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Resumo: O estudo dos Princípios Penais é importantíssimo para uma abordagem mais
crítica e ampla do Direito Penal. Em geral, os princípios têm por objetivo o favorecimento do
réu que, por sua vez, precisa de uma eficaz defesa, isto é, bons advogados para garantir que
esses princípios sejam de fato aplicados. A questão que se levanta é se esses princípios, tão
bem postos no plano do “dever ser”, são efetivamente aplicados na realidade do judiciário. Se
são aplicados, qual o efeito dos tais na sociedade?
1 – INTRODUÇÃO
2 – DESENVOLVIMENTO
O Princípio da lei penal no espaço, pode ser em alguns casos complexos, porque um
sujeito que é americano cometer um crime aqui no Brasil, o mesmo será julgado pelas leis
brasileiras, mas se ele é um diplomata, será aplicada as leis do seu país, o sujeito carrega ou
1
Celso Antonio Bandeira de Mello ( Curso de Direito Administrativo. 8ªEd.São Paulo:
Malheiros Editores, 1996, p 545.)
tem essa imunidade, ou seja, o princípio da territorialidade não é absoluto, esses casos podem
ser chamados de Intraterritorialidade, que é a aplicação da lei estrangeira em crimes ocorridos
no Brasil.
A lei penal no espaço é um pouco complicada, porque o que é crime aqui no Brasil,
pode não ser em outro país ou vice versa. No entanto, podemos citar muitos exemplos que se
encaixam nessa idéia, por exemplo o adultério deixou de ser um crime no Brasil e em alguns
países é considerado um grave crime que leva o autor a pena de morte. E também o caso da
maconha que é liberada na Holanda e no Brasil é proíbido.
Em relação a lei penal no tempo, uma lei não pode retroagir no tempo segundo a Constituição
da República Federativa do Brasil, salvo para beneficiar o réu e, esse princípio é usado apenas
na lei penal. Esse é um princípio da extratividade, que consiste em possibilidade de aplicação
de uma lei a situações ocorridas fora de sua vigência.
Então, podemos notar que, princípios penais são a base do direito penal, esta base que
dá algumas garantias ao individuo que é alvo do direito penal.
Principio da Legalidade
Princípio da Fragmentariedade
O Princípio da fragmentariedade, seria uma forma de que o Direito Penal seja ativado
em ultimo caso, o ultimo recurso, ultima apelação.
Como cita Maurício Macêdo dos Santos e Viviane Amaral Sêga “o direito penal
possui um caráter fragmentário, ou seja, deve ocupar-se somente daqueles casos em que
há uma ameaça grave aos bens jurídicos tutelados pelo Estado, logo, nunca
disciplinando bagatelas irrelevantes.”4
2
Como Beccaria já dizia em 1729 “só as leis podem decretar as penas para os delitos. Esta autoridade não pode residir se
não no legislador, que representa toda a sociedade organizada por um contrato social"
3
Quebra com o paradigma que a lei era feita pelo rei ou monarca na hora que quiser sem
prévia autorização do povo.
4
Artigos de Maurício Macêdo dos Santos e Viviane Amaral Sêga. Vide sitio
http://jus.uol.com.br/revista/texto/950/sobrevivencia-do-principio-da-insignificancia-diante-das-
Principio da Subsidiariedade
Este princípio diz respeito a “ultima ratio” o ultimo recurso a ser utilizado, pois fere a
liberdade do cidadão, então o que nota-se que o direito penal deve ser chamado quando os
demais âmbitos do direito não forem eficazes com o problema.
Nos tempos atuais isso não está acontecendo; esse princípio não menos importante
está sendo esquecido, pois, o Direito Penal é acionado imediatamente. A exemplo disto
podemos citar a pensão alimentícia: o não pagamento da pensão resulta em prisão da parte
que se encontra inadimplente. Ou seja, não se trata mais de uma “ultima rátio” e sim de uma
conduta primaria, tentam buscar através deste princípio talvez uma solução mais rápida, mas
na maioria das vezes mais drásticas.
Principio da Anterioridade
Art. 1° do CPB “Não há crime sem lei anterior que o defina, Não há pena sem prévia
cominação legal”.
Tendo em vista o caput do artigo, podemos refletir que o princípio da anterioridade
seria uma forma de não se poder condenar alguém pelo simples fato de que ele tenha feito
algo errado sem que esse erro esteja previsto em lei, sem uma sanção prevista. Não existe
crime sem a devida aprovação legal.
Contudo podemos analisar que esse princípio seria uma base de que o Direito Penal
estaria se precavendo de qualquer injustiça que possa ser submetida a qualquer cidadão.
3 – CONCLUSÃO
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
1997.