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Miologia Geral

Instituto de Biologia
Departamento de Biologia Animal - AAA
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Helcimar Barbosa Palhano


Conteúdo

- Introdução
- Variedades do tecido muscular
- Músculo liso
- Músculo estriado cardíaco
- Músculo estriado esquelético
- Anexos musculares
- Considerações finais
Introdução

Miologia
Estudo descritivo do músculo e estruturas acessórias que funcionam para
colocar os ossos e as articulações em movimento.

Getty, 2008

Músculos
Estruturas moles que possuem como unidades funcionais as fibras (células
musculares), constituídas de miofibrilas, dotadas de propriedades de
contratilidade e condutividade, apresentando assim, alta capacidade plástica,
sendo ainda de grande tamanho quando comparadas às células do corpo em
geral.

Constituição das miofibrilas: actina, miosina, tropomiosina e troponina (PROTEÍNAS)


Introdução

Importância em Zootecnia
-Avaliação de carcaça
-Estudos de produção animal (pesquisa)
-Avaliação de produtividade animal em propriedades rurais
-Melhoramento genético orientado: cruzamentos industriais
cruzamentos alternados
cruzamentos absorventes
cruzamento tree-cross
-Melhoramento genético orientado: cavalos de tração
cavalos de salto, corrida, vaquejada
cavalos de enduro e passeio
cavalos de lida com o gado
Introdução

Importância em Zootecnia
Introdução

Importância em Zootecnia: avaliação de carcaça


Introdução

Importância em Zootecnia
Introdução

Importância em Zootecnia
Introdução

Importância em Medicina Veterinária


-Avaliação de carcaça – Inspeção Sanitária de Carnes
-Estudos de produção animal (pesquisa)
-Avaliação de produtividade animal em propriedades rurais
-Melhoramento genético orientado
-Clínica: afecções locomotoras (tendinites, desmites, miosites, cistos, etc
-Cirurgias diversas (planos de acesso cirúrgico)
Introdução

Esporte, Trabalho e lazer


Importância em Medicina Veterinária:
Variedades de tecido muscular

O tecido muscular é classificado morfologicamente e funcionalmente, em


função das características estruturais de suas células, bem como do caráter
voluntário ou involuntário de sua atividade.

-Músculo liso
-Músculo estriado cardíaco

-Músculo estriado esquelético


Músculo liso – ação involuntária
Ocorre como massa de células fusiformes, com um núcleo, isentas de
estrias transversais. Podemos observar musculatura lisa, nas paredes dos
órgãos ocos, vasos sanguíneos, baço, globo ocular e folículos pilosos.
Músculo liso
Músculo cardíaco – ação involuntária
Conhecido como miocárdio, forma a parede dos átrios e ventrículos. Suas
fibras estão dispostas em massas irregulares, observando-se extremidades
de determinadas fibras em contato com a parte lateral de outras.
Músculo cardíaco – ação involuntária
Estrutura histológica

Estrias
transversais

Discos intercalares
Músculo estriado esquelético – ação voluntária

Músculo de contração voluntária, que apresenta estrias transversais e fibras


polinucleadas com núcleos periféricos. Está presente em maior quantidade
no organismo.

Estrias transversais: alterações dos miofilamentos espessos e finos das


miofibrilas.

Podem corresponder a metade e por vezes mais de 50% do peso de uma


carcaça.

Avaliação de produtividade e melhoramento genético em caprinos, ovinos, bovinos e


bubalinos de corte
Músculo estriado esquelético
Estrutura

Fibra muscular - estrutura


Músculo estriado esquelético
Estrutura

Fascículo muscular

Fibra muscular

Miofibrilas

Miofilamentos
Músculo estriado esquelético
Envoltórios musculares: Epimísio, Perimísio, endomísio
Variações na arquitetura muscular

Fibras musculares paralelas com inserção em ângulo no respectivo tendão,


são chamadas de fibras penadas (duas fixações: origem e inserção).

ventre ventre

Bipenadas
Unipenadas Multipenadas

A presença de um tendão intermediário produz dois ventres tornando o músculo digástrico


(músc. digástrico e retoabdominal). Apresenta mais de duas fixações (de origem e inserção)
Músculo estriado esquelético
Músculos planos, músculos laminares, músculos fusiformes, músculos orbiculares e
músculos circulares (músculos esfíncteres)
Variações na arquitetura muscular

Fibras fusiformes

As fibras fusiformes de um músculo convergem sobre um tendão nas duas


extremidades não possuindo inserção em ângulo reto como as fibras paralelas.

Tendão Ventre Tendão

Os músculos podem apresentar uma ou ambas as extremidades divididas ou podem


ser separados longitudinalmente ou obliquamente (mesmo não sendo digástrico).

Tendão Ventre Tendão


Tendão Ventre Tendão
Divergência/convergência das fibras na origem e inserção

Músculo Trapézio: parte cervical – origem: lig.nuca (parte funicular) / Inserção: espinha da escápula
parte torácica – origem: lig.supraespinhoso (T3 -T10) / Inserção: espinha da escápula
Obs.: fibras paralelas
Divergência/convergência das fibras na origem e inserção

Músculo Esternocefálico – origem: cartilagem do manúbrio / Inserção: borda caudal dos ramos mandibulares

Obs.: fibras fundidas na origem e separadas na inserção


Divergência/convergência das fibras na origem e inserção

Músculo Tríceps do braço:


Porção longa (6)
– origem: borda caudal escápula
– Inserção: tuberosidade do olécrano

Porção lateral (6)


– origem: tuberosidade deltóide ao colo do úmero
– Inserção: face lateral do olécrano + tendão da porção longa

Porção medial (6)


– origem: terço médio da superfície medial do úmero
– inserção: parte medial e cranial da tuberosidade do olécrano

Obs.: fibras fundidas na origem e separadas na inserção


Divergência/convergência das fibras na origem e inserção

Músculo bíceps femural: partes - cranial, média e caudal


– origem: lig. sacroilíaco dorsal e lateral, fáscias glútea e da cauda, tuberosidade isquiática
– Inserção: superfície caudal do fêmur sup. Cranial da patela, lig.patelar lateral (parte cranial)
borda cranial da tíbia (parte média)
fásciacrural e tuberosidade calcânea (parte caudal)
Desenvolvimento e reparo

- Após o nascimento não são formadas novas fibras. O crescimento do


tamanho se dá pelo aumento das fibras existentes.

- O crescimento é mais intenso em músculos submetidos à exercícios


com maior frequência, sofrendo ainda forte influência da alimentação.

- O reparo de fibras musculares lesadas se dá as expensas de tecido


conjuntivo, formando cicatrizes fibrosas no local da lesão.
Fixação muscular

Origem: fixação próxima ao eixo vertebral (fixação proximal).

Inserção: fixação distal ao eixo vertebral (fixação distal).

Em linhas gerais, a fixação do músculo que permanece mais


estacionária durante o movimento é chamada de origem e a
fixação de maior movimentação é chamada de inserção.

Origem e inserção podem estar separadas por mais de uma


articulação em função do tamanho do tendão.

Origem e inserção podem estar separadas podem ocorrer em


músculos contralaterais, na linha média (parede abdominal), no
diafrágma e na faringe.
Fixação muscular

origem
origem

inserção
inserção
Movimentos produzidos

A atividade muscular produz movimentos por mudanças no alinhamento


dos ossos, envolvendo diversos músculos ou grupos de músculos que
combinam seus esforços para realização de movimentos.

-Músculos Agonistas – produzem o movimento característico articulação.

-Músculos Antagonistas – produzem movimentos que se opõem aos


anteriores.

-Músculos Sinergistas – músculos que participam como agonistas em


determinados momentos e antagonista em outros.
Estimulo nervoso-contração

Placa neuro-muscular (fibras nervosas provenientes da medula espinhal)


Mediador químico: acetilcolina
Anexos Musculares
Fáscias

Membranas de tecido conjuntivo que separam os músculos uns dos outros e


os firmam em sua devida posição.

-Fáscia superficial – camada de tecido conjuntivo mais frouxamente


agrupada, próxima a pele, envolvendo vários grupos
musculares.

-Fáscia profunda – camada de tecido conjuntivo que envolve os músculos


e projeta septos intermusculares.
Tendões

Condensação de tec. conjuntivo e feixes de fibras colágenas nas extremidades


dos músculos que se inserem no periósteo. Possuem grande capacidade de
estocagem de energia e elasticidade.

-Bainha sinovial - envoltório do tendão em locais de muita movimentação


ou mudanças de direção de empuxe sobre uma articulação.

- Mesotendão - ponto de ligação entre as partes da bainha sinovial que


envolve o tendão.

- Endotendão - tecido conjuntivo delgado entre as fibras do tendão.

- Paratendão - tecido conjuntivo delgado espalhado ao redor do tendão.

- Bolsa sinovial- bolsa presente entre o tendão e o osso em áreas de maior


pressão entre ambos, apesar do movimento limitado.
Estrutura
Estrutura

BAINHA
FIBROSA
BAINHA
FIBROSA
T BOLSA
SINOVIAL T BAINHA
SINOVIAL

osso osso

BAINHA
FIBROSA
Tendões

- Aponeurose – expansão da fáscia muscular em forma de espessa lâmina


que fornece origem ou inserção ao músculo.
- Ossos Sesamóides – mudam a direção de empuxe dos tendões
modulam a força dos tendões
protegem os tendões
Considerações finais

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