Palavras chaves: Direito Penal Criminologia Critica Panoptismo

Introdução

Este presente trabalho tem como pressuposto inicial apontar as características do

Panóptismo, as principais características que abordam Michael Foucolt e Bentham, e
finalizar com uma assimilação do tema com a sociedade que vivemos atualmente.

Antes de adentrar na pergunta sugerida pelo professor Calixto vou fazer alguns
esclarecimentos sobre o panóptismo.

Panóptismo -> Toda vigilância possível.

Panóptismo de Michael Foucolt:

Sua primeira aparição foi no século XVII, ele era usado quando se declarava a peste em
uma cidade. Quem estava nesta cidade não poderia sair para que desafia-se as regras a
morte era a principal punição.

Era utilizado sendo uma forma de poder disciplinar.

Nesta cidade existia uma divisão de poder hierárquica que era subdividido da seguinte
forma:

Síndico: era a parte mais fraca ficava com a tarefa de cuidar de uma rua.

Intendente: eram quem visitava os quarteirões, que lhe eram designados eles zelavam
pelos interesses dos habitantes e vigiavam se os síndicos estavam fazendo tudo certo.

Almoçais e magistrados: eram os fiscalizadores dos intendentes e eles tinham a tarefa

de passar o que se sucedia na cidade para o prefeito.

E o líder supremo da cidade o prefeito.

O poder que era passado para os habitantes da cidade pestilenta que cujo sistema era
o panóptismo era considerados por todos um poder onipresente e onisciente.

Este poder era totalmente severo onde qualquer descuido pode levar a morte.

Subdividia a cidade em uma divisão binária e de marcação (louco-não louco, perigoso-

inofensivo; normal-anormal) e também na determinação coercitiva da repartição
diferencial onde eram analisados (quem é ele, onde deve estar como caracterizalo,
como exercer sobre ele um poder de punição eficaz.)
Enfim nesta primeira aparição do panópitismo ele é considerado uma utopia da cidade
perfeitamente regulada pela disciplina e facilmente governada. Utopia, pois era um
sonho que uma cidade iria ficar melhor retirando estes “maus elementos.”

Panóptismo de Bentham

Após esta visão apareceu Bentham demonstrou uma nova forma de panóptico com
algumas semelhanças e diferenças da primeira.

Sua técnica panóptica se baseava em ser visto mais não ver quem esta te vigiando.
Cada louco mendigo ou escolar ficava em sua cela evitando contato e comunicação
por paredes laterais que subdividiam o anel, este lugar era totalmente visível até a luz
era uma armadilha para eles, pois a luz passava sempre de um lado da cela para outro.

Deixa de usar grades correntes pesadas fechaduras das grandes casas de segurança e
utiliza apenas casa de certeza. Onde a eficácia de poder é maior, pois todos sabem que
sempre estão sendo vistos ainda que ninguém esteja na torre central.

O poder agora é utilizado de uma forma de baixo para cima.

Qualquer um pode exercer qual quer funções, pois o principio é ser observado não
quem esta te observando com isso não existe nenhuma forma hierárquica (ou é
maquiada de uma forma onde os cidadãos no notam) no panóptico de Bethen.

Não é utilizado como apenas um mero poder mais sim um organizador de poder com o
fim de aumentar a economia elevar o nível da moral pública, fazer com que a
população possa crescer e se multiplicar saudavelmente.

Pode constantemente ser vigiado mais não por intendentes designados para isso mais
sim pela população, qualquer um pode ir lá e ver se tudo esta funcionando
perfeitamente.

Umas das principais características da máquina panóptica de Bentham é que ele

separa os loucos dos normais os doentes dos sadios os mendigos dos preguiçosos os
ladrões dos operários. Enfim com esta técnica não há risco de influencias recíprocas,
ou seja, não tem como haver rebelações dos presos revoltas e o mais interessante é
que um preso não entra na sub-cultura do outro, pois a punição é individualizada e
após ser selecionado este vai ficar com gente de sua “laia”, em nenhuma hipótese ele
irá aprender a fazer coisas mas com os outros igual a prisões utilizadas em todo o
mundo.(como na atualidade quando alguém é punido “é claro da classe baixa” este
mesmo sendo inocente é influenciado por outros para sua própria sobrevivência, deste
mundo ele deve ser como eles “sem ninho de rato você deve ser rato.”)
Em todos os que estavam presos havia anotações de desempenho. Nas crianças
anotavam o desempenho nos operários também e com fim de aprimoralos cada um
em sua área, os doente a serem curados. Todas as ações eram catalogadas.

Também pode ser usado com máquina experimentos para modificar o

comportamento, treinar indivíduos verificar os efeitos dos remédios esses serem
humanos são os ratos da atualidade que são utilizados pela ciência.

Não serve apenas como prisão mais também para curar os doentes, guardar os loucos
fiscalizar os operários impor o trabalho para os mendigos.

Pode fazer sempre uma manutenção do poder sendo diminuindo quem o exerce e
aumentando os que neles ele é exercido.

Em sumo o panóptismo é uma grande máquina social, que é feito através de um

grande regime de disciplina onde o poder que é estabelecido através da vigilância
total. Este poder esta sempre em desenvolvimento com hierarquia e em algumas vezes
“maquiado” ou sem hierarquia. Seu ponto negativo é que tira a liberdade dos
indivíduos, e seu ponto positivo traz o desenvolvimento através da observação regular
e gera a quem observa o saber ou conhecimento em uma sociedade.

Agora a pergunta que o professor calixto pediu para a produção do trabalho:

A catástrofe social do panóptismo é a vigilância das classes vulneráveis?

De um modo geral sim, pois as classes vulneráveis tem menos chances na atualidade,
pois é sempre o alvo de preconceitos de rotulagem por parte da sociedade e também
por parte das autoridade um exemplo bem claro é “quando tem um baile funk sempre
existe uma vigilância mais quando tem uma grande festa em um clube social de classe
alta não existe vigilância pois são considerados inofensivos.”

As classes vulneráveis são as principais vitimas da sociedade, pois por não terem os
mesmos direitos sociais quase sempre procuram meios escusos para conseguir uma
boa vida. A maioria das vezes não por ser mau por ter uma grande vontade de roubar
de seqüestrar de cometer crimes mais sim pensando em conseguir dar uma vida mais
saudável com mais oportunidades para seus filhos. Dai fazendo esta redistribuição de
renda como Robin Hood tirando dos ricos e dando para os pobres.

Como dizia Jean Jacques Rousseau

“A sociedade corrompe o homem”

Apartir de um momento as classes vulneráveis são corrompidas, o que levam elas para
o lado mais fácil da sociedade o lado das coisas ilícitas, nota-se que um trabalhador de
bem que morra na favela ganha com seu trabalho mensal e legal aproximadamente
um salário no máximo um e meio enquanto um aviãozinho (os famosos meninos que
ficam por conta de levantar a pipa quando a polícia entra no morro) ganham 1000
reais, então pela necessidade de ser bem tratado ter um status melhor na sociedade
estes meios sendo mais remunerados são evidenciados pela parte mais vulnerável.

Nota-se que as classes vulneráveis são o alvo principal também do panóptismo, pois a
maioria são pobres como os mendigos os escolares os loucos os operários. Sempre
ouve esta rotulação e sempre vai haver o estado os retira da “rua “ ou até de suas
moradias e os leva para um lugar para regeneração.

O estado também necessita desta forma de disciplina, pois em quem ele vai se mostrar
soberano se não existir os “pobres”.

Sua manutenção gira em torno disso matar alguns no caso das polícias para deixar a
corporação com respeito e principalmente a população com medo.

Utilizar grandes penas e leis severas vigentes, pois a maioria da população sem
condições não tem como pagar um bom advogado então ela vai para onde? Para atrás
dos grades sendo uma forma do estado mostrar para todos os homens de “bem”
estamos fazendo nossa parte agora só falta a você fazer a sua.

Mais tomando outro nível de raciocínio, podemos ver que loucos não são todos pobres
e o panóptismo reprime estes também. Quem seriam estes loucos, apenas pobres?

Necessariamente não loucos poderiam ser qualquer um que não agrade o estado, com
suas atitudes com sua conduta, principalmente revolucionários que invés de apoiar o
estado querem tira-lo do poder quebrar a sua hegemonia. Estes são aqueles que são
os inimigos do direito penal que em poucas vezes conseguem ganhar.

Mais de uma forma geral os escolares são pobres sem condições de aprender de ter
informação para transformar em conhecimento.

Os mendigos são moradores de rua que não tem uma perspectiva de vida mais sim
morrer na sarjeta.

Os operários são a parte mais beneficiada nesta brincadeira, pois são pobres que
trabalham para grandes empresários e eles desenvolvem cada vez mais suas tarefas lá
no panóptico.

As crianças que estão lá para serem condicionadas, ou seja, para serem implantadas
em um mundo paralelo onde a lua pode ser feita de queijo estas também são das
classes vulneráveis, pois por uma dedução rápida nenhum pai com condição para
sustentar seu filho e com um pouco de status na sociedade ou poder político deixaria
seu filho ou filha viver lá neste sistema.

Na atualidade...
Nota-se que o a máquina panóptica atinge quase toda a sociedade com seu controle
em massa controle de corpos onde todos são controlados todos os dias todas as horas.
Na fábrica ou estabelecimento comercial existem os cartões pontos que controlam o
tempo, na igreja horas para rezar, na escola meios para observar o aluno e o avaliar
sendo o principal meio a nota. Todos estes meios de controle da população entraram
em cena juntos e iram acabar também junto.

Obscuramente o estado controla todos sendo o grande irmão o, big brother, aquele
que vê tudo e vem pode vir até nos em qualquer momento. Este poder é fortalecido
pelo brilho dos que o exercem deixando o restante da população em estado de
obediência.

Nota-se também que quem tem poder vigia e quem não tem é vigiado.

Enfim o panóptismo e as classes vulneráveis subexistem em um mundo paralelo que é

disciplinado por uma autofagia social onde o estado não se preocupa com estas classes
mais sim em mostrar serviço e nunca acabar com isto, pois isto gera seu supremo
poder simbólico.