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PRÁTICA DE PREGAÇÃO:
RIO DE JANEIRO
MAIO\2021
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2- EXPLICAÇÃO
Carta de Paulo aos Colossenses. É uma das chamadas cartas da prisão.
Escrita próximo ao ano 60 d.C quando o Apóstolo estava aprisionado em Roma. A
Igreja na cidade de Colossos constituída em grande parte por gentios, foi plantada
por Epafras e alguns outros irmãos que haviam se convertido na cidade de Éfeso
quando Paulo em uma de suas viagens missionárias passou aproximadamente 3
anos pregando naquela cidade.
Contudo, a jovem igreja já estava enfrentando o desafio de falsos ensinos.
Uma doutrina complexa que propunha uma série de exigências legais como o único
meio de se chegar a Deus, tais como: regras com relação a alimentação; a guarda
do sábado; o culto a anjos; cláusulas sobre o cumprimento do calendário judaico;
um certo ascetismo. Um sincretismo religioso que misturava judaísmo, gnosticismo
e paganismo. Ensino este que apesar de não negar explicitamente a Jesus, nega
de maneira sutil a sua preeminência.
A doutrina, portanto, que estava se infiltrando na igreja de Colossos era
apesar de sutil, completamente estranha e oposta ao evangelho anunciado por
Paulo. Onde a pessoa e a obra Jesus é o único caminho que leva a Deus. A única
base para a salvação do pecador.
Provavelmente por não se sentir capaz de resolver o problema que a igreja
estava enfrentando, Epafras vai ao encontro de Paulo em Roma, levando as
notícias da igreja. Um dos objetivos portanto da carta de Paulo aos Colossenses é
defender a igreja dessa falsa doutrina. Com o objetivo de que os irmãos
continuassem firmes nas verdades do evangelho de Cristo Jesus. E assim
desenvolvessem a sua fé fundamentados na suficiência da pessoa e da obra de
Jesus.
O texto que lemos é o conteúdo da oração de Paulo e dos irmãos que com
ele estavam em favor da igreja de em Colossos. Uma oração motivada pelas
notícias levadas a ele de que aquelas pessoas haviam ouvido a mensagem do
evangelho. E não apenas ouviram, mas a fé em Jesus já havia sido produzida em
seus corações pela pregação da Palavra.
Paulo ora para que eles “transbordem do pleno conhecimento da vontade de
Deus”. Neste versículo o Apóstolo se apropria de dois termos utilizados no
gnosticismo e os aplica corretamente . O “pleroma” que era um estado de plenitude
que poderia ser alcançado através da “gnose”, um conhecimento ou uma ciência
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especial que não estava ao alcance de todos os homens, mas apenas de alguns
privilegiados, iniciados, os chamados pneumáticos.
O conhecimento da vontade de Deus a qual Paulo se refere não se trata de
mera apreensão de conteúdo teórico e subjetivo. E ao contrário do que os gnósticos
tencionavam ensinar, não era privilégio dos chamados iniciados. Mas ofertado por
revelação do próprio Deus por meio de Cristo Jesus. Um conhecimento muito mais
valoroso que o apresentado pelos hereges, que transforma o ser humano e o
conduz a uma nova vida. A vida mais excelente, a vida para a glória de Deus.
Paulo também ora para que eles fossem fortalecidos por Deus para
perseverar e desenvolver paciência. E ainda para eles glorificarem a Deus por
tê-los “capacitado a participar da herança dos santos”.
Vida governada pela vontade de Deus, perseverança, paciência e Gratidão a
Deus. Qualidades que precisam ser encontradas na carreira de cada crente em
Jesus.
3- TEMA: MARCAS DOS FILHOS DE DEUS
4- ARGUMENTOS:Os filhos de Deus são:
4.1- GOVERNADOS PELA VONTADE DE DEUS
Paulo ora para que os crentes colossenses não apenas obtivessem um
conhecimento teórico a respeito da vontade de Deus. Mas que esse conhecimento
da vontade de Deus assumisse o controle de suas vidas. Que suas ações e
reações fossem guiadas pela vontade de Deus.
Paulo utiliza uma variação do termo grego traduzido por “pleno” em Efésios
5.18 “E não se embriaguem com vinho, pois isso leva à devassidão, mas deixem-se
encher do Espírito,”. Ser preenchido com o conhecimento da vontade de Deus não é
análogo a um copo cheio com água. Este enchimento é melhor representado pela
vela de um barco que preenchida com o vento conduz o barco a uma direção.
Alguém que está cheio de raiva, toma decisões e age dominado pela raiva. Aquele
que é preenchido com o conhecimento da vontade de Deus é governado por Ele e
capacitado para viver a Sua glória e louvor.
É o que diz 2Pedro 1.3 “Pelo poder de Deus nos foram concedidas todas as
coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que
nos chamou para a sua própria glória e virtude.”. Esse conhecimento que leva a
vida piedosa é demonstrado não apenas em palavras, mas na prática das boas
obras.
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Isso fala a cada crente, mas muito especialmente a nós que continuamente
temos nos apropriado de conhecimento teológico, conhecimento bíblico,
conhecimento da vontade de Deus revelada nas Sagradas Escrituras o que é uma
benção. Permaneçamos nos esmerando! Entretanto reconhecendo que não é a
nossa capacidade intelectual e esforço que nos fará ser “cheio do conhecimento da
vontade de Deus”. É Deus quem se revela a quem quer. Nas palavras de Berkhof:
“sem a revelação, o homem nunca seria capaz de adquirir
qualquer conhecimento de Deus, E, mesmo depois de Deus
ter-se revelado objetivamente, não é a razão humana que
odescobre Deus, mas é Deus que se descerra aos olhos da
fé”(Berkhof, 33)
Ou seja, aqueles sobre os quais o Espírito Santo foi derramado, são capazes
de serem mártires, capazes de viver para a causa de Cristo mesmo em face das
circunstâncias mais adversas, inclusive em face da morte. Os filhos de Deus
perseveram, pois Deus os fortalece.
5 -CONCLUSÃO
Em nossa carreira Cristã, como filhos de Deus, sejamos encontrados vivendo
governados pela vontade de Deus e não a nossa. Frutificando em boas obras.
Cônscios de que é Ele quem nos preenche com o conhecimento da sua vontade e
nos capacita. Ele é quem se revela a nós e nos capacita a cumprir a missão.
Sejamos encontrados perseverando na fé, fiéis a Deus e a sã doutrina em
meio às circunstâncias adversas, em meio aos desafios, quaisquer sejam eles.
Sabedores não há força suficiente para perseverar em nós mesmos e em nossa
capacidade. O poder para perseverar vem de Deus por meio do Seu Espírito que
habita em nós.
Sejamos sempre encontrados com nossos corações cheios de gratidão e
humildade. Louvando a Deus que por meio de Seu Filho Amado, Jesus Cristo, nos
salvou, nos adotou e nos deu uma nova direção, uma nova vida voltada para Ele
mesmo, o Senhor das nossas vidas e para a sua glória.
Como o Apóstolo, incessantemente oremos a Deus para que essas
qualidades sejam reais em nossas vidas. Pois é Deus quem se revela a nós e nos
leva a viver as boas obras. É Deus que por meio do Seu Espírito nos fortalece com
seu poder para nos fazer perseverar e permanecer fiéis. É Ele que por sua livre
graça nos fez seus filhos, herdeiros da herança eterna. A nossa força e suficiência
estão em Cristo, que é a revelação perfeita do Pai, que enviou o Seu Espírito,por
meio de quem fomos adotados.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
REID, Daniel G. Dicionário teológico do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova,
2012.