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IGREJA
EVANGÉLI
Jardim
CA das
Oliveiras
ESCOLA BÍBLICA
DISCIPULADO II
Edificado pela
Palavra de Deus
Pastor Júlio César Almeida
IGREJA EVANGÉLICA JARDIM DAS OLIVEIRAS
Av. Cleto Campelo, 205 – Largo da Liberdade – Palmeirina-PE
Igreja Ev. Jardim das Oliveiras – Palmeirina - Pastor Julio César Almeida 1
DISCIPULADO II
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DISCIPULADO II
A BÍBLIA, A PALAVRA DE DEUS
A Bíblia é um livro cheio de instruções para uma vida bem sucedida, mas há muitos livros que
também oferecem bons conselhos. O que torna a Bíblia diferente de outros livros? A diferença é
que a Bíblia é a Palavra de Deus , uma revelação divina! A Bíblia tem tido uma enorme
influência na história do homem. Apesar de perseguida e questionada durante séculos, ela
continua sendo o livro mais traduzido e mais vendido em todo o mundo . Estima-se que a
cada minuto, 47 Bíblias são vendidas ou distribuídas ao redor do mundo.
Há 66 livros contidos nela, escritos por cerca de 40 escritores num período de 1600 anos.
Os escritores tinham diferentes profissões e na maior parte dos casos nunca se conheceram.
Muitas vezes um escritor iniciava um assunto e séculos depois um outro completava ou confirmava
o mesmo assunto. Isso mostra a Mão inspiradora de Deus produzindo as Escrituras.
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DISCIPULADO II
O VALOR DO ESTUDO BÍBLICO
O estudo da Bíblia é um trabalho que desafia e dá satisfação, oferecendo muitos benefícios nesta
vida, e que ajuda a equiparmo-nos para ficar na presença de Deus eternamente. Somos
grandemente abençoados pelo privilégio de nos ser permitido ler e reler a carta de amor que Deus
nos deu nas Escrituras. Portanto, vamos continuar nesta lição estudando sobre os livros da Bíblia,
desta vez analisando o Novo Testamento.
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DISCIPULADO II
ORAÇÃO
"De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos
pediu; Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos" (Lucas 11:1).
A oração é importante. Todos os que querem seguir o Senhor sabem que a oração é parte
essencial da vida do discípulo. Entretanto, poucos oram e muitas vezes, quando oramos, parece
que lutamos para nos expressarmos a Deus. Embora possa parecer que a oração deveria vir a
nossa boca como uma expressão de nossa fé e confiança em Deus, ela freqüentemente parece
difícil, talvez ineficaz. Jesus fez como eles pediram. Ele os ensinou como orar, tanto por suas
palavras como por seu exemplo. Ele orava freqüentemente, fervorosamente e com grande fé
naquele que estava ouvindo aquelas orações. Através do seu exemplo, ele nos ensina a orar:
Quando Jesus orou?
- Ele orou em horas de grande provação, como no Getsêmani, pouco antes de morrer (Mt. 26:37).
- Ele orou momentos antes de grandes decisões. Lucas 6:12-16 conta o dia em que Jesus escolheu
os doze homens aos quais seria dada a responsabilidade de levar o evangelho ao mundo: "Retirou-
se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus" (Lucas 6:12).
- Ele orou antes de grandes obras. Quando Jesus se preparou para ressuscitar Lázaro, ele primeiro
se dirigiu ao seu Pai, em oração (Jo 11:41-43). Ele orou quando sua obra terminou (Jo 17:4).
Onde Jesus orou?
Ele freqüentemente subiu a montes, ou saiu para um jardim, e tipicamente escolheu a noite ou o
amanhecer, quando haveria menos distração com o mundo apressado. Tais hábitos eram tão
típicos da vida de Cristo que Judas sabia exatamente onde encontrá-lo embora só estivesse estado
em Jerusalém poucos dias (João 18:1-3).
Por que Jesus orou?
Jesus orou em momentos de diversas necessidades: tentações, provações,
tristeza, momentos decisivos, etc. Mas estes são realmente apenas o reflexo
de uma razão maior pela qual Jesus orou. Jesus valorizava sua comunhão
com o Pai. Como alguém que entendia melhor do que qualquer outro homem
jamais entendeu o privilégio de andar com Deus, Jesus queria manter essa
íntima relação com seu Pai. Tendo a escolha entre multidões de homens e
seu Pai, Jesus freqüentemente escolheu a companhia de Deus.
A vida de oração de Jesus nos ensina lições muito valiosas sobre o privilégio
de sermos chamados filhos de Deus e podermos ter comunhão com Ele
através da oração.
JEJUM
Jejuar significa abster-se de alimento por um certo período de tempo. No Velho Testamento, o
jejum está geralmente associado com três coisas:
- tristeza (Jz. 20:26; 1Sm. 31:13; 2Sm. 1:12; 1Rs. 21:27; Et. 4:3; Sl. 35:13; Dn. 6:18);
- confissão de pecados (2Sm. 12; 1Sm. 7:6; Jn. 3:5; Ne. 9:1);
- e buscar o Senhor (2Cr. 20:3; Ed. 8:21, 23; Et. 4:16; Jl. 1:14; 2:15; Ne. 1:4; Dn. 9:3).
Muitas vezes estes elementos de aflição, confissão e oração foram juntados em períodos de jejum.
No Novo Testamento, os fariseus tinham transformado o jejum em um ritual vazio. Jesus ensina
que o jejum é para ser feito em particular, não para impressionar os outros (Mt. 6:16-18). Ele
também ensina que jejum é para ser feito em ocasiões apropriadas, isto é, em tempos de
aflição (Lc. 5:33-39). O jejum não é um ritual mecânico, para ser feito somente com o propósito
de jejuar. Mas quando a tristeza, a culpa ou a necessidade por uma comunhão mais íntima com o
Senhor pede isso, então o jejum pode ser praticado. Ainda que o Novo Testamento não ordene o
jejum, ele mostra que os cristãos primitivos jejuavam, quando necessário. Por exemplo, em At.
13:2-3, a igreja jejuou para enviar dois dos seus professores numa longa viagem de pregação.
Jejuar nunca deveria ser pensado como um meio de manipular o favor de Deus ou como um modo
de fazer com que Deus ficasse mais atento às nossas orações. Antes, jejuar pode ser um meio de
nos aproximar de Deus, orando e meditando no Senhor. O jejum é o resultado natural da
necessidade de buscar a Deus em determinados momentos, o que nos leva ao quebrantamento.
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DISCIPULADO II
A BASE DA UNIDADE QUE AGRADA A DEUS
Deus quer que seus seguidores sejam unidos. Quando Jesus se preparou para sua própria morte,
uma das primeiras coisas em sua mente foi a unidade dos seus discípulos: "Não rogo somente por
estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim
de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós;
para que o mundo creia que tu me enviaste" (Jo. 17:20-21). Aqueles que querem glorificar a Deus
incentivarão esta unidade entre os crentes. Como servos de Deus em comunhão com o Espírito
Santo, deveremos trabalhar humildemente para manter a unidade: "...completai a minha alegria,
de modo que penseis a mesma cousa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o
mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vangloria, mas por humildade, considerando
cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente
seu, senão também cada qual o que é dos outros" (Fp. 2:2-4). Paulo deu a fórmula prática para
esta paz quando escreveu à igreja dividida em Corinto: "Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso
Senhor Jesus Cristo, que faleis a todos a mesma cousa e que não haja entre vós divisões; antes,
sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer" (1 Co. 1:10).
Os verdadeiros seguidores de Jesus procuram ter unidade do modo que Ele nos ensinou.
Vejamos alguns textos importantes que nos auxiliam a entender o que Jesus quer que façamos:
João 17:17-23. A oração de Jesus mostra o tipo de unidade
que agrada a Deus. União com Deus requer separação do pecado (Jo.
17:17-19). É irônico, mas importante, entender que a unidade requer
divisão! Se quisermos estar unidos com Deus e seus servos,
precisamos não manter comunhão com Satanás e seus servos.
Santificação e harmonia vêm pela palavra de Deus (Jo. 17:17, 20-21).
Nossa unidade tem que ser modelada pelo exemplo divino. O Pai e o
Filho são pessoas distintas, mas concordam em tudo o que dizem e
fazem. A relação amorosa entre cristãos serve como evidência para o
mundo que nosso Senhor veio do Pai (Jo. 17:21-23).
1 Coríntios 1:10. O apelo de Paulo mostra que a palavra
revelada é a base de nossa unidade. Nossa união é baseada em Jesus
Cristo. Quando seguimos sua autoridade naquilo que fazemos, evitamos as divisões que vêm de
opiniões, doutrinas e ações humanos (Cl. 3:17). Os cristãos devem falar a mesma coisa; devem
ter a "mesma disposição mental". Enquanto opiniões humanas criam contenda e divisão, a
vontade perfeita de Cristo incentiva completa harmonia entre os irmãos. Para conseguir este
"mesmo parecer", precisamos ser bastante humildes para abandonar as opiniões e tradições
humanas, para assim obedecer à vontade de Deus e respeitarmos as opiniões e direitos dos
outros.
Tiago 3:17-18. O comentário de Tiago nos recorda as prioridades corretas que
deveremos buscar. A sabedoria divina "é, primeiramente, pura; depois, pacífica...". Cometemos
um erro terrível quando invertemos esta ordem. O amor real obedece aos mandamentos de Jesus
(Jo. 14:15) e a unidade real é baseada na concordância com suas palavras (1 Co. 1:10). Quando
somos fiéis a Cristo, estamos seguros da comunhão com ele e com seus verdadeiros seguidores (1
Jo. 1:5:7). Deveremos incentivar a paz, porém não ao preço da verdade. Se formos forçados a
escolher entre a pureza da doutrina de Cristo e a paz com nossos irmãos, precisamos por Deus em
primeiro lugar. É melhor estar próximo de Deus e longe dos homens do que estar perto dos
homens e longe de Deus. A unidade que Deus quer está entre Deus e seus servos obedientes (Jo.
14:23) e, em conseqüência, entre os irmãos que servem o mesmo Deus (1 Co. 1:10).
O Desafio na Aplicação
A unidade artificial é fácil. Os homens são muito capazes de esconder diferenças reais e criar
alianças ímpias, como o faziam os fariseus e os herodianos quando se uniam contra seu adversário
comum, Jesus. Mas a unidade real requer trabalho duro. Exige estudo diligente, humildade
genuína, amor pelos irmãos e, acima de tudo, um amor intransigente por Deus e sua palavra.
Que Deus nos ajude a desenvolver a mente de Cristo para servi-lo juntos!
TEMA V – SANTIFICAÇÃO
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DISCIPULADO II
TEXTO BASE: I Co. 6
Através de toda a Bíblia, a santificação tem sido um elemento essencial na relação entre Deus e
seu povo. Esta qualidade de ser separado do pecado é uma característica fundamental da
santidade de Deus, que tem que ser desenvolvida como parte do caráter de seus filhos.
Deus Quer um Povo Santo
Desde a criação, Deus quis um povo santo. Ele desejou uma comunhão especial com os homens
para que fossem capazes de andar e falar com ele numa união especial. Mas a própria natureza de
Deus estabelece limites para tal associação. Seu caráter santo não pode permitir ser contaminado
pelo pecado e pela corrupção. Os homens só podem estar na sua presença se forem puros.
Adão e Eva andavam no jardim de Deus, e falavam com ele. Mas logo pecaram e perderam esta
comunhão. Foram expulsos do jardim do Éden e separados de Deus, o que é a morte espiritual
que Deus havia prometido como conseqüência do pecado (Gn. 2:17;3:23-24). Povo sem santidade
não pode permanecer na presença do santo Deus.
Deus ainda quer um povo santo, e providenciou, através de Cristo, o meio de purificar os
pecadores para servirem-no. Os cristãos são o povo santo de Deus (1Pe 2:5,9). Os que se dizem
seguidores de Jesus devem conduzir-se como um povo santo, purificado da impureza do mundo.
A Santificação é Essencial para ter Comunhão com Deus (2 Coríntios 6:14-7:1)
A igreja em Corinto estava rodeada de imoralidade e falsa religião. Os cristãos eram
freqüentemente tentados a voltar às más práticas do mundo. Paulo entendeu esta tentação
quando lhes escreveu cartas de encorajamento.
Paulo ensinou que o pecado não tem lugar na vida do cristão. Nos
versos 14 e 15 ele diz: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos;
porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que
comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno?
Ou que união, do crente com o incrédulo?" Encontramos nestes versículos
uma lista de coisas totalmente opostas. Paulo mostra que não pode haver
tolerância com o pecado na vida do cristão, nem associação com algo que
não seja de Deus. Se pecarmos temos que admitir os erros e procurar o
perdão de Deus para manter a comunhão com Ele (1 Jo. 1:9; 2:1).
Esta santificação é baseada em nossa relação com Deus. Paulo continuou nos versículos
16 a 18 a dizer que a base para esta santificação é nossa relação com Deus. Nestes versículos, ele
usa a linguagem das passagens do Velho Testamento para mostrar que Deus ainda deseja um
povo santo: "Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário
do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles
serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em
cousas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o
Senhor Todo-poderoso." O desejo básico de Deus permanece inalterado. Ele quer ter íntima
comunhão com seu povo. Mas um Deus puro não pode ter amizade com pecado; portanto, temos
que separar-nos do mal e da impureza. Como resultado disso, o Deus Todo-poderoso apresenta-se
como nosso Pai. Os cristãos têm imenso privilégio de serem chamados filhos do próprio Deus!
Que faremos para aproveitar desta amizade com Deus? O primeiro versículo do capítulo 7
oferece a conclusão prática desta passagem: "Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-
nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor
de Deus." Por causa do grande privilégio de sermos chamados filhos de Deus, devemos nos
purificar de toda impureza e imundície. Por quê? Por causa de nosso respeito e amor a Deus.
Aplicações em nossa Sociedade
Vivemos num mundo que tem sido manchado, por milhares de anos, pelo pecado. Estamos
rodeados por violência, pornografia, desonestidade e falsa religião. Deus não pretende que nos
isolemos deste mundo, mas que fujamos dos seus pecados (1 Tm. 6:11) e brilhemos como luzes
num mundo de trevas (Mt. 5:14-16). Nunca foi fácil viver como povo santificado num mundo de
corrupção e injustiça, mas é possível. Jesus provou isso durante uma vida de pureza sem pecado.
É nossa responsabilidade seguir seus passos: "Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois
que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus
passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca" (1 Pedro 2:21-22).
TEMA VI – EVANGELISMO
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DISCIPULADO II
COMO EVANGELIZAR
1) Aproximar-se das pessoas
- Ex. Jesus e a mulher samaritana – Jo. 4:7
- Filipe e o eunuco – At. 8:30
2) Se atencioso e sensível – Jo. 4:18 e 1 Co. 9:19-22
3) Nunca discutir – 2 Tm. 2:24,25
4) Usar de sabedoria:
- Na aproximação
- Nas palavras usadas
- No método utilizado
5) Falar de Jesus e não da sua igreja - AT. 4:12; Jo. 14:6
6) Fazer o diagnóstico e aplicar o remédio – Mc. 10:17-21
7) Mostrar a maior necessidade – Jo. 3:1-5
ONDE EVANGELIZAR?
Há inúmeros lugares onde posemos testemunhar do amor de Deus constantemente:
- em nossa casa (família) - na nossa escola
- em nossa rua (Vizinhos) - no nosso trabalho
- nas praças - hospitais e presídios
“...Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.” (Jo. 4:35).
O mundo é uma seara muito grande e o crente é a pessoa enviada para realizar a colheita. Os que
são obedientes receberão grande galardão, pois mesmo que no início encontremos dificuldades,
ao final, nos alegraremos com o fruto de nosso trabalho. Portanto, você, ganhador de almas,
arregace as mangas e prepare-se para atender a voz do Mestre que lhe diz: IDE E ANUNCIAI!
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DISCIPULADO II
TEXTO BASE: Mt. 28:19,20
Em toda a Escritura, podemos observar que a vida financeira do cristão é algo que também
interessa profundamente ao nosso Deus. Este estudo mostra que vale a pena ser fiel a Deus em
todos os sentidos, principalmente nos dízimos e ofertas. E a sua prática demonstra obediência e
desprendimento das coisas materiais, que destroem muitas vidas e famílias.
Quando o rei Ezequiel realizou as suas reformas, uma das coisas que estabeleceu e que muito
abençoou toda a nação foi o incentivar a volta do povo para Deus e para a sua Lei. Vejamos:
"Logo que se divulgou esta ordem os filhos de Israel trouxeram em abundância as primícias do
cereal do vinho, do azeite, do mel e de todo produto do campo, também os dízimos de tudo
trouxeram em abundância.” (2 Crônicas 31:5).
Notemos as palavras abundância e primícias: o povo participava liberalmente e do melhor que
possuía, e o resultado foi a bênção devolvida abundantemente sobre eles e a nação.
Essa benção foi testemunhada pela palavras do sumo sacerdote Azarias, em resposta ao rei
Ezequias : "...lhe respondeu: desde que se começou a trazer na casa do Senhor estas ofertas,
temos comido e nos temos fartados dela, e o Senhor abençoou ao seu povo, e esta grande
quantidade é o que sobra..." (2 Crônicas 31:10).
Dar e receber - A única maneira que o homem tem para saber que será atendido é se ele for fiel
a esta lei, pois de forma nenhuma Deus "quebrará uma regra espiritual, estabelecida por ele para
nos abençoar”. E o dar vem antes do receber; nós não teríamos Jesus se, antes, ele não nos
tivesse sido dado "... porque Deus amou o mundo... ele deu..." (João 3:16).
Esta é uma lei natural e amplamente praticada por nós: Sempre nos comprometemos antes de
sabermos o resultado final. Por exemplo:
a) pagamos caro por uma calça, antes de usá-la no dia-a-dia, e
quando passamos a utilizá-la, percebemos que ela não valia o preço
que pagamos. Fomos enganados;
b) compramos uma passagem esperando chegar a um determinado
lugar e pagamos antecipadamente, porém, pode acontecer um
acidente de percurso e não chegarmos ao nosso destino.
Nos dois exemplos assumimos papéis de que não sabíamos o
desfecho final, mas assumimos o risco, porque precisávamos da roupa
e tínhamos de viajar. Se agimos assim com as necessidades materiais,
físicas, por que não sermos assim com as necessidades espirituais?
Pensemos nisto, principalmente quando encontrarmos base bíblica,
pois a Bíblia deve ser a nossa única regra de fé.
O Dízimo - É a forma que Deus estabeleceu para que, através de sua prática, homens fiéis
pudessem ter o privilégio de cooperar e participar do crescimento de sua obra.
É a maior prova de que o homem espiritual, o novo homem, pode dar a Deus de que está
totalmente desligado das coisas materiais, devolvendo apenas 10% de tudo o que Ele lhe tem
confiado, deixando-o em condições e com plena liberdade de reivindicar, cobrar dEle o suprimento
de suas necessidades; "...trazei todos os dízimos a casa do tesouro, para que haja mantimento na
minha casa e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e
não derramar sobre vós bênção sem medida."( Malaquias 3:10 )
Observe que há um imperativo da parte de Deus: "...trazei...", define bem o lugar para onde levar:
"...na casa do tesouro...", que é a Igreja; mostra também o seu destino, a sua aplicação: "...haja
mantimento...", ou seja, que ela tenha tudo que for necessário para que possa exercer a sua
atividade. Como uma "agência organizada do reino de Deus", encontramos também um cheque
assinado em branco por Deus. Vejamos: "...provai-me nisto...", em quê ? Nas nossas necessidades
diárias, nos nossos planos, etc.
Temos que parar com a "achologia"; acho que é, acho que não é... A Bíblia promete e garante a
repreensão do Devorador, do Migrador, do Destruidor, que é o Diabo, em suas diversas caras. E
quando isso ocorre, são certas as bênçãos do Senhor sobre as nossas vidas. Assim, se quisermos
ser prósperos, a forma é o exercício da prática do dízimo e das ofertas ao Senhor.
TEMA VIII – LIBERTAÇÃO ESPIRITUAL
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DISCIPULADO II
TEXTO BASE: João 8:36
O Senhor Jesus nos ensinou que está à porta e bate (Ap. 3:20), mas o adversário das nossas
almas costuma entra pela janela sem ser convidado (Jo. 10:1).
Brechas espirituais - Enquanto o Senhor Jesus espera um convite para trabalhar na vida das
pessoas, o diabo entra por qualquer brecha que encontrar. Toda e qualquer ação que fere os
princípios da Palavra de Deus e vai contra à vontade do Pai, abre brechas espirituais em nossas
vidas. A quantidade de brechas abertas em uma vida vai determinar o nível de seu envolvimento
com o pecado e com espíritos malignos. Muitas pessoas deixam suas vidas tão expostas ao pecado
que acabam totalmente possessas por demônios.
Os espíritos podem se apoderar das pessoas quando elas participam de atividades espirituais
malignas, tais como: despachos, trabalhos de macumba, práticas de feitiçarias, consultas a
rezadeiras, sessões de centro espíritas, cartomante, ou qualquer tipo de adivinhação. Um demônio
pode acompanhar um individuo ou até uma família inteira por várias gerações, até ser expulso.
A possessão pode ser parcial ou total, podendo ser realizada por um ou mais demônios. Paulo
libertou uma jovem possessa de um espírito de adivinhação (At. 16:16), enquanto Jesus libertou
um homem que possuía vários demônios (Lc. 8:30).
Sintomas da possessão demoníaca – podemos reconhecer uma pessoa possessa por espíritos
malignos quando identificarmos os seguintes sinais:
- Nervosismo – pessoas possessas tendem a ser excessivamente nervosas e, por isso, acumulam
uma sucessão de fracassos nas relações familiares e sociais. Muitas se tornam viciadas em
calmante por muitos anos, sem que possa resolver o seu problema.
- Insônia – é comum o fato de pessoas procurarem a igreja queixando-se de que, mesmo
tomando remédios, não conseguem dormir. Quando recebem a oração de cura, às vezes se
descobre que a ausência de sono é causada por demônios que são desmascarados e se
manifestam.
- Medo – Indivíduos possessos têm um medo obsessivo de tudo. Estão sempre esperando uma
desgraça acontecer e vivem oprimidos e inseguros. Muitas pessoas, neste estado, escutam vozes
ou entram em pânico sem qualquer motivo. Para se sentirem seguras usam amuletos, recorrem a
terreiros de macumba ou a guias espirituais, e abrem mais ainda a sua vida para o mal.
- Desejo de suicídio - os espíritos opressores atuam na mente de suas vítimas, plantando idéias
de autopiedade, insatisfação, rejeição e desespero, de tal forma que elas sentem o desejo de
morrer. Todos os anos, milhares de pessoas se matam na ilusão de que estão escapando de seus
problemas, influenciadas por estes espíritos maus que agem na mente das pessoas.
Poderíamos ainda citar outros sintomas como dores de cabeça constantes, desmaios, confusão
mental, etc. Não podemos afirmar que todos os que sofrem de um mais destes sintomas
mencionados estejam possessos. Mas devem submeter-se a uma oração de libertação para que as
suspeitas sejam eliminadas, e aí sim, procurar um tratamento clínico especializado. Porém, muito
dinheiro gasto com determinados tratamentos poderia ser poupado se as pessoas recorressem
primeiramente a Jesus.
Libertação em Cristo – Porém, uma pessoa possessa por espíritos
malignos pode ser liberta e levar uma vida vitoriosa, como
aconteceu com Maria Madalena. Após sua libertação, ela se tornou
uma serva tão abençoada que teve o privilégio de ser a primeira
pessoa a testemunhar da ressurreição de Cristo (Mc. 16:9). Tal
situação, no entanto, tem o seu oposto. Quando alguém que é
liberto não consagra sua vida a Deus, pode tornar-se possesso por
um número ainda maior de demônios (Mt. 12:43-45).
Todo servo de Deus pode agir na área de libertação. Devemos tomar
posse da autoridade que recebemos do Senhor Jesus Cristo: “Eis que vos dei autoridade para
pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos
causará dano.” (Lc. 10:19). E ainda disse também: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que
crêem: em meu nome expelirão demônios...” (Mc. 16:17).
Portanto, sabendo dessa autoridade em Cristo Jesus, nosso Senhor, podemos cumprir a ordem
que foi dada aos seus discípulos: “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli
demônios; de graça recebestes, de graça daí.” (Mt. 10:8).
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DISCIPULADO II
TEXTO BASE: Mateus 8:16,17
O problema das enfermidades e das doenças em alguns casos está vinculado ao problema do
pecado e da desobediência. Enquanto a ciência considera as causas das enfermidades e das
doenças em termos psicológicos ou psicossomáticos, a Bíblia apresenta causas espirituais como
sendo o problema subjacente ou fundamental de alguns destes males.
A VONTADE DE DEUS SOBRE A CURA é revelada de quatro maneiras principais nas Escrituras:
1- A declaração de Deus. Em Êx 15.26 Deus promete saúde e cura ao seu povo se este perma-
necesse fiel ao seu concerto e aos seus mandamentos. Sua declaração abrange dois aspectos:
(a) "Nenhuma enfermidade porei sobre ti [como julgamento], que pus sobre o Egito"; e
(b) "Eu sou o Senhor que te sara [como Redentor]".
Deus continuou sendo o Médico dos médicos do seu povo, no decurso do AT, sempre que os seus,
sinceramente, se dedicavam a buscar a sua face e obedecer à sua Palavra (cf. 2Rs 20.5; Sl 103.3).
2- O ministério de Jesus. Jesus, como o Filho encarnado de Deus, era a exata manifestação da
natureza e do caráter de Deus (Hb 1.3; Cl 1.15; 2.9) Jesus, no seu ministério terreno, revelava a
vontade de Deus na prática (Jo 6.38; 14.10), e demonstrou que está no coração, na natureza e no
propósito de Deus curar todos os que estão enfermos e oprimidos pelo Diabo.
3- A provisão da expiação de Cristo. (Is 53.4,5; Mt 8.16,17). A morte expiatória de Cristo foi
um ato perfeito e suficiente para a redenção do ser humano total - espírito, alma e corpo. Assim
como o pecado e a enfermidade são destinados por Satanás para destruir o ser humano , assim
também o perdão e a cura divina vêm juntos como bênçãos irmanadas, destinadas por Deus para
nos redimir e nos dar saúde (cf. Sl 103.3; Tg 5.14-16). O Crente deve prosseguir com humildade e
fé e apropriar-se da plena provisão da expiação de Cristo, inclusive a cura do corpo.
4- O ministério da igreja. Jesus comissionou seus doze discípulos para curar os enfermos, como
parte da sua proclamação do reino de Deus (Lc 9.1,2,6). Posteriormente, Ele comissionou setenta
discípulos para fazerem a mesma coisa (Lc 10.1,8,9,19). Depois do dia de Pentecostes, o
ministério de cura divina que Jesus iniciara teve prosseguimento através da igreja primitiva como
parte da sua pregação do evangelho (At 3.1-10; 4.30; 5.16).
O NT mostra 3 maneiras como o poder de Deus e a fé se manifestam para curar:
(a) a imposição de mãos (Mc. 16.15-18; At 9.17);
(b) a confissão de pecados conhecidos, seguida da unção do enfermo
com óleo (Tg 5.14-16); e
(c) os dons espirituais de curar concedidos à igreja (1Co 12.9).
IMPEDIMENTOS À CURA
Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos à cura divina, como:
(1) pecado não confessado (Tg 5.16);
(2) opressão ou domínio demoníaco (Lc l3.11-13);
(3) medo ou ansiedade aguda (Pv 3.5-8; Fp 4.6,7);
(4) insucessos no passado que debilitam a fé hoje (Mc 5.26; Jo 5.5-7);
(5) incredulidade (Mc 6.3-6; 9.l9,23,24); e
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DISCIPULADO II
TEXTO BASE: Romanos 12:1-3
A cura interior deve nos ajudar a sermos reeducados (através da palavra de Deus) acerca de
quem somos em Cristo. Uma vez que entendemos como Deus nos vê, bem como a provisão que
Ele fez para o nosso crescimento, começaremos a desenvolver uma auto-estima que corresponde
precisamente à nossa confiança na justiça de Cristo, mais do que em nossa própria (Rm. 12:1-3).
Igreja Ev. Jardim das Oliveiras – Palmeirina - Pastor Julio César Almeida 14