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FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA


BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

VALDINEIDE DANTAS DOS SANTOS

UMA ANALISE DO CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO PÚBLICA EM BUSCA DO


COMBATE CONTRA A CORRUPÇÃO NA CIDADE DE TIMBAÚBA DOS
BATISTAS.

CAICÓ/RN
2019
1

VALDINEIDE DANTAS DOS SANTOS

UMA ANALISE DO CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO PÚBLICA EM BUSCA DO


COMBATE CONTRA A CORRUPÇÃO NA CIDADE DE TIMBAÚBA DOS
BATISTAS.

Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso


de Bacharelado em Ciências Contábeis, da
Faculdade Católica Santa Teresinha,
como requisito para obtenção de título de
Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador (a): Prof.º Esp. Emilson Souza


de Carvalho

CAICÓ/RN
2019
2

CATALOGAÇÃO NA FONTE
FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA

S237a Santos, Valdineide Dantas dos.

Uma análise do controle social na gestão pública em busca do combate


contra a corrupção na cidade de Timbaúba dos Batistas./ Valdineide Dantas
dos Santos– Caicó[RN], 2019.
57 f.
Orientador (a): Prof.º Esp. Emilson Souza de Carvalho.
Monografia do curso de graduação em Ciências Contábeis da Faculdade Católica
Santa Teresinha.

1. Controle social - Monografia. 2. Administração pública -


Monografia. 3. Corrupção - Monografia. I. Santos, Valdineide
Dantas dos. II. Faculdade Católica Santa Teresinha. III. Título.

RN/BU/FCST CDU343.352

Catalogação na Fonte por Alzimara da Fonseca Silva Alves CRB-15/584


3

VALDINEIDE DANTAS DOS SANTOS

UMA ANALISE DO CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO PÚBLICA EM BUSCA DO


COMBATE CONTRA A CORRUPÇÃO NA CIDADE DE TIMBAÚBA DOS
BATISTAS

Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso


de Bacharelado em Ciências Contábeis, da
Faculdade Católica Santa Teresinha, c
como requisito para obtenção de título de
Bacharel em Ciências Contábeis.

CAICÓ/RN, APROVADO EM ___/___/2019.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________
Prof. Esp. Emilson Souza de Carvalho
Faculdade Católica Santa Teresinha
(Orientador)

_____________________________________
Prof. Esp. Thiago Douglas Cavalcante Carneiro
Faculdade Católica Santa Teresinha
(Examinador)

_________________________________________
XXXXXXXXX
Faculdade Católica Santa Teresinha
(Presidente da Banca)
4

A minha filha e
minha mãe.
5

AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me proporcionado saúde e força para superar todos os


momentos difíceis a que eu me deparei ao longo da minha graduação,
Ao meu pai Valdeci Dantas em memória, e minha mãe Ana Francineide Dantas
por ser guerreira e batalhadora me motivando cada dia.
Ao meu irmão Walber Dantas e minha irmã Valneide Dantas por me
incentivarem a ser uma pessoa melhor e não desistir dos meus sonhos
Ao meu companheiro Matheus Mekison e a minha filha Cecília Dantas por
compreenderem as várias horas em que estive ausente e por me apoiarem sempre
A todos os amigos que direta ou indiretamente participaram da minha formação,
о meu muito eterno agradecimento.
Ao meu orientador, Emilson Souza Carvalho, pela paciência, dedicação e
ensinamentos que possibilitaram que eu realizasse este trabalho.
Sou grata a todos que diretamente ou indiretamente contribuíram com a
presente pesquisa.
6

RESUMO

Esta pesquisa tem por objetivo geral fazer uma reflexão sobre a importância da
transparência na administração pública e uma análise do controle social na gestão
pública em busca do combate contra a corrupção na cidade de Timbaúba dos batistas
- RN. Onde Propõe discutir com os objetivos específicos a contribuição do controle
social no processo de transparência; A importância do portal da transparência; A
transparência como Instrumento facilitador para o controle social. Diante desse
cenário surge o seguinte problemática que é qual é a contribuição do controle social
como ferramenta na busca da transparência na gestão pública da cidade de Timbaúba
dos Batistas – RN, analisar a participação da sociedade nas medidas de controle
social e a participação no processo da transparência, um tema relevante para a gestão
pública. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e fundamentada numa revisão da
literatura correlata ao tema central e em uma pesquisa realizada com os habitantes
da cidade. Na presente pesquisa foi analisado os instrumentos de transparência e os
tipos de controle social, e as medidas de controle social daquela cidade. Constatou-
se que parte da população tem conhecimento acerca do tema, mas não tem uma
participação considerável nas práticas de controle social, e parte da população tem
acesso as informações do portal da transparência mais não tem muito conhecimento
do assunto. O acesso à informação confiável e compreensível é de fundamental
importância para o fortalecimento que haja a interação entre os administradores e a
população para que participem de forma ativa no desenvolvimento de políticas
públicas que atendam ao interesse coletivo. Com isso o controle social tem tido seu e
do crescimento visando à publicidade dos atos administrativos em busca da
transparência. Por fim apesar dos avanços desde a Constituição Cidadã o do
crescimento dos controles visando à transparência, ainda há muitos obstáculos para
a efetivação do combate contra a corrupção.

Palavras-chave: Controle Social. Administração Pública. Corrupção.


7

ABSTRACT

This research aims to make a reflection on the importance of transparency in public


administration and an analysis of social control in public management seeking to
combat corruption in the city of Timbaúba dos Baptists - RN. Where Proposes to
discuss with the specific objectives the contribution of social control in the transparency
process; The importance of the transparency portal; Transparency as a facilitating
instrument for social control. Given this scenario arises the following problem which is
what is the contribution of social control as a tool in the pursuit of transparency in the
public management of the city of Timbaúba dos Batistas - RN, analyze the participation
of society in social control measures and participation in the process of social control.
transparency, a relevant theme for public management. This is a bibliographic
research based on a literature review related to the central theme and a survey
conducted with the inhabitants of the city. In the present research we analyzed the
transparency instruments and the types of social control, and the social control
measures of that city. It was found that part of the population has knowledge about the
subject, but does not have a considerable participation in social control practices, and
part of the population has access to information from the transparency portal but is not
very aware of the subject. Access to reliable and understandable information is of
fundamental importance for strengthening the interaction between administrators and
the population to actively participate in the development of public policies that meet the
collective interest. With this, social control has had its growth and aimed at publicizing
administrative acts in search of transparency. Finally, despite the progress made since
the Citizen Constitution and the growth of controls aimed at transparency, there are
still many obstacles to the fight against corruption.
Keywords: Social control. Public administration. Corruption.
8

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 09
2 REFERENCIAL TEÓRICO 11
2.1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 11
2.1.1 Princípios da administração pública 11
2.1.2 Conceito 12
2.2 SERVICOS PÚBLICOS: PESTAÇAO E REGULARIZAÇÃO 15
2.3 ORÇAMENTO PÚBLICO 16
2.3.1 Princípios básicos do orçamento público 16
2.3.2 Lei de diretrizes orçamentárias 18
2.3.3 Lei orçamentária anual 20
2.3.4 Receitas públicas 20
2.3.5 Despesas públicas 22
2.4 CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA 25
2.4.1 O sistema de controle externo 27
2.5 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E
FISCALIZAÇÃO 29
2.5.1 A transparência nos serviços prestados 30
2.5.2 O portal da transparência 31
2.5.3 A Transparência como ferramenta essencial para a participação social 32
2.6 CONTROLE SOCIAL 33
2.6.1 A transparência como Instrumento facilitador para o controle social 35
3 METODOLOGIA 36
3.1 ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA DA PESQUISA 36
3.2 LÓCUS DA PESQUISA 36
3.3 SUJEITOS DA PESQUISA 37
3.4 INSTRUMENTOS PARA A PESQUISA 37
4 ANÁLISES E DISCUSSÕES DOS DADOS 38
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 50
REFERÊNCIAS
APÊNDICE
9

1 INTRODUÇÃO

A Administração Pública deve assegurar o cumprimento do controle dentro da


repartição pública, para isto, é indispensável que os recursos sejam controlados, com
o intuito de gerir uma maior eficiência, eficácia e economia os desembolsos públicos,
dando assim maior transparência nas aplicações dos recursos públicos.
A gestão pública brasileira está vivendo um momento delicado, cada vez mais
desacreditada por grande parte da sociedade. Logo, a sociedade cada vez mais se
questiona sobre capacidade e as boas intenções dos gestores e suas controvérsias a
respeito da transparência de seus atos ao aplicar os recursos públicos de forma
adequadas.
Os escândalos de fraudes e atos de corrupção encontram oportunidades
propícias para propagação em ambientes nos quais a gestão pública pode surrupiar
informações por julgá-las impróprias para o acesso generalizado.
No Brasil, conforme a Lei de Acesso à Informação, nº 12.527, de 18 de
novembro de 2011 (Brasil, 2011), busca tornar menos obscuro o conhecimento da
informação por parte dos cidadãos, no que se refere à forma como os nossos recursos
públicos são administrados.
Diante desse cenário, surge o seguinte problema de pesquisa que é qual a
contribuição do controle social como ferramenta na busca da transparência na gestão
pública da cidade de Timbaúba dos Batistas - RN.
Diante desse cenário, surge o seguinte objetivo geral que é “analisar controle
social em busca da transparência na administração pública Timbaúba dos Batistas –
RN”.
A partir disso, foram definidos como objetivos específicos. Conceituar
administração pública; verificar a importância do portal da transparência; expor a
transparência como Instrumento facilitador para o controle social.
Este trabalho encontra-se dividido em 5 partes, na qual a primeira é a
introdução, nela estão mostrados a problemática e os objetivos (geral e específicos)
da pesquisa; na segunda parte estão expostos os referenciais teóricos, abordando
temas referentes a Administração pública, trazendo seu conceito e princípios,
10

Serviços públicos, mostrando a prestação e regularização dos mesmos, Orçamento


público, expondo toda a legislação pertinente ao tema.
Na terceira parte, está apresentada a metodologia utilizada neste estudo; a
quarta parte foi aplicado um questionário a 9,1% da população de Timbaúba dos
Batistas, totalizando 208 colaboradores das mais variadas faixas etárias. Finalizando
com a quinta parte onde encontram-se as considerações finais, bem como o resultado
obtido na realização da análise de dados e a solução para a problemática.
A relevância acadêmica justifica-se pela oportunidade de aprofundar sobre o
tema proposto, visando o aprendizado no presente assuntos à Administração Pública.
A contribuição social desta pesquisa consiste na necessidade de maior
aprofundamento no estudo sobre o tema proposto, principalmente para a sociedade
que vem cada vez mais se envolvendo em debates públicos; e evidenciar que o portal
da transparecia bem atualizado é essencial para assegurar um bom gerenciamento e
transparência dos gastos públicos.
11

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Segundo o art. 46, inciso II e IV, da Constituição Federal de 1988, o poder


executivo é o responsável por regular a estruturação, as atribuições e o funcionamento
dos órgãos da administração pública, ou seja, o administrador fica responsável, pelas
atribuições e estruturações e o funcionamento do setor público.
Conforme ensinamentos de (MEIRRELES,2016, p. 88):

Administrar é gerir interesses, segundo a lei, a moral e a finalidade dos bens


entregues à guarda e conservação alheias. Se os bens e interesses geridos
são individuais, realiza-se administração particular; se são da coletividade,
realiza-se administração pública. Administração pública, portanto, é a gestão
de bens e interesses qualificados da comunidade no âmbito federal, estadual
ou municipal, segundo os preceitos do Direito e da Moral, visando ao bem
comum.

Entende-se que de acordo com o autor que o ato de administrar os bens


públicos, está diretamente ligado a conservação do patrimônio público e gerir os
recursos públicos, visando da continuidade aos serviços e ao bem comum da
sociedade.
Segundo (Meirelles, 2016, P.88) a Administração pública, “é a gestão de bens
e interesses qualificados da comunidade no âmbito federal, estadual ou municipal
[...]”, com isso, o gestor público deve organizar e planejar visando o desenvolvimento
social e melhoria no bem-estar, na condição de gestor dos recursos público,
atendendo e respeitando certos preceitos legais

2.1.1 Princípios da administração pública

A Administração Pública é regida por vários princípios que estão na constituição


e por diversas leis relativas à sua organização aplicáveis obrigatoriamente às
administrações públicas, sendo eles: legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência
12

A) Princípio da Legalidade

Segundo art. 5º da CF, "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer


alguma coisa senão em virtude de lei" (BRASIL,1988). Ou seja, o administrador deve
fazer as coisas sob a regência da lei imposta, com isso, só pode fazer o que a lei lhe
autoriza, não pode se distanciar dessa realidade, caso contrário será julgado de
acordo com seus atos.
“Fraude em licitações federais causou prejuízo de R$ 25 milhões, diz PF. Dois
empresários foram presos em MS suspeitos de esquema fraudulento.
Grupo de empresas venceu 380 pregões simulando falsa concorrência”.
No exemplo acima, publicado pelo jornal O G1 (2017), podemos observar que
houve uma infração dos princípios da legalidade, onde não respeitou as leis das
licitações.

B) Princípio da Impessoalidade

Conforme a Constituição Federal de 1988, “ao representante público é proibida


o privilégio de pessoas específicas. Todos devem ser tratados de forma igual”
(BRASIL,1988). Entende-se que o administrador não deve se auto promover e
privilegia pessoas visando só seus interesses, beneficiando-se e dando benefícios a
pessoas especificas de sua preferência.
Podemos observar por exemplo uma inflação dos princípios se segundo Folha
UOL “O Itamaraty concedeu 328 passaportes diplomáticos em caráter excepcional e
por "interesse do país" de 2006 a 2010, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Entre os beneficiados estão ex-vice-presidentes, ex-governadores, vice-
governadores, 11 prefeitos de "grandes capitais", presidentes de partidos, ministros
aposentados de tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União, líderes
religiosos, diretores e secretários-gerais do Congresso Nacional.
Neste caso verídico onde vemos uma infração de beneficiamento de pessoas
especificas, visando interesse próprio, que fere o princípio da impessoalidade, quando
beneficia pessoas especificas.
13

C) Princípio da Moralidade

Ainda de acordo com CF/88, “o administrador deve trabalhar com bases éticas
na administração, lembrando que não pode ser limitada na distinção de bem ou mal”
conforme (BRASIL,1988). Não se deve visar apenas esses dois aspectos,
adicionando a ideia de que o fim é sempre será o bem comum.
A legalidade deve andar junta na conduta de qualquer servidor público, para
alcança a moralidade. Podemos verificar que a opinião foi baseada por meio de um
exemplo real encontrado na notícia em questão, não foi transcrita integralmente, mas
é possível saber que ele se refere a um fato verídico, segundo o G1, (2016).

A Presidenta da República, Dilma Rousseff, informa que o ministro de Estado


Chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, deixará a pasta e assumirá a chefia do
Gabinete Pessoal da Presidência da República. Assumirá o cargo de Ministro
de Estado Chefe da Casa Civil o ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula
da Silva.

Neste caso houve, uma infração no ao princípio da impessoalidade, onde a


presidenta nomeou como ministro, o ex-presidente, que estava para ser jugado por
corrupção, para que ganhasse o foro privilegiado (foro por prerrogativa de função).
ferindo o princípio da moralidade, quando usou do seu cargo para nomear o ex-
presidente dando assim as garantias da imunidade parlamentar.

D) Princípio da Publicidade

Segundo Meirelles (2006, p. 100) “é a divulgação oficial do ato para


conhecimento público e início de seus efeitos externos”. Ou seja, o gerenciamento da
divulgação deve ser feito de forma legal e sem ocultar, porém, a publicidade não deve
ser usada de forma errada, para a propaganda pessoal, e, sim, para haver um
verdadeiro controle social.

E) Princípio da Eficiência
14

Em conformidade com os ensinamentos de (Meirelles2016, p.104) "exige que


a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento
funcional”.
De acordo com a citação anterior, é possível perceber que o administrador deve
fazer uma boa gestão. É o que esse princípio afirma. O representante deve trazer as
melhores saídas, sob a legalidade da lei, bem como mais efetiva. Com esse princípio,
o administrador obtém a resposta do interesse público e o Estado possui maior
eficácia na elaboração das ações. Esse princípio anteriormente não estava previsto
na Constituição e foi inserido após a Emenda Constitucional nº 19/98.
O Administrador Público tem que ter obediência os princípios constitucionais
básicos, dirigindo e controlando e dando publicidades aos atos com datas
determinadas, e aos recursos públicos os preceitos de ordem ética e moral, na
prestação de serviços a sociedade.

2.1.2 Conceito

Meirelles (2016, p. 67) afirma que “a administração pública é o conjunto. de


órgãos instituídos para consecução dos objetivos do governo; em sentido material, é
o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral”. Essa atribuição
é a realização de um serviço público, e se submete ao marco jurídico especializado
que normatiza seu exercício e se concretiza mediante a emissão e realização do
conteúdo das ações administrativas.
Segundo ensinamentos de Moraes (2002, p.91):

A Administração Pública pode ser definida objetivamente como a atividade


concreta e imediata que o Estado desenvolve para a consecução dos
interesses coletivos, e subjetivamente como o conjunto de órgãos e de
pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa
do Estado.

Logo, a administração pública tem suas atividades desenvolvida pelo estado


para conseguir o interesse coletivo, de conjunto de órgãos e de pessoas jurídica aos
quais a lei atribui a função. Conforme o inciso IV do artigo 3.º da Carta Magna –
Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988:
Art. 3.º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil: I construir uma sociedade livre, justa e solidária; II garantir o
desenvolvimento nacional; III erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir
as desigualdades sociais e regionais; IV promover o bem de todos, sem
15

preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de


discriminação. tão-somente, atos de execução, com maior ou menor
autonomia funcional, segundo a competência do órgão e de seus agentes.
São os chamados atos administrativos.

Portanto, conclui-se que a Administração Pública é formada por órgãos


constituído para garantir à sociedade a prestação de serviços, visando os benefícios,
assim, proporcionando o bem-estar a todos a sociedade.
Conforme ensinamentos, de Meirelles (2005, p.65):

“O Governo e a Administração, como criações abstratas da Constituição e


das leis, atuam por intermédio de suas entidades (pessoas jurídicas), de seus
órgãos (centros de decisão) e de seus agentes (pessoas físicas investidas
em cargos e funções)”.

Entende-se que o governo e a administração atuam segundo as leis e a


constituição, por intermédio das pessoas jurídicas que são as entidades e também
com os órgãos responsáveis que são os centros de decisão e a pessoa física que
ocupa os cargos e efetua as funções.
A Administração e o Governo atuam através de suas entidades, órgãos e
agentes, ou, como ensina Meirelles (2005, p.732) “[...] a Administração Pública não é
propriamente constituída de serviços, mas, sim, de órgãos a serviço do Estado, na
gestão de bens e interesses qualificados da comunidade [...]”. Reforçando que o
gestor público integra uma Adm. Pública que presta serviços à sociedade.

2.2 SERVICOS PÚBLICOS: PRESTAÇAO E REGULARIZAÇÃO

Segundo o Brasil, TCU (2008, p. 33) as atividades sujeitas à regulação do


Estado são aquelas definidas na Constituição ou na Lei como serviço público, ou em
outras atividades que – mesmo sem essa definição legal – tenham como característica
o monopólio natural, ou sejam de caráter social ou econômico relevantes.
As atividades prestadas mediante a condições impostas e fixadas, através de
permissão, autorização ou concessão, e geralmente é cobrado uma taxa do usuário.
Conforme resume Meirelles (2005, p.382):

“Quando a Administração Pública executa seus próprios serviços, o faz como


titular dos mesmos; quando os comete a outro, pode transferi-lhes a
titularidade ou simplesmente a execução. A transferência da titularidade do
serviço é outorgada por lei e só por lei pode ser retirada ou modificada; a
16

transferência da prestação do serviço é delegada por ato administrativo [...] e


pela mesma forma pode ser retirada. Cabe aqui ressaltar, que a outorga do
serviço público é feita às autarquias, fundações públicas ou às empresas
estatais, vez que a própria lei que as cria já lhes transfere a titularidade, e a
delegação é a transferência da execução do serviço público a particulares,
mediante regulamentação pelo próprio Poder Público.”
Por conseguinte, a Administração Pública pode transferir ou conceder a
execução dos serviços das empresas estatais, as fundações públicas para serem
prestados, conforme a lei. Ao serem delegados através de concessão, permissão ou
autorização, os serviços passam a ser obrigação da prestadora.
De acordo com Meirelles (2005, p.349) “[...] a regulamentação, o controle e a
fiscalização desses serviços, houve a necessidade de criar, na Administração,
agências especiais destinadas a esse fim”.
Portanto, a regulamentação dos recursos públicos, faz se necessário um
controle e fiscalização dos serviços a serem prestados pelo setor público.

2.3 ORÇAMENTO PÚBLICO

A Administração Pública é realizada pelo Governo que realiza suas ações em


prol da satisfação das necessidades da sociedade.
Orçamento Público é imprescindível e necessário para a existência de um
gestão organizada e planejada , e que o Orçamento Público é matéria da Lei n.º 4.320,
de 17 de março de 1964, que estatui as normas gerais de direito financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal, em consonância com o disposto na Seção II, Capítulo
II da CRFB/1988.
Segundo Carvalho (2005, p.17):

[...] o orçamento na administração pública representa um dos mais antigos


instrumentos de planejamento e execução das finanças públicas. Mesmo que
de forma rudimentar, o planejamento sempre se fez presente na história da
humanidade a partir do momento em que o homem passou a viver em
sociedade.

Compreende se que o ato de planeja e executar os orçamentos e um


ferramenta muito antiga, que sempre se fez presente na história da humanidade.
Lima e Castro (2011, p.9) conceitua que “o orçamento é um instrumento de
controle preventivo[...] dando-lhe necessária autorização para arrecadar e gastar,
dentro dos limites que se contêm no próprio orçamento”. Ou seja, o orçamento público
17

tem que ter um controle preventivo dos seus gastos e arrecadações dentro dos seus
limites orçamentários, estabelecendo um meio de controle e assegurando a
coordenação das atividades, fixando um objetivo definido.
Ainda conforme Lima e Castro (2011, p. 5) “o uso adequado do dinheiro público,
sistema baseado em regime de caixa ou regime misto”. Como base na definição, os
recursos orçamentários têm que ter seu uso adequado ao regime de caixa e misto.
Pelas razões apresentadas por Carvalho (2005, p. 120) “é uma ferramenta de
gestão, pois consolida, num mesmo instrumento, todos os planos e programas da
Administração Pública”. Portanto, essa definição de orçamento apresentado forma
bastante clara a importância do orçamento público como o principal instrumento de
planejamento para a Administração Pública, introduzindo o conceito de Finanças
Públicas.
Ao falar em orçamento público, verifica-se a necessidade do Controle para
monitorar a gestão dos gastos públicos, e identificar os resultados que devem ser
produzidos durante a execução orçamentária e quais devem ser previamente
estabelecidos.

2.3.1 Princípios básicos do orçamento público

Os princípios que regem a elaboração da LOA estão anunciados no caput do


artigo 2.º da Lei n.º 4.320, de 10 de março de 1964 (BRASIL), e outros decorrentes da
própria ciência das finanças. A referida lei apresenta os princípios de unidade,
universalidade e anualidade.
Conforme (BRASIL) o art. 2.º da Lei nº 4.320/1964, o Orçamento conterá a
discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade,
universalidade e anualidade" (BRASIL, 1988).
Segundo Lima e castro (2011, p.11) “O orçamento público surgiu para atuar
como instrumento de controle das atividades financeiras do governo”.
Para silva (2000), conforme citado por Slomski (2003, p. 307):

Os princípios orçamentários foram elaborados pelas finanças clássicas,


destinados, de um lado e principalmente, a reforçar a utilização do orçamento
como controle parlamentar e democrático sobre a atividade financeira do
executivo e, de outro lado, o orientar a elaboração, aprovação e execução do
orçamento.
18

A Constituição Federal, juntamente com (BRASIL) a Lei nº 4.320/64,


especificamente elencam os princípios do Orçamento. Os princípios expressam
valores éticos, sociais e políticos da sociedade, convertidos pelo legislador constituinte
em preceitos jurídicos.
Logo, os princípios orçamentários, são: Unidade, Universalidade, Anualidade,
Exclusividade, Especificação, Publicidade, Orçamento Bruto, Não Afetação da
Receita, Programação e Equilíbrio.

Quadro 01 - Princípios da Administração Pública


Princípio Conceito
Unidade Este princípio afirma que deve haver uma só LOA para cada
entidade da Federação (União, Estados e Municípios).
Universalidade A LOA deve conter todas as despesas e receitas da
Administração Pública, englobando todos os Poderes, os
fundos, os órgãos e entidades da Administração Pública.
Anualidade As receitas e despesas constantes na LOA devem se reportar a
um período determinado, em geral um exercício financeiro, e os
correspondentes créditos orçamentários devem ter sua vigência
adstrita ao exercício financeiro.
Exclusividade A LOA não pode conter dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa.
Especificação A LOA não poderá consignar dotações globais a despesas,
devendo fornecer detalhamento suficiente para demonstrar a
origem e a aplicação dos recursos.
Publicidade A LOA, seus créditos e as atos relativos a sua elaboração e
execução devem ser divulgados para conhecimento público e
serem acessíveis a qualquer cidadão para consulta. A
publicação deve ser feita no Diário Oficial.
Orçamento Bruto A LOA deve conter as receitas e despesas pelos seus valores
brutos, sem qualquer tipo de dedução prévia.
Não Afetação da Receita As receitas constantes da LOA deverão estar livres de
comprometimento prévio a determinados gastos, sendo vedada
a vinculação de receitas de impostos a órgão, fundo ou despesa.
Programação As receitas e despesas constantes da LOA deverão ser
organizadas de modo a veicular a programação de trabalho do
governo, seus objetivos, suas metas e suas ações.
Equilíbrio As receitas constantes da LOA não devem exceder as despesas
previstas para o exercício financeiro. Não existe previsão na
legislação, a última Constituição que trouxe de forma explícita
foi a de 1967.
Fonte: Adaptado de Brasil (1988); Brasil (1964).

Portanto, o processo de elaboração da Lei Orçamentária Anual deverá basear-


se nos princípios orçamentários elencados acima.
19

2.3.2 Lei de diretrizes orçamentárias

Segundo BRASIL (1988) a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é um


instrumento de planejamento instituído pela CRFB/1988 para ser norteador da
elaboração da Lei Orçamentária Anual, e dispõe sobre o equilíbrio nas contas
públicas, determinando as metas fiscais que, após sua aprovação, passarão a ser
compromisso da administração pública.

Conforme dispõe o § 2.º do Art. 165 da BRASIL (1988):

§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades


da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Compreende-se que a lei de diretrizes orçamentárias tem função de


estabelecer as diretrizes orçamentaria, objetivos para atingir as metas, como
principais objetivos estimar a receita e fixar as despesas já estabelecidas no exercício
financeiro anual.
Conforme Carvalho (2005, p.26) “[...]metas e prioridade (MP) da administração
pública federal incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente”. Ou seja, são estabelecidas metas e prioridades dentro do orçamento
financeiro, incluindo as despesas do exercício subsequente.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias é também objeto da Seção II, Capítulo II da
LC n.º 101/00, que dispõe sobre a elaboração da LDO. De maneira simplificada, sendo
a LDO anterior à Lei Orçamentária Anual (LOA), dispondo:
 As metas e prioridades da Administração Pública Federal, estadual, distrital ou
Municipal para o exercício;
 As orientações para os orçamentos anuais de cada esfera de governo (União,
Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios);
 Os limites para elaboração das propostas orçamentárias de cada Poder;
 Política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomentos
20

Entende-se que na lei de diretrizes orçamentarias são estabelecidas metas e


prioridades para que a adm. pública possa planeja suas despesas e receitas que serão
gastas tanto no exercício atual como para o subsequente.
2.3.3 Lei orçamentária anual

A Lei Orçamentária Anual (LOA), objeto da Seção III, Capítulo II da LRF, tem o
propósito de consolidar os objetivos e metas estabelecidos no PPA. Segundo conceito
de Carvalho (2005, p.29):

A LOA, conforme previsto no art. 2.º, da Lei 4.320/64, conterá a discriminação


da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica e financeira
e o programa de governo, obedecidos aos princípios de unidade,
universalidade e anualidade.

Portanto, verifica-se que na lei do orçamento anual tem que estar discriminadas
as receitas e despesas evidenciadas, descriminando as políticas econômicas e
financeiras e os programas de governo, e tem que estar obedecendo os princípios da
universalidade, unidade e anualidade.
Conforme ensina Meirelles (2006, p.273):

A lei orçamentária anual (LOA) deve compreender: o orçamento fiscal


referente aos Poderes municipais, aos seus Fundos, órgãos e entidades da
Administração direta e indireta; o orçamento de investimento das empresas
em que o Poder Público Municipal, direta ou indiretamente, detenha a maioria
do capital social com direito a e órgãos a ela vinculados (CF, art. 165, § 5.º).

Entende-se que na elaboração da lei orçamentaria (LOA) o orçamento tanto


fiscal do poder municipal e o orçamento de investimento de empresas que seu capital
social seja direto ou indiretamente ligado ao poder púbico.

2.3.4 Receitas públicas

Por Receita Pública entende-se todos os recursos captados pelo Estado e que
serão utilizados para atender as demandas da coletividade. Conforme conceitua
Carvalho (2005, p.155), "a receita pública são todos os ingressos de caráter não
devolutivo auferidas pelo poder público, em qualquer esfera governamental, para
alocação e cobertura das despesas públicas".
21

Ou seja, as receitas públicas são todas as entradas de recursos dentro da


administração, para serem gastos com as despesas para o bem-estar da sociedade.

Segundo ensinamentos de Slomski (2003 p.309):

A receita pública distingue-se em receita orçamentaria e receita extra


orçamentária. Ou seja, as receitas são divididas como receitas já fixadas no
orçamento, e aquelas receitas que não estão fixadas no orçamento, é uma
receita extra.

Segundo Lima e castro (2011 p.53), "todo o ingresso orçamentário constitui


uma receita pública, pois tem como objetivo atender às despesas públicas”. Ou seja,
a entrada de receita tem o objetivo de pagar as despesas públicas.
Conforme o (BRASIL) art. 11 da Lei n.º 4.320/64, as receitas podem ser
classificadas, quanto a categoria econômica, em correntes e de capital.

Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas:


Receitas Correntes e Receitas de Capital. § 1º - São Receitas Correntes as
receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial,
serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos
de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender
despesas classificáveis em Despesas Correntes. § 2º - São Receitas de
Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado,
destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e,
ainda, o superávit do Orçamento Corrente.

Portanto, verifica-se que as receitas correntes classificam-se em: receitas


tributárias, de contribuições, patrimoniais (receitas imobiliárias, de valores imobiliários,
participações e dividendos, entre outras), agropecuárias, industriais, de serviços,
transferências correntes (transferências intergovernamentais e intragovernamentais),
entre outras (multas e juros de mora, cobrança da dívida ativa, indenizações e
restituições, etc.). Como receitas de capital classificam-se aquelas oriundas das
operações de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos concedidos,
transferências de capital.

A) Estágios da Receita Pública


22

A arrecadação das receitas públicas, passa por passos ou fases que facilitam
a gestão dos recursos públicos.
O ciclo da receita pública, conforme afirma Carvalho (2005), é processado
através das fases de previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento.
A Previsão, segundo Carvalho (2005, p.174), e em consonância com o
disposto na Portaria n.º 2, de 8 de agosto de 2007: "[...] é a estimativa de quanto se
espera arrecadar durante determinado exercício financeiro, é uma expectativa de
arrecadação - art. 51, da lei 4.320/64".
De maneira simplificada, previsão é uma projeção do montante que se pretende
arrecadar. A partir da previsão das receitas a serem arrecadadas a Administração
Pública pode estruturar seu programa de Governo, e iniciar a elaboração do
planejamento público.

O Lançamento, conforme explica Carvalho (2005, p.175):

[...] consiste no procedimento administrativo onde se verifica a procedência


do crédito fiscal, quem e quando se deve pagar e inscreve a débito do
contribuinte. Geralmente ocorre numa repartição pública – art. 53, da lei
4.320/64".

Ou, conforme conceituado (BRASIL) na Portaria Conjunta n.º 2, de 8 de agosto


de 2007:

[...] é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato


gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável,
calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o
caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Tendo ocorrido o fato
gerador, há condições de se proceder ao registro contábil do direito a receber
da fazenda pública em contrapartida a uma variação ativa, em contas do
sistema patrimonial, o que representa o registro da receita por competência.

Portanto, a arrecadação, consiste no recolhimento pelo contribuinte ao agente


arrecadador, ou seja, uma instituição financeira oficial, do valor de seu débito, de
maneira simplificada, a arrecadação consiste na entrega do valor devido e que pode
ser feita diretamente aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente.

2.3.5 Despesas públicas


23

Entende-se por despesas públicas todo o consumo de recursos orçamentários


que são esses recursos estão fixados na Lei de Orçamento Anual (LOA) e Extra
orçamentários são aqueles provenientes de geração de passivo financeiro segundo
Slomski (2003, p.319).
Conclui-se que as despesas públicas são as obrigações que que já estão
fixadas no orçamento anual (LOA) e também aquelas receitas que extras.
Lima e Castro (2011, p.59) traz a definição de "despesa pública como o
conjunto de dispêndios da entidade governamental para o funcionamento dos serviços
públicos”. Portanto, entende-se que as despesas públicas correspondem a
distribuição de das receitas para custeia diferentes ramos da entidade governamental
e de investimentos.
Conforme explica Carvalho (2005, p.183), despesa:

Orçamentária: é a despesa que está incluída na lei orçamentária anual e


ainda as provenientes dos créditos adicionais; extra orçamentária: é a
despesa que não consta na lei orçamentária anual, compreendendo as
diversas saídas de numerários, decorrentes do pagamento de:
 depósitos;
 cauções;
 pagamentos de restos a pagar;
 resgate de operações de crédito por antecipação da receita;
 quaisquer saídas para pagamentos das entradas de recursos
transitórios, etc.

As despesas, assim como as receitas, podem ser classificadas, quanto à


categoria econômica, em correntes e de capital, conforme dispõe o Art. 12 da Lei n.º
4.320/64:

Art. 12 - A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:


Despesas Correntes:
 Despesas de Custeio;
 Transferências Correntes. Despesas de Capital:
 Investimentos;
 Inversões Financeiras;
 Transferências de Capital.

Entende-se que as despesas se classificam em vários tipos de despesas e se


classificam por categorias econômicas de capital e correntes.

A) Estágios da Despesa Pública


24

Conforme dispõe o Capítulo III da Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964, a


despesa pública passa por fases ou estágios de processamento.
Conforme explica Carvalho (2005, p.220) “Durante a execução do orçamento,
além de arrecadar receitas, ao mesmo tempo está-se executando despesas,
'gastando' o que foi arrecadado, até o montante fixado na LOA”.
O gasto mencionado anteriormente passa, obrigatoriamente, por fases de
execução, chamadas comumente de estágios e que devem ser obedecidos
rigorosamente, conforme determina a Lei 4.320/64.”
Portanto, a despesa já estabelecida e fixada no orçamento, que passara por
fases de execução, que tem que se cumprir rigorosamente segundo a legislação.
As fases de que trata o Capítulo III da Lei n.º 4.320/64 são empenho, liquidação
e pagamento.
Conforme texto (BRASIL) da lei, Art. 58 e seguintes:

Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente


que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição. Art. 59 - O empenho da despesa não poderá
exceder o limite dos créditos concedidos.
§ 1º Ressalvado o disposto no Art. 67 da Constituição Federal, é vedado aos
Municípios empenhar, no último mês do mandato do Prefeito, mais do que o
duodécimo da despesa prevista no orçamento vigente. § 2º Fica, também,
vedado aos Municípios, no mesmo período, assumir, por qualquer forma,
compromissos financeiros para execução depois do término do mandato do
Prefeito. § 3º As disposições dos parágrafos anteriores não se aplicam nos
casos comprovados de calamidade pública. § 4º Reputam-se nulos e de
nenhum efeito os empenhos e atos praticados em desacordo com o disposto
nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, sem prejuízo da responsabilidade do
Prefeito nos termos do Art. 1º, inciso V, do Decreto-lei n.º 201, de 27 de
fevereiro de 1967. Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio
empenho. § 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será
dispensada a emissão da nota de empenho. § 2º Será feito por estimativa o
empenho da despesa cujo montante não se possa determinar. § 3º É
permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a
parcelamento. Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento
denominado "nota de empenho" que indicará o nome do credor, a
representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do
saldo da dotação própria.

Conforme ensinamentos de Carvalho (2005, p.222), empenho "[...] representa


o primeiro estágio da despesa e é emitido pela unidade que recebeu créditos
orçamentários, por consignação no orçamento, ou por descentralização de créditos
de outra unidade". De forma simplificada, empenho é o comprometimento de parcela
orçamento aprovado; é o empenho que gera a obrigação de pagar.
25

De forma sucinta, é na liquidação da despesa que se verifica se o contrato foi


cumprido (se o bem, obra, materiais foram entregues) pelo fornecedor ou prestador
de serviço, sendo nesse estágio que se faz a contabilização da despesa.

Conforme o art. 63 do Capítulo III da Lei n.º 4.320/64 (BRASIL) dispõe sobre
liquidação:

Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido


pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito.
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:
I a origem e o objeto do que se deve pagar;
II a importância exata a pagar;
III a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados
terá por base:
I o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II a nota de empenho;
III os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do
serviço.

De forma sucinta, é na liquidação da despesa que se verifica se o contrato foi


cumprido (se o bem, obra, materiais foram entregues) pelo fornecedor ou prestador
de serviço, sendo nesse estágio que se faz a contabilização da despesa.
O último estágio da despesa é o pagamento, que segundo resume Carvalho
(2005, p.224), "O pagamento da despesa compreende o terceiro estágio da despesa
e consiste no despacho exarado por autoridade competente, determinando que a
despesa seja paga", ou conforme dispõe o art. 62 da Lei n.º 4.320/64: "Art. 62. O
pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular
liquidação".
Ainda citando Carvalho (2005, p.224), "Pagamento: é a efetiva saída de
numerários da conta única do tesouro nacional em favor do credor [...]". No pagamento
o credor se apresenta ao agente pagador, identifica-se, recebe seu crédito,
reconhecendo que a dívida foi saldada.

2.4 CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA


26

Conforme explica Lima e Castro (2011, p.11), [...] “é exercida por órgão da
administração da entidade auditada ou por seus delegados. [...] verificar a exatidão e
fidedignidade dos dados contábeis, incrementar a eficiência operacional e promover
obediência as diretrizes administrativas estabelecidas pelo controle interno”.
O fato é que controle interno são conjuntos de métodos implantados para a
fiscalizar a veracidade dos dados de algumas atividades, verificando se estão
conformes e se estão fidedignos conformes documentos apresentados.
Segundo Meirelles (2005, p.659), "Controle, em tema de Administração
Pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder exerce sobre
a conduta funcional de outro", ou como objetivo apresentar a presente pesquisa, pode
ser o controle exercido pela entidade no âmbito de sua própria administração.
Ainda segundo à instituição da (BRASIL 1988), existe a Lei n.º 4.320, de 17 de
março de 1964, que institui normas gerais de Direito Financeiro para a elaboração e
controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal, que em seu capítulo II, trata exclusivamente de controle interno:

 Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere
o artigo 75, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão
equivalente.
 Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será
prévia, concomitante e subsequente.
 Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em
lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento,
prestação ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores
públicos.
 Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a
outro indicado na legislação, caberá o controle estabelecido no inciso III do
artigo 75. Parágrafo único. Esse controle far-se-á, quando for o caso, em
termos de unidades de medida, previamente estabelecidos para cada
atividade.

Logo, percebe-se que o controle interno trata exclusivamente da verificação da


Legalidade dos atos administrativos, como é o elemento essencial à Adm. Pública,
pois assegura que a atuação dos entes públicos se dê de acordo com os princípios
impostos por toda legislação pertinente.
De acordo com o Tribunal de Contas da União, (BRASIL, 2009, p.22) relaciona alguns
dos princípios fundamentais da boa governança comuns a diversos autores:

 transparência: representa o processo de contínua demonstração, pelo


agente, de que sua gestão está alinhada às diretrizes estratégicas
27

previamente fixadas pelo principal. Não é só limitar-se à “obrigação de


informar”, o agente deve cultivar o “desejo de informar”
 equidade: tratamento justo e igualitário a todas as partes interessadas,
sendo totalmente inaceitáveis atitudes ou políticas discriminatórias, sob
qualquer pretexto.
 prestação de contas: os agentes da governança devem prestar contas de
sua atuação a quem os fez delegação e respondem integralmente por
todos os atos que praticarem no exercício desse mandato;
 responsabilidade: definição de uma política de responsabilidade que
assegure a máxima sustentabilidade dos negócios, incorporando
considerações de ordem ética, social e ambiental em todos os processos
e relacionamentos.

Determina-se que o controle interno verifique as contas corretamente com


eficiência e moral as aplicações dos recursos públicos recebidos pelo Adm. público,
assegurando que a gestão atue em conformidade com Lei e os princípios que lhe são
impostos.
Segundo (BRASIL,2018), o Controle Interno passou a ser obrigatório, conforme
determinam os artigos Art. 70. “A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade[...]”. Portanto o controle interno fica
com a responsabilidade de fiscalizar os setores dentro da adm. Publica para que
operem de acordo com as determinações de lei.
Conforme a constituição brasileira (BRASIL, 2015, p.58):

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma


integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União; IV apoiar o controle externo no exercício de
sua missão institucional.

De acordo com o mencionado na Lei, o controle interno tem a finalidade de


conferir o comprimento das ações e execução do orçamento, comprovando se estão
de acordo com a lei.

2.4.1 O sistema de controle externo


28

Notadamente a “Constituição Cidadã”, ampliou a matéria de controle externo


sobre a administração pública, inserindo na Seção IX – Da Fiscalização Contábil,
Financeira e Orçamentária, os art. 70 e 71, detalhadamente as atribuições do Tribunal
de Contas da União.
Com isso, foi autorizada a fiscalização sobre o poder executivo na
administração direta e indireta e demais órgãos e instituições que recebam recursos
públicos para as finalidades mais diversas.

Observa-se que o Controle Externo em sede constitucional visa em linhas


gerais, o cumprimento dos princípios expressos no Art. 37. “legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”, O Tribunal de Contas da União
- TCU deverá se pronunciar sobre matérias quando solicitado pela comissão mista do
Congresso Nacional, pois assim dispõe o art. 72:

Art. 72. A comissão mista permanente a que se refere o art. 166, § 1.º, diante
de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de
investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá
solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias,
preste os esclarecimentos necessários.
§ 1.º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes,
a comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria,
no prazo de trinta dias.
§ 2.º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a comissão, se julgar que o
gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública,
proporá ao Congresso Nacional sua sustação.

O TCU, em muitas de suas auditorias desenvolve-se sobre os trabalhos


efetuados pelos controles internos mantidos em cada poder, que integram uma
mesma finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual,
a execução dos programas de governo e dos orçamentos da união, visando
comprovar a legalidade e avaliar resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
contábil orçamentária, financeira, patrimonial e operacional nos órgãos
administrativos
Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob
pena de responsabilidade solidária”, e “Qualquer cidadão, partido político, associação
ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União” (§§ 1.º e 2.º). A Carta de 1988
29

remete para lei complementar a “fiscalização financeira da administração pública


direta e indireta” (art. 163, inciso V. EC n.º 40/2003).
As diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais do plano plurianual são
objetos de leis complementares de iniciativa do Executivo, cujos projetos serão
apreciados pelas duas casas do Congresso Nacional.
Trata-se de uma comissão mista permanente de senadores e deputados
deverá examinar e emitir parecer sobre tais projetos, bem assim sobre eventuais
emendas, e relativas às contas apresentadas anualmente pelo Presidente da
República (art. 165 e 166).
2.5 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E
FISCALIZAÇÃO

O capítulo IX da LRF refere-se à transparência, controle e fiscalização e


estabelece regras e procedimentos para a confecção e divulgação de relatórios e
demonstrativos de finanças públicas, a fiscalização e o controle, visando permitir ao
cidadão avaliar através da informação disponibilizada em relatórios, o grau de sucesso
obtido pela administração das finanças públicas.
A mesma LRF estabeleceu em seu artigo 48 o seguinte dispositivo:

São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada


ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os
planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de
contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas
desses documentos. Parágrafo único. A transparência será assegurada
também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências
públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, lei
de diretrizes orçamentárias e orçamentos.

A transparência é, ainda, assegurada pelo incentivo à participação popular e


pela realização de audiências públicas, tanto durante a elaboração como no curso da
execução dos planos da lei de diretrizes orçamentárias e dos orçamentos. Todos os
relatórios devem ser divulgados, em veículos de comunicação de amplo acesso
público.
Os regulamentos a seguir elencados contatam a ênfase dada à publicidade, ao
Controle Social, e à transparência na LRF:
 Art. 48, caput (estabelecimento de instrumentos de transparência da gestão
fiscal, aos quais será dada ampla divulgação);
30

 Art. 48, parágrafo único (participação popular, realização de audiências


públicas e outras formas de controle social);
 Art. 52, caput, e art. 55, §2º (dever de publicação do Relatório Resumido de
Execução Orçamentária e do Relatório de Gestão Fiscal);
 Art. 56, §3º (os resultados da apreciação das contas, julgadas e tomadas,
devem ser também amplamente divulgados); e
 Art. 67 (criação do Conselho de Gestão Fiscal).
A também outros normativos legais que fala da participação do cidadão, como
a Lei de Licitações (8.666/1993) e o Estatuto das Cidades (Lei 10.257, de 2001).
Evidencia-se que a legislação é bem vasta no sentido da transparência e da
possibilidade de participação da sociedade, e há ainda a possibilidade de expansão
destes direitos (§ 3º, art. 37 - CF).
Concluísse, portanto, que é evidente a existência de amplo fundamento jurídico
que fala dos direitos da população na participação e dos direitos ao acesso às
informações, para que acompanhem as aplicações dos recursos.

2.5.1 A transparência nos serviços prestados

A transparência e o acesso à informação são pontos primordiais para o


fortalecimento do regime democrático e da boa gestão pública, uma vez que são
eficazes mecanismos de prevenção da corrupção na medida em que viabilizam o
acompanhamento ético daqueles que, em nome do povo, exercem o poder.
O acesso aos dados públicos permite que os cidadãos acompanhem a
implementação das políticas públicas e fiscalizem a aplicação dos recursos.
A BRASIL CF/1988 prevê em seu art. 5º, inciso XXXIII que: “todos têm direito
a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado”.
Segundo (BRASIL, 2011) Lei de Acesso à Informação - LAI, Lei nº 12.527, de
18 de novembro de 2011, veio regulamentar o direito constitucional de acesso às
informações públicas. A norma, que entrou em vigor em 16 de maio de 2012, criou
mecanismos que possibilitam a qualquer pessoa física ou jurídica, sem obrigação de
31

apresentar motivo, o recebimento de informações públicas dos órgãos e entidades


governamentais.
A LAI abarca os três Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
bem como as entidades privadas sem fins lucrativos que também são obrigadas a dar
publicidade a informações referentes ao recebimento e à destinação dos recursos
públicos por elas recebidos.

2.5.2 O portal da transparência

Segundo o portal das transparências, o governo federal que, em nov./2004,


disponibilizou à sociedade o Portal da Transparência, um importante e inovadora
ferramenta para o controle social, o qual tem por objetivo dar maior transparência, e
permitir que qualquer pessoa possa acompanhar a execução dos programas e ações
do Governo Federal.
A atuação ativa da população no controle social presume uma maior
transparência nas ações governamentais. Entretanto essa transparência precisa de
um trabalho simultâneo entre a sociedade e governo: o governo tem por obrigação
levar a informação de forma clara e fidedigna à sociedade; a sociedade deve buscar
essa informação, estando sempre consciente de que tudo o que é público é de todos
e de cada um (Controladoria-Geral da União – Controle Social, 2012, p.27).
O Portal da Transparência “reúne informações sobre o uso do dinheiro público
pelo Governo Federal e os disponibiliza para todo o cidadão brasileiro, privilegiando
uma relação governo-sociedade fundada na transparência e na responsabilidade
social” (Controladoria-Geral da União – Controle Social, 2012, p.27).
Para que qualquer cidadão se torne fiscal da aplicação dos recursos públicos
federais, sobretudo no que diz respeito às ações destinadas à sua comunidade, basta
acessar, na internet, o site do portal da transparência.
O quadro a seguir apresenta as estatísticas de acesso ao portal da
transparência, considerando como métrica o número de sessões apuradas pelo
Google Analytics, com base de 2019 em relação ao ano de 2018.
Percebe-se mostra que houve um crescimento significativo em 2019 quando
comparado com o mesmo período do ano anterior, na busca de dados públicos, ou
32

seja, a população está passando a fiscalizar cada vez mais a fonte dos recursos
públicos e onde os mesmos estão sendo empregados

Quadro 02 - Estatísticas de acesso ao portal da transparência

Fonte: Portal da Transparência (BRASIL, 2019)1

A população está cada vez mais preocupada, com a aplicações dos recursos
público, em busca de mais transparências, colocando em pratica seu direito de
cidadão, visando um país mais democrático.

2.5.3 A Transparência como ferramenta essencial para a participação social

A transparência dos atos administrativos públicos incentiva a participação da


sociedade, o fato de informar e divulgar aproxima a população da gestão que estar
sendo praticada por seus representantes. As gestões públicas têm o dever de
proporcionar a transparência de sua gestão, e a sociedade tem o direito ao acesso e
o acompanhamento da administração pública, como forma de consolidação da
cidadania.
Conforme ensinamentos de Jacobi (2003), para alcançar mudanças na
participação social há a necessidade de transformações institucionais que garantam
acessibilidade e transparência da gestão.

1Informações obtidas no site:


http://www.portaltransparencia.gov.br/estatisticas?ordenarPor=mesAno&direcao=desc Acesso em: 13
de junho de 2019
33

A informação precisa, suficiente e de fácil entendimento para o cidadão comum


é fundamental para o controle social. De acordo com Santos (2012) a transparência e
participação social são conceitos indissociáveis, interdependentes e intercambiáveis.
Portanto, transparência revestida do conceito de accountability se torna um poderoso
instrumento de participação social.

2.6 CONTROLE SOCIAL

No Brasil, o surgimento das principais estruturas responsáveis pelas políticas


públicas dentro desse enfoque de bem-estar para a sociedade ocorreu após a
Revolução de 1930, com Getúlio Vargas, mediante o surgimento do Estado nacional-
desenvolvimentista. (SCHMIDT, 2007).
Na CFB na redação do artigo onde fala que “Todo poder emana do povo, que
o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição”. Assim além da participação política por meio dos seus representantes
que foram eleitos democraticamente também pode se atuar diretamente na
fiscalização e na atuação Popular com plebiscito, referendo e ações populares. Os
instrumentos usados pela população é uma das maiores expressões do exercício da
cidadania, pois permite que a população possa opina e fiscalize a atuação de seus
representantes.
Segundo Slomski (2010), nesse modelo a ênfase está no cidadão e nos
resultados, exigindo-se do gestor público eficiência, transparência e, sobretudo,
qualidade na prestação dos serviços públicos e no exercício das funções estatais.
Conforme a Controladoria-Geral da União – CGU (BRASIL, 2008, p. 16) o
controle social pode ser entendido como:

A participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no


monitoramento e no controle das ações da Administração Pública. Trata-se
de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da
cidadania.

Entendesse que a participação da população, na fiscalização e controle na


gestão pública, é uma grande ferramenta para o combate a corrupção, com isso dando
mais segurança e confiabilidade para a sociedade.na gestão dos recursos públicos.
34

Conforme os princípios dispostos na LRF onde trata dos direitos da sociedade


tem de controla, acompanhar e fiscalizar, encontrados na Declaração dos Direitos
Humanos e do Cidadão de 1789, onde expressa que: “A sociedade tem o direito de
pedir contas a todo agente público pela sua administração” (art. 15).
Para Pires (2011), A participação social visa a pressionar as instituições a
serem mais ágeis e transparentes e também a propiciar um suporte de legitimidade
às decisões de direção. Com isso a entidade ao dar transparência de seus dados,
abre espaço para futuras reivindicações sociais que visem a um maior detalhamento
e à ampliação das informações disponibilizadas. Por isso, a necessidade do maior
envolvimento social na gestão das políticas públicas.
De acordo com a Lei Complementar nº 101/2000 no art. 49 que incentiva a
sociedade ao que se diz respeito a prática da fiscalização dos atos da administração
pública, pois mostra que:

Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão


disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no
órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação
pelos cidadãos e instituições da sociedade. (BRASIL, 2000).

Conclui com base ao que foi exposto que o controle social é a integração do
governo ou seja os gestores públicos com a população no sentido de que através da
legislação haja participação popular na gestão dos bens coletivos para que se possa
fiscalizar e avaliar o desempenho dos administradores públicos quanto à eficiência,
eficácia e transparência na tomada de decisões e consequentemente a obtenção de
uma gestão justo e comprometida com o interesse público.
A transparência dos atos administrativos público, permite que o cidadão
acompanhe a gestão pública, analise os procedimentos de seus representantes e
favoreça o crescimento da cidadania, trazendo às claras as informações
anteriormente veladas nos arquivos públicos.
Um país transparente possibilita a redução dos desvios de verbas e o
cumprimento das políticas públicas, proporcionando benefícios para toda a sociedade
e para imagem do país nas políticas externas. Além da confiabilidade da informação,
é necessário atingir o nível de transparência esperado pelo cidadão.
35

2.6.1 A transparência como Instrumento facilitador para o controle social

Conforme a lei complementar nº. 101/2000 o art. 48 determina a participação


da sociedade em audiências públicas e liberação ao pleno conhecimento da
sociedade acompanhar, no que toca à execução orçamentária e financeira por meio
de meios eletrônicos para o público possa ter acesso.
A CF/1988 menciona diversos dispositivos que asseguram a participação
popular na administração dos recursos públicos dos quais se destacar: a presença
popular através de projetos de lei de interesse específico do Município, por meio da
manifestação de pelo menos cinco por cento do eleitorado (art. 29, XIII); o § 3º da art.
31 determina que as contas do Município fiquem sessenta dias anualmente à
disposição da população para exame, apreciação e questionamento quanto à sua
legitimidade; é facultado à população o direito de denunciar qualquer irregularidade
ou ilegalidade praticados pelos entes públicos ao Tribunal de Contas (art. 74, §2º).
Nos incisos XXXIII, XXXIV da CF/1988 no art. 5º, constantes do título dos
Direitos e Garantias Fundamentais expressam respectivamente:

Que é livre o acesso a todo e qualquer cidadão a informações, tanto de


interesse pessoal quanto de interesse coletivo, sob pena de responsabilidade
do agente público que se negar a prestá-las e que todo o cidadão tem direito
à petição na defesa de seus direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

Há ainda os conselhos de políticas públicas que são instâncias amparadas pela


legislação nacional e que têm a finalidade de contribuírem para o controle social e
constituem colegiados com função deliberativa ou consultiva. Estes têm importante
papel na captação de recursos, pois sua instituição e seu funcionamento são
condições obrigatórias para o repasse de recursos do Governo Federal aos estados
e municípios. controladoria-Geral da união, (BRASIL, 2008, p. 22).
Outra ferramenta de controle social é o orçamento participativo, o qual permite
que “o poder público e o cidadão formulem a proposta orçamentária, tendo então uma
atribuição do poder executivo compartilhada com a sociedade” (Figueiredo; Santos,
2010, p. 15).
Tem-se os observatórios sociais, que em geral, são instituições independentes,
e Não-Governamentais, que se dedicam especialmente a acompanhar a gestão dos
recursos públicos e o atendimento dos interesses da sociedade.
36

3 METODOLOGIA

A metodologia busca expor como o trabalho foi construído, quais os métodos


utilizados, e o que foi usado na formulação da referida pesquisa, é derivada de
inúmeros trabalhos onde estrutura o mesmo, e dá suporte ao objetivo que é mostrado
nesse estudo

3.1 ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA

O presente trabalho quanto a sua natureza tem um caráter bibliográfico e de


campo. Pois apresenta nas ações práticas, demonstrando a percepção da população
do município de Timbaúba dos Batistas sobre a transparência pública, tratando-se de
um assunto muito abrangente.
A abordagem deste trabalho, se deu através do assunto relatado, mostrando
que se trata de um estudo qualitativo, pois o mesmo, foi construído através das
interpretações do pesquisador que foram feitas as análises das informações que
foram coletadas pelo o mesmo.
Percebe-se que a pesquisa é descritiva, pois foram utilizados vários
fundamentos bibliográficos para compô-la, tanto no embasamento científico quanto
no teórico. E ainda se trata de um estudo bibliográfico por ter sido utilizada
fundamentações teóricas já publicadas, como livros, bibliografias disponíveis na
internet e livros.

3.2 LÓCUS DA PESQUISA

Esta pesquisa foi realizada no estado do Rio Grande do Norte, mais


precisamente no município de Timbaúba dos Batistas, que teve sua emancipação,
oficializada através da Lei nº 2.774 em 10 de maio de 1962, BRASIL/1962. Segundo
dados obtidos através do site do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(2010), no censo realizado em 2010, a cidade possuía uma população de
aproximadamente 2.295 habitantes.
37

3.3 SUJEITOS DA PESQUISA

Nesse estudo foram envolvidos cerca de 9,1% da população de Timbaúba dos


Batista, totalizando 208 entrevistados, da qual 107 são do sexo feminino e 101 do
sexo masculino, numa faixa etária entre 18 e 46 anos. A presente pesquisa realizou
um questionário deixando as perguntas a disposição dos entrevistados de qual ele se
sentia à vontade em responder.

3.4 INSTRUMENTOS PARA A PESQUISA

Foi utilizado nesta pesquisa, como instrumento de coleta de dados, um


questionário com 11 questões objetivas, onde o sujeito irá escolher uma das
alternativas, das que lhes foram sugeridas. O questionário é de extrema importância
por mostrar o sigilo e segurança nas respostas. Onde todas as questões utilizadas
foram iguais para todos, um escolheu uma alternativa de cada questão, onde através
delas será possível fazer uma análise de dados para responder a problemática do
estudo.
38

4 ANÁLISES E DISCUSSÕES DOS DADOS

Esta pesquisa foi construída utilizando 11 perguntas objetivas aplicadas para


208 habitantes do município de Timbaúba dos Batista, totalizando-se 9,1% da
população. O intuito deste estudo foi observar, analisar e interpretar o a percepção
sobre o controle social sobre a gestão da cidade no combate a corrupção, obtendo
assim os resultados expostos a seguir.
Nessa parte, está exibida as indagações e os resultados da entrevista realizada
com a população. No gráfico 1, traz o questionamento o gênero dos entrevistados.

Gráfico 01 - Gênero dos entrevistados

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

A presente pesquisa obteve uma participação de 9.1% da população da cidade


de Timbaúba dos Batistas – RN, onde 208 pessoas colaborarão com a presente
pesquisa, sendo 51,4% dos entrevistados do sexo feminino, ou seja,107 mulheres e
48,6% do sexo masculino, totalizando 101 homens.
Em seguida, buscou-se evidenciar a faixa etária dos entrevistados, onde os
dados estão expostos no gráfico 02. A presente pesquisa por observar uma maior
participação dos habitantes entre 26 e 35 e menos participação dos habitantes que
estão de 46 anos acima.
39

Gráfico 02 – Faixa de idade

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

A determinada pesquisa foi realizada por diferentes faixas etárias onde pode
obter um percentual de 15,4% equivale a 32 habitantes entrevistados tem de 46 anos
acima, já 18,3% que equivale a 38 habitantes entrevistados estão entre 18 e 25 anos,
31,3% que equivale a 65 habitantes entrevistados estão entre 36 a 45 anos e 35,1%
que equivale a 73 habitantes entrevistados então entre 26 a 35 anos. Logo após, foi
indagado se os munícipes tinham conhecimento sobre o controle social.

Gráfico 03 – Controle Social


40

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Analisando o gráfico 03, percebe-se que 88 habitantes responderam que tinha


conhecimento, o que equivale a um percentual de 42,9% dos entrevistados, 71
habitantes responderam não saber, ou seja, 34,6%, e 41 habitantes que conhecia
parcialmente sobre o assunto, representando 22,9%.
Vale destacar que 34,6% dos habitantes, não tem conhecimento sobre o
controle social, ou seja, 71 pessoas não sabem da importância, do controle social para
a sociedade como participar das ações pública, fiscalizando e controlando os gastos
públicos buscando assim o fortalecimento da democracia.
Segundo os conceitos da Controladoria-Geral da União – CGU (2008, p. 16) o
controle social pode ser entendido como:

“A participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no


monitoramento e no controle das ações da Administração Pública. Trata-se
de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da
cidadania.”

A população que tem conhecimento dos seus direitos participa e monitorar a


gestão pública, fiscalizando os atos para que a aplicação dos recursos públicos seja
realizada de maneira integrar.
A próxima indagação obteve 207 respostas, sobre o questionamento da
participação dos mesmos em audiência públicas, conselhos e conferências, os dados
seguem no gráfico 04.
41

Gráfico 04– Participação em audiências públicas, conselhos e conferências

Fonte: Dados da pesquisa (2019)


A pesquisa mostra que 118 habitantes, ou seja, 57% dos entrevistados nunca
participaram de audiências, conselhos ou conferencias públicas, não tendo
conhecimento do que é debatido em prol da comunidade que está garantido por lei a
participação da comunidade.
Conforme BRASIL a lei complementar nº. 101/2000 o art. 48 determina a
participação da sociedade em audiências públicas e liberação ao pleno conhecimento
da sociedade acompanhar, no que toca à execução orçamentária e financeira por
meio de meios eletrônicos para o público possa ter acesso.
Foi questionado os habitantes dando um breve conceito de controle social
segundo CGU (2008) "A participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização,
no monitoramento e no controle das ações da Administração Pública. Trata-se de
importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania".
Assim foi questionado se acredita que o controle social pode ser uma importante
ferramenta para o exercício da cidadania.

Gráfico 05 – Controle social como ferramenta para o exercício da cidadania


42

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

A presente pesquisa ao dá um breve conceito de controle social e questionar


se o controle social é uma ferramenta para o exercício da cidadania, obteve o seguinte
resultado: 157 pessoas, ou seja 75,5% concordaram que exercer o controle social
dentro de sua cidade fortalece o exercício da cidadania.
Os instrumentos usados pela população é uma das maiores expressões do
exercício da cidadania, pois permite que a população possa opina e fiscalize a atuação
de seus representantes públicos. Segundo Slomski (2010), nesse modelo a ênfase
está no cidadão e nos resultados, exigindo-se do gestor público eficiência,
transparência e, sobretudo, qualidade na prestação dos serviços públicos e no
exercício das funções estatais.
Entendesse que cada vez mais a população vez fortalecendo o exercício da
cidadania, monitorando e fiscalizando a aplicação dos recursos públicos, praticando
cada vez mais sua cidadania.
Para Pires (2011), A participação social visa a pressionar as instituições a
serem mais ágeis e transparentes e também a propiciar um suporte de legitimidade
às decisões de direção. Com isso administração pública ao dar transparência de seus
atos, abre espaço para futuras reivindicações sociais da população que visam um
maior detalhamento das informações disponibilizadas. Por isso, a necessidade do
maior envolvimento social na gestão das políticas públicas.
43

Ao serem questionados se uma sociedade participativa exercendo o controle


social influenciaria em prestação de serviços públicos de maior qualidade e no
combate a corrupção. A presente pesquisa obteve o resultado exposto no gráfico 06.

Gráfico 06 – Influência do controle social na qualidade e no combate a corrupção

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Baseando-se no gráfico 06, percebe-se que 165 habitantes ou seja 78,6%


responderam que sim, e 13 habitantes ou seja 6,3% responderam que não, ou seja,
acreditam que a sociedade participativa exercendo o controle social não influenciaria
em uma prestação de serviços públicos de maior qualidade e no combate a corrupção.
e 32 habitantes ou seja 15,5% que talvez.
Conforme dados coletados a presente pesquisa foi levado em considerações
outras ferramentas que ajude na qualidade ao combate a corrupção. Como segundo
afirma Welch e Hinnant (2003),” confiabilidade das informações é uma medida
adequada de construção de transparência”. Ou seja, as informações necessitam ser
confiáveis e a sociedade necessita assimilar os dados o que está sendo apresentado.
A compreensão da população para o que está sendo exposto é fundamental
para qualificar uma informação como transparente. Cabe aos órgãos apresentarem
de forma mais clara e de fácil entendimento, minimizando dúvidas sobre os dados
públicos que atendam as reais necessidades da sociedade, que busca por
transparência.
44

Foi questionado aos habitantes se eles já exerceram alguma medida de


controle social sobre algum ato administrativo municipal, como mostra o gráfico
abaixo.

Gráfico 07 – Participação de medidas de controle social no município

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

A presente pesquisa obteve o seguinte resultado 21 habitantes ou seja 10,1 %


responderam que já fiscalizaram; 9 habitantes 4,3% responderam que já exerceu
denunciando; 45 dos habitantes 21,6 participaram de conselhos popularis; 14
habitantes 6,5% dos entrevistados responderam que exerceram outra forma de
controle social; 121 habitantes 58,2% dos entrevistados responderam que nunca
participaram de nenhuma medida de controle social.
Destaca-se o nível de não participação da população em medidas de controle
social respondidos pela maioria da população, que segundo pesquisa 121 dos
habitantes entrevistados nunca participou. Leva a presente pesquisa a analisa.
Conforme ensinamentos de Jacobi (2003) para alcançar mudanças na
participação social há a necessidade de transformações institucionais que garantam
acessibilidade e transparência da gestão. Ou seja, os gestores tem que desenvolver
maneiras que atraia a população a participar e desenvolver atividades que tenha como
objetivo a interação da sociedade com as decisões dos gestores e com as
necessidades sociais. Com isso, a população encontra espaço para sugerir melhorias
na gestão pública, resultando no fortalecimento da democracia participativa.
45

Foi questionado os habitantes a cerca que como os habitantes vê o


conhecimento da sociedade acerca do tema controle social

Gráfico 08 – Visão sobre o conhecimento do assunto em relação a sociedade

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Obteve o seguintes resultados,16 habitantes 7,8% da população responderam


que excelente, participando ativamente dos movimentos populares em prol do
combate a corrupção; 45 habitantes 22% dos questionados responderam que Bom,
apenas as mesmas pessoas de sempre participam dos movimentos em combate a
corrupção; 92 habitantes 44,9% dos entrevistados responderam Ruim, somente se
interessam quando tem interesse próprio; 26 habitantes 12,7% dos entrevistados
responderem Péssimo, não vejo ninguém interessado em lutar combatendo a
corrupção; 27 habitantes 13,2% responderam não saber responder.
Este resultado envolve uma questão delicada pois pergunta ao entrevistado
sobre o conhecimento a aplicabilidade da sociedade acerca do controle social 45
habitantes 22% acharam que o conhecimento é bom, mais apenas com as presenças
das mesmas pessoas. Nos incisos XXXIII, XXXIV da BRASIL/1988 no art. 5º,
constantes do título dos Direitos e Garantias Fundamentais expressam
respectivamente:
46

Que é livre o acesso a todo e qualquer cidadão a informações, tanto de


interesse pessoal quanto de interesse coletivo, sob pena de responsabilidade
do agente público que se negar a prestá-las e que todo o cidadão tem direito
à petição na defesa de seus direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

A sociedade cada vez mais vem tendo conhecimento, que seus direitos as
informações e a participações de conselhos comunitários e plebiscitos entre outros.
Segundo a BRASIL/1988 menciona diversos dispositivos que asseguram a
participação popular na administração dos recursos públicos dos quais se destacar: a
presença popular através de projetos de lei de interesse específico do Município, por
meio da manifestação de pelo menos cinco por cento do eleitorado (art. 29, XIII); o §
3º da art. 31 determina que as contas do Município fiquem sessenta dias anualmente
à disposição da população para exame, apreciação e questionamento quanto à sua
legitimidade; é facultado à população o direito de denunciar qualquer irregularidade
ou ilegalidade praticados pelos entes públicos ao Tribunal de Contas (art. 74, §2º).
A participação se desenvolve quando há um aumento de pessoas informados
a respeito da aplicabilidade e do funcionamento dos canais de participação; por isso
dá importância da divulgação desses instrumentos de participação à sociedade.
A presente pesquisa questionou aos habitantes se já acessaram o portal da
transparência.

Gráfico 09 – Acesso ao portal da transparência

Fonte: Dados da pesquisa (2019)


47

A presente pesquisa obteve que 101 habitantes não acessou o portal da


transparência e 22 habitantes desconhece o portal da transparecia, levando a reflexão
sobre o assunto do desconhecimentos acerca do Portal da Transparência “reúne
informações sobre o uso do dinheiro público pelo Governo Federal e os disponibiliza
para todo o cidadão brasileiro, privilegiando uma relação governo-sociedade fundada
na transparência e na responsabilidade social” (Controladoria-Geral da União –
Controle Social, 2012, p.27).
Portanto, parte dos entrevistados não tem acesso a informações contida no
portal da transparência, levando a presente pesquisa procurar um meio para que as
pessoas que não tem acesso possa ficar informadas da aplicação dos recursos
públicos.
Entretanto, a transparência precisa de um trabalho simultâneo entre a
sociedade e governo: o governo tem por obrigação levar a informação de forma clara
e fidedigna à sociedade; a sociedade deve buscar essa informação, estando sempre
consciente de que tudo o que é público é de todos e de cada um (Controladoria-Geral
da União – Controle Social, 2012, p.27). Ou seja, a sociedade também tem que fazer
sua parte fiscalizando a aplicação dos recursos públicos.
Logo após foi questionado aos habitantes se portal da transparência uma é
uma ferramenta de fácil acesso, os dados obtidos estão mostrados a seguir.

Gráfico 10 – O portal da transparência é uma ferramenta de fácil acesso?

Fonte: Dados da pesquisa (2019)


48

Como se pode observar, 50 habitantes 24,3% responderam que sim 32


habitantes 15,5% dos entrevistados que não, 45 habitantes 21,8% dos entrevistados
responderam que em partes; 56 habitantes 27,2 % dos entrevistados responderam
que não souberam responder, e 23 habitantes 11,2% desconhecem o que é o portal
da transparência.
O governo federal que, em nov./2004, disponibilizou à sociedade o Portal da
Transparência, um importante e inovadora ferramenta para o controle social, o qual
tem por objetivo dar maior transparência, e permitir que qualquer pessoa possa
acompanhar a execução dos programas e ações do Governo Federal. Mais não é
todos que tem conhecimento para analisar e entender os dados que ali estão, pois
precisam ter uma noção do que aqueles dados representam.
A presente pesquisa ao questionar aos habitantes se eles têm conhecimento
que o acesso a informações públicas é garantido por lei, obteve os dados que estão
expostos no gráfico a seguir.

Gráfico 11– Garantia de acesso à informação com embasamento legal

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

Analisando o gráfico acima, percebe-se os seguintes resultados:153


habitantes, ou seja, 74,3% responderam que sim, tem conhecimento que o acesso à
informação públicas é garantido por lei e 53 habitantes, o equivalente a 25,7%
responderam não saber da existência da lei que garanta o acesso as informações
públicas.
49

Segundo a CF/1988 prevê em seu art. 5º, inciso XXXIII que: “todos têm direito
a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade”.
A lei vem para garantir aos cidadãos o direito à informação públicas, para que
os cidadãos possam ter a acesso as informações dos atos administrativo públicos
dando assim mais transparências aos atos públicos.
A Lei de Acesso à Informação - LAI, Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011,
veio regulamentar o direito constitucional de acesso às informações públicas. A
norma, que entrou em vigor em 16 de maio de 2012. Onde foi criado os mecanismos
que possibilitam a qualquer pessoa física ou jurídica, que tenha acesso sem ter que
apresentar o motivo ao pedido, o recebimento de informações públicas dos órgãos e
entidades governamentais.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa teve como proposito analisar a importância da pratica do


controle social ao combate a corrupção, que tem com objetivo geral que é analisar
participação do controle social em busca da transparência na administração pública
Timbaúba dos Batistas – RN. Possibilitou demonstrar que a ferramenta do controle
social, em busca da transparência dos atos administrativos logo que a sociedade
começa a exigir cada vez mais responsabilidade e zelo por parte dos gestores ao
administrar os recursos públicos. Assim, o controle social, realizado pela sociedade,
de maneira legal e democrática, aos atos dos gestores públicos em sua esfera de
atuação.
Realizando um controle significativo, permitindo assim a ligação política e
democrática entre o cidadão e o gestor público, buscando assim mais transparência
na gestão pública e tornando o cidadão mais valorizado moralmente e socialmente
com o acompanhamento dos resultados obtidos na gestão pública.
Entretanto, a presente pesquisa constata-se que a participação dos habitantes
de Timbaúba dos Batista - RN ainda é mitigada, na medida em que a 58,2% da
população não os exerce medidas de controle social na referida cidade, o fato é que
o controle social vem avançando de maneira lenta e gradativa, dentro da cidade ainda,
50

motivo pelo qual ainda é algo de difícil falar, pois choca-se com problema cultural na
medida em que de um lado se encontram os gestores públicos que não procurar
incentivar a população a participar dessas ações.
Portanto a população está em desconhecimento quanto a seus atos, e por
outro lado uma sociedade que mesmo dispondo de meios apropriados para fiscalizar
e participar não consegue exercer o controle social no sentido de fiscalizar e cobrar
resultados dos seus gestores, considerando a ausência de tradição em fiscalizar e
exerce a medidas de controle social tornando os habitantes com uma frágil
consciência política.
A busca por controle social no Brasil não pode recuar no processo da
transparência pública e da participação sociedade, uma vez que a exigência por
serviços públicos de qualidade tem a necessidade de ter o acompanhamento e
controle da sociedade aos atos administrativos.

A divulgação das informações oficiais incentiva a população a participar pois é


importante para incentivo. Mas é necessário repassar a população dados com
veracidade e sobretudo, a compreensibilidade dessas informações, pois a população
não tem conhecimentos das contas públicas, pois não são em linguagem acessível
que permita facilitar a compreensão de seus conteúdos.
A publicidade, está diretamente ligada a transparência, mas se não houver a
disponibilidade de informações compreensíveis à população não efetuara a
transparência pública. Tendo em vista que mesmo entre os especialistas do assunto
a linguagem por vezes torna-se muito complexa.
Portanto, conclui-se que a problemática que foi proposta pela presente
pesquisa em analisar o controle social como ferramenta na busca da transparência na
gestão pública da cidade de Timbaúba dos Batistas _RN. Levou a presente pesquisa
a reflete os dados apurado onde evidenciou a necessidade de maior participação
quanto a sociedade nas medidas de controle social exercendo seu papel de cidadão,
passando a discutir mais sobre a eficiência e qualidade dos serviços públicos. Onde
o controle social realizado por parte da sociedade. Vem para constituir umas
ferramentas indispensáveis no combate a corrupção e no bom funcionamento do
órgão público.
51

REFERÊNCIAS

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gestão fiscal e dá outras providências. Brasil, DF: 4 de agosto 2018. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em 15 de maio de 2019

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orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
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Acesso em 18 de maio de 2019

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DF: 6 de agosto 2018. Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em 22 de
maio de 2019.

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Orçamento Federal do Ministério do Planejamento. Portaria Conjunta n.º 2 de 8 de
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Públicas. Brasil, DF: 8 de agosto de 2018. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br. Acesso em 25 de maio de 2019

. Secretaria Federal de Controle Interno. Instrução Normativa n.º 1 de 6 de abril


de 2001. Define diretrizes, princípios, conceitos e aprova normas técnicas para
a atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Brasília,
DF: 6 de abril de 2018. Disponível em: http://www.cgu.gov.br. Acesso em 25 de maio
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externo / Tribunal de Contas da União. – Brasília: TCU, Secretaria de Fiscalização
de Desestatização, 2008

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. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a


informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e
no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de
dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos
da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. Disponível
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em 22 de maio de 2019.
52

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APÊNDICE A – QUESTIONARIO APLICADO AO HABITANTES DE TIMBAÚBA


DOS BATISTAS - RN

FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA


Autorizada pela Portaria nº 3.892 - MEC – DOU 26.11.2004
Rua Visitador Fernandes, 78 – Centro – Caicó/RN – CEP. 59.300-000
Fone: (84) 3417-2316

1 Gênero
() Feminino
() Masculino
2 Faixa de idade
() 18 a 25 anos
() 26 a 35 anos
() 36 a 45 anos
() 46 anos acima
3 O Sr. (a) sabe o que é o controle social?
() Sim
() Não
() Sim, parcialmente
4 O Sr. (a) já participou de alguma audiência pública, conselhos, conferência?
() Sim
() Não
5 O controle social é segundo CGU (2008) "A participação do cidadão na gestão
pública, na fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da Administração
Pública. Trata-se de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de
fortalecimento da cidadania". Sabendo disso, o Sr. (a) acredita que o controle social
pode ser uma importante ferramenta para o exercício da cidadania?
() Concordo
() Concordo parcialmente
() Discordo
6 Para o Sr. (a) uma sociedade participativa exercendo o controle social influenciaria
em prestação de serviços públicos de maior qualidade e no combate a corrupção?
() Sim
() Não
() Talvez
7 O sr. (a) já exerceu alguma medida de controle social sobre algum ato administrativo
municipal?
() Fiscalizando
() Denunciando
() Participando de Conselhos Populares
() Outros
56

() Nunca participei
8 Como o sr. (a) ver o conhecimento da sociedade acerca do tema controle social?
() Excelente, participando ativamente dos movimentos populares em prol do combate
a corrupção.
() Bom, apenas as mesmas pessoas de sempre participam dos movimentos em
combate a corrupção
() Ruim, somente se interessam quando tem interesse próprio.
Péssimo, não vejo ninguém interessado em lutar combatendo a corrupção.
() Não sei responder
9 O Sr. (a) já acessou o portal da transparência?
() Sim
() Não
Desconheço o que é o Portal da Transparência
10 Sr. (a) acha o portal da transparência uma ferramenta de fácil acesso?
() Sim
() Não
() Em partes
() Não sei responder
Desconheço o que é o Portal da Transparência
11 O Sr. (a) tem conhecimento que o acesso às informações públicas é garantido por
lei?
() Sim
() Não

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