Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PROCEDIMENTOS (Continuação)
10. Procedimento dos crimes de responsabilidade de funcionário público afiançáveis (artigos 513 a 518, CPP)
10.4. Crimes funcionais e crimes não funcionais
11. Processo e julgamento dos crimes de calúnia ou injúria de competência do juiz singular (artigos 519 a 523,
CPP)
11.1. Pedido de explicações (artigo 144, CP)
11.2. Fluxograma do rito
11.2.1. Audiência de reconciliação
11.2.2. Audiência propriamente dita (artigos 520 e 521, CPP)
PROCEDIMENTOS (Continuação)
10. Procedimento dos crimes de responsabilidade de funcionário público afiançáveis (artigos 513 a 518, CPP)
Para o STJ, se houver imputação de crimes funcionais e de crimes não funcionais, não se aplica o procedimento nos
artigos 513 e seguintes do CPP (ARE 1072424 AgR/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 28.05.2018.
Caso o acusado não seja mais funcionário público, não precisa seguir o rito especial (RHC 63624/DF, Rel. Min. Felix
Fischer, DJe 02.02.16).
11. Processo e julgamento dos crimes de calúnia ou injúria de competência do juiz singular (artigos 519 a 523,
CPP)
a) Premissa 1: a difamação não consta, pois, na época em que feito o código, ela não existia como crime autônomo.
Mesmo assim, deve seguir esse rito.
b) Premissa 2: parte dos crimes é de competência do Jecrim e, no Jecrim, segue-se o rito do Jecrim.
Se, de referência, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir
explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela
ofensa.
De acordo com o STF, o pedido de explicações tem natureza cautelar; não afeta o prazo decadencial; cabe para
qualquer crime contra a honra; tem caráter facultativo; só cabe se houver ambiguidade, equivocidade ou dubiedade
na fala (AgRg na Pet 5187/SP, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 22.04.16).
O rito do pedido de explicações é o previsto nos artigos 726 e seguintes do CPC – rito do procedimento das
notificações e interpelações.
Oferecimento da queixa-crime audiência de reconciliação (artigos 520 a 522, CPP) recebimento da queixa-
crime segue o rito comum.
Antes de receber a queixa-crime, o juiz oferecerá às partes oportunidade para se reconciliarem, fazendo-as
comparecer em juízo e ouvindo-as separadamente, sem a presença de seus advogados, não se lavrando termo
(artigo 520, CPP).
ATENÇÃO: se a ausência for do querelado, não há o que fazer. Segue o rito normal.
CUIDADO: se o juiz entender que não há crime ou que não há justa causa, poderá rejeitar, desde logo, a queixa-
crime em vez de marcar a audiência de reconciliação (AgRg no AREsp 484371/SP, Rel. Min, Rogério Schietti Cruz,
DJe 30.03.17).
Antes de receber a queixa-crime, o juiz oferecerá às partes oportunidade para se reconciliarem, fazendo-as
comparecer em juízo e ouvindo-as separadamente, sem a presença de seus advogados, não se lavrando termo
(artigo 520, CPP).
Se depois de ouvir o querelante e o querelado, o juiz achar provável a reconciliação, promoverá entendimento
entre eles na sua presença (artigo 521, CPP).
No caso de reconciliação, depois de assinado pelo querelante o termo da desistência, a queixa será arquivada
(artigo 522, CPP).
Página 2 de 2