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estudo de caso
RESUMO
Este estudo tem por objetivo apresentar um estudo de caso sobre o uso das tecnologias
em sala de aula e a aprendizagem baseada em problemas como metodologias ativas nos
cursos Superiores de Tecnologia em Processos Gerenciais e Análise e Desenvolvimento
de Sistemas da Faculdade Tecnológica FAQI, Gravataí, RS. A partir das qualificações de
docentes promovidas pela FAQI, nasce uma nova proposta de ensino e aprendizagem
baseado nas metodologias ativas a partir do uso das Tecnologias da Informação e
Comunicação – TIC e da Aprendizagem Baseada em Problemas- APB ou PBL. Neste
cenário, novo para muitos docentes, surge a proposta deste estudo para analisar o quanto
os docentes estão utilizando metodologia ativa em sala de aula. Para atender ao objetivo
proposto, foi aplicado aos docentes um questionário semiaberto. O questionário foi
desenvolvido no Google Forms e enviado por e-mail a todos os docentes da FAQI. Todos
os docentes responderam à pesquisa e, pode-se dizer que 100% utiliza metodologia ativa
em sala de aula.
1. INTRODUÇÃO
As práticas educacionais vêm sofrendo constantes alterações. Até poucos anos, podia
ser considerado um bom docente universitário aquele que tivesse o domínio do
conteúdo a ser ministrado. O modo como esse conteúdo seria transmitido ao discente,
O meio social e acadêmico que vivemos, onde o acesso à internet está cada vez mais
facilitado e nas mãos da maioria de nossos discentes, há uma integração de espaços
e tempos, que faz com que este processo ocorra em uma relação simbiótica e
constante entre os mundos físico e digital. (MORAN, 2015) A educação, portanto, se
torna cada vez mais híbrida, utilizando múltiplos espaços que vão além da sala de
aula. Conforme afirma Berbel (2011, p. 29),
Percebe-se que o nosso discente chega na faculdade, segundo Munhoz (2015), com
presença conectada, ele está conectado e o docente também. Colaborando, Oliveira
e Gaspar in Mehlecke (2017, p.101), nos dizem que “há um apoio explícito na
ubiquidade das conexões em rede entre as pessoas, os artefatos digitais e os
conteúdos”.
Neste sentido, a ubiquidade se refere ao ato de tornar o uso dos recursos tecnológicos
como o computador, de forma simples e natural que as pessoas nem percebam sua
presença, mesmo quando os utilizam, tal como aconteceu com outras tecnologias,
como a escrita e a eletricidade, absolutamente incorporadas em nossas vidas. (JANDL
JUNIOR, 2017) Assim posto, apresenta-se o relato de experiência com o intuito de
conhecer as tecnologias e a aprendizagem baseada em problemas como
2. APORTE TEÓRICO
Como aporte teórico para este estudo, buscamos em Moore e Kearsley (2013);
Bacich, Neto e Trevisani (2015); Moran (2015); Araújo e Sastre (2009); Honer e Staker
(2015) e demais colaboradores, conceitos de metodologias ativas, aprendizagem
baseada em problemas, aprendizagem baseada em competências, ensino híbrido e
as tecnologias digitais.
Dessa forma, o professor está também contribuindo para que o aluno esteja engajado
no mercado de trabalho, que utiliza cada vez mais diferentes dinâmicas para a seleção
de pessoas, por exemplo. Percebe-se que o nosso discente chega na faculdade, com
presença conectada, ele está conectado e o docente também. Colaborando, Oliveira
e Gaspar in Mehlecke (2017, p.101), nos dizem que “há um apoio explícito na
ubiquidade das conexões em rede entre as pessoas, os artefatos digitais e os
conteúdos”.
Neste sentido, a ubiquidade se refere ao ato de tornar o uso dos recursos tecnológicos
como o computador, de forma simples e natural que as pessoas nem percebam sua
presença, mesmo quando os utilizam, tal como aconteceu com outras tecnologias,
como a escrita e a eletricidade, absolutamente incorporadas em nossas vidas. (JANDL
JUNIOR, 2017)
É a partir das iniciativas em sala de aula, com o uso das metodologias ativas que o
professor propiciará aos discentes um envolvimento maior com diferentes recursos e
métodos. E essas metodologias variadas movimentos o discente, tornando-o mais
crítico, autônomos podendo tomar decisões e avaliar os resultados. Assim posto por
Moran (2015), pode-se dizer que é na sala de aula, onde o docente pode
experimentar, provocar, motivar e inspirar os discentes para novos desafios. De
acordo com Moran (2015), o uso das tecnologias permite o registro, a visibilizarão do
processo de aprendizagem em cada um e de todos os envolvidos no processo de
ensino e aprendizagem. Deste modo, segundo ele,
Nos dias atuais, a maioria, se não todas, as instituições de ensino superior possuem
recursos tecnológicos em sala de aula, o entanto, ainda capacitando os docentes para
o seu uso. A FAQI, incentiva e motiva o uso das tecnologias em sala de aula como
um recurso a mais para a prática das metodologias ativas. Não se pode negar o uso
delas em sala de aula pois, tanto docente quanto discente, estão conectados, seja via
celular, tablete, computador ou outros dispositivos móveis. Neste sentido, não cabe
mais aulas sem o seu uso. Entretanto, cabe ressaltar que utilizar a tecnologia sem
objetivo claro e sem propósito, não contribuirá para a construção de novos
conhecimentos.
A partir destes conceitos, a FAQI está construindo uma nova concepção para o ensino
a partir das metodologias ativas as quais atendem aos objetivos e metas institucionais
e não somente de curso.
3. METODOLOGIA
Este estudo buscou, através de uma pesquisa aplicada aos docentes dos Cursos
Superiores de Tecnologia da FAQI, Gravataí, RS, verificar se e como as metodologias
ativas são utilizadas em sala de aula nos cursos superiores de Tecnologia em
Processos Gerenciais e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Esta
pesquisa partiu de um questionário semiaberto o qual é caracterizado por perguntas
as quais devem ser respondidas pelos sujeitos da pesquisa. Segundo Barros e Lehfeld
(2007), o questionário é o instrumento mais utilizado para a coleta de dados, ainda,
ele pode ser aberto ou fechado.
A partir das respostas da Figura 1, a pesquisa identificou o perfil do docente que 66,7%
dos pesquisados, têm até dez anos de magistério no ensino superior. Quando
perguntados a respeito do uso de recursos tecnológicos em sala de aula, 100%
respondeu que utiliza algum recurso tecnológico em sala de aula. O mais apontado,
utilizado por 100% dos entrevistados, foi o vídeo, seguido pela apresentação em
Power Point ou Similar, indicado por 86,7%; e Moodle e internet, ambos apontados
por 80% dos sujeitos pesquisados. Na sequência, uma das questões que chama a
atenção é a busca pela qualificação para o uso das tecnologias em sala de aula. A
Figura 2 representa graficamente as respostas.
Neste cenário, fica visível que os docentes, mesmo sem qualificação especifica para
o uso das TICs em sala de aula, utilizam diversos recursos mediados por elas, tais
como vídeos, internet entre outros. Em uma outra questão, sobre as capacitações
para utilização de metodologias ativas em sala de aula, 66,7% dos professores dizem
ter sido capacitados para isso. Isso se deve ao investimento da instituição em preparar
os seus docentes para essas metodologias. Mesmo não atingindo 100% é notório que
todos já utilizam algum recurso tecnológico em sala de aula.
Outro professor pesquisado responde que a utilização que faz dos recursos em sala
de aula seria sim uma metodologia ativa, “pois Metodologia ativa de aprendizagem é
Com o objetivo de evidenciar as metodologias ativas em sala de aula, fazem parte dos
cursos, os Projetos Pedagógicos os quais, estão baseados na premissa do
levantamento contínuo das competências trabalhadas em sala de aula. Esta opção de
Projeto Pedagógico impacta sobre a instituição, docentes e discentes, apresentando
novas características. Os discentes assumem o papel ativo e de colaboração na tarefa
de gestão, pois contribui nas avaliações internas e no planejamento.
Neste sentido, após analisar o instrumento de pesquisa sobre o uso dos recursos
tecnológicos em sala de aula como metodologia ativa, percebe-se que o potencial
pedagógico no uso destas ferramentas, motivam a aprendizagem. Tais evidências
aparecem nas pesquisas quando os docentes relatam o uso de vídeos como fator
importante e motivador das aulas. E, o uso das tecnologias em sala de aula propiciam
o uso de outras metodologias como a aprendizagem baseada em problemas, a
aprendizagem por competências, o ensino híbrido e a aprendizagem ubíqua. Esse
conjunto de ações realizadas na FAQI, demonstram, nos resultados de avaliações que
as metodologias ativas contribuem fortemente para a construção da aprendizagem e
o perfil do egresso dos cursos.
Enfim, acredita-se que não dá mais para evitar as metodologias ativas sob pena de o
professor acelerar o seu processo de exclusão das novas tendências na educação do
século XXI, onde a inovação pedagógica não está nas tecnologias, mas sim na
capacidade e comprometimento do professor em achar a sua identidade docente e
desenvolver novas habilidades para exercer o difícil papel de orientador da
aprendizagem na cultura digital em que vivemos massacrados por informações
desestruturadas, divergentes, de fácil aceso e massificadas. Pode-se afirmar que os
recursos tecnológicos e a aprendizagem baseada em problemas é uma prática efetiva
na FAQI.
REFERÊNCIAS
BACICH, Lilian; NETO, Adolfo Tanzi; TRVISANI, Fernando de Mello (org.). Ensino
híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
HORN, Michael B.; STAKER, Heather. Blended: usando a inovação disruptiva para
aprimorar a educação. Porto Alegre: Penso, 2015.