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Gestão de Processos
1ª edição
2017
Palavras do professor
Seja bem-vindo(a) à disciplina de Gestão de Processos. Mas afinal o que
são processos? Como realizar a gestão de uma organização utilizando o
conceito de processos? Qual a importância desta disciplina para a sua
atuação cotidiana e profissional?
Ao escolher o curso de Gestão você caminhará para desenvolver habili-
dades importantes, como: visão sistêmica, espírito empreendedor, capa-
cidade de planejar, organizar e controlar métodos e técnicas de gestão.
Pensando em ajudá-lo(a) nessa nova trajetória, desenvolvemos com
muito carinho e cuidado todo o material disponibilizado neste curso.
Este material está dividido em 8 (oito) unidades e pretende oferecer a você
todo o contexto da gestão de processos, pontuar os principais conceitos
do tema. Após a leitura do conteúdo principal e complementares, com a
resolução das atividades e desafios, você será capaz de identificar os prin-
cipais componentes necessários para implementar a Gestão de Processos
em organizações de todo e qualquer porte, além de aplicar as melhores
ferramentas de qualidade utilizadas para a manutenção dessa gestão.
Como orientador, gostaria de compartilhar também algumas dicas para
que sua leitura seja eficaz e eficiente, absorvendo o máximo desse conte-
údo: leia atentamente; procure um local confortável e tranquilo para que
se mantenha concentrado e anote todas as dúvidas que surgirem para
saná-las assim que possível. Assim, o conteúdo estará compreendido por
completo.
Por fim, sempre que existir a possibilidade, aplique os conhecimentos
compartilhados aqui em seu estágio, trabalho ou exercite-os em casa. A
prática do exercício ajuda a reter o conhecimento. Bom curso para todos.
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Unidade 1
Processos Organizacionais
Objetivos de Aprendizagem
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Gestâo de Processos | Unidade 1 - Processos Organizacionais
Liderança
Controle Execução
Pode-se dizer que a sociedade atual é organizacional. E organizações bem administradas possuem impacto
direto na qualidade de vida da sociedade.
A evolução das organizações não depende somente de se adaptar ao ambiente externo com a sua crescente
complexidade ambiental que impossibilita conhecermos as inúmeras variáveis que possam impactar a organiza-
ção. Evoluir implica a capacidade da organização em olhar para o seu ambiente interno, pensando estrategica-
mente, retendo a aprendizagem organizacional, revendo conceitos e redefinindo estruturas.
O processo de administrar sofreu e sofre inúmeras mudanças, e os conhecimentos produzidos pela experiência
prática ao longo dos anos são denominados teorias, escolas, técnicas ou modelos de gestão. Nosso curso trata
do modelo de Gestão de Processos.
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Gestâo de Processos | Unidade 1 - Processos Organizacionais
Existem diferenças nos termos utilizados para abordar os conceitos utilizados na evolução do
pensamento administrativo:
Conceito Definição
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Gestâo de Processos | Unidade 1 - Processos Organizacionais
Para o nosso curso, utilizaremos o conceito de processo definido no Business Process Management Commom
Body of Knowledge (BPM CBOK): “Processo é um conjunto definido de atividades ou comportamentos executa-
dos por humanos ou máquinas para alcançar uma ou mais metas. Os processos são disparados por eventos espe-
cíficos e apresentam um ou mais resultados que podem conduzir ao término do processo ou à transferência de
controle para outro processo”. Se pudéssemos resumir os conceitos de processos em uma imagem, seria como
na figura a seguir:
Presidente
D1 D2 D3 D4 D5
D
Area D
A
Processo
Area A Area
A r G Area J
Ar Area M
Area
r B Area E Area H Area K Area N
Area B
Pedido do ?
Cliente?
Satisfação do
Cliente?
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Gestâo de Processos | Unidade 1 - Processos Organizacionais
Processo é um ativo intangível. Ele nasce da necessidade percebida do cliente e termina na completa satisfação
dessa necessidade. As atividades necessárias para a execução de um processo podem ser realizadas por uma ou
várias áreas, e por isso vamos estudar mais à frente os diversos tipos de processos, conceitos de gestão de pro-
cessos e conhecer os profissionais que atuam na disciplina.
Antes, porém, vamos finalizar a conceituação de processos praticando um pouco?
Imagine que você está caminhando pela orla da praia e está muito calor. Nesse momento você decide tomar um
suco de frutas natural para se refrescar e se senta em um quiosque. Observe o processo a seguir:
Insumo Produto
Separar os morangos, colocá-los no processador, acrescentar água, gelo e açúcar são o processo de “fazer suco
de morango”. Os insumos (os morangos) sem a transformação realizada pelo balconista não atenderiam à sua
necessidade de matar a sede. Ao transformá-lo na saída, suco de morango, o balconista agregou valor ao mate-
rial bruto e satisfez a necessidade do cliente.
Agora que você conheceu um pouco mais da definição de processos, reflita sobre as ativida-
des que executa em seu local de trabalho, estágio ou mesmo durante os estudos e liste os
insumos que usa e as saídas que produz!.
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Gestâo de Processos | Unidade 1 - Processos Organizacionais
Processos de negócio
Processos de fabricação
Processo de produção
O termo “processo de negócio” acabou sendo muito utilizado no setor de serviços por traçar um paralelo com as
atividades dos processos de fabricação. Porém, independentemente do setor de atuação, o conceito de proces-
sos (insumos transformados em produtos) é o mesmo e pode ser classificado.
São os tipos de processos que encontramos na organização, sejam elas prestadoras de serviço ou produtoras de
bens materiais, e se relacionam ao objetivo de cada processo.
• Processos primários: aqueles que atendem clientes determinados e lhes entregam valor, representando a
essência de uma organização no cumprimento de sua missão; segundo o BPM CBOK, “Atividades primá-
rias são aquelas envolvidas com a criação física de um produto ou serviço, marketing e transferência ao
comprador, e suporte pós-venda, referidos como agregação de valor”.
• Processos de apoio (ou de suporte): aqueles que apoiam a realização dos processos primários e não geram
valor direto para o cliente final; segundo o BPM CBOK, são exemplos comuns de processos de suporte
aqueles relacionados à tecnologia da informação, infraestrutura, recursos humanos etc.
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Gestâo de Processos | Unidade 1 - Processos Organizacionais
• Processos de gerenciamento: são utilizados para definir, medir, monitorar e controlar um negócio visando
ao atingimento dos objetivos da organização. E, segundo o BPM CBOK, são esses processos que asse-
guram que um processo primário, ou de suporte, atinja metas operacionais, financeiras, regulatórias e
legais. Vale ressaltar que os processos de gerenciamento não agregam diretamente valor aos clientes,
mas são necessários se a organização deseja operar de maneira efetiva e eficiente.
Relacionam-se ao nível de detalhamento das informações que cada processo identificado na organização pode
mostrar e define a hierarquia entre esse detalhamento:
https://previews.123rf.com/images/rostizna/rostizna1603/rostizna160300005/55160275-Infographic-four-colored-
-steps-template-background-Stock-Photo.jpg
Resumindo, a hierarquia entre os níveis de processos pode ser vista da seguinte forma:
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Gestâo de Processos | Unidade 1 - Processos Organizacionais
Macro
Processo
Macroprocesso
Processo Processo
Subprocessos
Sub - Processo
Atividade
Tarefa
Atividades
Tarefas
https://previews.123rf.com/images/rostizna/rostizna1201/rostizna120100077/12050236-Vector-Abstract-Background-
-For-Two-Texts-Stock-Photo.jpg
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Gestâo de Processos | Unidade 1 - Processos Organizacionais
Analista de
Processos
Trabalha com gerenciamento,
controle, melhoria e transformação
de processos, bem como o
desenvolvimento e manutenção
de um repositório de modelos
de referência e padrões, processos
de negócio e medições. Presta Analista de
suporte para a equipe que vai
traduzir os processos por meio Negócios
de desenhos (mapas dos quais
falaremos nas próximas unidades) Trabalha na análise de
e na implementação de novos informações e tecnologias
processos de negócio. necessárias para seus
clientes de negócio, visando
auxiliar na proposta de
Modelador de soluções de informação
Processos e tecnologia. Podem facilitar
reuniões para auxiliar a equipe de
projeto na análise de mapeamento
Trabalha no desenho e no de tecnologias atuais ou podem ser
redesenho de processos, envolvidos com operações de negócio
redigem padrões, normativos, e desenho de novas funções de
manuais de instrução e toda informação e tecnologia.
documentação que complementa
o entendimento dos mapas de
processos. A ABPMP sugere que Analista de
os modeladores também sejam Sistemas
analistas de processos (que avaliam
os processos atuais e projetam os O analista de sistemas deve
processos futuros) ou analistas de trabalhar na elaboração e
negócios (que são capazes de analisar realização de levantamentos
necessidades tecnológicas para sobre informações e dados, para
suporte aos processos). estudo e implementação de
sistemas, instruções e informações
para programadores, operação e
manutenção, mantendo-os atualizados.
Para tanto, é preciso que o analista
conheça os sistemas e métodos
utilizados pela empresa.
https://previews.123rf.com/images/rostizna/rostizna1703/rostizna170300006/74638423-Infographic-line-with-ABCD-
labels-and-place-for-text-Vector--Stock-Photo.jpg e
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Gestâo de Processos | Unidade 1 - Processos Organizacionais
Conhecemos anteriormente as figuras mais comuns que atuam na Gestão de Processos nas organizações, porém
outros papéis e responsabilidades também são papéis funcionais, tais como:
• Auditor de processos: Trabalha na verificação dos processos desenhados atestando se o que está regis-
trado está sendo executada, coleta evidências, apura possíveis desvios na documentação. É a figura que
garante alinhamento entre o processo e a gestão. Auditores internos que atuem com as normas ISSO
9000 podem ser muito úteis nesta atividade.
• Gestor do processo: É o responsável pela implementação da cultura de processos e, em sequência, é o
que mantém a melhoria contínua dos processos, desdobrando as metas em itens de controle e definindo
ações de melhoria.
https://previews.123rf.com/images/rastudio/rastudio1503/rastudio150300059/37149881-The-man-with-a-beard-
-presenting-his-report-through-infographics--Stock-Photo.jpg
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Gestâo de Processos | Unidade 1 - Processos Organizacionais
Acesse o site da ONG destinada à promoção dos conceitos de processos pelo mundo e
amplie seu conhecimento sobre a atuação na área: http://www.abpmp-br.org/sobre-a-
-abpmp-brasil/
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Considerações finais
Nesta Unidade, discorremos sobre processos organizacionais e, em
resumo:
• Relembramos os conceitos de organização e como a sociedade
precisa aprender a lidar com os recursos naturais e sua escassez;
• Entendemos que o processo administrativo é uma ferramenta
essencial para as empresas, tratando-se de um conjunto de ati-
vidades que se integram, tornando-se interdependentes que
transformam os produtos dotando-os de valor, de acordo com as
expectativas e necessidades dos clientes;
• Elucidamos todas as etapas dos processos administrativos e
entendemos que estes trabalham com táticas e estratégias na
busca da eficiência e eficácia da organização;
• Conhecemos os mais variados perfis de profissionais, seus papéis
e responsabilidades no momento de iniciar a implementação da
Gestão de Processos em uma empresa;
• Conhecemos também a organização internacional que promove
a disciplina e ainda assegura o conhecimento necessário para os
profissionais interessados em atuar com BPM nas organizações;
• Por fim, depois de todos os conceitos aqui apresentados, enten-
demos que gerenciar processos significa conhecer o fluxo das
atividades para o alcance da produtividade e de realização dos
objetivos, perpassando entradas, saídas e conexões, permitindo,
entretanto, um aprimoramento contínuo dos processos em res-
sonância com as demandas do mercado e do avanço tecnológico.
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Referências bibliográficas
BALDAM, Roquemar de Lima. Gerenciamento de processos de negó-
cios – BPM: uma referência para implantação prática. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014.
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Unidade 2
Estrutura Organizacional e seus
departamentos
2
Para iniciar seus estudos
Objetivos de Aprendizagem
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 2: Estrutura Organizacional e seus departamentos
2. Estrutura Organizacional
Até aqui, nós entendemos o que é um processo. Agora que somos capazes de compreender que um processo
reflete a soma de várias atividades executadas por várias pessoas no intuito de transformar insumos em produtos,
podemos conhecer como essas pessoas estão organizadas dentro das organizações.
Entender a estrutura de uma empresa por dentro, a forma física e hierárquica como ela se organiza, é importante
pois, no momento de começar a conhecer as atividades desempenhadas pelos recursos, precisaremos também
ser capazes de identificar onde essas atividades permeiam.
Por exemplo: um processo para pagar uma conta de luz da empresa provavelmente terá suas atividades “espa-
lhadas” em mais de uma área; é provável que a conta de luz seja recebida na recepção, que por sua vez entregará
aos cuidados do setor administrativo, que depende de liberação do setor financeiro para prosseguir com o paga-
mento.
A figura elucida melhor a inter-relação entre áreas e processos:
Financeiro
• Encaminhar contas de
consumo ao setor
administrativo
Recepção Administrativo
Então, nas próximas páginas, você conhecerá os mais diversos setores frequentes em uma organização, como se
organizam logicamente e como os responsáveis por cada setor respondem hierarquicamente entre si. E assim,
quando avançarmos no curso e começarmos a aprender como desenhar processos, você já será capaz de enten-
der por quais áreas prováveis precisará “passear” para mapear o processo do início ao fim.
Conhecendo brevemente a ideia de setores, pegue um papel e uma caneta e tente listar
todas as áreas das quais você tem conhecimento na empresa onde você trabalha ou estagia.
É um ótimo exercício!
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 2: Estrutura Organizacional e seus departamentos
Conforme Oliveira (2009), a adequada organização de uma empresa deve considerar o desenvolvimento de
importantes aspectos, tais como a estrutura organizacional (que nada mais é do que o conjunto ordenado de
responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa) e as
rotinas e os procedimentos administrativos (métodos).
A abordagem de uma estrutura deve levar em consideração o conhecimento em torno de sua formação, caso
contrário encontraremos dificuldade em compreender sua morfologia, seu “desenho”.
Estrutura organizacional, portanto, é o desenho, o formato pelo qual a empresa apresenta suas áreas, seus níveis
hierárquicos e seus departamentos. É por meio dela que se verifica de maneira geral como a empresa trabalha
para alcançar seus objetivos, quais são os subordinados e os responsáveis e até mesmo qual o modelo de poder
que a empresa apresenta.
De acordo com Oliveira (1994), entende-se a organização empresarial como a ordenação e agrupamento de
atividades e recursos com o objetivo de se alcançarem os objetivos e resultados estabelecidos.
Em uma estrutura organizacional é preciso levar em consideração um conjunto de fatores, de forma que tais
fatores devem se agenciar em prol de uma mesma gestão. Para uma gestão empresarial de qualidade é preciso
levar em consideração os fatores técnicos e os fatores humanos.
As estruturas organizacionais constituem toda a organização formal de uma dada empresa e abrange uma com-
plexa divisão do trabalho, especialização e hierarquia. Tais estruturas são definidas na estratégia organizacional,
pela gerência, diretoria ou qualquer outro conceito que seja ligado ao conceito de “alta cúpula da organização”.
Dentro de uma estrutura organizacional temos o organograma, que é a representação gráfica de uma estrutura
organizacional, podendo ser dos departamentos, sendo possível verificar possíveis representações gráficas de
departamentos.
1 – Estrutura Formal: é aquela representada pelo organograma. Todas as relações que acontecem em uma
estrutura são formais. Não se pode descartá-la e deixar funcionários se relacionarem quando eles não devem ter
relações diretas. Na estrutura formal, os setores tornaram-se microestruturas interdependentes, trabalham de
forma agenciada e possuem uma dinâmica essencialmente hierárquica, como representada no organograma.
• Organograma: é a representação gráfica que elucida cada unidade de trabalho. Cada unidade possui a
responsabilidade e autoridade sobre um ou mais conjuntos de atividades (processos) relativas à produção
de um produto ou prestação de um serviço.
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 2: Estrutura Organizacional e seus departamentos
Exemplo de organograma:
Presidente
Caixa
• Estrutura Informal: trata-se de uma estrutura mais flexível. Na estrutura informal, as interconexões entre
as partes fora do Organograma, ou seja, as relações, não estão previstas. A estrutura informal surge de
forma espontânea, diferentemente da estrutura formal, em que as microestruturas são ordenadas por
meio de redes de poder. Ela pode ajudar a empresa, facilitando o trabalho, mas pode também atrapalhar,
realizando procedimentos errados.
Para Oliveira (2009, p. 101) a rede informal
[...] é a rede de relações sociais e pessoais que não é estabelecida ou requerida pela estrutura for-
mal. Surge da interação social das pessoas, o que significa que se desenvolve espontaneamente
quando as pessoas se reúnem. Portanto, apresenta relações que usualmente não aparecem no
organograma.
Quando Oliveira diz que a rede informal apresenta relações que usualmente não aparecem no organograma, o
autor se refere àquelas relações que acabam sendo construídas no dia a dia da organização.
Para exemplificar temos o seguinte caso: a empresa contrata um estagiário para atuar na área de Marketing.
Formalmente, o estagiário deve apresentar os resultados de suas atividades para o coordenador de Marketing
da empresa. Porém, o coordenador tem muitas tarefas e solicita ao analista mais antigo que supervisione o novo
membro da equipe.
Ao desenharmos um organograma, a função do estagiário estará subordinada ao coordenador. Porém, por razões
diversas, quem de fato orienta e supervisiona suas atividades é o analista, e essa relação não será registrada.
A informalidade dentro das organizações, como no nosso exemplo anterior, costuma ser instável. Ela surge por
naturezas diversas, seja por delegação da autoridade, como no caso do coordenador de Marketing, seja por outros
motivos. Em alguns casos, funcionários mais novos na empresa costumam buscar apoio em colaboradores mais
antigos e não em seus superiores diretos, por exemplo.
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 2: Estrutura Organizacional e seus departamentos
Em razão da sua natureza subjetiva, a estrutura informal não está sujeita ao controle da direção, como está a
estrutura formal, por isso a instabilidade.
Nas estruturas informais podem surgir líderes formais, mas deve-se lembrar de que nem sempre um líder infor-
mal possui todas as competências técnicas necessárias para desempenhar a liderança. Em alguns casos, dada
a subjetividade das relações informais, os líderes informais possuem muita habilidade de comunicação, mas a
organização deve se certificar que o conhecimento técnico também esteja desenvolvido antes de formalizar o
cargo do líder.
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 2: Estrutura Organizacional e seus departamentos
Modelos de
organização
Organizações
hierarquizadas,
Pós-
burocráticas,
burocracias, adhocracias
especializadas e Dependente de modelo orgânico de Burns
adequadas a condições pessoas e Stalker, sistema 4 de
ambientais estáveis.
Likert.
Fonte: MAXIMINIANO, Antonio Cesar. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 2011
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 2: Estrutura Organizacional e seus departamentos
1.2 Departamentalização
É o processo de reunir as atividades em setores organizacionais, previamente definidas segundo critérios da alta
administração, sempre visando se adequar à estrutura organizacional e sua dinâmica de ação.
Para se efetuar a departamentalização é necessário definir critérios, o processo decisório, a hierarquia e sobre
a centralização e/ou descentralização das áreas de apoio. Tudo isso é representado também no organograma,
conceito já estudado. Agora, conheceremos os tipos de departamento existentes em uma organização:
• Por função
As tarefas são agrupadas de acordo com as funções a serem executadas pela organização. É o tipo mais comum.
Departamentalização funcional atribui a cada uma das unidades de trabalho a responsabilidade por uma função
específica da organização. É comumente indicada para ambientes estáveis e que requeiram o desempenho de
tarefas rotineiras.
Costuma ser utilizada por organizações com poucas linhas de produtos ou serviços e que permaneçam sem
grandes mudanças por longos períodos.
Exemplo:
Diretoria Geral
Auditoria
• Por projetos
Nesse caso, a organização é orientada por atividades temporárias, chamadas projetos. Assim, a estrutura organi-
zacional também é temporária, alojada em uma organização funcional; a cada projeto, cria-se um organograma
temporário e utilizam-se os recursos da organização funcional.
São exemplos de projetos: projetar e construir instalações, organizar feiras e eventos etc.
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 2: Estrutura Organizacional e seus departamentos
Exemplo
Diretoria
Geral
Projeto A Projeto B
Caso você ainda não tenha cursado a disciplina Gestão de Projetos, reserve um tempo extra
e busque o livro “Fundamentos de Gerenciamento de Projetos”, da editora FGV, 2014. O livro
aborda, em poucas páginas, “uma visão ampla sobre o gerenciamento de projetos, que é
definido como a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às ativida-
des do projeto, a fim de atender às suas demandas.”
• Por produto
Aplica-se a empresas que trabalham com vários produtos ou serviços e que apresentam diferenças importantes
entre si. Nessa estrutura, a responsabilidade é dividida usando-se o produto ou serviço como base. Cada unidade
passa a responder e ter autoridade pela produção de um produto ou pela prestação de um serviço específico.
Exemplo:
Diretoria Geral
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 2: Estrutura Organizacional e seus departamentos
• Por cliente
Esse critério se aplica às organizações que possuem uma ampla carteira de clientes. O serviço ou produto é o
mesmo, porém, devido à variedade do portfólio de clientes, a departamentalização atua como forma de assegu-
rar a satisfação das necessidades de cada cliente específico.
Exemplo:
Diretoria Geral
Administração Atendimento
ao cliente Marketing
Geral
Finanças Cliente A
Recursos
Cliente B
Humano
Jurídico Cliente C
• Por território
Nesse caso, cada unidade se refere a um território, adotando-se o critério geográfico para organização. Aplica-se
quando a organização opera em uma área grande ou várias localidades e se faz necessário promover a agrega-
ção de clientes e de recursos nas proximidades do território em questão. É o caso de empresas com filiais, por
exemplo.
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 2: Estrutura Organizacional e seus departamentos
Exemplo:
Diretoria Geral
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 2: Estrutura Organizacional e seus departamentos
Para garantir a qualidade da estrutura no que tange ao fator humano, é necessário observar:
• os valores e crenças das pessoas envolvidas, que devem estar alinhados com os valores da organização;
• o conhecimento que elas possuem e os que precisam ser desenvolvidos acerca da estrutura organizacio-
nal; e
• os níveis de satisfação e motivação de cada colaborador em participar da integração ou reestruturação
organizacional.
Fator Ambiente Externo
É o momento de analisar o contexto ambiental e social em que a empresa está inserida; existem diversas ferra-
mentas que facilitam essa análise.
Ressalta-se que quanto mais competitivo, complexo, instável e dinâmico for o ambiente, maior será a necessi-
dade de conhecê-lo. Os componentes que devem ser sempre levados em consideração no momento da análise
são:
• ramo de negócios em que a empresa está inserida;
• políticas fiscais e monetárias dos países onde a empresa esteja presente;
• avanço tecnológico;
• comportamento da sociedade e mudanças culturais;
• concorrência.
Conhecer a concorrência é fundamental para prever possíveis impactos que a organização pode sofrer, como o
anúncio de novos produtos ou preços pelos concorrentes.
Nesse momento, devemos apenas entender que o ambiente externo influencia a todo tempo nas ações da orga-
nização e isso inclui a forma como ela vai decidir se estruturar.
Porém, para um maior aprofundamento da análise do ambiente externo e das forças competitivas que uma
empresa pode ter, caso ainda não tenha cursado Marketing, vale a dica do Saiba Mais.
Navegue pelo site da Endeavor, pelo link a seguir, e conheça mais sobre Porter e seus estu-
dos sobre cinco forças competitivas que toda organização deve ter para análise constante:
https://endeavor.org.br/5-forcas-de-porter/
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 2: Estrutura Organizacional e seus departamentos
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Considerações finais
Ao longo da Unidade 2 pudemos conhecer:
• O conceito de Estrutura Organizacional;
• Entender as diferenças entre uma estrutura formal e organizada e
a estrutura informal que nasce de maneira espontânea;
• Conhecer os tipos de estrutura que uma organização pode adotar
para se organizar internamente: física, virtual, orientada a proces-
sos ou terceirizada;
• Definir o que é o modelo mecanicista em contraponto ao modelo
orgânico;
• Identificar os variados departamentos que podem existir em uma
empresa e quais os critérios que podem ser adotados no momento
de se criar um setor ou unidade: por função, por projetos, por pro-
dutos, por cliente ou por território;
• E, por fim, conhecemos os condicionantes da estrutura organiza-
cional; fatores que podem garantir o sucesso de uma organização
ou impedir seu progresso, tais quais os recursos humanos, a defi-
nição dos objetivos, estratégias e políticas e a tecnologia.
30
Referências bibliográficas
DAFT, R. Organizações: teoria e projetos. São Paulo: Pioneira, 2002.
31
Unidade 3
Mapeamento e análise de
processos
3
Para iniciar seus estudos
Objetivos de Aprendizagem
33
Gestão de Processos | Unidade de Estudo 3: Mapeamento e análise de processos
PROCESSO DE
“FAZER SUCO DE LARANJA”
Cliente externo Produto final
PROCESSO DE
“FAZER SUCO DE LARANJA”
Cliente externo Atendente Produto final
Pedido do cliente
(produto intermediário)
No exemplo A, o processo vai de ponta a ponta, iniciando-se com a chegada do cliente a uma lanchonete,
pedindo seu suco e recebendo o produto final. Mas existem outros processos que precisam acontecer para que o
produto final (suco de laranja) se torne uma realidade.
Esses processos, considerados processos de suporte, também recebem insumos e também produzem resultados,
os chamados produtos intermediários. O insumo da atendente é o pedido do cliente; o produto intermediário
dela é a anotação do pedido que será entregue na cozinha.
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 3: Mapeamento e análise de processos
Assim como fizemos no exemplo anterior, é possível representar graficamente todas as atividades que acon-
tecem no dia a dia de uma organização. Então, vamos conhecer as principais ferramentas que nos permitem
mapear processos!
Agora que você já fixou o conceito de processo e cliente, a próxima vez que for comprar um
produto reflita em todas as atividades que acontecerão desde sua chegada à loja até a sua
saída com o produto em mãos. Pense em processos!
A literatura não é unânime: algumas obras se referem sempre a “mapear processos”, outras tratam de “modelar
processos”.
Alguns autores argumentam que mapear e modelar são sinônimos, mas, para o nosso curso, nós adotaremos
o mapeamento e a modelagem como fases distintas, com objetivos distintos da implementação da Gestão de
Processos.
Assim:
• Mapear processos: é a representação estática da situação atual da empresa; representa como as ativida-
des estão sendo desenvolvidas, seus executores, seus insumos e produtos no momento em que se criam
os mapas de processos.
• Modelar processos: representa o resultado da análise da situação atual com o objetivo de se projetar uma
situação futura; é um modelo dinâmico que visa atingir algum objetivo.
Então, quando optamos por implementar a Gestão de Processos em uma organização, tudo se inicia conhecendo
a situação atual da empresa: mapeando processos.
Da representação gráfica, podemos ter diferentes tipos de produtos, de acordo com o nível de detalhe que se
pretende representar:
• Diagrama: retrata somente os principais elementos do processo e omite detalhes menores. É parte inte-
grante de um modelo.
• Mapa: apresenta maior precisão do que o diagrama e representa detalhes como quem executa determi-
nada atividade. É parte integrante de um modelo.
• Modelo: segundo o CBOK, “implica a representação de um determinado estado do negócio (atual ou
futuro) e dos respectivos recursos envolvidos, tais como pessoas, informação, instalações, automação,
finanças e insumos. Como o nível de detalhamento é maior, para se criar modelos, muitas vezes, utili-
zamos ferramentas (softwares) específicas para esse fim. Conheceremos alguns ao final desta unidade.
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 3: Mapeamento e análise de processos
Nesse momento você deve estar se perguntando o porquê de se criarem vários mapas, diagramas e modelos
documentados em papéis ou ferramentas específicas, certo? Bom, para dois teóricos do assunto, Oliveira e Valle
(2009), são muitos os benefícios esperados.
De maneira geral, “a modelagem visa entender e repensar a empresa, procurando assegurar a mesma visão entre
todos os participantes e setores envolvidos”.
E vai além:
Entender o
negócio, através
do comportamen-
to dos processos;
Padronizar
Facilitar a identifi-
conceitos e
cação e solução
sistematizar o
de problemas.
conhecimento;
Implementar a gestão
estratégica (oportuni-
dades e ameaças), Monitorar os
introduzindo as processos e analisar
melhores práticas ou oportunidades de
modelos de gestão; melhorias;
Melhorar a
qualidade e a Implementar soluções
produtividade dos estruturadas baseadas
serviços ou em tecnologia;
produtos
Os diagramas, mapas e modelos de processos são uma ótima ferramenta para ajudar na
identificação de possíveis problemas. Mas, se você atua nessa área ou tem mais interesse no
assunto, acesse o blog: http://www.blogdaqualidade.com.br/masp-metodo-de-analise-e-
-solucao-de-problemas-parte-1/ e conheça outras ferramentas de MASP – Metodologia da
Análise e Solução de Problemas.
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 3: Mapeamento e análise de processos
São muitas as ferramentas que podem ser utilizadas no suporte à implementação da Gestão de Processos;
mapear processos é um dos meios.
Lembre-se que existem elementos (conhecidos na Unidade 1) que compõem os processos e são eles que figura-
rão nos desenhos: atividades, tarefas, insumos, produtos, executores etc.
A seguir, vamos conhecer os principais métodos utilizados para se levantar dados e detalhar as atividades desen-
volvidas na organização.
a. Infograma:
Tadeu Cruz é um importante teórico na disciplina que trata de Organização, Sistemas e Métodos (OSM). Como já
estudamos, uma das formas de se manter uma organização alinhada aos objetivos estratégicos é conhecendo,
registrando e monitorando o desempenho de suas atividades.
Alguns métodos, como o “infograma”, são adotados na fase de Métodos da referida disciplina. Essa ferramenta
consiste em organizar, documentar e analisar dados e informações.
Dados são um conjunto de valores em estado bruto que, após processados, geram informações. Ou seja, é neces-
sário que os dados sofram um processo de transformação para que traduza algo de valor para alguém.
Quando estamos entendendo os processos de negócio de uma empresa, precisamos saber quais dados são utili-
zados, onde são armazenados (sistemas, mídias, arquivos) e quais as informações que estes geram.
Termo de
Abertura de
Nova Conta
b. Funcionograma:
Está diretamente ligado ao Organograma da empresa. É a representação gráfica detalhada de todas as atividades
desempenhadas em cada área do Organograma.
Dentre alguns dos objetivos que o Funcionograma traz na documentação de processos, temos:
37
Gestão de Processos | Unidade de Estudo 3: Mapeamento e análise de processos
Melhor visão da
estruturação
interna da
empresa
A relação entre
distribuição das
Maior entendimento atividades versus o
e especificação do número de pessoas
trabalho total. envolvidas em cada
departamento;
Além do exposto, o Funcionograma pode ser utilizado em avaliações de desempenho ou como suporte em pro-
cessos de recrutamento e seleção, já que retrata um maior detalhamento das atividades de um cargo.
DIR E TOR
DIRETOR ADJUNTO
Legenda: Representação gráfica do organograma com o detalhamento das atividades de cada área – funcionograma
Fonte: Rev. Bras. Enferm. v. 28 n. 3 Brasília. jul./set. 1975.
38
Gestão de Processos | Unidade de Estudo 3: Mapeamento e análise de processos
c. Fluxograma:
Para Araújo (2006), fluxograma “é um processo formado pelos movimentos de papéis entre pessoas e unidades
de uma organização, com um início e um fim delimitados.”
Mas em geral toda representação gráfica com o objetivo de representar ação por ação na realização de algo é
considerado um fluxograma.
Se consultarmos etimologicamente, ou seja, o significado literal da palavra, o dicionário Michaelis nos mostra o
conceito:
“Representação gráfica, por meio de símbolos geométricos próprios, que apresenta o fluxo ou a sequência nor-
mal de um procedimento, problema ou sistema, que permite visualizar, por meio de ilustrações, de maneira sin-
tética, as diversas etapas de um processo; diagrama de fluxo.”
Você pode criar um formulário, como o representado a seguir, para registrar o processo:
39
Gestão de Processos | Unidade de Estudo 3: Mapeamento e análise de processos
Símbolo Representação
As normas ISO são publicadas e traduzidas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas
Técnicas. Pelo site da associação é possível consultar algumas normas ou adquirir outras,
acesse: http://www.abnt.org.br/ .
40
Gestão de Processos | Unidade de Estudo 3: Mapeamento e análise de processos
d. Mapas de Processos:
Um modelo é a representação abstrata da realidade num determinado momento no tempo. Como dissemos
anteriormente, é estático e funciona como uma fotografia do que está acontecendo na empresa no momento
do mapeamento de processos.
Claro que dada à complexidade da realidade, nenhum modelo é perfeito e tampouco retrata TODAS as ativi-
dades; mas, dependendo do objetivo, os mapas de processos são os que se aproximam ao máximo ao nível de
detalhamento de processos.
Em geral, constroem-se mapas para: entender os processos de negócio da empresa; apoiar na análise de eficiên-
cia e eficácia das atividades; auxiliar na prevenção de falhas; simular alternativas de melhoria; definir indicadores
para garantia da qualidade, planejar recursos, treinar pessoas; e automatizar o fluxo de trabalho.
Por isso, o nível de detalhamento é importante.
Assim como no fluxograma, para construir mapas de processos são utilizados símbolos. Entretanto, devido à
maior quantidade de informações que são registradas, faz-se necessária uma metodologia que oriente a melhor
forma de desenhar as atividades e todas as suas interações.
As metodologias mais conhecidas na aplicação de desenhos de processos:
• BPMN – Business Processes Model and Notation: é um padrão criado pelo BPMI – Business Process Mode-
ling Initiative e contempla uma notação gráfica para representar processos em diagramas ou modelos. O
objetivo é fornecer uma linguagem que possa ser interpretada inclusive por não especialistas. A iniciativa
foi amplamente apoiada por várias empresas do mundo todo e, devido à proporção que a notação ganhou,
hoje a sua atualização e divulgação estão sob a responsabilidade da OMG – Object Management Group.
Uma vez que o BPMN se tornou bastante popular no ambiente de negócios, diversas ferramentas foram desen-
volvidas para apoiar os desenhos de processos utilizando a notação.
É o caso das ferramentas Visio e Bizagi. Para quem deseja praticar, existem softwares de downloads gratuitos para
que os usuários se exercitem.
Para conhecer um pouco mais sobre Business Processes Model and Notation: acesse o site: www.
omg.org
41
Gestão de Processos | Unidade de Estudo 3: Mapeamento e análise de processos
Ambas as metodologias permitem relacionar atividades, papéis (quem executa a atividade), produtos e intera-
ções. A principal diferença entre as metodologias é forma de apresentação dos modelos: o BPMN apresenta o
fluxo na visão horizontal enquanto o EPC representa o modelo na vertical.
A posição do modelo não impacta em seu entendimento, apenas na visualização.
Os objetos utilizados são muito parecidos e, uma vez familiarizado com uma metodologia, o analista consegue
interpretar ou utilizar a outra com muita facilidade.
Glossário
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 3: Mapeamento e análise de processos
Se o problema for muito complexo, é possível que as causas grifadas no diagrama desdobrem novos diagramas
que devem ser tratados até a resolução da causa-raiz.
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Gestão de Processos | Unidade de Estudo 3: Mapeamento e análise de processos
g. Matriz GUT:
É uma ferramenta utilizada para priorizar problemas ou riscos potenciais para minimizar seus impactos. Ela esta-
belece quantitativos na representação dos problemas para auxiliar no estabelecimento de prioridades.
Os problemas são listados e se atribuem aspectos de gravidade (G), urgência (U) e tendência (T). Além disso, são
atribuídos valores estabelecendo uma escala em que 5 corresponde à maior intensidade e 1 à menor intensidade
do problema.
Aqueles problemas ou riscos relacionados que obtiverem maior pontuação serão considerados prioridade e, por-
tanto, serão tratados primeiro.
44
Gestão de Processos | Unidade de Estudo 3: Mapeamento e análise de processos
45
Considerações finais
Ao final desta unidade, você teve a oportunidade de:
• Consolidar os conceitos de processo e os itens envolvidos na
transformação como os clientes;
• Conhecer as diferenças entre diagrama, mapa e modelos de pro-
cessos;
• Entender os benefícios envolvidos no mapeamento e modelagem
dos processos de negócios;
• Conhecer métodos para mapear processos: infograma, funciono-
grama, fluxograma, mapas de processos (pelas notações BPMN e
EPC) e layout;
• Conhecer métodos para mapear problemas e riscos: diagrama de
causa e efeito e a Matriz GUT.
46
Referências bibliográficas
BALDAM, Roquemar de Lima. Gerenciamento de processos de negó-
cios – BPM: uma referência para implantação prática. Rio de Janeiro: Else-
vier, 2014.
47
Unidade 4
Redesenho de processos
Objetivos de Aprendizagem
• Identificar falhas;
• Identificar oportunidades de melhoria nos processos;
• Criar um novo processo de negócio pela ferramenta “Eventograma”.
49
Gestão de Processos | Unidade 4: Redesenho de processos
50
Gestão de Processos | Unidade 4: Redesenho de processos
Mantendo o exercício de desenhar as atividades que compõem os processos que você exe-
cuta no dia a dia, no trabalho, no estágio ou nos estudos, pense em formas de melhorar os
seus processos. Como torná-los mais eficientes?
51
Gestão de Processos | Unidade 4: Redesenho de processos
Adotar uma melhor prática consiste em reconhecer padrões de processos em áreas em que estes podem ser repe-
titivos, como em sistemas contábeis. Com algum estudo, se conhecem as ferramentas automatizadas mais utili-
zadas em determinado setor e então os modelos de processos serão desenhados para atender à automatização.
Pense no processo de “Elaborar folha de pagamento”, por exemplo. Já existem diversos sistemas que produzem,
mensalmente, as folhas de pagamento de todos os funcionários da empresa. Se na sua empresa esse processo
ainda é manual e resolve se modernizar, a modelagem de processos pode retratar a interação que acontecerá
entre os usuários e o novo sistema.
Segundo Baldam (2014), “Modelos de Referência são conjuntos de planos de práticas recomendadas e, portanto,
são fontes de processos de negócios reutilizáveis e eficientes em que as organizações podem usar como referên-
cia para modelar seu próprio negócio”.
Porém, um modelo de referência deve apresentar determinadas características em maior ou menor detalhe para
que se torne possível a adoção por outra empresa:
52
Gestão de Processos | Unidade 4: Redesenho de processos
Além do exposto, existe mais uma prática para apoiar uma nova modelagem ou economizar tempo e recurso
na iniciativa: a comoditização de processos. Alguns fornecedores de softwares de modelagem de processos têm
adotado a estratégia de fornecer um repositório de processos já pré-configurados na plataforma adquirida.
Basta que o usuário faça o download do processo-chave escolhido (exemplo: registrar reclamação de cliente) e
adaptar as atividades de acordo com as especificidades de sua organização.
53
Gestão de Processos | Unidade 4: Redesenho de processos
Planejar (Plan)
Nessa fase são estabelecidos os objetivos. Depois de identificadas as falhas e os riscos. É nesse momento que se
definem as metas que a organização deseja alcançar, sanando os problemas encontrados.
Nesse momento você estará planejando uma melhoria: comprar uma máquina que corta e lixa ao mesmo tempo,
reduzindo o tempo que os pedreiros estão levando para adaptar o material.
Executar (Do)
É o momento de fornecer orientação e treinamento para a execução das atividades previstas no planejamento.
Aqui você reunirá todos que vão manusear a nova ferramenta de corte do piso, vai ajudá-los a entender o
manual, praticar com as sobras dos pisos desperdiçados no trabalho manual anterior e se certificar de que
todos estejam alinhados à nova prática. Agora, eles estão prontos para executar a nova atividade do processo
“trocar o piso da cozinha”.
Verificar (Check)
É o momento em que se verifica se o que foi planejado está sendo executado. Nessa fase, você deve reunir toda
a equipe da obra para confirmar se a nova programação de datas e entregas está sendo seguida. Ou seja, se o
planejamento da melhoria, em adquirir uma máquina de corte, está surtindo o efeito desejado.
54
Gestão de Processos | Unidade 4: Redesenho de processos
Nesse momento do ciclo, tudo é verificado novamente a fim de garantir que o novo planejamento funcionou.
Dessa fase, pode-se obter uma lição: a organização pode optar por adotar o planejado como padrão, ou seja, um
novo processo será criado, absorvendo as atividades propostas na melhoria.
Pelo exemplo da obra, você pode notar que sempre que for necessário executar o processo de “trocar piso” é
essencial a utilização da máquina de corte e lixamento, pois notou que, além de adaptar o tamanho, a ferramenta
também deixa os pisos mais simétricos e bonitos. Agir corretivamente significa aprender com o planejado e evitar
que os mesmos problemas se repitam no futuro.
55
Gestão de Processos | Unidade 4: Redesenho de processos
4.6.1 – Eventograma
Por definição, eventograma é “técnica para decompor um processo de negócio em eventos, a fim de estudar suas
causas e condições, nas atividades geradoras, e suas abrangências e seus efeitos, nas atividades receptoras”.
Durante o levantamento desses eventos, o modelador elabora um formulário chamado EPS (Entrada – Processos
– Saídas) para documentar a decomposição do processo.
Por se tratar de uma ferramenta relativamente nova, a literatura sobre ela ainda é limitada. Porém, a abordagem
utilizada é muito similar aos formulários denominados SIPOC. A sigla SIPOC é a abreviação em inglês de: Sup-
pliers (Fornecedores) – Inputs (Entradas) – Process (Processo) – Outputs (Saídas) – Customer (Clientes).
Também se trata de um formulário que ajuda a dimensionar um processo antes de você começar a mapear ou
melhorá-lo. Antes de criar um formulário do tipo Eventograma ou SIPOC, vale lembrar das dicas abaixo:
1. O nome da ficha ou formulário deve conter o nome do processo. Nomes de processos vêm no infinitivo
para transmitir a ideia de ação, como no nosso exemplo: trocar piso da cozinha.
2. Defina os fornecedores do processo. Toda entrada deverá possuir um fornecedor, porém o processo pode
contar com apenas um fornecedor para todos os insumos. No nosso exemplo, você pode ter adquirido
todo material que seria utilizado na obra em uma única loja de suprimentos.
56
Gestão de Processos | Unidade 4: Redesenho de processos
3. Defina as entradas do processo. É tudo que será utilizado no processo da obra do nosso exemplo: piso,
tinta, pincéis, luvas, bancadas, espelhos, etc.
4. Agora, defina as saídas do processo que podem ser bens tangíveis, como a fabricação de um tênis, um
piso cortado ou bens intangíveis como as informações em um contrato.
5. Por fim, defina os clientes do processo. Esse é o momento de associar o produto a quem vai recebê-lo.
O cliente podem ser pessoas ou, olhando para o interior da organização, podem ser outros processos.
Exemplo: um atendente de call center que recebe as ligações do cliente lança em um sistema e disponibi-
liza para outro setor. O produto da atendente é insumo para outro processo.
57
Gestão de Processos | Unidade 4: Redesenho de processos
Para o CBOK, a reengenharia “é um repensar fundamental e um redesenhar radical de processos para obter
melhorias dramáticas no negócio”.
Aqui, em contraponto ao redesenho, sente-se a necessidade de criar um novo processo do zero. Por diversos
motivos: mudança de estratégia, lançamento de novos produtos, fusão com novas empresas, manutenção da
competitividade e modernização.
É necessário muito estudo e análise antes de se optar pela reengenharia. Toda mudança radical traz grandes
impactos, principalmente na cultura da organização (vamos abordar esse assunto em outra unidade).
Mas se a organização optar pela transformação total de seus processos, Michael Hammer e James Champy
desenvolveram uma metodologia baseada em sete princípios para a reengenharia:
1. Organizar em torno de resultados, não tarefas;
2. Fazer com que, na medida do possível, aqueles que utilizam o produto do processo executem o próprio
processo;
3. Pessoas que coletam os dados e produzem as informações deveriam também ser responsáveis pelo pro-
cessamento;
4. Recursos geograficamente dispersos devem ser tratados como se fossem centralizados;
5. Conexão de atividades paralelas em um fluxo de trabalho em vez de integração de seus resultados;
6. O ponto de decisão deve ser colocado onde o trabalho é realizado e os controles devem ser construídos
dentro do processo;
7. A informação deve ser capturada uma única vez na fonte e depois compartilhada.
58
Gestão de Processos | Unidade 4: Redesenho de processos
A mudança é cíclica e, como todo ciclo, tem início, meio e fim. Existem organizações que, por estratégia, realizam
uma mudança de paradigma a cada encerramento de ciclo. Precisa haver um investimento contínuo em pes-
quisa e desenvolvimento para garantir que novos mercados estejam sempre sendo descobertos, abrindo portas
para o monopólio temporário. Caso contrário, a organização pode se perder e encerrar suas atividades.
59
Considerações finais
Durante a Unidade 4, pudemos conhecer as fases necessárias para o rede-
senho de processos já mapeados. Em algumas obras, a etapa de redese-
nho é também conhecida como “modelagem do processo”.
Vimos também algumas ferramentas que nos auxiliam na etapa de rede-
senho, estruturando e organizando cada fase para mitigar as falhas iden-
tificadas no processo inicial.
Além disso, esperamos que ao final da leitura você seja capaz de:
• Perceber as dicas para evitar falhas ainda na etapa de mapea-
mento/modelagem de processos;
• Compreender as diferenças entre melhoria contínua, redesenho,
reengenharia e mudança de paradigma;
• Conhecer as principais metodologias e filosofias empregadas nas
mudanças incrementais ou radicais;
• Estabelecer um paralelo entre as ferramentas utilizadas na gestão
de processos e aquelas apresentadas em gestão da qualidade.
60
Referências bibliográficas
BALDAM, Roquemar. Gerenciamento de processos de negócios. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2014.
61
Gestão de Processos
Gestão de Processos
1ª edição
2017
Unidade 5
Monitoramento e a Gestão de
Processos
5
Para iniciar seus estudos
Objetivos de Aprendizagem
65
Gestão de Processos | Unidade 5 - Monitoramento e a Gestão de Processos
66
Gestão de Processos | Unidade 5 - Monitoramento e a Gestão de Processos
O SEBRAE é uma importante organização cuja função é dar suporte aos micro e pequenos
empreendedores. Os sites e as consultorias do SEBRAE oferecem diversas ferramentas de
gestão. É possível fazer download de apostilas e cartilhas, como essa: <https://www.sebrae.
com.br/sites/PortalSebrae/bis/indicadores-de-desempenho-e-gestao-empresarial>, que
trata de Indicadores de Desempenho de Processos.
67
Gestão de Processos | Unidade 5 - Monitoramento e a Gestão de Processos
Conheceremos ferramentas que auxiliam na construção de indicadores, mas precisamos ter em mente as pre-
missas básicas, ou seja, os passos que devem estar concluídos antes de se idealizar a medição:
1. Modelagem da verdade: significa ter em mente que os mapas dos processos foram gerados retratando ao
máximo a realidade do que é executado;
2. Medição para análise: pensar em indicadores que de fato darão suporte para o processo de decisão;
3. Análise para Criação de Oportunidades de Melhoria: os indicadores devem oferecer subsídio para o ciclo
do BPM, originando informações capazes de identificar melhorias a serem realizadas;
4. Criação de Indicadores para Monitoramento: falaremos mais à frente em ferramentas que auxiliam na
construção de indicadores de desempenho;
5. Medição e Análise constante: os indicadores também devem ser analisados de tempos em tempos para
garantir sua efetividade. Eles devem sofrer atualizações, por exemplo, sempre que há mudanças nos
processos.
Vamos entender melhor agora sobre a construção dessa importante ferramenta.
Mas como criar indicadores de desempenho eficientes? Faça o seguinte exercício: suponha que você é gerente
em uma clínica de saúde. Caso você elabore um indicador que mostre apenas quantos clientes foram atendidos
por dia, quais análises você conseguirá extrair? Poucas.
Mas se o seu indicador mostrar o número de clientes atendidos por dia versus o tempo de espera para cada aten-
dimento, você começará a analisar, por exemplo, a capacidade de atender que a clínica possui. E pode, ainda,
perceber se a clínica está atendendo acima ou abaixo de sua capacidade. Os sistemas de medição possuem uma
hierarquia, dividida em três níveis, dependendo da complexidade e estrutura do gerenciamento que será ado-
tado pela organização.
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Gestão de Processos | Unidade 5 - Monitoramento e a Gestão de Processos
• Nível estratégico: indicadores com o objetivo de avaliar os efeitos da estratégia nas partes interessadas
e nas causas desses efeitos;
• Nível gerencial: indicadores utilizados para verificar a contribuição dos setores;
• Nível operacional: indicadores que avaliam o desempenho dos processos ou rotinas (conjunto de tare-
fas) individuais.
Existem metodologias que nos ajudam a definir melhor os indicadores que acompanharão os processos de negó-
cios, a saber:
Também conhecida como SMART (Strategic Measurement, Analysis and Report Technique) é um modelo que busca
representar os objetivos estratégicos da empresa de cima para baixo (top – down) e usa como insumo as medidas
de desempenho distribuídas de baixo para cima (bottom – up).
Sua finalidade é garantir a correta relação entre estratégia e operação. Ou seja, a realização de cada objetivo em
um nível mais baixo, por exemplo melhorias na qualidade e nos prazos de entrega, ajudará a atingir objetivos de
nível mais alto de satisfação do cliente, o que ajuda a aumentar a participação de mercado.
É semelhante a próxima ferramenta, balanced scorecard, em que o mercado pode ser visto do ponto de vista do cliente.
69
Gestão de Processos | Unidade 5 - Monitoramento e a Gestão de Processos
É uma ferramenta criada por professores de Harvard e divulgada pela primeira vez em 1992 em um artigo. Por
meio do BSC, que traduzido significa “indicadores balanceados de desempenho”, é possível realizar análises por
quatro perspectivas: financeira, dos clientes, dos processos internos e do aprendizado e crescimento.
• Perspectiva financeira: para sermos bem-sucedidos financeiramente, como deveríamos ser vistos pelos
nossos acionistas?
• Perspectiva dos clientes: para alcançarmos nossa visão, como deveríamos ser vistos pelos nossos clientes?
• Perspectiva dos processos internos: para satisfazermos nossos acionistas e clientes, em que processo de
negócio devemos alcançar a excelência?
• Perspectiva do aprendizado e crescimento: para alcançarmos nossa visão, como sustentaremos nossa
capacidade de mudar e melhorar?
Historicamente, sempre que se pensava em medidas de desempenho, os indicadores traduziam apenas a pers-
pectiva financeira, gerando uma expectativa incompleta do funcionamento futuro da organização.
70
Gestão de Processos | Unidade 5 - Monitoramento e a Gestão de Processos
Logo, há a necessidade de se criarem indicadores com uma visão geral além da rentabilidade financeira. A
implantação do BSC tem por premissa o estabelecimento da estrutura abaixo:
Legenda: As etapas que devem ser levadas em consideração durante a implementação de BSC.
Fonte: Kaplan e Norton (1997).
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Gestão de Processos | Unidade 5 - Monitoramento e a Gestão de Processos
Para essa ferramenta a peça fundamental no sistema de medição de desempenho são os stakeholders. Segundo
Lima (2008) “o Performance Prism se torna capaz de criar indicadores que monitoram a estratégia e satisfaçam os
principais interessados no sucesso do negócio”. Para o Prisma de Performance, tradução literal do nome da ferra-
menta, são cinco as perspectivas que devem ser analisadas no processo de seleção das métricas de desempenho:
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Gestão de Processos | Unidade 5 - Monitoramento e a Gestão de Processos
É uma ferramenta que possibilita reunir dados independentes, de fontes distintas, e ajustar os dados para serem
entregues resultados de acordo como desejado para visualização. No conceito, BI é um conjunto de metodolo-
gias, processos, arquiteturas e tecnologias que transformam dados brutos em informações significativas e úteis.
O BI pode ser utilizado para diversos fins:
a. monitoramento;
b. visão analítica: construção de processos quantitativos;
c. emissão de relatórios: construção de informações para a gestão estratégica da empresa;
d. colaboração: compartilhamento e processamento de dados de diversas áreas da empresa;
e. gestão do conhecimento.
Dada sua complexidade, o BI é executado nas empresas por profissionais de tecnologia da informação. O profis-
sional analista de BI analisa e levanta requisitos, define modelos de dados que serão transformados em informa-
ção e aplica a melhor ferramenta para a extração desses dados.
Segundo Gartner (2013), Business Activity Monitoring – BAM – é um termo que define como podemos prover
acesso em tempo real (real-time) aos indicadores críticos de desempenho de negócios para melhorar a veloci-
dade e eficiência de operações de negócios.
Vamos pensar em uma empresa de geração e transmissão de energia elétrica. São muitos os indicadores que
precisam ser trabalhados durante as operações de geração e transmissão. Existem alguns fatores que podem
causar impactos (falhas) nesse processo, como escassez de chuva.
Se não chover o suficiente, os reservatórios não enchem e pode não haver geração de energia suficiente para
abastecer os lares e comércios de uma região. Um indicador utilizado é “Indicador de Continuidade dos Pontos
de Controle”, que monitora, em tempo real, os níveis de água.
Enquanto o BI tende a analisar dados acumulados para apontar padrões e tendências, o BAM trabalha em tempo
real utilizando bancos de dados transacionais, serviços via web, mensagens etc. Logo, com a implantação do
BAM, as empresas são capazes de monitorar seus processos e identificar falhas em tempo real.
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Gestão de Processos | Unidade 5 - Monitoramento e a Gestão de Processos
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Gestão de Processos | Unidade 5 - Monitoramento e a Gestão de Processos
Consulte seu material de Gestão da Qualidade e liste as ferramentas que podem oferecer
suporte ao sistema de medição de desempenho de uma organização.
• Auditoria de processos: de acordo com CHOU, DU e LAI (2007) “Auditoria é um processo que estima
o grau ou nível com o qual as atividades ou procedimentos de uma corporação correspondem a certos
critérios estabelecidos, por exemplo regras corporativas, políticas corporativas e princípios gerais estabe-
lecidos por órgãos regulamentadores e autoridades responsáveis”. Em geral, as empresas investem em
áreas de auditorias contábeis cujo foco são os resultados financeiros da organização. Porém, empresas
com maior grau de maturidade em processos costumam inserir a figura de Auditoria Interna. Os audi-
tores internos buscam as evidências geradas pelos processos a fim de compará-los com os resultados
apontados pelos indicadores e os objetivos estratégicos estabelecidos. Em resumo, a auditoria interna
busca conformidade. De acordo com a ISSO 19011, a auditoria é caracterizada pela confiança em alguns
princípios. Estes, por sua vez, tornam a auditoria uma ferramenta eficaz e confiável.
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Gestão de Processos | Unidade 5 - Monitoramento e a Gestão de Processos
76
Considerações finais
Chegamos ao final da Unidade 5. Esperamos que você seja capaz de
entender a importância de se monitorar desempenho. Faça o seguinte
exercício: você adquiriu uma calculadora e espera que todas as teclas
estejam funcionando e que os resultados das contas que você fará nela
estejam corretos. Porém, você nota um defeito. Esse defeito é resultado
de uma falha no processo que fabricou esse produto. E essa falha poderia
ter sido evitada se existissem mecanismos que apontassem aos tomado-
res de decisão que o processo está com problemas.
Conhecemos, nesta Unidade, diversas ferramentas prontas ou meio de
construí-las para nos alertar desses problemas em nossa organização.
Além disso, esperamos que você consiga:
• Entender princípios básicos de indicadores de desempenho;
• Conhecer ferramentas típicas de controle e medição de desem-
penho;
• Estabelecer a relação entre as ferramentas de qualidade e o moni-
toramento do desempenho de processos;
• Conhecer, de forma geral, as atividades do Escritório de Processos.
77
Referências bibliográficas
PAVANI Júnior, Orlando. Mapeamento e Gestão por Processos – BPM.
São Paulo: M. Books do Brasil, 2011.
78
Unidade 6
Arquitetura Organizacional
Objetivos de aprendizagem
80
Gestão de Processos | Unidade 6 – Arquitetura Organizacional
Tópicos de estudo
81
Gestão de Processos | Unidade 6 – Arquitetura Organizacional
Conheça mais sobre um dos autores mais referenciados sobre arquitetura organizacional,
desenvolvimento organizacional e mudança organizacional. Nadler é consultor de negócios,
autor de diversos livres e fundador da Nadler Advisory Services. Acesse: http://nadler-leader-
ship-advisory.com/team-david-nadler.php.
A nomenclatura criada pelos autores traz como referencial a arquitetura física; a arte de projetar e construir. Por
isso, o modelo proposto pelos autores tem como premissas três conceitos da arquitetura física:
82
Gestão de Processos | Unidade 6 – Arquitetura Organizacional
Fonte: https://previews.123rf.com/images/bryljaev/bryljaev1306/bryljaev130600015/
20203767-Design-template-with-three-banners-Stock-Photo.jpg
Além disso, outras quatro contribuições da arquitetura física são levadas em consideração na literatura do tema.
Araújo (2011, p. 78) explica cada uma delas:
a. Primado da finalidade: “um projeto deve atender às necessidades para as quais foi criado”;
b. Adequação arquitetônica: “adequação entre a modelagem dada à organização e fatores como os planos
dos gestores, padrões culturais inerentes à organização, forças econômicas, políticas e sociais”;
c. Materiais estruturais: “novos materiais possibilitam outras arquiteturas, tornando, inclusive, obsoletos os
elementos constituintes das antigas formas”.
d. Disponibilidade das tecnologias necessárias: “os executivos-arquitetos, no decorrer da elaboração do
projeto de suas organizações, precisam recorrer à tecnologia colateral, pois a eficiência das organizações
depende, diretamente, desses conhecimentos para que se realizem funções básicas”.
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Gestão de Processos | Unidade 6 – Arquitetura Organizacional
• Arquitetura de processos: Ainda segundo o CBOK, “modelos de arquitetura de processos lidam com
o COMO do negócio e definem como um ‘entregável’ produto ou serviço que é construído e entregue.
Dessa forma, modelos de arquitetura de processos, quando decompostos em maior nível de detalhe,
definem as atividades que um negócio deve ser capaz de realizar”.
E resume: “Como cada atividade se relaciona transitivamente a uma determinada capacidade, modelos de arqui-
tetura de negócio relacionam as atividades necessárias e estão preocupados com a eficácia. Modelos de arquite-
tura de processos focam as atividades físicas e seu gerenciamento. Esses modelos focam o modo como o traba-
lho é executado e estão preocupados com a eficiência”.
Logo, quando nos depararmos com expressões de arquitetura de negócios ou processos, estaremos falando em
representar as atividades, a rotina; “o quê” e “como” a organização produz (produto ou serviço).
Na arquitetura organizacional, o conceito se assemelha ao que estudamos na Unidade 2, e, portanto, estaremos
falando em arranjos físicos e hierárquicos.
84
Gestão de Processos | Unidade 6 – Arquitetura Organizacional
Glossário
Além dos pontos em comum em todo tipo de organização, os autores vão além e elucidam que existem elemen-
tos-chave que precisam ser congruentes entre si. Provavelmente você já os conhece, mas vamos relembrar os
conceitos de cada elemento:
a. Trabalho: “atividade básica à qual uma organização se dedica e para a qual traça estratégias”.
b. Pessoas: indivíduos que realizam as atividades (processos).
c. Organização formal: “composta pelos procedimentos e regras formais que determinam a estrutura orga-
nizacional”.
d. Organização informal: “são disposições paralelas à organização formal que tendem a surgir com o tempo”.
Em resumo, são os elementos-chave que devem estar em harmonia no Modelo de Congruência proposto pelos
autores.
Vamos visualizar o modelo e as relações que este estabelece entre os elementos citados.
85
Gestão de Processos | Unidade 6 – Arquitetura Organizacional
Araújo (2007), ainda, retrata passo a passo como buscar os sete C’s na organização. São eles:
86
Gestão de Processos | Unidade 6 – Arquitetura Organizacional
Legenda: Os passos ou etapas necessárias para o alcance dos Sete C’s em uma organização.
Fonte: CTI. Artigo: The CTI steps to optimum. Disponível em: http://www.ctiarch.com
87
Gestão de Processos | Unidade 6 – Arquitetura Organizacional
88
Gestão de Processos | Unidade 6 – Arquitetura Organizacional
Característica Resumo
Deve buscar sempre o atendimento das exigências
Projeto focalizado no cliente e no e condições ambientais, das quais se destaca
ambiente como principal força o cliente dos produtos da
organização.
Unidades com poder de decisão e As unidades organizacionais devem ser desenhadas
autônomas em torno de segmentos totais do trabalho.
Ainda que a flexibilidade seja uma marca dessa
Direção e metas claras abordagem, a clareza da missão organizacional, por
exemplo, como guia maior, não pode ser ignorada.
Compreende-se que os processos e unidades
de trabalho devem ser projetados de sorte que
Controle de variação na fonte
as variações ou erros possam ser percebidos ou
controlados na fonte.
Sistemas sociais e técnicos permanecem
Integração sociotécnica integrados. A finalidade é realizar a integração
produtiva entre os dois.
As informações são fundamentais para o bom
funcionamento de STAD. Membros de equipes,
Fluxo de informação acessível por exemplo, precisam ter acesso às informações
para que o projeto elaborado com essa abordagem
funcione.
Funções compartilhadas e Membros das unidades de trabalho devem receber
enriquecidas pelo intercâmbio treinamento que intensifique suas habilidades.
Agora, pensando na fase de implementar um Sistema de Trabalho de Alto Desempenho, existem etapas que a
literatura orienta seguir e que Araújo (2011, p. 155) resume em seis:
1. Análise das exigências e condições ambientais;
2. Análise do trabalho realizado dentro da organização;
3. Análise do sistema social que compõe a organização;
4. Desenvolvimento do projeto propriamente dito da organização ou de alguma unidade;
5. Implementação do plano de projeto;
6. Melhoria contínua
Nadler é o grande referencial teórico em arquitetura organizacional e criou um quadro que reúne essas etapas.
89
Gestão de Processos | Unidade 6 – Arquitetura Organizacional
Legenda: Os insumos e a relação de congruência entre as etapas do Modelo de Arquitetura proposto por Nadler.
Fonte: ARAÚJO, Luis Cesar G de. Organização, Sistemas e Métodos: e as Tecnologias de Gestão Organizacional. Rio de
Janeiro: Atlas, 2011.
Agora, vamos refletir. Estamos falando em um Sistema de Trabalho. E quem executa o trabalho são as pessoas.
Reunindo os conhecimentos que adquirimos até aqui e alguns conceitos que você pode ter visto em Gestão de
Pessoas, sabemos que é possível mensurar o desempenho dos colaboradores. E também sabemos que é possível
medir o desempenho de processos. Logo, para sabermos se o sistema está sendo realizado em alto desempenho
como esperado, existem indicadores para nos auxiliar.
Legenda: Resumo de tipos de indicadores de alto desempenho dos colaboradores de uma organização
Fonte: ULRICH, Dave. Gestão Estratégica de Pessoas com Scorecard. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
90
Gestão de Processos | Unidade 6 – Arquitetura Organizacional
É refletindo e evitando as causas listadas anteriormente que podemos aumentar as chances de sucesso em obter
uma arquitetura favorável, capaz de responder a quaisquer adversidades presentes nos meios interno e externo
à organização.
91
Gestão de Processos | Unidade 6 – Arquitetura Organizacional
• Organizações em rede;
• Limites organizacionais imprecisos;
• Adoção plena da filosofia do STAD, em todos os níveis, com ênfase em
processos;
• Equipes executivas;
• Autonomia ampla para as unidades e equipes organizacionais, maior
responsabilização;
• Crescimento dos valores organizacionais como meio de coesão, em
substituição às normas e regras;
• Maior fluidez nos formatos organizacionais;
• Ênfase para o aprendizado, ênfase para o fator sistêmico;
• Envolvimento pleno do pessoal da organização com questões comuns e
estratégicas;
• Ênfase no equilíbrio financeiro em curto prazo.
92
Gestão de Processos | Unidade 6 – Arquitetura Organizacional
93
Considerações finais
Terminando a Unidade 6, esperamos que você tenha conseguido:
• entender o que é arquitetura organizacional;
• estabelecer a diferença entre arquitetura organizacional e estru-
tura organizacional estudada anteriormente;
• as diferenças conceituais entre arquitetura organizacional, de
processos e de negócios;
• lembrar as contribuições dos conceitos da arquitetura física para
o tema organizacional;
• conhecer as perspectivas da arquitetura do futuro;
• e entender um pouquinho das organizações que optam por fun-
cionar em redes.
94
Referências bibliográficas
ARAÚJO, Luis Cesar G de. Organização, Sistemas e Métodos: e as Tecno-
logias de Gestão Organizacional. São Paulo: Atlas, 2011.
GUEST, D. E. The Psychology of the employment relationship: an analysis
based on the psychological contract. King’s College, 2004.
NADLER, David: Arquitetura Organizacional: a chave para a mudança
empresarial. Rio de Janeiro: Campus, 1994.
SCHERER-WARREN, Ilse. Redes e espaços virtuais: uma agenda para a
pesquisa de ações coletivas na era da informação. UFSC/PPGSP, Cader-
nos de Pesquisa, n. 11, jul., 1997.
ULRICH, Dave. Gestão Estratégica de Pessoas com Scorecard. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2001.
95
Unidade 7
Cultura Organizacional –
Gerenciando a mudança no
trabalho com processos
7
Para iniciar seus estudos
Olá seja bem vindo, vamos relembrar alguns conceitos importantes sobre
cultura organizacional e liderança? Aqui, você irá aprofundar seus conhe-
cimentos em mudança organizacional, conhecer itens que podem influen-
ciar positivamente na transformação e também, aprender a reconhecer
barreiras ao processo de mudar. Boa leitura!
Objetivos de Aprendizagem
97
Gestão de Processos | Unidade 7 - Cultura Organizacional – Gerenciando a mudança no trabalho
com processos
Característica Resumo
Inovação e propensão a riscos Grau em que os funcionários são estimulados a ser inovadores e a assumir
riscos.
Atenção aos detalhes Grau esperado de precisão, análise e atenção aos detalhes.
Orientação para os resultados Grau em que os dirigentes focam os resultados mais do que as técnicas e
os processos empregados para alcançá-los.
Orientação para as pessoas Grau em que as decisões dos dirigentes levam em consideração o efeito
dos resultados sobre as pessoas na organização.
Orientação para a equipe Grau em que as atividades de trabalho são organizadas mais em função
das equipes do que dos indivíduos.
Agressividade Grau em que as pessoas são competitivas e agressivas.
Estabilidade Grau em que as atividades organizacionais enfatizam a manutenção do
status quo em contraste com o crescimento.
Fonte: Robbins, Stephen Paul. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo. Pearson Hall: 2009.
Em uma cultura forte, os colaboradores compartilham dos valores essenciais da organização. É como se o fun-
cionário estivesse cem por cento aderentes ao quadro acima. Em uma cultura fraca, existem ambiguidades,
inconsistências e indefinições. É um ambiente instável cuja implantação de novidades se torna mais difícil,
como veremos mais adiante na unidade. Quanto mais forte uma cultura, maior o grau de concordância entre
os membros envolvidos.
98
Gestão de Processos | Unidade 7 - Cultura Organizacional – Gerenciando a mudança no trabalho
com processos
99
Gestão de Processos | Unidade 7 - Cultura Organizacional – Gerenciando a mudança no trabalho
com processos
Quadro 3: Forças para a mudança.
São muitos os fatores externos que impulsionam mudanças. O foco da gestão da mudança em BPM é garantir
que as atividades dos indivíduos que serão executores dos processos estarão alinhadas com o acordado.
Glossário
Para Araújo (1982) mudança é: qualquer alteração, significativa, articulada, planejada e ope-
racionalizada, por pessoal interno ou externo à organização, que tenha apoio ou supervisão
da administração superior, e atinja integradamente os componentes de cunho comporta-
mental, estrutural, tecnológico e estratégico.
100
Gestão de Processos | Unidade 7 - Cultura Organizacional – Gerenciando a mudança no trabalho
com processos
Porém, não é possível fugir do processo de mudança. Por mais estável que se torne o ambiente interno, vimos que
são muitos os fatores externos que impactam na rotina de uma organização.
101
Gestão de Processos | Unidade 7 - Cultura Organizacional – Gerenciando a mudança no trabalho
com processos
102
Gestão de Processos | Unidade 7 - Cultura Organizacional – Gerenciando a mudança no trabalho
com processos
• FCS 3: Processos de engajamento: “Referem-se a abordagens planejadas, desenvolvidas na dimensão
organizacional, que engajam as pessoas no estado futuro e as ajudam a superar formas anteriores de
trabalho. Os processos de engajamento são desenhados para promover o comprometimento, encorajar
novos comportamentos e ensinar novas habilidades”;
• FCS 4: Compromisso dos sponsors: “Requer gestores com o poder e responsabilidade para garantir ade-
são à mudança das pessoas em sua área. Sponsors locais comprometidos são modelos de comporta-
mento necessários para a mudança”.
• FCS 5: Forte Relação pessoal: “Quando as pessoas entendem o Propósito Compartilhado da Mudança,
acreditam que a solução é aceitável, reconhecem que não podem permanecer no estado atual e se veem
bem-sucedidas no estado futuro”;
• FCS 6: Desempenho pessoal: “Quando as pessoas demonstram um comprometimento real e de longo
prazo com a mudança. Suas preocupações e reações são tratadas efetivamente. Sponsors locais, com o
suporte dos Agentes de Mudança, gerenciam as resistências que possam emergir”.
Com esses seis itens, a Changefirst cria uma metodologia de gestão da mudança reunindo os fatores necessários
a uma mudança organizacional bem-sucedida. A figura abaixo reúne os seis fatores críticos de sucesso (FCS)
levantados pela organização.
103
Gestão de Processos | Unidade 7 - Cultura Organizacional – Gerenciando a mudança no trabalho
com processos
104
Gestão de Processos | Unidade 7 - Cultura Organizacional – Gerenciando a mudança no trabalho
com processos
• analisar os gaps de competência chave: aqui se determinam quais as competências necessárias à exe-
cução dos papéis definidos e quais os gaps que deverão ser preenchidos para que o colaborador possa se
desenvolver e executar suas atividades sem dificuldades;
Glossário
105
Gestão de Processos | Unidade 7 - Cultura Organizacional – Gerenciando a mudança no trabalho
com processos
Fonte: <https://previews.123rf.com/images/theseamuss/theseamuss1408/theseamuss140800068/30711502-Layout-
for-your-options-or-steps-Abstract-template-for-background--Stock-Photo.jpg>.
106
Gestão de Processos | Unidade 7 - Cultura Organizacional – Gerenciando a mudança no trabalho
com processos
Legenda: A diferença conceitual entre o chefe, que ordena, e o líder, que inspira.
Fonte: <https://br.pinterest.com/pin/571675746429781932/>.
A charge nos mostra bem a diferença entre o conceito obsoleto de “chefe” que só se preocupava em dar ordens,
com o conceito de “líder” que orienta, direciona, corrige para desenvolver. Os líderes influenciam seus liderados.
Logo, é figura fundamental no processo da mudança para que tudo ocorra dentro do planejado.
Esse capítulo não visa esgotar todo o assunto de liderança, mas apenas, traçar o paralelo entre o sucesso de qual-
quer implantação e a figura do gestor. São diversos os estudos que apontam que organizações bem-sucedidas
caminham com bons gestores em cargos de liderança. Até a saúde dos colaboradores está atrelado a ter ou não
um bom ambiente de trabalho, incluindo colegas e líderes.
Para o nosso conteúdo, que visa ao sucesso de se estabelecer uma nova visão, aquela por processos, destacamos
as cinco regras básicas de uma liderança exemplar, definidas por Bergamini (2009). O gestor-líder deve ser capaz
de compartilhar os conceitos de processos e engajar os colaboradores a enxergar os benefícios dessa mudança
na organização.
107
Gestão de Processos | Unidade 7 - Cultura Organizacional – Gerenciando a mudança no trabalho
com processos
Quadro 5: Cinco regras básicas da liderança exemplar.
Regra Conceito
Apontar o caminho Primeiro as pessoas seguem alguém, depois seguem o plano.
Inspirar uma visão compartilhada A visão é a força que idealiza o futuro.
Desafiar o estabelecido Líderes se arriscam e desafiam o status quo. Estão dispostos a correr
riscos, inovar e experimentar.
Permitir que os outros atuem A liderança exemplar incentiva e capacita as pessoas para agirem com
confiança.
Encorajar o coração Líderes encorajam os seguidores para que não desistam, reconhecem
as contribuições e comemoram as vitórias.
Legenda: As regras de uma liderança exemplar e os conceitos relacionados.
Fonte: Adaptada deBERGAMINI, 2009.
Gostou do assunto e pretende se especializar mais? Acesse o site do Human Change Manage-
ment Institute e conheça as certificações. Também é possível conhecer o livro que reúne os
conhecimentos praticados pela instituição e auxilia nas provas. Acesse: <http://www.hucmi.
com/pt/>.
108
Considerações finais
Durante a unidade 7, pudemos juntos:
• relembrar os conceitos de cultura organizacional;
• conhecer os conceitos de mudança organizacional;
• elucidar as barreiras ou resistências comuns às mudanças;
• aprender os fatores críticos de sucesso para uma mudança
bem-sucedida;
• relembrar os conceitos de liderança;
• conhecer uma nova possibilidade de especialização em sua área,
por meio do HUCMI, o instituto que promove a certificação em
gestão da mudança.
109
Referências bibliográficas
ROBBINS, Stephen Paul. Fundamentos do comportamento organiza-
cional. São Paulo. Pearson Hall: 2009.
110
Unidade 8
Sistemas – O papel da
Tecnologia nos processos
organizacionais
8
Para iniciar seus estudos
Objetivos de Aprendizagem
112
Gestão de Processos | Unidade 8 - Sistemas – O papel da Tecnologia nos processos organizacionais
Conceito Autor
“Conjunto de elementos interdependentes e interagentes ou um grupo de Chiavenato, 2003
unidades combinadas que formam um todo organizado”. Sistema é um conjunto
ou combinações de coisas ou partes, formando um todo complexo ou unitário.
“Sistema é um todo complexo ou organizado; é um conjunto de partes ou Maximiano, 2002
elementos que formam um todo unitário ou complexo”.
“Sistema é qualquer entidade conceitual ou física, composta de partes inter- Hanika, 1974
relacionadas interatuantes ou interdependentes”.
“Sistema é um conjunto de elementos interativos e relacionados cada um ao seu Silva, 2001
ambiente de modo a formar um todo”.
Fonte: Elaboração própria.
O conceito de sistema se relaciona diretamente com o que conhecemos por organização e até processos: ele-
mentos que interagem entre si. Uma organização é um conjunto de recursos interdependentes, assim como
processos representa uma soma de atividades inter-relacionadas.
Tudo está conectado e visa à integração. Portanto, nesta unidade vamos estudar a teoria dos sistemas, os diversos
tipos e o seu suporte à gestão.
Segundo Maximiano, o pensamento sistêmico é uma evolução do pensamento administrativo.
E por que surgiu?
O enfoque sistêmico surge para resolver situações complexas. Nessa abordagem, tudo é complexo, pois qualquer
situação apresenta inúmeras causas e produz diversos efeitos.
Logo, a sociedade moderna precisava de filosofias capazes de auxiliar na resolução da complexidade nas quais
as organizações estão envolvidas hoje: grandes concentrações urbanas, esgotamento de recursos, globalização,
desemprego, inflação, criminalidade, catástrofes naturais etc.
Não podemos esquecer-nos do que aprendemos até aqui: tudo está interligado. Portanto, as organizações trans-
formam o meio em que vivem, mas também são impactadas pelas forças externas.
Maximiano (2011) nos mostra que o enfoque sistêmico possibilita:
• Visualizar a interação de componentes que se agregam em totalidades ou conjuntos complexos;
• Entender a multiplicidade e interdependência das causas e variáveis dos problemas complexos;
• Criar soluções para problemas complexos.
113
Gestão de Processos | Unidade 8 - Sistemas – O papel da Tecnologia nos processos organizacionais
Glossário
Ao contrário do que você pode estar imaginando, não foram administradores nem profissionais de Ti que propu-
seram a teoria. As primeiras premissas acerca da teoria foram formuladas pelo filósofo Friedrich Hegel e afirmam:
a. O todo é maior que a soma das partes;
b. O todo define a natureza das partes;
c. As partes não podem ser entendidas estudando o todo;
d. As partes são dinamicamente relacionadas ou interdependentes.
E a Teoria Geral dos Sistemas ou (teoria sistêmica) também não foi propagada por alguém da nossa área. Como já
falamos, a interdisciplinaridade nos ajuda e dessa vez a teoria veio da contribuição de um biólogo alemão, Berta-
lanffy, em 1930, a partir de suas observações em seres vivos.
O biólogo contribuiu para integrar correntes de pensamentos por meio do modelo que visualiza a organização
como um todo: estrutura, máquinas e pessoas.
São duas as ideias básicas do biólogo:
1. Interdependência das partes
“Para compreender, é preciso analisar não apenas os elementos, mas também suas inter-relações: a
inter-relação das enzimas na célula, de muitos processos mentais conscientes e inconscientes, a estru-
tura e a dinâmica dos sistemas sociais. Isso exige a exploração dos muitos sistemas no universo à nossa
volta, com todas suas particularidades. Além disso, é evidente que há aspectos gerais, correspondências
e isomorfimos comuns aos sistemas... A teoria geral dos sistemas, portanto, é a exploração científica de
“todos” e “totalidades” que, há pouco tempo, eram considerados noções metafísicas, que transcendiam
as fronteiras da ciência”.
2. Tratamento complexo da realidade complexa
“A tecnologia e a sociedade hoje em dia tornaram-se tão complexas que as soluções tradicionais não
são mais suficientes. É necessário utilizar abordagens de natureza holística ou sistêmica, generalistas ou
interdisciplinares.”
Começando a aplicar os conceitos, a teoria mostra a hierarquia de um sistema.
114
Gestão de Processos | Unidade 8 - Sistemas – O papel da Tecnologia nos processos organizacionais
É o conceito que nos mostra que é necessário dividir um problema grande e complexo em problemas menores:
Fonte: Adapt. Chiavenato, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro. Elsevier: 2003.
115
Gestão de Processos | Unidade 8 - Sistemas – O papel da Tecnologia nos processos organizacionais
Percebe a semelhança com o conceito de processos? Os componentes são os mesmos, porém, segundo Chiave-
nato, as definições de cada item ganham um enfoque diferente:
• Entrada: a força ou o impulso de arranque ou de partida do sistema que fornece material, energia ou
informação para a operação do sistema.
• Saída: a consequência para a qual se reuniram elementos e relações do sistema. Os resultados dos siste-
mas são finais, enquanto os resultados dos subsistemas são intermediários.
• Processo de transformação: o mecanismo de conversão das entradas em saídas.
• Retroalimentação: a função de sistema que compara a saída com um critério ou padrão previamente
estabelecido.
• Ambiente: o meio que envolve externamente o sistema.
Como pudemos perceber, a lógica da visão de processos está presente em vários aspectos da organização. A
figura a seguir estabelece a relação de todos os conceitos que estudamos até aqui:
Os sistemas estão inseridos em um ambiente. Um sistema possui objetivos que são alcançados por meio de fun-
ções desempenhadas por meio de processos compostos por atividades que consomem recursos. Os subsistemas
fazem parte das funções e funcionam por meio dos processos.
116
Gestão de Processos | Unidade 8 - Sistemas – O papel da Tecnologia nos processos organizacionais
Hoje, os sistemas estão muito atrelados à Tecnologia e não só a uma visão da organização. Vamos avançar em
sistemas de informação e suporte.
Os sistemas são classificados quanto à sua constituição em:
1. Físicos: equipamentos, máquinas, hardwares.
2. Abstratos: ideias, hipóteses, softwares.
Os sistemas são classificados quanto à sua natureza em:
1. Abertos: pessoas, grupos de pessoas. Agem como organismos vivos e interagem com o ambiente.
2. Fechados: são experimentais, como um equipamento que não interage com o ambiente. As variá-
veis são conhecidas e controláveis.
As organizações são sistemas constituídos por seus departamentos e funções (suas partes e subsistemas) e são
consideradas sistemas abertos, pois interagem com o meio em que estão inseridas.
Chiavenato lista algumas características do sistema aberto que as organizações possuem:
1. Comportamento probabilístico e não determinístico;
2. A organização como parte de uma sociedade maior e constituída de partes menores;
3. Interdependência das partes;
4. Homeostase.
117
Gestão de Processos | Unidade 8 - Sistemas – O papel da Tecnologia nos processos organizacionais
• Sistemas de apoio à gestão – são os SIGs, ou sistemas de informação gerencial, e prestam suporte à deci-
são gerando informações executivas. Não possuem caráter de rotina e costumam processar dados em
ocasiões específicas.
Exemplo: uma empresa pretende lançar uma nova linha de produtos para crianças. Os executivos solici-
tam uma pesquisa de mercado. Os dados da pesquisa serão lançados em um SIG que trará como resposta
o nível de aceitação e a provisão de vendas; essas são informações necessárias para que a alta direção
decida se será vantajoso ou não o lançamento de um novo produto.
Se você se interessa por tecnologia e quer saber mais sobre sistemas e gestão, leia: TURBAN;
MCLEAN; WETHERBE. Tecnologia da Informação para Gestão. Bookman: 2004.
Fonte: WAKULICZ, Gilmar Jorge. Sistemas de informações gerenciais. Universidade Federal de Santa Maria, 2016.
Informação também é um ativo. Vamos lembrar que o conhecimento de uma organização é um ativo intangível
importante.
A intelectualidade é um capital imaterial que produz valor. Afinal, a decisão de incluir um novo produto no mer-
cado pode levar uma organização a grandes lucros ou amargar prejuízos.
Estamos na Era do Conhecimento, e sem ele as máquinas apenas geram dados trabalhados. São necessários o
olhar e o conhecimento de um bom gestor para a tomada de decisão a partir de tantas informações.
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Gestão de Processos | Unidade 8 - Sistemas – O papel da Tecnologia nos processos organizacionais
As pessoas ainda são os recursos mais importantes de uma organização que pretenda se manter no mercado
competitivamente.
Para Mac Donald apud Stewart (1998), capital intelectual é “O conhecimento existente em
uma organização e que pode ser usado para criar uma vantagem diferencial”.
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Gestão de Processos | Unidade 8 - Sistemas – O papel da Tecnologia nos processos organizacionais
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Gestão de Processos | Unidade 8 - Sistemas – O papel da Tecnologia nos processos organizacionais
No site indicado existe um artigo que detalha um pouco mais os sistemas de gestão de pro-
cessos. Acesse o link: <http://www.guiaempreendedor.com/clico-responde-o-que-e-sis-
tema-de-gestao/>.
Entendida a função de um sistema de gestão e como ele funciona, vamos conhecer seus desdobramentos.
São vários os processos que acabam ganhando foco e se tornando automatizados em prioridade, porém vamos
listar os que são comuns a toda e qualquer organização.
O CRM é software de gestão voltado para o processo de atendimento ao cliente. Ele reúne todas as informações
de cada cliente, criando um “histórico” e evitando que os dados se percam em planilhas separadas.
Em teoria, a imagem a seguir nos mostra os objetivos e benefícios esperados na implementação de um software
de gestão de clientes:
Fonte: <http://www.werinteraction.com/site/index.php/cim/customer-interaction-management>.
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Gestão de Processos | Unidade 8 - Sistemas – O papel da Tecnologia nos processos organizacionais
Em um vídeo bem famoso da internet, um cliente tem problemas em cancelar sua conta de telefone. Em diversos
momentos da ligação, ele se vê obrigado a confirmar diversos dados pessoais.
A atendente provavelmente está acessando um CRM em que é possível consultar todos os dados pessoais do
correntista, bem como relacionar todos os protocolos (chamados) realizados pelo cliente.
Como vimos, um sistema não é só um repositório de dados. Ele gera informações de suporte à operação ou à
gestão ou a ambos. O CRM traça o perfil do cliente, mostra quantas vezes o cliente entrou em contato, qual o
incidente de maior recorrência e em quanto tempo seus chamados foram atendidos.
Uma empresa com boa gestão se antecipa aos problemas com o cliente e busca oferecer soluções individualiza-
das e personalizadas.
Sabe quanto você liga para uma pizzaria e erram seu pedido, mas consertam enviando uma sobremesa grátis? É
assim que se resolve a questão e ainda se fideliza o cliente.
Faça o exercício de listar todos os serviços que você utiliza em que o CRM pode estar pre-
sente, como o serviço de telefonia móvel visto no texto. A presença de um sistema como o
CRM dificulta ou melhora o seu atendimento?
A sigla ERP vem de Enterprise Resource Planning, que em português significa Planejamento de Recursos da
Empresa.
Como a própria tradução nos indica, um software ERP é instalado para dar suporte à organização no tangente ao
planejamento de seus recursos financeiros, contábeis, humanos ou materiais.
Qual a integração com processos? Toda! Um organograma, por exemplo, mostra todas as áreas e cargos de sua
empresa. Ele é capaz de dimensionar a quantidade de funcionários de que você precisará para executar todas as
atividades também apontadas no mapeamento de processos.
Mas quem controla a assiduidade dessas pessoas? Um sistema de folha de ponto, por exemplo, que nada mais é
que um ERP. Ele também provisiona férias e calcula montantes salariais.
A ideia de um ERP é que ele seja um sistema integrado, ou seja, capaz de realizar uma interface com todos os
demais softwares utilizados na empresa. Assim, as informações extraídas se tornam ainda mais confiáveis.
Mas ele também pode ser utilizado apenas para controle de recursos de uma única área/departamento. Em geral,
softwares integradores (ERPs) exigem investimentos altos, pois eles precisam ser personalizados. E nem sempre
a organização pode arcar com os custos de tal implementação.
“Segundo pesquisas realizadas pelo Aberdeen Group (consultoria americana) estima-se que apenas 27,6% das
funcionalidades disponíveis no software ERP são utilizadas”.
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Gestão de Processos | Unidade 8 - Sistemas – O papel da Tecnologia nos processos organizacionais
No Brasil, por diversas questões como o desenvolvimento mais tímido da tecnologia, cultura ou maturidade, os
sistemas ERP ainda não são amplamente utilizados ou são subutilizados.
A área em que o ERP é amplamente utilizado, por outro lado, é a logística. Um sistema integrado é capaz de
acompanhar todo o ciclo do produto desde o momento do pedido do cliente até o pós-venda, registrando o nível
de satisfação do produto recebido.
Fonte: <www.tiny.com.br>.
Existe um site dedicado a esclarecer e apresentar dados sobre os sistemas ERP. Acesse:
<http://portalerp.com/erp/5-entenda-erp> e saiba mais!
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Gestão de Processos | Unidade 8 - Sistemas – O papel da Tecnologia nos processos organizacionais
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Considerações finais
Na Unidade 8 finalizamos nosso curso entendendo o papel da tecnologia
em processos.
Ao final dessa leitura, você pôde:
• aprender os conceitos de sistemas;
• compreender a Teoria Geral dos Sistemas, a hierarquia e os com-
ponentes de um sistema;
• visualizar os tipos de sistema;
• conhecer os sistemas de informações gerenciais;
• conhecer os sistemas de gestão de processos, como o CRM, que
se preocupa com os clientes, e os ERP;
• aprender sobre a integração de processos interorganizacionais e
suas aplicações práticas.
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Referências bibliográficas
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
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