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Deus Proverá
Antes de qualquer outro comentário, necessário se faz alertar aos navegantes não
cristãos, leitores dos versículos bíblicos acima, de que a ordenança de Deus dirigida a
Abraão, pedindo-lhe o seu filho para holocausto, não era para cumprir o propósito de
agradar-se com o sacrifício de Isaque, mas, sim, para agradar-se com a
demonstração de amor a Deus sobre todas as coisas e de fé absoluta na providência
divina. E isto fica muito claro nos versos que se seguem ao referido pedido ao
patriarca Abraão.
Esse tipo de ordenança não pode vir do Senhor para toda e qualquer pessoa, mas,
sim, e de forma única, para aquela que lhe é obediente e confiante NELE, porque bem
sabia o Senhor qual era o seu propósito com aquela difícil prova de fé, o qual não era
o do sacrifício de Isaque, mas, sim, apenas uma sombra do que o Senhor já houvera
feito antes da fundação do mundo mediante uma proposta feita em si mesmo de nos
Copyright © 2005 by Marival Coelho Novaes
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Missão Evangélica Filadélfia: Deus Proverá
prover o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, significando aquele que tira a
desobediência, a incredulidade e a injustiça do mundo.
Quando Abraão fora provado naquela difícil e terrível prova de fé absoluta, ele fora
também fora justificado por sua fé, porque naquela experiência preliminar de como se
daria o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário, na qual o filho da promessa: Isaque
houvera sido pedido para sacrifício, representava como que uma sombra, a oferta de
Deus de seu Filho Jesus Cristo, sob a forma de uma mesma promessa, a do Messias,
o Deus Emanuel, de modo que por Ele todos fossem justificados e santificados pela
mesma fé.
E esta fé, como está escrito em Hebreus, é o firme fundamento das coisas que se
esperam e a prova das coisas que se não vêem. (Hebreus 11:1). Então, confiante na
Palavra de Deus, que houvera lhe dado Isaque, o filho da promessa, e que daquele
filho nasceriam outros filhos para formar uma grande nação, a nação do povo de
Deus, o mesmo Isaque não seria imolado, mas apenas ofertado.
Esta verdade nos mostra que devemos confiar no Senhor de forma absoluta e andar
com Ele em todos os passos que Ele nos mostrar para fazermos, porque logo mais
adiante Ele certamente nos mostrará o seu real propósito, e não aquele que aos olhos
humanos poderá até parecer contradizente, poderá até parecer sem sentido, mas Ele
é Deus, e nós, somos seres humanos, Ele conhece o minuto ou segundo que se
segue e o dia de amanhã, como também toda a eternidade, mas, a nós, nos é
reservado apenas viver o presente na sua confiança, porque Ele quer e deseja o
melhor para os seus filhos.
Assim, Abraão fez a oferta do filho, crendo na ressurreição dos mortos, mas o que o
Senhor queria dele era apenas uma oferta viva, tal qual a que Ele mesmo se proporia
a fazer por nós na cruz do Calvário para nos propiciar uma remissão de pecados pelo
seu sangue, mediante tão somente pela fé.
Jesus Cristo disse: “Eu posso derribar o templo de Deus e reedificá-lo em três dias”.
Então, quando Deus ordena e promete, a sua ordem se transforma em benção de
vida, e vida eterna, ainda que pareça momentaneamente uma expectativa de morte.
Assim foi com Jesus, o Filho de Deus feito Homem, com Isaque, o filho de Abraão,
com Jó, um dos filhos da fé, com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, os filhos da
obediência, e tantos outros homens e mulheres de Deus que nasceram de novo como
verdadeiros filhos da fé.
Estas observações se fazem necessário porque o que o diabo mais quer é ver a
destruição da família, a começar pelos filhos, levando-os à morte natural e espiritual. E
o entendimento errado deste sacrifício pedido por Deus a Abraão tem sido usado pelo
diabo, desde os tempos antigos, para enganar aqueles que são servos da
desobediência e da incredulidade, para oferecer seus filhos em holocausto vivo aos
deuses das trevas do inferno. (Vide Levítico 18:21; 20:2-5; II Reis 23:10 e Jeremias
32:35).
Ainda nos tempos atuais e ao longo de toda a história da humanidade temos visto os
registros de casos em que o diabo pede aos pais e aos feiticeiros, crianças para
serem sacrificadas nas suas diabólicas cerimônias macabras. E o propósito destes
sacrifícios de sangue inocente é o de fazer alianças com Satanás para conquistar o
poder financeiro e as várias formas de poder secular que o mundo oferece.
Para os que praticam estas atrocidades diabólicas fica a advertência de Deus para
que se arrependam de seus atos e se libertem da servidão do inferno, para que não
sejam condenados e lançados no lago de fogo que arderá eternamente para
padecimento dos que são desobedientes a Deus.
E estas bênçãos começam quando o pai da família dá ouvidos à voz de Deus, porque
os seus ouvidos estão atentos a tudo quanto o Senhor fala. E, no caso de Abraão e
seu filho Isaque, embora tenha sido apenas um simbólico pedido de oferta para
conhecer o amor e o temor de Abraão por seu Deus, mas o valor da sua ação foi
suficiente para que o Senhor abençoasse uma nação inteira.
Assim, pois, os pais, chefes e dirigentes das famílias da terra, entre as quais está
inclusa a família de Deus na terra, que é a sua Igreja, deveriam manter seus ouvidos,
corações e mentes ligados ao que o Senhor diz a todo o momento sobre as bênçãos
que Ele pretende derramar sobre a face da terra, porque são bênçãos para nações
inteiras e para muitos povos, mas que em primeiro lugar é preciso aplicar os corações
e mentes para a obra do Senhor, para a edificação da sua casa com a força da
manifestação do seu Poder pelo Amor e Unção que está no Espírito de Cristo, o
Espírito Santo de Deus.
Estes versículos do livro do profeta Ageu nos falam bastante das dificuldades atuais
por que passam os povos e as famílias da terra, inclusive seus governantes e todos
aqueles responsáveis pela direção e pelo governo na terra. Mas, estas dificuldades
são frutos de uma desobediência coletiva e cega por parte de quem está no mundo, e
do relaxamento e negligência do povo de Deus, que deveria estar mais atento à voz
do Senhor, principalmente nestes últimos tempos, de modo que pela família de Deus
sejam abençoadas as demais famílias da terra, da mesma maneira que por Abraão o
Senhor abençoou o seu povo escolhido.
Quando corremos à nossa própria casa significa que as próprias dificuldades que a
vida nos impõem, as quais são decorrentes do afastamento das prioridades definidas
por Deus, são as responsáveis pela retenção do orvalho, pelo saquitel furado e
assoprado por Deus, pela seca, pela falta de trabalho, e tantas outras mazelas pelas
quais experimentamos na peregrinação da vida.
Além disso, é preciso que haja responsabilidade e seja rejeitada toda e qualquer
acomodação, como quem acorda de um sono profundo após uma longa noite.
O Senhor é um Deus de providência e tudo está e depende das suas mãos. Com
olhos e ouvidos espirituais abertos certamente veremos e ouviremos o que o Senhor
quer nos mostrar e dizer, conforme Abraão ficou na posição, e nas suas mãos e de
sua vida, frutificaram bênçãos para toda as famílias da terra.
Que a Graça do nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós!
Marival Novaes
15 de abril de 2005