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SOLICITAÇÃO: Do Núcleo de Regularização Fundiária - NRF, para atendimento

aos trabalhos do Plano de Manejo e a elaboração do Programa


de Regularização Fundiária da Estação Ecológica de Bananal.
ASSUNTO: Revisão e Ajuste do Arquivo Digital do Limite da Estação
Ecológica de Bananal.

Informação Técnica nº 05/2012 – NGC

Visto;

2. Foi solicitado verbalmente ao Núcleo de Geoprocessamento e Cartografia, pela


Coordenação do Núcleo de Regularização Fundiária, a revisão dos limites da Estação
Ecológica de Bananal tendo por objetivo a adoção de uma base de referência
cartográfica para os trabalhos de elaboração do seu Plano de Manejo;
3. A revisão dos limites foi realizada a partir do arquivo digital, em formato shapefile,
do acervo da Fundação Florestal e proveniente do Instituto Florestal, sobre a base
cartográfica digital e única disponível em nosso banco de dados, do Projeto de
Preservação da Mata Atlântica (PPMA), em escala de 1:50.000 – referenciada nas
cartas vetoriais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que
apresentam, entre outras características, curvas de nível, malha viária, rede hidrográfica
principal e coordenadas geográficas, ajustadas ao fuso 23 da projeção Universal
Transversa de Mercator (UTM), adotando o South American Datum, de 1969 – SAD-
69 – como o sistema geodésico de referência;
4. Utilizou-se como material de apoio a descrição contida no Decreto Estadual nº
43.193, de 03 de abril de 1964, que declarou Reserva Florestal do Estado as glebas 8 e 9
da Ação Discriminatória do 6º Perímetro de Bananal, bem como a planta, em formato
analógico, elaborada em escala de 1:10.000, pelo extinto Serviço Florestal da Secretaria
da Agricultura do Estado de São Paulo;
5. Foram utilizadas, ainda, as Matrículas obtidas junto ao Cartório de Registro de
Imóveis da Comarca de Bananal e fornecidas pela Consultoria do Programa Fundiário.
As informações contidas nas Matrículas, por sua vez, não apresentavam dados
geográficos ou elementos cartográficos suficientes para sua vetorização, sendo
impossível localizá-las e, assim, aferir o limite da Unidade no trecho confrontante com
as propriedades particulares;
6. Após a análise dos referidos documentos, foram constatados os problemas a seguir
relacionados:
- Os limites da Estação Ecológica coincidem, em sua maior parte, com os interflúvios,
ou seja, as “linhas” definidoras dos divisores de água. Alguns vértices, entretanto,
conformam-se às divisas de algumas propriedades que confrontam com a Unidade sem
respeitar, no entanto, pontos notáveis e/ou outros elementos cartográficos facilmente
identificáveis em cartas planialtimétricas;
- A descrição perimétrica das glebas 8 e 9 não possui informações geográficas
suficientes, nem mesmo coordenadas geográficas ou UTM que pudessem viabilizar a
localização precisa dos limites da Unidade;
- As diferenças de escala entre a base cartográfica do PPMA (na escala de 1:50.000) e
a planta das Glebas 8 e 9, em formato analógico, do Serviço Florestal do Estado (na
escala de 1:10.000) ocasionaram disparidades em termos de localização e forma dos
elementos representados, não possibilitando um ajuste adequado na utilização das
medidas de distâncias extraídas com escala triangular na planta, esta transportada para a
base digital. Portanto, as medidas ficaram aproximadas, sem maior precisão
cartográfica;

8. No que se refere aos vértices que não apresentam parâmetros de referência para sua
identificação, a imprecisão na localização é maior, principalmente nas localidades que
confrontam com terras particulares, uma vez que os memoriais descritivos de tais
propriedades não possuem precisão alguma quanto aos seus limites, principalmente a
sudoeste da área de estudo. Especificamente na estrada do Ariró (consultar memorial
descritivo), a base cartográfica digital do PPMA e as fotografias aéreas mais atuais não
apresentam o seu antigo traçado.
9. Após a revisão e ajuste dos limites, a área total da Estação Ecológica obtida foi de
884 hectares e 31 ares.
10. Diante do exposto, é importante destacar que, especialmente nas divisas de
confrontação com glebas de dominialidade privada, os limites da Unidade estão
imprecisos. Para obter-se os limites da Estação Ecológica com a precisão requerida,
sugere-se a coleta, em campo, de pontos georreferenciados (preferencialmente
utilizando-se de coordenadas UTM) das glebas 8 e 9, que formam o perímetro da
Unidade;
11. A fim de complementar este informe técnico, encontra-se, em anexo, a descrição,
conforme Art. 1º do Decreto Estadual nº 43.193, de 3 de abril de 1964, que cria a
Reserva Florestal de Bananal (transformada em Estação Ecológica pelo Decreto
Estadual nº 26.890, de 12 de março de 1987). Em amarelo, estão grifados os pontos ou
trechos de maior imprecisão.
11. Ao Núcleo de Regularização Fundiária para apreciação da Dra. Tatiana V. Bressan.

NGC 02.03.2012

Angélica Maria Fernandes Barradas Ana Fernandes Xavier


Técnico Projetista e Geógrafa – CREA n° 102.415 D/SP
Projetista em Geoprocessamento

Matheus Sartori Menegatto


Estagiário de Geografia
ANEXO - Descritiva da Estação Ecológica de Bananal, constante no Art. 1º do Decreto Estadual
nº 43.193, de 3 de abril de 1964:

Ficam declaradas reserva florestal do Estado de São Paulo, as terras situadas no 6° perímetro
de Bananal, no distrito, município e comarca de Bananal, assim discriminadas. Gleba n° 8:
começa na serra do Caracol e na divisa da gleba 6, ocupada por Manoel Nascimento Nunes,
segue pela serra do Caracol, até a serra do Ramos ou Turvo, até a gleba 9; daí, à direita,
dividindo com a gleba 9, ocupada pela Madeireira Paulista S/A, segue até a gleba 10, ocupada
por Karl Gayer, segue até a gleba 7, ocupada por Johann Bergkichner; segue até a gleba 6; daí,
dividindo com a gleba 6, ocupada por Manoel Nascimento Nunes, segue até a serra do Caracol,
ponto de partida. Área: esta gleba mede aproximadamente 152 (cento e cinqüenta e dois)
hectares. Gleba n° 9: começa na serra do Ramos ou Turvo e na divisa da gleba 8, ocupada por
Joaquim Alcaide Valls; daí, segue pela serra do Ramos ou Turvo, até o espigão do Bacalhau; daí
à direita, dividindo com o 7° perímetro de Bananal, segue pelo espigão do Bacalhau (vertentes
do córrego do Bacalhau) até as divisas de terras julgadas particulares; daí à direita, dividindo
com terras particulares , segue até o traçado antigo da estrada do Ariró, até a gleba 12
(dividindo até aqui com terras julgadas particulares), daí, dividindo com a gleba 12 ocupada
por Karl Junth Thonsem, segue até a estrada do Ariró (traçado atual); daí, dividindo com a
gleba 10 ocupada por Karl Gayer, atravessando o rio das Cobras segue até a gleba 8; daí,
dividindo com a gleba 8, ocupada por Joaquim Alcaide Valls, segue até a serra do Ramos ou
Turvo, ponto de partida. Área: esta gleba mede aproximadamente 732 (setecentos e trinta e
dois) hectares.

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