Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Pequena Historia Do Brazil - Joaquim Maria de Lacerda
Pequena Historia Do Brazil - Joaquim Maria de Lacerda
·. J)~~
- - - - - -------.t- - I '
-----.~~ ..
I' ELO
--->-..---
- - - - - - - -- -.:>- ..,!.,)>.~
.,......:. (,).
PEQUEN A
HISTORIA DO BR AZIL
POR PERGUNTAS E RESPOSTAS
..
PEQUENA
3
HISTORIA DO BRAZII_J
POR PERGUNTAS E RESPOSTAS
PELO
1'1111
PEH.lODO I
í DESDE O DESCOBRIMENTO DO BRAZIL ATE O
DOMINIO HESPANHOL (1500-1580)
Descobrimento do Braz.ll
~
- depois para a India.
P. Que se passou de nolaJ•el em. Por lo-Seguro?
o;
.!>
R. Cabral tomou ahi posse da nova terra
.,"<.>
o" ~ para a corôa de Portugal; c o guardião francis-
cano frei Henrique de Coimbra celebrou no
domingo da Pnschocla a primeira Missa que
se disse no· Brazi l.
( P . Juaes erão os usos e costumes caracteris- P . Que t·eligião pt·ofessaJ'áo os Indios do Bra-
zcos . essas tribus selJ'agens? '{il e quaes erão os seus sacerdotes ?
R. Vivi à o errantes; andavão em nudez . R. Póde-se dizer que os lndios do Brazil não
.
completa ' Ltazen<. 10 apenas enfeites d quast Linhão religião ou culto algum. Seus pagés erão
de var ias c· r e pcnnas
ores; a tmenlavão-se da caça, da pretendidos feiticeiros e adevinhadores, que vi-
vião retirados em palhoças c em grutas, c exer-
cião immenso imperio nos animos dos selva-
gens.
P. N.io voltou Cara mune nunca lllt1lS a R. D . .Joüo UI dividia o Brazil em capitanias
Europa? hereditarias de quarenta, cincoenla e mais
H. Sim : embarcou-se com sua mnlhcr, a ]cuuas de costa.
famosa P .v·.1guassú, em um navio frauce.r. que p. A quem foráo dadas essas capitanias?
aportára a Bahia. R. Essas capitanias !'orúo dadas a vassallos
P. Que acolhi menlo encontránfo elles em hcncmeri los com a ohrig:u;üo de crearem n 'e lias
França? <.'slalJclcci mentos permanentes à sua custa.
H. Forào bem recebidos na cÔ!'Ie de llenriq ue p. Quaulas c.1pitauias for.w creadas no Bra-
li, c Paraguassú foi enl:'io baptizada com o -:;il?
nome de Catharina. H. Farão creadns doze capitanias. mas só se
P. Quefet depois Caramurú? sahcm os nomes de dez, a sahc1 : S. Vicente,
R. Nào podendo ir a Portugal, Cara mu r li en- S. Amaro, Para!tyba-do-Sul, Espirilu-Sauto,
viou a D . .Joüo llf informações de suas aven- p 01·to-Segm·o, Jlhéos, Bahi.1 de Todos-os-S.m.los,
turas, c voltou a Bahia. Pernambu..:o, Ceará e lvlanmhão.
P. Que az•enlttras succedêráo a João Ramalho?
H. Havendo naufragado n a costa de S. Pau lo, Historia dn fundação Jas capitanias
Íl'\'e .lot'io Hamalho a felicidade de agradar a
'J'ibirerâ, chefe dos (;uayanazcs, que lhe de u P. Oue sorte LeJ•e a capitmlia de S. Yicente?
sua Jill.:.1 em casamento. l\
H. capitania d e S. Yiccntc foi uma das que
P. Que sen•iços preslárão Caramurú e Ra- mais prosperárüo.
malho aos Porlugueíes? p. Quem foi 0 don.ttario da c.1pi tanza de S ·
H. Caramurú c Ramalho aj ud:lr<lo muito aos Fh·enle?
Portuguczes na grande obra da colo nizaçao do ... H. Foi l\lartim All'onso de Somm .
13ntzil. p. Que {e;. elle para a prospe!'idadc da capi-
que vierã o da ilha da Made ira, e criou o pri- P. Que sorte te11e a capit ania da Para hyba
meir o gado , de sorte que foi da capit ania de do Sul?
S. Vice nte que as outra s se abasl ecêrã o. R. Esta capit ania foi uma das que não vin-
gárão .
p. Como se how•e Coelho Pereira com os indi- R. O primeiro governador gc1al do Brazil foi
genas? Thomé de So uza, que já se ill uslrara nas guer-
H. Teve que sustentar porfiada guerra com ras da Africa e da India.
os C~hctés, e sahio triumphanle com o auxilio P. Que 1·a:róes levá1·áo el-rei D. João JJJ a
dos fabayarrs, seus alliados. crea1· um go11erno get·al no Bra{i l?
R. D. João UI creou um governo geral, afim
p · Quem foi o donalario da capitania do que os colonos das diversas capitanias, reu-
Ceará? nindo seus esforços em roda de um poder
R. Foi Antonio Cardozo de Barros, mas nno director , podcssem conler os selvagens e mal-
c~nsta que fizesse empenho algum para colo- lograr qualquer lenlativa das oulras nações eu-
mzat a sua capitania. ropéas contra o Brazil.
P · Quem foi o doual.1rio da capitania do M C!- P. Quando veio Thomé de Sou{a par·a o
rauhão? · Bra~il?
R. A capitania do Maranhão, a maior de lo- R. Thomé de Souza partio de Lisboa a 2 de
das, foi doada ao celebre historiador João de Fevereiro, e chegou a Bahia a 29 de Março de
Barros, que se associou com Fcrnanuo .\h·ares 1549 com 6 navios, trazendo muilas familias,
de Andrade c .\yrcs da Cunha. 600 homens de armas c 400 degradados.
P· qu:
succedeu â p-r,wde e.x:pediçáo que elles P. Que missiouarios 11ierão em companhia de
mandarao para coloni!íar a capitania do Ma-
Thomé de Sow;.a?
ranhão? R. Com Thomé de Souza vierão 6 Jesuilas (1)•
R. A expedição que cllcs mandárào perdeu-
se, ao chegar ao Brazil, em uns bahios, pere-
cendo quasi toda a gente. (1\ A ordem dos Jesuilas ou Companhia de J esus foi
fundada em 153? por S. l gnacio de Loyola, e lem por fim
a salvação das almas e a maior gloria de Deos. Dxlincta
Primeiro governad or geral do Brazil (1 549-1553) em 1?73 pelo papa Clemente XIV, foi restabelecida em
181't por Pio VTI. Deu á Egt•cju muitos c grandes santos:
p. Quem foi o primeiro governador geral do S. Ignacio de Loyola, S. Francisco Xavier, S. Francisco
Bra1_il? de Borja, S. Luiz Gonzaga, S. Eslanisláo Kostka, S. Fran·
30 PRUIEIRO GOVERNAD OR CERAL DO RRA7.1L
SERVIÇOS PRESTAD OS PELOS JESUI'rAS
RE{S DE PORTUGAL
PERIODO li
1495-1521. D. Manuel o Ventu1·oso.
1521-1557. - D . João III, filho de D. Manuel.
1557- 1578. - D . S ebastião, nelo de D. João III. O BRAZIL DEBAIXO DO OO MIN IO HESPANHOL
1578-1580. - O cardeal D . Henrique, lio de D. Sebas- (1580- 1640\
tião e irmão de D. J oão lll.
canit . "
P. Qual era o estado das outraç· :r amas Sex to gov ern ado r ger al (158
8-15 91)
R. As ou t rns capitanias apresenta - um as-
· vao
t por ém do Veig a no
p~c od pJouc~ ani ma dor 1 li ..
cxc epç ão
P. Qu em succedeu a Lourenço da
R
, á
e ane1ro ' que ' pc a ertiJJdade do sólo
lO
· g ifi e g ot'erno ger al do BraJ(il?
vanta.~osa situação da sua ma R. A Lo ure nço da Veiga succed
eu em 1583
. n ca hah ia,
pro me ttia já um bri lha nte fut um 1\Ianuel Tclles Bar reto , que foi
o pri me iro go-
lipp e 11.
ver nad or geral nom ead o por Plú
e a adm i-
P. Que occorreu de notavel dur ant
nistração de Telles Bar ret o ?
R. Na adm inis traç ão de Telles
Bar reto comc-
ios inglezes na
çár ão as depredações dos cor sar
Hc spa nha em
costa do Brazil, por ach ar- se a
e lug ar a con -
gue rra com a Ing late rra , c lev
ba (1586) .
quista c colonisação da Par ahy
Ba1·reto, e
P. Em que anuo falleceu Telles
quem lhe succedeu no pod er ?
R. Telles Bar reto falleceu em
1587, e succc-
dur ou qua tro
deu-lhe um governo inte rin o que
am but·o .
Alcacer da Boa Vis ta em Pern ann os .
aul e esse
P. Que occorreu de notavel dur
enas 9 Er ã
.P. Que me di:\eis das lribus indíg governo inte rin o ?
a expedição
am da .e/las for~zidaveis aos Por
.cs ? o
tug ue; R. Em 1588 chegou á Bah ia um
ze:· A exce~ça~ dos Aymorés e dos
. . .as demaJs tnh us selvagens csta
hci
Guayana-
(!cídas na
ingleza, sob o com ma ndo de Ro
gton.
ber to Wi lhr in-
v· . - os Jng le\e s?
costa desde ·Per nam buc o até S · lCente, hnh ao P. Que hostilidades praticá1·ão
sid
o ext erm ma das ou sub me tt'd as, ou ~'<'pelli- R. Depois de ass ola rem o Rec
onc avo , tentú-
das par a os sertões do int elio r.' ade da Ba hia ;
rão os lnglezes apo der ar- se da cid
SFTI\10 GOVPR:\'ADOR GERAl. DO BRAZ I I.
SETIMO GOVERNADOR GCRA I. DO 81\AZIL 47
mas forão repellidos ·a a . .
Christovão de Gou ,ê' gt ç s a energ•a do jesuita P. Quem era pois este Robel"io Dias?
" a, que fez pega
aos lndios convertidos. r em armas R. Roberio Dias era um descendente de Cara-
murú, que tinha ido a Madrid oiTerecer a Phi-
Setlmo governador geral lippe li o descobrimento de ricas minas de
prata, com a condição de lhe ser conferido o
P. Quemjoi 0 7 o governador geral do B .19 titulo de marquez das l\linas.
R. O 7o goveJ.na d Ol' geral foi D F. ra"'l .
. 1 P. Concedeu-l/te o monarcha esta me1·cé?
Souza que · · 1 ancJsco ele
1591. ' veJo render 0 .
governo mterino e•u R. Não lhe foi concedido o que requeria, e
Roberio resenlido levou para a sepultura o seu
segredo.
P. Que succedeu de importante no goverllo de
D. Fmncisco de Sou~a?
P. No governo de D. Francisco de Souza
tiverão lugar a expedição do corsario inglez
Cavendish con tra S. Vicente e Espirito-Santo
(1591), e a dos inglezes Lancasler e Venner
contra Pernambuco (1595).
P. Que {e1_ Ca11C11dislt?
R. Thomaz Cavendisb surprendcu os habi-
tantes de Santos a ouvir Missa, e como estes de
noite tivessem fugido para o interior com suas
Transmigrações para as minas. riquezas, por se terem entregado os Inglezes
p · Que projectos t1·a7ia D F. . aos excessos da intemperança , mandou Caven-
S oU';:a? 1 • 'anczsco de dish incendiar S. Vicente, c fez-se ao mar.
R. D. Francisco de Souza ve· P. Que aconteceu depois ao corsa1·io i11gle{?
ças de encontrar a . JO com esperao- R. Sendo arrojado por um temporal á costa
por um certo Rob s :nuD1~S de prata descobertas de Santos, Cavendish perdeu 25 homens que
el'JO 1as.
ali desembarcarão, e seguio pa ra o Espirito-
48 SUCCESSORE S DE o. FRA."C ISCO DE SOUZA SUCCESSORES DE O. FRANCISCO DE SOUZA 49
Santo, donde sendo repellido vigorosamente, e com·erlidos pelo jcsuila Domingos Rodri-
afasto u-se do Brazil. gues.
P. Que façanhas praticárão os outros dous P. Quem succedeu a Diogo Botelho 110 got'erllO
corsarios ingle;,es, Lancoster e Venner? a-eral do Bra\il?
0
R. Heun;ndo as suas forças, James Lancaster R. A Diogo Botelho succedeu D. Diogo de
e João Venner apoderárão-se do Recife d'ondc .:\[enezes, em 1608.
partirão ~arregados de despojos, have~do po- P. Que occorreu de notavel no governo de
rém perdido grande parte de sua gen te em uma D. Diogo de M eue,es? .
emboscada. R. O governo de D. Diogo de Menezes fo1
P · Que oull·o j'acto importante succedeu 110 assignalado pela crcação do primeir0 tribunal
goJ,erno de D. Francisco de Sou.l(a? da Relação do Brazil na cidade da Bahia em
R. .Nes!e governo teve lugar a conqu ista e 1609, pela colonisação do Ceará em 1610, e
colomsaçao do Rio-Grande de Norte (1597). pelo estabelecimento dos Francezcs na ilha do
Maranhão em 1612.
p. Quem foi o 10° goJ'ernado1· geral do
Successores de D. Francisco de Souza
Bra~il?
P · Quem succedeu a D . F1·ancisco de Sou\ a R . O 10° governador geral foi Gaspar de
como go1'ernador geral do Bm1.il? Souza, que tomou posse em 1612.
R. A O. Francisco de So uza succedeu Diogo P. Quaes joráo os fac!os nola1'eis que assigua-
Botelho, que tomo u posse em 1602. láráo o governo de Gaspar de Sou~a?
P. Por quemjoi uomeado Diogo Botelho? R. Os factos mais nolavcis do governo de
. R. Diogo Botelho foi nomeado por P hi- Gaspar de Souza lorão : a expulsão dos Fran-
l~ppe llJ , que succedêra cn 1598 a seu pai Phi- cczes da ilha do Maranhão por J cronymo de
hppe 11 nos thronos de Hespa nha c Portugal. Albuquerque e Alexandre de Moura (1615); c
.p · Que fac lo nolavel se deu no goveruo de a conquista do Pará e fu nd ação da cidade de
D 10go Botelho? Belem (1616) .
R. Os Aymorés, que assolavão as capitanias P. Quem foi o successo1· de Gaspar de Sou,a?
dos Ilhéos e de Porto-Segw·o, forão pacificados R. A Gaspar de Souza succedeu em 1617
50 TOMADA DA DAlilA P E LOS HOLLAND EZES TO~IAOA DA DAlilA PELOS IIOLLANOP.7F.S 51
P. Como se condu\io este governador geral ? 1583-1687. 6o Manuel Tolles Barr·elo; succede-lhe um
R. O conde da Torre travou qualro co mbates gover·no in ter·ino qu e durou quutr·o arrno!'.
n avaes com os Hollandezes, que afinal sahirào 1591- 1602. - 7o D. Fra ncisco de Souza.
1602- 1608. - So Diogo Botelho.
victoriosos, c regressou a Lisboa, onde fo i 1608-16 12. - 9o D. Diogo ele Menezes.
enca rcerado na torre de S. Julião (1640). 1612- 1617 . - 10° Gaspar de Snuza.
P. Q11em foi o successor do conde da Torr e? 1617-1622. - Jlo D. Luiz de Rouw.
1622-162'• . - 12o Diogo de ;\[endonc;a Fur·tndo.
H. Quem suceedeu ao conde da Torre foi
1624-1625. - J3o ;\lalhias de Albuquerque. .
D. Jorge de Mascarenhas, marqu ez de Montai- 1625- 1626. - l '•o D. Ft·a ncisco de ;\loura Rohm.
vão, que veio com o tilulo de 11ice-rei d o 1626- 1635 . - 150 Oiogo Luiz de Oliveira.
R. Vendo Duguay-Trouin que não podia con- 1718; - 39° Fernand es Cesar de Menezes , 4°
ser var a cidade, propoz o seu resga te, que foi vice-rei do Brazil, em 1720.
estipula do em 610,000 cruzado s em dinheiro , P . Quaes fõrão os jactos mais int eressantes
500 caixas de assucar e 200 bois, além do que occorridos no governo d'este ,lo 11ice-1·ei?
pagárão os particul ares para resga tar os seus R. No governo de Fernand es Cesar de Me-
effeitos. zes, descobr írão-se
P. Como foi punida a conducta iudigna do go- as minas de ouro
vernado r do Rio de Janei1·o? de Cuyahá , e as de
R. Castro .l\Ioraes foi deposto e condemnado a diamantes do Ser-
prisão perpetua em uma das fortalezas da ro do Frio. Em
India. 1733 foi nomead o
P. Quem joi o 36° governa dor gemi do Era;;:_i!? governa dor do Rio
R. O 36° governa dor geral foi P edro de Vas- de Ja neiro Gomes
concell os e So uza em 1711. Freire de Andrade,
P. Que houve de nolavel dll1·ante a sua admi- conde de Boba-
1listração? della, que gover-
R. Celebro u-se em 1713 a paz ger al de Utrechl, nou de uma ma-
que reconciliou P ortugal com a França c fixo u neira mui homosa Gomes F'reire de Andrade,
coode de Bobadclla.
até 1763.
os limites entre o Brazil c a Guya na Franceza,
desistind o a França de suas pretcnçõcs sobre P. Quem }oi o 40° governa dor geral do Bra{il?
o terr itorio situado entre os rios Amazon as e R. O 40° governa dor geral foi Andr é de Mello
Oyapoc. e Castro, conde das Galvêas , 5° vice-r ei, q ue
P. Quem Jorão os successo r es de Vascoucellos tomou posse em 1735, e deu grande impulso á
c Sou{a 1l0 go1'er1w geral do Bra1_il? exploração das minas de ouro.
R. Os successorcs de Vasconcell os c Souza P. Que bispados jorão creados no govemo du
forão : 37° D. Pedro de Noronha, marquez de conde das Galvêas ?
Angeja, 3° vice-rei do Brazil, em 1714; - 38° R. Forão creados em 1746 os bispados de
D. Sancho de Faro, conde de Vimieiro, em São Paulo e de Marian na.
GUERRA COM OS HBSPANH 6ES 15
74 EXPEDIÇÕ ES DOS PRANCEZ ES CONTRA O RIO DE JANEIRO
contra a praça de Cayenna (na Guyana franceza), foi o Brazil elevado á categoria de reino, unido
a qual se rendeu por capitulação em Janeiro ao de Portugal e Algarves.
de 1809. p. Quando o príncipe regente subio ao throno?
P. Que estabelecimentos fundou o príncipe re- R. O príncipe regente, que desde muitos ao-
gente no Rio de nos já reinava de facto, subia ao throno com o
Janeiro? nome de D. João VI em Março de 1816, por
R. Além dos morte da rainha D. Maria I.
trihunaes supe-
riores e todas Guerra no Sul do Brazll; annexação da Banda
as outras repar- Oriental (1811-1821)
tições necessa-
rias á nova ca- p. Que providencias tomou o governo do Rio de
pilal da monar- Jaueiro, quando soube da insurreição que rebentara
chia, creou D. no Rio da Prata contra o domínio hespanhol?
João um banco R. Ao saber da r evolução que rebentara no
nacional, uma ruo da Prata, mandou o governo do Rio de
imprensa regia, Janeiro organisar na fronteira do Rio Grande
uma bihliotheca do Sul um exercito de observação sob as or-
publica, acade- dens do capitão general da província D. Diogo
mias para a ma- de Souza, depois conde do Rio Pardo (1811).
D. João VI. rinha e o exe1·- P. Que deu origem á guerra com Buenos-Ayres?
cito, uma escola R. Tendo as tropas de Buenos-Ayres sob as
de medicina, uma academia de bellas-artes c orden s do coronel Rondeau posto cerco a Mon-
varias outros estabelecimentos de grnnde utili- tevidéo, o general hespanhol Elio, que com-
dade. mandava a praça, pedia auxilio ao general por-
P. Quando foi o Bra{il elevado d categoria de tuguez.
reino? P. Que je{ então D. Diogo de Sou{a?
R. Por decreto de 16 de Dezembro de 1815 R. D. Diogo de Souza entrou na Banda
88 GUERRA NO SUL DO DRAZIL
GUERRA NO SUL DO DRAZI L 8!l
Orient al, occup ou Serro Largo e contin uou sua
march a viclori osa até Mald o nado, onde rece- conde da L aguna), teve ordem de occu par lo da
beu um expresso de E li o, partici pando -lhe o a Banda Orient al.
armísti cio conclu ido com H.ondeau c recla- p. Que triunfo s alcançáráo as al·mas luso-b,·ati-
mando a r etirad a das forças portug uczas. leiras ?
P. A nnuio D Diogo de Sou:ta a este pedido ? R. Emqu anto Lccor march ava sobre .1\lo.n le-
R. Não annuio : o que obrigo u o exerci to vidéo, Artigas e outros caudil hos argent mos
argent ino a levant ar o cerco de Montevid éo e erão batido s em S. Borja e em outros pont~s
a repass ar o Rio da Prata . pelas forças brazile iras estacio nadas no R 10
P. Que outros factos nolaveis occorréráo n'esta Grand e do Sul.
guerra ? p. Quando foi occupada a cidade de Mo11tevidéo
R . No anno seguin te (1812) partio D. Diogo pelas jor~as portugue{_as?
de Souza de l\1aldonado para Paysa ndú, e ba- H. 0 genera l Lecor, depois de ter derr?tado
teu em varios recon lros as forças de Ar ligas c em. I ndia-M orta o caudil ho Fruclu oso Rivera ,
de outros caudil hos. c ter occup ado Maldo nado, march ou sobre
P. Como teve fim esta guerra ? Monle vidéo, onde entrou tr iunfa nte a 20 de
R. Tendo D. Diogo de Souza r ecebid o parti- Janeiro de 1817.
cipação do armist ido conclu ído em Maio do P. Que fe:t em seguida o genel·a l Lecor?
mesmo anno 1812 entre a junta de Bueno s- H. O genera l Lecor mando u em seguid a
Ayrcs e o enviad o portug uez Radem aker, deu occup ar a Colonia do Sacram enl? e o S_:rro-
ordem ás suas tropas de cessar as hostili dades Largo, e bater as guerri lhas que mfeslavao as
e de r ecolher-se para o tcrrito rio brazile iro.
marge ns do Urugu ay ·
P . Que fe{ o príncip e 1·egente, quando em 1814 P. Como continu ou a guerra do Sul nos annos
Montevidéo cahio em poder dos Argen tinos?
seguin tes?
R. O prínci pe regente mando u vir de Portu-
H. As nossas armas colhêr ão ainda novos
ga l a divisão dos Volunt arios d'el-Rei, a qual
louros , alé que emfim a 22 de J aneiro de 1820
unida ás tropas brazilc iras, debaix o do com-
as forças de Arligas forão compl etam ente der-
mando do genera l Freder ico Lecor (depoi s vis-
rolada s nas margens do Taquar embó pelo conde
90 REVOLUÇÃO DE PE RNA~IBUCO BN 1817 REVOLUÇÃO DE PERNAMBUCO EM 1817 91
da Figueira, capitão general do Rio Grande do das colonias hespanholas que se havião decla-
Sul. rado independentes.
P. Que succedeu a Artigas depois d'essa derrota? P. Que succedeu no a cto de pôr-se em execução a
R. Tendo Arligas perdido todo o prestigio, dita ordem de prisão ?
refugiou-se no Paraguay, onde foi relido pri- R. O capitão de artilharia Barros Lima e
sioneiro pelo doutor Francia durante a vida mais outro official mat~\rão a estocadas o briga-
d'esle. deiro Barbosa de Castro, c em seguida insur-
P. Como a Banda Oriental foi annexada ao gia-se a tropa (Março de 1817).
Bra:r.il? P. Que je{ o governador de Pernambuco á vista
R. Em Abril de 1821 reunirão-se em Monte- d'esta insurreição?
vidéo os deputados das diversas povoações da R. O governador Miranda Montcnegro refu-
Banda Oriental, c resolvêrão incorporar este oaiou-se então na fortal eza do Brum, onde
paiz ao Brazil com o nome de Provincia Cis- capitulou, e seguia para o Rio de Janeiro.
platina (31 de Julho). P. Que proporções assumio a 1·evolução de Per-
nambuco?
Revolução de Pernambuco em 1817 R. A revolução estendeu-se á Para hiba, ao
Rio Grande do Norte c ás Alagoas.
P. Que deu principio á revolucão de Pernambuco P. Que je{ o governador da Bahia quando lhe
de 1817 ? ' chegou a noticia da revolução de Pernambuco?
R. O que lhe deu principio foi um facto de R. O conde dos Arcos, que governava en tão
pouca entidade, a saber : a ordem de prisão a Bahia, expedia logo forças por terra sob as
contra alguns officiaes brazileiros. ordens do marechal Cogominho de Lacerda , e
P. Quaes jorão porém as verdadeiras causas alguns navios, que reunidos á esqu adra de
d'esta revolução ? Rodrigo Ferreira Lobo, bloqueárão o Recife.
R. As suas verdadeiras causas forão : a riva- p. Como foi reprimida a 1·evolzu;ão de Pernam·
lidade sempre crescente entre Portuguezcs e buco?
Brazileiros, a parcialidade do governo a favor R. Não tardou a declarar-se a reacção contra
d'aquelles, e o exemplo dos Estados-Unidos e os insurgentes nas Alagoas, Parahyba e Rio
REVOLUÇÃO DE PORTUGAL EM 1820 , REVOLUÇÃO DE PORTUGAL E~l 1820 93
Grande do Norte, e o governo illegal do Recife, commercio estrangeiro com grave prejuízo seu,
vendo-se pouco apoiado, tratou de capitular. c a sua antiga colonia elevada á categoria de
P. Quando se entabolaváo as negociações para reino c sendo rcsidencia da côrte.
este fim, que je{ o dictador Domingos Theotonio ? P. Que effeitos produ{_ÍO no Bra:;,il a ,-evolução
R. O dictador Domingos Theotonio retirou- de Po1·tugal ?
se do Recife com a guarnição, e ao saber que R. Apenas chegou ao Brazil a noticia da re-
a cidade fôra occupada por Ferreira Lobo, volução de Portugal, pronunciárão-sc em favor
fugio vergonhosamente, e a sua tropa deban- da futura constituição o Pará, a Bahia e outras
dou-se (Maio de 1817). províncias.
P. Como forão castigados os revolucionarios? P. i vista d'estes factos, que política seguio a
R. As cadêas do Recife não forão sufficicntes córte do Rio de Janeiro?
para conter os presos; confiscárão-se-lhcs os R. A exigencias das tropas da guarnição e da
bens, c muitos d'clles forão condcmnados á população do Rio de Janeiro, os principe~
morte. O. Pedro e O. Miguel jurárão, em nome d'cl-ret
seu pai e nos seus proprios, a constituição que
Revolução de Portugal em 1820; seus etfeitos
as côrtes de Lisboa houvessem de promulgar
no Brazil (Fevereiro de 1821).
P. Que resolução tomou depois D. João VI?
P. Como teve lugm· a revolução de Portugal? R. Por decreto de 7 de Março do m esmo
R. Rompeu a revolução na cidade do Porto anno manifestou O. João VI a sua intenção de
em Agosto de 1820, e triumphou em Lisboa, reQTessar para Portugal, e mandou proceder á
onde se reunirão as côrtes para elaborarem el;ição dos deputados ás córlcs de Lisboa.
uma constituição polilica. p. Como se portáráo os eleitor·es?
P. Quaes forão as causas que originárão a revo- R. Reunidos os eleitores na Praça do Com-
lução de Po1·tugal de 1820 ? mcrcio, não tardárão a exceder as suas allr~
R. Portugal não podia supportar o governo buições, exigindo que cl-rei adoplasse a co~slt
despotico e militar que o opprimia, nem ver tuição hespanhola e tomando outras medidas
om bons olhos os portos do Brazil abertos ao extraordinarias, pelo que um destacamento da
94 MEDIDAS TOMADAS PELAS CÔRTES DE LISBOA MEDIDAS TOMADAS PELAS CÔRTKS DE LISBOA 95
tropa portugucza invadiu a Praça do Commer- vernador das armas, delegado do poder _execu-
cio c dispersou a asscmbléa . tivo de Lisboa, c decidirão que se envia~sem
P. Quando partio D. J.oáo VI para Portugal? reforços de tropas para Pernambuco e o Rio de
R. D. João VI partio com a família real a Janeiro.
26 de Abdl de 1821, tendo antes nomeado o P. Que effeitos produ{_iráo no Bra{_il esses actos
príncipe D. Pedro regente do r eino do Brazil. despoticos? _ .
R. Esses aclos despolicos exasperárao os a?I-
mos dos Brazilciros, inspirando-lhes deseJOS
Medidas tomadas pelas côrtes de Lisboa a respeito .
de independencia.
do Brazil
~ - d" · "d
p. Que representaçoes fOI· ao rrzgt as a o przn-
P. Que decretáráo as cô1·tes de Lisboa para redu- cipe 1·egente?
;rir o BrarJI ao antigo estado colonial? R. As juntas de S. Paulo e Minas-Geraes pe-
R. As côrles de Lisboa declarárão em Abril dirão ao príncipe D. Pedro que não regres-
de 1821 independentes do Rio de Janeiro lodos sasse para Portugal.
os governos provinciaes, ficando estes sujeitos P. Que fer. da sua parte a camara mwzicipal do
tão sómcnle a Portugal. Rio de Janeiro ?
P. Que resultou d'esta medida? R. A 9deJaneiro
R. Resultou d'essa medida que algumas pro- de 1822 a camara
ví ncias não quizerão reconhecer a autoridade municipal do Rio
do príncipe D. Pedro, chegando a junta da de Janeiro apre-
Bah ia a pedir reforço de tropas ao governo sentou no mesmo
portuguez. sentido ao prínci-
P. Que outras medidas oppressiJ1as tomártío as pe uma petição do
côrtes de Lisboa a respeitÓ do Bra:ril? povo, e D. Pedro '
R. As côrtes de Lisboa abolírão os tribnnaes respondeu ao seu
mais importantes do Rio de Janeiro, dcrão or- presidente José
dem ao príncipe D. Pedro de voltar para Por- Clemente Pereira :
tugal, nomeárào para cada província um go- « Como é para bem José Clemente Pereira.
96 MEDIDA S TOMADAS PELAS CÓRTES DE LI SOOA I'IDEPE'<OI!NCIA 1)0 ORAZIL 97
de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo
que fico. » lndependencla do Brazil
P. Que fe::. a g uarnição portugue:r_a do Rio de
Janeiro, á vista d'esta declaração? P. Quaes J orão os principaes actos do príncipe
R. A divisão auxiliadora em numero de 2,000 regente depois da partida da esquadra porhtgue;:.a?
homens occupou o morro do Caslello; mas R. D. Pedro partio a 25 de Março de 1822
teve de capitular diante das numerosas forças para 1\linas-Geraes, afim de chamar á obedien-
brazileiras que se reunirão no campo de cia a junta governa liva d'aquella província; a
Sanl'Anna, retirando-se para Nilherohy, onde 13 de l\Iaio aceitou o titulo de Defensor perpetuo
embarcou para Europa a 15 de Fevereiro do do Bra::..il para si c seus successorcs, e a 3 de
mesmo nnno (1822). Junho convocou uma AsscmbJéa constituinte.
P. Depois da sua declaração que fe{ o príncipe P. Que manifesto publicou D. Pedro em Agosto
D. Ped1·o? do mesmo anno, e qualfoi o motivo?
H. D . Pedro nomeou José Bonifacio de An- R. Ao receber a noticia que as côrles de Lis-
drada e Silva ministro do r eino e dos negocias boa ião exped ir tropas ao Brazil, publicou
estrangeiros, e convocou um conselho dos pro- D. Pedro o manifesto do 1° de Ago~to, em que
curadores das províncias. exhortava os Brazileiros a se unirem para con-
P. Como foi recebida a esquadra portugue{a en- seguir a sua independcncin.
carregada de condu:r.ir D. Pedro a Portugal? P. Que viagem emprehendeu em seguida. o prín-
R. Chegando ao IUo de Janeiro a esquadra cipe regente?
porlugueza no dia 5 de Março de 1822, só se R. D. Pedro partio no dia 14 de Agosto para
lhe permillio entrar no porto no dia 10 com a S. Paulo, onde rcinavão graves dissensões.
condição de voltar immediatamentc para Por- P. Que resolução importante tomou o príncipe
tuga l sem locar em porto algum do Brazil. em S. Paulo?
R. Tendo D. Pedro alli recebido noticias da
allilude que con tra clle lomavão as côrles de
Lisboa, r esolveu proclamar desde logo a inde-
pendencia do Brazil.
4
O PI!R IOOO 99
TADOA CII RONOLOG ICA 00 QUART
..
::l
o
DO
·ac TABOA CHRO NOLOGICA DO QUA RTO PERIO
.,
"O
.,cc. PRI~C I PAES ACONT ECIME NTOS
.,
Bahi a
Dese mbar·que do princ ipe r egen te na
"O
c 1808. -
fr·anq ucand o os po1·los
{2:J de J an.) .- Dec•·elo
il a lodas as naçõe s amig as. - Che-
do B•·az
o
gada do prinr ipe J'egenle ao Rio de J aneir
(7 de \far·ço).
J\Jar-
1809 - Toma da de Caye nna pelo coron el Man oel
ques
0 ueJ'J'a com Bu,.uo~·Ayl'cS. O gene ral D.
Diogo
18 11 . -
faz levan laJ• o l'CJ'CO de ::llonlevidé o.
de í:louza
P. Voltou D. Pedro I satisfeito da sua viagem a R. Vendo o aspecto sério que tomavão os
Minas? negocias, O. Pedro I abdicou a 7 de Abril de
R. Não tendo O. Pedro I recebido alli o aco- 1831 em seu filho
lhim ento en thusiaslico que esperava, e vendo o o príncipe O. Pe-
máo effeilo que produzira a sua proclamação de dro, que só con-
Ouro Prelo, voltou desgostoso para o Hio de tava 3 annos de
Janeiro, aond e chego u a 11 de Março de 1831. idade, c nomeou-
P. Que des01·dens occorrêrão 110 Rio de Janeiro lh e por tu to r a
_vor occasião da volta do imperador ? José Bonifacio de
R. Parte da população do Rio de Janeiro, na Andrada e Silva.
qual avultavão os Portuguezcs, resolveu festejar P. QuefeJí.D.Pc-
a volta do imperador, o que provocou um con- dro I depois da sua
fli clo sa ngu inolento com o partido exaltado . abdicação? D. Ped ro t•.
P. Por que nome é conhecido esse conjlicto, e R. Depois da
quando teve elle lugar? sua abdicação retirou-se D. Pedro I para a náo
R. Esse conflicto é conhecido pelo nome de ingleza Warspite, onde se demorou alguns dias,
noite das garrafadas, e Leve lugar na noite de 13 c partio para Europa na fragata Volage da mes-
para 14 de J)larço (de 1831). ma nação no dia 13 de Abri l.
P. Que deu occasião á abdicação do imperador
D . Pedro I ?
TABOA CHRONOLOGICA DO QUINTO PERlODO
R. Foi nomear O. Pedro I um novo ministc-
rio, composto de seis titulares pouco populares. PRI NCII'AES ACO NT E CI~It: ;o, TOS
~
Revolução de Pernambuco em 1848 p. Quem era esse Rosas ?
R. D. Manoel Rosas era o diclador de Buenos-
P. Quaes forão as causas immediatas que derãu
Ayrcs.
origem á revolução de Pernambuco de 1848 'l
P. Porque declarou o Bra~il guerra a Rosas?
R. As causas immediata s forão a organisação R. 0 Brazil declarou guerra a Rosas, porque
do gabinete de 29 de Setembro do mesmo anno o general Oribe, á frente de um exercil? forne-
1848, e as numerosas demissões de empregado s cido pelo mesmo Rosas, sitiava havl_a nove
que a acompanhá rão. annos a praça de Montevidéo , e o seu tnumpho
P. Que medidas tomou o governo imperial para comprome tteria a segurança das nossas fron-
debellar a revolução de Pe1·nambuco ?
teit·as do Sul.
• •
120 GUERRA CONTRA ROSAS EM 1851 GU ERRA CONTRA ROSAS E ~ 1851 121
naval de Riachuelo, alcançada no rio Paraná a mens; - a tomada de Curui_ú pelo visconde
11 de Junho pela esquadra brazileira sob o de Porto-Al egre; - e o alaque m allogrado de
commando do chefe de divisão Barroso (barão Curupaity.
do ~mazo na s);- a partida do Imperador para P. Quem assumio o commando das forças bra:{i-
o Rro Grande do Sul em Julho; - a rendição lciras em Novembro de 1866 ?
R. Em Novembro de 1866 assumio o com-
de Uruguayana
a 18 de Setcm- mando o mare-
bro,ficando pri- chal m arquez de
sioneiro todo 0 Caxias.
exercito para- P. Como prose-
guayo que in- guio a guerra em
vadira o Rio 1.867 'l
Grande. R. Entre os nu-
P. Quaes fo- merosos feitos de
rão os princi- armas sohresahc
paes feitos mili- a derro ta dos Pa··
tares da campa- rag u ayos, qu e ~l anoel Luiz Ozol'iO, murquez do l!CI'val.
nha de 1866 con- vierào a lacar o
tra o Paraguay?
nosso acampamento de 1'uyuti.
P. Quaes jo,·{io as operações militares que assi-
Almirante Barroso, barão do An~;11 ona..
R. Os princi-
gnalárão a campa Ilha de 18G8 ?
. paes fei los mi-
hlares d~ campanha de 1866 farão : a entrada R. Em 1868 os principaes feitos da campanha
do cxcrcJ lo brazilciro, sob o commando do ae- do Paraguay forão : a brilhante passagem de
n_cru l Ozorio (mnrqu cz do Herval), no tcrri~o flumaitá pela esquadra brazileira a 19 de Feve-
n o d~ P:u:aguay pelo Passo da Palria (Abril); reiro; o reconhecimento elas fortificações d'esta
- a \'lclona de Estero-Bellaco; - a batalha de praça, cujo resultado foi a sua evacuação pelos
2l de ~!aio, em que foi batido complclarnenlc Paraguayos a 25 de Julho; - a concentração
o exercito de Lopez em numero de 18,000 ho- do exercito de Lopez enlre Angoslura e Villcta,
128 FACTOS POSTEntORES Á GUERRA DO PAIIACUAY
PACTOS POSTERIORES Á GUERRA DO PAR\GUAY 129
onde foi atacado pelas trepas brazilciras, que R. Depois da guerra do Paraguay os factos
alcanc;ár,io em Dezembro as victorias de Itororó, mais importantes que occo1·reram nó Brazil
Vi/teta c Lomba Valentina; - e n 30 do m esmo forão: a primeira viagem de Suas l\fagestades
mcz a tomada de Angostura, qu e abrio aos Imperiaes á Europa, que durou de 23 de Maio
alliados as portas de Assumpção. de 1871 a 31 de l\Ia rço de 1872, fican do como
P. Quaes jon1o os principaes successos occorridos regente do impc-
na guerra do Paraguay em 186!) e 1870 ? rio a princcza im-
H. Os princi paes succcssos da guerra do Pa- perial D. Isabel ;
raguay cm1869 c 1870 forão : a entrada solemnc - a promulgaçüo
dos Brazilciros em Assum_1:ção a 5 de Janeiro da lei de 28 de Se-
de 1869; - a retirada do marquez de Caxias lembro de 1871 , no
por molestia, c a nomeação do Sr. con de d'Eu minislerio de que
para succcder-lhe no commando (Março); - a era presidente do
perseguição do cxercilo de Lopcz, que se reli- co nselho o illustre
rára para as montanhas do interior do Para- visconde do Hio
guay ; - o estabelecimento de um governo Branco (.José ~Ia
provisorio no Paraguay (Agosto); - e emfim, ria da Silva Pa rn-
depois de uma serie de gloriosos combates, o nhos), decretando
ataque de Cerro-Corá, á margem do Aquidaban, a liberdade dos
e a morte do sanguinario despota do Paraguay, filhos das escravas VIS<'Oilde do RI O lll'anl'O
que preferi() morrer antes que render-se pn- nascidos d'ahi por
s(oneiro (1° de Março de 1870). A morte de diante c crcando o fund o de em ancipação;
Lopez pôz termo á guerra do Paraguay. - o assentamento de um cabo eleclrico sub-
marino cnlre o Brazil c a Europa (no 1° de Ja-
Factos posteriores á guer1•a do Pa r aguay
neiro de 1871);- a viagem de Suas :\Iagestadcs
Imperiaes aos Estados-Unidos, á E uropa, Asia
P. Quaes forão os factos mais importantes occor- c Africa, de 26 de Março de 1876 a 25 de Se-
t·idos 110 Bra;JL depois da ffUCr ra do Para(fuay? tembro de 1877; - a promulgação da lei de 28
~
130 TABOA CIIRO~OLOCICA DO SEXTO PERIODO TABOA CURONOLOCICA 00 SEXTO PERIODO 131
de Setembro de 1~1>, declarando liYres os es- 1837. O pad•·e Feijó renuncia o cargo de regente (19
cravos sexagenarios e contendo medidas para de Setembro). - Hevolução da Bahia (No-
vembro).
a extincção gradual da escravidão: - a 3" via- 1838 . - Ped r·o do Araujo Lima, depois marquez do
gem de D. Pedro Jf á Europa, em ca mpanhia de Olin.da, eleito regen te do Imporia (22 do
Sua l\Iagestadc a Imperatriz, deixando, como A?•·•l). - De•·•·ola das tropas imperiaes no
Jho- Pardo. - Fu n da~iío do collegio de Pe-
das ou tras vezes, sua filh a D. Isabel regente do
dr·o I I e úo I nstitulo Ilis torico. - R evolução
Imperio, de 30 de .Junho de 1887 a 22 de Agosto do Mar·anbão (Dezembro).
de 1889; - a promulgação da lei de 13 de l\Iaio 18'.0. - P •·oclamação da maio•·idade de D. Pedr·o Il
de 1888, que declarou exlincla a escravidão no (23 úe Julho).-Amnislia geral (22 de Agosto).
J1!', J . - Sag•·açií.o e co roação do D. l'edr·o II (J8 do
Brazil; - a proclamação da Republica, em 15 Julho).
de Novembro de 1889. 1 8~2.
- Hev?lu ção de S. P aulo (Maio). - Revolução de
Mlll~S·Go •·aes (Junho). - Victo•·ia d e Santa
Luz1a alca nçada pelo har<1o de Caxias (20 de
Agosto).
18't3. - Casa•~e~lo de D. Pedro li com D. Theresa
Chr•rslrna, p1·inceza de Xapoles (ft de Selem"
hr·o).
18'.5. - Fim. da rebellião do Rio G•·ande do S ul (Feve-
TABOA CHRONOLOGICA DO SEXTO PERIODO r·eu·o) . - Viagem do f mpcmdo1· ao Sul do
Impe1•io (Outubro).
J8'o8. - Hcvolu ção de Per•nambuco (Novemb•·o).
rni'\C I PAES ACONTECIMENTOS
18'.9. - Derrot..'l dos rebeldes de Pcmambuco (2 de
Fevere i•·o).
1831 . - Eleiçiío da regencia pe•·manenle pela a!'\RPm hlra
geral (t i dl• .Tunho\.- Sedições mili tares e 1851. - Gue1·ra contra Rosas. O gcne•·al 0 1·ibe rend o-se
popu la res em va •·ias províncias. com lodo o seu exercito ao rondo de Ca..'<ias
1833. -Prisão de Josó Boniracio de And •·ada o S ilva. (tI d e Outubro). - A esquad1·a b •·azileira
183'•. - Hefo•·ma da Constitui ção, chamada Acto add i- fór·ça o passo de Touelero (Dezem bro).
cional (Agosto) - Mol'le de D. Ped ro I (2ft de 1852. - Batalha úe ~lontc-Caser·os, em que o exer·cito
Setembro). úc Hosas é completanwnle derTotaJo (3 de
1835. - Revolução do Hio Grande do Sul (Srlembro). F eveJ·eiro).
-O padJ•(• Feijó •·egenle do tmpcrio (12 de 1862. - Ques tão ingleza : l'Ompimento das r•elações di-
Outubro). plomaticas com a Ing laterra.
132 TAUOA CHRONOLOGrCA DO SEXTO PERr ODO
TABOA CIIRO:'\OtOGrCA DO SI!XTO Pt:llrODO
133
1864.. - Campanha do Estado Or·iental : tomada do Salto. 1876. - Viagem de Suas 1\Iagcstad es iJOs Estados-{' oi-
-Captura do vnpor· Jfarquez de Olinda.-
dos, á Eur·opa, Asia c Arrica (~6 de )Jar•çoj.
invasão de ~Iallo-Grosso pelos Pa.raguayos. 1877. Volto. d e Suas )fagcs todcs (25 de Setembro).
1865. - Tomada de Paysandú (Janeir·o). - Capitulação 1885. Pr·omulgação do uma lei, declar·ando livr·es os
de l\lontcvidt!o (20 de Fevereiro). - Tr·alado escravos sexagcnarios e providencian do sobre
de a.Llia.nça entre o Br·azil e as r epublicas Ar- a extincção gradual da escr·avidiio (28 de
gentina e Oriental ( I" de ~raio). - Vict01·ia Solem b r·o).
naval de ltiachuelo (11 d e Junho). -Partida 1887. - Nova viagem de Suas ~Tages
lades a E111·opa e
do I mpe-rador· pm·a o Rio Grande do Sul 3a r·cgencia de D. Isabel (30 de Junho).
(Julho). - H.endição de Urugua.yana ( 18 de 1888. - l:!:xtincç<to da cscr·avidão no Brazil
{13 de Ma io).
Setembro). - Hegr·csso de Suas Magestades (22 de
1866. - Entr·ada do exerci to brazilci ro no Paraguay Agosto).
pelo Passo da Palt·ia (Abr·il), - Batalha de 1889. - Proclamação da Republica ( 15
d e Novembro).
24. de l\fa io em que o exercito do Lopez é
del'l'olado. - Tomada de Curuzú. - Ataque
mallogrado de Curupaity.- O marquez de
Caxias com mandante das forças brazileiras
{Novembro).
1867 . - Os Paraguayos dcrr·otados no ataque de Tuyuti.
1868 . - Passagem de Humaitá pela esquadra b r·azileira
(19 de Fcverei•·o).- Evacuação d'e sta praça
pelos Paraguayos {25 de Julho).
1869. - Entrada dos Brazileiros em Assumpção (5 de
J aneiro). - O Sr. conde d'E u toma o com-
mando do exer·cito bra.zileir·o (Abril).
1870. - Ataque de Cerro-Corá e morte de L opez (1° de
l\Iarço); fim da guerra do Paraguay.
187 1. - Viagem pr·imeira de Suas l\lngestades á Europa
e regc ncia do Imperio con ferida á princeza
D. Isabel (25 de ~J aio) . - Pr·omulgaçào da lei
do 28 do Setembro, decretando a liberdade
dos filhos das escr·avo.s quo nascessem d'ahi
por· diante e creando o fun do de emancipação.
1872. - Chegada do Suas ~! ageslades (31 de ~! a r·ço).
187't . - Assentamen to de um cabo eloctl'ico s ubmarino
enll·e o Brazil e a Europa {lo de Janeiro).
13~ GO VERNO PROVISORIO
GOVERNO PROVISORIO 135
P. Que succedeu depois ?
R. Estabeleceu-se um governo provisorio,
composto de um chefe (o marechal Deodoro) e
PERIODO VII 7 ministros, o qual decretou a republica fed era-
tiva como fórma de governo e intimou no dia
REPUBLICA 16 D. Pedro li a deixar o Brazil no prazo de
24 horas com loda a sua familia.
P. Como procedeu D. Pedro li?
R. Obedeceu á intimação c partiu para Lis-
Governo provlsorio
boa, fazendo votos pela grandeza e prosperi-
P. Quem proclamou a republica no Bra;Jl? dade do Brazil e rejeitando lodos os favores
R. Foi o Marechal Manoel Deodoro da Fon- pecuniarios que lhe fôrão offerecidos pelo go-
seca, de accordo com o tenente-coronel Ben- verno provisodo.
jamin Constant Botelho de Magalhães e outros P. Que aconteceu á fa mília imperial logo ao che-
gar a Lisboa ?
republicanos.
P. Como se realisou este acontecimento? R. A 28 de Dezem bro alli fallcceu a ex-impe-
R. A 15 de Novembro de 18~9 parte da guar- ratriz D. Thercza Christina ~faria.
ni ção da Capital do Impe.rio revo!Lou-se, capi- P. Quando teve fim o governo provisorio?
taneada pelo Marechal Deodoro, dirigiu-se ao R. A 24 de Fevereiro de 1891, data da pro-
quartel-gener al do exercilo, no cam~o de ~a~1l' mulgação da Constituição da Republica pelo
Anna, onde se achava em conferencia o mmts- Congresso Constituinte, elt:ilo a 15 de Setembro
terio presidido pelo visconde de Ouro-Preto. do anno anterior.
Tendo obtido a adhesão de todas as força s de P. Que occorreu de mais notavel durante esse
governo?
terra e mar que alli estavào ou se reuní rào, a
chamado do governo, para resistir á revolta, o R. Reinou sempre a maior ordem em todo
r eferido marechal proclamou então a rcpu- o paiz c foi reformada quasi toda a legislação
blica. nacional de conformidade com as ideias do
novo regimen.
136 COVER'IO DO MARECIIAL DEODORO DA FONSECA (;O\'ERNO DO lllARECII \L PLOI\IANO PEIXOTO 137
P. Quaes jorcío os outros membros do governo FeYereiro de 1891, de conform idad e com dis-
prol'isorio além do Marechal Deodoro ? posições transitarias da Consliluição Federal.
R. Fôrão : o tenente-coronel Benjamin Con- P. Como correu o seu gnver11o?
stant, ministro da guerra; Dr. Ruy Barbosa, H. O governo constitucional do :'!Iarechal
ministro da fazenda; Dr. :\Ianoel Ferraz de • Deodoro foi sempre agitado por dessidencias
Campos Salles, ministro dn justiça; Quintino com o Congresso Nacional, que ell e afinal dis-
Bocayuva, ministro das relações exteriores; solveu a 3 de Novembro de 1891.
Demctrio Ribeiro, ministro da agricullurn, P. Que resultou d'ahi?
commerrio c obras publicas; chefe de esqua- R. Sendo esse aclo inconstilucional, a 23 de
dra Eduardo \V::md cnkolk, ministro da mnri- Novembro do mesmo mez e anno, revoltárão-
nha; e Aristides da Silveira Lobo, ministro do se os navios da esquadra na bahia do Rio de
interior. Janeiro, soh a direcção do conL1·a-almiranle
P. Esses ministros acompanhárc1o o mared1al Custodio José de MelJo.
Deodoro até o fim do seu go11enzo dictatorial? P. E queje1_ enttio o lllarechal Deodoro?
R. Não. Benjamin Con slant fallcceu a 22 de R. Certo de que esse movimento encontrava
Janeiro de 1891, lendo pedido demissão do seu apoio em terra no exercito e querendo evitar
cargo a 18, em virtude de grave enfermidade. derramamento de sangue, renunciou o seu
Os outros ministros, por desintelligcncia com cargo passando o poder no mesmo dia ao Ma-
o .l\Iarechal, pcdírâo demissão a 20, sendo no rechal Floriano Peixoto.
dia seguinte organisado novo ministerio, de
que foi principal personagem o barão de Governo do Marechal Floriano Peixoto
Lucena.
P. Quaes fdnio os acontecimento.> principaes
Governo do 1\larechal Deodoro da Fonseca
occorridos durante o governo do Marechal Flo-
riano?
P. Quem foi o primeil·o presidente da Republica? R. Fôrão a deposição dos governadores dos
R. Foi o Mnrechal Deodoro da Fonseca, Estados, excepto o do Pará ; o fallecimento do
eleito pelo Congresso Consliluinte a 23 de ex-imperador D. Pedro li; - a r evolta àas
138 GOV!I\NO DO IIIARECUAL FLORIANO PEIXOTO
GOVERNO DO iiiARECIIAL FLORIANO PEIXOTO 139
fortal ezas de Santa Crnz e Lage; - a sedição
de 10 de Abril de 1892; - a revolução do Rio chal Floriano a proceder á eleição presidencial
Grande do Sul; - e a revolta da esquadra antes do prazo fixado para o primeiro p eríodo ,
houve no dia 10 uma manifestação popular ao
nacional.
l\Iarechal Deodoro, que se achava enfermo,
P. Porque e como fôrão depostos os gover na-
dores? pensando os seus promotores contar com o
R. Por lerem adherido ao golpe de Estado apoio do exercito para reslabelccel-o no pod er.
de 3 de Novembro, excepto o do Pará, Dr. Esle apoio porém falhou e farão ellcs presos c
Lauro Sodré, organisárão-se nos estados movi- desterrados, assim como algu ns d'aquelles gc-
neraes.
mentos revolucionarias que os fizerão aban-
donar· os seus postos. P. Qual foi a causa da ,·evolução do Rio Grande
P. Em que data e ondefalleceu D. Pedro li ? do Su l?
H. A 5 de Dezembro de 1891, em Pariz. R. Foi ler voltado ao governo do Estado a
P . Como se deu a rc1'0lta das forta[e{_as? 17 de Julho de 1892 com o auxilio da força
R. A 18 de Janeiro de 1892 o 2° sargento federal o ex-presidente Julio de Castilhos, que
Silvi no de Macedo, á frente de muitos presos por ter adherido á dicladura do ~1arechal Deo-
que se achavão na fortaleza de Santa Cruz, doro havia sido deposto pelo povo anles de
prendeu a guarnição no refeitorio e apossou-se 23 de Novembro anterior.
das baterias, obrigando a fortaleza da Lage a P. Quanto tempo durou essa revolução e quem
submcller-se, por estar por ellas dominada. f oi o seu chefe?
P. Quando terminou essa revolta? R. De 4 de Fevereiro de 1893 até 23 de
R. Logo no dia seguinte, tendo sido a forta- Agosto de 1895, excedendo portanto o período
leza de Santa Cruz tomada de assalto por dois de governo do Marechal Floriano. O seu chele
batalhões do exercito, auxiliados pelo bom- foi o general João Nunes da Silva Tavares. .
bardeio da esquadra. P. Que apoio encontrou essa ,.ei'Olução?
P. Em que consistiu a sedição de 1° de Abril?
R. Essa revolução foi apoiada pela revolla
R. Tendo treze generaes de terra e mar pu-
da esquadra nacional no porto do Rio de Ja-
blicado a 6 u;-manifesto intimando o Mare-
neiro, a 6 de Setembro de 1893, á qual adhe-
140 GOVP.R~O DO liARP.CHAL FLORIANO PEIX OTO GOVERNO DO liARECIIAL FLORIA"iO PEIXOTO 1't1
nrao as fortalezas de Villegagnon e Ilha das o abandono pelos mesmos dos seus navios c
Cobras. fortifi cações, a 13 de :\Iarço seguinte, fugindo os
P. Essa r·evolta só operou no porto do Rio de officiaes, inferiores c grande numero de paisa-
Janeiro? nos para bordo de dois navios de guerra portu-
R. ~ão. Alguns navios que sahírào, afron- guezes, que lhes derão asylo.
tando o l ogo das fortalezas da barra que r. E fóra do Rio de Janeiro?
ficürão fieis ao governo, dirigi rão-se a Santa R. Fórào em 189-l: - a invasão do estado do
Catharina c ahi, de accordo com o governa- Paraná pelas forças de Gumercindo Saraiva,
dor, cstabelccêrão um governo provi sori o a do Rio Grande do Sul, a 11 de Janeiro; - a
10 de Outubro. tomada de Paranaguá pela esquadra do conlra-
P. Quemfôrtio os chefes d'essa re11o/ta? almiranlc Mello, a 16 de Janeiro; - a entrada
R. A principio loi sómentc o conlra-almi- festiva <lo dilo con tra-almirante em Coriliba, a
ranlc Cuslodio de Mello. No 1° de Dezembro 20;- a capitulação da Lapa, no P araná, sitiada
partiu cllc porém para Santa Calharina, a drsde 16 de Janeiro pelas for ças de Gumer-
bordo do encou raçado Aquidaban, c no dia 9 cind o, a 11 de Fevereiro; - o abandono do
o con tra-almirante Saldanha da Gama assumiu Paraná pelos revoltosos com destino ao Rio
o commando da esquadra revollada, Lendo-lhe Grande do Sul , a 23 de Março; - o ataque sem
dois dias a ntes dado o concurso dos alumnos r esultado da esquadra do contra-almirante
da Escola Naval. l\Iello á cidade do Rio Grande, de 6 a 11 de
P. Quaes fôrão os principaes successos da revolta Abril; - o fim da revolução em Santa Calha-
no porto do Rio de Janeiro? rina , depois de ler sido alli posto a pique por
R. Foi o bombardeio diario deNiclheroy pela um torpedo da esqu ad ra legal o enco uraçado
esquadra c o de Villegagnon e ilha das Cobras Aquidaban, a 16 de Ahril ; - a en trega dos na-
pelas fort ificações de Santa Cruz, Lage, Gara-
goatá c Armação; - o ataque á Armação a 9
l vios rcvollosos, a 17, ao governo Argentino,
que concedeu asylo ao con Ira-almirante Mello
de Fevereiro de 1891 pelos revoltosos, que alli e seus companheiros; - a chegada da esqu a-
desembarcá rão c só se retirárão depois de dra legal ao porto de Paranaguá, a 2!, pondo
muitas horas de sanguinolento combate; - e em fuga as forças de Gumercindo ; - a morte
GOVERNO DO DR. PRUDENTE DB MORAES 143
142 COVER~O DO DR. PRUDENTE DE l fOIUPS
patl'ia, onc.lu falleceu em 18 1'1. CompOz uma elegante lente interino da Es-
lrac.lucção dos P::w huos e odes admil·avds. cola Polytechnica e
Antonio de Sá, in~iguc prégado1· da Companhia de e1Tectivo da Escola
Jesus, na~<.:cu 110 Hiu de Janeiro em 1627, c ah i mot·- Militm·, dircctor do
t·eu em 1678. Foi muito tempo se<.:rctario do gc•·al dos lus lituto dos Cegos
J esu ítas em Homa. e da Escola Normal.
Anton~o de Santa Maria Jaboatão (Frei), illu ~!J·e
Foi o principal auxi -
ft·anctscauo, na~ceu em l'ct·uambm.:u e111 lli\15. Esct·cvcu liar do Marecha l Deu-
a ciH·onica da ~ua <miem intitulada Orúe St:7'<1]Jiuco. doro na revolução de
15 de Novembro de
Ararigboia (cobra (tH·o;), indigena que muito ajudou
1889 e lllCI'CCCU da
a )Iem de Sá, a Estacio de Sá e a Salvado•· Co•·r·ca de
Assembléa Consti-
Sá nas guerms conll·a os Francezes e os Tamoios; ,·ece-
tuinte o titulo de Fun-
bcu em r ecompensa de seus serviços o titulo de capitão-
dador da RepuhliC'a. .
mór dos lndios, o habito de Cht·isto e uma pens;io Foi minisll·o da gucr·r·a c depois da instruc<;5o publtea,
annual. Foi baptizado com o nome du l\lat•lirn Alfun::.-o col'l'eios c tcl eg•·nphos no Governo Provisorio. Fallcccu
c.lu Souza, c motTeu atfogado.
como gene~·a l de brigada a 22 de Janeil·o de 1891.
Balthazar da Silva Lisboa, autor· dos Annaes do
Uiu de Ja11eito, na~<.:eu na Bahia em 176 1, formou-se Bernardo P ereira de Vasconcellos, um dos nossos
em ambos os c.lireitos na universidade du Coimbr·a foi maiores estad istas, nasceu em Uur·o Prelo cm 1í95.
soc1o. d a Academia real das S<.:iencias de Lisboa,' e Formou-se em lei:; em Coimb•·a c seg-uio a magisl•·a-
morreu desem bat·gador em 1821. tura. F'oi deputado geral, ministro var·ias vezes, sena-
Bartholomeu Lourenço de Gusmã o (Paclt·e), inven- dor e conse llwiro de estado. O CorLiao C1·iminal e o
to!' da mat:hina acr·ostatica, nasceu em Santos em 1685. A cto Addicional for·ão por elle elaho•·ados. Falleceu em
Foi formado em ca nones e lente de mathematica em
~oimbra. App~icou-se com paixão ás sciencias phy-
\ 1850, victima da fcbr·e amarclla, que u'aquelle aono
dizimou a população do H.io de Janeiro. Vas<.:oncellos
SICas. O ensruo do seu balão aer oslatico teve lugar era paralytico, c fallava assentado nu senado.
a 5 de Agosto de 170!1 em Lisboa diante da cOr· te. ~Ior Bernardo Vieira Ravasco, bom poeta c irmão do
r·eu na miseria em Toledo ew 172'.. Elle foi um dos celebre padre Antonio Vieira, nasceu em 1617 na Bahi~,
[H'imci•·os cincocnta nwmbros da Academia t•eal de onde exerceu o cMgo de secretario do estado do Braztl.
Uistoria fundada cu1 Lisboa.
c falleceu em I 697.
•Benjamin Constant Botelho de Magalhães nasceu
ctn ).'icilicroy a 1 lS de Outub•·o de J83ti. - Fez o c urso *Carlos Machado Bittencourt, nasceu a 12 de Abt•il
da Escola ~1ili ttu· c tumuu p;u·te na campanha do Pal'a- de 18'.0, no H.io Uraude do ::>ul. Chegou a marechal c.lo
gua?', d'ondc vultou, já capitão, a utes c.lv :;cu ter mo pot· exercito, foi ajuc.lanle gm·al do minist•·o da guet•ra no
motivo de molestia. Foi ua <.:idade do Hio de Jancir·o •·egimen •·epul.llit•anu. :Muito concort'eu para a concl.u-
professor do Instituto Commer<.:ial e da Escola Not·tnal, são da campanha de Canudos e mort'eu a 5 de l'io-
158 BREVE NOTICIA DE ALGUNS BRAZILEIROS ILLUSTRES 15~
vembro de 1897, defendendo corajosamente a vida do É autor dos .C::uspil·os Poeticos , da ron{ederação dos
Dr. Prudente de Moraes, presidente da Hepublica. Tamoios , elos Factos do Espi!'ito humarro, ele.
Casimiro de Abreu, joven poeta., tlutor· das Prima- Eusebio de M attos, insigne pregador, lilter·nto, poeta,
t,cras, nasceu na cidade da Barra de S. João, estado c lambem pintor· o musico, nasc.eu ~a Ba hia ~m _Hi'.l9,
do H.io de Janeü·o, em 1837, e falleceu em 1.860. e tlhi morTl'll em 1692. Foi pl'llnCJramenlo Jesurtn o
Claudio Manoel da Costa, grande poeta, nasceu em dr>pois carmelita.
i\Iarianna em 1729. Depois de formar-se em dir·eito Evaristo Ferreira da Veiga nnsc·eu na cidarle dn
em Coimbra, viajou a llalia, e veio exercer a profissão Rio de Janeiro em
do advogado em Villa-Hica (Ouro-Prelo). Tendo tomado 1799, leve uma loja
parte na conspiração do Tir·a-denles, foi preso o suici- de livros, e essa
dou-se na cadeia de Villa-Hica em 1790. profissão lhe pro-
Diogo Antonio Feijó {Padre) nasceu na cidade de Ilú, porcionou meios de
no estado de S. Paulo, em 178i. Foi deputado ás cortes adquirir vastos co-
de Lisboa, deputado gera l, ministro da justiça em 183 1, nhecimentos ; exer•-
senador em 1833 e regente do imperio em 1835, cargo ceu grande inlluen-
de que se demiltio em 1837. Tomou parte na r·evolução
de S. Paulo de 18'•2, c ralleceu no anno seguinte.
\ cia política como
rednctor da Au?'O-
Domingos Borges de Barros, visconde da Pedra
,.a Fluminense; to-
mou grande par·lc
Branca, bom poeta lyr·ico, nasceu na Bahia em 1783.
na re,·olu~iio que .
Foi diplomata, conselheiro e senador do imper·io. Mor- deu ocrasifio á abdicação de D. Pedro 1 ; foi varras
reu em 1855. vezes deputado geral ; c falleceu em J 8:!7.
Domingos José Gonçalves de Magalhães, barão Francisco Gé Acayaba de Montezuma, visconde
de Araguaya, uma das de Jequitinh onha, gr·ande or·ador pn..tamenla r e jorna-
mai01·es glorias da lillc- lisln , nasceu na cidad e da Bahia em 179'• ; for·mou-sc
ratura brazileira, nasceu em leis na uniYer·sidadc de Coimbra; foi deputado ger·a l
na cidade do Rio de em varias legislalnras, ministro da jusli~a em 183í,
Janeiro em 18 11 ; formou- ministro plenipolt•nci::ll'io em Lond r·cs , em 18'•0: con-
se ahi em medicina; selheiro de estado em 1850 , e senador pela Bahra em
pr·ofessou philosophia no 1851.. Em 185'1 roi-lhe confer·ido o Ulul o de visconde
collegio do Pedr·o Il ; e de Jequitinhonha. Fallcceu em 1870.
r·cprescn tou o Brazil Francisco de Lemos de Faria Pereira Couti-
nas cOrtes de Tur·im, nho (D. }, bispo de Coimbra e conde de Ar·ganil, nas-
~apoles, Vienna, c junto ceu em lguassú, estado do H.io de Janeir·o, em 1.735.
á Santa Sé em Homa, Recebeu 11m Coimbra o gráo de doutor· em canones,
onde falleceu em 1882. obteve alli uma cadeira de lente, e exerceu depois
160 BREVE NOTICIA
DE ALGUNS BRAZILEIROS ILLUSTRE S 161
ca rgos emin enlC's. Em 1770 foi nomeado r·eilor da
q~tistad o a J estts Christo ])elos J>atLres da
univer·s idade de Coimlu·a, que foi · por· ello r·cfor·mada. Com J)a-
Falleecu em 1822 na edade de 8? ann os. nhia de Je sus da. pl'Ooincia. d e Goa .
Franci sco de Mello F ranco nasceu orn 1757 em Para- Franci sco Villela Barbo sa, ma•·qucz de Paranag uá.
c·:rtú. no eslauo de' 'Iinas Get'acs. Excr·ccu a medicina r grande mathematico c poeta, nasceu no H.io de Janeir·o
em Lisboa com r,rande nomeacla alé o nnno UH?. c•m em 1769, cnlr·ou na a r·mada po•·tugu eza, foi lente da
J'
qnc voltou para o Bio de Janeir·o, acompa nh ando a academ ia de marinh a; passando depois para o exercito,
archiduqu eza D. Carolina Leopoldina, es posa de D. regeu a cadeira de geomet ria. Disting uiu-se como
PedJ·o I. Foi vice-presidente da Academia das Scien- membro da Academia das Scicncias de Lisboa. Foi
eias de Li<:hn::1 Fnllrceu em 1723. ministro no Brazil var·ias vezes, ))l'eside nlu do senado
e rousdhc ir·o de estado. )JorTeu em 18'•6.
F rancis co do Monte Al-
ver ne (F rei ), illuslr·e Gregor io d e M a ttos Guer ra, cclcb,·e poeta satyrico,
francisl·ano, honr·a do pu l- irrnão de Eusebio de Mattos, nasceu na Bahia em 163J.
pilo brazileiro c summo Estabeleceu-se em Lisboa como advoga do; de volta á
philosopho, nasceu no Hio Bahia em 1679, atlrahio conlt·a si mui las inimizades
de J anciJ'O l'lll 178'o. Pr·o- com suas satyras mor·dazes, até que o governadO!' D.
fcssou no sp rninar·io el o João de Lcncas h·e o fez remelle r p:u·a Angola . )JorTeu
S . .Tosé as l'addr·ns d" no Rc.cife em 1696.
philosophia c r·hclol'il'a. H enrique D ias , um dos hcróes da guerr·n contra os
A ccgucir·a que lhe solwe- llolland ezes, cr·a prelo e natu1·al de P ernamb uco.
veio em 1 8:~6 nnrd ou-o Em 1637, na batalha de Po1'lo-Calvo, se ndo ferido na
do pulpilo u do magislcl'io. Falleccu em 185í. mão esquerd a, fêl-a amputa r e voltou ao combate. l\Ioi'-
Franci sc o de Moura Rolim (D .), dislincl o gcncr·al c rcu pohrc e quasi esqueci do no Hecirc em 1662.
1 ~o gove rnador geral do Brazil, era Pcrnarn bul'ano. Honor io Herme to Carnei ro L eão, marquez de Pa-
Franci sco de S anta Ther e za de Jes u s S a mpaio raná, que foi o estadista brazileiro de mais influeucia
(Frei), frandsc ano, c um dos melhores prcgado "es d n do seu tempo, nasce u em 1801 em Jacahy, es tado de
Br·azil, nasceu no Rio de Janeiro em 1778 c fa llect>u 1\linas Oer·acs; for·mou-se em direito na universidade
rm 18:10. de Coimbr a; chegou na magistr atura a desem bar-
Franci sco de São Carlos {F rei), f1·ancisc:wo, insigne gadO!'; foi deputado em varias legis latu1·as, minislr·o
pl'Pgadur· c pu!'ta, autor do poema Assump ção, nasceu da justiça em 1ll32, senador por 1\linas em 1 8~ t, co n-
no Kio de Jancir·o em 1763, c ahi fallcccu em 1829. selheiro de estado em 18'>2, preside nte do conselho de
Franci sco de Souza (Padre ), C'lassico portugu ez de ministro s crn 1 8~3 c em 1853, a r·vorand o n'este ultimo
primcir·a nota. nõlsl'llU na Bahia pelo an no de 1632, entrou ministe rio a bandeira da conciliação. Mandado ao Hio
na Companhia de J esus, foi preposi lo da casa pr·ofessa da Prata em 1851 como miuislro plenipolenciario,
de Goa, c fallcceu um 1713. Escreve u o 01·iente con- soube manto•· no mais alto grau a dignida de do Impe-
rio, por cujos serviços foi-lhe conferido o titulo de
6
162 BREVE NOTICIA
DE ALGlJNS ORAZILEIROS ILLUSTltES 163
visconde c depois o de marquez de Par·anl1. Morreu a
Joaqu.i m José Rodrigue s Torres, visconde de l ta-
3 de Setembro de 1856.
borahy, um dos mais
lgnacio José de Alvareng a Peixoto, bom poeta notaveis financeiros
lyrico, nasceu nu llio de Janeiro em 1718. Formou-se do Drazil, nasceu em
em leis em Coimbra , e veio residir· em São João d'El- 1.802 no Porto das
Rei com o car·go de ouvidor . Foi um dos chefes da Caixas, município de
conspir·ação do Tira-dentes , e como tal condemnad o Itaboraby ; formou-
a degredo peq >eluo par·a Ango la, ond e mor·r·eu em 1793. se em malhemalic as
Januario da Cunha em Coimbra; foi va-
Barbosa, conego da rias vezes minis tro
eapc lla imp e ri a l , da ma ri n hn P da fa-
g t·ande pt'l;gador , lit- zenda, d rputado ge-
let·alo, poe ta e jorno- ral, senador· em J8H,
lis ta, nasceu no Hio conselhcir·o d'eslado
de Janei r•o em l ?80. em 1853, ele. Foi r lle
C r·eou o lnslilulo lJis- quem creo11 o Banco do 1:3r·azil. l\[orreu em 1873.
lorico, e foi var·ias J oão Alvares Carneiro, medico de fom a, n(l~;ceu no
vezes deputado ge- Hio de Janriro rm J 776, c~;tudou em l'or·lugal, fez
r·al. É d'elle o bello uma viage m scienlifica por YHI'ios portos dn As ia, e
poema Nictheroy. l\Iorreu em 18'.6. veiu estabelecer -se na sua patr·ia, ond e se lo r·nou o
Jeronymo de Albuquer que Mara nhão, filho de medico de uwis nomeada e de mais popularida de. Fal-
Jeronymo do Albuqu01·q ue e de uma india, nasceu em lecou em t 8a7.
Olinda em l5'o 8; fuud ou em 1597 no Rio Gr·aude do
João Francisco Lisboa,
No r·le a cidade do Natal; expulsou em 161 5 do i\Jar·a-
celr hre jor·nn lisla, nasceu
nhão os Fr·uncczes commandad os por Ravardiere e por
em 1812 em l'ir·npcmas,
esse triumvho tomou o a ppellido de Mal'lllthão ; e mor·-
na fr·eguezia de ll;l picur·ír-
reu em 1618.
Mir·im, PRI:Hlo do l\Iar·n-
•Joaquim Manoel de Macedo, nasceu om llaborahy, nhuo; es1:rcvou o Jornal
estado do Rio de Ja neir·o, a 21 de Junho do 1820. Fot·- dtl Twlolr, que lor·nou o
mou-se em medicina e foi professor de cor·ographi a e seu nom e 111uilo pop ular
histor·ia do Bruzil do rollegio de Pedro li. Foi t·oman- no inrper·iu, e a Vrda do
cista, dramaturgo , jot•nalis ta, poela e historiador ; foi, parlr't' ,·\ tt lc111io \' ien·a ;
porém, como roma ncista que se Lor·nou mais notavel , e morTeu em Lis boa em I~6H .
lendo publicado grande numer·o de r·oma.nces que mere-
cêrão geral aceitação. Falleceu a 11 de Abril de 1882. João Pereira R a mos de Azeredo Coutinho, illus-
tr·ll magislr·ado, irmão do celebt·e D. Francisco de
16~ BREVE NOTICIA 165
DB ALGUNS BRAZILEIROS ILLUSTRES
esquadra do conde da Tor•re para p1·oteger· um desem- minis tro da fazenda, s enador por Minas, conselheiro
barque, e que tiveram ele r•egr•essar·, eiTectuando urna de estado, etc. Falleceu em 18'17.
mar-cha memoravel de (<00 lcguas de ida e volta. Bar- Manuel Luiz Osorio, marquez do IIerval, um do~ mais
balho Bezcr·ra er·a gover·nador do Rio de J anci r·o quando valentes gener·aes de que se g loria o Brazi l, nasceu
fa llcccu rrn IG'•L em 1807 perto do J aguar·ão, no estado do Hio C:randc
Manuel Antonio Alvares de Azevedo, poeta de do Sul ; di stin g uiu-se sobretudo na guerra do Par·a-
ta lento, nasceu na citlau e de S. Paulo em 1831 tornou g uay, sondo sob o seu commando que o exer·cito ha·a-
o g1·~o de bacharel em lettras no collegio de P~dro 11 , zileiro penetrou no tenilorio paraguayo pelo Pas~o da
matr·teul ou-~e na academia de S. Paulo e falleceu em Pa lria, c praticando n'cssa longa e enca rniçada gtu•rr\1
1852, CJtrando ia começar o 5o a nno do curso ju1·idico. proezas taes que tornaram o seu nome muit n popultu·
e por assim dizer· legendario. Por seus g loriosos sc r·-
M anuel de Arruda Camara, dislincto botanico, nas-
ceu na cidade de Goian na, no estado de Pernambuco viços foi elevado a marechal do exercito e ag-raciado
em J 752. Estudou medici na em Montpellier , c deixo~ com o titulo de mnrquez do llcrval. Ern minisl r·o da
inter·essanles memorias. guen a qu ando morreu no di a ~ de Outubro de 18/!J.
Manuel Ayres de Casal, autor da melhor corog 1·apltia Manuel do Monte Rodrigues de Araujo (D .), conde
do nra.:il, nasceu em J 754, não sabemos em que lugar. d e Irajó , sabia e ' 'irtuoso
prelado, nasceu em PeJ·-
Manuel ~erreira da Ca mara Bittancour t , distincto
1
natur·a J;,;la, nasceu em ~linas em 1762. Fez uma v ia- namhuco em 1798 profes-
sou theologia por 17 a nn os
gem scientifica pela Europa co m José Bonifacio de
Andr·ada. Foi sacio da Academia das Scienri as de no seminal'io de Olinda,
Li ,;boa, e cxe•·ceu em l\linas o cargo de intendente foi eleito deputado geral
geral das minas. 'forTeu senador do impel'io em 1837, e bispo do H io de
Ja neiro em 1839. Morreu
Manu el Ignacio da Silva Alvarenga, distincto poeta
em 1863. Escreveu um
nasceu e111 S. J oão d' El- Rei pelo a nno 1750. For·mad~
Compentlio de theologia
em Coimbra , exer·ceu a advocacia no Rio de J aneiro
moral e Elementos de direito ecclesiaslico.
o.nde em 17.81 foi nomeado professor r egio de rheto~
Manuel Odorico Mendes,
- _ : ·, _ .· ·
_-~.~
r1ca e poeta ca; contou entro seus di scípulos a São
~:ll'los, a Sampaio, a Mont'Aiverne, ao conego Janua-
distincto poeta, raa1weu t·rn
r·w e outros famosos pr·égadores. Fall rreu em 1814. S. Lui z do Maranhfto em
. . .• 1799, formou-se em ph ilo-
Manuel Jacintho Nogueira da G ama, marqu ez de 'f· ·.. sophia em Coimbra. fui
13uependy, nasceu crn S. J oão d'E l-H.ei e m 1765 for·-
mou-se ern mathemali ca e philosophia na uni ~e•·si - ~:.., ~
· . ?~ ,r-F
deputado gera l em 182'• e
18'•'•, e Lrauuziu em verso
dad ~ de Coimbra, foi lente da acad<'mia de mlu' inha
as ob•·as do Vi •·gilio e de
de Lisboa de~d e 1791 até o anno de J 801, em qu e foi
Uomer·o. ~Iorreu em Lon-
despachado w s pector geral das nitr·eiras e fabrica
dres em 1 86~ .
da polvora de Minas Geraes; foi marechal de campo,
172 BREVE NOTICIA
DE ALGU NS DllAZIL EIROS ILLUS1' R J::S 1.73
Maria nno José Perei- de Po•·tugal, dmTolando os ll espau hoes em 1\Iooti
ra de Fonseca, mar- jo
(16'.4), pelo que foi nomeado cond e de Aleg•·ete. Morre
qucz de 1\Iar·icú, au tor· u
em Portug al em 16'•7.
de uma rica e precio sa M iguel Calm on du Pin e Alme ida, nuu·qu ez
collecçào de .llfaxima s de
Abran tes, nasceu em S.
e Pe11samentos, nas- Amaro, estado da Bahia,
ceu no Rio de Ja-
em 1796; formou-se em leis
neir·o em 1773; for-
em Coimb ra; foi deputa do
mou-se em philosophia
á Assembléa Consti tuin te,
em Coimb l'a; foi mi-
deputa do ge ral em varias
nist•·o el a fa zen d ~~ em
legisla turas, senado •· pelo
1823; O mOJ'r'eU em
1 8~8 lienador· c conliel hei r·o de estado Cenrá em 18'.0, consel heiro
.
Marti m Franc isco Ribei ro de Andr ada nasceu de estado em 18'.3, minis-
em tro da fazend a e m 1.827,
Santos em 1776; for- _.
mou-scem mathe ma- '18:.17 o 18'.2 ; minisli'O dos
negoeios estran geiros em 1829; proved or da Santa
ticas na univer·sida-
Casa da Mise•·ico•·dia, ele. Falleceu em 1866.
de de Coimb ra; en-
trou com seu ir·m iio Pauli no José Soare s d e Souza, viscon de do
Ut·u-
José Bonifacio no guay, illus tre estadi sta e diplom ata, nasceu em Paris
minist erio de t, de em 1807; formou-se na
Jul ho de 1822 com faculd ade de dit·eito de
a pasta da fazenda; S. Paulo, depois de haver
foi com elle depor·- cu•·sad o lres annos a uni-
lado para Eur·opa ve •·sidad e de Coimb ra; foi
em 1822; voltou ú varias vezes deputa do ge-
camam como depu- ral pelo H.io de J aoei•·o ;
tado por Minas- Ge- minis tro da justiça em
raes e depois por S. Paulo ; propug nou pela procla 184.0 e em 1B4. 1, e dos
- ncgoci os esl1·an ge iros em
mação da maior·i dade de D. Ped•·o H ; foi de nO\'O mi-
nistro da fazend a em I8t,0-1 8'tl ; e fa!lc('eu e m 18'.'.. 18'.3 e em 18't9; senado r·
Math ias de Albu querq ue nasceu em Pcr·naml>uco pelo Rio de Jane ir·o em
na 181,9 · consel hei•·o de es-
segun da metad e do seculo XVI; comba teu com muito
tado' em 1853. Receb eu
denodo como genera l das forças luso-b razileil'as c:onlra
em 1B54. o litulo de viscon de do Urugu ay. Em 1855
os Hollandezes, que se assen h(JJ·car am de Pcr·nam foi
- manda do a Paris cOQlO minist ro plenip otenci a•·io para
buco; e cobriu-se de gloria na guerra da res tau r·aç~o
tratar da questã o do Oyapock. FallJc eu em 1866.
174 BREVE NOTICIA. DE ALGUNS BRAZILEIROS I LLUSTRES PRESIDENTES DA REPUBLICA 175
Pedro de Ara ujo Lima, marquez de Olinda, nasceu Thomaz Antonio Gonzaga , o mai s mimoso dos poetas
em Anlas, no eslado de Pernambuco, em 1793; for- lyricos po•·tugu ezes, autor da .Marilia de Dirceo , nas-
mou-se em leis na uni versidade de Coimbra ; foi ceu no Porto em J74't, mas passou a sua infancia e
deputado ás cO rtes de Lis boa ; e depois no Brazil quasi toda a sua vida no B•·azil. Formado em leis pela
var·ias vezes deputado geral e minis l1·o. S uccedeu em universidade de CoimtH'a, foi despachado ouvidor pa•·a
1837 ao padre Feijó como regente do Jmperio. Foi Villa-Rica (Minas Geraes) . Entrou na cons piração do
lambem senador e conselheiro de estado. FaHeceu em Tira-dentes, e foi condemn ado a deg•·ed o para Maçam-
1870, na edade avan ç<1da de 77 annos. bique, onde morreu, dizem que louco, em 1809.
Romualdo Antonio de Seixas (D .), marquez d e Sanla
Cruz, uma das g loria s
da Eg1·eja do Brazi l,
nasceu em Camelú,
es tado do Pa•·á, em
1787 ; cursou em Lis-
boa as a ulas da Con- PRESIDENTES DA REPUBLICA
gregação do Orato1·io ;
foi elevodo a arcebispo
da Dahio. em 1826, Ma noel D eodoro da Fonseca, nasceu no estado, então
eleito deputado geral provi n ~.: iu da s
nas legis laturas de Alagoas, a 5
J 826 c 18'• 1, e nom ea- de Agos to de
do emD 1838 ministro do impe•·io, ca •·go que não acei- 1827. Comple-
tou. Fnlleceu em 1860. tou o curso de
Salva dor Correia d e Sá e Benevides, neto do pl'i- a r li I b a l'i a na
mci•·o govemador do Hio de Janeiro, nnsceu n'esla Escola ~Iililar
cidad e em 159'.. Foi tJ-ez vezes gove•·nado•· e capitão do Rio de Jn-
general do Hio de Janeiro. Em 16't.8 partiu par·a Angola neil·o. Fez as
e expu lsou d'alli os ll ollandezes. Falleceu em Lis boa campanhas do
em 1688 com 9'. annos de edade. U•·uguuy e Pa-
mguay de 186t,
S eb astiã o d a R och a Pitta, famoso his toriador, nas- a 1870, tornan -
ceu na Bahia em 1660, e mo•·•·eu em 1738. Tomou em
do-se nolavel
Coimbra o gráo de bacha•·el em canones e foi memb•·o
pela s ua bl'a-
da Academia r eal da His loria Porlugueza. Empregou vu ra e capa-
melade da sua vida a escreve•· a preciosa Historio. da cidad e no desempenho de lmpol'lanles commissOes.
America Po1·tugueza. Inlluenciado por Benjamin Coostanl e oUll'OS, procla-
176 PRESIDENTES DA R'EPUBL!CA
PRESIDENTES DA REPUBLICA 177
mo u a republica a 15 de Novembro de 1889. Chegou ao
posto d e ma rechal e foi proclamado gene1·alissimo pelo Prudente José de Mor aes B arros, nasceu em Ilu,
exer·c ito. Foi o Chefe do Covcr·no Provisor·io e o l o l'r·c- estado de S. Paulo, a r, de Outubro de 18'd. Formou-
sidente da Hepubli ca. Falleccu a 23 de Agoc;to de se em diJ·eilo e foi
I R92. eleito deputad o pro-
Yincial c depois ge-
Floriano Peixoto, nasceu no es tado, então provín cia,
ra l, ainda no tem-
das Alagoas a 30 de Abril de 1839. Completou o c ur·so
po da monarchia,
de arti lhar·ia na Escola Militar e recebeu o grau ne
apezar de ter-se a l-
bacha rel em scie ncias physicas e mathematicas na
liado ao partid o re-
antiga Eseo la Central, hoj e Polytechnica. Fez a ca m-
pub l i ca n o desde
panha no Par·aguay, onde mu ito se distinguiu, lendo
1870. T endo tr·ium-
vnltnd n lt•nentc-cor·onol. Foi presiden te da prov ín cia e
phado este partido
commandante das ar·-
em 181:19. fez parLe
mas do Hio Cr·andr
da junta governa-
do Sul. Era ajudante
Liva e foi depois go·
genera l do exer·rilo
vernador do seu Es-
quando se proclam ou
tado senador·, prcs i·
a repuLlica e con ti-
nuou a d esempe nha r·
denl~ da Constituinte, v ice-presidente do Senado e afi-
nal presitlcnle da Rcpublica. Terminado o ~cri~do do
esse car·go até que
exer·dcio d'cste ultimo ca rgo, retirou-se para Prracr caba,
passou para ministr·o
no seu Estado, ontle falleceu a 3 tle Dezembro de J 902.
da guerra. Foi eleito
pelo seu esladn sena- Manoel F e rraz de Campos S a lles, nasceu em Cam_
dor á Constituinte c pinas, estado de S. Paulo.
depois por esta vice- a 13 de Fevcr·eiro de 18'. L
presiden te da ll l' Jlll- Como o seu antecessor,
blica. Assum iu o governo "do paiz a 23 de No,·embr·o for·mou-se em direito, foi
de 189 1, por· occashio da r·enuncia do i\far·eclral Deo- deputado provincial e de-
dor·o, e JH'eenchcu o p r·imeiro qualri ennio p residencial pois geral, já se tendo de-
até 15 do l\'oYcmbro de 189'.. Foi lam bem ministr•o rlar·ado r·e publicano, ainda
do Supr·erno Tr•ibunal Milila r·. Fall eceu a 29 de J u nho no t•egimon monarchico.
de 1895 numa faze nda pr·oxima á estação da Divisa, no Proclamado o novo regi-
estado do Hio de Janeiro, em consequencia de cl11·oni- mcn, foi ministro da jus-
cos padecimentos, aggr·avados pela extraordinar·ia ncti- tiça do governo proviso-
vidade de que deu provas durante a revolta tia CSCJ ua- rio, senador, preside nte
dra de 6 de Setembro de 1893. do estado de S. Paulo e
presidente da Republica.
178 PIIESIOFI'ITE S 0.\ RFPURLICA
PERIOD O VI
PEIU ODO TI!
Reinado de D. Pedro 11.
Desde a r estauração de Portugal até a chegada da ramllla r eal ao
Brazll (1640-1808 ). Menoridad e de D. P ed ro II ; regentes do lmperio. 111
Proclamaç ão lia rnaiol'idad e de O. P rdt·o 11 t Jlt
Expul são dos hollandeze s do Orazil . . . . . . 61
He vohrçflo em S. Paulo e Minas c:cruc~ 116
Governado res geraes que s nccedê r:\o a Barreto de i\le- 117
6G J>acillcaçào du Rio GrandE' do t>ui .
nezrs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
70 Hevoluçào de Pernambu co t'rrl IS't8.
Expediçõe s dos fran cezes contra o Rio de Janeiro . . . 119
Gue rra contra Rosas t'nl 1851 .
Guerra com os hespanhóc~; tratado de S. Jlrl efonso 122
. 75 Qu e~ l<'lo inglrzn em IR62 . . . . . .
(1762-1i77). . . . . . . . . . . . . . . . 122
Guer·1·a <lu Parur.:uay ( 186'•- llli"u) . .
Vice-reis do Brazil depois da lras ladaçAo da sMe do 128
Factos poslerio re~ á g ue rra du Pa ragua~ .
governo geral para o Rio df.' Janc ir·o. . . . . . . . . i7
130
78 'l'aboa c hronologic a do sexto periodo . .
Conspir·açr\o do Tiradentes . . . . . . . . . . . . . . .
Vice-reina do do conde de Rezende c de seus ~uccr~'ores. 79
Taboa chronologi ca do terceiro pe riodo . . . . . . . . 81 PERIODO Vll
• Republlca.
PERIODO V
IlM !lO INiliCI:: üEIIAI.
Reinado de D. P edro I (1822-1881 ).
USP