Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
POEIRA ORGÂNICA
MARABÁ
1
2010
POEIRA ORGÂNICA
MARABÁ
2
2010
POEIRA ORGÂNICA
Conceito: ___________
(Assinatura)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 PULMÕES 4
3 TIPOS DE POEIRA6
7 PNEUCOMONIOSES 11
7.1 EPIDEMIOLOGIA 11
8.1.1 Causas 15
8.2 BAGAÇOSE 17
9 MEDIDAS DE CONTROLE 19
10 CONCLUSÃO 20
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21
12 ANEXOS 22
4
1 INTRODUÇÃO
2 OS PULMÕES
3 TIPOS DE POEIRA
As orgânicas têm origem nas plantas e nos animais e contêm grande quantidade de
substâncias. Também podem conter micróbios e substâncias tóxicas geradas por eles. Um
exemplo de poeira orgânica é a que provém do manejo de grãos, algodão, pêlos de animais,
bagaço de cana, etc.
As reações mais significativas apresentadas pelos pulmões, têm lugar nas suas partes
mais profundas. As partículas que não chegam a ser eliminadas no nariz ou garganta tendem a
depositar-se nos alvéolos ou nas extremidades dos bronquíolos. Se a quantidade de pó é
grande pode interferir no sistema de defesa dos macrófagos, fazendo com que o particulado e
os macrófagos contendo pó se acumulem nos tecidos pulmonares, ocasionando lesões.
São vários os fatores que têm influência na natureza dos efeitos causados pelas
partículas inaladas. Podemos mencionar algumas propriedades dessas partículas. Assim, são
de elevada importância dados como o tamanho e a densidade da partícula, posto que as
maiores e mais densas, se depositam com maior rapidez. A composição química é também
muito importante, em virtude de que algumas substâncias quando estão em forma de
partículas, podem até mesmo destruir os cílios, importante dispositivo de defesa do sistema
respiratório. O hábito de fumar pode reduzir significativamente a capacidade de regeneração
que o pulmão possui.
Outro fator importante é o fato da inalação ser feita pelo nariz ou pela boca. A boca
não oferece a defesa apresentada pelo nariz.
Nem todas as partículas que se inalam produzem tecidos fibrosos. Alguns tipos de pó,
como os que se originam do carvão e do ferro, permanecem dentro dos macrófagos até a sua
morte. Com o fato, as partículas se liberam e são novamente absorvidas por outros
macrófagos. Se a quantidade de pó é maior que a de macrófagos, as partículas recobrem as
paredes internas dos condutos de ar, sem ocasionar a formação de áreas fibrosas, produzindo
apenas danos leves e às vezes nem isso.
9
Algumas partículas se dissolvem na corrente sanguínea como, por exemplo, as que contêm
cádmio, manganês, chumbo, etc. Assim, o sangue transporta as substâncias por todo o
organismo, podendo afetar o cérebro, os rins e outros órgãos.
Os pacientes têm freqüentemente leucocitose com desvio à esquerda, quadro febril, com
sintomas semelhantes a um resfriado. A radiografia de tórax pode ser normal. As provas de
função pulmonar podem dar alterações transitórias.
7 PNEUMOCONIOSES
Para efeito prático, podemos considerar como pneumoconiose toda doença pulmonar
decorrente de inalação de poeiras inorgânicas (minerais) e orgânicas em suspensão nos
ambientes de trabalho, levando a alterações do parênquima pulmonar e suas possíveis
manifestações clínicas, radiológicas e da função pulmonar.
7.1 EPIDEMIOLOGIA
Dados de 1991 estimavam em 100 mil o número de mineiros ativos registrados e cerca
de 400 mil os trabalhadores envolvidos em atividades de garimpo. Na indústria de
transformação o IBGE, em 1996, estimava em 8,5 milhões de trabalhadores em atividade,
com cerca de 43% deles potencialmente expostos a poeiras. No mesmo ano, a estimativa na
12
construção civil era de 4,5 milhões de trabalhadores. O setor agrícola,por sua vez, contava
com 16,7 milhões de trabalhadores expostos a poeiras orgânicas principalmente.
A extração de carvão mineral emprega atualmente (2004 a 2005) três mil – quatro mil
mineiros. É uma atividade que apresenta números flutuantes, na dependência da política
energética, demanda e preço do carvão mineral.
Os dados que se dispõe sobre ocorrência de silicose, por exemplo, dão uma idéia
parcial da situação de risco relacionada a esta pneumoconiose.
Na mineração de carvão no Brasil, restrita à Região Sul, existem mais de 2.000 casos
de PTC diagnosticados. A prevalência pontual de PTC em mineiros ativos na década de 80
era de 5,6% e a probabilidade de ocorrência foi estimada em 20% após 15 anos de trabalho
subterrâneo. Casos clínicos e série de casos de outras pneumoconioses têm sido descritos ao
longo dos anos, alertando para possibilidades de ocorrência de doenças relacionadas à
exposição de óxido e ferro, rocha fosfática, talco, abrasivos, metais duros, berílio e sericita.
por uma reação alérgica a poeiras orgânicas inaladas ou, menos comumente, a substâncias
químicas.
8.1.1 Causas
Muitos tipos de poeira podem causar reações alérgicas nos pulmões. As poeiras
orgânicas que contêm microrganismos ou proteínas, assim como substâncias químicas (p.ex.,
isocianatos), podem causar pneumonite de hipersensibilidade. Um exemplo bem conhecido de
pneumonite de hiperesensibilidade é o pulmão do fazendeiro, resultante da inalação repetida
de bactérias presentes no feno mofado e que toleram temperaturas elevadas (termofílicas).
Somente um pequeno número de indivíduos que inalam essas poeiras comuns apresenta
reações alérgicas, e somente uma pequena porcentagem dos indivíduos com reações alérgicas
apresentam uma lesão irreversível dos pulmões.
Muitos tipos de poeira podem causar reações alérgicas nos pulmões. As poeiras
orgânicas que contêm microrganismos ou proteínas, assim como substâncias químicas (p.ex.,
15
Em uma forma de reação alérgica mais lenta (forma subaguda), o indivíduo pode
apresentar tosse e dificuldade respiratória durante dias ou semanas e, em alguns casos, o
quadro pode ser tão grave a ponto de exigir a hospitalização. No caso de uma pneumonite de
hipersensibilidade crônica, o indivíduo entra várias vezes em contato com o alérgeno em um
período de meses ou mesmo anos e pode ocorrer a for mação de cicatrizes difusas nos
pulmões, uma condição denominada fibrose pulmonar. A dificuldade respiratória durante a
prática de exercícios, a tosse produtiva, o cansaço e a perda de peso pioram no decorrer de
meses ou anos. Em última instância, a doença pode levar à insuficiência respiratória. O
diagnóstico da pneumonite de hipersensibilidade depende da identificação do tipo de poeira
ou de outra substância que esteja causando o problema, o que pode ser difícil.
8.2 BAGAÇOSE
Bagaçose é uma pneumoconiose que ocorre em com trabalhadores que lidam com
resíduos secos de cana-de-açúcar (ou bagaço), e é causada pelas fibras da cana esmagada que
são assimiladas pelo sistema respiratório, provoca doença respiratória e pode levar à morte.
O primeiro relato da bagaçose como doença ocupacional data de 1941, mostrando que
se trata de uma descoberta recente comparada à silicose, bissinose e outros problemas
respiratórios. Dados de 1958 mostram que quatro trabalhadores morreram em um grupo de 53
pacientes diagnosticados com essa doença, enquanto que em 1969 uma revisão de literatura
sobre a matéria apontou 600 casos, sendo 500 de Louisiana (EUA), onde se concentra a
segunda maior produção norte americana de cana-de-açúcar .
8.3.1 Causas
A lesão pulmonar parece ser consequência de uma combinação das reações alérgicas
do tipo III e do tipo IV. A exposição aos pós provoca a sensibilização dos linfócitos e a
formação de anticorpos, que, por sua vez, conduzem à inflamação dos pulmões e à
acumulação de glóbulos brancos nas paredes dos alvéolos. O tecido pulmonar saudável pode
ser substituído ou destruído, provocando a doença sintomática.
Outros sintomas consistem na falta de apetite, náuseas e vómitos, mas os sibilos não
são frequentes. Se o indivíduo não voltar a expor-se ao antigénio, os sintomas habitualmente
diminuem em poucas horas, mas a recuperação completa pode demorar várias semanas.
Uma forma mais lenta de reacção alérgica (forma subaguda) pode produzir tosse e
falta de ar durante vários dias ou semanas; por vezes, pode ser suficientemente grave para
requerer a hospitalização do afetado.
A melhor prevenção é evitar a exposição ao antigénio, mas isso não é fácil na prática
para alguém que não pode mudar de trabalho. A eliminação ou a redução do pó ou o uso de
máscaras protetoras podem contribuir para prevenir uma recidiva. O tratamento químico do
feno ou dos resíduos da cana-de-açúcar e a utilização de sistemas de ventilação eficazes
contribuem para evitar que os trabalhadores sejam expostos e ganhem sensibilidade a estas
substâncias.
9 MEDIDAS DE CONTROLE
19
10 CONCLUSÃO
A proteção do trabalhador por meio de EPI às vezes é inevitável, porém deveria ser o
último recurso de defesa a ser adotado. O uso do equipamento de proteção individual nunca
deve ser o substituto do necessário e adequado controle das emissões de particulados, e seu
emprego deveria ser adotado unicamente quando nada mais pudesse ser feito.
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
12 ANEXO
pertencentes ao grupo dos anfibólios, bem como dos produtos que contenham estas
substâncias minerais;
II - a pulverização (spray) de todos os tipos de fibras, tanto de asbestos/amianto da variedade
crisotila como daquelas naturais e artificiais referidas no art. 2º desta Lei;
III - a venda a granel de fibras em pó, tanto de asbestos/amianto da variedade crisotila como
daquelas naturais e artificiais referidas no art. 2º desta Lei;
Art. 2º - O asbesto/amianto da variedade crisotila (asbesto branco), do grupo dos minerais das
serpentinas, e as demais fibras, naturais e artificiais de qualquer origem, utilizadas para o
mesmo fim, serão extraídas, industrializadas, utilizadas e comercializadas em consonância
com as disposições desta Lei.
Parágrafo único - Para os efeitos desta Lei, consideram-se fibras naturais e artificiais as
comprovadamente nocivas à saúde humana.
Art. 3º - Ficam mantidas as atuais normas relativas ao asbesto/amianto da variedade crisotila e
às fibras naturais e artificiais referidas no artigo anterior, contidas na legislação de segurança,
higiene e medicina do trabalho, nos acordos internacionais ratificados pela República
Federativa do Brasil e nos acordos assinados entre os sindicatos de trabalhadores e os seus
empregadores, atualizadas sempre que necessário.
§ 1º - (VETADO).
§ 2º - As normas de segurança, higiene e medicina do trabalho serão fiscalizadas pelas áreas
competentes do Poder Executivo e pelas comissões de fábrica referidas no parágrafo anterior.
§ 3º - As empresas que ainda não assinarem com os sindicatos de trabalhadores os acordos
referidos no caput deste artigo deverão fazê-lo no prazo de 12 (doze) meses, contados a partir
da publicação desta Lei, e a inobservância desta determinação acarretará, automaticamente, o
cancelamento do seu alvará de funcionamento.
Art. 4º - Os órgãos competentes de controle de segurança, higiene e medicina do trabalho
desenvolverão programas sistemáticos de fiscalização, monitoramento e controle dos riscos de
exposição ao asbesto/amianto da variedade crisotila e às fibras naturais e artificiais referidas
no art. 2º desta Lei, diretamente ou através de convênios com instituições públicas ou privadas
credenciadas para tal fim pelo Poder Executivo.
Art. 5º - As empresas que manipularem ou utilizarem materiais contendo asbesto/amianto da
variedade crisotila ou as fibras naturais e artificiais referidas no art. 2º desta Lei enviarão,
anualmente, ao Sistema Único de Saúde e aos sindicatos representativos dos trabalhadores
uma listagem dos seus empregados, com indicação de setor, função, cargo, data de
23
Parágrafo único - As pesquisas referidas no caput deste artigo contarão com linha especial de
financiamento dos órgão governamentais responsáveis pelo fomento à pesquisa científica e
tecnológica.
Art. 10 - O transporte do asbesto/amianto e das fibras naturais e artificiais referidas no art. 2º
desta Lei é considerado de alto risco e, no caso de acidente, a área deverá ser isolada, com
todo material sendo reembalado dentro de normas de segurança, sob a responsabilidade da
empresa transportadora.
Art. 11 - Todas a infrações desta Lei serão encaminhadas pelos órgãos fiscalizadores, após a
devida comprovação, no prazo máximo de setenta e duas horas, ao Ministério Público
Federal, através de comunicação circunstanciada, para as devidas providências.
Parágrafo único - Qualquer pessoa é apta para fazer aos órgãos competentes as denúncias de
que tratam este artigo.
Art. 16. O Ministério do Trabalho estabelecerá, no prazo de 180 dias a partir de publicação
deste Decreto, critérios para a elaboração e implementação de normas de segurança e sistemas
de acompanhamento para os setores têxtil é de fricção.
Art. 17. Caberá aos Ministérios do Trabalho, da Saúde, da Ciência e Tecnologia e da
Educação e do Desporto, mediante ações integradas, promover e fomentar o desenvolvimento
de estudos e pesquisas relacionados ao asbesto/amianto e à saúde do trabalhador.
Art. 18. A destinação de resíduos, contendo asbesto/amianto ou fibras naturais e artificiais
referidas no art. 2º da Lei nº 9.055, de 1995, decorrentes do processo de extração ou
industrialização, obedecerá ao disposto em regulamentação específica.
Art. 19. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Identificação
28