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UNIVERSIDADE PEDAGOGICA

LICENCIATURA EM ENSINO DE QUIMICA


CADEIRA DE BCM – II SEMESTRE 2018

FICHA NO: 3
TEMA: Visão geral da célula
DATA:22/08/018 ANO:3

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA: 1. AMABIS, J.M & MARTHO, G.R. Biologia das Celulas 1, 2ª ed. editora NOME: Sérgio Lourenço Armando
Moderna, 2004. 2. AZEVEDO, C: Biologia Celular, 2ª edição, edições técnicas, Porto, 1994

RESUMO
3.1.Diversidade celular e sua complexidade
A diversidade das células é imensa, quer seja quanto ao tamanho ou a forma, e, geralmente, está associada às suas funções. Os tamanhos celulares podem
variar de alguns décimos de microns a centímetros ou mesmo um metro. Num dos extremos dessa gama de variação temos a alga verde marinha unicelular, a
gigante Acetabularia, que pode atingir até 12 cm; e as células nervosas da medula espinhal, que podem chegar até 1m de comprimento. No outro extremo
temos alguns procariontes causadores da pleuropneumonia, com cerca de 0,15 microns. A maioria das células, entretanto, apresenta diâmetro de uns poucos
microns. A forma celular é influenciada em certa medida pela organização do citoesqueleto, suas fibras e microfibrilas. De maneira generalizada podemos
dizer que a forma celular depende da tensão superficial, da acção mecânica das células vizinhas, da viscosidade do protoplasma, da rigidez da membrana
plasmática e da especialização funcional da célula. As células dos metazoários (organismos multicelulares), geralmente apresentam uma forma fixa e típica,
que pode ser regular ou irregular. Como exemplo de célula de forma fixa regular temos o óvulo (esférica) e a célula vegetal (prismática). Como exemplo de
célula de forma fixa irregular temos os espermatozóides, neurónios, células caliciformes e células da mucosa bucal. Existem células, entretanto, cuja forma
pode ser mutável, como as amebas e os leucócitos, que emitem pseudópodos para captura de partículas. A forma celular pode ser útil no diagnóstico de
doenças, como é o caso dos eritrócitos em forma de foice, característicos da anemia falciforme. Microrganismos como protozoários e bactérias podem ser
identificados e classificados pela diversidade da sua forma.

3.2. Organização estrutural da célula


De acordo com a organização estrutural, as células são divididas em: Células Procariontes e Células Eucariontes.

3.3. Organização geral dos Protócitos e Eucítos


As células Procariontes ou procarióticas, também chamadas de protocélulas ou Protócitos, são muito diferentes das eucariontes. A sua principal
característica é a ausência da membrana carioteca individualizando, o núcleo celular, pela ausência de alguns organelos e pelo pequeno tamanho que se
acredita que se deve ao fato de não possuírem compartimentos membranosos originados por evaginação ou invaginação. Também possuem ADN na forma de
um anel associado a proteínas básicas e não a histonas (como acontece nas células eucarióticas, nas quais o ADN se dispõe em filamentos espiralados e
associados a histonas). Estas células são desprovidas de mitocôndrias, plastídeos, complexo de Golgi, retículo endoplasmático e sobretudo cariomembrana o
que faz com que o ADN fique disperso no citoplasma. A este grupo pertencem seres unicelulares ou coloniais:
As células eucariontes ou eucarióticas, também chamadas de eucélulas ou Eucítos, são mais complexas que as procariontes. Possuem membrana nuclear
individualizada e vários tipos de organelas. A maioria dos animais e plantas a que estamos habituados são dotados deste tipo de células. É altamente provável
que estas células tenham surgido por um processo de aperfeiçoamento contínuo das células procariontes, o que chamamos de Endossimbiose. Não é possível
avaliar com precisão quanto tempo a célula "primitiva" levou para sofrer aperfeiçoamentos na sua estrutura até originar o modelo que hoje se repete na
imensa maioria das células, mas é provável que tenha demorado muitos milhões de anos. Acredita-se que a célula "primitiva" tivesse sido bem pequena e para
que sua fisiologia estivesse melhor adequada à relação tamanho e funcionamento era necessário que crescesse. Acredita-se que a membrana da célula
"primitiva" tenha emitido internamente prolongamentos ou invaginações da sua superfície, os quais se multiplicaram, adquiriram complexidade crescente,
conglomeraram-se ao redor do bloco inicial até o ponto de formarem a intrincada malha do retículo endoplasmático. Dali ela teria sofrido outros processos de
dobramentos e originou outras estruturas intracelulares como o complexo de Golgi, vacúolos, lisossomos e outras. Quanto aos cloroplastos (e outros
plastídeos) e mitocôndrias, atualmente há uma corrente de cientistas que acreditam que a melhor teoria que explica a existência destes orgânulos é a Teoria
da Endossimbiose, segundo a qual um ser com uma célula maior possuía dentro de sí uma célula menor mas com melhores características, fornecendo um
refúgio à menor e esta a capacidade de fotossintetizar ou de sintetizar proteínas com interesse para a outra. Nesse grupo encontram-se: Células Vegetais (com
cloroplastos e com parede celular; normalmente, apenas, um grande vacúolo central). Células Animais (sem cloroplastos e sem parede celular; vários
pequenos vacúolos). Membrana plasmática É uma fina película, invisível ao microscópio óptico (MO) e visível ao microscópio electrónico. De contorno
irregular, elástica e lipoprotéica, apresenta um carácter selectivo, ou seja, actua "seleccionando" as substâncias que entram ou saem da célula, de acordo com
suas necessidades. A membrana possui grande capacidade selectiva possibilitando apenas a passagem de substâncias "úteis", buscando sempre o equilíbrio de
cargas eléctricas e químicas. A membrana plasmática, também conhecida por plasmalema, Membrana Citoplasmática ou Membrana celular, é a estrutura que
delimita todas as células vivas, tanto as procarióticas como as eucarióticas. Ela estabelece a fronteira entre o meio intra-celular, o citoplasma, e o meio
extracelular, que pode ser a matriz dos diversos tecidos. A membrana celular não é estanque, mas uma “porta” selectiva que a célula usa para captar os
elementos do meio exterior que lhe são necessários para o seu metabolismo e para libertar as substâncias que a célula produz e que devem ser enviadas para o
exterior (sejam elas produtos de excreção, das quais deve se libertar, ou secreções que a célula utiliza para várias funções relacionadas com o meio). Função
da Membrana Regula a troca de substâncias entre a célula e o meio externo. Permite a individualidade a cada célula. Contém e delimita o espaço da célula.
Mantém as condições adequadas para ocorrer as necessárias reacções metabólicas. Diz o que deve entrar e sair da célula. Auxilia na locomoção.
Permeabilidade selectiva, ou seja, permite a passagem de certas substâncias entre a célula e o seu meio. A Composição Química as membranas celulares
consistem de uma dupla camada contínua de lipídios, com a qual proteínas e carbohidratos das mais diversas naturezas interagem das mais diversas maneiras.
Açúcares Todas as membranas plasmáticas celulares são constituídas predominantemente por fosfolipídeos e proteínas em proporções variáveis e uma
pequena fracção de açúcares, na forma de oligossacarídeos. Exteriormente, em muitas células animais, a membrana plasmática apresenta uma camada rica em
glicídeos: o glicocálix ou glicocálice. Lipídios Os lipídios presentes nas membranas celulares pertencem predominantemente ao grupo dos fosfolipídeos.
Estas moléculas são formadas pela união de três grupos de moléculas menores: um álcool, geralmente o glicerol, duas moléculas de ácidos graxos e um grupo
fosfato, que pode conter ou não uma segunda molécula de álcool. A estrutura das membranas deve-se primariamente a essa camada dupla de fosfolipídeos.
Esses lipídios são moléculas longas com uma extremidade hidrofílica (tem afinidade com a água) e a cadeia hidrofóbica (não tem afinidade com a água). O
grupo fosfato está situado nas lâminas externas da estrutura trilaminar. A parte situada entre as lâminas fosfatadas é composta pelas cadeias hidrofóbicas. As
membranas animais possuem ainda o colesterol, e as células vegetais possuem outros esteróis, importantes para o controle da fluidez das membranas. Em
certa temperatura, quanto maior a concentração de esteróis, menos fluida será a membrana. As células procariontes, salvo algumas excepções, não possuem
esteróis. Proteínas As proteínas são os principais componentes funcionais das membranas celulares. A maioria das proteínas da membrana celular está
mergulhada na camada dupla do fosfolipídios, interrompendo sua continuidade, são as proteínas integrais. Outras, as proteínas periféricas, estão aderentes às
extremidades de proteínas integrais. Algumas proteínas actuam no transporte de substâncias para dentro ou para fora da célula. Entre estas, encontram-se
glicoproteínas (proteínas ligadas a carbohidratos). Algumas destas proteínas formam conexões, os fibronexos, entre o citoplasma e macromoléculas da matriz
extracelular. Estrutura Membrana plasmática Há dois modelos estruturais propostos para a membrana plasmática: O modelo de Dawson e Danielli O modelo
de Singer e Nicholson O modelo de Dawson e Danielli Em 1936, Dawson e Danielli propuseram um modelo molecular para a membrana plasmática. Ela
seria constituída por camada bimolecular de fosfolipídios, cujos pólos hidrófobos (que não têm afinidade pela água) se confrontam e cujos pólos hidrófilos
(que têm afinidade pela água) são recobertos por proteínas. Uma crítica que pode ser feita ao modelo de Dawson e Danielli é que ele não explica a passagem,
pela membrana, de água e de substâncias lipossolúveis. Fica-se, portanto, obrigado a imaginar que a penetração dessas substâncias se efectua através de
poros, embora estes não possam ser evidenciados pela microscopia electrónica. Modelo de Dawson e Danielli O modelo de Singer e Nicholson É o modelo
mais aceito, chamado de modelo do mosaico fluído. É composto de duas camadas de fosfolipídios onde estão depositadas as proteínas. “A membrana é
formada por uma bicamada fosfolipídica fluida na qual as proteínas globulares são livres para se difundirem e estão embebidas ou imersas em diferentes
graus” . A membrana é um fluido mosaico de fosfolipídios e proteínas. Este modelo foi sugerido por Singer e Nicholson, onde as proteínas da membrana
estão engastadas na camada lipídica, do lado interno, do lado externo, ou atravessando completamente a membrana. A fluidez esta condicionada ao tipo de
ligações intermoleculares na membrana. O termo mosaico se deve ao aspecto da membrana na microscopia electrónica. É aplicável ao movimento de gases,
sólidos e líquidos hidro e lipossolúveis. Modelo de Singer e Nicholson. As especializações são sempre funcionais, que ajudam uma célula a melhorar suas
funções. De acordo com suas especializações, temos: Especializações do bordo livre das células: Microvilosidades. Especializações do contacto entre as
células: Desmossomos, Interdigitações e Barras terminais. Especializações da base das células: Invaginações. Microvilosidades São evaginações semelhantes
a dedo de luva, localizadas nos bordos livres das células, que aumentam a superfície de absorção, tendo uma melhora na digestão e aproveitamento dos
nutrientes. São dobras da membrana plasmática. Existem na mucosa intestinal e nos túbulos renais. Encontradas em células do epitélio intestinal.
Microvilosidades Desmossomos, Interdigitações e Barras Terminais Os desmossomos formam uma ponte entre duas células vizinhas, por onde se conectam
os filamentos intermediários, formando uma estrutura de grande força tensora. São espécies de presilhas que aumentam a adesão entre uma célula e a outra.
Sua finalidade é de sustentação e aumento de aderência entre as células. Interdigitações são observadas em células epiteliais, como as que revestem a nossa
pele, a membrana apresenta conjuntos de saliências e reentrâncias, denominadas interdigitações, que possibilitam o encaixe entre elas. As barras terminais são
fusões de membranas de células justapostas. Desmossomos Invaginações As invaginações são dobras da membrana celular para o interior da célula. São
semelhantes as microvilosidades, aumentam à área de absorção. São encontradas em células do tubo contornado distal do rim.
TIPO DE FICHA: De leitura

BIBLIOTECA QUE SE ENCONTRA A OBRA(S) – Municipal da Beira, UP- Beira…

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