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Missão Evangélica Filadélfia: Deus Proverá

Deus Proverá

Então, falou Isaque a Abraão, seu pai, e disse: Meu pai!


E ele disse: Eis-me aqui, meu filho!
E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha,
mas onde está o cordeiro para o holocausto?
E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho.
Assim, caminharam ambos juntos.
E vieram ao lugar que Deus lhes dissera, e edificou Abraão ali um altar,
e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaque, seu filho,
e deitou-o sobre o altar em cima da lenha.
E estendeu Abraão a sua mão e tomou o cutelo para imolar o seu filho.
Mas o Anjo do Senhor lhe bradou desde os céus e disse:
Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então, disse:
Não estendas a tua mão sobre o moço e não lhe faças nada;
porquanto agora sei que temes a Deus
e não me negaste o teu filho, o teu único.
Então, levantou Abraão os seus olhos e olhou,
e eis um carneiro detrás dele, travado pelas suas pontas num mato;
e foi Abraão, e tomou o carneiro,
e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho.
E chamou Abraão o nome daquele lugar o Senhor proverá;
donde se diz até ao dia de hoje:
No monte do Senhor se proverá.
Então, o Anjo do Senhor bradou a Abraão pela segunda vez
desde os céus e disse:
Por mim mesmo, jurei, diz o Senhor,
porquanto fizeste esta ação
e não me negaste o teu filho, o teu único,
que deveras te abençoarei e grandissimamente multiplicarei a tua semente
como as estrelas dos céus e como a areia que está na praia do mar;
e a tua semente possuirá a porta dos seus inimigos.
E em tua semente serão benditas todas as nações da terra,
porquanto obedeceste à minha voz.
Gênesis 22:7-18

Antes de qualquer outro comentário, necessário se faz alertar aos navegantes não
cristãos, leitores dos versículos bíblicos acima, de que a ordenança de Deus dirigida a
Abraão, pedindo-lhe o seu filho para holocausto, não era para cumprir o propósito de
agradar-se com o sacrifício de Isaque, mas, sim, para agradar-se com a
demonstração de amor a Deus sobre todas as coisas e de fé absoluta na providência
divina. E isto fica muito claro nos versos que se seguem ao referido pedido ao
patriarca Abraão.

Esse tipo de ordenança não pode vir do Senhor para toda e qualquer pessoa, mas,
sim, e de forma única, para aquela que lhe é obediente e confiante NELE, porque bem
sabia o Senhor qual era o seu propósito com aquela difícil prova de fé, o qual não era
o do sacrifício de Isaque, mas, sim, apenas uma sombra do que o Senhor já houvera
feito antes da fundação do mundo mediante uma proposta feita em si mesmo de nos
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prover o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, significando aquele que tira a
desobediência, a incredulidade e a injustiça do mundo.

Quando Abraão fora provado naquela difícil e terrível prova de fé absoluta, ele fora
também fora justificado por sua fé, porque naquela experiência preliminar de como se
daria o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário, na qual o filho da promessa: Isaque
houvera sido pedido para sacrifício, representava como que uma sombra, a oferta de
Deus de seu Filho Jesus Cristo, sob a forma de uma mesma promessa, a do Messias,
o Deus Emanuel, de modo que por Ele todos fossem justificados e santificados pela
mesma fé.

E esta fé, como está escrito em Hebreus, é o firme fundamento das coisas que se
esperam e a prova das coisas que se não vêem. (Hebreus 11:1). Então, confiante na
Palavra de Deus, que houvera lhe dado Isaque, o filho da promessa, e que daquele
filho nasceriam outros filhos para formar uma grande nação, a nação do povo de
Deus, o mesmo Isaque não seria imolado, mas apenas ofertado.

Esta verdade nos mostra que devemos confiar no Senhor de forma absoluta e andar
com Ele em todos os passos que Ele nos mostrar para fazermos, porque logo mais
adiante Ele certamente nos mostrará o seu real propósito, e não aquele que aos olhos
humanos poderá até parecer contradizente, poderá até parecer sem sentido, mas Ele
é Deus, e nós, somos seres humanos, Ele conhece o minuto ou segundo que se
segue e o dia de amanhã, como também toda a eternidade, mas, a nós, nos é
reservado apenas viver o presente na sua confiança, porque Ele quer e deseja o
melhor para os seus filhos.

Assim, Abraão fez a oferta do filho, crendo na ressurreição dos mortos, mas o que o
Senhor queria dele era apenas uma oferta viva, tal qual a que Ele mesmo se proporia
a fazer por nós na cruz do Calvário para nos propiciar uma remissão de pecados pelo
seu sangue, mediante tão somente pela fé.

Jesus Cristo disse: “Eu posso derribar o templo de Deus e reedificá-lo em três dias”.
Então, quando Deus ordena e promete, a sua ordem se transforma em benção de
vida, e vida eterna, ainda que pareça momentaneamente uma expectativa de morte.
Assim foi com Jesus, o Filho de Deus feito Homem, com Isaque, o filho de Abraão,
com Jó, um dos filhos da fé, com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, os filhos da
obediência, e tantos outros homens e mulheres de Deus que nasceram de novo como
verdadeiros filhos da fé.

Estas observações se fazem necessário porque o que o diabo mais quer é ver a
destruição da família, a começar pelos filhos, levando-os à morte natural e espiritual. E
o entendimento errado deste sacrifício pedido por Deus a Abraão tem sido usado pelo
diabo, desde os tempos antigos, para enganar aqueles que são servos da
desobediência e da incredulidade, para oferecer seus filhos em holocausto vivo aos
deuses das trevas do inferno. (Vide Levítico 18:21; 20:2-5; II Reis 23:10 e Jeremias
32:35).

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Ainda nos tempos atuais e ao longo de toda a história da humanidade temos visto os
registros de casos em que o diabo pede aos pais e aos feiticeiros, crianças para
serem sacrificadas nas suas diabólicas cerimônias macabras. E o propósito destes
sacrifícios de sangue inocente é o de fazer alianças com Satanás para conquistar o
poder financeiro e as várias formas de poder secular que o mundo oferece.

Para os que praticam estas atrocidades diabólicas fica a advertência de Deus para
que se arrependam de seus atos e se libertem da servidão do inferno, para que não
sejam condenados e lançados no lago de fogo que arderá eternamente para
padecimento dos que são desobedientes a Deus.

Feitas estas observações, podemos voltar às bênçãos da eterna provisão de Deus


para seus filhos, as quais começam sempre pela família, mediante o conselho e a
direção do Senhor para os dirigentes de cada uma delas sobre a face da terra.

E estas bênçãos começam quando o pai da família dá ouvidos à voz de Deus, porque
os seus ouvidos estão atentos a tudo quanto o Senhor fala. E, no caso de Abraão e
seu filho Isaque, embora tenha sido apenas um simbólico pedido de oferta para
conhecer o amor e o temor de Abraão por seu Deus, mas o valor da sua ação foi
suficiente para que o Senhor abençoasse uma nação inteira.

Assim, pois, os pais, chefes e dirigentes das famílias da terra, entre as quais está
inclusa a família de Deus na terra, que é a sua Igreja, deveriam manter seus ouvidos,
corações e mentes ligados ao que o Senhor diz a todo o momento sobre as bênçãos
que Ele pretende derramar sobre a face da terra, porque são bênçãos para nações
inteiras e para muitos povos, mas que em primeiro lugar é preciso aplicar os corações
e mentes para a obra do Senhor, para a edificação da sua casa com a força da
manifestação do seu Poder pelo Amor e Unção que está no Espírito de Cristo, o
Espírito Santo de Deus.

“Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos:


Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos.
Semeais muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais;
bebeis, mas não vos saciais; vesti-vos, mas ninguém se aquece;
e o que recebe salário recebe salário num saquitel furado.
Assim diz o Senhor dos Exércitos:
Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos.
Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa;
e dela me agradarei e eu serei glorificado, diz o Senhor.
Olhaste para muito, mas eis que alcançastes pouco;
e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu lhe assoprei.
Por que? – disse o Senhor dos Exércitos.
Por causa da minha casa, que está deserta,
e cada um de vós corre à sua própria casa.
Por isso, retêm os céus o seu orvalho, e a terra retém os seus frutos.
E fiz vir a seca sobre a terra, e sobre os montes,
e sobre o trigo, e sobre o mosto, e sobre o azeite, e sobre o que a terra produz,

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como também sobre os homens, e sobre os animais,


e sobre todo o trabalho das mãos”.
Ageu 1:5-11

Estes versículos do livro do profeta Ageu nos falam bastante das dificuldades atuais
por que passam os povos e as famílias da terra, inclusive seus governantes e todos
aqueles responsáveis pela direção e pelo governo na terra. Mas, estas dificuldades
são frutos de uma desobediência coletiva e cega por parte de quem está no mundo, e
do relaxamento e negligência do povo de Deus, que deveria estar mais atento à voz
do Senhor, principalmente nestes últimos tempos, de modo que pela família de Deus
sejam abençoadas as demais famílias da terra, da mesma maneira que por Abraão o
Senhor abençoou o seu povo escolhido.

O profeta Ageu fala de uma situação em que o povo encarregado da edificação da


Casa do Senhor deixou-a ficar vazia, deserta, e cada um passou a correr para a sua
própria casa. Porém, se bem observarmos, os templos andam cheios e novos templos
são abertos todos os dias. Então, cabe perguntar: Vazia de que? Deserta de que? A
resposta não é agradável para nós cristãos, mas a verdade é que a Casa do Senhor
está vazia do seu Amor, da sua Unção, da prioridade da sua obra sobre qualquer
outra coisa, independente dos templos estarem cheios de pessoas ou não.

Quando corremos à nossa própria casa significa que as próprias dificuldades que a
vida nos impõem, as quais são decorrentes do afastamento das prioridades definidas
por Deus, são as responsáveis pela retenção do orvalho, pelo saquitel furado e
assoprado por Deus, pela seca, pela falta de trabalho, e tantas outras mazelas pelas
quais experimentamos na peregrinação da vida.

É preciso, pois, de forma humilde, reconhecer que há uma urgente necessidade de


mudança de rumo, como quando um pai de família faz uma reunião de seu povo para
corrigir aquilo que precisa ser corrigido. Sem humildade, jamais a Igreja do Senhor
atingirá o desejado estado de avivamento que tanto precisa e o Senhor quer derramar,
porque a soberba cria uma barreira terrível entre a operação de Deus e o homem.

Além disso, é preciso que haja responsabilidade e seja rejeitada toda e qualquer
acomodação, como quem acorda de um sono profundo após uma longa noite.

O Senhor é um Deus de providência e tudo está e depende das suas mãos. Com
olhos e ouvidos espirituais abertos certamente veremos e ouviremos o que o Senhor
quer nos mostrar e dizer, conforme Abraão ficou na posição, e nas suas mãos e de
sua vida, frutificaram bênçãos para toda as famílias da terra.

Esta é a função da Igreja de Cristo, a de abençoar as famílias da terra, sair para o


campo até sem saber para onde ir, usar de todos os meios para pregar o Evangelho
até os confins da terra, para que a glória desta última casa seja maior do que a da
primeira (Ageu 2:9).

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É hora, pois, de confiarmos mais no Senhor e de nos mantermos na posição para


ouvir a sua voz, porque as suas bênçãos estão preparadas, definidas e guardadas,
esperando o tempo de nos colocarmos na posição de seus filhos, filhos de adoção sob
a direção do Espírito Santo!

Que a Graça do nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós!

Marival Novaes

15 de abril de 2005

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