Antes de me acusarem abruptamente, se faz necessário esclarecer que, SIM, eu li e
compreendi a literatura MARXISTA. SIM, eu entendo o MARXISMO na essência, mais do que qualquer um ESQUERDISTA MILITANTE OU DIREITISTA ESQUIZOFRÊNICO. SIM, eu compreendo o materialismo dialético revolucionário empreendido por Marx em seu antagonismo crítico, contra o Idealismo Alemão, por Stirner — Der Einzige und sein Eigentum — e em suporte influente de Feuerbach — Das Wesen des Christentums. SIM, eu compreendo as críticas e os vislumbres de MARX em relação à sua percepção sobre o ESPÍRITO DE SEU TEMPO (Zeitgeist). E posso afirmar, SIM, Marx estava certo. Houve uma revolução que destronou a MONARQUIA. Os BURGUESES, que não são a NOBREZA, mas os aldeões que devido a proximidade e as melhorias das teias sociais nos BURGOS (cidades), interromperam suas relações campesinas e através do novo comércio, produziram valores, estabeleceram pactos, direitos e obrigações materiais e passaram, então, a controlar o FLUXO DE RIQUEZA dos reinos. A riqueza não era mais uma simples base monetária pesada em ouro e prata, sim, a moeda ainda era o veículo de circulação do conceito de riqueza, mas não era a quantidade de MOEDAS o sinal de Riqueza. Mas, o STATUS PATRIMONIAL e as conquistas de PODER PRAGMÁTICO OBTIDOS PELA CAPACIDADE DE RESOLVER PROBLEMAS ALHEIOS, principalmente, os da Realeza e da Nobreza, seus mais ricos clientes. Diferente da REALEZA e da NOBREZA, cuja riqueza era hereditária e garantido seu patrimônio apenas pelas relações matrimoniais e acordos políticos, os BURGUESES ascenderam em uma nova estrutura de PODER, caducando o FEUDALISMO e preparando as bases para o CAPITALISMO. Fizeram isso inconscientemente, psicossocialmente, drenando não apenas o OURO E A PRATA, mas os Direitos e as garantias legais pelo suporte às Monarquias decadentes. Marx ilustra muito bem esta transição e que fora real. A REALEZA E A NOBREZA NÃO PRODUZEM VALORES E NEM RIQUEZA — lembra-se de algo similar, hoje? Ela é usurpada pela AUTORIDADE justificada pelas relações religiosas ou militares e imposta contra os súditos em forma de TRIBUTOS. Assim, partilham as benesses e usufruem de realizações em trâmites exploratórios. Mas, como as relações entre CIVILIZAÇÕES e REINOS são baseadas em interesses pragmáticos, ou seja, quem tem a força impõe a sua vontade, então a REALEZA E A NOBREZA precisavam de recursos materiais e humanos detidos pelos BURGUESES. Manutenção dos exércitos mercenários, garantias de financiamento de empreitas nobres e outras garantias de circulação de riquezas, passaram a depender menos de TRIBUTOS e mais de EMPRÉSTIMOS. O Poder Pragmático transitou de uma MONARQUIA ARISTOCRÁTICA baseada no Direito Cânonico Divino e passou a ser pragmática, cedendo PODERES PRAGMÁTICOS em relação a existência de um problema REAL, não filosófico, não dogmático, não religioso e que exigia uma solução também não filosófica, não dogmática e não religiosa. Marx estava certo ao definir a existência da SUPERESTRUTURA, já na conjuntura de seu tempo, PÓS-REVOLUÇÃO INDUSTRIAL. A SUPERESTRUTURA e TUDO o que fora criado para manter o PROLETARIADO — aqueles que não tem nada além da PROLE E SUA FORÇA FÍSICA DE TRABALHO — alienados de sua realidade de seres explorados pela BURGUESIA. Credita ser a SUPERESTRUTURA um painel de realidade sugerida pelos cônscios EXPLORADORES aos sencientes OPRIMIDOS de modo a não permitir que percebam a sua realidade pragmática. Música, artes, religião, divertimento, política e comércio, segundo Marx, tudo não passa de um instrumento de manutenção de uma ilusão. Marx acertou na percepção estrutural, mas errou nos objetos conjunturais. Tal SUPERESTRUTURA existe, mas ela não é fruto da BURGUESIA, mas de classes "iluminadas" de seres inteligentes, humanos e transhumanos cujo objetivo é manter a HUMANIDADE EM GERAL escravizada sob a própria senciência. Acredita que isso é derivado das relações MATERIAIS entre as classes sociais. E de fato, não está errado em assim considerar. Todavia, de modo incompleto, considera tal sem ponderar que antes da relação material, vem o padrão de interesses morais dos seres. Ou seja, a relação material torna-se majoritária onde a relação moral tornar-se minoritária. Errou, Marx, ao acreditar que isso era uma relação entre ricos e pobres. Mas, a relação é entre os que estão dispostos a adotar medidas de vida e de relacionamento social para situarem-se entre estes dois pólos e que na verdade, são apenas sinônimos de uma relação míope. O EGOÍSMO E O ALTRUÍSMO. O EU e o NÓS. Neste sentido, uma leitura de Stirner nos traz uma percepção sobre esta relação que pode ser interpretada como MORAL, mas que, hoje, interpreto como PSICOSSOCIAL. O modelo regencial não foi abolido. A monarquia, seu principal expoente, foi reduzido a um enfeite cultural enquanto que outro modelo foi imposto por quem NÃO COMPREENDEU MARX. A OLIGARQUIA é a mesma corrupção de um regime baseado em uma AUTORIDADE que tem soberania sobre um POVO. A diferença para a Monarquia é que esta autoridade não se funda sob uma única pessoa, mas em uma CONJUNTO de pessoas conectadas por interesses, moralidade e proximidade política. O modelo regencial é o mesmo: Tributa-se o trabalho alheio para garantir que uma CASTA aristocrática usufrua de benefícios que não usufruiriam caso ainda pertencessem a PLEBE social ou ao proletariado. Antes, o resultado da exploração pertencia ao Monarca que dividia com sua NOBREZA BAJULADORA. Hoje, pertence aos POLIARCAS, que distribuem o espólio com a nova aristocracia que garante VOTOS E IMPUNIDADE. O atual Estado não é uma criação BURGUESA, ao contrário do que afirmam os socialistas-marxistas e comunistas. O Estado Moderno é uma criação antiga dos mesmos espíritos IMORAIS e fundadores dos REINOS ABSOLUTISTAS, cujos nomes, conceitos e instrumentos foram apenas redesenhados para se adaptarem à compreensão, endosso e tolerância da evolução moral, cívica e tecnológica das sociedades modernas. Tudo para manter um único fator real: O domínio de poucos sobre muitos. O que MARX chama de Proletariado, nada mais é do que o POVO e no POVO, há ricos e pobres sob o mesmo domínio e neste sentido, o MARXISMO congelou no tempo e por isso, sou mais socialista do que qualquer outro militante socialista/comunista. O Estado Moderno, chamado de República, nada mais é do que o mesmo regime regencial monárquico, mas com vestes e nomes pomposos, mais "democráticos" USURPADOS por aqueles que queriam derrubar apenas o PODER DO MONARCA, mas não as suas benesses. Pior, quando Estado e Governo misturam-se e confundem-se pelas mesmas Instituições. Então, é correto afirmar que é ilusão o antagonismo entre Monarquia e República, pois o regime atual é denominado REPUBLICANO, mas nada é de 'res publica'. É apenas um reino cuja autoridade não é central em um agente mas compartilhada em uma POLIARQUIA INSTITUCIONAL. Isso mostra como a alienação é tremenda, pois acreditam que vivemos sob uma República, que tal seria o oposto de Monarquia, mas não percebem que o regime regencial é o mesmo, só tornou muitos os que eram poucos os exploradores. Mesmo assim, considerando a representatividade "democrática" deste Reino Moderno, temos que, no Brasil, somos regidos por apenas 606 pessoas, um total de 0,000289% da população. Trabalhamos para sustentar, via tributos extorsivos, 3,12 milhões de funcionários públicos, ou 1,6% da população. Mas, importante frisar, que somente considero como FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, apenas CINCO CLASSES: - Chefe de Estado; - Técnicos de Estado; - Diplomatas; - Militares; - Juízes; Excetuando-se estas classes operacionais, nenhuma outra classe deve ser PÚBLICA e ser mantida com dinheiro público. Mas, o POVO, ainda regido na VARA é conduzido pelo TRIBUTO. Não existem ESTADOS MODERNOS, o que é assim denominado, são os REINOS MODERNOS. Regências Materialistas e Imorais, baseadas em LEGALISMO E CLIENTELISMO. Vivemos um regime exploratório, sim, mas não é entre ricos e pobres, mas entre USURPADORES aliados à poderes transhumanos e os ESPÍRITOS DOS POVOS NACIONAIS. A culpa não é da BURGUESIA, mas da REALEZA, a mesma que ainda existe sob pactos transnacionais e transhumanos de controle e dominação da humanidade pelo controle de sua senciência. Os mesmos REGENTES da Monarquia e da Poliarquia tem medo de uma nova revolução "burguesa", uma nova revolução em que os habitantes das cidades reconhecem em si a natural autoridade de gerir suas propriedades, suas relações, seus contratos, sem a necessidade de uma AUTORIDADE IMPOSITORA. Temem que o POVO possa reger a si e produzir sua própria autonomia psicossocial e sociopolítica, destronando, assim como a burguesia o fez, na idade média, os regentes de sua época. A diferença é que hoje, o que é denominado BURGUÊS, deve ser interpretado como CIVILIZADO, pois não se trata mais de riqueza material ou financeira, mas de SENSO CÍVICO. Diferente do que Marx pensava, em sua época, as relações eram materialistas, hoje, são PSICOSSOCIAIS OU IDEALISTAS. Haverá a REVOLUÇÃO, mas ela não será socialista, comunista, distributista, integralista, nihilista, anarquista... Será NACIONALISTA e com ela, a regência monárquica e poliárquica serão extintas e o POVO GOVERNARÁ. O Novo e Real Estado de Justiça Social será constituído conforme o ESPÍRITO DO POVO DO SÉCULO XXI. O POVO UM OPERADOR DA VIDA O ESTADO UM INSTRUMENTO DE SUPORTE À VIDA. Se não compreendeu isso, ainda está moldado à SUPERESTRUTURA de Marx e ainda não percebeu a REALIDADE que o SISTEMA impõe aos seres sencientes e não pensantes. A luta real não é entre burgueses e proletários e isso explica este modelo ideológico mantido ao longo de mais de duzentos anos. Eis a doutrina que não permite a elevação de uma nova civilização. Não sois burgueses e nem proletários, sois CIVISTAS. A luta real é entre os CIVISTAS e os PARASITAS. Assim como os comunistas aguardam um momento de transição socialista, os CIVISTAS que governarão a Nação aguardam um momento de transição NACIONALISTA. Não precisamos de REGÊNCIA, mas de CIDADANIA. NACIONALISMO, JÁ!