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24/06/2021

Prevenção e Controlo da
infeção: princípios básicos a
considerar na prestação de
cuidados de saúde
Técnico/Auxiliar de Saúde e Geriatria

Formadora: Enf. Sara Ferreira

AGENDA
• Noções básicas de Microbiologia:
a. Introdução à microbiologia;
b. Morfologia e estrutura dos microrganismos;
i. Vírus;
ii. Bactérias;
iii. Fungos;
iv. Parasitas;
c. Nutrição de microrganismos;
d. Meios de cultura de microrganismos;
e. Crescimento microbiano;
f. Ação de agentes físicos e químicos;
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Noções básicas de Microbiologia


• Introdução à microbiologia
A microbiologia é o estudo dos microrganismos (micróbios), organismos tão
pequenos que é necessário um microscópio para estudá-los.

A microbiologia foca-se principalmente em estudar organismos e agentes tão ou


mais pequenos que 0,1 milímetros:
• Bactérias (a);
• Vírus (b);
• Alguns fungos (c);
• Algumas algas;
• Protozoários (d).

Os microrganismos apresentam benefícios para


a sociedade, entre eles:

Podem ser necessários na produção de pão, queijo,


cerveja, iogurte, antibióticos, vacinas, Vitaminas, Enzimas
e muitos outros produtos importantes;

São uma fonte de nutrientes na base das cadeias e redes


alimentares ecológicas

São componentes indispensáveis do nosso ecossistema.


Eles tornam possíveis os ciclos do carbono, oxigénio,
azoto e enxofre que ocorrem nos sistemas aquático e
terrestre.

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No entanto, os microrganismos também apresentam


desvantagens para os humanos, tendo prejudicado
tanto a saúde humana como a sociedade:

As doenças microbianas indubitavelmente tiveram um papel importante


em eventos históricos, como o declínio do Império Romano e a conquista
do Novo Mundo;

Em 1347, a peste negra atingiu a Europa brutalmente e apenas em 1351 a


praga já tinha matado 1/3 da população. Durante os 80 anos seguintes, a
doença surgiu de novo e de novo, eventualmente matando 75% da população
Europeia. Acredita-se que este desastre mudou a cultura Europeia,
preparando o Renascimento;

Em 1900, as doenças infeciosas constituíam as principais causas de morte nos


países desenvolvidos e não desenvolvidos. No entanto, nos tempos correntes as
doenças infeciosas apresentam uma maior importância neste facto, em países
mais desenvolvidos

Entre 1900 e 2000, três fatores


mudaram para que tal disparidade
nas taxas de mortalidade causadas
por doenças infeciosas baixasse:
1. Por volta dos anos 30/40
chegaram os antibióticos, por
descoberta da Penicilina;
2. As vacinas tiveram um impacto
tremendo no tratamento de doenças
infeciosas;
3. Foram tomadas medidas
higiénicas.
Assim, é fácil compreender que países menos desenvolvidos sejam
bastante fustigados pelas doenças infeciosas, sendo estas a
principal causa de morte, apresentando um panorama idêntico ao
do observado no início do século XX.

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Morfologia e estrutura dos microrganismos


• Vírus
Os vírus sãolllorganismos acelulares q
ue contêm uma pequena molécula
de material genético (DNA ou RNA) e
uma cápsula de proteínas para
protegê-lo.

Por serem acelulares, alguns


cientistas não os classificam como
seres vivos. Mas outros consideram-
nos como vivos, pois podem
reproduzir-se. Os vírus são parasitas
obrigatórios, ou seja, precisam de
uma célula hospedeira para se
reproduzir.

O processo de reprodução ocorre:


• o vírus aproxima-se da célula (fixação), e injeta o seu material
genético dentro dela;
• dentro da célula, as partículas de DNA ou RNA injetados,
multiplicam-se;
• novos vírus são formados, com os recursos da própria célula
(enzimas, nutrientes, etc);
• a célula morre, libertando os novos vírus que se formaram;
Este é um processo de vírus bacteriófagos, que destroem as células
após a reprodução.

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• Mas existe outro tipo, que não destrói a


célula. Eles só injetam o DNA (ou RNA) na
célula, e então, o material genético mistura-
se ao do hospedeiro.

• Ele fica lá por muito tempo, sofrendo várias


mutações e também se multiplicando,
quando a célula de divide (cissiparidade).

• E finalmente, por algum "alerta" (não se


sabe como), a parte do material genético
viral "acorda" e começa a agir. Isso pode ser
chamado de ciclo lítico. Uma célula
hospedeira pode gerar desde algumas
unidades de vírus até centenas de milhares,
dependendo da quantidade de material
genético injetado e recursos da célula.

Doenças provocadas por vírus


VIH (Vírus da Imonudeficiência Humana)

HPV (Vírus do Papiloma Humano)

Gripe A

Hepatite B (VHB)

Herpes labial e genital

Sarampo

Rubéola

Mononucleose (Doença do Beijo)

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• Bactérias

• São organismos unicelulares que diferem de outros


seres vivos por serem procariontes, isto é, as suas
células não possuem um núcleo individualizado por
uma membrana e elas podem viver isoladas ou
reunidas em colónia.

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As bactérias apresentam formas variadas,


podendo ser esféricas, cilíndricas ou espiraladas.
Em função dessa variação de formas, são
agrupadas assim:

Bastonetes ou bacilos –
Cocos – forma esférica forma alargada em
bastão

Espirilos – forma
espiralada

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• As bactérias podem formar colónias, pela reunião


de vários indivíduos de uma mesma espécie que
permanecem unidos formando uma unidade
funcional. Isso acontece principalmente com os
cocos, mas pode ocorrer com os bacilos, não
ocorrendo com os espirilos.

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As bactérias podem ainda se distinguir entre:


Bactérias comensais que constituem a flora normal de indivíduos saudáveis. Têm
um significativo papel protetor, prevenindo a colonização por microrganismos
patogénicos. Algumas bactérias comensais podem causar infeção, no hospedeiro
imunocomprometidos.

Bactérias patogénicas têm maior virulência e causam infeção (esporádica ou


epidémica) independentemente do estado do hospedeiro.

Outros microrganismos Gram-negativos, são frequentemente isoladas em água e


em áreas húmidas. Podem colonizar o aparelho digestivo de doentes hospitalizados.

Outras bactérias selecionadas constituem um risco específico em hospitais. Por


exemplo, a espécie Legionella pode causar pneumonia (esporádica ou endémica)
através de inalação de aerossóis contendo água contaminada (ar condicionado,
chuveiros, aerossóis terapêuticos).

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Estrutura das bactérias


– Membrana celular
– Parede celular
– Nucleoide/DNA/material
genético
– Ribossomas
– Citoplasma
– Flagelos
– Fímbrias

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Doenças provocadas por Bactérias


– Infeções urinárias (E. coli)
– Bronquite (Pneumococcus)
– Clamídia (Chlamydia
trachomatis)
– Meningite bacteriana
(Meningococcus)
– Tuberculose (Mycobacterium
tuberculosis)
– Cáries dentárias

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• Fungos
• Os fungos são encontrados em praticamente
todos os ambientes do planeta possuem um
papel importantíssimo na natureza e têm
participado da vida do homem ora como
colaboradores, ora como vilões.

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Na Natureza há
bastantes tipos de Há também os que Temos também os
fungos, existem parasitam vegetais e que são utilizados
aqueles que são cadáveres de para alimento e até
extremamente animais em aqueles, dos quais se
prejudiciais para a decomposição. pode extrair
saúde do Homem, substâncias para a
causando inúmeras elaboração de
doenças e até medicamentos.
intoxicações.

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• Estão incluídos neste grupo,


organismos de dimensões
consideráveis, como os cogumelos.
Os cogumelos são fungos
pluricelulares e visíveis a olho nu.
Algumas espécies são comestíveis,
enquanto outras são extremamente
tóxicas.

• Mas também se incluem neste grupo


muitas formas microscópicas como
bolores e leveduras. As leveduras
são fungos que se apresentam sob
forma microscópica, sendo formadas
por uma única célula (unicelulares).

• Diversos tipos de fungos agem nos


seres humanos causando várias
doenças, por exemplo, micoses.

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• Na cadeia alimentar os fungos ocupam a


importante posição de decompositores. Os
fungos são organismos heterotróficos, ou seja,
não produzem o próprio alimento, dependem da
ingestão de matéria orgânica, viva ou morta, para
sobreviver.

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• Os fungos reproduzem-se por um tipo especial de célula chamada esporo.

• Os esporos são muito pequenos e podem permanecer suspensos no ar por muito


tempo, sendo carregados pelo vento para lugares bem distantes do fungo que os
produziu. Dessa forma, eles espalham-se pelos mais variados ambientes, mas se
desenvolvem melhor quando encontram condições de pouca luminosidade, boa
humidade e muita matéria orgânica.

• Apesar de não se locomoverem, a capacidade de dispersão, a velocidade com que


se reproduzem e o rápido crescimento acabam por compensar a imobilidade dos
fungos.

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• Os fungos são seres vivos eucariontes, portanto o


núcleo das suas células é delimitado por uma
membrana, podem ser unicelulares ou pluricelulares.

• As suas células são envolvidas por uma parede que


não é feita de celulose como nos vegetais, e sim de
quitina, o mesmo material que reveste o corpo dos
artrópodes (insetos, crustáceos, aracnídeos e outros).

• Eles não possuem clorofila, sendo por isso incapazes de


realizar a fotossíntese, e, para conseguirem se
desenvolver, dependem do alimento que encontram no
local onde se instalam

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• Os fungos também são responsáveis pela produção


de antibióticos, medicamentos que combatem
infeções causadas por bactérias.

• A penicilina foi o primeiro antibiótico a ser produzido


a partir do fungo Penicillium notatum, descoberto
em 1928 pelo Dr. Alexander Fleming.

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Constituição de um fungo pluricelular


O corpo das espécies pluricelulares é
formado por duas partes:
O micélio
• Corresponde a um emaranhado de
filamentos longos e microscópicos
chamados de hifas.
Corpo de frutificação
• É a estrutura reprodutiva destes
fungos.
• Por exemplo, o bolor preto que
cresce nos pães velhos,
corresponde ao corpo de
frutificação. Já a parte que fica no
interior do pão é o micélio.

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Doenças provocadas por Fungos

– Candidíase
– Onicomicose
– Micoses

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• Parasitas
• São organismos que vivem em associação com outros, dos
quais retiram os meios para a sua sobrevivência,
normalmente prejudicando o organismo hospedeiro.
Processo conhecido por parasitismo. O efeito de um
parasita no hospedeiro pode ser mínimo, sem lhe afetar as
funções vitais, como é o caso dos piolhos, ou pode até
provocar a sua morte.

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Os parasitas podem classificar-se segundo a


parte do corpo do hospedeiro que atacam:

– Ectoparasitas atacam a parte exterior do corpo do


hospedeiro;
– Endoparasitas vivem no interior do corpo do
hospedeiro;
– Hemoparasita, parasita que vive na corrente
sanguínea:
• Podem ser transmitidos entre os humanos através do
contacto pessoal ou uso de objetos pessoais;
• Podem também ser transmitidos através da água,
alimentos, mãos sem a devida higienização, poeira, solo
contaminado com larvas, entre outros.

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Doenças provocadas por parasitas

– Malária (Plasmodium)

– Toxoplasmose (Toxoplasma gondii)

– Tricomníose (Trichomonas vaginalis)

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Nutrição de microrganismos
Para o crescimento e multiplicação os organismos necessitam
de:
• Uma fonte de carbono, hidrogénio e oxigénio.
• Uma fonte de sais minerais, ferro, enxofre, fósforo,
sódio e magnésio.
• Fonte de energia

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Existem entre os seres vivos 2 tipos de comportamento que


caracterizem as maneiras de enfrentar o problema de obtenção
de alimentos, ou seja sua fonte de energia. O comportamento
AUTOTRÓFICO E HETEROTRÓFICO.

AUTOTRÓFICO – são seres que sintetizam seu próprio alimento, a partir de


moléculas de baixa E. desenvolve-se em meios minerais. FOTOSSÍNTESE E
QUIMIOSSINTESE

HETEROTRÓFOS – seres que não conseguem sintetizar seu próprio alimento e o


adquirem do meio onde se encontram. Necessitam de substancias orgânicas para
o seu desenvolvimento. FERMENTAÇÃO E RESPIRAÇÃO.

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• FOTOSSÍNTESE – é
um processo de
produção de
alimentos onde
ocorre a
transformação de
substâncias simples
em compostos
orgânicos através da
luz solar.

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• QUIMIOSSINTESE – é o processo pelo qual certos organismos


sintetizam moléculas orgânicas utilizando energia proveniente
da oxidação de compostos inorgânicos. Estes organismos
oxidam substancias inorgânicas e a energia liberada nesta
reação é utilizada na síntese da glicose que serve então como
matéria prima para síntese de outras moléculas orgânicas e
como fonte de energia para as reações celulares.

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• FERMENTAÇÃO – A fermentação é um processo de


libertação de energia que ocorre sem a
participação do oxigênio. A fermentação
compreende um conjunto de reações
enzimaticamente controladas, através das quais
uma molécula orgânica é degradada em
compostos mais simples, libertando energia

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• RESPIRAÇÃO – consiste no processo de extrato de


energia química acumulada nas moléculas de
substâncias orgânicas diversas, tais como hidratos
de carbono e lípidos. Nesse processo, verifica-se
a oxidação ou “queima” de compostos orgânicos
de alto teor energético consequentemente,
formam-se substâncias de menor conteúdo
energético, como CO2 e H2O.
– Respiração aeróbica – quando o aceptor final de
hidrogénio produzido pela oxidação das moléculas
orgânicas é o oxigénio.
– Respiração anaeróbica - quando o aceptor final de
hidrogénio produzido pela oxidação das moléculas
orgânicas é uma substância inorgânica diferente do
oxigénio. Ex. nitrato, sulfato, carbonato etc.

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Meios de cultura de microrganismos


• Um meio de cultura é um substrato nutritivo capaz de permitir a
nutrição e o crescimento dos microrganismos (bactérias, fungos,
algas, parasitas) fora do seu ambiente biológico natural, ou seja, é
uma preparação de nutrientes utilizada para o crescimento de
microrganismos em laboratório. Além dos nutrientes, existem
condições ambientais para o crescimento microbiano, como
temperatura, pH, humidade, presença ou não de oxigénio (condição
aeróbia e anaeróbia), entre outros.

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• Os meios de cultura são classificados de acordo


com seu estado físico, podendo ser sólido, quando
possui agentes solidificantes como o ágar;
semissólido, quando a consistência de ágar e/ou
gelatina é intermediária, ou líquido, quando não
possui solidificantes, caracterizando-se como caldo.
• Podem ser também classificados como:
– Ordinários - para o desenvolvimento de qualquer
bactéria;
– Seletivos - específicos para as respetivas bactérias;
– Enriquecidos - quando contêm substâncias que
favorecem o crescimento de determinada bactéria.

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Crescimento microbiano
• O crescimento microbiano é normalmente associado
ao crescimento de uma população de células de um
dado microrganismo, ou seja, com o aumento do
número de células da população.

• Grande parte dos microrganismos multiplica-se por


fissão binária ou por gemulação, em resultado do que
uma célula dará origem a duas ao fim de um certo
tempo, tempo de geração ou de duplicação.

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• Durante um ciclo de divisão celular


correspondente ao tempo de geração ou
duplicação, todos os componentes celulares
mensuráveis (por exemplo, ácidos nucleicos,
proteínas, lípidos) duplicam, acompanhando a
duplicação do número de células e da
quantidade de biomassa presente.

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Ação de agentes físicos e químicos


• Controlo Microbiano

O controlo microbiológico pode ser realizado por:


– Ação microbiostática - inibição (bloqueio) da multiplicação dos
microrganismos (os microrganismos não se multiplicam).
– Ação microbiocida - morte rápida dos microrganismos.
• Agente antimicrobiano - é um composto químico, natural
ou sintético, que mata um microrganismo ou inibe o seu
crescimento.
– Os agentes antimicrobianos que destroem ou tornam bactérias/
fungos inviáveis são designados bactericidas ou fungicidas.
– Os agentes que inibem o crescimento bacteriano ou de fungos
são bacteriostáticos ou fungistáticos.

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• Efeito dos agentes antimicrobianos no


crescimento bacteriano:
– Efeito bacteriostático: inibe o crescimento
microbiano, mas não ocorre morte celular (ex:
utiliza-se nos desodorizantes);
– Efeito bactericida: ocorre morte das células mas
não há lise celular (ex: penicilina,
cefalosporinas,...)
– Efeito bacteriolítico: induz a morte celular por lise
celular (ex: penicilina, ...).

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Agentes de Controlo Microbiano

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Agentes Físicos:
Calor:
• Calor Seco: feita em fornos, a maior parte da vidraria
empregada em laboratório é esterilizada deste
modo, feito apenas em materiais que são sensíveis
ao calor húmido.

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• Calor Húmido:
• Fervura: consiste no aquecimento a 100ºC, após
cerca de 15 minutos de fervura pode matar uma
grande quantidade de microrganismos, mas não
é eficaz contra endósporos bacterianos e alguns
vírus. Normalmente este método é utilizado em
desinfeções caseiras, preparação de alimentos,
etc.

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• Autoclavagem: aquecimento a
121ºC durante 15-20 min. Este
processo é o mais eficaz, pois o seu
poder de penetração é maior. Numa
atmosfera húmida e a uma
temperatura elevada os
microrganismos morrem quando se
dá a coagulação e desnaturação das
enzimas e proteínas que fazem parte
da sua estrutura. Nos laboratórios
também é prática corrente a
descontaminação de todo o material
infetado, quer do que vai ser
colocado posteriormente no lixo,
quer do que vai ser posteriormente
reutilizado.

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 Baixas Temperaturas
• A temperaturas de 0 a 7ºC, a taxa metabólica da
maioria dos microrganismos é reduzida: efeito
bacteriostático - o crescimento é inibido, mas não
ocorre morte celular.
• Temperaturas baixas (abaixo do ponto de
congelamento) obtidas RAPIDAMENTE tendem a tornar
os micróbios dormentes – não necessariamente os
mata.
• O congelamento LENTO é mais nocivo – os cristais de
gelo que se formam e crescem rompem a estrutura
celular e molecular dos microrganismos.

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Pasteurização
• Consiste em aquecer o produto a uma dada
temperatura, num dado tempo e a seguir,
arrefecer bruscamente. A pasteurização reduz
o número de microrganismos presentes, mas
não assegura uma esterilização.

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 Pressão osmótica
• Uso de altas concentrações de sais e açúcares. Criam um
ambiente hipertónico que ocasiona a saída da água da
célula microbiana. Esse princípio é utilizado na
conservação dos alimentos. Em geral, os fungos e
bolores são mais capazes de crescer em materiais com
baixa humidade. Esta propriedade combinada com
capacidade de crescer em condições ácidas é a razão
pela qual as frutas e grãos são deteriorados por fungos.

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Radiações
• As radiações têm seus efeitos dependentes do
comprimento da onda, da intensidade, da
duração e da distância da fonte.
• R. Ionizante -São radiações de elevada energia e
poder de penetração. Atuam sobre os
constituintes da célula, nomeadamente DNA e
proteínas celulares. Usam-se para esterilização de
material plástico (seringas, placas de Petri, etc) e
de borracha. Ex: raios gama, raio X.

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• R. Não Ionizante – São radiações de fraca


energia e fraco poder de penetração. Atuam a
nível do DNA, impedindo a sua replicação ou
alterando-o. Usam-se na desinfeção do ar de
gabinetes, recintos hospitalares (salas de
operação), câmaras de fluxo, etc. Estas
radiações são altamente agressivas para a pele
e para os olhos, pelo que nunca se deve
trabalhar na sua presença. Ex: Radiação UV.

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Filtração
• Passagem de soluções ou gases através de
filtros. Aqui são retidos os microrganismos,
pode ser usada na remoção de bactérias e
fungos, no entanto, podem passar a maioria
dos vírus.

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 Ressecamento
• AUSÊNCIA DE ÁGUA – os microrganismos não podem
crescer ou reproduzir-se, mas podem permanecer
viáveis por anos. Quando a água se encontra presente
o seu crescimento é retomado. Usado para preservar
microrganismos em laboratório: Liofilização (vácuo).
 Incineração
• Utilizado em larga escala para destruição de resíduos
hospitalares.

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Agentes Químicos
• Fatores que influenciam a sua eficiência
• Tamanho da população;
• Natureza da população;
• Concentração do agente;
• Tempo de exposição;
• Temperatura;
• Condições ambientais:
– pH do meio
– presença de matéria orgânica

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• 1.Esterilizantes
• Agentes químicos que eliminam de um objeto ou
material biológico todas as formas de vida microbiana.
• • Óxido de etileno - é um gás altamente solúvel em
água e violentamente explosivo. Utilizado na
esterilização de material termosensível. A esterilização
faz-se em câmaras apropriadas. Atualmente tem vindo
a ser substituído pelo plasma de peróxido e pelo
formaldeído a 2% a baixa temperatura. Estes métodos
têm a vantagem de não necessitarem de período de
arejamento exigido pelo óxido de etileno.
• • Formaldeído e gluteraldeído

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2. Desinfetantes e antissépticos
• Os desinfetantes podem ter sobre os
microrganismos as seguintes ações:
• Bactericida / Bacteriostático (impedindo a célula
de se dividir) / Bacteriolítico (efetuando a lise da
parede da célula);
• Fungicida / Fungistático
• Virucida / Virustático
• Esporicida
• Compostos fenólicos – inativam as proteínas e
podem interagir com o DNA. Muito usados na
descontaminação de instrumentos clínicos

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• Álcool (etanol, propanóis) – coagulam as proteínas e solubilizam


lípidos de que resulta a destruição das membranas celulares.
• Cloro (hipoclorito e compostos N-clorados) – oxidantes que
conduzem à destruição da atividade de proteínas celulares.
• Iodo (tintura de iodo ou iodopovidona) – destruição da atividade de
proteínas e enzimas essenciais por oxidação.
• Peróxido de Hidrogénio (água oxigenada) – oxidante que reage com
componentes celulares essenciais, como os lípidos membranares e
DNA.
• Sais metálicos e compostos mercuriais (nitrato de prata,
mercurocromo, mertiolato): inativação das proteínas celulares.
• Detergentes catiónicos (compostos quaternários de amónio -
cetrimida): inativam as proteínas e alteram a membrana
citoplasmática.
• Clorexidina: parece ligar-se às superfícies celulares, ocasionando a
desorganização estrutural e funcional da membrana.
• Ozono.

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Autorização de
Funcionamento nº21

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