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OSTEOARTRITE (ARTROSE) – MAICON 12/05

→ Definição
É a doença reumática mais comum e caracteriza-se por “um grupo heterogêneo de condições que leva sinais e
sintomas articulares que são associados a defeitos da integridade cartilagem articular” (ACR)
Envolve o sistema imune que liberam citocinas inflamatórias.
Causa mais comum de dor dentre as doenças reumatologicas.
Processo inflamatório presente.
Cartilagem articular no idoso é diferente da cartilagem com OA.
Mais comum em mulheres.
Acometem 240 a 302 milhoes de pessoas no mundo
→ Prevalência
20% da população mundial
3 causa de afastamento do trabalho
Mais presente em pessoas com mais de 60 anos em ambos os
sexos
25% não voltam a atividade normal
80% ficam limitados em mobilidade
→ Patogenia
A partir da lesão do condrócito, são liberadas enzimas
lisossômicas para a matriz extracelular e existe proliferação celular
com aumento na sintese de proteoglicanos e colágeno, na
tentativa de reparar o dano.
As alterações macroscópicas na OA incluem as fissuras,
as perfurações e as erosões da cartilagem.
Em contraposição a estas alterações, a formação de
osteófitos nas margens articulares representa resposta
proliferativa da cartilagem e do osso no processo
osteoatrósico (ossificação endocondral)
→ Classificação
Idiopática ou primária: ocorre na ausência de qualquer
fator predisponente conhecido e se subdivide em duas
categorias, localizada e generalizada (inclui 3 ou mais áreas)
Secundária: aquela em que se reconhece uma causa ou um fator preexistente (ex. doenças inflamatórias)
Idiopática localizada
→ Alterações da foto
Pincer – congênito
CAM – alterações no colo do fêmur
Misto – acometimento no acetábulo e CAM
→ Diagnóstico
Histórico clinico – anamnese
o Dor em uma ou poucas articulações
o Rigidez matinal com menos de 30
minutos de duração
o Crepitação por perda da cartilagem ou irregularidades nas superfícies articulares
o Limitação do movimento
Histórico clinico – exame físico
o Deformidades
o Aumento de volume articular
o Crepitação e limitação de movimentos
o Varismo e valgismo
o Artrose acrômio-clavicular – aumento de volume local
o Nódulos Heberden e Bouchard

Exames de laboratório
o Velocidade de hemossedimentação – normal
o Liquido sinovial – cor palha e viscosidade adequada, o numero de leucócitos < 2.000
o Fator reumatóide – negativo
o Exame em geral – normais
Estudos radiográficos
o No início da doença, não se observam anormalidades. Com seu desenvolvimento, observam-se
✓ Diminuição do espaço intra-articular
✓ Esclerose subcondral (eburnação)
✓ Osteófitos
✓ Erosão e anquilose óssea (pseudocistos ósseos)
✓ Dissociação clínico- radiológico (principalmente coluna)
→ Critérios diagnósticos OA das mãos
Dor continua ou rigidez nas mãos na maioria dos dias do mês anterior
Aumento tecidual igual ou maior que 2 das seguintes articulações
o 2 e 3 articulação interfalangiana distal
o 2 e 3 articulação interfalangiana proximal
o 1 articulação carpometacarpiana em ambas as mãos
Menos de 2 articulações metacarpofalangeanas intumescidas
Aumento tecidual de mais de 1 articulação interfalangiana distal
Deformidade em mais de 1 das articulações mencionadas no 2 item
→ Critérios diagnósticos da OA de quadril
Dor localizada no quadril na maioria dos dias no último mês
Hemossedimentação <20 mm/h
Estreitamento do espaço interarticular ao RX
Osteófitos femorais e/ou acetabulares ao RX
→ Critérios diagnósticos da OA do joelho
Dor no joelho na maioria dos dias do último mês
Osteófitos marginais por radiologia
Liquido sinovial de OA (menos de 2.000 GB/mm com predominio mononuclear, claro e viscoso)
Liquido sinovial não disponível (idade > 40 anos)
Rigidez matinal do joelho < 30 minutos
Crepitação ao movimento
→ Fatores de risco
Idade – maior de 50 anos
Estresse prolongado – ocupacional ou desportivo
Fatores genéticos
Histórico de traumatismos articulares – dano ao menisco
Sexo feminino
Obesidade
Defeitos congênitos e do desenvolvimento
Desordens metabólicas e endócrinas
Sarcopenia
→ Tratamento
Os objetivos a atingir com o tratamento são:
o A – aliviar a dor
o M – manter a funcionalidade articular
o E – educar o paciente e sua família
→ Tratamento físico
Diminuição do peso
Realizar programas de exercícios para manter
a força muscular, a flexibilidade das
articulações e evitar deformidades
Terapia ocupacional
Educação do paciente quanto suas limitações
Uso de bengalas
Órteses (joelheiras, órteses noturnas para
mãos)
→ Tratamento farmacológico
AINES – levando em conta os possíveis efeitos secundários, principalmente em pacientes idosos com patologias
prévias, pois estes requerem vigilância gastrointestinal, hepática e renal.
Analgésicos em doses altas (acetaminofen) – menos utilizado
Inibidores específicos da COX-2
Em OA monoarticular, o reumatologista avaliará a conveniência de infiltrações com corticoesteroides
O uso de corticosteroides por via oral não está justificado
→ Critérios para o tratamento farmacológico – INIBIDORES ESPECIFICOS DE COX-2
Idade avançada
Comorbidades
Corticosteroides orais
Histórico de ulcera péptica
Histórico de sangramento do tubo digestivo superior
Anticoagulantes
Terapia combinada com AINES
Doses altas de AINES
→ Tratamento farmacológico – outros medicamentos
AINH tópicos
Diacereína – efeitos GI
Sulfato glucosamina/condroitina – reduz perda EA
Viscossuplementação
Extratos insaponificáveis soja e abacate – reduz consumo analgésico
Infiltrações articulares
Colágeno – falta de testes
→ Tratamento cirúrgico
As técnicas cirúrgicas empregadas na osteoartrite são artrodese, artroplastias, osteotomias, desbridamento
articular, liberação de nervos periféricos.
Realizar em casos selecionados.
→ Ao inicar tratamento farmacológico, há que se considerar que o paciente com OA pode ter idade avançada e que
ele geralmente utiliza diversos fármacos. O tratamento busca aliviar a dor, manter a mobilidade e conservar a funcao.
A seleção adequada do fármaco pode diminuir efeitos secundários, com bons resultados.

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