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EXMO.(A) SR.

(A) JUIZ (A) FEDERAL DA (NOME DA VARA) DE (SUBSEÇÃ O)

COM PEDIDO DE TRAMITAÇÃ O PREFERENCIAL

XXXXXXXXX requerente, já qualificada eletronicamente, vem respeitosamente,


perante Vossa Excelência, por meio de seus procuradores signatá rios, apresentar

AÇÃ O ORDINÁ RIA C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃ O DE TUTELA

em face do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelos fatos e fundamentos


jurídicos que passa a expor.

1 - Fatos
A Autora recebe o benefício de aposentadoria por idade NB XXXXXXX desde
15/01/2011.
Anteriormente, gozava do benefício de auxílio acidente NB XXXXXXX desde
13/02/1996, benefício, este que foi mantido até 15/12/2014, quando foi cessado,
por ter constatado o INSS que este era indevido desde a data da concessã o do
benefício de aposentadoria por idade.
Ante a inacumulabilidade dos benefícios de aposentadoria por idade e auxílio
acidente além de cessar o benefício de auxílio-acidente, o INSS entendeu que a
parte Autora deveria devolver os valores que recebeu a título de auxílio acidente
apó s a concessã o da aposentadoria, gerando assim um débito em nome da Autora
no valor de R$ XX.XXX,XX.
Ato continuou passou a efetuar descontos mensais na aposentadoria por idade
recebida pela parte Autora na ordem de 30% do valor do benefício.
Ocorre que a conduta do INSS ao gerar complemento negativo em nome do Autor e
efetuar descontos a esse título no benefício de aposentadoria por ele recebido
mostra-se ilegal, porquanto os valores recebidos pelo Demandante a titulo de
auxílio- acidente possuem natureza alimentar e forma recebidos de boa-fé.
Importante salientar que o suposto equívoco na manutençã o do pagamento do
auxílio acidente apó s a concessã o da aposentadoria por idade ocorreu por culpa
exclusiva da Autarquia Previdenciá ria, que possuía todos os dados necessá rios
para verificar o pagamento de benefícios inacumulá veis.
Dessa forma, frustrada com o ato absolutamente ilegal tomado pela Autarquia
Previdenciá ria, nã o resta outra alternativa ao Autor senã o o ajuizamento da
presente demanda.

2 - Mérito
O artigo 115, da Lei 8.213/91, permite ao INSS efetuar descontos diretamente do
benefício do segurado em certos casos. Um desses casos ocorre quando se
evidencia o pagamento indevido de benefício. Todavia a jurisprudência é pacífica
ao entender pela impossibilidade de efetuar esses descontos sobre os benefícios
previdenciá rios quando o beneficiá rio recebeu os valores de boa-fé ante o seu
cará ter alimentar, sobretudo quando os benefícios sã o de valor mínimo.

Os descontos consignados realizados pelo INSS diretamente na folha dos seus


beneficiá rios possui permissivo legal e denota a necessidade de os cofres pú blicos
reaverem valores pagos indevidamente e, ainda, evitar o enriquecimento ilícito por
parte dos recebedores.
Ocorre que qualquer iteraçã o no valor mensal recebido por um beneficiá rio da
Previdência Social acarreta diretamente em alteraçõ es nos seus meios de
subsistência. Na absoluta maioria das vezes, o benefício previdenciá rio ou
assistencial é a ú nica renda percebida pelo segurado ou amparado para garantir o
pró prio sustento e o de sua família.
Ao mesmo tempo em que os cofres pú blicos nã o podem sofrer ataques de pessoas
que receberam indevidamente determinado benefício (seja por dolo, seja por culpa
da Administraçã o Pú blica), também nã o é justo que essas pró prias pessoas
paguem valores exorbitantes, que lhe acarretem demasiado prejuízo.

2.1 – Verba alimentar recebida de boa-fé


O equivoco no pagamento indevido do benefício de auxílio acidente apó s a
concessã o do benefício de aposentadoria por idade decorreu ú nica e
exclusivamente de erro administrativo, eis que é atribuiçã o do Instituo Nacional de
Seguro Social verificar se o segurado preenche os requisitos para a concessã o de
determinado benefício, bem como, verificar se este recebe algum benefício
acumulá vel com o que esta sendo postulado.
Isto porque, o segurado via de regra nã o tem conhecimento de que determinado
benefício nã o pode ser recebido concomitantemente com outro benefício da
previdência social, sendo obrigaçã o do INSS orientar o segurado.
E no presente caso deve-se atentar para o fato de que a parte Autora é pessoa idosa
e parca instruçã o, de forma que nã o é possível exigir-se que esta soubesse que o
benefício de auxílio acidente nã o poderia ser mantido apó s a concessã o da
aposentadoria por idade.
Assim, verifica-se que o Autor nã o concorreu para o erro administrativo, sendo que
era perfeitamente possível ao INSS verificar os requisitos para cessaçã o do auxílio-
acidente, e, portanto, nã o pode a parte Autora se ver obrigada a ressarcir valores
que recebeu de boa-fé em virtude de erro exclusivo da administraçã o.
Sobretudo, quando esses valores foram utilizados para a manutençã o de suas
necessidades bá sicas e de sua família, revestindo-se de cará ter alimentar.
Nesse passo, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal já se manifestou pela
irrepetibilidade de valores pagos ao beneficiá rio de boa-fé:

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁ RIO. ADMINISTRATIVO.


RESTITUIÇÃ O DE VALORES PAGOS INDEVIDAMENTE PELA ADMINISTRAÇÃ O
PÚ BLICA A BENEFICIÁ RIO DE BOA-FÉ : NÃ O OBRIGATORIEDADE. PRECEDENTES.
INADMISSIBILIDADE DE INOVAÇÃ O DE FUNDAMENTO NO AGRAVO
REGIMENTAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO.
(RE 633900 AgR, Relator (a): Min. CÁ RMEN LÚ CIA, Primeira Turma, julgado em
23/03/2011, DJe-067 DIVULG 07-04-2011 PUBLIC 08-04-2011 EMENT VOL-
02499-01 PP-00281)
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁ RIO. ADMINISTRATIVO.
IMPOSSIBILIDADE DE RESTITUIÇÃ O DE VALORES PAGOS INDEVIDAMENTE PELA
ADMINISTRAÇÃ O PÚ BLICA A SERVIDOR DE BOA-FÉ . PRECEDENTES. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
(RE 602697 AgR, Relator (a): Min. CÁ RMEN LÚ CIA, Primeira Turma, julgado em
01/02/2011, DJe-036 DIVULG 22-02-2011 PUBLIC 23-02-2011 EMENT VOL-
02469-02 PP-00239)

Na mesma toada, a jurisprudência do STJ:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁ RIO. VERBA


ALIMENTAR RECEBIDA DE BOA FÉ . IRREPETIBILIDADE. 1. As verbas
previdenciá rias, de cará ter alimentar, percebidas de boa-fé, nã o sã o objeto de
repetiçã o. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento. (AgRg no Ag
1386012/RS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA,
julgado em 20/09/2011, DJe 28/09/2011)

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESTITUIÇÃ O DE


PARCELAS PREVIDENCIÁ RIAS. VERBA DE NATUREZA ALIMENTAR RECEBIDA DE
BOA-FÉ PELA PARTE SEGURADA. IRREPETIBILIDADE. 1. Na forma dos
precedentes desta Corte, incabível a restituiçã o de valores indevidamente
recebidos por força de erro no cá lculo, quando presente a boa-fé do segurado. 2.
Somado a tal condiçã o, há de ser considerado que as vantagens percebidas pelo
segurado possuem natureza alimentar, pelo que se afigura a irrepetibilidade
desses importes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no Ag
1341849/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, julgado em
02/12/2010, DJe 17/12/2010)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁ RIO. RESTITUIÇÃ O


DE VALORES PAGOS ADMINISTRATIVAMENTE. VERBA ALIMENTAR RECEBIDA DE
BOA-FÉ . IRREPETIBILIDADE. 1. Segundo posicionamento consolidado por esta
Corte Superior, a hipó tese de desconto administrativo, nos casos em que a
concessã o a maior se deu por ato do Instituto agravante, nã o se aplica à s situaçõ es
em que presente a boa-fé do segurado, assim como ocorre no caso dos autos. 2.
Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 1130034/SP, Rel.
Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, julgado em 01/10/2009, DJe
19/10/2009)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO


ESPECIAL. DEVOLUÇÃ O DE VALORES POR SENTENÇA RESCINDIDA. NÃ O
CABIMENTO. PRECEDENTES. PREQUESTIONAMENTO DE MATÉ RIA
CONSTITUCIONAL.VIA INADEQUADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
1.O STJ firmou entendimento de que os benefícios previdenciá rios têm natureza
alimentar, razã o pela qual se submetem ao princípio da irrepetibilidade.
2.Ademais, é incabível a devoluçã o ao erá rio de valores recebidos por força de
decisã o judicial transitada em julgado, visto que o servidor teve reconhecido o seu
direito de modo definitivo por sentença transitada em julgado, por inequívoca boa-
fé do servidor, inobstante seja rescindida posteriormente. 3.Em tema de recurso
especial, nã o é possível o prequestionamento de matéria constitucional, porquanto
implicaria em usurpaçã o de competência do Supremo Tribunal Federal. 4.Agravo
regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 691.012/RS, Rel. Ministro
CELSO LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA,
julgado em 15/04/2010, DJe 03/05/2010)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁ RIO. RESTITUIÇÃ O


DE VALORES PAGOS ADMINISTRATIVAMENTE. VERBA ALIMENTAR RECEBIDA DE
BOA-FÉ . IRREPETIBILIDADE. 1. Segundo posicionamento consolidado por esta
Corte Superior, a hipó tese de desconto administrativo, nos casos em que a
concessã o a maior se deu por ato do Instituto agravante, nã o se aplica à s situaçõ es
em que presente a boa-fé do segurado, assim como ocorre no caso dos autos. 2.
Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 1130034/SP, Rel.
Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, julgado em 01/10/2009, DJe
19/10/2009)

No mesmo sentido, a Turma Nacional de Uniformizaçã o:


PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃ O NACIONAL. DIVERGÊ NCIA ENTRE TURMAS
RECURSAIS DE DIFERENTES REGIÕ ES. CUMULAÇÃ O INDEVIDA DE BENEFÍCIOS
DA SEGURIDADE SOCIAL. INEXISTÊ NCIA DE MÁ -FÉ DO SEGURADO.
IRREPETIBILIDADE. PRECEDENTES. IMPROVIMENTO. 1. Cabe Pedido de
Uniformizaçã o Nacional quando demonstrada a divergência entre decisõ es
proferidas por Turmas Recursais de diferentes Regiõ es. 2. O acó rdã o recorrido
determinou a cessaçã o do desconto na pensã o por morte da parte recorrida
motivado na inexistência de má -fé, em que pese o recebimento indevido de
benefício assistencial. 3. Nã o se deve exigir a restituiçã o dos valores que foram
recebidos de boa-fé pelo beneficiá rio da Seguridade Social em decorrência de erro
administrativo. Precedentes: STJ, REsp 771.993, 5ª Turma, Rel. Min. Arnaldo
Esteves Lima, j. 03.10.2006, DJ 23.10.2006, p. 351; TRF4, AC 2004.72.07.004444-2,
Turma Suplementar, Rel. Luís Alberto D. Azevedo Aurvalle, DJ 07.12.2007; TRF3,
AC 2001.61.13.002351-0, Turma Suplementar da 3ª Seçã o, Rel. Juíza Giselle
França, DJ 25.03.2008. 4. A irrepetibilidade nã o decorre apenas do dado objetivo
que é a natureza alimentar do benefício da Seguridade Social ou do dado subjetivo
consistente na boa-fé do beneficiá rio (que se presume hipossuficiente). Como
amá lgama desses dois dados fundamentais, está a nos orientar que nã o devem ser
restituídos os valores alimentares em prestígio à boa-fé do indivíduo, o valor
superior da segurança jurídica, que se desdobra na proteçã o da confiança do
cidadã o nos atos estatais. 5. Neste contexto, a circunstâ ncia do recebimento a
maior ter-se dado em razã o de acumulaçã o de benefícios vedada em lei é uma
variá vel a ser desconsiderada. 6. Incidente conhecido e improvido.
(PEDILEF 00199379520044058110,TNU, Relator Juiz Federal José Antonio
Savaris, DOU 22/07/2011)

Seguindo essa mesma orientaçã o, a Turma Regional de Uniformizaçã o da 4ª Regiã o


também vem decidindo que os valores recebidos a mais em razã o de benefícios
previdenciá rios sã o irrepetíveis quando recebidos de boa-fé, eis que tratam-se de
verbas alimentares:
INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃ O DE JURISPRUDÊ NCIA. PREVIDENCIÁ RIO. VALOR
PAGO A MAIOR. IRREPETIBILIDADE. MATÉ RIA JÁ UNIFORMIZADA. 1. "É
irrepetível o valor recebido a maior pelo segurado, salvo quando comprovada a
má -fé de sua parte ou quando houver comprovaçã o de que o mesmo contribuiu, de
qualquer forma, para o erro de cá lculo da RMI por parte do INSS. 2. Incidente de
uniformizaçã o conhecido e nã o provido" (IUJEF 0000145-63.2006.404.7060,
Turma Regional de Uniformizaçã o da 4ª Regiã o, Relator Rodrigo Koehler Ribeiro,
D.E. 08/02/2011). 2. Incidente de uniformizaçã o de jurisprudência nã o provido. (,
IUJEF 0002189-08.2008.404.7053, Turma Regional de Uniformizaçã o da 4ª Regiã o,
Relator Leonardo Castanho Mendes, D.E. 13/10/2011)
PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃ O REGIONAL. PREVIDENCIÁ RIO. DEVOLUÇÃ O DE
VALORES RECEBIDOS POR FORÇA DE DECISÃ O JUDICIAL TRANSITADA EM
JULGADO. AUSÊ NCIA DE SIMILITUDE. NÃ O CONHECIMENTO. JURISPRUDÊ NCIA
DOMINANTE NO SENTIDO DA IRREPETIBILIDADE DAS VERBAS ALIMENTARES. 1.
Inexiste similitude fá tico-jurídica entre o acó rdã o recorrido, no qual se decidiu
pela irrepetibilidade de valores recebidos em virtude de sentença transitada que
determinou a revisã o de benefício previdenciá rio, e o julgado paradigma, segundo
o qual sã o repetíveis os valores advindos de cumulaçã o indevida de benefícios
concedidos administrativamente. 2. Nã o se deve exigir a restituiçã o dos valores
que foram recebidos de boa-fé pelo beneficiá rio da Previdência Social em
decorrência de ordem judicial. Precedentes: STJ, REsp 771.993, 5ª Turma, Rel. Min.
Arnaldo Esteves Lima, DJ 23.10.2006; STJ, AgRg no REsp 673.864, 5ª Turma, Rel.
Min. Gilson Dipp, DJ 13.12.2004; STJ, AgRg 691.012, 6ª Turma, Rel. Celso Limongi
(Des. convocado do TR/SP), DJ 03.05.2010; TRF4, AC 2004.72.07.004444-2, Turma
Suplementar, Rel. Luís Alberto D. Azevedo Aurvalle, DJ 07.12.2007; TRF4, AC
2007.70.99.003470-4, 6ª Turma, Rel. Sebastiã o Ogê Muniz, DJ 24.04.2007; TRF3,
AC 2001.61.13.002351-0, Turma Suplementar da 3ª Seçã o, Rel. Juíza Giselle
França, DJ 25.03.2008. 3. O acó rdã o recorrido está nos estritos termos da
orientaçã o da TNU, no sentido de que "a despeito de haver o Supremo Tribunal
Federal decretado a inaplicabilidade da alteraçã o promovida pela Lei nº 9.032, de
1995, nos artigos 44, 57, § 1º, e 75, da Lei nº 8.213, de 1991, aos benefícios
concedidos anteriormente à sua vigência, nã o se poderia obrigar os segurados a
restituir os valores recebidos a este título de boa-fé, por determinaçã o judicial"
(TNU, PU 2007.33.00.708031-4, Rel. Juiz Federal Clá udio Roberto Canata, DJ
08.02.2011; TNU, PU 2006.33.00.717264-1, Rel. Juíza Federal Joana Carolina Lins
Pereira, DJ 23.03.2010). (, IUJEF 0000506-67.2009.404.7095, Turma Regional de
Uniformizaçã o da 4ª Regiã o, Relator José Antonio Savaris, D.E. 26/05/2011)
Ainda, no mesmo sentido, o entendimento do Tribunal Regional Federal da 4ª
Regiã o pacificou-se no sentido de que nã o se pode repetir verba alimentar:

PREVIDENCIÁ RIO. PENSÃ O POR MORTE. CONCESSÃ O. QUALIDADE DE


DEPENDENTE - UNIÃ O ESTÁ VEL. FILHOS MENORES. TERMO INICIAL - MENOR DE
16 ANOS. CONSECTÁ RIOS. [...]5. Esta Corte vem se manifestando no sentido da
impossibilidade de repetiçã o dos valores recebidos de boa-fé pelo segurado, dado
o cará ter alimentar das prestaçõ es previdenciá rias, sendo relativizadas as normas
dos arts. 115, II, da Lei nº 8.213/91, e 154, § 3º, do Decreto nº 3.048/99. 6. Os juros
morató rios sã o devidos desde a citaçã o, de forma simples e à taxa de 12% ao ano
(Sú mula n.º 204 do Superior Tribunal de Justiça e Sú mula n.º 75 deste Tribunal),
passando, a partir de julho de 2009, à taxa aplicá vel à s cadernetas de poupança por
força do disposto no art. 1º-F da Lei n.º 9.494/97 (precedentes da 3ª Seçã o desta
Corte, da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça e do Plená rio do Supremo
Tribunal Federal). 7. Correçã o monetá ria aplicá vel desde quando devida cada
parcela pelos índices oficiais jurisprudencialmente aceitos e, a partir de julho de
2009, de acordo com a "remuneraçã o bá sica" das cadernetas de poupança, por
força do art. 1º-F da Lei n.º 9.494/97. (TRF4, APELREEX 5002561-
17.2011.404.7100, Quinta Turma, Relator Rogerio Favreto, D.E. 15/08/2012)

PREVIDENCIÁ RIO. DESCONTOS ADMINISTRATIVOS. CARÁ TER ALIMENTAR DAS


PRESTAÇÕ ES PREVIDENCIÁ RIAS. AUSÊ NCIA DE MÁ -FÉ . 1. Esta Corte vem se
manifestando no sentido da impossibilidade de repetiçã o dos valores recebidos de
boa-fé pelo segurado, dado o cará ter alimentar das prestaçõ es previdenciá rias,
sendo relativizadas as normas dos arts. 115, II, da Lei nº 8.213/91, e 154, § 3º, do
Decreto nº 3.048/99. 2. Hipó tese em que, diante do princípio da irrepetibilidade ou
da nã o-devoluçã o dos alimentos, deve ser afastada a cobrança dos valores
determinada pela autarquia. (TRF4, APELREEX 5007125-33.2011.404.7102,
Quinta Turma, Relator p/ Acó rdã o Rogerio Favreto, D.E. 18/07/2012)

PREVIDENCIÁ RIO. DEVOLUÇÃ O DOS VALORES PAGOS EM RAZÃ O DE ERRO DA


ADMINISTRAÇÃ O. NA CONCESSÃ O DE BENEFÍCIO. DECISÃ O JUDICIAL.
DESNECESSIDADE. BOA-FÉ DO SEGURADO. HIPOSSUFICIÊ NCIA. NATUREZA
ALIMENTAR DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁ RIO. 1. É inviá vel a devoluçã o pelos
segurados do Regime Geral de Previdência Social de valores recebidos em
decorrência de erro da Administraçã o Pú blica. Entendimento sustentado na boa-fé
do segurado, na sua condiçã o de hipossuficiência e na natureza alimentar dos
benefícios previdenciá rios. 2. O Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento
no sentido da impossibilidade da devoluçã o dos proventos percebidos a título de
benefício previdenciá rio, em razã o do seu cará ter alimentar, incidindo, na hipó tese,
o princípio da irrepetibilidade dos alimentos. (TRF4, AC 5003991-
92.2011.404.7200, Sexta Turma, Relator p/ Acó rdã o Joã o Batista Pinto Silveira,
D.E. 12/07/2012)

MANDADO DE SEGURANÇA. PREVIDENCIÁ RIO. AUXÍLIO-DOENÇA. DESCONTO


DOS VALORES PAGOS A MAIOR. EQUÍVOCO ADMINISTRATIVO. CARÁ TER
ALIMENTAR DAS PRESTAÇÕ ES PREVIDENCIÁ RIAS. 1. Esta Corte vem se
manifestando no sentido da impossibilidade de repetiçã o dos valores recebidos de
boa-fé pelo segurado, dado o cará ter alimentar das prestaçõ es previdenciá rias,
sendo relativizadas as normas dos arts. 115, II, da Lei nº 8.213/91, e 154, § 3º, do
Decreto nº 3.048/99. 2. Hipó tese em que, diante do princípio da irrepetibilidade ou
da nã o-devoluçã o dos alimentos, deve ser afastada a cobrança dos valores
determinada pela autarquia. (TRF4, APELREEX 2008.72.11.001599-4, Quinta
Turma, Relator Ricardo Teixeira do Valle Pereira, D.E. 03/05/2010)

Excelência, a jurisprudência dos tribunais brasileiros é mais que pacífica no


sentido de que uma vez que os benefícios previdenciá rios se revestem de cará ter
alimentar e que os alimentos sã o irrepetíveis quando recebidos de boa-fé, o
complemento negativo aplicado pelo INSS é absolutamente ilegal.

Há de se salientar que os benefícios previdenciá rios possuem natureza


manifestamente alimentar, pois em sua grande maioria sã o revestidas de cará ter
substitutivo ao rendimento oriundo do trabalho. O benefício previdenciá rio,
portanto, constitui a renda do segurado necessá ria para sua pró pria subsistência e
manutençã o de sua família.
2.2 – Descontos em benefício no valor de um salá rio mínimo
Há de se salientar que os benefícios previdenciá rios possuem natureza
manifestamente alimentar, pois em sua grande maioria sã o revestidas de cará ter
substitutivo ao rendimento oriundo do trabalho. O benefício previdenciá rio,
portanto, constitui a renda do segurado necessá ria para sua pró pria subsistência e
manutençã o de sua família.
A partir do conceito constitucional, o salá rio mínimo é garantia de todo
trabalhador, será nacionalmente unificado e fixado em lei, em valor capaz de
garantir as necessidades vitais bá sicas do pró prio trabalhador e de sua família, tais
como moradia, educaçã o, saú de, alimentaçã o, lazer, vestuá rio, higiene, transporte e
previdência social.
Muito bem se sabe que tal preceito constitucional por vezes constitui letra morta,
uma vez que invariavelmente o salá rio mínimo atual do brasileiro reflete valor
bastante abaixo do que o mercado consumidor exige para satisfazer todas as
necessidades elencadas como direitos sociais na Tá bua Axioló gica Fundamental.
Pode-se dizer que o salá rio mínimo atual nã o compõ e valor necessá rio a garantir a
dignidade da pessoa humana por excelência. Todavia, garante exatamente o que
propõ e: o mínimo. O salá rio mínimo brasileiro garante as mínimas condiçõ es
norteadores do statusdignitatis da pessoa humana, motivo pelo qual a nossa Carta
Maior veda o pagamento aos trabalhadores e segurados da Previdência Social em
valor inferior.
O § 1º, do artigo 201, da Constituiçã o Federal de 1988 é claro quando determina
que nenhum segurado receberá benefício em valor inferior ao salá rio mínimo
vigente:

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de
cará ter contributivo e de filiaçã o obrigató ria, observados critérios que preservem
o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá , nos termos da lei, a: (Redaçã o dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salá rio de contribuiçã o ou o rendimento do
trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salá rio mínimo. (Redaçã o dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

Ademais, o Tribunal Regional Federal da 4ª Regiã o e a pró pria Turma Nacional de


Uniformizaçã o dos Juizados Especiais Federais, corroborando o entendimento
exposto, fomentando o princípio da irrepetibilidade ou nã o-devoluçã o dos
alimentos, posicionam-se no sentido de vedar todo e qualquer desconto de
iniciativa da Administraçã o Pú blica, por sua culpa exclusiva:

TRF4
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PREVIDENCIÁ RIO. APOSENTADORIA POR IDADE RURAL. CANCELAMENTO.
DESCONTOS NO BENEFÍCIO. VALOR NÃ O INFERIOR AO SALÁ RIO MÍNIMO.
CUMULAÇÃ O DE BENEFÍCIOS. PENSÃ O POR MORTE RURAL E URBANA.
POSSIBILIDADE. VIGÊ NCIA DA CLPS/1984. DIREITO ADQUIRIDO. CONSECTÁ RIOS.
ANTECIPAÇÃ O DE TUTELA. [...]. O art. 115, II, da Lei n.º 8.213/91 possibilita o
desconto, da renda mensal do benefício do segurado, dos pagamentos efetuados
além do devido, em percentual limitado ao má ximo de 30% do valor do benefício
em manutençã o (art. 154, § 3º, Dec. 3.048/909), a fim de evitar enriquecimento
ilícito e prejudicar os demais segurados da previdência social. 3. O artigo 201, § 2º,
CF/88 garante que nenhum benefício terá valor inferior ao mínimo, sendo
incabível descontos que reduzam a renda mensal do segurado à quantia inferior ao
salá rio mínimo.
[...]
Preenchidos os requisitos exigidos pelo art. 273 do CPC - verossimilhança do
direito alegado e fundado receio de dano irrepará vel - deve ser deferida a
antecipaçã o dos efeitos da tutela.
(AC 200204010252274, ARTUR CÉ SAR DE SOUZA, TRF4 - QUINTA TURMA,
13/07/2009)

PREVIDENCIÁ RIO. DESCONTOS. BENEFÍCIO DE VALOR MÍNIMO. VEDAÇÃ O.


DEVOLUÇÃ O DAS PARCELAS DESCONTADAS. Em se tratando de benefício de valor
mínimo, incabível qualquer desconto, sob pena de violaçã o ao disposto no artigo
201, § 2 º, da CF/88, na redaçã o dada pela EC n.º 20/98. Precedentes desta Corte.
Como conseqü ência, tratando de benefício de valor correspondente a um salá rio
mínimo, é devida à parte autora a restituiçã o dos valores descontados.
(AC 200271140005561, SEBASTIÃ O OGÊ MUNIZ, TRF4 - SEXTA TURMA,
25/07/2008)

PREVIDENCIÁ RIO. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. RESTABELECIMENTO.


REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. DESCARACTERIZAÇÃ O. PROFESSORA
MUNICIPAL. BENEFÍCIO INDEVIDO. VALORES INDEVIDAMENTE PAGOS À
SEGURADA. REPETIÇÃ O. DESCONTOS. BENEFÍCIO DE VALOR MÍNIMO. VEDAÇÃ O.
SUCUMBÊ NCIA RECÍPROCA. CONSECTÁ RIOS LEGAIS. [...]
O art. 115 da Lei 8.213/91 prevê a possibilidade de desconto dos montantes pagos
equivocadamente pelo Instituto-réu ao segurado. Por outro lado, a Constituiçã o
Federal garante, em seu artigo 201, § 2º, que nenhum benefício terá valor inferior
ao mínimo. Desse modo, tem-se entendido que tal desconto nã o poderá ocorrer em
se tratando de benefício de valor mínimo, como no caso. Assim, deve o INSS a
abster-se de efetuar qualquer desconto no benefício de pensã o por morte recebida
pela autora relativamente aos valores que pagou indevidamente à mesma a título
de aposentadoria rural por idade.
[...]
Apelaçã o e remessa oficial parcialmente providas. Revogada a antecipaçã o de
tutela. (TRF4, AC 2007.71.99.006222-2, Turma Suplementar, Relator Fernando
Quadros da Silva, D.E. 13/06/2008)

TNU
Processo: 200402010088703
Data da decisã o: 27/05/2008 Documento: TRF200186274
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ANTECIPAÇÃ O DOS EFEITOS DA TUTELA.
DESCONTOS MENSAIS NO BENEFÍCIO A TÍTULO DE RESTITUIÇÃ O. REDUÇÃ O DA
APOSENTADORIA A VALOR INFERIOR A 1 (UM) SALÁ RIO MÍNIMO.
I – A Agravante afirma, na petiçã o inicial da açã o ordiná ria, que, tendo requerido a
revisã o administrativa de seu beneficio previdenciá rio, o INSS, ao fazê-lo, reduziu
seu respectivo valor, procedendo, inclusive, ao desconto mensal de 30% (trinta por
cento) em seu benefício a título de restituiçã o do que teria sido pago a maior. Ao
que se depreende dos autos, o valor mensal que vem sendo pago à Agravante é
inferior a um salá rio mínimo justamente porque está sendo descontado o
percentual mencionado; II - Este procedimento da Autarquia Previdenciá ria nã o
tem amparo legal, visto que nã o há provas de que o benefício tenha sido concedido
em valor superior a um salá rio mínimo. Assim, nã o se justifica, pelo menos à
primeira vista, a reduçã o do valor do benefício que, ao que tudo indica, foi
concedido no valor mínimo; III - De qualquer forma, o desconto de 30% (trinta por
cento) representa uma reduçã o considerá vel no valor do benefício, nã o devendo
prevalecer; IV - Reforma da decisã o agravada, determinando-se ao INSS a
suspensã o dos descontos mensais de 30% (trinta por cento) no benefício
previdenciá rio da Agravante, de forma que nã o receba prestaçã o de seu benefício
inferior ao salá rio mínimo; V - Agravo de instrumento conhecido e provido.

Percebe-se, finalmente, apó s ampla demonstraçã o, que a jurisprudência nacional


dominante permanece no entendimento de que é vedado à Autarquia
Previdenciá ria efetuar descontos do segurado que já recebe benefício no valor de
um salá rio mínimo.
Ante o exposto, constata-se que os descontos efetuados pelo INSS à título de
complemento negativo no benefício de aposentadoria recebido pela parte Autora
sã o completamente indevidos, seja pelo cará ter alimentar dos benefícios
previdenciá rios, seja pela reduçã o da renda do Autor a um patamar inferior a um
salá rio mínimo.

3 – Antecipaçã o de Tutela
Ante tudo o que foi exposto, nã o resta outra alternativa à parte Autora senã o
requerer em sede de antecipaçã o de tutela a suspensã o dos descontos efetuados
pelo INSS na fonte do seu benefício.
Nos termos do artigo 273, do diploma processualista civil brasileiro, o juízo poderá
antecipar os efeitos da tutela pretendida sempre que houver fundado receio de
dano irrepará vel ou de difícil reparaçã o (periculum in mora) e os fatos alegados
forem verossímeis (fumus boni iuris).
A verossimilhança das alegaçõ es foi vastamente demonstrada no tó pico anterior,
juntamente com a documentaçã o anexa, que vem para comprovar os descontos
efetuados na fonte do seu benefício.
Já o perigo da demora processual vem demonstrado pelo cará ter alimentar do
beneficio recebido pela parte Autora. Nesse sentido preleciona José Antô nio
Savaris ao tratar da urgência no processo previdenciá rio:

“A urgência no recebimento dos valores correspondentes a um beneficio da


seguridade social se presume pela pró pria natureza (alimentar) e finalidade desse
beneficio, qual seja, a de prover – de modo eficiente e imediato recursos para
suprimento das necessidades elementares das pessoas.
O problema nã o se verifica apenas na – de per se – danosa situaçã o de incerteza
jurídica pela demora na resposta estatal (administrativa ou judicial). A questã o
crucial aqui diz respeito à irreverssível privaçã o de bem-estar que se agrava com o
passar do tempo.”

Ocorre que qualquer iteraçã o no valor mensal recebido por um beneficiá rio da
Previdência Social acarreta diretamente em alteraçõ es nos seus meios de
subsistência.
No presente caso, a parte Autora está sofrendo descontos na ordem de 30% do seu
benefício, que já é de um salá rio mínimo. Portanto, tem disponível para o seu
sustento bem menos do que o valor considerado mínimo para sobrevivência.
No mesmo sentido, no Agravo de Instrumento contra decisã o que denegou o
pedido antecipató rio de suspensã o dos descontos, no processo nº
2008.04.00.040017-7, o Nobre Desembargador Ricardo Teixeira do Valle Pereira
julgou ordenando que tais descontos fossem suspensos em virtude de extirparem
boa parte dos rendimentos de sua família. Aliá s, oportuno trazer à baila sua liçã o:

“No caso em tela, os valores percebidos a título de aposentadoria pelo agravante


possuem cará ter alimentar e os descontos efetuados consomem parte considerá vel
da verba, a qual é indispensá vel para seu sustento e de sua família.
[...]
Assim, considerando-se as peculiaridades do caso concreto, tratando-se de
benefício previdenciá rio, percebido hipossuficiente, tenho que deve ser concedida
a antecipaçã o da pretensã o recursal para que sejam suspensos os descontos em
sua aposentadoria até que venham aos autos as informaçõ es prestadas pelo INSS
em sua contestaçã o, as quais poderã o trazer melhores elementos para a apreciaçã o
da controvérsia.
Do exposto, defiro, em antecipaçã o, a pretensã o recursal”.

Mais recentemente, o TRF4 vem deferindo antecipaçã o de tutela para cessaçã o de


descontos de complementos negativos em virtude do cará ter alimentar do
benefício:
AGRAVO. ANTECIPAÇÃ O DA TUTELA. RESTABELECIMENTO DE PENSÃ O POR
MORTE. SUSPENSÃ O DOS DESCONTOS. 1. A Administraçã o, em atençã o ao
princípio da legalidade, tem o poder-dever de anular seus pró prios atos quando
eivados de vícios que os tornem ilegais (Sú mulas 346 e 473 do STF). 2. As
prestaçõ es alimentícias, onde incluídos os benefícios previdenciá rios, se
percebidas de boa-fé, nã o estã o sujeitas a repetiçã o. 3. Parcialmente deferida a
antecipaçã o de tutela a fim de determinar ao INSS que cancele o desconto de 30%
no benefício da autora. (TRF4 5002309-71.2011.404.0000, D.E. 27/04/2011)

Assim, a suspensã o dos descontos efetuados pelo INSS é medida de justiça que se
impõ e, posto que os valores recebidos a maior em virtude do erro administrativo
sã o irrepetíveis por serem verba alimentar.
Portanto, REQUER a Autora, em sede de ANTECIPAÇÃ O DE TUTELA, a imediata
suspensã o dos descontos efetuados pelo INSS na sua folha de pagamento.

4 – Pedidos
ANTE AO EXPOSTO, a Autora requer:
1. O recebimento da presente petiçã o inicial com seu consequente
processamento;

1. A concessã o do benefício da ASSISTÊ NCIA JUDICIÁ RIA GRATUITA, por nã o ter


a Autora condiçõ es de arcar com as custas do presente feito, sem prejuízo do
seu pró prio sustento;

1. Em sede de ANTECIPAÇÃ O DE TUTELA, a imediata suspensã o dos descontos


efetuados pelo INSS no seu benefício, a título de complemento negativo;
1. A citaçã o do INSS para que, querendo, apresente defesa, sob pena de revelia e
confissã o;

1. A produçã o de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o


documental e testemunhal;

1. O Julgamento do processo com total procedência para:

6.1) Declarar a inexistência da dívida alegada pelo INSS no valor de R$ XX.XXX,XX,


referente ao recebimento do benefício de auxílio acidente apo´s a concessã o do
benefício de aposentadoria por idade.
6.2) Condenar o INSS a cessar definitivamente os descontos a título de
complemento negativo no benefício da parte Autora e a Restituir os valores
descontados a titulo de complemento negativo no benefício de aposentadoria por
idade NB xxx.xxx.xxx-x, eis que tratam-se de verba alimentar e reduziram a renda
da Autora a patamar inferior ao garantido constitucionalmente;

1. Em caso de recurso à s instâ ncias superiores, a condenaçã o da Autarquia


Previdenciá ria ao pagamento de custas e honorá rios advocatícios.

Dá à causa o valor de R$ XX.XXX,XX.

Nestes termos, pede e espera deferimento.

Cidade, data.

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