manutenção adequada dos equipamentos, nas empresas que venham a cumprir o
disposto na norma, que deve ser sempre encarado co-requisitos mínimos de seguranças.

BIBLIOGRAFIA:
Ministério do Trabalho, Manual Técnico de Caldeiras e Vasos de Pressão;
Ministério do Trabalho, Norma Regulamentadora Nr-13;
Zibordi Irineu, Legislação Complementar para Concurso Público;
Mendonça Roberto de Araújo, Administração Aplicada e Engenharia de Segurança;
Neto João Lúcidi, Caldeiras e Vasos de Pressão;
Souza Luiz Moschini, Aspectos Legais da Inspeção de Equipamentos;
Gáudio A. G., A Evolução das Normas de Segurança de Caldeiras;
Campos José Luiz, Responsabilidade Civil e Criminal do Emprego e Preposto;
Paulo Roberto Leite Ventura, Direito Penal Resumido.

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