Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
O tratamento pela transferência 22
Professor/Aluno 23
6. Caso Dora 25
História familiar 26
Sintomas 27
Primeiro sonho 27
Interpretação do primeiro sonho 27
Segundo sonho 28
Interpretação do segundo sonho 28
A histeria de Dora explicada por Freud 29
7. Narcisismo 31
Autoerotismo 31
Narcisismo primário 31
Narcisismo secundário 31
8. Psicologia das massas 32
Três características das massas 32
Sugestão e libido 33
Identificação 34
Líder e identificação 34
9. O Mal Estar na Civilização 35
2
1. Consciente, Inconsciente e pré consciente
Consciente
Tudo aquilo que estamos conscientes no momento, armazena tudo o que podemos
perceber e acessar de forma intencional. Funciona de acordo com as regras sociais,
então é por meio dele que se dá a nossa relação com o mundo externo.
Pré Consciente
Inconsciente
Tudo está guardado desde as memorias da mais terna infância até certos
sentimentos e medos, nunca esquecemos de nada, apenas não temos acesso.
3
Mecanismos de Defesa
Para lidar com o desejo que nos faz sofrer existem certos mecanismos de defesa
Mascaras
Fantasias
Amor infantil que foi reprimido por culpa ou vergonha e na vida adulta volta
distorcido e a pessoa relata que foi abusada quando criança.
4
2. Pulsões de vida e de morte
Pulsão de vida
É toda a demanda interna que nos leva a buscar o prazer, a criar, a realizar
projetos (Mantenedoras da vida).
Quando a pessoa está de luto, ela perde o interesse nas outras atividades,
tendo perdido níveis de libido dessas atividades e uma concentração extrema de
libido na pessoa que foi perdida.
Pulsão de morte
Também tem uma fonte de energia especifica, mas não tem um nome próprio.
5
Toda pulsão tem uma fonte, finalidade, pressão e objeto:
Exemplo: Sede
6
3. Id, Ego e SuperEgo
Freud propôs uma nova estrutura da personalidade: A psique, que tem como objetivo preservar e
recuperar um certo nível de equilíbrio interno que assim permite minimizar o desprazer e maximizar
o prazer, está estrutura é composta por três elementos básicos, Id, Ego e Superego.
Id
Ego (Eu)
Princípio da realidade
O ego é lógico e racional, Como ele é o único em contato com o mundo externo
(realidade), ele é o tomador de decisões.
Tem como objetivo atender e aplacar as exigências do Id, tenta evitar o desprazer
e se esforça pelo prazer, preservando a saúde, segurança e sanidade da psique,
7
controlando as exigências e avaliando, como, quando, e se elas vão ser atendidas,
levando em consideração as limitações impostas pela realidade.
“O ego não é senhor em sua própria casa”, na verdade essa estrutura tenta dar
conta de vários senhores, além de suas próprias funções ele tem que levar em conta
as demandas do ID pelo prazer, o autoritarismo do superego, além de “respeitar” as
restrições da realidade, não tem energia própria, ele é alimentado pelo ID.
Muitas vezes o ID consegue sobrepor o ego e o leva onde quer. Freud considera
Ego uma estrutura fraca. O propósito da psicanálise é de fortalecer o ego (Eu) para
que ele se torne mais independente do autoritarismo do superego e não ceda ao ID,
tendo à capacidade de percepção apurada, lhe dando o melhor com as exigências
que recaem sobre ele.
Superego
É o reservatório os valores Morais e dos ideais das pessoas, também é juiz das
ações do ego.
Surge a partir do ego, mas ao contrário dele não tem contato com a realidade,
sendo assim, suas exigências que perfeição são excessivas, não realistas.
8
→ Consciência: resultado de experiências das quais fomos punidos por
comportamentos impróprios, então é a instância que nos dirá o que não devemos
fazer.
→ Ego Ideal: se desenvolve das experiências das quais fomos
recompensados por condutas adequadas, nos dirá o que devemos fazer.
Pode exigir que eu ego reprima os impulsos sexuais e agressivos já que ele mesmo
não pode.
9
4. Fases psicossexuais
Freud sempre acreditou que a sexualidade estava diretamente envolvida nos adoecimentos
histéricos. Posteriormente, se viu frente à constatação de que as crianças não são assexuadas e que
esta sexualidade infantil tem um papel decisivo na construção da personalidade do sujeito.
Na medida em que a criança amadurece vai desejar coisas diferentes, e encontrando formas de
gratificar estes desejos.
No processo de escolha objetal infantil, é muito comum que a criança acabe por eleger um dos
genitores como seu primeiro objeto de amor.
Fase Oral
Fase Anal
Entre 2 e 4 anos
10
Acriança pode controlar a evacuação vai receber elogios, e as vezes pode evacuar
onde não deve para chamar a atenção. o valor simbólico que as fezes adquirem é tal
que a criança as “entrega de presente” para o seu cuidador.
Fase Fálica
Freud pontuou a existência de uma fase que já poderia ser denominada de genital.
No entanto, pelo fato de haver, por parte da criança, o reconhecimento apenas da
genitália masculina, tal fase foi denominada de fase fálica.
Trata-se, portanto, de uma primazia do falo. A primazia do falo diz respeito a uma
representação que se constitui com base na presença/ausência do pênis.
Nela, há uma suposição do menino de que todos, assim como ele, possuem pênis,
considerado uma preciosa parte anatômica, um apêndice visível e muito valorizado,
mas ao se darem conta de que as meninas não o têm os meninos experimento o
chamado complexo de castração.
Complexo de Castração
11
Complexo de Édipo
A criança tem ciúmes da atenção que os pais dão um para o outro, então o menino
começa a ver o pai como rival pelo amor da mãe.
O menino então fantasia matar o pai e casar-se com a mãe, ele acredita que seu
pai também o vê como um rival e que poderá ser castrado pelo pai ficando inofensivo.
ao mesmo tempo o menino ainda quero amo e atenção do pai enxerga mãe como
uma rival.
Com o perigo de ser castrado o menino recalca esse amor pela mãe e abandona
esse desejo, então evolui para a se identificar com o pai, escolhendo um novo objeto
de desejo.
Já para a menina é um pouco diferente, ela também deseja mãe, mas acredita que
perdeu o pênis por culpa dela, então desenvolve uma inveja do pênis, seu objeto de
amor passa a ser o pai. a menina fantasia tiveram um filho com o próprio país isso
compensará seu órgão castrado.
Fase de Latência
5 aos 12 anos
período no qual eu desejos sexuais não resolvidas na fase anterior são reprimidos
pelo superego.
12
Fase Genital
A libido retorna aos órgãos genitais, nesse período os indivíduos já estão cientes
de suas diferenças sexuais é buscam formas de satisfazer suas necessidades
eróticas. O desejo sexual torna-se adulto.
Sentimentos edipianos que não tenham sido resolvidos na fase fálica podem
retornar na fase genital e assombrar a vida de alguns, sendo responsável por parte
das turbulências vividas nesta etapa da vida.
Fixação
Ocorre quando a pessoa não consegue avançar normalmente de uma fase para
outra permanecendo muito envolvida em formas de gratificação mais simples
13
5. Psicose, Neurose e Perversão: Estruturas Psicanalíticas
14
Psicose
15
O psicótico encontraria fora de si tudo que exclui de dentro. Nesse sentido, ele
incluiria para fora os elementos que poderiam ser internos. O problema para o
psicótico está sempre no outro, no externo, mas nunca em si.
1. Alterações de humor
2. Confusão nos pensamentos
3. Alucinações
4. Mudanças repentinas nos sentimentos
16
Neurose
17
Histéricas
Caso Anna O
Anna O. era uma jovem austríaca de 21 anos de uma família rica. Ela era uma
garota particularmente inteligente e culta. No entanto, começou a apresentar sintomas
extravagantes, diferentes. Ela entrou em uma espécie de “transe” que ela chamava
de “nuvens”. Sofria de alucinações em que via cobras e crânios. Ficava muda. Ficava
paralisada. Não podia beber líquidos (Viu o cachorro beber em um copo). Às vezes,
esquecia sua língua materna, o alemão, e só podia falar em inglês ou francês.
Breuer começou a tratá-la quando teve uma tosse persistente que a deixou
cansada. Ela também teve paralisia em seu rosto, em um braço e em uma perna. Seu
pai sofria de um abscesso tuberculoso e era ela quem cuidara dele durante a doença.
No entanto, ela mesma começou a ficar doente.
Breuer focou o tratamento usando a escuta como sua principal ferramenta. Ele
incentivou Anna O. a falar e dizer o que quer que viesse à mente. Os sintomas
melhoraram e as bases do que seria a associação livre ou o método de associação
livre apareceram.
Anna O chamou tal método de “cura pela palavra”. Breuer, por sua vez, chamou
esse procedimento de “método catártico”.
18
Perversão
É nas teorias que Freud expandiu nos anos 20 que emerge uma possível
resposta a essa questão.
Fetichismo
Freud coloca que muitos indivíduos que faziam análise com ele apresentavam
fetiches como algo que os traria apenas prazer, algo até mesmo louvável. Esses
indivíduos nunca o procuravam para falar desse fetichismo, ele aprecia apenas como
19
uma descoberta subsidiária. Assim se dá a denegação: a recusa em reconhecer um
fato, um problema, um sintoma, uma dor.
20
5. Transferência
Analista/Paciente
Então quando ele percebe que aquelas emoções e aquelas experiências não
pertencem àquele momento atual, mas sim o momento passado, ele dá esse nome
de transferência porque a própria palavra já traz o significado, transportar o passado
para o presente, das figuras do passado para figura atual.
21
O tratamento pela transferência
- Anulados pela ação mental, bem conduzidas, dos melhores sentimentos contrários
- Impulsos inconscientes passam a ter utilização conveniente que deveria ter sido
encontrados antes
22
- Sublimação – a energia dos desejos infantis não se anula, mas ao contrário
permanece utilizável, substituindo-se o alvo de algumas tendências por outro mais
elevado, quiçá não mais de ordem sexual, de permutar por outro mais distante e de
maior valor social.
Professor/Aluno
Aulas que para algum são excepcionais e para outros um tedio se dá pelo fato
de que esse professor provavelmente é objeto da transferência dos antigos afetos do
aluno que ama a aula dele, por isso ele parecia tão incrível para alguns.
23
professores se reveste de uma autoridade que o inconsciente de seus estudantes lhe
atribui. Por isso é importante que os professores saibam planejar a influência que tem
sobre seus alunos para que eles também possam seguir suas próprias trajetórias
intelectuais.
24
6. Caso Dora
Freud diz que duas circunstâncias vieram em seu auxílio em relação a esse caso:
primeiro, a duração do tratamento não ultrapassou três meses, e segundo, os
esclarecimentos do caso se agruparam em torno de dois sonhos, um relatado no meio
do tratamento e outro no fim cujo enunciado foi registrado imediatamente após a
sessão, assim proporcionando um ponto de apoio seguro para a teia de
interpretações e lembranças deles decorrente.
Ao trabalhar os dois sonhos de Dora, diz que o sonho é um dos caminhos pelos
quais o material psíquico pode acessar a consciência, já que em virtude da oposição
criada por seu conteúdo, foi bloqueado da consciência, recalcado, e assim se tornou
patogênico. O sonho é um dos desvios por onde se pode fugir ao recalcamento, um
dos principais recursos do que se conhece como modo indireto de representação no
psíquico.
25
História familiar
O círculo familiar de nossa paciente de dezoito anos incluía, além dela própria,
seus pais e um irmão um ano e meio mais velho que ela. O pai era a pessoa
dominante desse círculo, tanto por sua inteligência e seus traços de caráter como
pelas circunstâncias de sua vida, que forneceram o suporte sobre o qual se erigiu a
história infantil e patológica da paciente, ele também diz que sua mãe era uma “mulher
inculta tola”, que tinha “psicose de dona de casa”, sendo obcecada com a limpeza.
Na época em que aceitei a jovem em tratamento, seu pai já beirava os cinquenta anos
e era um homem de atividade e talento bastante incomuns, um grande industrial com
situação econômica muito cômoda. A filha era muito carinhosamente apegada ao pai.
O pai de Dora contraiu tuberculose quando ela tinha seis anos e, portanto, a família
se mudou para o país onde eles formaram uma amizade íntima com Sr. e Sra. K.
O estudo de caso revela que Sr. K começa a seduzir Dora desde tenra idade e que
ele persistiu neste esforço, presenteando-a com flores e presentes valiosos à medida
que crescia. Além disso, ele forçou um beijo nela quando ela tinha 14 anos, e tentou
fazer sexo com ela cerca de três anos mais tarde. Dora contou à mãe sobre o último
incidente. Sr. K negou a acusação de Dora e, com o apoio de Sra. K, acusando Dora,
por sua vez, de ser excessivamente interessada em “assuntos sexuais” e de ser toda
a cena “imaginária”. O pai de Dora foi conivente com os K, dizendo a Dora que suas
26
sugestões foram uma fantasia lasciva. Seguindo essas negações, Dora escreveu uma
nota de suicídio oferecendo a seus pais uma despedida e dizendo que ela “não
poderia mais suportar a sua vida”.
Dora começou a fazer análise com 18 anos e foi descrita por Freud como sendo
uma “mulher madura de julgamento independente”. Ele aceitou que sua história
“correspondia aos fatos em todos os aspectos”. Ele também concordou com a visão
de Dora que seu pai tinha a entregado para Sr. K, usando-a como moeda em seu
escambo sexual com o último para que sua ligação com Sra. K pudesse continuar
sem ser perturbada. Freud também era da opinião de que o comportamento sedutor
do Sr. K em direção à Dora tinha causado o “pré-requisito do trauma psíquico para a
produção de uma desordem histérica”.
Sintomas
Primeiro sonho
“Uma casa estava em chamas. Papai estava ao lado da minha cama e me acordou.
Vesti-me rapidamente. Mamãe ainda queria salvar sua caixa de joias, mas papai
disse: – Não quero que eu e meus dois filhos nos queimemos por causa da sua caixa
de joias. Descemos a escada às pressas e, logo que me vi do lado de fora, acordei.”
27
uma caixa de joias. Quanto ao termo, reconheceu que “caixa de jóias” é uma
expressão utilizada para referir-se ao genital feminino.
“Se eu reunir ao final de todos os sinais que tornaram provável uma transferência
sobre mim, dado que também sou fumante, chego a pensar que um dia, durante a
sessão, sem dúvida ela pode ter desejado que eu a beijasse.”
Segundo sonho
“Eu estava passeando por uma cidade que não conhecia, vendo ruas e praças que
me eram estranhas. Cheguei então a uma casa onde eu morava, fui até meu quarto
e ali encontrei uma carta de mamãe. Dizia que, como eu saíra de casa sem o
conhecimento de meus pais, ela não quisera escrever-me que papai estava doente.
‘Agora ele morreu e, se quiser, você pode vir.’ Fui então para a estação [Bahnhof] e
perguntei umas cem vezes: ‘Onde fica a estação?’ Recebia sempre a resposta: ‘Cinco
minutos.’ Vi depois à minha frente um bosque espesso no qual penetrei, e ali fiz a
pergunta a um homem que encontrei. Disse-me: ‘Mais duas horas e meia.’ Pediu-me
que o deixasse acompanhar-me. Recusei e fui sozinha. Vi a estação à minha frente
e não conseguia alcançá-la. Aí me veio o sentimento habitual de angústia de quando,
nos sonhos, não se consegue ir adiante. Depois, eu estava em casa; nesse meio
tempo, tinha de ter viajado, mas nada sei sobre isso. Dirigi-me à portaria e perguntei
ao porteiro por nossa casa. A criada abriu para mim e respondeu: ‘A mamãe e os
outros já estão no cemitério [Friedhof]”
28
a uma reunião doméstica, o pai requereu que fosse buscar o conhaque, logo, Dora
pediu à mãe a chave do bufê, mas ela estava absorta na conversa e não lhe deu
resposta alguma até que o gritou. “Onde está a chave?” a Freud pareceu ser o
equivalente masculino da pergunta “Onde está a caixa?”. Portanto, seriam demandas
pelos órgãos genitais. Ademais, no mesmo evento, um convidado fizera um brinde ao
pai de Dora, expressando a esperança de que por muito tempo ainda ele gozasse da
saúde. Nisso, reparando a expressão que toldou o rosto cansado do pai, ela
compreendeu os pensamentos mórbidos que ele sufocava. Assim, foi cara a atenção
ao conteúdo da carta no sonho: o pai estava morto e ela saíra de casa por seu próprio
arbítrio. A partir do escrito, o analista relembrou o que a paciente elaborara para que
os pais encontrassem, cuja interpretação da motivação consistiu em vontade de
assustar o pai que ele se afastasse da Sra. K., ou ao menos, ser vingado.
29
As premissas teóricas do trabalho de Freud com Dora defendem que os sintomas
histéricos são a expressão de um desejo proibido – que os sintomas histéricos surgem
tanto como um compromisso entre dois impulsos afetivos e instintivos opostos: um
desejo e uma defesa contra o desejo, ou por causa de sentimentos ambivalentes de
amor e ódio. Além disso, Freud sustentou que os sintomas histéricos representavam
um retorno à satisfação sexual primária, isto é, à masturbação. Para Freud, tal
atividade indicara que a sublimação estava incompleta e que os resíduos reprimidos
de fantasias masturbatórias uma vez conscientes tinham retornado sob a forma de
psicopatologia.
Pode ser visto então que, embora Freud parecia estar plenamente consciente do
significado da história de família e circunstâncias pessoais de Dora, seu quadro
teórico levou-o a se concentrar no conflito neurótico intrapsíquico. Assim, a raiz do
problema para Freud era as fantasias inconscientes infantis e impulsos sexuais para
com o pai de Dora. Ele concluiu que esses desejos reprimidos e instintivos haviam
retornado e que Dora estava se defendendo contra o conhecimento de que ela amava
e desejava seu pai, Sr. K e tinha anseios homossexuais em relação à Sr. K. Freud
chegou a sugerir a Dora que sua masturbação infantil foi a razão por que ela tinha
caído doente, e ele interpretou a tosse histérica como representando seu desejo de
ter relações sexuais com seu pai. Para Freud, cura de Dora era dependente de sua
consciência e aceitação de suas fantasias e impulsos sexuais e agressivos infantis.
Uma vez que estas amnésias da infância se tornassem conscientes, elas poderiam
ser sujeitas a controle racional, realista.
Freud nos diz que a recusa de Dora para aceitar suas interpretações era “uma
indicação da força de seu amor e desejo sexual reprimido por seu pai”. Além disso,
seguindo a resistência de Dora, Freud descreveu-a como sendo “incapaz de
julgamento imparcial”, e sugeriu a ela que “não” significava “sim”. Freud argumentou
que parte da razão pela qual Dora terminou o tratamento abruptamente era porque
ela tinha se tornado perturbada e excitada por pensamentos de querer ser beijada por
ele.
30
7. Narcisismo
A palavra “narcisismo” foi utilizada pela primeira vez na área da psicanálise pelo
alemão Paul Nacke em 1899. Em seu estudo sobre perversões sexuais, ele fez uso
desse termo para nomear o estado de amor de uma pessoa por si mesmo.
Autoerotismo
A criança ao nascer encontra-se em um estado de indiferenciação entre ela e o
mundo. Todos os objetos, inclusive sua mãe, fazem parte de si própria. Este estágio
de Autoerotismo dura poucas semanas pois logo o bebe começa a perceber, através
de seu desconforto interno (fome, frio, calor, intensidade luminosa, ruídos abruptos),
que estes estímulos insuportáveis são resolvidos por algo alguém que lhe socorre.
Narcisismo primário
A criança toma a si mesma como objeto de amor e como centro do mundo, antes
de se dirigir a objetos exteriores. A representação de si tem como base a criança
imaginária, amada incondicionalmente pelos pais.
Narcisismo secundário
Há a capacidade de amar por elas mesmas pessoas percebidas como separadas
e diferentes de si, o indivíduo ama a si mesmo como retorno por amar outro e por fim
no desenvolvimento normal estabelece o fundamento da autoestima e coexiste com
o amor de objeto.
31
8. Psicologia das massas
Na psicologia social ou das massas se abstrai das relações do indivíduo com pais,
irmãos, objeto de amor, professor, médico, etc, isolando como objeto de investigação
a influência que um grande número de pessoas exerce sobre o indivíduo, às quais
está ligado de algum modo ou podem lhe ser estranhas.
o ser individual é tomado como membro de uma tribo, povo, casta, instituição ou
parte de uma aglomeração que se organiza como massa em determinado momento
para um certo fim, ocorrendo: Manifestação do instinto social
32
1. Indivíduo adquire um sentimento de poder invencível que lhe permite
ceder a instintos que isolado manteria sob controle., porque a massa é anônima e
irresponsável, desaparece o senso de responsabilidade que retém os indivíduos
2. Contágio mental – sentimento e ato é contagioso a ponto de o indivíduo
sacrificar o interesse pessoal ao interesse coletivo.
3. Determina nos indivíduos das massas características especiais às
vezes contrárias às do indivíduo isolado. Sugestionabilidade e hipnose. Não é
mais ele mesmo e sim um autômato.
A ética e a consciência moral não são naturais ao homem, mas desenvolvidos pela
necessidade de domínio das forças da natureza e agressividade humana.
Sugestão e libido
Para Freud a sugestão não é suficiente para explicar o fenômeno de massa, então
ele recorre ao conceito de libido:
33
Identificação
Mais primordial forma de ligação afetiva a um objeto. Por via regressiva se torna
substituto para uma ligação objetal libidinosa – introjeção do objeto no EU
Pode surgir a qualquer nova percepção de algo incomum com uma pessoa que
não é objeto dos instintos sexuais. Quanto maior esse algo incomum, mais bem-
sucedida é a identificação parcial –início de uma nova ligação.
Líder e identificação
Empatia – compreender aquilo que em outras pessoas é alheio ao nosso Eu. Ideal
do EU – instância que se separa do resto do eu e entra em conflito com ele. Herdeira
do narcisismo original. A distância entre o eu ideal e o eu real varia de pessoa para
pessoa.
34
9. O Mal Estar na Civilização
35