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Portfólio IV do Módulo de Biomateriais

Eixo temático: Biomecânica e Engenharia de Reabilitação


Tema: Biomateriais odontológicos
Título: Enxertos ósseos
Data: 22/03/2021 Fechamento 5/04/2021
Aluno: Henrique Casanova Pagotti Silva
Matrícula (RA): 00275602
RESUMO OBJETIVO DO PROBLEMA:
Nesse problema foi proposto que o grupo fizesse uma pesquisa sobre as
implicações de enxertos ósseos e seus respectivos processos de escolha de
materiais e implementações.
OBJETIVOS:
 Aprofundar conhecimentos sobre o uso de enxertos ósseos na
implantodontia;
 Comparar os tipos de enxertos ósseos;
 Entender as propriedades dos biomateriais utilizados em enxertos
ósseos (biovidro, hidroxiapatita e fosfato tricálcico);
 Conhecer as propriedades biológicas (osteogênicas, ostecondutoras e
osteoindutoras);
 Descobrir novos estudos sobre possíveis materiais a serem utilizados na
implantodontia.

TERMOS DESCONHECIDOS:

1. Parestesias

Parestesias é o nome dado a qualquer sensação de alteração em


alguma parte do corpo vida de uma perturbação dos nervos presentes
na área afetada. [1]

2. Neoformação óssea

Neoformação óssea trata-se da regeneração óssea gerada quando se é


feito um implante nos ossos, seja de matéria óssea ou biomateriais. [2]

3. Bio-Oss

Bio-Oss® é o nome de uma marca de um produto utilizado,


principalmente na odontologia, como um material de substituição óssea.
[3]

4. Biovidros

Biovidros é o nome dado a materiais cuja composição é derivada do


vidro, porém contém uma maior quantidade de cálcio e fósforo, fazendo
com que adquira propriedades bioativas. [4]

5. Fosfato tricálcico:

Fosfato tricálcico trata-se de um material biocerâmico utilizado como


substituto de ossos em implantes. [5]
QUESTÕES:

1. Disserte sobre o processo de enxertos ósseos na implantodontia e cite


os principais biomateriais utilizados.

Hipótese: Geralmente os implantes tendem a substituir dentes ou má


formação óssea, necessitando de materiais que permitam e viabilizam
regeneração óssea. Dentre os principais biomateriais, estão o fosfato de
tricálcico, biovidros e a hidroxiapatita.

Validação da Hipótese: A hipótese está parcialmente correta.

Resposta: A implantodontia trata-se da área da odontologia que cuida


da implementações de próteses dentárias nos pacientes. Mais
especificamente, garante que os implante feitos garantam a volta das
funções de mastigação e estética. [6] Quando uma prótese dental é
implantada, é necessário que a área de implante seja propícia, com um
osso forte e com capacidade de receber o pino que da sustentação à
prótese. [7] Quando o osso mandibular do paciente não é suficientemente
forte ou espesso, por qualquer motivo que seja, é necessária a utilização
de um enxerto ósseo, podendo ser feito de algum biomaterial ou ossos
efetivamente. A opção pela utilização de enxerto ósseo ou de
biomateriais substitutos depende de cada caso e de suas dadas
propriedades, apresentando algumas vantagens e desvantagens. Um
dos motivos pelos quais a utilização de biomateriais substitutos vem
sendo amplamente empregada em consultórios é a grande quantidade
de diversidade de materiais possíveis. [8] Os biomateriais utilizados em
como substitutos de enxertos ósseos variam de acordo com a
especificidade de cada situação, porém, os mais comuns são:
hidroxiapatita (HA), beta-fosfato-tricálcio (β-TCP), polímeros, vidros
bioativos e alguns metais. [9]

2. Como as propriedades (osteogênicas, osteocondutoras e


osteoindutoras) influenciam no fato do osso autógeno ser considerado
um biomaterial padrão ouro?

Hipótese: Por ser originado do próprio organismo, o osso autógeno


oferece menor índice de rejeição do implante, uma vez que suas
propriedades osteogênicas, osteocondutoras e osteoindutoras permitem
maior biocompatibilidade tornando-o um biomaterial padrão ouro.

Validação da Hipótese: A hipótese está parcialmente correta.

Resposta: Dentro da medicina e áreas relacionadas à biomateriais, um


biomaterial ser considerado padrão ouro se refere ao fato de este
possuir as características que induzam reações esperadas no organismo
como se aquele biomaterial fosse o que este tenta reproduzir de fato. [10]
O osso autógeno se trata da retirada de uma pequena parte de um osso
de outra parte do corpo do paciente, assim sendo é um material que
possui a propriedade osteogênica (traz células ósseas vivas em seu
interior). [8] Como o enxerto autógeno é vindo do próprio organismo,
todas as reações ocorrem como o esperado, assim podendo ser
comparado com um material padrão ouro.

3. Discuta e diferencie os tipos de enxertos autógenos, alógenos e


xenógenos.

Hipótese: Os enxertos autógenos são aqueles oriundos de raspagem


do tecido ósseo de outras áreas do corpo do receptor; enxertos
alógenos são aqueles em que o doador e o receptor do enxerto são
indivíduos diferentes; enxertos xenógenos são aqueles cuja espécie do
doador é diferente da espécie do receptor.

Validação da Hipótese: A hipótese está parcialmente correta.

Resposta: Dentro do universo da implantodontia existem quatro tipos de


materiais para serem usados em enxertos: autógenos, alógenos e
xenógenos e de aloplásticos. O primeiro refere-se à enxertos obtidos a
partir da raspagem de outros ossos de outras regiões do corpo do
paciente. Sua principal vantagem é a sua biocompatibilidade total,
entretanto possui quantidade limitada de material e, pela necessidade de
ser usado “fresco”, o tempo de cirurgia é estendido por conta de sua
coleta. O segundo tipo de enxerto refere-se àquele onde o doador e
receptor são da mesma espécie. No Brasil o comércio de ossos não é
legalizado pela ANVISA, basicamente inutilizando esse tipo de enxerto
em terras nacionais. Além disso, outras desvantagem desse tipo de
enxerto é que de seis a oito meses passados do procedimento, somente
uma pequena parte do enxerto torna-se osso vital, e pode também haver
a transmissão de agentes infecciosos. Em terceiro lugar temos os
enxertos xenógenos, nos quais o receptor do enxerto e doador
pertencem a espécies diferentes. Atualmente os biomateriais xenógenos
podem vir de outros animais ou de algas. Por último existem os enxertos
de aloplásticos, que se tratam basicamente de biomateriais inorgânicos
com bases de fosfatos e sulfatos de cálcio. [8]

4. Diferencie a fase amorfa e cristalina e como essas se relaciona com a


implantodontia.

Hipótese: As fases amorfa e cristalina de um material se tratam da


forma como seus átomos estão organizados em sua estrutura
microscópica, nesse caso formando cristais ou estruturas sem forma
definida. No que se refere a implantodontia, essas características afetam
na escolha do material por interferir em suas propriedades mecânicas,
alterando sua funcionalidade.

Validação da Hipótese: A hipótese está parcialmente correta.


Resposta: Um material né composto por átomos, e estes se arranjam
de diferentes maneiras. Os sólidos amorfos são aqueles os quais seus
átomos não possuem um formato definido. Esses materiais são
genericamente denominados vítreos. [11] Já materiais cristalinos tratam-
se daqueles os quais os átomos possuem um ordenamento geométrico
molecular bem definido, podendo formar diferentes tipos de estruturas
cristalinas. [12] Uma vez que as propriedades físicas dos materiais são
variáveis de acordo com seu tipo de estrutura cristalina, mas isso não
impede que materiais com estruturas diferentes tenham propriedades
mecânicas semelhantes [11], pode-se concluir que a estrutura cristalina
do material não está diretamente ligada à sua utilização na
implantodontia.

5. Compare as características físico-químicas dos principais materiais já


utilizados e em estudo para aplicação na implantodontia.

Hipótese: Para comparar com certeza as propriedades dos materiais,


precisamos de estudos mais aprofundados ao longo da semana. Mas,
acredita-se que os materiais autógenos teriam maior biocompatibilidade
por serem do próprio paciente, enquanto os xenógenos, como a
hidroxiapatita, teriam melhores propriedades de regeneração e
degradação, facilitando osseointegração.

Validação da Hipótese: A hipótese está parcialmente correta.

Resposta: Todos os materiais usados dentro do universo da


implantodontia devem ser biomateriais, possuindo assim um conjunto de
características relativas à bioatividade. Além disso, para a determinação
da escolha do material são avaliadas suas propriedades mecânicas de
acordo com o uso necessário e as reações que causa no corpo. Em
relação à procedência do enxerto, ele pode ser autógeno, alógeno,
xenógeno ou um aloplástico (os detalhes sobre essas características
foram mencionados anteriormente). Em relação à sua relação com o
corpo, pode ser absorvíveis ou não e podem induzir diferentes tipos de
reação. Um material pode ser osteogênico, que é o material que contém
células ósseas vivas. O material pode ser  osteoindutor, que é aquele
que estimula a proliferação de novas células ósseas. Por último, os
materiais podem ser osteocondutores, que são aqueles que servem
como base para a infiltração de novas células ósseas. [8]
MAPA CONCEITUAL:

RESUMO CRÍTICO:
O grupo formulou boas perguntas sobre o tema proposto permitindo uma
pesquisa suficientemente ampla sem exceder qualquer razoabilidade também
permitiu uma profundidade suficientemente boa. O tema do problema parece
importante de ser resolvido, a pesar de ser muito voltado à odontologia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. CLOVIS FILHO. Parestesia: o que é, sintomas, o que fazer e como tratar.
Minhavida.com.br. Disponível em: https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-
sobre/36930-parestesia. Acesso em: 22 Mar. 2021.

2. SILVA, Rodrigo. ESTUDO COMPARATIVO DA NEOFORMAÇÃO ÓSSEA


UTILIZANDO-SE O ENXERTO AUTÓGENO E TRÊS SUBSTITUTOS:
DEFEITOS ÓSSEOS EM RATOS. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 44,
n. 4, p. 330–335, 2021. Disponível em: https://rbo.org.br/detalhes/1240/pt-
BR/estudo-comparativo-da-neoformacao-ossea-utilizando-se-o-enxerto-
autogeno-e-tres-substitutos--defeitos-osseos-em-ratos. Acesso em:
31 Mar. 2021.‌

3. GEISTLICH PHARMA DO BRASIL. Geistlich Bio-Oss® | Beneficios |


Geistlich Pharma AG. Geistlich.com.br. Disponível em:
https://www.geistlich.com.br/pt/dentistas/substitutos-osseos/bio-oss/beneficios-
para-quem-usa-geistlich-bio-ossr/#:~:text=Geistlich%20Bio%2DOss%C2%AE
%20%C3%A9,previs%C3%ADvel%20e%20eficiente3%2D5. Acesso em:
1 Apr. 2021.

4. EVANILDO DA SILVEIRA. Implante com biovidro. Fapesp.br. Disponível em:


https://revistapesquisa.fapesp.br/implante-com-biovidro/#:~:text=O%20vidro
%20comum%20%C3%A9%20um,das%20pr%C3%B3teses%20com%20o
%20osso. Acesso em: 1 Apr. 2021.

5. SOARES SADER, Márcia; DULCE, Gloria; SOARES, Almeida; et al. FOSFATO


TRICÁLCICO SUBSTITUÍDO POR MAGNÉSIO E COMPÓSITO MAGNÉSIO
-CARBONATO APATITA -COLÁGENO ANIÔNICO COMO POTENCIAL
SUBSTITUTO ÓSSEO. [s.l.]: , 2010. Disponível em:
http://objdig.ufrj.br/60/teses/coppe_d/MarciaSoaresSader.pdf. Acesso em:
1 Apr. 2021.

6. O que é Implantodontia? Rsaude.com.br. Disponível em:


https://rsaude.com.br/videos/materia/o-que-e-
implantodontia/5850#:~:text=Implantodontia%20%C3%A9%20a
%20especialidade%20da,pelo%20organismo)%20sobre%20os%20quais%2C.
Acesso em: 3 Apr. 2021.

7. Enxerto ósseo: Saiba diferenciar os 3 tipos para implantes | João Müller


Odontologia. João Müller Odontologia. Disponível em:
https://www.joaomuller.com.br/blog/implantodontia/enxerto-osseo-saiba-
diferenciar-os-3-tipos-para-implantes/. Acesso em: 3 Apr. 2021.
8. Substitutos ósseos em Implantodontia – conceitos biológicos - Revista
ImplantNewsPerio. Revista ImplantNewsPerio. Disponível em:
https://implantnewsperio.com.br/substitutos-osseos-em-implantodontia-
conceitos-biologicos/. Acesso em: 3 Apr. 2021.

9. SOUZA DANTAS, Talita; ÉVERTON; LELIS, Ribeiro; et al. Materiais de Enxerto


Ósseo e suas Aplicações na Odontologia Bone Graft Materials and their
Application in Dentistry. UNOPAR Cient Ciênc Biol Saúde, v. 13, n. 2, p. 131–
136, 2011. Disponível em: http://enjoy.med.br/wp-
content/uploads/2020/08/artigo.pdf. Acesso em: 3 Apr. 2021.

10. Gold standard. TheFreeDictionary.com. Disponível em: https://medical-


dictionary.thefreedictionary.com/gold+standard. Acesso em: 3 Apr. 2021.

11.  ESTRUTURAS amorfas. Disponível em:


http://www.fem.unicamp.br/~caram/capitulo7.pdf. Acesso em: 3 abr. 2021.

12. ESTRUTURA Cristalina. Disponível em:


http://www.fem.unicamp.br/~caram/capitulo3.pdf. Acesso em: 3 abr. 2021.

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