Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo: No Brasil, as políticas públicas que abordam a questão das masculinidades surgiram no final da
década de 1990 e início da década de 2000. Elas enfocam predominantemente questões relacionadas à
violência praticada por homens, aos direitos sexuais e reprodutivos, à saúde dos homens e à diversidade de
gênero. São desenvolvidas por órgãos governamentais municipais, estaduais, nacionais, como também por
outras instituições, como universidades, ONGs etc. O mais comum, no entanto, é que as políticas públicas
sejam planejadas por ONGs ou universidades e recebam o apoio do poder público estatal. Tais políticas
públicas filiam-se aos estudos das masculinidades, conforme abordaremos nesse trabalho. Abordaremos
também políticas públicas com temáticas que possibilitariam a inclusão de uma consideração sobre as
masculinidades, mas ou se omitiram a respeito do assunto, ou não discutiram explicitamente o tema. Nossa
pesquisa tem como objetivo central analisar discursivamente relações de poder que sustentam, silenciam ou
apagam uma prática específica do discurso fundacional das masculinidades, as suas políticas públicas. Para
isso, utilizaremos o arcabouço teórico-metodológico da análise do discurso. Acreditamos que a pertinência
desta investigação está principalmente no fato de refletir criticamente sobre um funcionamento discursivo que
cria novas posições subjetivas de inscrição do masculino, ao mesmo tempo que busca barrar outras,
considerando o pleno exercício da cidadania.
1
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Santo Antônio de Jesus, Bahia, Brasil
Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos),
(3) Fundado em 1997, o Instituto PAPAI é uma ONG feminista, sediada em Recife
(Nordeste do Brasil), que desenvolve ações educativas, informativas e políticas junto a
homens e jovens em situação de pobreza, bem como estudos e pesquisas sobre gênero e
masculinidades, a partir da perspectiva feminista e de gênero, na interface entre Psicologia
Social, Ciências Sociais e Saúde Pública.
Em geral, compreendemos que o sentido de políticas públicas que circula nos textos
desses fragmentos destacados é de um conjunto de ações institucionais planejadas por um
determinado órgão, com a finalidade de transformar realidades consideradas com
Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos),
2
Sobre o discurso fundacional das masculinidades, conferir “OLIVEIRA, F. A. Historicização e
institucionalização das masculinidades no Brasil. Tese de doutorado em Linguística, na área de Análise do
Discurso. Unicamp, Iel, 2015.
Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos),
Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos),
Masculinidades
↓...............................................................↓
masculinidades
Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos),
O total de causas externas (que, além de homicídios, inclui também acidentes, suicídios e
outras causas não naturais) provocou no país cerca de 2 milhões de mortes de 1980 a
2000— o equivalente à população de Brasília. Em 82,2% dos casos (1,7 milhões), as
vítimas foram homens. Em 2000, as causas externas foram a segunda maior causa de morte
no país (14,5% do total de mortes), junto com as neoplasias malignas (14,9%). Na
distribuição dos tipos de causas externas, os homicídios vêm aumentando sua participação,
enquanto a dos acidentes de trânsito vem caindo. Entre 1991 e 2000, a proporção de mortes
por acidentes de transporte, no total de causas externas, caiu 10,4%, passando a 25% do
total, enquanto a de homicídios cresceu 27,2% e chegou a 38,3% do total. Nos óbitos
masculinos, a participação das mortes por causas externas aumentou de 13% para 18% do
total, entre 1980 e 2000. Já entre as mulheres, a proporção caiu ligeiramente entre 1990 e
2000, de 5,26% para 4,78%. A faixa de 15 a 39 anos representa 59% das pessoas que
morrem por esse tipo de causa, sendo 27% apenas o grupo de 15 a 24 anos. Nesta faixa mais
jovem, 78,5% das mortes ocorrem por causas externas. (SÍNTESE DE INDICADORES
SOCIAIS, 2010)
Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos),
Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos),
Referências Bibliográficas
Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos),
Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos),