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NEGÓCIO
3.1 - Principais ondas, estilos de gerenciamento de processos (BPR, TQM, Seis Sigma
e BPM):
- BPR (Business Process Reengineering): iniciou-se nos anos 1980, com forte influência
em processos até início dos anos 2000. Marcada pela reengenharia de processos, para
as empresas se tornarem competitivas. Incentivava a mudança radical para se ter
redução de custos. Questionava-se tudo em um processo, desde um passo até sua
própria existência. Tudo o que não gerava resultado deveria ser eliminado. O processo
deveria ser inovado. Era o início da globalização e as empresas deveriam produzir
melhor e mais barato. É um modelo que gera muito impacto às empresas que o adotam.
Figura 2 - TQR
- Seis Sigma (Six Sigma): é uma abordagem para eliminar defeitos com base em fatos
e dados estatísticos em qualquer processo, desde a manufatura até o transacional e do
produto ao serviço. Direciona a seis desvios padrão entre a média e o limite de
especificação mais próximo. A representação estatística de Six Sigma descreve
quantitativamente como um processo é executado. Ao atingir seis sigmas, um processo
obtém a capacidade de apresentar não mais que 3,4 defeitos por milhão de
oportunidades de defeito. Um defeito em Six Sigma é definido como qualquer item fora
das especificações do cliente. Uma oportunidade de defeito em Six Sigma é, então, a
quantidade total de chances para um defeito. Six Sigma não representa um meio de
realinhamento de processos corporativos para diferenciação no mercado, mas um meio
comprovado para eliminar defeitos de processos existentes.
- Desvantagens:
- As metas entre os departamentos são conflitantes. Por exemplo, o departamento de
compras pode querer comprar pelo menor preço, comprando em grande quantidade,
podendo gerar problema para outras áreas por não existir lugar para estocar toda a
matéria prima.
- Pode “engessar” a organização, fazendo com que haja dificuldade para se adaptar ao
mercado, gerando problemas para responder ao cliente.
- Falta de visibilidade dos processos: já que cada área não se preocupa, geralmente,
com as responsabilidades de outras. O importante é responder as demandas da chefia
imediata.
- Propicia a cultura de silos: já que há pouca interação entre os departamentos.
3.3.2 – Centrada em Processos:
- As funções são mantidas, mas alguém se responsabiliza pelos processos que cruzam
as áreas funcionais. Esse dono de processo pode ser alguém da alta direção
(patrocinando o processo ou gerenciando-o).
- é uma estrutura mais responsiva a mudanças de mercado e de requisitos de governos.
- melhor comunicação e colaboração entre as áreas que cruzam os processos.
- As pessoas trabalham para o processo, e não para o gerente.
- Na funcional, dentro de cada departamento haverá um gestor e o funcionário
responderá ao comando deste gestor, diferentemente da centrada em processos, pois
a pessoa responde a mais de um gestor de processos.
- se a organiza desejar mudar o processo será mais fácil, pois o processo tende a ter
independência sobre a estrutura funcional. É mais fácil mudar o processo que a
estrutura funcional.
3.4 - Papel do dono de processos:
Pode ser uma pessoa ou um grupo de pessoas com a responsabilidade e a prestação
de contas pelo desenho, execução e desempenho de um ou mais processos de negócio.
A propriedade dos processos pode ser uma responsabilidade em tempo integral ou
parcial. É um papel central na implementação de BPM com responsabilidade geral pelo
processo ponta a ponta. Isso significa que o dono de processos é responsável em última
instância por assegurar que o processo atenda às expectativas de desempenho
estabelecidas (eficácia e eficiência) e satisfaça o cliente.
Normalmente são indivíduos em nível executivo, tipicamente diretores ou acima, com
responsabilidades que cruzam silos verticais. Podem ter autoridade direta ou indireta
sobre estratégia, orçamentos e recursos. Focam os processos de negócio ponta a ponta
que entregam valor diretamente para os clientes (processos primários) e também os
que proveem suporte ou gerenciam esses processos para que a entrega de valor para
o cliente aconteça.
3.5 - Papéis e responsabilidades dos stakeholders:
Stakeholders são os interessados ou influenciam em um processo, podendo ser uma
pessoa externa ou interna da organização. A identificação das partes interessadas e o
entendimento de seu grau relativo de influência em um processo de negócio são críticos.
Exemplos de partes interessadas no projeto: patrocinador do projeto, cliente, diretoria,
gerentes executivos, gerentes departamentais, distribuidores, fornecedores, escritório
de gerenciamento de projetos, ONGs, Governos, Mídia, etc.
Quando os gestores não mapeiam corretamente os stakeholders, com seus interesses
e o seu grau de influência, podem se deparar com fracassos no processo. Por exemplo,
um departamento de compras governamental que não considera mudanças na
legislação na modelagem de seu processo pode realizar um mapeamento que ao final
do processo realiza compras por licitação de um determinado produto de expediente
acima do permitido por lei.