Você está na página 1de 12

LUTAR coM PALAvRAs: coEsAD E coERENcIA RECURSOS DA REPETICAO

sintét:icos iclênticos, o que nos leva a prever que os Unia elas cstlutulas
palalcl'Is III'lls collluns ocoílc
elenlentos coordenados entre si Qprcsentenl a mesma no processo correlativo cle aclicão, possibilitado pelas
estrutura ranlatical. Ou seja, a zzzlirlncies sezzzczzztiens expressões zzão so... »zns rn»lbézzz; zlczo czpezlczs... »zns
si»zi lnres deve corresponcler uma esíz.zltzlrcz@n»lclttcnl nlzlcinyzlno tnzltocllLnlztosconlosLPoclc013sclval
sízzzilnr. É o que se chanla, comumel)te, cle pnznleliszzzo no trcchlnho H13''lixo:
ou slzlzeíz 1(l, (le eo»stz lz(no. Pol cxclIlplo, cnl: ac.
,.A';Aniasania':~nã a énaS gúarda :u!:n'.: !é:Saura!bra!ógiCó.::i'n:C,a-.",'
,',E :convénieritne chegaies',a.'te!rnpo:.e.:.trazeres:,o relatório:,'pronrto- .. 'meilsúiave/ .':más'::ái!n'dá
josni!úiiia
os clois segmentos coorclenados entre si — chrrígcrz.es
!.',materiá

n tentpo e ten=.«res o relníózio pz'ozzto apresentanl — :'lridígerl'á's':

,'I nlcsll)Q cs tru tura slntá tlca, conlo ap cscntal la nl I

tan113cnl sc cllssésscnlos: Um outro contexto enl que se deve InalIter o paralelis-


': É:;;;scó mocozzlplezzz«Ilíada
das estluturas ocunc quando sc quer.inclicar IIIIIQ seu i«
n ve iji e nrte: 'qúé:,: chegues,."á:,',:,tê m p o,':.'-,e,",que,-tragas,'o
,:i í ermo.
'.,';,

::„:.
rio'.';pronntto.:::-'„",",'".",:,'.":".„"';.'. ;...'-",,",=",;:',.".,'.,',.",,.".„'„"
='.-'-,':.,'-".„''„:.'''; cie ou, ncjiz»zi os cle zlzzz»zes»zo Assim,
rélátó
clois ou Iinais conll)lcmcntos do mcsllio verbo ou dois
Unia quebra de paralelisnlo seria clizn, por exenlplo: ou nlais acljuntos do lllesnlo nome clevenl apl.esentll.
;,É'convéiiieritné"chëgares, á';te!In>po'."e qú'e.
simetria sintética cle conste.ll;.ã0. Nesse contexto dc
tr
estruturas paralelas, nlereceln clestaque Qs s~éies «zuwzze-
pois, conIo se vê, a estrutura cios clois segnlentos I ntA>ns. Vejanlos conlo os váléos itens inclicádos abaixo
(«ill-rínz n te»zpo e tzn-ez o)elniózio) tinha alrumacões constituem. uma clisposicão sintática paralela e, Qssili),
sintáticas clifelentes, se amlnlanl segunclo os n)eslilos padrões; ou seja, toda
0 paralelismo não constitui proprianlente. unia a série é constituícla por Substantivos scIII QItlgo..'-,

rec!ra grau)atiCal rígida. COnStitui, na VerClade, unia


cliretliz de olcleln estilística —
que clá Qo enunciaclo
Nós-prózlimos;rflseses,'!o':banco",estárá oferecend<i 'cartaro:de,cié,";,'

uma certa harmonia —


e constitui aincla um recurso I I,,l. !'.! u,s>s
— I ~,'.",„I',;!),'u ;.
rt r I n ',,
\
I [ I ~
>cu
, e.'.
de coesão que deixa o enunciaclo numa simetria
sintética que é por si só articuladora.
Pode-se sentir, nIuito claramente, quanto o fato No anílncio mostraclo a seguir, a manutencão
cle não manter a mesma estrutura sintética para. os do paralelisnlo enl mais de um ponto cio texto mui-
segmentos entre si coordenaclos quebra ~ harmonia to contribuiu para reforcar seu caráter persuasivo,
cios enunciados e os deixa menos aceitáveis do ponto além, é claro, de muito favorecer o encarleamento
de vista sintático e estilístico. das subpartes do texto.

c\cl
CUTAR COII PALAVRAS: COESAO E COEBENCIA
RECURSOS DA REPETI/AO

ConIo se pocle ver, é inevitável o estranhamento


Veja.mos mais um exeInplo para ilustr;Ir o caráI-
cliante cle enu»ciaclos como esses,
ter eIIfático do paralelismo. Trata-se de um
As expiessões explicativas, tais conIo isto é, oI< seja, anííncio
publici tário.
rlncn eli=:cI; nla <li='cI e outras equivalentes exigen1 noi~nal-
I

nIente o paralelismo gran1atical eritre os Fiequéntéméri


segmentos por te,,:',o leitor,:,;da;'Gazeta",Meicóntil::.troca
',,

;:de,som
elas ligaclos, Dessa forma, essas expressoes não devem lógio',:de.';apaitaiiiento,'.. 'de.tëiëvisão,'::,'de.'ideocassete,::.",'de.;ré

con.elacionar duas estrIIturas gI.amaticais diferentes. 'd


0 paralelisnIo tanIbéIn deve ocorrer no âmbito ';.''Tadós"os'aijasI","o",;Íéitor:,'dá.'Gazeta'::Mérc

semântico cio enunciaclo. 1sto é, as ideias tambéIri se :;.'uita",:freqiién'térn'ent


elevem associar numa correlação lógica ou argumenta tiva,
'::,QuasIe;:,todós'.;os.':,'diá s,"',,'o, :Íeitor';,da".,Góz
guarclanclo-se o princípio da simetIia cle planos, cle níveis
ou de clonIínios para os quais essas icleias renIetem. ,',restáuranté,';;de',:áviaóiide",:.hotél,';;:de,",.bar; :de :livro','.,'de;,'.disco.::,",': ::
:,',,
Vale ressaltar que a quebra cio paralelismo senIân- Todososdtás,".o.:leitoj;,da'„GazetaMeiéántilstrnca,'áe;,cálida,'de':ca-,,
,,'.misa,': de".g tavata,"."de-;.terrió;:-:'.,de:,'btazéi,;
.tico'ode constituir um recurso literário de grancle '':,de, iiiéias'-.',-';
de'sapato
efeito e cle grancle aceitacão na prosa e na poesia. GazétaMércqijttÍ.,só':naotrôca';,dejo(nál Sevocie"riáo"'"
''.0leltórda

'.',troca",'a':cÍasse,'Á"pór.'".nada,'-:.:aijuncie.:ná;Gcheta;Mercántif.'; "-
Veja-se o efeito até jocoso cia quebra cle paralelismo :,",-' '„;;:,",",,:;:-
',.'"':,;,"

:;,'.,:,'-' :,,';Í'..",:,." ",


(AnúnciiI„dá'6nierniWéicnri ti/)':.
(11esse caso chamado de anonIalicc sanrcÊIItícn") em:
Na verdacle, todo o aníu1cio é conIposto a
partir de
; Fiz duas''operações.'"!urna,'érn"São :Paulo'e':óutra",no'uvldõ;,'. " ',
estrIituras paralelas. Observe-se a gradação
teiIlporal
com que se inicia cacla parágrafo (F~acir<etrtcoIIcniie;
lvIíiitas vezes, esse efeito é intencionalmente bus- Tocla»
o» n II os; 3 I>ii co fi eqti a~I tanzeI I tc; Oucr»c'odo» o»'li
caclo na linguagem literária ou da publicidacle, como as; Todos''o»

elias), e a sequência eIri que foranI enumerados


poclemos reparar nos dois exenIplos seguintes, os
iiens que o leitor cia Gcr-.cia. i)~Te~ccrIIiil. troca en1
cada
a) ;Gastéi trinta"dias-.'para',,ir:,-,do Rocto':Grande.',ao-;coiaçãó; de.'.
circunstância. 0 íiltinIo parágrafo quebra a regularidacle
dos anteriores —
pois não se inicia conl unia inclic,l-
::: ", ': ::-;::..-::',1':.:;::;;,".,':;:."':I,'-".! ..",:,'-".: :-":"''''-""'-" ":-::::-;-",':-",;,'::::(iViáchado!
deAssis),.'.;
eão cle tempo. No entar.to, essa quebra estabelece
unI
;b) ;Marcefa',ariíoií'íe duranté;:qutnzé diasre'orizeéóntos-de'réís.::, contraste (0 leitor ria, Gazeta hlercantil »ó IIcio irocn
;:, ';::,;,:.;-'"„",',",, „-'i,".';":-, :.;;,';,-;;.',",;.",,;-, i;.,-, '- .-;-",',: (Machaáo,".,de Assis) :: rlc joI Iinl.)j, que se torna altamente relevante
para. os
;cj:,'::Mais"fáiil, gari bar,,"; poritos, .. "
"-"::,.',;";:„",'-','.::,';,'-',".::.",,,".:; ';,";">'',",'...:,','".',"',,:,'-.,':,.",';:,".'"
efeitos persuasivos cio texto (detalhes que passan1
clespercebiclos quando nos preocupamos apenas com
" '.~,.".!':;.:.::j::::;:; 'I COIreçao llnguÍstlca
cio texto ou conl a ldentllIcacão
das classes granIaticais elas palavras escolhiclas).
'Ó exemplo en1 relerencia aparece na mesma obra de Óibon Em síntese, o paralelismo, ou a simetIia sintática
Garcia, 19Í7. elas estruturas linguísticas, constitui unI recurso bas-
LUTAR CO}1 PALAVRAS: COESAQ E COERE{ICIA RECURSOS DA REPET{íAO

tante relevante para o estabelecimento cia coesão e ou sequência cle palavras que já ocorleram ant:crio)-
da coclê1)cla. Conlglova, élss1nl} qL)c os cz tez zvs /rnz a z nlcntc. Pol Isso nlcslllo, a Icgctlç'10 constltL11 Lln1.
(L rizznlizlzz(l» civ revtv szzpcn»zz ezrz rzzzzito o sizrzirlcs ajzzs- ) ecurso reiterativo, requisito cia prógz.ia continuictaclc
inzzz»zzto As análises que temos feito aqui
lizzgzzzsticv. exigida pela coerência. Uma das clilererlças cnt).c um
só conlprovam que Izá zzzzzito o cirzes» ) cz zzos textos. Só texto e um amontoado cle flases soltas cst;í exatanlente
p{.ecisa que prestemos atencão ao clue está circulanclo no fato de o texto apresentar esse caráter reitelativo
ã rlossa volta... ou essas voltas a seglnentos que já apateceraln.
E pena que, em nossos compêndios de estudo Ao contrário do que apa)ece nas falas de alguns
cia língua c en) nossas aulas de português, haja mui- professores e nas instruções de certos nlanuais de
to pouco espaço para a exploracão do paralelismo: reclação, a repeticão cle palélvlas c L)zn IccLLIso textual
ele sua função coesiva e. cle sua relevância enquarlto significativo. Sua ocorrência em textos é incon test'ível,
/
recurso estilístico, con)o referimos brevemente atrás. isto e, os textos nlaiores, orais ou escritos, formais ou
A. excessiva preocupaçlo com a correção gramatical, . inforn1ais, normalmente, trazem palavras repeticlas,
insisto, nos tem privado (le perceber essas e outras seul que isso lhes afete a qualidade.
regulariclades textuais; esses e outros recursos cle sua Fm geral, e gol falta de uni conhecinlenio n)ais
elaholação. Ganhou corpo o equívoco de que, para o consistente, a repetição tem si(lo vista apenas como
texto ser consideraclo bonl, basta estar granlaticahnente um 1 característica da oralidacle informal., da conversa
correto. Daí a fixacão cia aula de português em coisas da familiaz., espontânea. e descontraída. Assim, costun)a-
superfície —.Ortograli'1, concordância verbal e, por — . se pensar que repetir palavias é coisa da'onversacão
vezes, enl cletalhes (le sua apresentacão fornlal, como . coloqLlial, uma concessão que se faz, unm vez que
a torlna (le se: grafar ui11 til ou 0 tanianbo da margenl
"a fali tu(lo permite". Os resultaclos de várias pes-
que indica a entrada cle um novo parágrafo, Lllsas põe Ill '1baixo cssél visão c n10s t l énll
que, c n)
textos escritos fornlais, conlo editoriais de jornais,
por exenlplo, a repetição de palavras é um recurso
5.3. A repetição propriamente cHta
generalizado, incontestável e funcional,
A z.cpcti~ão, como o próprio nome indica, corres- hIas, a repeticão não é apenas uma regularidacle
ponde ã açao cle voltar ao que foi dito antes pelo re- textual. E um recurso de grande funcionalidade, pois
curso de fazer reaparecer uma unidade que já ocorreu pode desempenhar diferentes funcões, toclas elas, (le
previamente. Essa unida(le pode ser uma palavra, uma alguma forlna, coesivas, Vejanlos algumas.
sequência cle palavras ou até unia frase inteira. Uma primeira função que se pode reconhecer
Assinl, a repetição corresponde. todo e qualquer na repetição corresponde a cle zz)azcar (I ên/ase que se
empenho por fa.-cz z capaz.eccz no texto alguma palavra pretende atribuir a um determinado segmento.

70 71
LUTAR COM PALAVRAS: COESAO E COEBCNCIA RECURSOS DA REPETIÇAO

A. repetic;io pocle fu.ncion;ir tanibémpara expres- '-


-':; '-;, . HISTÓRlA.DE.FLOR(,,'",.'," -'„'.',
sar unia espécie cle 'quantificaçã', até mesmo quariclo
Furtei uríía~idaquele jaídim.':0 porteiró do,eclifício,-cóchilava,
a aparcncia é cle que se está clizericlo absolutaniente
o e eu" fu'rtei;-á ~i
niesmo. Vejanios os clois exemplos seguintes. ,,Trouxé-,a:pára.;-"casa e "a!:.coióquëj,iium,";.copo,":Logo. senti;,'que"'-.

eia: não',esta'v'a
, Era uma,vez'um, Brasil,'.oride„'os'overnarites'cieditavam:,.jue :.
;. i éis,:cruzeiros 'cruzagos'é.'reatsnasctaiii':em árvores." Para se-,'cíiai
'

'uma'ová'éspesa;com'.ájnhéiio".publjco; ; ',,Passëi-;;a" para,'um vaso'.


bastava'cóntrair'unia,'.-,
= dividá" ,e'utra,-':,eóii tiá,"';e"oti tro,'::"e(assim-'.sucessiyamerite.", :.'.,". ; melhor-suá';:délicadá''cómposiçãó ;-:Quantas,ri
:"::„;.',',:: '-
: :.;::;",'.-",,', :: :::.:.-',"': .: ;;-.;':-";:;::-,.':(/staÉ :,"6/!i/2005,"ÍP.',:28),;;.'.
;-: '::::;;.'::,"
se:
-'''Séndó'o, 'autor', dó'fui
tó; eií:ássúmia,'a',,óbrigação,'.dt',',cónserúá'-'la".:,.
',Há.'três. solujóes para,::o'.;:dramá;,'da''infância:-perdida",ria'::rua', : Reriovéi;á"água',-'do,",vaso;-:::niaís,a ~iemp
:,"vidá :¹o adiantava'estitui-,:,lá'aó jardim-,',fferri;:;:a jélar,:,paia',,'o.':
:-"
1.
' ':
;;(i/ej(z,"30/1Ó/1996), médico';;de~i
., "]"','."!
'-'Já::muicha,'é;:.'cóm'-a
a":furtára';,eu':
Eu .",-,'"
a':,"yia.,'iriorrer,"'':!".,""'-;.".:;::;:;:::::.'
;p,u ". ". 'i".",!."-"-.~
'-."l,.'l',",'ll ','l 'Ti
coi.párticulár.'da',morrj,"'.:jieguéi;.'a".'doce- .
i%ias, a grancle
funcão que se pocle atribuir ã repeti-
cão —'nibcIticla eni qrIalquer rrso que se f'.iça ciela é —
'eríte,:e.:fui;;:depositá-'Ia.no';::.jardim:.':onde:.',nas<éra".:,Q
',ëstava',atento':,'e
'porteiro

.aquela cle zzznzcctt /z cozttizzztielarloclo tczzza r/ztoostzí c/zz foco. — repreendeu'-.caie':,''.:,:.;:;.',:,'":;."!".-';:".,',: :,.''.":, : :;:.:.',,;:.".."::.."(
'.; ',.":, ;;:,.'Qúe,'ideíâ::.a":sua,",,de,:virjogar~lixó!nestejjrdim!
:i!,';::.-".;-::::-".'...
Na verdacle, sc estamos falanclo cio mesmo tema —e p/(!usiyeis,',:, 'Cirlós'Orumiiiónd:óe;ABdiáde.;Cáiztos

isso é unia elas conclições. cia coesão é natural que —


volterilos a Llsal '1 palavra que lilalca ess,'1 colltilluldade Será qiie teríamos a ousadia cle atribuir a Druni-
teiriática. Se o texto cliscorre'sobre.a questão elas ce7ttlns- moncl aquelã tal "pobreza vocabular", ao vernros, por
tz o»co, sein clíívicla, tenios que volt ir a falar exeniplo, que ein uina crônica de tão poucas linhas
de cclttlcz.,s-
tzo»co, sob o risco cle cairmos na incoerência c)e fugir ele usa a palavra flor nada menos que seis vezes?
ao tema. É claro que existeni outros recursos cle voltai Na verclacle, a repetiçâo da palavra funciona.
ao tema aléni cia repetição; contuclo, esse é um. deles, no texto conio unia espécie cle nó clue une as pon-
o niais óbvio, transparente e incisivo. Tem, portanto, tas cia linha que sustenta a continuidade exigicla.
ur«a função inequívoca e precisa ser reconheciclo como
cLispositivo textualmente relevante e funcional.
pela própria coerência. é por acaso, couro
podemos observar acima, que a linha represeniacla
¹o
No âmbito da repetição com função de marcar. pelos nós cia palavra flor perpassa todo o texto, do
a continuidade temática cio texto, analisernos uma comeco até quase o fim, numa inclicação clara clc,
pequena crônica cle Drummond, em que ele conta o que o tenia trataclo o percorre por inteiro e assegura.
episódio do furto de uma flor. a sua uniclacle.

7)
LUTAR COII PALAVRAS: COESAO E COERENCIA RECURSOS OA BEPETICAO

É eviclente qrle o t:exto coerent:e não requer ape- . Agora'que:sentei.'na minha'cadeira de madeira, junto a,
nas que haja continuiclade tens itica. Exige tanibém que 'minlia,mesa;, de''madeira,'.,colocada,
';,
erii ;cima deste:.assoalho
o teiiia progrida e, assim, haja tambéni progressão te- '-.
"madeira,:-:e:,'piocuro'um
de rnadeiia,-",olho"minhas:.estantes, dl
mãtica. Repal etnos que, na historinha de Drummoncl, ''ivro'feito"deIpoipa',;dé'maóeira-'para'.escrevei.uiii',"artigo',coritirá

o tenia da flor se nianteve, mas as co»clições de vicia o''desmatámerito':.florestai;.'.:;:::;.;.'"-:;." -": „;;;;;-;-::::,';.:.;


'".

cia flor forani-se alterando, tanto assini que, no final,


ela pôde ser caracterizada co»io lixo; caracterizacão Aléni clessa diinensão cia hincio13aiiclade da repetiç;io,
clue resulta dos conhecimentos partilhados que temos podíanios lembrar que, por vezes, repetir uriia palavra é
acerca do que é uma flor niurcha; e do que o lixo uin recurso ineiit.3vel, clacla a artihcialiclade cle se a tribuir
;1 certas palavras uni sino»i»io ou um equivalente qual-
significa eni nossa cultura.
Ai»cia no âmbito dessa discussao, vejamos o quer. Não é fãcil, por exeniplo, encontrar uni substituto
para péLlavlas conlo coop(I íírl I'Isl I lo, cí) I I I Ill l leal)7o, I lcl I loc I e7cl(i,
efeito provocado pela repetição da palavra grililiho
ilecllrllírl, entre outras, e não compronieter. a Clareza e a
na historinha abaixo, de autoria de IVIillôr Fei.nancles.
fluência cio que é ciito. Daí que certos textos de clivu.lgac:ão
Como se pocle ver, a palavra foi 'repcticla quase a científica, que liclani co»i unia nomencl;itura 13.1stante
exaust'10, de i)ropõsito; exatamente, l3aia plovocal'o

especializacla, contam co»i possibiliclaclcs cle substituiLão


leitor a inesma sensação de desagraclo que o lexical bastaiite restritas. Nesses, por vezes, o n1;ixinio qrle
detalhaniento cia analise. feita pela niulher causoii no se consegue é unia variacão apenas morlolÓgica e, clessa
vendeclor. Vejamos. forma, se passa cle coopelarilíslllo para coopelrltilzl, cle
. colllllllislllo 'para colllilliistel, cle rlellior3aclp para rll illoc311izl.
A:;senhóra '.",uma',"dona'e'."casá'.éstava:::íiá:;;feira';:."::rio„:.:;camiriháó ::
e assim por cliant:e;
;.,'qúé'veridë;'goliiiÁas;-",0'vendedór'ófeieceu'.:a elá';úmá',galinha'.",.",
Ela'".o1hou:,:;"para 'á "galinha,",
0níimero de ocorrências elas palavras repeticl,is
varia cle acordo coni unia série cle fatores, tais co»io
'. 'da "galirihá,"':;apálpóu!ii;"peitó',::dajálingiá",-':::â
o gênero, as intencões pretendidas, o tenia tratacio
:,".gâliiiha,',cierpots toí noii:;:a"".cóiocar::',a'.":gáliri hq'.;na',"barica :,e e outros aspectos Iigados ã situa<;,ão, de moclo que a
geneializacão pura e simples de llrlo II petil prllal'Iria
iião tem sentido e perde sua funcao de nos orientar
iia escrita de textos aclequados.
',disse'-':,'Aí';o'.:.'vendedol':.'olhóu'-';,"para'ambém

Em poemas', como se sabe, a repetição é b;istante


frequente, como tarnbéin eni aníincios publicitãrios,
em chistes, em trocadilhos, em provérbios,
em um trechinho de Millôr Fernandes,
vejamos os efeitos de uma outra sequência cle repe- —embora
'vferece desiaque eu não me vã rleter fleste Qst3ecto
tições cia mesina palavra: —além ria turILãn expressiva, a funcao coesiva de certos fccrlrsí)s


L U TA R C 0M PA LA V R A 5 : C 0 E 5A 0 E C 0 E R É I'I C I A
BECUH505 DA REPETICAO

Vejan1os os aníincios abaixo, por exen1plo (on- - A: pequena mulher,:-::sentindo os grandes: fluidos:;em.:sua
cle tan113én[ se pode con1provar. a funcionaliclacle clo
cabeça, pensoú::--' -",;.'-
paralelismo). ', —::Grande,.":'.',':,:.".-':. : :::,
') 5áiba'. como séu,:chéfe"corisegue'as:meihores
:;:,: 'gravatas,'os ... 'Pequeri ps'isceadas,"grandes.'sorrisos;,uma'c[. cumplicidade. ::.,:,
'.: melhoies',sapatos, os;melliores restaurantes e,"úm,sãlário, :E::foi,assim':que eles for@rn,'.... : .:-'- ''':. -
- ';
'';;; '--...
": múito'elhór''.que o seii."';:;,'-',, :: - '.;,:,-,'-:,' '.'-." :.„',- : ; Ele
pégou 'rias'pequeriá s,rriáos da, mulher, corri sua.graride:.mão:,-,
."-Á -6azetã'!Iiércari til:,'está::lá nçando,' 'Guiá'Eyecut/vo'. 5ão ,.:Coíi)os seus grári desoíhos,'j3rocurou',os peqii enos delá,";grári
timidez'. ::."',",:;::: ; '-'.";: ',,- :-",', :.'",,"",''"'' de,':::terriura,''pequena

. b),: ;Voéê náoábremaó detecríololgia? hlãoabiernãoldedésign?,


:.;: ",': -"'-.. (0 Es!ado de 5 Pãu%; 30/08/1 995) .
':

,.'-: ¹o,''.abre''mão''de.'sofisticação?': '::;:,',:,',:.'::.'-,:,,'";: "-::-'- -': .':.,:,':;- ;." ';.-'


':","

';: ; Então,:,vê,:se abié'a'máó:,pelo,rr!enos"ria-,lója'e:pede'logo-. Para quc n.'1o hque a icleia cle clue a. rcpeticão í um
." : ',o melhor'."...,,.:,'".'";,"",,'' ."',';;..'I

reculso IeLorlco restrito ao lc:xlo pu1311cltallo ou poeL[co,


:" .'Nova":Linhal Digital;.'Áúdio joshiba.',-,:,';,".,.:.,",:',
vc:janios.o exen1plo a73aixo, ietiraclo cle un1 coment;írio
'c).''.,-"Gfatis ':no'Fólliãó',-"a,"énc/%c'pédia'aséri cic%pédiasc :
jornalísL1co acerca cle con1o se cleven1 ultrapassar os
5e você peider;:;:,vai,tei".o.aqepend!mento.dos,'arrependiijiêntos.-
„'. :.:: -';. ":
',::,:::::. ::; :,'.,'.:,",!.'.:.:.'-'::: (Anúncio da'Fo//lo dé'5 Paiila)
„,
" 013)et[vos p t[l aInenLe cltlsstflccll ol los clt1 11 [el a[lit[l.

'd) -'u'nãa sabia:;que..o.(itibank tinhá,financiárriento:de imó-' As c(assificaç»ões.históricas


,
-
são necessáriás, nias têm um limite.

'
„Um:giá nde,"pôeta::é; um',grande: poetá,, indc'péndente,de'ua ;.
Eu. náa sabia'qué "nem" piecisava',.ser';:cliente. '."
„época, :,Um,",crítico. literário -tem de :ir 'alerií .dá"'classificaçlão.,
: Eu não,scibia,qué.:o,piario;-da'.minha filha pesava'tanto, .
histórica ;, :,:.",
'.:-",
"
,':',. :. ",'--" '(Anúncio do',Citibánll)
;
.'- ';.-," „",;: (Alfredo Bali; 0 Esradó "de 5, Pau%, 16/09Í2Ó00,"p.', D9)-

Vejan1os, aincla, o efeito cle brincadeira que o Un1 outro


exen1plo bastante'interessante pocle
cronista Ivl;írio Prata pretencle con1 a repetirão —pro- ser visto neste trecho cle un1a report toen1:
positacla, é cl'lro — elas palavl'1s /oaqltana c (/lY(Jldl',
Empresás'privatizadas fizeram investimentcIs-da órdem de [30
r[o pequeno relato a sejuir.
, bilhões.de".reais:,:e,:recólheram'lgol..cómo,8() :bilhões de reais
;,Foi:riúma grande-.fésta',ria'equéri a. cidade,:que'o',fato':se deu, '.
... em,impostos',".Gánhou:o governo,'ganliou a,sóciedade,:,:,:,'. - "
;,':.grande; homem,'roÍhándó'; .; '.,'-'.'.;;-: "-". -:-';",': (I/ejo:Éspeciel;,Ó5/20Q2,':[i: 39),
fiársa,:árpequeriá.,"rnulhér,,'pensou

Seriam incontáveis os exemplos. E seria bon[


que nós nos oc[lpasse[nos en1 analisa-los, para refazer
poéticos, col»ú a ri»la, as assollancias, as Qliteral;ões, qU», »Q verclacle, nossos conceitos acerca cia repetição cle palavras.
col1stit»elll UI111 OU tl Q fol llla. clc píoQIoveí 1 Iel[erQc;Io, Q íecorrellcI;I Um fenômeno textual incontest,ível; inevitavel,
d» algo»0 tento. pr.aticamente.
78 79
LUTAR CohI PALAVRAS! COESAO E COERENCIA
RECURSOS DA REPETICAO

,'Ys análises (los mais variaclos gerieros de texto '

é que nos levariam a reafirmar «quele caráter enfá- visão dos objetivosi e instrumentos da política de deseri vólyi-.
tico, expressivo e niultifuncional :mento rio ano de']971 'co>nfo>rme.expos!tosiao
da repetição e nos Piesidente..',
nlostl;illanl qLlc cssc prOccdimcllto 11Õo é Llln I.ccul-
No ííltimo parágrafo, o fechanieiito cio texto é
so exclusivo da fala, muito menos da fala. informal
feito nestes tel nlos:
apenas, conio se costuina. dizer, Se existem pesquisas
que comprovam a funcionali(lade da repeticão na fala '.,:0:8iasil,espera'(;;:.)
::(íúeimar-.etapás,;em'.,>direção.':ao,',desen-."';,
(cf. Marcuschi, 1.992; I(och, 1993), talnbéni existein ; ;.'vó lv)méri!to'.';,'; :; :-'.":;: - ';,':: ;:,':.':::

aquelas que comprovani a funcionalidacle (la repeticão


Co l»o sc vc> il l. I pc tlçao (Iii lia lavl il ílti >eli I'ol1'1"
eni textos escritos, niesnio naqueles formais, conio,
por n)c))to no ílltiino parágrafo tem clarariiente a
exemplo, editoriais cle jornal (cf. Antunes, 1996). fcllição
de fccbar o texto. Essa estratég>ia cle arrelnate
Os pontos cio texto o»ele as repetições ocorrem do texto
foi constatacla em toclos os editoriais
também nierecem ser ana1isados; oli seja, vale a pena. que an'ilisei eni
pesquisa anterior (cf, Antunes, 1996),
observar a distribuição das palavras repeticlas no
lvIcrece cuidado, portanto, a recoinenclaçã0
espaço cio texto, e corno essa c1istribuiçã0 constitui
abusivalnente gcneralizaciél clc llíro I'I/)(nll /MlíL1') ll.'i,
umél estratégia cle sua organização.
conio merece ate»cão aincla a obsel'vaçã0
Há uns pontos preferenciais, pode-se. dizer. Eln inuito
siinplista cle que a repetição cle p;lliivras é lnclício
geral, as palavras que explicitain o tema. tencleni a
de pobreza vocabular'.
perpassar o texto inteiro, exatainente, para lnarcar
Ou seja, a repetição não é aquele ponto negativo,
que o inesnio tema continua, Uni editorial que tem
aquela niancha e~ itável acima clc.tuclo, capaz de cleixar
corno. terT)a, Pol cxeniPl, 0 coo/)ci(l.til'!slllo, Iillllto
os textos em conclicoes de baixa qualidacle. Evlcle»-
piovavelliiciite terá esta palavra rel)eti(la, inteira ou
tcrncntc, co»10 qLlalqLIcl outro rccLlrso„a repetição
parcialmente, em cada parágrafo.
merece o cuiclaclo cla utilizacão equilibrada, uma vez
Bastante previsíi el também é o fato cle que palavras
quc 0 conteílclo cle um texto»ão pode recluzir-sc a
que ocorrem no primeiro parágrafo tenclem.a repetis-
um nicsnio seni fiin, clue não «va»ça e, circularmente,
se no ílltimo, sinalizando uma espécie cle fechamento,
nao sai do lugar.
sobretudo se esta palavra repeti(la está ligada seman-
ticaniente ao tema trataclo. Ou seja, pela repetição, o
0 válido será, clepois de se clescobrir as fu»cães
textuais da repetição, observar que seu uso, conio
priineiro e o ílltimo parágrafos aparecem como posicões
qualquer outro, requer cuidados para que a qualidacle
estratégicas para anílncio e reinate do tema tratado no
texto. Vejanios, por exemplo, a repeticão nada eventual
cia palavra ílese)1 volprnlento eni um editorial (Dicí)io "íui testemu»ba d:I anj~<isiia cle uma meni»a, ao fazer u»I;I
rcclaI;.ão, porque se«professor cle port»r>uc>s llIe havi
í/c; Ic) ))íriill)rico, 1971), que conieca assim; I ctito que "uma
red»;ão r»Io pode ter»Iais cle qualro quis".

S1
RECURSOS DA REPETICAO
LUTAR Cole PALAVRAS: COESAO E COERENCIA

uni substantivo cia niesnia faiilília moi'folócrica


(0 que
tio estilo não sej;i clíininuída.. Evidenteniente, po(letn
se costunia chamar cle /ton/ir/ali=ctccto), Esse recutso é
Ocolit'I 1L;pCtiçoL.S Ilao fillic101iQIS, ISto L, ciLLC litlo telii
coillunl c pIDniovc, dc f'I to, 11111 Iicxo 13ast'ititc Ó 13vto cli-
unia funç(io reconhecível ou não respondeni a uni
tre pontos diferentes cio texto. Vejaliios uni exemplo.
13ropósito discursivo qualquer, conio se pode observar
IIOS CXCIii1310S a13aLXO: .,-0 governo'decidiu,-adiar o piázo'pái! a a e) ntrégá das,dé(Íaráções

a) Form!á-,se;,dessa'-foima.'.-:-':,-.'--,,;:,;
:,':"" :
; ..'":-: '-.
'
,„do tmpo)s)to.dé'ierida,"
:,'dos!c!ontribyintes
Es)sa":décis!ão já',era espérada) peia.'máiôrtá -:

::;b).Ém! ielação:a:-'relaçao'-homem;.x riiulhér..'.:,";.,') :;-'', -...' ; ;

''c).Tal.mudançcí nludara;. ;',:„".';;-::",:: ';-",=...':;:-";.' :,:,. Na verclacle, as cosh.nneiras dirctrizcs cle se evitar a
-:'.-d) Adianta;m)'uito.,'pouco) adiantar,-;que),. :,;.:„;..',,'; : '. :.'
repetição cle palavras pretendem «tingir a repeticã0 n(io
", e!)',Tais'quest/o)nameri tos:.'n!os':."per!mitem, questionai.';.
Iuncional. So que, comumente, as orientações são dadas
'':,,=;, :,',-'.'-; --;,-'-,,',
-
:,
; f) Essa fase'concsiste,'ém uma',fase..".- cle forma tão.inc1iscriminada e tã0 getal que acabani
"(g)!:;Ao sair de:ccisá,deve.-'se-.;tranc)ar ã pôrta de ca)sa;..':;.; sul%indo apenas o efeito iie ativo cle prciibicão, Esquece-
A'uventude.'brásileira:.'iiã)o":tem'enhuma'.:expectati va-dh';
; h) se, por exeilip]o, cle que, na estilística e na retórica )
' ' ViVer.ncúm", paíS'qiie";náO Ihe-O)fere(ce'.)tienhuma
Vida,'ar. '.IA:) a repeticão c>anhoLt, clcscle hã IIILiitci, um lu Tar dc
perspecttva de vida"..': ;: :.:,:, .",.',"" I grancle clestaque.
Nesse senticlo, vilía a pena empreendei a aiiãlise
Ainda assiin, sempre vale a pena aiialisar o
cle textos cle cliversas fontes e identificar aí as ocorrên-
contexto eni que tais ocorrências tiverani lugar, pois
le- cias de pal;lvras repetidas. Ficaríamos surpresos, certa-
é sempre piovãvcl que uni cleterminado uso seja
inc,nte, e poderíamos compreender niellior quando e por
:gitiniaclo por uni determinado contexto. 0 que vale
quc.ILpctii'alavias pode cxci'cc1 Lliiia fLlncão textual
é 0 efeito que se quer produzir. Por exeniplo, eni
um
realniente iniportante. Compreencleríanios, ainda, que
encarte de publiciclade acerca do Estado de Ronclônia, a repetição de palavras vai ocorrenclo difereilteinente)
0 texto coliicceiva ;issim: clepenclenclo do gênero eni questão e que, portanto,
Um Estado.'em'estado)'!natural sua ocorrência é autorizada, com certa flexibilidade,
'::"-': : .'"''"'',"': '; ""-:":--:::'-::-:''::(IstaÉ,:.:13/04/05,p 23) :: é claro, em (lependéncia das funçõe! que cumprem
os textos em que aparecem. Ou seja, cornpreenclería-
Uni aspecto que se pocleria considerar conio uma
retomar mos que não se repete uma palavra siniplesniente por
espécie cle 1 epetit:no /)nrcinl seria o recurso de
palavi'1 repeti-la, seni uni proposito discursivo qualquer, ou
um segmento anterior do texto pelo uso de uma
deriva(l I, sobretuclo quando se retoina uni verbo por
por uma questão de inabilidade, apenas.
1

Hí géliclos clc texto cIil qLic sc Ic13ctc lnais; QLitros,


.1 eni que se repete menos. lvlas não hã género em que não
" Ezentptos eolhiclos etn cliterentes te~tos cle Alunos.
! I,

5) )
LUTAR COII PALAVRAS; COESAO E COEREIICIA RECURSOS OA REPETI(AO

s( I a pr aitlca cscoleit
cj3rlri llacla. Lstt3 fol u tirai rlusao qltc Recapitulemos no quaclro abaixo os recursos cio
teimou ein cri,ir, generalizando uni princípio que não procccl IIiictito d,'1 I cpctrc,'10.
pode ser ;iplicaclo indiscriniinaclaniente. Qualquer um
cle nós poder,i constatar a validacle clessas observacões Relagoes textuais Procedimento 'ecUísos
ao ler uni cclitorial, unia história, uni artigo, unia ata,
ltni relatório, uma notícia, uina peca pul3licitária. Eni Paráfrase

clualquer texto, sc Iepetern palavras. 1. Reiteraqao Repetiçao Paralelismo

Por outro lado, também poderíamos identificar, Repetitivo propriamente

naquilo que ouvinios ou letnos —como muito sunia-


S. I: RECURSOS DO PROCEDIMENTO
dita'UADRO

riamente vinios logo atrás —,


casos cle repeticões não
DA REPETI/AO

fllnciotialS, Ou 111CxpI CSsivBS, qliC tornai arli 0 texto


menos interessante ou menos iiiforinativo. Coni esses
textos, poclenanios exercitar o proceclimento da sui3S-
1lttlr(;.ilo clc P;11.'ivt,'Is 'Pol outlas cqi11valc;Iitcs. A 13ilsca.
cle tais casos nienos relevantes poderia partit cle nossos
. próprios textos e estender-se a ou tios, culmiriaIido, queni
sabe, coni unia análise cle por que tais repetições não
cuniprem unia funcão textual significativa.
luclo isso poderia ser matéria cle uni programa
de estuclo verdacleiiamente textual, que nos deixaria
em contato coni I língua que, cle fato,.circula'ni
nosso nieio, cliferentemente claquele eshtdo eni que
o habitual ('.. inventar ftases ou reconhecer'l'isscs clc
palavras de frases inventadas. Seria, aléni clisso, uma
oportuniclade para que se ic/eiitificasse, explicitaniente,
o que usar e o que evitar nos textos que produziinos,
falando e escrevenclo. Dessa forma, o estudo da língua
seria um moniento em que sã0 explicitaclas as regida-
ridacles funcionais e relevantes dos textos que a gente
cliz, ouve, lê e escreve. Tenamos, seni dúvicla, outros
resultados l3em mais proclutivos, do ponto cle vista cle '
recurso n que chamo aqui de repotipão lnoprinrrrorrtr: rlitrr.

nossas competências comunicativas. í'emi>em chamado litoral.


cle rcporiríro

Você também pode gostar