19 de Outubro 2010 – No 670 www.protestepoupanca.

pt

Acçoes P O U P A N Ç A

Análise ao sector farmacêutico na página 2

Independente
Credível
Perto de Si

EURONEXT LISBOA
(Índice PSI-20)
OE penaliza Lisboa
x 1000
14 As Bolsas mantiveram a toada positiva das últimas semanas na
12 expectativa de que a Fed volte a injectar dinheiro na economia
10 americana com o objectivo de baixar as taxas de juro de longo
8 prazo. A primeira semana de resultados trimestrais nos EUA foi
6
positiva, com as tecnológicas Google, AMD e Intel (-1%) a supe-
rarem as expectativas. Ao invés, os números da General Electric
4
(-4,8%) desiludiram. Nos EUA, o S&P 500 subiu 0,9% e o Nasdaq
2
ganhou 2,8%. Na Europa, o Stoxx Europe 50 valorizou 1,3%.
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010
A previsível intervenção da Fed penalizou o dólar, o que fez su-
Apesar da crise económica e financeira que assola o país, a
Bolsa nacional tem recuperado nas últimas semanas. Contu-
bir os preços das matérias-primas (mas o seu preço está fixado
do, o saldo em 2010 (-7,7%) mantém-se negativo. em dólares e a conversão em outras divisas fica mais barata). O
POUPANÇA ACÇÕES – Boletim Semanal – Ano 14 – Director e Editor: Pedro Moreira – DECO PROTESTE, Editores, Lda – Av. Eng.° Arantes e Oliveira n.° 13, 1.° B, 1900-221 Lisboa – € 1,60

petróleo também subiu mas menos, com o consumo nos EUA a

GALP ENERGIA (a carregado; escala à esquerda) gerar dúvidas. O sector petrolífero subiu 0,1% e o das matéri-
vs. PREÇO DO PETRÓLEO (em dólares; à direita) as-primas ganhou 2,4%. Os títulos financeiros europeus subiram
apenas 0,2%, afectados pelo escândalo da crise de crédito imo-
14 90
biliário nos EUA (erros no procedimento de penhora de bens
13 80 imobiliários) e pelos inquéritos instaurados. A banca deverá criar
12
70 provisões que podem ascender a vários mil milhões de dólares
11
60
por banco. O Bank of America caiu 9,1%.
10
50 O receio sobre a aprovação do Orçamento de Estado (OE) para
9
40
2011 penalizou a Bolsa de Lisboa, que subiu apenas 0,4%, apesar
8
de alguns títulos mais pequenos terem registado fortes subidas.
7 30
J FMAM J J A SOND J FMAM J J A SO Realce para a Brisa (+4,5%; ver pág. 3), que beneficiou da venda
A Galp, cujos dados preliminares do terceiro trimestre não de 3,4% da CCR por 300 milhões de euros e do início da cobran-
trouxeram surpresas, tem acompanhado de perto a subida ça de portagens em três SCUT. O grupo EDP também esteve em
do preço do petróleo. A acção está correcta, mantenha. alta, com a casa-mãe a subir 3% e a EDP Renováveis (ver pág. 4),
cuja produção eólica subiu 35% até Setembro, a ganhar 1,6%. A
ERSE propôs uma subida de 3,8% das tarifas eléctricas de 2011.
• À lupa p. 2 Ao invés, a J. Martins (-2,4%) e a PT (-1,5%; ver pág. 3) recuaram
Sector farmacêutico dos máximos recentes. A Galp divulgou uma queda de 1,5% das
vendas de produtos refinados no terceiro trimestre e desceu 2%.

• Acções p. 3-4
Brisa, PT, Intel, Roche, EDP Renováveis, Galp A semana em números
Energia, Chevron, General Electric, Nasdaq
OMX e Pfizer
• BOLSAS
Lisboa +0,4% Nasdaq +2,8%
Frankfurt +3,2% Nova Iorque +0,9%
Londres +0,8% Paris +1,7%
• Dia Mundial da Poupança p. 8
Madrid +1,4% Zurique +1,2%
O investidor particular português

• ACÇÕES
Soares Costa +15,9% Jerón. Martins -2,4%
Mudança de conselho Media Capital +15,0% Galp Energia -2,0%
Cort. Amorim +10,6% Banif -1,7%
Brisa Manter Teixeira Duarte +9,5% Mota-Engil -1,7%
 À lupa
Sector farmacêutico
APOSTA NOS EMERGENTES
Penalizadas pelas perdas de licenças e
pelas dificuldades da investigação em
encontrar motores de crescimento, as
vendas das farmacêuticas estão em
queda. A procura de cuidados de saú-
de nas economias emergentes chama
a atenção dos gigantes do sector. Mas
cuidado com as desilusões.
Mercados com potencial
Segundo a IMS Health, consultora es-
pecializada na indústria farmacêutica,
os sete principais países emergentes
(Brasil, China, Coreia do Sul, Índia,
México, Rússia e Turquia) deverão as-
sistir a um crescimento anual médio do
mercado farmacêutico entre 13 e 16%
nos próximos cinco anos (4 a 7% ao ní-
vel mundial). A China deverá ser o país
mais activo, com uma taxa de cresci-
mento superior a 20%, e rapidamente
poderá tornar-se no terceiro maior
mercado farmacêutico do mundo, a
seguir aos EUA e Japão (em 2003,
encontrava-se no décimo lugar).
Fontes do crescimento
Várias razões explicam o dinamismo
do sector da saúde nas economias
emergentes:
· Crescimento demográfico.
· Emergência de uma nova classe mé-
dia, com rendimentos mais elevados,
graças ao rápido desenvolvimento eco-
nómico destes países.
· Envelhecimento da população, uma
realidade nos países desenvolvidos,
também se acelera nos emergentes.
· Estilo de vida. Segundo a Organiza-
ção Mundial de Saúde (OMS), um em
cada três fumadores no mundo é chi-
nês. O tabagismo é um factor de risco
para doenças cardiovasculares e can-
cro. Além disso, a progressiva adopção
de um estilo de vida ocidental contribui
para o aumento da diabetes.
· A reforma dos sistemas de saúde
(ajudas médicas, infra-estruturas) favo-
rece o acesso a um número cada vez
maior de pessoas. Na China, as autori-
dades estão a investir bastante para que
todos os cidadãos tenham uma cober-
tura médica de base até 2020 (70% em
2009).
2 | POUPANÇA ACÇÕES · 19 de Outubro 2010
Objectivos ambiciosos
Atraídos pelo dinamismo das economi-
as emergentes, os líderes do sector
apostam nestes mercados:
– A Abbott (comprar) tenciona dupli-
car a sua presença até 2013.
– A AstraZeneca (manter) pretende
gerar 25% das vendas até 2014 (13% em
2009) e a Merck (manter) até 2013
(17% actualmente).
– A Novartis (comprar) visa duplicar
as vendas em seis países emergentes e
realizar mais de 20% das vendas da divi-
são farmacêutica.
– Em 2009, a Roche (comprar) regis-
tou a melhor taxa de crescimento nos
emergentes entre os líderes do sector,
graças ao anticanceroso Herceptin.
– A Pfizer (manter) pretende subir as
vendas em três mil milhões de dólares
até 2012 (6,5 mil milhões em 2009).
– A GlaxoSmithKline (comprar)
quer duplicar as vendas na China e
Índia nos próximos cinco anos.
– A Sanofi-Aventis (manter) está bem
posicionada nos mercados emergentes
e visa duplicar as vendas até 2013 e a Eli
Lilly (manter) até 2015.
Questão da rentabilidade
Mas os laboratórios são mais modera-
dos em relação à rentabilidade esperada
das vendas nos países emergentes.
Margens podem ser penalizadas
· O sector farmacêutico das economi-
as emergentes é dominado pelos gené-
ricos. Por isso, os grandes laboratórios
concentram-se nos "genéricos de mar-
ca", medicamentos cuja licença expirou
e que são vendidos com a marca de um
grupo reconhecido local ou internacio-
nalmente. Apesar de mais caros que os
genéricos de base, a sua rentabilidade é
muito inferior à dos produtos com
licença.
· A forte concorrência no sector leva à
redução dos preços. Foi o que aconte-
ceu com a GlaxoSmithKline, que teve
de reduzir alguns preços em 70% para
compensar o atraso.
Mas impacto pode ser limitado
· Os custos de produção e distribuição
são mais baixos nestes países.
es
ta
se
ma
na
SECTOR FARMACÊUTICO MUNDIAL
(Índice Datastream)
2500
2000
1500
1000
500
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010
Com um cariz mais defensivo, o sector farmacêuti-
co incorpora algumas boas opções de compra.
· Os medicamentos são, na sua maio-
ria, antigos e os custos de desenvolvi-
mento já foram compensados.
· Os medicamentos com licença, que
também estão presentes nos países
emergentes, são normalmente vendi-
dos a um preço, pelo menos, igual ao
praticado na Europa, como o antican-
ceroso Taxotere da Sanofi-Aventis.
Atenção a outros riscos
Além dos receios em torno da rentabili-
dade, existem outros riscos:
· A instabilidade política e as especifi-
cidades locais (como tradições ou a cor-
rupção vigente) tornam os países emer-
gentes mais imprevisíveis.
· O custo das políticas de saúde poderá
a prazo refrear o dinamismo actual. Na
Turquia, o governo impôs reduções de
custos na saúde, após o forte cresci-
mento dos últimos anos. No Brasil, a fa-
lência do financiamento do sistema de
saúde unificado gerou cuidados de
saúde a duas velocidades.
· A protecção das licenças não é tão fa-
vorável como no Ocidente. Na Índia, a
lei apenas permite que tenham licença
os medicamentos novos e realmente
inovadores. O Glivec (cancro) da No-
vartis foi um dos afectados.
Conselho
À semelhança de outros sectores eco-
nómicos, a indústria farmacêutica
aposta nos países emergentes para sus-
tentar o crescimento. Mas a rentabili-
dade e os riscos têm "menor qualidade"
que no Ocidente. Ainda que os próxi-
mos anos devam ser difíceis, existem
várias empresas cujas perspectivas
justificam a compra.
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BRISA
Mudança de conselho
Auto-estradas
Bolsa de Lisboa • 5,17 EUR
Risco : v
A Brisa aguarda a conclusão da venda
da CCR e prossegue a reorganização
societária. O arranque das portagens
nas SCUTS é positivo, mas o cenário
económico em Portugal deteriorou-se.
Não compre mais.
† Manter
Após ter alienado no final de Setembro
6% da empresa brasileira CCR por cer-
ca de 430 milhões de euros (ME), a Bri-
sa comunicou agora a venda de mais
3,4% da sua participação por 300 ME. O
grupo detém ainda 6,9% do capital da
CCR que irá alienar até ao final do ano.
No total, a Brisa estima encaixar pelo
menos 1200 milhões de euros. Contu-
do, este montante deverá ser superado
dado que desde 22 de Junho, quando a
Brisa anunciou esta operação, até 14 de
Outubro, a CCR valorizou 25,7%. Ten-
do como referência o preço conseguido
na última venda dos 3,4%, a Brisa pode-
rá realizar uma mais-valia na ordem
dos 1,46 euros por acção, acima do que
esperávamos. Deste modo revemos em
alta as estimativas de lucros para 2010
de 1,51 para 1,70 euros por acção.
De resto, o grupo irá concluir ainda em
2010 a reorganização societária, o que
permitirá uma melhoria financeira e es-
tabilidade da notação de risco de crédi-
to. Por fim, a introdução de portagens
nas SCUTS terá um efeito positivo no
tráfego, sobretudo a partir de 2011.
Mas, o cenário macroeconómico em
Portugal deteriorou-se e, como tal, es-
tamos mais prudentes para os lucros da
Brisa em 2011: estimamos agora
0,26 euros (antes 0,28 euros).
12
10
8 8
6 6
4 4
2 2
0 0
2005 2006 2007 2008 2009 2010
A conclusão de vários dossiers até final do ano é
positivo para a Brisa, mas os resultados em 2011
irão ressentir-se da deterioração económica em
Portugal. Não compre mais, mas pode manter.
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PT
Deverá aumentar o dividendo
Telecomunicações
Bolsa de Lisboa • 10,05 EUR
Risco : w
A "troca" de activos no Brasil é
benéfica e permitirá à PT aumentar a
remuneração accionista. Alterámos as
previsões mas a acção está correcta.
† Manter
A venda da Vivo, que já está concluída,
e a compra de 22,4% da Oi, que só deve-
rá estar concretizada em Março ou
Abril de 2011, tem estimulado a cota-
ção da PT. Esta "troca" de activos per-
mitirá ao grupo reforçar a estrutura fi-
nanceira e manter a aposta no Brasil.
Por um lado, com o encaixe que será re-
alizado (3800 milhões de euros) a PT
deverá anunciar em breve uma subida
da remuneração accionista, através do
aumento dos dividendos e/ou de um
plano de compra de acções próprias.
Além disso, a empresa deverá reduzir a
dívida e cobrir o défice do fundo de
pensões que, posteriormente, deve ser
transferido para o Estado, num negócio
que diminui o risco da empresa.
Por outro lado, a PT fica num mercado
com forte potencial de crescimento. A Oi é
uma operadora integrada de telecomunica-
ções (fixo, móvel e Internet) e deverá benefi-
ciar do know-how que a PT trará ao grupo a
nível operacional. Além disso, reforçará a
solidez financeira que lhe permitirá investir
noutros países da América latina.
No primeiro semestre a PT teve lucros
de 0,30 euros por acção, uma subida de
3% face ao período homólogo e um
pouco acima do previsto. Dada à eleva-
da mais-valia com a venda da Vivo, es-
timamos lucros de 3,98 euros por acção
em 2010. Para 2011, sem incluir a Oi,
prevemos 0,47 euros (0,65 antes).
12
10
2005 2006 2007 2008 2009 2010
A "troca" de activos no Brasil e a expectativa de au-
mento do dividendo levaram a cotação da PT a fi-
xar um novo máximo desde 2000. Contudo, a ac-
ção ainda está correcta, pode manter.
Acções
INTEL
Resultado trimestral tranquiliza
Tecnológicas
Nasdaq • 19,32 USD
Risco : w
Após a revisão em baixa das previsões
no fim de Agosto, o grupo divulgou
resultados trimestrais e perspectivas
tranquilizadoras. A acção está barata.
† Comprar
A Intel registou um volume de negócios
e um resultado operacional recorde no
terceiro trimestre, a crescer, respectiva-
mente, 18 e 60% num ano. Já o lucro lí-
quido subiu 58% para 0,53 dólares por
acção. O grupo beneficia do dinamis-
mo das vendas de computadores para
empresas (Windows 7, substituição do
parque informático), enquanto os par-
ticulares permanecem na defensiva. As
perspectivas para o fim do ano são tran-
quilizadoras (rentabilidade poderá
atingir um novo máximo). Mas 2011
anuncia-se menos animador com o re-
torno progressivo à normalidade do
mercado dos semicondutores, após a
reposição dos stocks junto dos clientes.
Estimamos uma quebra da rentabilida-
de e lucros por acção de 2,02 dólares em
2010 e de 1,95 em 2011. Omnipotente
no mercado dos computadores (80%
dos equipamentos mundiais), a Intel é
um outsider nos smartphones e nos ta-
blet PC, como o iPad da Apple, cujas
vendas são impulsionadas pelo desen-
volvimento da Internet móvel. Mas
pretende conquistar um lugar. Por isso,
adquiriu recentemente a divisão móvel
do fabricante de semicondutores
Infineon. Além disso, comprou a
McAfee (segurança informática), uma
operação polémica mas que, a nosso
ver, não abre caminho a uma estratégia
de diversificação desordenada.
30
25
20
15
10
5
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010
Desde o início do ano que a cotação sobe e desce.
Ao nível actual, o título apresenta um potencial in-
teressante. Aproveite para comprar e acrescentar a
acção da Intel à sua carteira.
POUPANÇA ACÇÕES · 19 de Outubro 2010 | 3
 Acções
ROCHE GS
Confirma objectivos para 2010
Saúde e farmacêuticas
Bolsa de Zurique • 141,90 CHF
Risco : w
Embora o volume de negócios dos
primeiros nove meses ter desiludido
ligeiramente, o grupo mantém os
objectivos. A acção está barata.
† Comprar
Excluindo as vendas do antiviral Tami-
flu, que foram impulsionadas em 2009
pela gripe A, o volume de negócios da
Roche progrediu 6% (excluindo efeitos
cambiais). Apesar de tudo, é um valor
decepcionante.
Por um lado, a farmacêutica foi penaliza-
da pela pressão sobre os preços nos Esta-
dos Unidos (reforma da saúde) e na Eu-
ropa (rigor orçamental dos governos).
Por outro, as vendas do anticanceroso
Avastin ficaram abaixo do previsto. Ain-
da que as autoridades americanas te-
nham adiado a decisão relativa à sua reti-
rada do tratamento do cancro da mama,
as dúvidas afectaram as vendas. Mas os
resultados favoráveis de um estudo para a
aplicação do Avastin no tratamento do
cancro do ovário são tranquilizadores,
após os insucessos no cancro do estôma-
go e da próstata. Além disso, a
administração confirmou o objectivo de
crescimento das vendas para 2010.
Por último, o programa de excelência
operacional, anunciado recentemente
como reacção aos fracassos recorrentes
no desenvolvimento da carteira de pro-
dutos, deverá sustentar as perspectivas.
Esperam-se decisões até ao fim do ano.
Por nossa parte, mantemos as previsões
de lucros por acção nos 12,4 francos su-
íços para 2010 e nos 13,7 para 2011. Em
relação a 2012, estimamos 14,8 francos
suíços.
250
200
150
100
50
0 de elevadas reservas nos
2005 2006 2007 2008 2009
Os resultados das vendas trimestrais não foram
suficientes para tranquilizar os investidores. A co-
tação da Roche continua deprimida. A nosso ver, é
excessivo. Aproveite para comprar.
4 | POUPANÇA ACÇÕES · 19 de Outubro 2010
Breves
EDP RENOVÁVEIS
+1,6% • Comprar
A EDP Renováveis (EDPR)
divulgou dados prelimi-
nares sobre a actividade
até Setembro. A produ-
ção de electricidade su-
biu 35%, graças ao cresci-
mento na Europa (+43%),
mas também nos EUA
(+28%). No Brasil, a pro-
dução subiu 25%, mas
este mercado ainda tem
um peso muito baixo na
carteira de projectos da
empresa. Nos primeiros
nove meses do ano, o
grupo instalou 752 MW
de capacidade produtiva,
tendo em construção
mais 895 MW. A EDPR de-
verá, assim, atingir a meta
de instalar cerca de
1200 MW este ano. A em-
presa divulgará os resul-
tados trimestrais a 3 de
Novembro e, à cotação
actual, a acção está
barata. Para o longo
prazo, pode comprar.
GALP ENERGIA
-2,0% • Manter
A Galp, que divulga resul-
tados a 28 de Outubro,
divulgou dados prelimi-
nares referentes ao tercei-
ro trimestre sem grandes
surpresas. A má conjuntu-
ra económica continua a
reflectir-se na actividade,
com as vendas de produ-
tos refinados a caírem
1,5% face a igual período
de 2009, enquanto as de
gás natural subiram 0,7%.
Ao invés, tal como acon-
teceu nos dois trimestres
anteriores, a produção de
crude (+37%) beneficiou
do crescimento registado
em Angola e no Brasil,
onde os últimos testes
confirmam a existência
2010
poços onde a Galp detém
uma participação. A
acção está correcta,
mantenha.
CHEVRON
-0,4% • Comprar
A Chevron anunciou que
os resultados do tercei-
ro trimestre vão ficar aba-
ixo dos do trimestre ante-
rior. Não surpreende,
dada a moratória relativa
à perfuração em águas
profundas, que visa pôr
as petrolíferas em confor-
midade com exigências
mais severas em termos
de segurança. Os efeitos
sobre a produção deve-
rão ser só pontuais, mas o
impacto da maré negra
no Golfo do México vai
sentir-se a longo prazo
devido a mais cons-
trangimentos regulatóri-
os nos petroleiros.
Os movimentos cambiais
também vão penalizar as
contas. Enquanto aguar-
damos a publicação dos
resultados (29/Out), man-
temos as previsões de lu-
cros por acção de 6,69 e
7,10 dólares em 2010 e
2011. A acção está barata
e é uma das nossas
favoritas nos EUA.
Compre.
GENERAL ELECTRIC
-4,8% • Comprar
Como se previa, no tercei-
ro trimestre, o volume de
negócios do grupo ameri-
cano foi um pouco inferi-
or ao ano anterior, devido
ao abrandamento econó-
mico. Porém, a carteira de
encomendas continua di-
nâmica (+9% nas divisões
base) e garante-lhe uma
boa margem de seguran-
ça, enquanto não há uma
retoma mais clara. Não al-
teramos as previsões de
lucros. A acção está
barata. Compre.
NASDAQ OMX
+0,2% • Comprar
O Nasdaq OMX não rejei-
ta a hipótese de uma
oferta de compra sobre a
Chi-X Europe, plataforma
pan-europeia alternativa
de negociação de acções.
Nos últimos anos, estas
plataformas conquista-
ram quotas de mercado
às Bolsas tradicionais.
Uma aquisição deste tipo
permitiria ao Nasdaq
OMX conquistar quota de
mercado e reforçar-se na
Europa. Mas a questão do
preço vai ser crucial, tal
como a reacção dos acci-
onistas da Chi-X Europe
(na maioria, instituições
financeiras como o Crédit
Suisse, Bank of America
ou Morgan Stanley).
Embora possam ver com
maus olhos a chegada de
uma Bolsa tradicional, a
necessidade de reforçar
os fundos próprios pode-
rá levá-los a vender as
suas posições. Por outro
lado, no terceiro trimes-
tre, os volumes de tran-
sacção das acções ameri-
canas do Nasdaq OMX fo-
ram fracos, o que
penalizará os resultados
no período. Mantemos as
estimativas de lucros por
acção para 2010. A acção
está barata. Compre.
PFIZER
+1,7% • Manter
A farmacêutica americana
vai comprar a King Phar-
ma por 3,6 mil milhões
de dólares em dinheiro. A
Pfizer adquire assim pro-
dutos interessantes para
tratar a dor que comple-
mentam a sua própria
gama (Celebrex, Lyrica).
Apesar de ligeiramente
cara, a operação é peque-
na à escala do grupo e in-
sere-se na estratégia de
combater a concorrência
genérica ao seu líder de
vendas, Lipitor
(anticolesterol), no fim de
2011.
Variação das cotações entre 08/10 e
15/10, em moeda local
 Quadro das acções

Nome Cotação (1) Máx. Min. Bolsa Comentário Risco Conselho

15/10/2010 (2) (3) (4) (5)

Financeiras
Aegon 4.53 EUR 6.17 4.04 Amesterdão prepara-se para reembolsar ajuda do Estado x comprar
Ageas 2.23 EUR 3.33 1.76 Bruxelas defende os direitos dos accionistas Fortis x manter
Allianz 87.80 EUR 95.60 76.79 Frankfurt 2º trimestre de 2010 em linha com o sector x manter
Axa 13.73 EUR 19.26 11.82 Paris dificuldades para se reforçar na Ásia x comprar
P Banif 1.14 EUR 1.47 0.77 Lisboa detém posição de 10% no Finibanco x manter
Bank of America 11.98 USD 19.48 11.98 Nova Iorque receitas decepcionam no segundo trimestre y vender
Barclays Bank 285.00 p. 383.15 255.35 Londres mudanças na direcção do grupo x manter
BBVA 9.88 EUR 13.17 7.41 Madrid lucros até Março em linha com o ano passado x manter
P BCP 0.66 EUR 1.07 0.60 Lisboa lucros do 1º semestre subiram 10,7% x manter
P BES 3.59 EUR 5.29 3.01 Lisboa lucro semestral um pouco acima do esperado x manter
BNP Paribas 52.08 EUR 59.60 41.48 Paris conserva a sua solidez após o 2º trimestre x manter
P BPI 1.60 EUR 2.54 1.46 Lisboa lucros do primeiro semestre subiram 11,8% x comprar
Crédit Agricole 11.47 EUR 15.31 8.02 Paris acção passou a estar cara x vender
CS Groupe 42.00 CHF 60.40 40.19 Zurique normas de solidez mais restritas x manter
Deutsche Bank 40.70 EUR 54.91 38.83 Frankfurt lança um aviso sobre os resultados x vender
HSBC Holdings 653.30 p. 761.20 596.20 Londres abandona os projectos na África do Sul x manter
ING 7.99 EUR 9.64 5.52 Amesterdão Basileia III não colocará grandes problemas x manter
Lloyds Banking 70.18 p. 77.61 46.59 Londres saúde financeira continua oscilante y manter
Nordea 72.90 SEK 79.00 60.30 Estocolmo bons resultados no 2º trimestre x manter
Popular 4.50 EUR 6.44 3.76 Madrid lucro até Março recua cerca de 14% x manter
Prudential 612.50 p. 650.50 487.50 Londres dividendo semestral aumenta 5% x manter
Santander 9.48 EUR 11.83 7.26 Madrid Brasil terá maior peso que Espanha em 2010 w manter
Société Génér. 41.52 EUR 52.20 30.33 Paris plano 2015: objectivos financeiros ambiciosos x manter
UBS 17.05 CHF 19.22 13.40 Zurique não distribui dividendos antes de 2013 x manter
Zurich Fin. Sv. 234.60 CHF 271.20 216.40 Zurique suporta custos não recorrentes no 3ºT x comprar

Bens de consumo
Adidas Group 46.95 EUR 47.22 31.50 Frankfurt bom 1º semestre graças ao mundial de futebol w vender
Benetton 5.72 EUR 7.41 5.17 Milão volume de negócios sobe 1% no 1º semestre v comprar
L'Oréal 84.00 EUR 84.89 67.87 Paris forte subida dos lucros no 1º semestre w vender
LVMH 111.90 EUR 111.90 69.00 Paris VN em base comparável sobe 14% no 3ºT w vender
Natuzzi 3.55 USD 5.76 2.75 Nova Iorque objectivo de vendas para 2010 muito ambicioso w manter
Oriflame 437.30 SEK 479.00 350.00 Estocolmo segundo trimestre mitigado w manter

Alimentação e bebidas
AB InBev 44.73 EUR 45.85 31.70 Bruxelas América Norte continua fraca no 1º semestre w vender
Coca - Cola 59.94 USD 59.94 50.03 Nova Iorque regressa ao crescimento América Norte no 2ºT v manter
P Corticeira Am. 1.04 EUR 1.06 0.79 Lisboa bons resultados no primeiro semestre x comprar
Danone 43.87 EUR 46.59 39.81 Paris rentabilidade operacional sob pressão w vender
Diageo 1124.00 p. 1160.00 954.00 Londres crescimento orgânico no 1ºT 2010/11: +5% v manter
Heineken 38.30 EUR 38.55 29.55 Amesterdão redução de custos salva 1º semestre w vender
P Ibersol 8.20 EUR 9.98 6.15 Lisboa lucro recua 1,4% no 1º semestre w manter
Kraft Foods 31.65 USD 31.95 26.42 Nova Iorque clara melhoria da rentabilidade no 2ºT w comprar
Nestlé 52.35 CHF 54.35 43.40 Zurique aposta na nutrição médica v manter
Unilever 21.43 EUR 24.02 20.33 Amesterdão investe no segmento de cuidados capilares v vender

Distribuição
Ahold 9.58 EUR 10.78 8.45 Amesterdão prepara a sua expansão para a Bélgiga w vender
Carrefour 38.51 EUR 41.28 29.27 Paris baixa um pouco as previsões de lucros p/ 2010 w vender
Delhaize 49.44 EUR 66.67 46.20 Bruxelas baixa as suas previsões para 2010 v vender
P Jerón. Martins 9.77 EUR 10.08 5.87 Lisboa lucro avançou 39,4% no 1º semestre w vender
Metro 48.36 EUR 48.36 37.15 Frankfurt prevê melhorias no segundo semestre w vender
Sainsbury 384.10 p. 395.00 312.90 Londres boas vendas no 3º trimestre v comprar

Saúde e farmacêuticas
Abbott Labs 53.17 USD 56.24 45.86 Nova Iorque anuncia a redução de 3% dos efectivos w comprar
AstraZeneca 3322.50 p. 3385.00 2690.50 Londres Brilique/Brilinta aprovado na Europa w manter
Eli Lilly 37.76 USD 37.77 32.25 Nova Iorque aumenta perspectivas 2010 após bom 2ºT w manter
GlaxoSmithKline 1288.00 p. 1339.50 1095.00 Londres retirada do Avandia na Europa w comprar
Merck 36.95 USD 41.03 30.67 Nova Iorque em fase de integração da Schering-Plough x manter
Novartis 56.85 CHF 60.25 50.55 Zurique parou o desenvolvimento de duas moléculas w comprar
Pfizer 17.75 USD 20.00 14.14 Nova Iorque adquire o seu compatriota King Pharma w manter
Roche GS 141.90 CHF 186.00 130.20 Zurique objectivos confirmados para 2010 w comprar
Sanofi-Aventis 50.47 EUR 57.69 44.57 Paris lança oferta de compra hostil sobre Genzyme x manter

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 Quadro das acções

Nome Cotação (1) Máx. Min. Bolsa Comentário Risco Conselho

15/10/2010 (2) (3) (4) (5)

Energia e serviços públicos

Abertis 14.27 EUR 15.32 10.76 Madrid espera recuperação do negócio espanhol v manter
BP 425.45 p. 655.40 302.90 Londres anuncia profunda reorganização x comprar
P Brisa 5.17 EUR 7.56 4.51 Lisboa vende mais 3,4% da CCR por 300 ME v manter
Chevron 83.61 USD 83.94 67.31 Nova Iorque resultados 3ºT em queda, como o esperado v comprar
E.ON 22.10 EUR 29.60 21.14 Frankfurt 2º trimestre em linha com o esperado w comprar
P EDP 2.68 EUR 3.18 2.40 Lisboa reduz investimento 2011 de 2400 p/ 2000 ME v comprar
EDP Renováveis 4.13 EUR 7.35 4.04 Lisboa produção energia eólica sobe 35% até Setembro w comprar
Endesa 20.05 EUR 24.00 16.93 Madrid mudanças no modelo energético em Espanha w manter
Enel 3.95 EUR 4.33 3.43 Milão Enel Green Power: não subscreva w comprar
ENI 16.23 EUR 18.56 14.61 Milão rumores de lucros abaixo do esperado w manter
Exelon 43.15 USD 51.61 37.63 Nova Iorque entra na nossa selecção v comprar
Exxon Mobil 65.19 USD 76.47 56.57 Nova Iorque 2ºT de 2010: +8% de produção u manter
P Galp Energia 13.37 EUR 13.75 10.69 Lisboa vendas produtos refinados 3ºT10/3ºT09: -1,5% w manter
Gas Natural 10.75 EUR 15.60 10.22 Madrid mudanças no modelo energético em Espanha w comprar
GDF Suez 27.82 EUR 30.48 22.80 Paris assume controlo de 70% da International Power w comprar
Iberdrola 5.85 EUR 6.58 4.63 Madrid mudanças no modelo energético em Espanha w comprar
ION Geophysical 5.07 USD 6.90 3.42 Nova Iorque ligeira melhoria no 2º trimestre w comprar
National Grid 569.50 p. 613.25 484.20 Londres confima os seus objectivos para 2010 v comprar
R.Dutch Shell A 22.65 EUR 23.57 19.64 Amesterdão investimento ao largo do Brasil w comprar
P REN 2.74 EUR 3.15 2.53 Lisboa lucro 1ºS: -25,6%, mas sai pco acima previsto u comprar
Repsol YPF 19.78 EUR 20.23 15.54 Madrid vende 40% da sua filial brasileira w comprar
Sabesp 49.65 USD 49.88 33.09 Nova Iorque adicionámos à nossa selecção x comprar
Total 39.19 EUR 46.26 35.88 Paris forte subida dos resultados no 2º trimestre v manter

Químicas
BASF 50.95 EUR 50.95 36.28 Frankfurt dividendo deverá crescer já este ano w manter
Bayer 55.41 EUR 56.35 43.90 Frankfurt confirma perspectivas para este ano w vender
DuPont 46.67 USD 46.88 31.59 Nova Iorque aumenta novamente as perspectivas w manter

Automóvel
BMW 49.66 EUR 51.43 28.71 Frankfurt revê em alta previsões para o ano em curso v vender
Daimler 47.63 EUR 48.00 30.55 Frankfurt excelente segundo trimestre w vender
Fiat 11.80 EUR 11.85 7.73 Milão oficializa separação do sector automóvel x vender
Michelin 57.95 EUR 63.59 48.38 Paris beneficia com retoma do mercado automóvel w vender
Peugeot 27.88 EUR 27.88 18.08 Paris reforça parceria com chinês Dongfeng w manter
Renault 39.23 EUR 39.70 26.77 Paris venda boa parte da posição na Volvo (camiões) w manter
P SAG 0.71 EUR 1.55 0.71 Lisboa negoceia entrada parceiro na Unidas w manter
Volkswagen VZ 92.45 EUR 92.45 53.47 Frankfurt 2º trimestre largamente acima do previsto w vender

Aço, não-ferrosos e minas

ArcelorMittal 24.85 EUR 35.04 21.33 Amesterdão cotação divisão inox prevista p/ início 2011 w manter
Rio Tinto 4143.00 p. 4143.00 2673.00 Londres produção em baixa no 1ºSem'10 w manter
Schnitzer Steel 50.35 USD 59.44 37.47 Nasdaq pequena aquisição no Havai x manter

Construção e imobiliário
Acciona 62.80 EUR 96.00 60.02 Madrid vai rever modelo energético x comprar
P Cimpor 5.03 EUR 6.50 4.01 Lisboa resultados semestrais acima do esperado w vender
Headwaters 3.54 USD 6.73 2.70 Nova Iorque mudança de conselho x comprar
Lafarge 41.82 EUR 65.37 36.29 Paris 1º semestre mitigado, baixa previsões 2010 x manter
P Martifer 1.52 EUR 4.21 1.48 Lisboa acção passou a estar correcta x manter
MDC Holdings 26.79 USD 38.94 25.91 Nova Iorque primeiro trimestre decorre de forma suave x manter
P Mota - Engil 2.12 EUR 4.30 2.05 Lisboa bons resultados semestrais x comprar
P Soares da Costa 0.80 EUR 1.31 0.68 Lisboa lucros semestrais um pouco aquém do esperado x manter
P Sonae Indústria 2.13 EUR 2.82 2.00 Lisboa reduz prejuízos em 47% no 1ºS x manter
P Teixeira Duarte 0.92 EUR 1.05 0.84 Lisboa oferta pública de troca bem sucedida (96,75%) x manter

As acções portuguesas estão assinaladas com um símbolo P. (1) Cotação de fecho na data indicada, em euros ou em divisa local (EUR=euro; AUD=dólar
australiano; CHF=franco suíço; DKK=coroa dinamarquesa; JPY=iene japonês; p=pence; SEK=coroa sueca; USD=dólar norte-americano), 1 AUD =
0.7059 EUR; 1 CAD = 0.7063 EUR; 1 CHF = 0.7454 EUR; 1 DKK = 0.1341 EUR; 1 JPY = 0.8773 EUR; 100 p. = 1.1428 EUR; 1 SEK = 0.1080 EUR; 1 USD =
0.7137 EUR. (2) Cotação de fecho máxima e mínima nos últimos 365 dias. (3) Principal bolsa em que está cotada. (4) Indicador de risco: quanto maior o
valor (varia entre u e y), maior é o risco associado à acção. Este indicador tem em conta a amplitude das flutuações da cotação da acção (volatilidade),
o risco associado à situação financeira da empresa e o risco ligado ao seu sector de actividade. (5) O conselho resulta das nossas análises que são baseadas
nas perspectivas de longo prazo para as empresas.

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 Quadro das acções

Nome Cotação (1) Máx. Min. Bolsa Comentário Risco Conselho

15/10/2010 (2) (3) (4) (5)

Industriais e serviços diversos

Agfa - Gevaert 5.36 EUR 7.22 3.62 Bruxelas sucesso da reestruturação operacional x comprar
P Altri 3.73 EUR 5.23 3.53 Lisboa atinge lucros recorde no 1º semestre w manter
Bouygues 32.32 EUR 40.30 30.62 Paris volume de negócios recua 2% no 1ºSem'10 w manter
Compass Group 520.50 p. 567.50 386.00 Londres após a recente subida, passamos a manter w manter
Deutsche Post 13.06 EUR 14.52 11.18 Frankfurt aumenta o seu objectivo de lucro operacional v comprar
General Electr. 16.30 USD 19.50 13.88 Nova Iorque acção passou a estar barata w comprar
P Inapa 0.43 EUR 0.69 0.40 Lisboa forte subida lucro 1ºS, mas abaixo esperado w manter
Mabuchi Motor 4240.00 JPY 5480.00 3955.00 Tóquio beneficia c/recuperação da produção automóvel v comprar
Nasdaq OMX 19.91 USD 22.96 17.30 Nasdaq objectivos 2013 ambiciosos x comprar
Pirelli & C. 6.39 EUR 6.39 4.04 Milão aumenta objectivos para 2010 w manter
P Portucel 2.27 EUR 2.27 1.82 Lisboa lucros semestrais quase duplicam face a 2009 w vender
Republ. Airways 8.61 USD 10.05 4.79 Nasdaq retoma mais rápida da rentabilidade x comprar
Seaspan 13.46 USD 13.49 8.44 Nova Iorque aumenta dividendo trimestral em 25% x comprar
P Semapa 8.15 EUR 8.40 6.96 Lisboa lucros semestrais crescem 63,7% w manter
Siemens 80.94 EUR 80.94 60.26 Frankfurt resultados acima do esperado no 3º trimestre w vender
P Sonae 0.84 EUR 0.97 0.72 Lisboa forte subida dos lucros no 2ºT w comprar
P Sonae Capital 0.46 EUR 0.95 0.44 Lisboa conclui venda da Box Lines por 10,5 ME x manter
US Ecology 16.60 USD 19.71 13.09 Nasdaq importante aquisição no Canadá w comprar
Vivendi 20.60 EUR 21.41 16.29 Paris dividendo de 2010 mantém-se nos 1,4eur/acção w comprar
Waste Connect. 41.00 USD 41.38 30.86 Nova Iorque 2º trimestre superior ao esperado w manter

Lazer e media
P Cofina 0.77 EUR 1.25 0.67 Lisboa queda cotação da ZON origina prejuízos no 1ºS w vender
P Impresa 1.38 EUR 2.24 1.25 Lisboa regressa aos lucros no 2ºT x vender
Konami 17.91 USD 20.92 15.16 Nova Iorque 1º trimestre (30/Jun) conforme o previsto w comprar
Ladbrokes 134.10 p. 162.70 119.60 Londres nível de risco recua de 4 para 3 w comprar
P Media Capital 3.84 EUR 4.70 2.51 Lisboa lucros caem 11% no 1ºS10 x vender
Pearson 993.00 p. 1051.00 808.00 Londres aumenta o dividendo semestral v comprar
Time Warner 31.79 USD 33.88 26.81 Nova Iorque bom segundo trimestre w comprar
Walt Disney 34.88 USD 37.56 27.24 Nova Iorque resultados em baixa nos próximos dois anos w manter
WPP 721.00 p. 739.50 533.50 Londres sólidos resultados no 1º semestre v manter
P ZON Multimédia 3.17 EUR 4.93 2.80 Lisboa reduz investimento previsto para 2011 w manter

Operadores de telecomunicações
AT & T 28.33 USD 29.36 24.13 Nova Iorque sobe objectivos para 2010 após sólido 2ºT w comprar
BT Group 147.40 p. 151.80 109.90 Londres confirma os seus objectivos 2010/11 após 1ºT x manter
Deutsche Telek. 10.11 EUR 10.60 8.58 Frankfurt compra acções próprias 400 ME até final 2010 w manter
France Télécom 16.61 EUR 18.02 14.15 Paris compra 40% da Meditel (Marrocos) w comprar
KPN 11.36 EUR 12.48 10.16 Amesterdão reitera objectivos 2010 e 2011 após 2ºT w manter
P Portugal Telec. 10.05 EUR 10.22 6.48 Lisboa concluiu venda brasileira Vivo por 7,5 mil ME w manter
P Sonaecom 1.44 EUR 2.05 1.20 Lisboa redução de custos estimula lucros semestrais x manter
Telecom Italia 1.05 EUR 1.21 0.89 Milão acordo com o Governo argentino w manter
Telefónica 19.45 EUR 19.82 14.88 Madrid reforça-se no Brasil com compra da Vivo w comprar
Vodafone Group 167.00 p. 167.00 129.45 Londres aliena 3,2% na China Mobile w comprar

Tecnológicas
Alcatel-Lucent 2.64 EUR 3.21 1.87 Paris mostra-se optimista para o 2º semestre y vender
Cisco Systems 23.36 USD 27.57 19.99 Nasdaq irá distribuir, pela primeira vez, dividendos w vender
CSC 49.39 USD 58.13 39.81 Nova Iorque resultados 2009/10 acima do esperado w comprar
P Glintt 0.49 EUR 0.99 0.45 Lisboa lucro semestral cai 5,8% x manter
IBM 141.06 USD 141.50 120.11 Nova Iorque lucro por acção sobe 13% no 2ºT, c/o esperado v manter
Intel 19.32 USD 24.22 17.67 Nasdaq perspectivas tranquilizadoras para 2010 w comprar
Logica 132.00 p. 147.90 101.70 Londres aumenta fortemente o dividendo w comprar
Nokia 7.78 EUR 11.70 6.61 Helsínquia substituiu o director-geral por Stephen Elop w manter
P Novabase 2.98 EUR 4.96 2.79 Lisboa lucro líquido sobe 2,2% no 1ºS w manter
Philips 23.88 EUR 26.94 16.99 Amesterdão objectivos 2015 ambiciosos w vender
Psion 91.00 p. 122.00 71.75 Londres aumenta dividendo de 2009 apesar das perdas w comprar
Sage Group 270.30 p. 285.10 213.30 Londres 1º semestre conforme as expectativas w comprar
SAP 37.93 EUR 37.94 30.11 Frankfurt lucro/acção sobe 14% no 2ºT, como previsto w vender
STMicroelectr. 5.65 EUR 7.91 5.26 Paris a acção passou a estar barata; pode comprar w comprar
Texas Instrum. 28.72 USD 28.77 22.50 Nova Iorque aumenta o dividendo trimestral em 8% w manter

Os nossos conselhos baseiam-se em análises internas e em fontes externas fiáveis. É impossível fazer previsões totalmente correctas ou garantir o sucesso
total dos conselhos apresentados. Todavia, esperamos que as informações apresentadas neste boletim ajudem os leitores a realizar bons investimentos.

Mais dados e pressupostos de avaliação em www.protestepoupanca.pt > Acções > Fichas detalhadas POUPANÇA ACÇÕES · 19 de Outubro 2010 | 7
 Dia Mundial da Poupança
O investidor particular português
PERFIL CONSERVADOR
No mês em que se celebra o Dia Mundial da
Poupança e aproveitando a edição especial da
PROTESTE POUPANÇA, recuperamos as principais
conclusões do estudo feito pela CMVM em relação
ao perfil do investidor particular português.
Fraca participação no mercado e avesso ao risco
De acordo com o estudo divulgado pela CMVM no final do
ano passado, as famílias portuguesas apresentam uma fraca
participação no mercado de valores mobiliários. Do total da
amostra, apenas 26,5% dos inquiridos detinham produtos
financeiros. Por outro lado, os que investem têm um perfil
conservador optando maioritariamente por produtos sem
risco. Destes, cerca de dois terços limitavam-se a aplicar as
suas poupanças em depósitos a prazo ou certificados de
aforro e menos de 10% das famílias portuguesas possuíam
como complemento a estes dois produtos de poupança
outros activos financeiros, como acções, obrigações, fundos,
ou planos de poupança reforma.
PARTICIPAÇÃO NO MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS
Têm pelo menos um outro tipo
de activo financeiro 34.7%
Não investe Investe
73,5% 26.5%
Só depósitos
a prazo e/ou certificados
de aforro 65.3%
Apenas uma parte das famílias portuguesas coloca o seu dinheiro em produtos
financeiros, com a preferência a recair sobre produtos sem risco.
Fonte: CMVM
Quem investe
O investidor português tipo é homem, tem entre 45 e
64 anos, um nível de escolaridade superior, vive na zona da
Propriedade/Redacção: DECO PROTESTE, Editores, Lda.
Av. Eng.º Arantes e Oliveira, n.º 13, 1.º B; 1900-221 Lisboa. Editora registada sob o número 215 705. NIPC: 502 611 529.
A nossa equipa de analistas financeiros – acções nacionais: João Sousa: Banca;
Luís Pinto: Construção, Cimento, Bens de consumo, Papel; Pedro Catarino: Distribu-
ição, Media, Auto-estradas, Serviços informáticos; Rui Ribeiro: Telecomunicações,
Papel, Energia. Na análise do mercado externo a POUPANCA ACÇÕES colabora
com um grupo de organizações de consumidores europeias com as quais definiu
metodologias de análise idênticas a quem cede e de quem recebe alguns conteú-
dos. São elas: Euroconsumers S.A. Avenue Guillaume 13b, L-1651 Luxembourg.
Altroconsumo Edizioni Finanziarie S.R.L. Via Valassina, 22 – 20159 Milano.
Test-Achats S.C. Rue de Hollande 13, 1060 Bruxelles. OCU Ediciones S.A. C/Albarra-
cín, 21-28037 Madrid. Editions scientifiques et techniques consommateurs France
SA 44 Rue Lafayette – 75009 Paris.
As análises publicadas na POUPANÇA ACÇÕES são independentes e elabora-
das de acordo com uma metodologia que poderá consultar no endereço
http://www.poupanca.proteste.pt/map/show/123351.htm.
8 | POUPANÇA ACÇÕES · 19 de Outubro 2010
grande Lisboa e no litoral Norte e aufere até 2000 euros por
mês. Os aforradores que mais investem estão na faixa etária
dos 45 aos 64 anos, uma vez que nesta etapa da vida a
disponibilidade financeira também é maior. Ao invés, os
escalões mais novos e os mais velhos são os que menos
investem. Por sua vez, o nível de investimento depende
também do nível de escolaridade e do rendimento do
agregado. Naturalmente quanto mais qualificada for a
profissão e maior o rendimento, maior a propensão para
investir. Por outro lado, um elevado grau de literacia
permite uma melhor compreensão de produtos mais
sofisticados. De facto, cerca de um terço dos inquiridos com
formação superior investe noutros produtos além dos
depósitos a prazo e certificados de aforro, o que compara
com apenas 5,1% para os inquiridos que têm a quarta classe.
Melhor informação
Da nossa parte continuaremos a dar o nosso contributo para
aumentar o grau de envolvimento das famílias portuguesas
no mercado de valores mobiliários e para melhorar o nível
de informação prestada, de maneira a que possa tomar as
melhores decisões de investimento e assim fortalecer o seu
património.
SERVIÇO TELEFÓNICO
DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA
Enquanto assinante da POUPANÇA ACÇÕES poderá
consultar o serviço telefónico de informação financeira
para tirar dúvidas sobre investimento e outros temas.
Horário de atendimento: das 9h às 13h e das 14h às 18h
(à 6.ª feira, encerra às 17h).
• Aplicações financeiras e investimento
Tel:: 808 200 147 (rede fixa) ou 218 418 789 (telemóveis).
• Fiscalidade
Tel: 808 200 148 (rede fixa) ou 218 418 783 (telemóveis).
• Crédito
Tel: 808 789 149 (rede fixa) ou 210 321 949 (telemóveis).
As análises nunca são enviadas à entidade emitente dos instrumentos financei-
ros objecto de avaliação e, por isso, não estão sujeitas a alterações a pedido des-
tas. A DECO PROTESTE e os responsáveis pela informação financeira não têm
interesses susceptíveis de prejudicar a objectividade da mesma.
Conselho de Gerência: Vasco Colaço, Luís Silveira Rodrigues e Alberto Reguei-
ra em representação da DECO, detentora de 25% do capital, e Yves Genin,
Armand de Wasch, Benoît Plaitin em representação da Euroconsumers que de-
tém 75% do capital.
Tiragem:10.000 exemplares. Registo no I.C.S. nº. 120 152. Depósito legal n.º 102931/96.
Assinaturas: Tel: 808 200 146. Fax: 21 841 08 02. Email: assinaturas@deco.proteste.pt
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