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Experimento 1 - Entalpia de Neutralização

Discentes: Larissa Franco Silva 21811QMI015


Maycon Júlio dos Santos 21711QMI203

1. INTRODUÇÃO

A calorimetria nos permite avaliar as trocas de calor ocorrida tanto em processos


físicos, quanto em processos químicos. O calorímetro, é um aparelho termicamente
isolado que nos permite medir a quantidade de calor envolvida em um processo mediante
a variações de temperaturas, que ocorrem no seu interior. A partir da capacidade calorífica
(C) do calorímetro e da sua variação de temperatura (∆T) é possível determinar a
quantidade de calor (q) envolvida no processo utilizando a seguinte expressão:

𝑞 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 = 𝑞 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = −𝐶. ∆T


Rescrevendo esta expressão empregando o conceito de calor específico, que em
determinadas aplicações é conhecido como capacidade calorífica específica e está
relacionado com a facilidade ou dificuldade de um determinado material variar sua
temperatura quando troca energia na forma de calor, tem-se que:
𝐶
𝑐 = 𝑚 → 𝑞 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 = −𝑐. 𝑚. ∆ 𝑇

Onde:
m = massa do líquido presente no interior do calorímetro;
∆T = variação de temperatura no interior do calorímetro;
c = calor específico.

A capacidade calorífica do calorímetro é determinada experimentalmente, a partir


da medida da variação da temperatura que ocorre em decorrência da adição de uma
quantidade conhecida de água quente a uma quantidade conhecida de água fria no interior
do calorímetro. O calor perdido pela água quente é igual ao calor ganho pela água fria e
pelo calorímetro, assumimos que não ocorrem perdas de calor para as vizinhanças.
A variação de energia, devido fornecimento ou a liberação de calor, em
decorrência de uma reação química, em condições de pressão constante é denominada
entalpia de reação (∆rH).
No caso da reação de um ácido com uma base, chamamos de calor de
neutralização. O calor de neutralização de qualquer ácido com uma base será o calor de
formação da água a partir dos íons hidrônio e hidroxila e depende das forças relativas
dos pares de ácido e bases que são adicionados no meio reacional. Levando em
consideração s soluções aquosas, é de se esperar que o calor de neutralização de um ácido
forte e um base forte seja maior que o calor de neutralização de uma reação em que um
das substancias se forte e a outra seja fraca, por exemplo a reação que envolve um ácido
forte e uma base fraca, e é de se esperar que seja ainda maior que o calor de neutralização
envolvido com a reação envolvendo um ácido e uma base fraca.
O motivo que leva ao acontecimento esta tendência encontra-se relacionado com
a energia liberada a medida e que a neutralização ocorre, uma vez que esta energia é
empregada na ionização do ácido e da base presentes no meio reacional.
A variação da entalpia de uma reação química pode ser mensurada a partir da
diferença entre as entalpias molares dos produtos e dos reagentes. Por se tratar de uma
propriedade de estado extensiva, a entalpia terá seu valor alterado a medida que o valor
da quantidade de matéria presente, desde modo os valores das entalpias dos substancias
envolvidas na reação e os produtos formados deveram ser multiplicados pelos seus
respectivos coeficientes estequiométrico.

2. MATERIAIS

 Calorímetro de 250 mL
 Termômetro
 Duas provetas de 150 mL
 Dois béqueres de 100 mL
 Solução de 0,25 mol L-1 de HCl
 Solução de 0,25 mol L-1 de NaOH

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1 – Meça 100 mL da solução 0,25 mol L-1 de NaOH e transfira-a béquer seco e limpo.
2 - Tampe o calorímetro e meça e anote a temperatura da solução. Mantenha o calorímetro
fechado e anote novas leituras de temperaturas a aproximadamente cada 30 s, até que o
valor se torne constante.
3 - Retire o termômetro docalorímetro, lave-o e seque-o adequadamente.
4- Transfira aproximadamente 10 mL da solução 0,25 mol L-1 de HCl para o calorímetro
e molhe totalmente sua parede interna. Recolha integralmente a solução adicionada em
um béquer.
5 - Meça 100 mL da solução 0,25 mol L-1 de HCl e transfira-a para o calorímetro.
6 - Tampe o calorímetro e anote o valor da temperatura da solução. Mantenha o
calorímetro fechado e anote novas leituras de temperaturas a aproximadamente cada 30
s, até que o valor se torne constante. Este valor será a temperatura inicial do ácido.
7 - Após a última leitura de temperatura da solução do ácido ter sido feita, transfira os
100 mL da solução de NaOH do béquer para o calorímetro. Tampe novamente o
calorímetro e insira o termômetro. Essa leitura deve ser efetuada com cuidado e o mais
rápido possível para evitar grandes variações de temperatura no calorímetro e troca de
calor com as vizinhanças. Lembrando que o sistema só é adiabático quando o calorímetro
se encontra fechado.
8 - Meça e anote a temperatura da mistura. Mantendo o calorímetro fechado, faça novas
leituras de temperaturas a aproximadamente cada 30 s, até que o valor se torne constante.
Esta é a temperatura final do processo reacional.
9 - Descarte o conteúdo do calorímetro em uma pia.

4. CÁLCULOS PREPARO DAS SOLUÇÕES

 Solução 0,25 mol.L-1 de NaOH

𝑚 𝑚𝑜𝑙 𝑚 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻
C = 𝑀.𝑉 → 0,25 = 𝑔 → 𝑚 = 1,00 𝑔
𝐿 39,997 . 0,1 𝐿
𝑚𝑜𝑙

 Solução 0,25 mol L-1 de HCl

Densidade da solução concentrada = 1,19 g/ mL


Grau de pureza = 37%

𝑚 𝑚𝑜𝑙 𝑚
𝐶 = 𝑀.𝑉 → 0,25 = 𝑔 → 𝑚 = 0,91145 g
𝐿 36,458 . 0,1 𝐿
𝑚𝑜𝑙

0,91145 g --------100%
x --------- 37%
x = 0,337 g de HCl
𝑚 𝑚 0,337𝑔
ρ= →𝑉= →𝑉= 𝑔 = 0,28 𝑚𝐿
𝑉 ρ 1,19
𝑚𝐿

5. REFERÊNCIAS

ATKINS, P.; de PAULA, J. Físico-Química, Vol. 1, 8a. Ed., LTC, Rio de Janeiro, 2008.

MAGALHÃES, W.F.; CESAR, A., 2010, Físico-Química Experimental, Coleção de


livros do curso de Licenciatura em Química, modalidade a distância. UFMG, 2010. Aula
2.

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